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8° ENCONTRO DIOCESANO DE FORMAÇÃO DOS SERVIDORES PAROQUIAIS
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11ª EDIÇÃO DO MUTIRÃO BRASILEIRO DE COMUNICAÇÃO
INFORMATIVO DA DIOCESE DE GUANHÃES | MG | ANO XXII | Nº 268 | Agosto de 2019
“CULTIVAR VOCAÇÕES NÃO SIGNIFICA PROCURAR NOVOS MEMBROS”, DIZ O PAPA PÁGINA
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REDAÇÃO
Agosto de 2019 EDITORIAL
“MEDIA TRAINING” PARA PADRES E BISPOS m todos os momentos e lugares, uma liderança é – e tem que se conscientizar de que é – comunicadora. Isto por que a "comunicação pertence à essência da Igreja", conforme explica o extinto Pontifício Conselho para as Comunicações Sociais no Documento “Igreja e Internet”, de 2002. Desde o cristianismo primitivo, o presbítero é o líder de uma comunidade local. No dia de hoje, ele não é a única liderança, mas continua sendo um referencial. Os avanços tecnológicos e chegada da internet, o surgimento das redes sociais digitais e a mescla das mídias tradicionais (TV, rádio e jornal) com as mídias de massa transformaram tudo o que se entendia por comunicação. Tendo em vista as recorrentes transformações, sobretudo no “mundo virtual”, uma das novidades do 11º MUTICOM foi o "Media Training" para padres e bispos, um treinamento orientando a lidar com a imprensa. Por isso, o pesquisador e jornalista Moisés Sbardelotto orientou clérigos a como se portar diante dos meios de comunicação em variados ambientes.
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Segundo Sbardelotto, o visual, a impostação de voz, a ética nas palavras a serem usadas, a objetividade no conteúdo apresentado e as respostas convincentes sobre temas polêmicos ou complexos, tudo é levado em conta. E por isso mesmo os “padres e bispos precisam saber como lidar com este mundo da comunicação diante da mídia, especialmente com uma postura ética, representando bem a Igreja, com respeito aos valores do Evangelho”, e entender o seu papel como liderança no ambiente midiático. Outros pontos que devem ser observados diante da mídia, a saber: que imagem estão transmitindo, qual conteúdo publicado em redes sociais pessoais, ele fala como um representante oficial da Igreja para o público que o conhece? Sobre isso o documento de estudos da CNBB número 111, intitulado “Orientações pastorais para as mídias católicas: Imprensa, Rádio, TV e novas mídias” afirma que “bispos, padres e religiosos são pessoas públicas (...) e não representam apenas a si mesmos, mas a toda a Igreja. Por causa disso, a imagem deles não pode ser usada descuidadamente sem prejuízo para a
AGOSTO 06 a 10 - Semana Nacional dos Estudantes, nas Paróquias 11 a 17 - Semana Nacional da Família 13 - PASCOM. Reunião da coordenação, às 15h30min 14 a 18 - Encontro Regional anual de catequese na casa de Retiro São José, em BH 17 - ESCOLA DE TEOLOGIA – Sacramentos II – Seminarista Guilherme 17 e 18 - RCC, Encontro Diocesano de Juventude, EDJ 20 - CNBB LESTE 2, Reunião da CEP, sede do Regional em BH 24 - RCC, Escola de Pregadores, Salão da Catedral 31 - 3º Encontro Diocesano de Formação para Líderes Jovens, em Guanhães
EXPEDIENTE
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SETEMBRO 01 - Encontro Diocesano da Pastoral Familiar - Catedral 02 a 05 - Retiro do Clero em Diamantina 05 - Reunião do Clero em Diamantina 06 a 08 - Assembleia regional Leste II da Pastoral Familiar – Juiz de Fora 07 - Grito dos Excluídos, nas Paróquias 10 - PASCOM - Reunião da coordenação, às 16h 12 - 21 - Novena ao Cônego Lafayette, Santa Maria do Suaçuí. 14 - ESCOLA DE TEOLOGIA. Direito Matrimonial – Pe. José Ap. de Pinho 14 - POSSE CANÔNICA DE DOM OTACÍLIO FERREIRA DE LACERDA 14 - Formação para os Missionários da Pastoral do Dízimo da Área São João Evangelista – 8h 14, 21 e 28 - Encontros de formação de coordenadores de catequese nas Áreas Catequéticas 17 - Encontro do Padre Assessor da catequese com a Equipe de Comissão da Catequese 18 - 20 - Tríduo em honra ao Cônego Lafayette nas paróquias da diocese. 22 – RCC - Rebanhão em Virginópolis 28 – RCC - Encontro com coordenadores de Grupos de Oração e Escola de Pregadores, salão Catedral 28 - Formação para os Missionários da Pastoral do Dízimo da Área CMD – 8h 29 - SÃO MIGUEL, PADROEIRO DA DIOCESE
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Endereço para correspondência: Rua Amável Nunes, 55 - Centro Guanhães-MG - CEP: 39740-000
lizada em fevereiro pela 143ª Pesquisa CNT/MDA, a Igreja segue perene entre as que estão no topo das pesquisas – a cada ano que é realizada – entre as que têm a maior confiança da população brasileira. O brasileiro confia nas lideranças religiosas, daí a necessidade em orientar bispos, padres e diáconos sobre como se portar diante dos meios de comunicação de massa ao conceder, por exemplo, entrevista e responder perguntas a um veículo de comunicação, seja ele rádio, TV ou jornal. É fundamental estar preparado para responder e acolher as demandas e atender a imprensa quando solicitado e assim contribuir com a Igreja. Padre Bruno Costa Ribeiro, diretor da Folha Diocesana
COMEMORAÇÃO AGOSTO E SETEMBRO DE 2019
CALENDÁRIO DIOCESANO
Conselho Editorial: Padre Adão Soares de Souza, Padre Bruno Costa Ribeiro Padre Wanderlei Rodrigues dos Santos Revisão: Mariza da Consolação Pimenta Dupim Jornalista Responsável: Luiz Eduardo Braga - SJPMG 3883 Tiragem: 5.000 exemplares
evangelização" (p 15). Sendo assim, “o clero deve ter consciência de sua imagem e de como estão construindo sua presença na mídia para que não seja uma presença negativa, nem dúbia ou que possa gerar dúvidas entre aqueles que o seguem. Enfim, precisam ter consciência de que são figuras públicas”, disse o pesquisador e jornalista. Sobre essa postura diante da mídia o Jornalista Gerson Camarotti – em sua fala no MUTICOM 2019 – comentou a indispensável presença do papa Francisco na mídia com o objetivo de esclarecer a sociedade, tratando a mídia como aliada amiga mostrando a igreja para sociedade, promovendo o diálogo. Apesar do contexto de crise nas instituições, segundo uma pesquisa de opinião rea-
Fone:(33) 3421-1586 folhadiocesana@gmail.com Editora Folha Diocesana de Guanhães Ltda CNPJ: 11.364.024/0001-46 www.diocesedeguanhaes.com.br Produção Gráfica: Geração BHZ - 31 99305-1127 Av. Francisco Sales, 40/906 Floresta - Belo Horizonte - MG E-mail: geracaobhz@gmail.com
O jornal Folha Diocesana reserva-se o direito de condensar/editar as matérias enviadas como colaboração.Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião do jornal, sendo de total responsabilidade de seus autores.
