Boletim do
COMÉRCIO EXTERIOR Paraense 2015
GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ Simão Robison Oliveira Jatene Governador do Estado do Pará José da Cruz Marinho Vice-Governador do Estado do Pará SECRETARIA DE ESTADO DE CIÊNCIA, EDUCAÇÃO TÉCNICA E TECNOLÓGICA – SECTET Alex Fiúza de Melo Secretário de Estado de Ciência, Educação Técnica e Tecnológica
Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas - Fapespa Eduardo José Monteiro da Costa Diretor-Presidente Alberto Cardoso Arruda Diretor Científico Geovana Raiol Pires Diretora de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise Conjuntural Maria Glaucia Moreira Diretora de Estatística, Tecnologia e Gestão da Informação Iloé Listo de Azevedo Diretor de Pesquisas e Estudos Ambientais Marco Antônio Barbosa da Costa Diretor Administrativo Eduardo Alberto da Silva Lima Diretor de Planejamento, Orçamento e Finanças Paulo Henrique Cunha Diretor de Operações Técnicas
FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DO PARÁ Presidente José Conrado Azevedo Santos Vice-Presidentes Sidney Jorge Rosa • 1º Vice-Presidente Gualter Parente Leitão • 2º Vice-Presidente Manoel Pereira dos Santos Júnior Nilson Monteiro de Azevedo Roberto Kataoka Oyama
Hélio de Moura Melo Filho José Maria da Costa Mendonça Luiz Otávio Rei Monteiro Juarez de Paula Simões Marcos Marcelino de Oliveira Carlos Jorge da Silva Lima
Secretários Elias Gomes Pedrosa Neto • 1º Secretário Antônio Djalma Souza Vasconcelos • 2º Secretário
Suplentes João Batista C. de Andrade Filho Mário César Lombardi
Tesoureiros Ivanildo Pereira de Pontes • 1º Tesoureiro Roberto Rodrigues Lima • 2º Tesoureiro
Delegados Efetivos junto à CNI José Conrado Azevedo Santos Sidney Jorge Rosa
Diretoria da Federação das Indústrias do Pará Antonio Pereira da Silva Pedro Flávio Costa Azevedo Rita de Cássia Arêas dos Santos Cézar Paulo Remor Antônio Emil dos Santos L. C. Macedo Solange Maria Alves Mota Santos André Luiz Ferreira Fontes Raimundo Gonçalves Barbosa Frederico Vendramini Nunes Oliveira Darci Dalberto Uliana Fernando Bruno Barbosa Neudo Tavares Armando José Romanguera Burle Paulo Afonso Costa Nelson Kataoka Equipe Técnica Fiepa Cassandra Saíra Lobato Paulo Yuri Lameira Moura Conselho Fiscal - Efetivos Fernando de Souza Flexa Ribeiro Luizinho Bartolomeu de Macedo José Duarte de Almeida Santos
Suplentes junto à CNI Gualter Parente Leitão Manoel Pereira dos Santos Júnior Superintendente Regional do SESI José Olímpio Bastos Diretor Regional do SENAI Gerson dos Santos Peres Diretor Regional do IEL Gualter Parente Leitão Chefe De Gabinete da FIEPA Fabio Contente Biolcati Rodrigues Centro Internacional de Negócios da FIEPA Raul da Rocha Tavares
EXPEDIENTE Publicação Oficial: © 2016 Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas – Fapespa Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e que não seja para venda ou qualquer fim comercial. 1ª edição - 2016 Elaboração, edição e distribuição Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas – Fapespa Endereço: Tv. Nove de Janeiro, 1686, entre Av. Gentil Bittencourt e Av. Conselheiro Furtado. Bairro: São Brás – Belém – PA, CEP: 66.060-575 Fone: (91) 3323 2550 Disponível em: www.fapespa.pa.gov.br Presidente da Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas – FAPESPA Eduardo José Monteiro da Costa Presidente da FIEPA José Conrado Azevedo Santos Diretoria de Estudos Socioeconômicos e Análise Conjuntural da FAPESPA Geovana Raiol Pires Coordenação de Estudos Econômicos da FAPESPA Edson da Silva E Silva Equipe Técnica da FAPESPA Edson da Silva E Silva Marcelo Santos Chaves Centro Internacional de Negócios da FIEPA Raul da Rocha Tavares Equipe Técnica FIEPA Cassandra Saíra Lobato Paulo Yuri Lameira Moura Produção Editorial: Frederico Mendonça Helen da Silva Barata Jobson Cruz Juliana Saldanha Wagner Santos Revisão: Wagner Santos Normatização: Anderson Alberto Saldanha Tavares Andréa Cristina dos Santos Corrêa Ângela Cristina Nascimento Silva Jacqueline Queiroz Carneiro
BOLETIM DO comércio exterior PARAENSE
Fapespa Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas
2015
Dados Internacionais de Catalogação-na-Publicação F981b
Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas do Pará Boletim do Comércio Exterior Paraense 2015. Diretoria de Estudos e Pesquisas Socioeconômicas e Análise Conjuntural. – Belém, 2015. 18 f.: il. Anual 1. Comércio Exterior - Brasil 2. Exportações - Pará. 3. Importações - Pará. 4. Saldo Comercial – Pará. I. FAPESPA. II. Título CDD: 23 ed. 382
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Fapespa Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas
BOLETIM DO comércio exterior PARAENSE
2015
APRESENTAÇÃO Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa) — em cooperação técnica com o Centro Internacional de Negócios (CIN) da Federação das Indústrias do Pará (FIEPA), conforme os resultados divulgados pelo Sistema de Análise das Informações de Comércio Exterior, denominado Aliceweb, da Secretaria de Comércio Exterior, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior — disponibiliza o Boletim do Comércio Exterior Paraense, com uma análise do comportamento da balança comercial do estado para ano de 2015. Os dados aqui apresentados referem-se à pauta de exportação e importação, tendo como objetivo verificar o saldo da balança comercial, assim como a contribuição do estado para as relações comerciais brasileiras, além daquelas que envolvem a participação direta do Pará com os principais países de destino e de origem dos produtos comercializados pelo estado.
