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Dezembro de 2014
Dinis Pinheiro se despede da Assembleia de Minas Mais de 2 mil pessoas compareceram a uma tarde de homenagens ao presidente da ALMG om direito a foguetório, chuva de papel picado, intervenções artísticas e mais de duas mil pessoas de diversas partes de Minas Gerais, uma grande homenagem foi feita ao presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, deputado estadual Dinis Pinheiro (PP), dia 16/12/2014, por ocasião de seus 20 anos como parlamentar. Ao chegar ao Palácio da Inconfidência, sede do Poder Legislativo, onde faria um pronunciamento com um balanço de suas atividades, Dinis foi surpreendido por uma grande festa organizada por amigos, eleitores, funcionários e familiares. Ainda do lado de fora da Assembleia, o deputado foi recepcionado por milhares de pessoas, a maioria vinda de caravanas do interior. Para chegar ao Hall das Bandeiras, Dinis atravessou um cordão de crianças, enquanto se realizava um foguetório e uma chuva de papéis picados. Assim que Dinis Pinheiro chegou à escadaria da Assembleia, cinco pombas brancas foram soltas em referência aos cinco mandatos cumpridos por Dinis Pinheiro no Legislativo mineiro. O presidente da ALMG levou mais de trinta minutos para chegar ao Plenário, ao cumprimentar amigos, eleitores, familiares e apoiadores. Dinis chegou ao Plenário carregado pelos populares, que o levaram até à Mesa de Honra, de onde presidiria a Sessão. Durante a cerimônia, foi apresentado um vídeo com depoimentos de lideranças, amigos e familiares, contando a trajetória política de Dinis Pinheiro. O momento de maior emoção ficou por conta da apresentação do coral dos alunos da Escola Estadual Professor Leon Renault e dos alunos da Escola Estadual Jornalista Jorge
C
Paes Sardinha. As crianças entre sete e oito anos de idade se enfileiraram em frente a Dinis e entoaram a música “Amigos para sempre”, comovendo-o. Após a performance do coral, a cerimônia foi interrompida com a menina Giulia Torres, de quatro anos, que “invadiu” o Plenário para abraçar Dinis Pinheiro. Nesse momento, uma enorme bandeira de Minas Gerais foi desfraldada da galeria superior ao piso do Plenário, ao passo que grandes faixas de agradecimento ao presidente da Assembleia eram fixadas junto a tantas outras trazidas por pessoas residentes no interior do estado. Em seu discurso, o presidente da Assembleia fez questão de se desculpar por possíveis equívocos cometidos durante o mandato e declarou que sempre procurou exercê-lo de maneira correta e digna. “Deixo este Parlamento, ao final de janeiro próximo, com o sentimento do dever cumprido e com a consciência tranquila. Procurei fazer o melhor, buscando ser um bom empregado do povo mineiro, perseguindo sempre o acolhimento dos mais pobres pelo Legislativo. Na minha caminhada houve, sim, erros e faltas, mas posso afiançarlhes que nenhum deles, nenhuma delas, aconteceu de forma voluntária.
Impõe-se, todavia, o meu pedido de perdão pelas falhas cometidas, pelas palavras inúteis, pelas mágoas que tenha causado”, declarou. Dinis Pinheiro salientou também as conquistas da 17ª Legislatura, período em quem ocupou, por duas vezes consecutivas, a Presidência da Assembleia, e demais ações sugeridas por ele em legislaturas passadas. “Tivemos a oportunidade de concretizar, dentre tantas iniciativas, o Seminário “Pobreza e Desigualdade”; a campanha nacional para aplicação de 10% da receita da União na Saúde Pública; de combate às drogas, especialmente ao crack; a renegociação das dívidas estaduais; a instituição do ICMS solidário; a Bolsa Reciclagem, em apoio aos catadores de resíduos; o Observatório do Idoso; o Fundo Estadual do Idoso; a implantação do Passe Livre Intermunicipal; além do incentivo à doação de órgãos. Foram, pois, muitas frentes de luta, de realizações e de conquistas”, asseverou. Por conta de inúmeras realizações de probidade e integridade conquistadas por Dinis Pinheiro à frente da Presidência da Assembleia, o parlamentar declarou que deixa o cargo no pró-
G mineiros JORNAL DOS
GERAÇÃOBHZ
JOÃO BOSCO
31 3243-3829
Belo Horizonte - Minas Gerais - Nº 397 - Dezembro de 2014
Ônibus queimados:
REPÓRTER
Opinião com
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coragem
da banalização aos números absurdos cada dois dias, um ônibus é retirado de circulação, temporária ou definitivamente, das ruas de Belo Horizonte em decorrência da ação de vândalos. A queima e a depredação de ônibus já levou às oficinas ou aos depósitos de ferro velho, desde 2012, mais de 500 veículos. Os números impressionam: 424 em 2013 e 65 em 2014, seis veículos do BRT MOVE danificados nos dez primeiros meses de operação do sistema. 17 ônibus foram incendiados (03 em 2012, 06 em 2013 e esse ano já foram 08), esses são os números dessa contabilidade perversa, que prejudica a qualidade dos serviços prestados aos belo-horizontinos e atenta contra o direito dos cidadãos de ir e vir com