PADRES, RELIGIOSAS, CONSAGRADAS E SEMINARISTAS DA DIOCESE DE GUANHÃES AGOSTO 03 Ir. Maria do Carmo Ferreira (Naná – Frei Lagonegro – Filha Maria) 04 Dom Jeremias Antonio de Jesus 05 Maria das Neves de Matos (Morro do Pilar – Coop. Família) 07 Pe. Valter Guedes de Oliveira 15 Dom Marcello Romano 15 Arminda de Jesus Batista (Guanhães – Coop. Família) 19 Gabriel Ferreira Oliveira 21 Pe. Derci da Silva 24 Pe. Ivani Rodrigues 27 Ir. Maria do Carmo Ferreira (Naná – Frei Lagonegro – Filha Maria) 28 Pe. Hermes Firmiano Pedro 29 Dom Jacy Diniz Rocha 30 Pe. Salomão Rafael Gomes Neto
Profissão Religiosa Ordenação Episcopal Nascimento Ordenação Nascimento Profissão Religiosa Nascimento Ordenação Ordenação Nascimento Nascimento Nascimento Ordenação
SETEMBRO 01 Pe. Mário Gomes da Silva Pe. João Carlos Sousa 06 08 Dom Marcello Romano 09 Anderson Alves Rocha (Seminarista) 16 Dom Marcello Romano 27 Pe. Elair Sales Diniz
Nascimento Nascimento Ordenação Episcopal Nascimento Posse Canônica Araçuaí Nascimento
a n o ç i v r e s u o o t u d o r p u Divulgue se
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ARTIGOS
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O DÍZIMO CRISTÃO oje vamos falar sobre o dízimo ou outras formas de colaboração equivalentes, normalmente entendida como aquela contribuição financeira e periódica que o cristão oferece livremente para a comunidade, à qual pertence e da qual participa, com o objetivo de ajudar a fim de que possa acontecer tudo o que envolve a evangelização na comunidade, razão de ser da própria Igreja, pois ela existe para evangelizar (cf. EN 14). O dízimo permite que a comunidade sobreviva, se mantenha, possa prestar seus serviços, consiga ajudar os necessitados, enfim, realize sua missão evangelizadora. Junto com a contribuição financeira, a comunidade precisa dos dons e talentos de cada membro, de seu envolvimento concreto e voluntário. Pensando assim, o dízimo é, antes de tudo, um compromisso de fé e de amor com a comunidade, em que assumimos nosso batismo como membros participantes e coerentes, onde vivemos o espírito da partilha e da doação, fundamentados no mandamento do amor, síntese de todo evangelho. O dízimo é também um sinal concreto de amor e gratidão a Deus pelos dons que recebemos, sobretudo, pelo seu imenso amor que nos quer participantes de sua vida. Para ajudar-nos na reflexão, vejamos como escreve São Paulo aos Corín-
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tios, ao motivar uma coleta em benefício dos cristãos de Jerusalém, em urgente necessidade: “É bom lembrar: ‘Quem semeia pouco também colherá pouco, e quem semeia com largueza colherá também com largueza’. Que cada um dê conforme tiver decidido em seu coração, sem pesar nem constrangimento, pois ‘Deus ama quem dá com alegria’. Deus é poderoso para vos cumular de toda sorte de graças, para que, em tudo, tenhais sempre o necessário e ainda tenhais de sobra para empregar em alguma boa obra” (2Cor 9, 6-8). Neste texto bíblico, como em outros, percebemos que o dízimo ou outras contribuições praticadas nas primeiras comunidades cristãs tornam-se expressão de um ato de fé, de gratidão, de amor a Deus e aos irmãos. Pelo que vimos acima, o dízimo não pode ser confundido com pagamento de taxa de sócio, como se a Igreja fosse um clube ou uma sociedade, a qual existe apenas para prestar determinados serviços (sacramentos, enterros…) e muito menos ainda como se fosse uma instância para comprar as bênçãos de Deus, seus favores e milagres. Portanto, o dízimo não é imposto, pagamento ou taxa. A graça de Deus não tem preço e não pode ser comprada. Assim compreendemos
que o dízimo é uma devolução generosa, um sinal de gratidão e partilha consciente e responsável, dentro do espírito do verdadeiro sentido de nosso batismo, quando nos tornamos filhos de Deus e irmãos dos outros. A atitude filial e fraterna da fé abre os corações dos fiéis e tornam a partilha um gesto normal e coerente; enquanto que atitudes egoístas e avarentas fecham os corações e consideram a partilha como algo difícil e até desnecessário. Segundo o verdadeiro espírito do dízimo cristão, todo batizado é convidado a ajudar em sua comunidade, proporcionalmente com sua situação de vida; a
contribuição dos pobres, por menor que seja, é também muito valiosa e importante, pois ninguém é tão pobre que não tenha nada a repartir; o que lembra a oferta da viúva, elogiada por Jesus no evangelho (Mc 12, 41-44). E quem tem mais recursos ajude generosamente na proporção de suas possibilidades. O dízimo não é imposição, mas ato generoso, coerente com a vida cristã, orientado pelo mandamento do amor, que Jesus nos deixou. Texto de Dom Aloísio Alberto Dilli – www.cnbb.org. Enviado por Cleunice Higino de Jesus e Diác Edmilson Cândido
“CULTIVAR VOCAÇÕES NÃO SIGNIFICA PROCURAR NOVOS MEMBROS”, DISSE PAPA FRANCISCO PASCOM Diocesana com informações de www.vaticannews.va
m 1981, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), na 19ª Assembleia Geral, instituiu agosto como o Mês Vocacional. De lá para cá, cada domingo do mês de agosto é dedicado à celebração de uma determinada vocação. No primeiro, celebra-se sacerdócio e os ministérios ordenados; no segundo, o matrimônio junto à semana da Família; no terceiro, a vida consagrada, e por fim, no quarto, a vocação dos Leigos. Em cada um dos próximos domingos do mês de agosto rezaremos por uma determinada vocação atendendo ao ensinamento do mestre que diz: “pedi ao Senhor da messe que envie operários.” (Mt 9,38) Num encontro realizado no Vatica-
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no, os responsáveis pela pastoral vocacional na Europa – na manhã de quinta-feira (06/06) – o papa Francisco dirigiu palavras de encorajamento e indicações concretas para trabalhar com os jovens, conforme as informações de Bianca Fraccalvieri e Silvonei José no site ‘vaticannews.va’. Para ajudar um jovem a descobrir sua vocação, é preciso "paciência e capacidade de escuta", um desejo de "cansar-se", sabendo que os jovens de hoje "sabem tanto sobre contatos, mas não se comunicam". Trabalhar "pelas vocações" não significa "procurar novos membros para um clube": "O crescimento da Igreja - assinalou, recordando as palavras de Bento XVI - é por atração, não por proselitismo". Comunicar é talvez o desafio que
devemos ter com os jovens. A comunicação, a comunhão. Ensinar-lhes que a informática é algo bom, sim, ter algum contato, mas não é essa a linguagem: é uma linguagem “gasosa”. A verdadeira linguagem é comunicar. Comunicar, falar... E esta é uma obra de filigrana, de fazer “renda” como dizem aqui. É um trabalho a ser feito passo a passo. Quem trabalha com os jovens, portanto, não deve impor, mas sim "acompanhar, guiar e ajudar para que o encontro com o Senhor os faça ver qual é o caminho da vida". O Pontífice reconhece que "trabalhar com os jovens requer muita paciência", "escuta" e, não menos importante, a capacidade de "rejuvenescerse: isto é, pôr-se em movimento, mover-se com eles".