A
RESULTADO NACIONAL O desempenho do Comércio Exterior brasileiro, em 2015, apresentou-se recessivo em todas as operações (exportação e importação) de comércio internacional, em relação ao mesmo período de 2014. Contudo, o saldo comercial foi superavitário na ordem de US$ 19,685 bilhões, apresentando recuperação, se comparado ao ano anterior (Tabela 1). No entanto, esse resultado derivou de um valor corrente menor, quando comparado ao ano anterior, uma vez que as importações decresceram 25,18% e as exportações recuaram 15,09%. Entre os fatores de impacto na balança comercial brasileira, está a redução nos preços das commodities e a elevação da taxa de câmbio, sendo que o primeiro contribuiu para a retração no valor dos produtos exportados, principalmente o do minério de ferro. Por outro lado, a alta cotação do dólar suavizou as perdas. Ainda assim, as importações foram afetadas pela desvalorização do real junto à moeda americana, fato esse que aumentou o custo dos produtos importados, deixando mais cara a aquisição dos insumos produtivos e a dos bens de capital. Nesse contexto, das 27 unidades federativas, 11 encerraram 2015 com déficit na balança comercial, com destaque para São Paulo, que obteve a maior retração (US$ 18,137 bilhões). Entre as que registraram superávit comercial, Minas Gerais (US$ 13,232 bilhões), Mato Grosso (US$ 11,739 bilhões) e Pará (US$ 9,327 bilhões) lideram os maiores saldos, respectivamente (Tabela 1).
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Tabela 1 – Balança Comercial das unidades federativas classificadas por saldo em 2015 (Valores em US$ - FOB)
Ordem
Estado
Exportação
Importação
Saldo
1º 2º
Minas Gerais
22.009.214.109
8.776.841.100
13.232.373.009
Mato Grosso
13.070.913.320
1.331.725.408
11.739.187.912
3º
Pará
10.272.495.107
945.208.711
9.327.286.396
4º
Rio Grande do Sul
17.518.127.443
10.020.684.069
7.497.443.374
5º
Espírito Santo
9.830.247.541
5.156.205.193
4.674.042.348
6º
Goiás
5.878.262.696
3.363.219.363
2.515.043.333
7º
Paraná
14.909.080.745
12.448.504.088
2.460.576.657
8º
Mato Grosso do Sul
4.735.117.462
3.422.452.184
1.312.665.278
9º
Tocantins
901.811.386
142.872.357
758.939.029
10º
Rondônia
982.516.401
634.958.121
347.558.280
11º
Piauí
402.206.581
110.959.836
291.246.745
12º
Amapá
250.152.100
55.146.457
195.005.643
13º
Rio Grande do Norte
318.039.847
247.528.234
70.511.613
14º
Alagoas
672.249.783
620.891.195
51.358.588
15º
Acre
15.982.885
6.434.922
9.547.963
16º
Roraima
11.627.883
9.585.049
2.042.834
17º
Sergipe
95.641.858
213.802.404
-118.160.546
18º
Rio de Janeiro
17.026.543.244
17.173.208.388
-146.665.144
19º
Bahia
7.883.181.210
8.286.872.205
-403.690.995
20º
Paraíba
21º
Maranhão
22º
Distrito Federal
23º 24º
141.575.888
570.014.358
-428.438.470
3.050.173.358
3.620.717.917
-570.544.559
287.548.743
1.200.499.632
-912.950.889
Ceará
1.045.785.082
2.689.592.503
-1.643.807.421
Pernambuco
1.046.582.092
5.066.603.620
-4.020.021.528
25º
Santa Catarina
7.644.022.628
12.613.140.656
-4.969.118.028
26º
Amazonas
772.274.822
8.837.819.794
-8.065.544.972
27º
São Paulo
45.575.635.720
63.712.960.675
-18.137.324.955
186.347.009.934
171.278.448.439
15.068.561.495
SUBTOTAL Exterior
7.192.185
-
Consumo de bordo
1.728.964.871
-
Mercadoria nacionalizada
1.363.860.032
-
Reexportação
1.687.284.073
-
Zona Não Declarada TOTAL
13.489
170.602.470
-
191.134.324.584
171.449.050.909
19.685.273.675
Fonte: Aliceweb/MDIC, 2016./ Elaboração: FAPESPA/FIEPA-CIN, 2016.
