P rtilhando JORNAL
SETEMBRO/OUTUBRO DE 2018 | ANO 02 - NÚMERO 18
hegou o mês de outubro e, com ele, a chama da devoção mariana, representada principalmente pela devoção à Senhora de Aparecida, presente no coração de cada cristão sincero, que é a tradução do carinho à Virgem Mãe por nos ter oferecido com seu sim o filho de Deus. O Pai, em sua benevolência sem limites, para resgatar o seu povo, oferece seu filho unigênito para a salvação do mundo. Mesmo podendo entrar no mundo de qualquer outra maneira misteriosa, Deus decide vir ao mundo por meio de uma mulher: uma jovem foi escolhida e preparada desde todos os tempos, preservada desde sua concepção para ser a Mãe do Salvador, participando como corredentora no projeto de salvação. Corredentora, pois deu o seu sim para os planos da salvação; corredentora, pois acompanhou a infância do menino-Deus, educou-o, dispensou todos os cuidados que uma mãe oferece ao seu filho: amamentação, noites sem dormir, risadas e choros, banho e assim por diante. A devoção, por assim dizer, é o nosso presente de amor oferecido a Deus pelas doces mãos da Virgem Maria. Em nossa paróquia e em nossa diocese, várias são as manifestações representadas pelos diversos títulos marianos: na paróquia de Córregos e no bairro do Pito, Nossa Senhora Aparecida; em Divinolândia, Senhora da Glória; em Braúnas, Senhora do Amparo; em Rio Vermelho, Senhora da Pena; em Virginópolis, Senhora do Patrocínio; em Dores de Guanhães, Senhora das Dores; em Materlândia, Senhora Mãe dos Homens; em Santa Maria do Suaçuí, Santa Maria Eterna; em Conceição do Mato Dentro, Senhora da Conceição; em Morro do Pilar, Senhora do Pilar; em Senhora do Porto, Nossa Senhora do Porto. Como são lindas essas devoções! Como é linda a gratidão do povo de Deus para com a
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INTERPRETAR OS SINAIS DO TEMPO
A VIRGEM MARIA NA DEVOÇÃO POPULAR: UM CAMINHO PARA DEUS
Mãe do Cristo. O Concílio Vaticano II, na constituição pastoral Lumen Gentium, dedica o capítulo oitavo à Santa Mãe de Deus, sua missão junto à Igreja e sua cooperação na redenção. São palavras belíssimas que nos harmonizam com a missão da Mãe de Deus e da Igreja, colocando-a em lugar de honra, abaixo de Deus e acima das criaturas. É verdade que, por vezes, nossa devoção é incompreendi-
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da por aqueles que não amam suficientemente a Mãe de Deus. Acusam-nos de idolatria, de colocar a Virgem Maria no lugar de Deus, de render a Ela adoração. Contudo, essas acusações vêm daqueles que não conhecem a doutrina católica ou, no mínimo, a devoção mariana de perto. A Igreja, em sua sabedoria, classifica três tipos de culto, por assim dizer: a dulia, devoção aos santos, com veneração e respeito por seu testemunho de vida e
por nos mostrar que é perfeitamente possível a vivência do evangelho, do amor-doação, e assim por diante; a hiperdulia, culto prestado à Virgem Maria, pois, mais que o testemunho de vida doada, Ela nos deu o autor da vida, para o qual todos nós voltamos o olhar: Jesus Cristo. É uma espécie de super veneração, ou seja, uma veneração maior que a reservada aos santos. Por fim, a latria, a adoração reservada só a Deus em sua ma-
FÉ E POLÍTIC
MENSAGEM DOS BISPOS DO REGIONAL LESTE 2 DA CNBB SOBRE AS ELEIÇÕES DE 2018