“Hoje os jovens estão em movimento e devemos trabalhar com eles em movimento e tentar ajudá-los a encontrar sua vocação em suas vidas. Isso cansa... É preciso se cansar! Não se pode trabalhar pelas vocações sem se cansar. Neste caminho articulado de partilha, não menos importante é a atitude de "recolher-se em si mesmo", para poder dialogar com o Senhor. “A escolha da vocação deve vir do diálogo com o Senhor, qualquer que seja a vocação. O Senhor inspira-me a avançar na vida desta forma, por este caminho. E isto significa um bom trabalho para vocês: ajudar o diálogo. É claro que, se não dialogarmos com o Senhor, será difícil ensinar os outros a dialogar sobre este ponto”.
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ENTREVISTA
A 11ª EDIÇÃO DO MUTIRÃO BRASILEIRO DE COMUNICAÇÃO – MUTICOM – REALIZOU-SE NA CIDADE DE GOIÂNIA, CAPITAL DE GOIÁS. COM O TEMA “COMUNICAÇÃO, DEMOCRACIA E RESPONSABILIDADE SOCIAL”, O EVENTO REFLETIU SOBRE OS CAMINHOS E AS PERSPECTIVAS DAS RELAÇÕES ENTRE A IGREJA CATÓLICA, A SOCIEDADE BRASILEIRA E A CULTURA CONTEMPORÂNEA, NO CAMPO DA COMUNICAÇÃO. A DIOCESE DE GUANHÃES FOI REPRESENTADA PELO ASSESSOR DA PASCOM DIOCESANA, PADRE BRUNO. VEJA A SEGUIR UM TRECHO DA ENTREVISTA CONCEDIDA POR ELE À FOLHA DIOCESANA: FOLHA DIOCESANA: Qual a pertinência de um tema que trata sobre “Democracia e Responsabilidade Social” para um evento voltado para “comunicação”? PADRE BRUNO: Nestes últimos tempos, a “virada midiática” promoveu transformações fortes, sobretudo no campo social, político etc., democratizando a comunicação de modo que todo cidadão, independente da sua classe social, tem espaço para expor seu pensamento, anseios e opiniões. Junto dessa “virada midiática” veio também mazelas, tais como a fake news e que influenciam na realidade social. Nas últimas eleições, tanto no Brasil como no exterior, houve influência no cenário político. O problema das fake news não está na democratização da comunicação – conforme o jornalista Nilson Klava “todos com um celular na mão é um produtor de conteúdo” –, mas sim o fato de que a comunicação é feita por meio de pessoas boas e/ou más. As pessoas boas divulgam verdade a partir de suas convicções e bom senso com opiniões sinceras e justas; as pessoas más ocupam este espaço com notícias falsas de forma agressiva e por vezes com intenção financeira. Querem polemizar e/ou lucrar e não têm compromisso com informar/ formar. Os comunicadores devem trabalhar com compromisso social de modo que ajude as demais pessoas a se informar melhor e isso não se refere a quantidade, mas a qualidade dos conteúdos. Por exemplo, o conteúdo da Folha Diocesana chega nos smartfone via whatsapp ou facebook a partir do link de nosso site e também chega às pequenas comunidades que não dispõem de toda essa tecnologia. A missão da PASCOM é formar e informar também para a democracia. FOLHA DIOCESANA: Foi dito que “junto dessa ‘virada midiática’ vieram também mazelas, tais como as ‘fake news’”. Que outra “mazela” pode ser citada? PADRE BRUNO: A “hiperinformação” é, sem dúvida, mais uma destas mazelas. Há muita informação e pouca democracia, pois deletamos aquilo de que não gostamos. Alimentamos-nos em excesso de apenas um tipo de opinião e por vezes sem critério – haja vista fake news – vivendo em uma bolha informacional. Democracia e revolução digital não funcionam assim! A “hiperinformação” também não realiza comunicação!
whatsapp, pois é muito mais rápida a comunicação e, consequentemente, aumentou o número de crimes praticados via tal aplicativo, devido a facilidade de troca de informações.
Aliás, o excesso de informação é uma realidade vertiginosa e nos torna indiferentes com a necessidade alheia. Com isso, eu perco o respeito pelo outro e assim o rotulo como amigo ou inimigo e me preparo para atacar, pois pensa diferente, ou me abastecer de coisas que eu quero ou com as quais concordo, já que não exige muito do meu raciocínio e capacidade de síntese.