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Apesar de situar-se 29,83% abaixo do desempenho de 2014 (Tabela 2), o saldo comercial paraense foi o terceiro maior entre as UFs, estando à frente de Rio Grande do Sul (US$ 7,497 bilhões) e Espírito Santo (US$ 4,674 bilhões), dois grandes exportadores brasileiros.
Tabela 2 – Balança comercial brasileira e paraense em 2015 (Valores em US$ – FOB)
2014 Brasil
Variação (%)
Exportação
225.100.884.831
191.134.324.584
-15,09
Importação
229.154.462.583
171.449.050.909
-25,18
Corr. Comércio
454.255.347.414
362.583.375.493
-20,18
-4.053.577.752
19.685.273.675
585,63
Saldo
2014 Pará
2015
2015
Variação (%)
Exportação
14.259.474.775
10.272.495.107
-27,96
Importação
966.636.297
945.208.711
-2,22
Corr. Comércio
15.226.111.072
11.217.703.818
-26,33
Saldo
13.292.838.478
9.327.286.396
-29,83
Fonte: Aliceweb/MDIC, 2016. / Elaboração: FAPESPA/FIEPA-CIN, 2016.
SALDO COMERCIAL PARAENSE Totalizando US$ 9,327 bilhões, o saldo comercial paraense foi o menor registrado nos últimos seis anos, retração proveniente do valor das exportações de US$ 10,272 bilhões e das Importações de US$ 945,209 milhões (Gráfico 1).Entre os motivos, destacam-se os declínios nos valores exportados de minério de ferro (-46,83%), alumínio (-15%), soja (-2,54%), e ferro níquel (-18,07%). Ressalta-se que as principais commodities minerais e agrícolas exportadas pelo estado registraram declínio na cotação do preço em 2015, motivo pelo qual o valor das exportações paraense foi menor, haja vista que os produtos primários responderam por 70% da pauta exportadora do Pará.
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Gráfico 1 – Balança Comercial paraense nos últimos seis anos (2010-2015) Valores em US$ (FOB) 20.000.000 15.000.000 10.000.000 5.000.000 0
2010
2011
2012
2013
2014
2015
Exportações
12.835.420.476
18.336.604.195
14.795.448.748
15.852.091.025
14.259.474.775
10.272.495.107
Importações
1.147.813.658
1.344.901.679
1.367.662.462
1.110.989.021
966.516.662
945.208.711
Saldo
11.687.606.818
16.991.702.516
13.427.786.286
14.741.102.004
13.292.958.113
9.327.286.396
Fonte: Aliceweb/MDIC, 2016. / Elaboração: FAPESPA/FIEPA-CIN, 2016.
Por outro lado, o desempenho recessivo do saldo comercial, em relação a 2014, não foi maior, dada a queda no valor das importações. Destaca-se que esse comportamento, apesar de contribuir para o saldo comercial na medida em que a diferença entre o valor das exportações e das importações se manteve alto, foi prejudicial para a indústria estadual, fortemente dependente de insumos e maquinários demandados do exterior, e que sofreram pressões nos preços pela alta cotação do dólar. Como exemplo, o hidróxido de sódio, de uso intensivo na indústria de alumínio e alumina, registrou retração no valor importado de 13,25%. EXPORTAÇÕES PARAENSES Com o valor das exportações registrado em US$ 10,272 bilhões em 2015, a pauta exportadora do estado marcou o menor desempenho dos últimos seis anos. Além da retração do minério de ferro, obteve destaque também, entre as commodities minerais, o declínio do caulim (7,55%) e do manganês (42,67%). Com relação ao minério de ferro, principal produto da pauta de exportações do Pará, a retração da ordem de 46,83% foi reflexo da baixa de 43% no preço médio da tonelada métrica seca no mercado internacional no período em estudo, segundo The Steel Index1. Com relação aos produtos de base agrícola, o valor exportado dos bovinos vivos foi 50,50% abaixo do ano anterior. Por outro lado, entre os de melhor desempenho, com alta no valor, evidencia-se o cobre (20,17%), a alumina calcinada (5,27%) e a bauxita (15,79%) (Tabela 3). Esses produtos, além de amenizarem as perdas no valor das exportações, contribuíram para o resultado positivo do saldo comercial.