jestade e grandeza. Ao olharmos para figura materna da Virgem Maria, ao seguirmos o seu exemplo, ao nutrirmos nosso amor e veneração, escutamos como resposta dela apenas algumas simples palavras: “Fazei o que Ele vos disser” (Jo 2, 5b). A devoção à Virgem Maria só encontra sentido nessas palavras. Não há outro sentido de aproximar da Santíssima Virgem senão para nos aproximarmos mais ainda de Seu Filho. Este talvez seja o parâmetro para saber se nossa devoção é sadia, se nos aproxima de Deus. Vivendo o Ano do Laicato, não teríamos outro exemplo melhor para nos espelhar em nossa vocação de leigos engajados na vida eclesial: a Virgem Maria, fiel servidora do Pai, Mulher do serviço, Mulher do amor-doação, Mulher da entrega sem reservas, Mulher destemida, Mulher do “FIAT”, Mulher da confiança. Oxalá nossa vida fosse espelhada no exemplo da Santa Mãe de Deus, uma entrega constante, confiante, ilimitada. A Santíssima Virgem imprime esse caráter feminino e materno à Igreja de seu Filho, que se manifesta ao mundo como Mãe amorosa, como tanto quer o Papa Francisco, quando nos lembrou de que “a Igreja é Mãe e não uma associação rígida”. A Igreja será tanto mais acolhedora e materna quanto mais nos aproximarmos do exemplo da Virgem Maria. Façamos desta experiência da piedade popular a oportunidade de nos aproximarmos da Mãe de Deus e, consequentemente, de Jesus Cristo, impulsionados por Maria a “fazer tudo o que Ele nos disser!”. Que a Mãe de Deus, Mãe da Igreja e Nossa Mãe, a Senhora da Conceição Aparecida, seja nossa intercessora fiel junto do Pai, levandonos a servir melhor a Deus e aos irmãos! Alisson Sandro Anacleto da Silva 2º ano de filosofia
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Setembro/Outubro de 2018
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INTERPRETAR OS SINAIS DO TEMPO stamos vivendo um falava sobre a importância de ler A terra não é o oposto do céu. tempo fecundo. A Igre- os sinais dos tempos “As alegrias A terra não é distante do céu. A ja convida os cristãos à e as esperanças, as tristezas e as terra é o único lugar em que se missão, a ser sal e luz. angústias dos homens de hoje, pode fazer experiência de Deus. Estamos em um perío- sobretudo dos pobres e de todos O mundo é o lugar por excelêndo importante para nós, brasilei- aqueles que sofrem, são também cia do encontro com Deus. Quanros: eleições, época de escolher as alegrias e as esperanças, as tris- to mais "do mundo", mais "de nossos representantes políticos. tezas e as angústias dos discípulos Deus". Quanto mais humano, O nosso querido profeta Papa de Cristo; e não há realidade al- mais divino. Por isso, tudo, absoFrancisco nos alerta: “Envolver-se guma verdadeiramente humana lutamente tudo, que diz respeito a na política é uma obrigação para que não encontre eco no seu co- Deus, encontramos no cotidiano um cristão. Os cristãos não po- ração”. da vida, quando olhamos para o dem se fazer de Pilatos, lavar as Para ser missionário, para ser lado, para frente, para trás... De mãos: Devemos implicar-nos na sal e luz, para assumir nossa res- maneira especial, nas grandes nepolítica, porque a política é uma ponsabilidade na política precisa- cessidades da humanidade, ali das formas mais elevadas da cari- mos conhecer e compreender o Deus sofre e chora com os que dade, visto que procura o bem comum. A política é A TERRA NÃO É O OPOSTO DO CÉU. A demasiado suja, mas é suja porque TERRA NÃO É DISTANTE DO CÉU. A os cristãos não se implicaram com o TERRA É O ÚNICO LUGAR EM QUE SE espírito evangélico. É fácil atirar culPODE FAZER EXPERIÊNCIA DE DEUS. O pas... mas eu, que MUNDO É O LUGAR POR EXCELÊNCIA faço? Trabalhar para o bem comum é DO ENCONTRO COM DEUS. QUANTO dever de cristão”. Refletindo o que MAIS "DO MUNDO", MAIS "DE DEUS" Jesus disse no Evangelho de Lucas, 54-59, precisamos “interpretar os sinais dos mundo em que vivemos, as suas sofrem e choram, o nosso tempo tempos”. Jesus afirma: “Sabeis esperanças e aspirações. presente. Um dia, acredito pela interpretar tudo isso, mas e o temNão podemos perder de vista minha fé, viveremos o céu como po presente?”