bém no modo de ser igreja? PADRE BRUNO: A “virada midiática” é um “ato fora da Igreja” promovido pela sociedade e que está modificando a forma de ação da Igreja. Desde 2002, com João Paulo II, já se fala da realidade digital na mensagem para o Dia Mundial das Comunicações Sociais celebrado há 53 anos, conforme proposto na “Inter Mirifica”, n. 18, do Concílio Vaticano II. Este ano o Papa Francisco abordou a FOLHA DIOCESANA: Perante tais desa- temática: “‘Somos membros uns dos outros’ fios, como propor um conceito de comunica- (Ef 4, 25): das comunidades das redes sociais ção? à comunidade humana”. Em 2011, Bento PADRE BRUNO: Informação é diferente XVI fala que essa revolução cultural desafia a de comunicação, pois a informação é a men- Igreja a pensar com essa cultura digital. Na sagem; a comunicação é a relação, que é mui- EG n. 16, Francisco insiste na inculturação dito mais complexa. A comunicação toca, trans- gital e a necessidade de a igreja ocupar esse forma o outro. Não só espaço. O Brasil, por muda a forma de penexemplo, é o país que sar, mas também o commais usa redes sociais na portamento, isso é conAmérica Latina. Se conversão – metanoia – forsiderarmos todos os ma de pensar que muda 209,3 milhões de brasimeu agir, pois o “sábio leiros, seria como se capode mudar de opinião. da um passasse pelo meO ignorante, nunca”, nos quatro horas apenas disse o filósofo alemão em redes sociais, todos Immanuel Kant. As “Faos meses. (JORNALISTA NILSON KLAVA) ke News” e a “hiperinParafraseando Luther formação” não dão esKing “o que me preocupaço para isso, pois promovem o contrário: pa não é o grito dos maus, mas o silêncio dos não toca, mas agride; não muda, mas deixa bons”, devemos ocupar as redes para humaainda mais obstinado, pois coisificamos, rotu- nizar as redes. A mensagem para o Dia Munlamos o outro sem espaço para o diálogo e dial das Comunicações Sociais de 2014 orientroca de ideias, possibilitando o amadureci- ta que o testemunho cristão neste ambiente mento do pensamen- não se dá tanto pelo bombardeamento de to sobre determinado mensagens religiosas, mas com o testemunho. assunto. Comunicação deve nos fazer reFOLHA DIOCESANA: O “testemunho” pensar nossas rela- faz referência ao “comportamento”. Qual ções e a forma de nos orientação foi dada sobre comportamento comunicar com quem nas redes sociais? PADRE BRUNO: O comportamento indeestá ao nosso redor. Sem respeito mútuo a vido nas redes sociais pode configurar-se cocomunicação não mo “crimes cibernéticos” ou “crime virtual”. Além de ser um contratestemunho cristão é acontece. importante salientar que qualquer internauta FOLHA DIOCE- que pratica crime virtual está sujeito às mesSANA: Essa “virada mas leis aplicadas fora da internet. Uma modalidade que facilitou a dissemimidiática” promoveu transformações tam- nação de crime virtual foi o aplicativo de
“TODOS COM UM CELULAR NA MÃO É UM PRODUTOR DE CONTEÚDO”
FOLHA DIOCESANA: Explique mais sobre crimes virtuais, cite alguns exemplos. PADRE BRUNO: Os crimes virtuais são desde ataques contra a honra (injúria, calúnia e difamação), ameaças (como ameaça à vida ou à integridade de outrem), chantagem emocional, pressão psicológica, ofensas verbais, emails maliciosos, além de sites de lojas virtuais falsas e divulgação de fotos e vídeos íntimos de terceiros sem autorização. Há também os mais sofisticados, tais como roubo de informações sigilosas como senhas de banco, desvio de dinheiro de contas bancárias, distribuição de vírus e aplicativos maliciosos, visando prejudicar outros usuários, e inclusive falsidade ideológica (invadir ou criar perfis falsos). A Delegada Titular da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Cibernéticos de Goiás, Sabrina Leles, abordou a temática de crimes cibernéticos, que a cada dia aumentam. Na palestra, a doutora alerta que todos os dispositivos que utilizam Wi-Fi – geladeira, TV, cafeteira, sistema de iluminação entre outros podem ser utilizados para a prática criminosa. Por exemplo, da câmera da TV ou notebook podem fazer vídeos ou gravar áudios sem que o proprietário permita. Aplicativos de celular, como o WhatsApp, Instagram e Facebook, quando usados sem os devidos cuidados, podem facilitar a ação dos criminosos pois oferecem informações pessoais (nome de familiares etc.). Sendo assim, se você for vítima de algum tipo de crime virtual, junte o máximo de informações que conseguir, “prints” de tela, salve todos os arquivos que envolveram o delito, e faça um boletim de ocorrência. FOLHA DIOCESANA: Qual a necessidade e critérios para criação da Pascom? PADRE BRUNO: A PASCOM é uma forma de anúncio da Boa Nova: Jesus Cristo. A PASCOM se apoia em quatro pilares: formação, articulação, produção e espiritualidade. Conforme o Guia de Implantação da Pastoral da Comunicação da CNBB, nos são apresentados quatro passos de implantação da PASCOM: conhecer a realidade como um todo, mas particularmente no que tange a comunicação; sensibilizar as pastorais, movimentos e comunidades da necessidade da PASCOM para a ação evangelizadora da Igreja; formar os agentes da PASCOM, segundo suas peculiaridades para potencializar a comunicação; e manter os trabalhos de formação, articulação, produção e espiritualidade a partir de um Projeto de Comunicação. A PASCOM "ganha sentido quando contribui com as demais pastorais [...] para dar visibilidade às ações evangelizadoras da Igreja" (PASCOM - a ação evangelizadora da Igreja à luz do Diretório de Comunicação, p. 96).
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FORMAÇÃO
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Agosto de 2019