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Instituto especializado em copilar preços de referência no mercado de minerais ferrosos e metálicos. 9
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Tabela 3 – Principais Produtos Exportados pelo Estado do Pará (2014-2015)
Produtos
2014 US$ FOB
2015 Part.(%)
US$ FOB
Var. % Part.(%)
2014/2015
Minerais
12.134.946.811
85,10
8.647.855.048
84,18
-28,74
Minério de Ferro Bruto
7.466.614.131
52,36
3.970.243.045
38,65
-46,83
Minério de Cobre
1.366.572.685
9,58
1.642.191.791
15,99
20,17
Alumina Calcinada
1.343.268.732
9,42
1.414.103.892
13,77
5,27
Alumínio não ligado & Derivados
636.121.463
4,46
540.699.915
5,26
-15,00
Ferro-níquel
328.481.272
2,30
269.113.609
2,62
-18,07
Bauxita não-calcinada
224.141.846
1,57
259.543.728
2,53
15,79
Caulim
206.733.930
1,45
191.116.756
1,86
-7,55
Ferro-gusa
180.121.535
1,26
43.435.268
0,42
-75,89
Manganês
176.167.799
1,24
101.004.395
0,98
-42,67
Silício
98.651.898
0,69
93.561.281
0,91
-5,16
Hidróxido de Alumínio
67.638.165
0,47
79.195.706
0,77
17,09
Ouro
37.786.064
0,26
36.798.550
0,36
-2,61
Minério de Estanho
2.647.291
0,02
6.847.112
0,07
158,65
Tradicionais
747.075.077
5,24
712.564.254
6,94
-4,62
Madeira
287.636.590
2,02
243.573.966
2,37
-15,32
Pimenta "piper"
204.189.519
1,43
227.639.182
2,22
11,48
Dendê
86.573.175
0,61
80.391.821
0,78
-7,14
Couros e Peles
100.380.483
0,70
70.225.477
0,68
-30,04
Sucos de frutas
26.807.267
0,19
27.981.011
0,27
4,38
Peixes
36.477.008
0,26
42.580.763
0,41
16,73
Castanha-do-Pará
5.011.035
0,04
20.172.034
0,20
302,55
1.197.235.732
8,40
721.198.438
7,02
-39,76
Carnes de bovinos
204.734.268
1,44
196.290.269
1,91
-4,12
Não Tradicionais
Bovinos vivos
639.762.761
4,49
181.166.080
1,76
-71,68
Miúdos, tripas e partes bovinas
23.966.768
0,17
23.336.114
0,23
-2,63
Soja
328.771.935
2,31
320.405.975
3,12
-2,54
14.079.257.620
98,74
10.081.617.740
98,14
-28,39
180.217.155
1,26
190.877.367
1,86
5,92
100,00 10.272.495.107,00
100,00
-27,96
Subtotal Outros Total
14.259.474.775,00
Fonte: Aliceweb/MDIC, 2016. / Elaboração: FAPESPA/FIEPA-CIN, 2016.
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BLOCOS ECONÔMICOS E PAÍSES DE DESTINO DAS EXPORTAÇÕES PARAENSES Com relação aos blocos econômicos, Ásia (US$ 4,844 bilhões) e União Europeia (US$ 2,627 bilhões) foram os que apresentaram os maiores valores exportados do estado em 2015, contudo, estiveram abaixo do total expresso em 2014, sendo registrado declínio de 35,56% para o mercado asiático e -21,69% para o mercado europeu (Tabela 4). Juntos, esses parceiros comerciais responderam por 72,75% das exportações paraenses em 2015.