. No caminho de a realidade que vivemos, o “tem- eternidade, mas que começa Jerusalém o Mestre provoca a po presente”. E não ficar apenas aqui! Agora! Vamos tomar um compreender a conjuntura. É só “olhando para o céu” à espera de banho de mundo, mesmo com compreendendo o mundo, a rea- um milagre, deixando tudo por essa “lasqueira” toda que vivelidade, que podemos testemu- conta de Deus. mos para, no meio disso tudo, nhar e viver o Evangelho. Por isvermos os sinais de Deus. so, ponto de partida metodológiSe jogamos Deus apenas co e evangélico é essa provocapara o céu, corremos o risco ção: e o tempo presente? Muitas de vivermos distante d’Ele coisas mudaram. Muitos discurpara sempre. sos se tornaram obsoletos porque Sejamos discípulos (as) não tocam as realidades. missionários (as), sejamos Há 50 anos o mundo via o sal, sejamos luz, no tempo Concílio Ecumênico Vaticano II presente. Não sejamos Pilagerar uma reviravolta em todos os tos na política. sentidos eclesiais. Uma das consPe Hermes Firmiano Pedro tituições “sobre a Igreja no mundo contemporâneo - Gaudium et Spes”, nos parágrafos 1-2, 4, 10,
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“É MISSÃO DE TODOS NÓS; DEUS CHAMA E EU QUERO OUVIR A SUA VOZ” este ano dedicado ao laicato, Solenidades de Cristo Rei (26/11/2017 a 25/11/2018), objetivando Celebrar a presença e a organização dos cristãos leigos e leigas no Brasil; Aprofundar a sua identidade, vocação, espiritualidade e missão; Testemunhar Jesus Cristo e seu Reino na sociedade, a Diocese e a paróquia São Miguel têm estimulado a presença e a atuação dos cristãos leigos e leigas, “verdadeiros sujeitos eclesiais” (DAp, n. 497a), como “sal, luz e fermento” na Igreja e na sociedade. Desde a abertura solene do Ano do Laicato, todas as pastorais e movimentos da paróquia têm dedicado tempo ao estudo do Documento 105 da CNBB – CRISTÃOS LEIGOS E LEIGAS NA IGREJA E NA SOCIEDADE – Sal da terra e luz do mundo (Mt 5, 13-14) – em grupos de reflexão. O JORNAL PARTILHANDO vem publicando subsídios desde o início; são feitos programas na Rádio Vida Nova FM com a participação de membros das várias pastorais. Por ocasião das eleições municipais, por exemplo, saiu uma edição especial do informativo paroquial abordando o assunto. Para a celebração da festa do padroeiro São Miguel, o tema para os nove dias da novena foi sobre a atuação dos leigos, conscientização de sua missão e valorização de seu trabalho laical. “A sociedade humana em construção e a própria Igreja em missão contam com cristãos convictos da própria responsabilidade, dispostos a acolher desafios, alegres em abrir caminhos novos na construção do Reino do Senhor Jesus, reino da verdade e da vida, reino de justiça, do amor e de paz”. (MISSAL ROMANO, Prefácio da Solenidade de Cristo Rei). Os objetivos propostos pela CNBB para o Ano do Laicato não terminam na Solenidade de Cristo Rei; este deve ser um marco na vida da Igreja que sempre promove a cultura do encontro e o cuidado com a vida e o bem comum, na esperança de que outro mundo é possível. “Ser leigo não é ser melhor nem pior que ninguém. É ser diferente! É acreditar em um mundo igualitário; é colocar a mão na massa para fazer acontecer esse mundo... É agir, ‘Até que tudo esteja fermentado’, (Mt, 13-33) com isto promovendo um novo céu e nova terra onde reinam a igualdade, o amor e a paz”.