ENCONTRO DIOCESANO DE FORMAÇÃO DOS SERVIDORES PAROQUIAIS stiveram reunidos no dia 23 de julho, no salão da igreja catedral, servidores paroquiais e diocesanos para o 8º Encontro diocesano de formação. Iniciou-se o com um delicioso café e após, o momento de Oração, preparado por Poliana de Jesus, secretária da paróquia São Miguel e Almas e animado pelo padre José Adriano Barbosa dos Santos, administrador paroquial da paróquia Nossa Senhora Mãe dos Homens, Materlândia. Ainda em oração, o grupo foi surpreendido com um vídeo de Dom Otacilio saudando a todos e rezando com o grupo. Proclamou o Evangelho do dia e manifestou a sua alegria pela realização desse encontro. Palavra de Deus trazida para a realidade vivenciada no momento. Marcou-se assim, a sua acolhida desde já, como Pastor. O grupo ficou maravilhado com tamanha atenção e cuidado para com os seus colaboradores. Seguindo a programação, sob a orientação da psicóloga Marizélia Martins que prontamente aceitou o convite para ajudar o grupo nas reflexões, com o tema: “Motivação”. Ela levou os participantes a uma atividade motivacional, mostrandolhes que “ a maior riqueza é encontrar pessoas”, “as pessoas felizes fazem o que gostam e por isto, são abençoadas, pois em seus trabalhos praticam ações que ajudam aos outros”. Citou o que chamou de “peneira do cristão”: 1º Verdade, 2º Utilidade e 3º Empatia. Ela disse que se deve sempre se colocar no lugar do outro. Marizélia envolveu a turma numa dança divertidíssima para mostrar que juntos serão melhores (vídeo). Ao final, ela motivou o grupo para fazer uma gravação de vídeo de agradecimento para Dom Otacilio, em retribuição à mensagem dirigida a eles. Exposição de um breve resumo das DGAE 2019-2023, por padre Hermes Firmiano Pedro, conforme orienta o documento da CNBB e o bispo eleito Dom Otacilio Ferreira de Lacerda. Pontuou alguns tópicos importantíssimos: objetivo, desenvolvimento, levantamento da realidade de Igreja no Brasil, desafios, dificuldade do mundo urbano, necessidade de estado permanente de missão, as práticas pastorais, litúrgicas e diárias em nossas igrejas, capelas, comunidades. Especificamente em nossa diocese, como isso tem sido feito? É necessário um levantamento da realidade para certa “dosagem”: “nem louvores demais, gente caindo, muito oba-oba , sal-
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vação só da alma e nada do corpo, certa separação da alma e corpo, missas ‘sapecadas’ com cantos sem o mínimo que pede a CNBB – litúrgicos – ‘tocadas’ sem o devido zelo, paróquias desorganizadas com celebrações onde o Rito é mecânico”. Pastorais e movimentos que precisam ser “resgatados” com urgência. Padre Dilton Maria Pinto deu continuidade levando ao grupo ações concretas para serem vivenciadas na diocese, o que já foi orientado até então para a prática das DGAEs nas paróquias e comunidades. Foram elaborados já Estatutos nas Áreas pastorais, organizações nas bases, criação ou revitalização dos Conselhos paroquiais, tudo isso tendo como eixo a Missão. Enfatizou-se bem a participação dos funcionários em todo esse processo, como primeiros “colaboradores” que têm que ser os primeiros a abraçarem essa missão. Todos são chamados: bispo, clero, religiosos e religiosas, seminaristas, servidores paroquiais e diocesanos, todos… Os escritórios, igrejas e casas paroquiais, todo o povo em estado permanente de missão. E para isso, conforme algumas orientações repassadas por Dom Darci e agora continuadas com Dom Otacilio, partiremos para o desenvolvimento das paróquias. Citou-se a importância da conclusão das Diretrizes para a diocese, necessárias e urgentes para uma caminhada uniforme. Neste momento, houve a intervenção de alguns participantes dizendo de certa dificuldade pela falta de sintonia nas paróquias da diocese. Exemplificaram sobre as situações de Batismo – curso em preparação para padrinhos e madrinhas, os casos especiais, enfim… situações corriqueiras e sérias. Houve sugestão de que os secretários e secretárias paroquiais fossem ouvidos, em certa altura, já que são os que mais sofrem com tal situação nos escritórios, desde a preparação para os sacramentos que não é uniforme nas paróquias e até a própria falta de unidade no que se refere a
“Normas e Diretrizes”. Padre José Aparecido de Pinho interveio e sugeriu então, que sejam enviadas à cúria as sugestões e observações por parte dos secretários e secretárias para que assim, tudo seja contemplado no documento e atenda a todos. Padre Dilton encerrou reforçando o empenho em somar e fazer acontecer em todas as paróquias e comunidades. Após o almoço, o grupo foi dividido por funções. O Diácono Daniel Bueno Borges – restaurador- palestrou para os zeladores das igrejas e responsáveis por manutenção em geral. Destacou a importância do zelo e cuidado com o sagrado, da correta conservação dos templos, imagens e do patrimônio em geral, trabalho imprescindível de atenção e dedica-
ção por parte de todos. Luciane Duarte, nutricionista, reuniu-se com as cozinheiras e responsáveis pela limpeza e serviços gerais das cozinhas e casas paroquiais. Ressaltou a importância da organização do dia a dia na cozinha, o asseio e cuidado no preparo, o uso dos utensílios obrigatórios, atenção aos cardápios variados, desperdício, temperos de acordo com as idades. Sob a orientação de uma cartilha foi norteando a todas para o aproveitamento dos alimentos, organização do espaço (geladeiras, armários), compras, etc. Atenção urgente para a devida separação do lixo e cuidado com o meio ambiente. Padre José Aparecido de Pinho e Marina Carvalho – contadora da diocese - orientaram o grupo maior dos secretários e secretárias paroquiais e diocesanos, presentes nos escritórios. Padre José Aparecido deu breve notícia de como será a implantação do novo sistema de prestação de contas, que aos poucos será implantado a partir do mês de setembro. Todos os dados serão transportados e posteriormente será oferecido um treinamento específico para todos. Marina chamou a atenção do todos com a pergunta: Como tem sido a distribuição do tempo nos trabalho diários nos escritórios paroquiais? Disse que tudo se resume em como distribuir o tempo. Salientou a quantidade de trabalho que cada escritório exige do secretário e secretária, a atenção que deve ser dispensada em cada atividade, o quanto o trabalho de cada um é muito importante. Contudo, sem uma boa organização na distribuição das tarefas diárias não será possível um trabalho bem feito. Reforçou o cuidado às pessoas que chegam aos escritórios para um “bate papo diário”, tomando todo o tempo e até atrapalhando muito. Necessário sabermos separar aquilo que é informação, pedido de ajuda, serviço diário de alguém que se dirige todos os dias para simplesmente papear e tomar o tempo do secretário ou secretária.