Tabela 4 – Destinos das exportações paraenses por bloco econômico em 2015. (Valores em US$ – FOB)
Blocos Econômicos
Exportação 2014
2015
Vari.(%)
Part.(%)
2014/2015
2015
ÁSIA **
7.518.482.643
4.844.874.542
-35,56
47,16
UNIÃO EUROPEIA
3.355.605.794
2.627.917.435
-21,69
25,58
NAFTA
1.258.208.835
1.133.289.933
-9,93
11,03
ALADI *
625.261.316
52.389.487
-91,62
0,51
34.622.353
17.336.506
-49,93
0,17
- VENEZUELA
567.494.263
121.750.298
-78,55
1,19
LIGA ÁRABE
510.361.083
629.877.800
23,42
6,13
MERCOSUL
176.502.381
32.193.268
-81,76
0,31
2.154.225
2.609.829
21,15
0,03
13.446.576.277
9.323.152.294
-30,67
90,76
812.898.498
949.342.813
16,78
9,24
14.259.474.775
10.272.495.107
-27,96
100,00
COMUNIDADE ANDINA DAS NAÇÕES - CAN
CARICOM SUBTOTAL Demais blocos Total
Fonte: Aliceweb/MDIC, 2016. Elaboração: FAPESPA/FIEPA-CIN, 2016. * No valor atribuído à ALADI, exclui-se o MERCOSUL. ** No valor atribuído à Ásia, incluem-se somente as exportações para o bloco “Ásia exclusive Oriente Médio”, de código 39 do Sistema ALICE/SECEX.
Em síntese, entre os principais países de destino dos produtos paraenses, China, Japão, Alemanha, EUA, Canadá e Noruega responderam por 52,66% de todo o valor exportado pelo estado em 2015. Além disso, em relação ao mesmo período de 2014, chama atenção a oferta de produtos paraenses para Malásia e Filipinas, que registraram elevações nos valores exportados em US$ 315,723 milhões e US$ 161,646 milhões, sequencialmente. Tais desempenhos, em relação aos mercados malaio e turco, justificam-se pelo fato de juntos, terem demandado 23,653 bilhões de toneladas de minério de ferro da economia paraense, quantidade essa 419,5% maior do que a demandada em 2014. Tal performance, em tempos de queda na demanda chinesa, tem sua importância fundamentada na capacidade que o estado tem em diversificar sua área de oferta e comercialização de sua principal commodity no mercado internacional. 11
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Por outro lado, o pior desempenho nas transações comerciais do estado foi constatado no mercado venezuelano, que, em 2015, verificou-se baixa de 80,09% no valor exportado dos bovinos vivos, ante os US$ 520,374 milhões exportados no ano de 2014, reflexo dos graves problemas de instabilidade econômica que vêm ocorrendo naquele país (Tabela 5).
Tabela 5 – Principais Produtos Exportados pelo Pará e Principais Destinos em 2015
CHINA
JAPÃO
NCMs 26011100 26030090 41041114 72026000 26020090 12019000
Minérios de ferro Minérios de cobre Couros e peles de bovinos (incluindo os búfalos) Ferro-níquel Minérios de manganês Soja
NCMs 76011000 26011100 28183000 44092900
PRODUTOS Alumínio Minérios de ferro Hidróxido de alumínio Madeiras de não coníferas perfiladas Sucos (sumo) de outras frutas, não fermentado, sem 20098990 adição de açúcar Misturas de sucos (sumos), não fermentados, sem 20099000 adição de álcool
NCMs 26030090 26011100 ALEMANHA 09041100 15111000 44092900 15132110
EUA
PRODUTOS
PRODUTOS
Minérios de cobre Minérios de ferro Pimenta (do gênero Piper), não triturada nem em pó Óleos de dendê Madeiras de não coníferas perfiladas Óleo de amêndoa de palma (palmiste)
NCMs PRODUTOS 72011000 Ferro fundido bruto não ligado 44092900 Madeiras de não coníferas perfiladas 28182010 Alumina calcinada 26060011 Bauxita não calcinada (minério de alumínio) 28046900 Silícios 09041100 Pimenta (do gênero Piper), não triturada nem em pó NCMs
PRODUTOS
26060011 25070010 44092900 09041100 08012200
Bauxita não calcinada (minério de alumínio) Caulim Outras madeiras de não coníferas perfiladas Pimenta (do gênero Piper), não triturada nem em pó Castanha-do-pará, fresca ou seca, sem casca
Var. (%) -56,63 40,31 -24,07 214,26 -42,19 86,05 Variação (%) -16,91 -49,23 21,20 -34,74
12.023.509
8.287.491
-31,07
1.618.789
1.985.782
22,67
US$ FOB 2014 US$ FOB 2015 487.569.319 464.142.027 398.449.563 65.296.252 48.381.907 56.320.336 39.775.571 33.338.033 3.602.617 4.525.164 573.984 2.436.958 US$ FOB 2014 US$ FOB 2015 152.807.547 34.193.149 102.695.478 77.844.474 34.022.484 66.105.384 95.690.788
94.475.423
71.734.500 55.615.500 77.834.965 87.035.834 US$ FOB 2014 US$ FOB 2015 356.966.264
28182010 Alumina calcinada CANADÁ
US$ FOB 2014 US$ FOB 2015 4.238.140.982 1.838.187.646 115.846.496 162.545.923 3.616.9405 40.709.341 17.290.203 54.336.023 102.933.325 59.506.013 50.208.464 93.414.346 US$ FOB US$ FOB 2015 2014 442.222.328 367.447.922 700.953.421 355.893.148 56.189.518 68.099.085 11.762.225 7.676.368
441.593.592
Variação (%) -4,80 -83,61 16,41 -16,18 25,61 324,57 Variação (%) -77,62 -24,20 94,30 -1,27 -22,47 11,82 Variação (%) 23,71
65.047.304
66.142.326
1,68
31.123.249 4.540.143 230.000 0
29.233.743 6.012.866 235.000 646.317
-6,07 32,44 2,17 -
Fonte: Aliceweb/MDIC, 2016. / Elaboração: FAPESPA/FIEPA-CIN, 2016.