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Mariza Pimenta Dupim
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EXPEDIENTE
JORNAL
INFORMATIVO DA PARÓQUIA SÃO MIGUEL E ALMAS - PRAÇA JK, 12 – CENTRO – GUANHÃES - MG Fone: (33) 3421-1651 - E-mail: jornalpartilhando@gmail.com - Página:@paroquiasaomiguel Pároco: Pe. Hermes Firmiano Pedro Responsáveis: Pe. Hermes Firmiano Pedro e Pe. Wanderlei
Rodrigues dos Santos Colaboradores: Eliana Alvarenga, Eliane Ramalho, Geraldo Júnior, Josemar Rocha, Luís Carlos Pinto, Mariza Pimenta, Mariza Silva, Poliana de Jesus, Simone Mendanha, Vera
Pimenta e lideranças das comunidades rurais e urbanas Diagramação: Vander Cardoso (31) 99305-1127 – geracaobhz@gmail.com Revisão: Eliana Alvarenga, Mariza Pimenta e Vera Pimenta
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CONTECEU
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Adoração ao Santíssimo; Mês vocacional
Batizados
Semana Bíblica Catedral e Matriz
Missa presidida por Dom Leonardo
Terço das famílias/comunidade urbana N. Sra. Aparecida
Correntinho
Setor Santa Rita
Missa de corpo presente de Pe Saint-Clair
"NA FAMÍLIA, O PROCESSO DE CRESCIMENTO DA FÉ BROTA DA CONVIVÊNCIA, DO CLIMA FAMILIAR E DO TESTEMUNHO DOS PAIS." ENCONTRO CELEBRATIVO COM AS FAMÍLIAS.
Setor São Judas Tadeu
Setor Alvorada
Setor Vila Vicentina
Perseverança Matriz/Catedral
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A FÉ É TESTEMUNHO ão estou exagerando em dizer que existe uma história contada antes do dia 8 de setembro de 2018 e outra depois dessa data. Esse dia marca a ressurreição, depois de intensas batalhas pela vida, do padre Saint-Clair Ferreira Filho. Muitos de nós que tivemos a oportunidade de conviver com ele, temos alguma história para contar. SaintClair dificilmente concordava imediatamente com o que afirmávamos sobre quaisquer temas. Exigia sempre explicação, clareza, objetividade. A sobriedade era uma de suas características mais marcantes. Aliás, clareza e objetividade faziam parte do seu jeito de comunicar, de expressar, de dialogar e conviver. Não é à toa que sempre esteve à frente dos serviços de comunicação da Diocese. Os meios com os quais comunicamos a Boa Nova têm no Saint-Clair um de seus fun-
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damentos. Disso não tenho dúvida. Pergunte para qualquer pessoa que conviveu com ele se ao seu lado havia desânimo, preguiça ou falta de motivação. Não, não existia. Saint-Clair era um homem político. Preocupava-se com aquilo que ele chamava de visão cristã sobre a realidade. O Evangelho precisa transformar a injustiça em justiça, a discórdia em paz, o egoísmo em solidariedade. Ele exigia de todos nós a excelência na comunicação do Evangelho através das mídias. Mais do que isso. A sua casa era o lugar da acolhida. A cozinha e a sala, os lugares preferidos. O diálogo era interminável. Sobre vários te-
mas muitos amigos já passaram horas discutindo, aprendendo, compartilhando experiências. Eu tive a oportunidade de, junto com o padre Wanderlei Rodrigues, conviver com ele no ano de 2007. Costumo dizer que a convivência com eles lançou em mim as sementes da esperança e do Evangelho. Naquele ano, entendi que conviver era conflituoso. Porque exige sempre de nós a capacidade de escuta, de obediência e de respeito à visão de mundo que o outro constrói ao longo da vida. Saint-Clair nos ouvia sempre, vibrava conosco nas míni-