Reforçou ainda a importância do uso de uniformes – responsabilidade da empresa oferecer dois jogos, resto por conta de cada um, conforme a necessidade e realidade. Que os escritórios têm de oferecer o mínimo ao funcionário: água, lanche, etc. – Infelizmente há casos ainda de certa dificuldade. Marina enfatizou que cada caso é um caso, mas essencial e urgente relatar a ela periodicamente, quando necessário, pois poderá levar ao conhecimento do bispo e clero para ver o que poderá ser feito. Disse ainda da importância da organização do tempo quando se tratar de fechar as prestações de contas. Deverão estar organizadas com recibos em dia e atualizados, orientarmos com o relatório analítico – do programa e assim seguir para o escritório de contabilidade de forma clara para que não se perca tempo. Falou ainda que já houve uma melhora muito grande, mas necessário atenção da parte de todos. Houve questionamentos sobre salários iguais para todos, porém constatou-se a diversidade de realidades de movimentação financeira das paróquias. O fluxo não é mesmo em todas, dificultando a igualdade de salários. Pediu-se atenção às datas e calendário da diocese, às confirmações em tempo dos participantes nos encontros que se realizam na sede da diocese. Importante confirmações com antecedência para boa organização. O grupo juntou-se novamente para os agradecimentos. Os padres presentes deram a bênção, encerrando assim mais um encontro de formação. No geral, foi bastante proveitoso e gratificante. Uma pena pelas paróquias que não puderam comparecer. Sentimos falta! Aproveito para agradecer a cada um que contribuiu para a realização do encontro. Aos senhores padres, mais uma vez, que não mediram esforços para trazer os nossos funcionários. Deus lhes pague! Aos colegas queridos, muito bom tê-los. Obrigada pela presença, dedicação até aqui e continuemos unidos e perseverantes. Aos novatos, ânimo e coragem. Que São Miguel Arcanjo nos abençoe e encoraje! No dia 1º de outubro nos encontraremos novamente para o dia de lazer. Oportunamente enviaremos maiores informações com o local escolhido. Simone Mendanha - Secretária da Cúria
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DIOCESANA 8° ENCONTRO MINEIRO DAS COMUNIDADES ECLESIAIS
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8° Encontro Mineiro das Comunidades Eclesiais realizou-se de 19 a 21 de julho em Ipanema, Diocese de Caratinga (MG), com o tema : Os desafios de uma Igreja em saída na construção da Sociedade do Bem Viver e Conviver. A nossa Diocese participou com quinze representantes: Águeda Maria Coelho Perpétuo, Maria da Conceição G. Souza, Geraldo Magela Soares, Marta Maria Dias Pereira, Maria Ângela Coelho de Magalhães, Néria Ester Leite, Diana Maria Coelho Figueiredo, Edmilson Pereira de Miranda (Virginópolis); Ivone do Rosário Nascimento , José dos Passos Mateus e Leonardo dos Santos ( Paulistas); Alessandro Gomes Alexandre ( São Pedro do Suaçuí); Luís Carlos Pinto (Guanhães - Paróquia São Miguel e Almas) ; Maria Madalena dos Santos Pires (Guanhães - Paróquia Nossa Senhora Aparecida-Pito) e Francisco Salvador de Moura (Materlândia). Foram três dias de estudo, celebração, espiritualidade e encaminhamentos para a ação pastoral dessas comunidades. A assessoria do encontro ficou a cargo do Pe. Alfredo Gonçalves, missionário scalabriniano, atual-
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mente residente no Rio de Janeiro, conhecido como padre Alfredinho, e Sônia Gomes de Oliveira, de Montes Claros e atual presidenta do CNLB- Conselho Nacional do Laicato do Brasil. Houve oficinas com os seguintes eixos temáticos: Superação da Violência, Políticas Públicas, Agroecologia, Plantio das águas, Direitos Humanos, Juventude, entre outras. O encontro realizou-se em uma escola e creche da cidade. As famílias da paróquia de Ipanema acolheram os participantes. Na avaliação dos participantes, o encontro foi de muita importância para que a nossa Diocese possa reorganizar e incentivar o trabalho de nossas CEBs, atendendo assim o apelo do Papa Francisco de sermos uma Igreja em saída e presente na vida e história de nosso povo. O grupo assumiu o compromisso de se reunir em 17 de agosto, para avaliação e encaminhamentos das ações em nossas paróquias. O 9° Encontro Mineiro das Comunidades Eclesiais ficou definido para a Diocese de Guaxupé. Conclusões finais: Origem. De onde viemos? Da paixão pela Boa Nova de Je-
sus Cristo. Somos enamorados por essa proposta. O Reino de Deus e os pobres são o centro da mensagem de Jesus. Caminho. Onde vamos? Redes de parcerias e saberes. Mecanismo de participação popular, aprendendo com medicina alternativa, com a internet e as redes sociais. Nesse caminho fazemos nossas cartilhas para trabalharmos a juventude, a reforma da previdência, agroecológica. Somos chamados a recriar a Boa Nova de Jesus. Horizonte: Para onde vamos? Viemos da Palavra de Deus e das inspirações do pobres. Precisamos criar alternativas para o Capitalismo. A saúde através da medicina alternativa. Buscando o bem viver e não o viver bem. Reciclar é selecionar os valores que estão entre nós. Valorização das culturas de todos os povos. O intercâmbio do campo e da cidade. Defender a biodiversidade. Buscar espaços de produção alternativos. O que produzir, para quem produzir e por que produzir. Agricultura sem agrotóxico. Realizar encontro de comunicadores e atualizar nossa forma de linguagem. Rever a política de mineração. Ação de repúdio à Reforma da Previdência e à eliminação de políticas públicas.
Igreja em saída: quando o povo não vai à Igreja, a Igreja deve ir ao povo. Uma nova relação com a história com o mundo e com os irmãos. Encaminhamentos: Estar atentos à legislação de Minas sobre Coleta Seletiva que vencerá em agosto. Incentivar o uso das plantas medicinais para atendimento nas farmácias municipais. O 15º Intereclesial – será em Rondonópolis, Mato Grosso, em 2022. Em 2021, reunirão Minas, Espírito Santo e Rio de Janeiro preparando o 15º. A 22ª Romarias das Águas e da
Terra será em Uberaba (MG). Agradecimentos: Ao Padre Dilton Maria Pinto, pela iniciativa de custear, pela paróquia Santa Maria Eterna, a metade do valor dos gastos com o transporte; e aos demais padres e nossa Diocese, que investiram para que estivéssemos presentes nesse 8° Encontro. Os nossos agradecimentos e nosso compromisso de servir a nossa igreja. Alessandro Gomes Alexandre - pela equipe
CNBB DEFINE TEMA DA CAMPANHA DA FRATERNIDADE 2020 Conselho Pastoral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), reunido em Brasília (DF), definiu o tema da Campanha da Fraternidade (CF) 2020 como: “Fraternidade e vida: dom e compromisso” e o lema “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele (Lc 10,33-34)”. Tema e lema reforçam a dimensão do cuidado, sugerida pelo bispo da Diocese de Barra do Piraí - Volta Redonda (RJ) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-Religioso da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Francisco Biasin.