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ximo ano com a sensação de dever cumprido. “A abolição do voto secreto nesta Casa; as medidas de austeridade e transparência adotadas neste Parlamento, com extinção de salários e gratificações extras; o impedimento de contratação pelo Estado de pessoas que não tenham a “Ficha Limpa”; todas essas são iniciativas asseguradas por esta Legislatura”, afirmou. No encerramento de seu pronunciamento, Pinheiro fez um agradecimento à família, aos amigos e àqueles que ele teve oportunidade de ajudar durante os vinte anos como deputado, assegurando que a despedida da Assembleia não significa um rompimento com o cenário político. “Não
vou dizer-lhes adeus nesta hora, porque esta minha despedida do Palácio da Inconfidência nos promete novos encontros no cenário político. Não conheço meu futuro, mas o sonho de partilhar de uma Minas melhor permanece, consciente de que minha vida e meu caminho somente o Supremo Criador sabe onde irão chegar. O resultado eleitoral adverso não diminuiu minha satisfação com a generosidade do povo mineiro”, proclamou Dinis. Reconhecimento A solenidade foi finalizada com o pronunciamento de 33 deputados presentes à reunião, muitos deles pertencentes à oposição. Destaque
para o 1º vice-presidente da ALMG, deputado Ivair Nogueira (PMDB), que frisou a qualidade de gerenciamento de Dinis Pinheiro. “O povo se aproximou da Assembleia. A instituição fez a interiorização de seus trabalhos de forma mais ampla. A partir disso, melhorou o prestígio da Casa”, salientou. Ademais, a maneira conciliadora com que Dinis Pinheiro conduziu o Parlamento em momentos de tensão foi ressaltada pelo deputado Paulo Lamac (PT), recebendo a anuência dos deputados Lafayette de Andrada (PSDB), Vanderlei Miranda (PMDB) e Rogério Correia (PT). Já o 3º-secretário da Assembleia, deputado Alencar da Silveira Júnior (PDT), relembrou o início da carreira de Dinis Pinheiro, quando ele chegou como parlamentar mais jovem de Minas, em 1994; e a deputada Luzia Ferreira (PPS) destacou a simplicidade de Dinis Pinheiro. “Essa é uma grande qualidade em um País que se ressente de lideranças”, disse Luzia. O deputado Zé Maia (PSDB) enfatizou que a história de Dinis, assim como seus atos como deputado estadual, estão marcados na história do Parlamento mineiro e servirão de exemplo para qualquer legislador.
conforto e segurança. Como todo ônibus depredado deve ser substituído de imediato, os consórcios se veem obrigados a utiliza veículos reservas, nem sempre do mesmo padrão de qualidade em termos de conforto e tecnologia. A substituição dos veículos incendiados, por sua vez, demanda tempo maior para que se faça a cotação de preços no mercado e a aquisição de veículo novo. Além disso, para que a substituição se efetive, deve ser considerado ainda o tempo necessário para a entrega do veículo pelo fabricante e a sua vistoria e emplacamento pelo Departamento de Trânsito. Em resumo, um ônibus queimado significa um ônibus a menos na linha por prazo não inferior a 120 dias ou a sua substituição por outro qualitati-
A cada dois dias, um ônibus é danificado por vândalos em BH
vamente inferior ao incendiado em termos de conforto oferecido, até a aquisição de unidade nova. Cada ônibus retirado de circulação deixa de transportar, em média, mais de 400 pessoas diariamente, gerando sobrecarga no sistema de transporte da capital mineira, que possui hoje em operação quase 3.000 veículos, 428 deles no BRT MOVE. Junto com o veículo, o incêndio criminoso destrói os equipamentos embarcados, elevadores existentes em quase 90% dos ônibus e motores de última geração, menos poluentes, que equipam 99% da frota. Uma tecnologia utilizada no transporte de 36 milhões de passageiros por mês. São mais de 27 mil viagens por dia e chegam a rodar 16 milhões de quilômetros por mês. Além de afetar a quali-
dade do serviço prestado aos usuários, os atos de vandalismo também reduzem a capacidade reinvestimento dos consórcios que operam o transporte coletivo de Belo Horizonte, onerando o sistema e prejudicando a preservação de seu equilíbrio econômico-financeiro. A onda de vandalismo não se restringe aos ônibus. Ela se estende às estações do BRT MOVE. Além dos furtos constantes, cerca de 20 assaltos à mão armada e arrombamentos e dezenas de depredações já implicaram a perda de celulares corporativos, computadores, monitores, impressoras, equipamentos de recarga de cartões BHBus e os próprios cartões, a subtração de cerca de R$ 10 mil e a quebra de catracas de embarque e desembarque.
Os números impressionam: 424 em 2013 e 65 em 2014, seis veículos do BRT MOVE danificados nos dez primeiros meses de operação do sistema. 17 ônibus foram incendiados (03 em 2012, 06 em 2013 e esse ano já foram 08), esses são os números dessa contabilidade perversa, que prejudica a qualidade dos serviços prestados aos belo-horizontinos.