mas conquistas cotidianas. Entristecia quando nos deixávamos mover pelo fracasso. Para muitas pessoas, padre Saint-Clair foi uma pessoa importante na história da Diocese de Guanhães. Não há dúvida quanto a isso. Para muitos, Saint-Clair foi importante porque colaborou para o crescimento pessoal, para o amadurecimento na fé, para a vivência e convivência dos valores éticos que edificam a pessoa, o cidadão, a sociedade. Por isso que a sua dor tornou-se a dor de muitos; sua alegria, a alegria de muitos; sua esperança, a esperança de muitos. Obrigado, Saint-Clair, pelo longo testemunho de fé! Luís Carlos Pinto Professor de educação básica
FÉ E POLÍTIC MENSAGEM DOS BISPOS DO REGIONAL LESTE 2 DA CNBB SOBRE AS ELEIÇÕES DE 2018 ...Apesar dos muitos elementos negativos no cenário político nacional, como a corrupção, as oligarquias políticas, o carreirismo político, a abundância de partidos e a falta de identidade partidária, vemos com grande esperança e valor o poder de decisão que está nas mãos do povo, pela via democrática do voto. É preciso votar!
DÍZIMO
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Campanhas em contrário podem gerar resultados inesperados, pois o voto em branco, o voto nulo e as abstenções não invalidam eleições. É preciso saber disto e fazer valer a responsabilidade social pela escolha dos futuros servidores da Pátria: Presidente da República, Governadores, Senadores, Deputados Federais e Deputados Estaduais. Os eleitos interferirão de
GRATIDÃO, DEVOLUÇÃO, PARTILHA E SERVIÇO
maneira decisiva na construção da nossa Nação nos próximos anos. Diante desta realidade, com esperança, propomos que cada cidadão e cidadã faça um discernimento sério, superando o desinteresse pela política, desenvolvendo, assim, uma sensibilidade social capaz de vencer a apatia e a indiferença que levam a qualquer escolha. Pois, quando assumimos um compromisso social amplo, rompemos com os interesses corporativos, seletivos e excludentes. ...O Evangelho, fonte inspiradora da Doutrina Social da Igreja, é o critério a partir do qual queremos pensar a política e os políticos. Nossa fé nos faz olhar para Jesus Cristo, o Verbo Encarnado de Deus, que assumiu, na sua carne, tudo o que é verdadeiramente humano; olhar para o Evangelho, nossa Verdade; e olhar para o Reino, que desejamos “venha a nós”. Daí pensaremos o Brasil e queremos construílo a partir do Projeto de Deus. Nosso tempo é difícil, complexo, fragmentado; por isso, não podemos tratar esta bela via da grande caridade, que é a política, com descaso e desinteresse. Quando não nos preocupamos com a política, alguém saberá usar dela em be-
nefício próprio ou em favor de grupos que excluem os mais pobres, fazendo crescer a corrupção e a exclusão social. Não podemos ficar apáticos! Não podemos vender nosso voto! Não podemos deixar de votar! Não podemos tomar atitudes que favorecerão à ”velha” política! Não podemos ceder a quem queira enfraquecer e violar o regime democrático! Convidamos a todos a olhar este momento com esperança e otimismo. É hora de escolher quem vai dirigir o Brasil e nossos Estados, quem vai nos representar, vai produzir nossas leis e fiscalizar nossos governantes. Que a Virgem da Piedade e da Penha nos ensine a pensar nosso País como uma casa de irmãs e irmãos, comprometendonos com atitudes que nos levem a pensar, agir e votar, desejando vida plena e digna para todos. Santuário Basílica da Piedade, Caeté 05/06/18. Dom Paulo Mendes Peixoto Presidente do Regional Leste 2 da CNBB Dom Joaquim Wladimir Lopes Dias Vice-presidente Dom José Carlos de Souza Campos Secretário