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O Conselho Pastoral ainda definirá melhor qual o recorte, podendo-se aproveitar, dentro deste tema mais geral, vários outros aspectos sugeridos: mercantilização da vida, aborto, acidentes de trânsito e no trabalho, entre outros. O Arcebispo de Brasília e presidente da CNBB, Cardeal Sergio da Rocha, lembrou ser necessário, em função da amplitude do tema, sempre ter como orientação aprofundá-lo nas perspectivas pessoal, comunitária e social, para que não se perca de vista a construção da fraternidade, o objetivo principal da CF. Fonte: www.cnbb.org.br
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REUNIÃO CONSELHO DIOCESANO EM 27 DE JULHO DE 2019
“A experiência do amor gratuito e transformador gera fraternidade que se concretiza em comunidades de fé, nas quais a vida, com suas alegrias e dores, é partilhada. (...) criamse laços muitas vezes mais fortes que os de sangue”. (Doc. 109 da CNBB – DGAE 20192023). Reuniram-se em Guanhães, no dia 27 de julho, cristãos leigos e leigas da Diocese: paróquias São Miguel e NSª Aparecida, de Guanhães; São João Evangelista; São Pedro do Suaçuí; Peçanha e Santa Maria do Suaçuí, tendo como assessor Leonardo Henrique de Souza Moura, membro da Comissão Nacional de Comunicação
do CNLB – Conselho Nacional do Laicato do Brasil - , com os objetivos: Continuar os estudos sobre a missão laical; reforçar os conhecimentos sobre o Doc. 105 da CNBB – CRISTÃOS LEIGOS E
LEIGAS NA IGREJA E NA SOCIEDADE-; aprofundar os conhecimentos sobre o que é o Conselho de Leigos e seu campo de atuação; criar um plano de ação para os leigos na Diocese e formar uma
“MEMÓRIAS DE UM MENINO”: NOVO LIVRO DO PADRE ISMAR Na noite de domingo, 21 de julho, em Santa Maria do Suaçuí, no dia em que se comemorava mais uma memória do Servo de Deus Cônego Lafayette, padre Ismar lançou o seu 9º livro, ao lado de amigos e colegas no ministério presbiteral. Padre Lucimar, seu afilhado, viajou 1.380, do Pontal do Triângulo Mineiro, para estar com ele e padre Dilton no lançamento do livro. Há um mês, na sede da Associação Comunitária do bairro Nova Vista (BH), foi o lançamento de Memórias de um menino, editado pela Mazza Edições, de Belo Horizonte. “Tive a alegria de autografar o livro para muitos amigos e conhecidos, dentre eles a deputada estadual Ana Paula Siqueira e o vice-prefeito de BH, Paulo Lamac”, disse padre Ismar. O autor nos conta que a ideia do livro surgiu após vários anos de anotações em diários e agendas de trabalho: “digitei aqueles apontamentos e, de repente, vi que poderiam servir também de inspirações para outras pessoas. Contar a minha história, insignificante em si, talvez não tivesse relevância alguma. Mas achei que a minha história, narrada pelo adulto em que me tornei, talvez servisse de estímulo a um(a) leitor(a) que também resolvesse rever a sua própria história, quase como um exercício psicanalítico”, disse padre Ismar. O autor, que hoje exerce seu ministério sacerdotal em Belo Horizonte, afirmou que suas memórias foram escritas pelo menino que virou adulto e as recolheu antes que a morte levasse seu pai, e antes que o Alzheimer destruísse aos poucos a memória de sua mãe, e que foi auxiliado por muitas pessoas nessa
empreitada memorialística. “Espero que as Moiras me permitam escrever outras memórias, mais tarde”, eis o desejo de padre Ismar. Lafaiete Marques Ciara, que fez a leitura do livro antes de outros leitores, assim disse no dia do lançamento, em BH: “Memórias de um menino é a fala do Eu para si. Fala bendita. Todos nós sabemos a importância que isso tem. Freud demonstrou os efeitos terapêuticos da catarse produzida pela fala. Através dessa catarse o sujeito que fala, eu diria – o sujeito que de si fala e a si ouve – consegue eliminar seus afetos patogênicos ao reviver os acontecimentos traumáticos a eles ligados. Falar é capaz de curar mágoas, traumas e até mesmo doenças”. “Lafaiete Marques compreendeu o sentido de meu texto”, disse padre Ismar. E continuou: “outros leitores também têm me dito o quanto a minha narrativa despertou acontecimentos na vida deles, situações muito parecidas com as minhas!” Lafaiete assim concluiu sua fala: “As memórias desse menino que hoje padre Ismar nos apresenta são o resgate de um homem corajoso, em busca da vitória sobre os limites histórico-sociais que a vida lhe impôs. Elas nos remetem aos nossos medos e limites próprios”, disse Lafaiete. O livro de padre Ismar está à venda no escritório paroquial das Paróquias São Miguel e Almas, de Guanhães; São João Evangelista, e Santa Maria do Suaçuí. Em BH, nas Paróquias Nossa Senhora Mãe dos Homens (bairro Nova Vista) e Paróquia São Geraldo (bairro São Geraldo): custa apenas 30 reais. PASCOM Diocesana com informações de Prof. Pe. Ismar Dias de Matos
equipe diocesana de articulação para estudos e criação do Conselho Diocesano de Leigos da diocese. Os objetivos propostos foram alcançados. O grupo elaborou as diretrizes para os eixos: articulação, ação, formação e espiritualidade e constituiu-se a comissão diocesana de articulação para o laicato: Coordenadora: Maria Madalena S. Pires; Vice coordenador: Alessandro Gomes Alexandre; Secretária: Mariza da Consolação Pimenta Dupim; Secretária adjunta: Maria Luiza Dos Reis Amaral; Maria Luiza Soares – representante da área pastoral São Miguel. Faltando definir o representante da juventude e os das demais áreas. Na avaliação dos participantes, o encontro foi muito proveitoso. Agradecimentos ao CNLB-LESTE II, na pessoa do Leonardo. Mariza C. Pimenta Dupim, da equipe de articulação do Laicaito na Diocese de Guanhães
“TRAGA A BANDEIRA DE LUTA, DEIXA A BANDEIRA PASSAR” Entre os dias 26 e 28 de julho, em Belo Horizonte, eu e Sebastião Alves Maciel (Tião do SAAE) participamos da XVIII Assembleia Regional da Cáritas em Minas Gerais. Convidados pelo Secretário Regional, Rodrigo Pires, tivemos a oportunidade de conhecer mais sobre essa entidade social, vinculada à CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). A Cáritas se coloca a serviço dos mais pobres e se inspira na missão de Jesus de Nazaré: proclamar o Reino de Deus como lugar dos excluídos da sociedade. Foram dias intensos de discussão sobre o cenário político e eclesial do país. Conhecemos a vereadora Suzane Almada, o padre e teólogo Élio Gasda e o professor José Luiz Quadros Magalhães. Ouvimos falar sobre a sociedade do bem viver. E compreendemos que o sistema capitalista/predatório destrói biomas, ecossistemas, sociedades. Se não encontrarmos uma forma de viver fora da lógica consumista, seremos testemunhas de desgraças ainda piores, a massacrarem todas as formas de vida do planeta. Na Assembleia, conhecemos a organização da Cáritas no Regional Minas Gerais. Percebemos como as Dioceses estão estruturadas. Ouvimos o testemunho de membros da entidade sobre as ações sociais executadas em todo Estado. O organismo da CNBB possui uma metodologia muito eficiente. Depois da fase de planejamento, um projeto passa pelo monitoramento, avaliação e
sistematização. Há um sistema on-line de registro e avaliação das ações promovidas pelos agentes sociais. Não posso me esquecer da mística e espiritualidade durante a Assembleia. Nesses 3 dias, todas as atividades eram carregadas de inspiração bíblica e de espírito contemplativo. Uma ação missionária não dispensa a oração. Ao contrário, a oração fortalece a missão. Os agentes da Cáritas rezam, celebram, agem e festejam. Os dias foram cansativos, intensos, mas não nos faltou tempo para uma prosa, para saborearmos produtos das diversas regiões de Minas Gerais e para criarmos laços de amizade e fraternidade. No final do encontro, aos 28 de julho, logo depois da oração do dia, as Cáritas Diocesanas receberam uma bandeira, bordada por mulheres do Norte de Minas, município de Chapada Gaúcha, preparada para a comemoração dos 30 anos das entidades-membro no Regional Minas Gerais. Quando Rodrigo Pires nos convidou para receber a lembrança do encontro, meu coração disparou (acho que o do Tião também). Quando o Secretário Regional disse: “Cáritas Diocesana de Guanhães”, senti que de Deus estávamos recebendo a missão de proclamar o Evangelho por meio da ação social junto às famílias em situação de pobreza. Luís Carlos Pinto Professor de Educação Básica
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POSSE CANÔNICA DE DOM OTACILIO FERREIRA DE LACERDA SERÁ EM 14 DE SETEMBRO
EM 31 DE JULHO DE 2018, CELEBRANDO A MEMÓRIA DE SANTO INÁCIO DE LOIOLA, PRESBÍTERO, DOM DARCI DÁ INÍCIO AO MINISTÉRIO PASTORAL DE ADMINISTRADOR APOSTÓLICO NA DIOCESE DE GUANHÃES. E POR ISSO O AGRADECEMOS POR ESTE ANO EM QUE SE FEZ “PRESENTE” E “PRESENÇA” DA IGREJA NESTA PORÇÃO DO POVO DE DEUS.