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O Salto das exportações da Castanha do Pará Na contramão da conjuntura recessiva observada no desempenho das principais commodities de exportação do país, um fenômeno positivo consolidouse ao final de 2015: a ascensão da Castanha-do-Pará no comercio exterior. Nos últimos seis anos, a Castanha-doPará oriunda do estado aumentou sua participação no comércio internacional. Em 2010, foi remetido 1,919 milhão de quilogramas ao resto do mundo, já em Fonte: AliceWeb/MDIC, 2016. 2015, o montante da amêndoa alcançou Elaboração: Fapespa, 2016. o expressivo patamar de 3,170 milhões Elaboração: FAPESPA/FIEPA-CIN, 2016. de kg. Em termos de valor exportado, essa expansão torna-se mais evidente. Em 2010, a castanha contabilizou US$ 6,625 milhões, sendo que em 2015, atingiu a marca US$ 20,172 milhões, o que corresponde a um aumento de 204,46% no período em estudo. (Gráfico 1). Avaliando especificamente o período de (2014-2015), o Pará exportou apenas US$ 4,204 milhões em Castanha-do-Pará, todavia, em 2015, as exportações atingiram crescimento de 302,55%, tendo nos mercados norte-americano e alemão, os principais focos de demanda desse produto. No âmbito dos mercados internacionais, os principais destinos da Castanha-do-Pará são EUA, Alemanha, Austrália, Itália e Nova Zelândia, principalmente para o uso no segmento alimentício e, em menor escala, para o Biocosméticos. Em 2010, os germânicos nada demandaram dessa espécie extrativa da economia paraense, contudo, ao final de 2015, o Pará encerrou sua pauta de exportação, contabilizando US$ 3,520 milhões em remessa de Castanha-do-Pará para a Alemanha. No plano municipal, dados da PAM/IBGE dão conta de que, no período de 1991 a 2014, Oriximiná e Óbidos consolidaram-se como os maiores produtores dessa amêndoa extrativa paraense, chegando a atingirem, em 2015, volumes de produção da ordem de 1.462 toneladas e 1.350 toneladas, nessa ordem. Tal expansão ocorre em direção inversa ao clássico extrativismo madeireiro no estado, que teve seu nível de produção retraído 83,8% (ou 23,774 milhões de metros cúbicos a menos) entre 1991-2014. Foto extraída de Ederes Vivas
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IMPORTAÇÕES PARAENSES Quanto às importações, o Pará contabilizou US$ 945,208 milhões em 2015, sendo o hidróxido de sódio (soda cáustica) e o Dumpers para transporte, ambos oriundos dos EUA, os produtos de maior valor demandado pelo estado, US$ 136,726 milhões e US$ 99,790 milhões, respectivamente. Contudo, em relação ao ano anterior, o primeiro sofreu retração de 13,25% e o segundo, alta de 64,51%. Entre as maiores baixas na operação comercial, em análise, constam a redução de 60,82% no valor importado de partes e acessórios para tratores e veículos automóveis (EUA). No rol de produtos que apresentaram maior variação positiva, destacam-se as máquinas e aparelhos para amassar, esmagar, moer e separar, procedentes da Tailândia, que saltaram de US$ 26.584,00, em 2014, para US$ 6,111 milhões, em 2015. Entre os países de origem dos produtos importados pelo Pará, os EUA continuam sendo o de maior participação no valor das importações, contabilizando US$ 465,336 milhões, correspondente a 49,23% da pauta importadora do estado em 2015. No entanto, nesse ano, o valor importado do país norte-americano foi 9,14% abaixo do registrado em 2014. O peso da participação dos EUA na pauta de importados no estado eleva a participação do NAFTA como o maior bloco econômico vendedor de produtos para a economia paraense (Tabela 6).