SIGNUM TUUM LUCEAT! (QUE A TUA LUZ BRILHE!) Dom Darci, quando o senhor chegou à nossa diocese, por diversas circunstâncias caminhávamos meio que andando na penumbra de nós mesmos e, de fato, o senhor foi uma grande "lanterna" que, ao utilizar a luz do Cristo, nos trouxe à claridade. A luz, às vezes dói. Que o diga Saulo que, ao encontrarse com a Luz, ficara três dias dolorido e cego (At 9,9), mas a luz também nos lança a uma perspectiva nova, pois o mesmo Saulo se tornara Paulo (At 13,9) para ser o Evangelizador sob a luz do Cristo. É por essa perspectiva nova que queremos agradecerlhe: o senhor nos proporcionou, no momento em que caminhávamos às apalpadelas, aquilo que precisávamos para recobrar nossas forças e voltar a caminhar com passos firmes; foi o nosso Ananias (At 9,17), a injeção de ânimo (de luz) de que precisávamos. Nossos três dias, na verdade, foram um ano, mas a vontade que temos agora é a mesma do apóstolo dos gentios: sermos discípulos missionários para que também sejamos apóstolos do Senhor, enviados a testemunhar o reino de Deus. A presença do senhor foi muito importante, porque redescobrimos que também somos lançadores de luz. É essa a missão do padre: lançar a luz do ressuscitado e de sua Igreja por toda parte Nossa palavra é de gratidão! Em nome do Clero de nossa diocese, queremos dizer muito obrigado! Que o senhor continue sendo um instrumento de Deus para que a luz do Cristo continue a brilhar. Pe. Salomão Rafael Representante dos presbíteros da Diocese de Guanhães
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data de Posse Canônica de Dom Otacílio Ferreira de Lacerda na Diocese de Guanhães foi definida. A celebração será realizada no dia 14 de setembro, sábado, às 9h, na Catedral São Miguel, Guanhães (MG) e marcará o início do Ministério Episcopal de sua excelência reverendíssima. São esperados Bispos, Padres, diáconos, religiosos e religiosas, seminaristas e leigos e leigas de toda região. Em caso de necessidade de hospedagem, entre em contato com a Cúria Diocesana pelo telefone: (33) 34211586. Indicações aos Bispos que forem participar: levar Mitra, Casula Vermelha e túnica; e os Padres devem estar com Túnica e estola vermelha. A Liturgia será a da Santa Cruz.
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NOSSA GRATIDÃO, DOM DARCI! Dom Darci, a sua presença em nossa Diocese neste período de vacância atualizou a presença confortante e consoladora de Jesus Bom Pastor em nosso meio. Todos nós, catequistas, coordenadores e o padre assessor da catequese, somos profundamente agradecidos pelo seu zelo e presteza em realizar o sacramento da Crisma e visitas pastorais a todas as paróquias. A forma com que o senhor conduziu as visitas foi marcante: o seu carinho com as crianças, a atenção com os jovens, o cuidado com as famílias, o afeto com os idosos, as palavras paternas e encorajadoras com os agentes de pastoral e, principalmente, com os catequistas, que se sentiram completamente encantados e motivados a continuarem firmes na missão. A alegria e a gratidão das pessoas por poderem ver de perto o arcebispo que foi ao encontro delas no lugar onde elas vivem; por poderem escutar seus ensinamentos e falar diretamente com ele foi algo maravilhoso de se ver e acompanhar. Em nome da Pastoral Catequética da Diocese e do padre Osmar, agradeço de coração pela sua presença forte e significativa que nos confirmou na fé, nos orientou no caminho do bem e infundiu em nós pensamentos e gestos de esperança, convidando-nos ao seguimento fiel de Jesus na sua Igreja. Que Deus o cumule de bênçãos e graças, e o recompense pelo bem semeado entre nós, dando-lhe a oportunidade de descobrir novas maneiras de amar e servir no exercício da missão episcopal. Nossa diocese será sempre a sua casa e sua grande família eclesial. Obrigada por tudo! Eliana Maria de Alvarenga Guimarães, da Comissão Diocesana de Catequese
QUERIDO DOM DARCI! Permita-me dirigir ao Senhor desta forma, pois neste pouco mais de 1 ano nos conduzindo e conduzindo essa Igreja Diocesana de Guanhães, o senhor foi se tornando cada vez mais querido pelo nosso clero e posso afirmar que por todo o povo da Diocese de Guanhães. O senhor chegou e, com seu dinamismo e de um jeito “eletrizante”, foi logo fazendo propostas e nos encorajando a todos a descruzarmos os braços e nos empenharmos na evangelização. Sua disponibilidade e desejo de atender a todas as paróquias fizeram com que o senhor fosse estabelecendo laços de amizade com todos os padres e com os paroquianos de cada paróquia visitada. Hoje, em nome da Associação Presbiteral Monsenhor Nogueira (ASPREMONO), da qual sou o atual presidente, quero dizer-lhe: Um muito obrigado teria significação muito restrita para referenciar o todo que o senhor representou e representa para nós e para nossa Diocese nesse curto período à frente desta Igreja Particular de Guanhães. Esperamos tê-lo sempre que possível nos visitando, pois a sua presença foi e será para todos nós motivo de muita alegria! De coração, receba o nosso abraço de gratidão! Pe. Dilton Maria Pinto - Pela ASPREMONO
'o melhor instrumento para evangelizar o jovem é outro jovem' (Papa Francisco)
#Programa Nova Geração Um canal de comunicação com a juventude.
A Pastoral da Juventude exerce sua missão de evangelizar os jovens também através do #Programa Nova Geração. Todos os sábados, às 15:00 horas na Rádio Vida Nova Fm 91,5 Mhz ou pela internet em www.vidanovafm.com.br. Curta e acompanhe a nossa página no facebook e nos dê sua opinião e sugestão!
Pastoral da Juventude Diocese de Guanhães/MG