Tabela 6 – Origem das Importações Paraenses por Bloco Econômico em 2014-2015 (Valores em US$ – FOB)
Blocos Econômicos
Importação 2014
2015
Var.(%)
Part.(%)
2014/2015
2015
NAFTA
533.760.157
483.222.898
-9,47
51,12
UNIÃO EUROPEIA
158.755.889
171.546.588
8,06
18,15
ÁSIA **
93.249.067
105.712.726
13,37
11,18
ALADI *
96.719.165
102.123.538
5,59
10,80
COMUNIDADE ANDINA DAS NAÇÕES - CAN
52.454.816
55.332.751
5,49
5,85
9.197.778
967.075
-89,49
0,10
MERCOSUL
36.072.994
62.145.823
72,28
6,57
LIGA ÁRABE
10.009.521
8.562.381
-14,46
0,91
4.697.383
3.756
-99,92
0,00
SUBTOTAL
933.264.176
933.317.710
0,01
98,74
Demais blocos
33.372.121
11.891.001
-64,37
1,26
Total
966.636.297
945.208.711
-2,22
100,00
- VENEZUELA
CARICOM
Fonte: Aliceweb/MDIC, 2016. / Elaboração: FAPESPA/FIEPA-CIN, 2016.
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A partir da Tabela 7, é possível expressar que a média de exportações por dia útil em 2015 alcançou US$ 54,066 milhões, o que representa retração de 27,96% em relação ao valor verificado em 2014. Da mesma forma, as importações, que registraram volume médio de US$ 4,975 milhões por dia útil, contabilizaram baixa de 2,22%, em relação ao ano anterior.
Tabela 7 – Média diária da Balança Comercial paraense em 2015 (Valores em US$ – FOB)
Período Acumulado no ano Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Dezembro/2014 Variação (%): Dez 2014 - Dez 2015 Var. %: Dez - Nov 2015 Acumulado Ano jan a Dez/2014 jan a Dez/2015 Var. %: (2014/2015)
Dias Úteis 174 21 18 22 20 20 21 23 21 21 21 20 21 21
190 190
Exportação Valor Média p/ dia útil 10.272.495.107 495.112.488 924.627.553 44.029.883 833.328.638 46.296.035 850.087.621 38.640.346 849.118.266 42.455.913 740.481.854 37.024.093 961.769.630 45.798.554 1.076.492.601 46.804.026 670.952.024 31.950.096 879.682.788 41.889.657 896.019.642 42.667.602 774.948.351 38.747.418 814.986.139 38.808.864 1.237.888.697 58.947.081 -34,16 -34,16 5,17 0,16
Importação Valor Média p/ dia útil 945.208.711 38.993.504 93.604.735 4.457.368 78.006.795 4.333.711 113.354.480 5.152.476 134.312.714 71.049.918 3.552.496 98.701.336 4.700.064 71.676.556 3.116.372 43.965.223 2.093.582 56.838.207 2.706.581 62.555.388 2.978.828 55.983.428 2.799.171 65.159.931 3.102.854 66.490.259 3.166.203 -2,00 -2,00 16,39 10,85
14.259.474.775 10.272.495.107 -27,96
966.636.297 945.208.711 -2,22
75.049.867 54.065.764 -27,96
5.087.559 4.974.783 -2,22
Saldo Valor Média p/ dia útil 9.327.286.396 53.605.094 831.022.818 39.572.515 755.321.843 41.962.325 736.733.141 33.487.870 714.805.552 35.740.278 669.431.936 33.471.597 41.098.490 863.068.294 1.004.816.045 43.687.654 626.986.801 29.856.514 822.844.581 39.183.075 833.464.254 39.688.774 718.964.923 35.948.246 749.826.208 35.706.010 1.171.398.438 55.780.878 -35,99 -35,99 4,29 -0,67 13.292.838.478 9.327.286.396 -29,83
69.962.308 49.090.981 -29,83
Fonte: Aliceweb/MDIC, 2016. / Elaboração: FAPESPA/FIEPA-CIN, 2016.
ANÁLISE MUNICIPAL Entre os municípios exportadores, Parauapebas manteve a condição de maior exportador do estado, encerrando 2015 com US$ 4,004 bilhões em valor exportado, tendo no minério de ferro (US$ 3,915 bilhões) sua principal commodity de exportação. Contudo, na comparação com 2014, verifica-se retração da ordem de 47,55% no valor exportado, declínio explicado pelas baixas na cotação do preço do minério de ferro no mercado internacional. Barcarena, segundo no ranking de municípios paraenses exportadores, registrou montante de US$ 2,260 bilhões em exportações (Tabela 8), registrando alta de 0,12% em seu valor exportado, em relação ao ano anterior.
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O Alumínio e a Metalurgia no Pará No ano de 2015, o estado do Pará se consolidou na pauta de exportações do país como o maior exportador de alumínio não ligado em forma bruta, desempenho que corresponde a 99,3% de todo valor exportado de alumínio brasileiro para o resto do mundo. Em termos de quantidade exportada pelo país, o Pará responde por 99,2% desse total. Tal protagonismo do estado como exportador de alumínio revela a importância da atividade industrial metalúrgica paraense como setor verticalizador da produção e agregador de renda, desempenho proveniente do alumínio Porto Vila do Conde. Albráz à no mercado internacional. direita e à esquerda Alunorte. Fonte: NIPPON AMAZON Entretanto, segundo dados da Produção Física ALUMINIUM CO., LTD. Industrial do Pará, extraídos do Sistema de Recuperação do IBGE, nos últimos 6 anos, a atividade metalúrgica do estado vem registrando sucessivas retrações (média anual -3,58%), desempenho esse que se encontra em consonância com a baixa de 127.226 toneladas de alumínio nas exportações do Pará em 2015, na comparação com o montante registrado em 2010 (Gráfico A). O preço do alumínio no comércio internacional em 2015 encerrou cotado a US$ 1.497,20, por tonelada, segundo registrou o Commodity Price Data do Banco Mundial (BIRD). Projeções registradas no PriceForecasts do Fundo Monetário Internacional (FMI) conjecturam que, para 2016, essa mercadoria encerará o ano cotado em US$ 1.487,90 por tonelada, o que corresponderia a uma retração da ordem de 0,62%, apontando para uma relativa estabilidade no preço do Fonte: AliceWeb/MDIC, 2016. Elaboração: Fapespa, 2016. / Elaboração: FAPESPA/FIEPA-CIN, 2016. metal. No mercado internacional também se observa uma baixa nos espaços de comercialização; em 2010, o Pará remetia alumínio para seis países (Japão, Suíça, Bélgica, Itália, Holanda e Turquia). Em 2015, esse conjunto de parceiros comerciais, em termos de alumínio, restringiuse apenas a Japão e Suíça, sendo que o primeiro (maior comprador) retraiu sua quantidade importada do Pará em 16,91%, em relação a 2014. Desta forma, é possível compreender que, em grande medida, as retrações na quantidade exportada de alumínio paraense também se devem a perdas na diversificação de mercados. Dado o cenário, esses fatores têm rebatimento na Indústria de Transformação do estado, que ainda é afetada pela alta no preço dos insumos produtivos e dos maquinários e bens de capital, impulsionada pela elevação do dólar. Como resultado, o que se observa é a metalurgia paraense descrevendo uma trajetória de queda convergente ao comportamento das exportações de alumínio. 16
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Tabela 8 – Ranking dos municípios paraenses com os maiores saldos comerciais em 2015 (Valores em US$ – FOB)
Ordem
Município
Exportação
Importação
Saldo
Corrente
10.272.495.107
945.208.711
9.327.286.396
11.217.703.818
1º
Parauapebas
4.004.559.428
154.810.447
3.849.748.981
4.159.369.875
2º
Barcarena
2.260.650.657
379.456.656
1.881.194.001
2.640.107.313
3º
Marabá
1.111.983.517
174.647.937
937.335.580
1.286.631.454
4º
Canaã dos Carajás
605.053.765
47.186.089
557.867.676
652.239.854
5º
Ourilândia do Norte
269.113.609
11.990.418
257.123.191
281.104.027
6º
Belém
268.376.666
108.779.454
159.597.212
377.156.120
7º
Oriximiná
265.016.756
8.185.248
256.831.508
273.202.004
8º
Castanhal
258.047.861
6.299.512
251.748.349
264.347.373
9º
Paragominas
173.897.150
8.612.457
165.284.693
182.509.607
10º
Abaetetuba
122.520.551
0
122.520.551
122.520.551
Demais
933.275.147
45.240.493
888.034.654
978.515.640
-
Fonte: Aliceweb/MDIC, 2016. / Elaboração: FAPESPA/FIEPA-CIN, 2016.
Em 2014, o município de Curionópolis apresentava apenas US$ 671.813,00 em valor exportado. Não obstante, em 2015, a partir das atividades de exploração mineral do projeto Serra Leste no município, passou a contabilizar US$ 55,795 milhões em exportações. Outro destaque no âmbito municipal foi salto de US$ 4,041 milhões para US$ 12,397 milhões no valor exportado de São Félix do Xingu, que alavancou seu comércio com o resto do mundo destinando minério de estanho, derivados de bovinos e peixes vivos. Por outro lado, o maior saldo comercial negativo municipal foi constatado no desempenho de Primavera, que, em 2015, encerrou a balança comercial deficitária em US$ 8,741 milhões, em função da aquisição de insumos e maquinários dos mercados italiano, polonês e indiano, para o segmento da indústria de mineração, o que pode ser visualizado como fator favorável à economia local, dado que se trata de investimentos no setor industrial do município.
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