Fórum do Campo Lacaniano • São Paulo Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano • Brasil
Corpo e Afetos julho 2009
Sumário Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano Internacional dos Fóruns - Escola de Psicanálise
4
VI Encontro Internacional da IF - EPFCL
6
EPFCL - Brasil
9
Cartéis
10
Fórum do Campo Lacaniano - São Paulo 14
Biblioteca Luis Carlos Nogueira Encontro com o autor
14
Diálogo: Literatura e Psicanálise no cinema
14
Lançamento de Livro
15 15
Seminário de Formação Continuada Seminários do Campo Lacaniano
Formações Clínicas do Campo Lacaniano
16 19
Seminários de FCCL – Corpo e Afetos
21
Módulos de leitura
22
Redes de Pesquisa
24
Rede Clínica
26
Conferência Mensal
27
Fórum em Campo
28
Agenda
34
Editorial • 2o semestre 2009
É com prazer que apresentamos o novo formato do
psicanálise. Assim, em agosto deste ano, a comuni-
Boletim do Fórum São Paulo. Sua função nestes dez
dade de Escola se encontrará em Buenos Aires para
anos de existência tem sido apresentar as ativida-
debater a respeito de como a Escola orienta a prá-
des desenvolvidas por seus membros, orientados
tica e a comunidade analítica. Qual a diferença da
pelo fazer- escola. Neste semestre demos mais um
formação psicanalítica em uma Escola que aposta
passo, cuidando para que esta apresentação pro-
no dispositivo do Passe como causa de sua trans-
porcione uma localização mais clara dos diferentes
missão? Essas questões revelam a posição ética que
caminhos que cada um pode encontrar para fazer
pretendemos sustentar em nossas várias propostas
sua formação analítica. Assim, mantivemos os tex-
de trabalho: café cartel, atividades da biblioteca,
tos que acompanham cada proposta de trabalho, a
formações clínicas, seminários do campo lacania-
fim de que os eventos não ficassem distantes da ló-
no e encontros nacionais.
gica que os concebeu.
Fazer escola, pensar na transmissão da psicanálise
Também está em andamento o site do FCL-SP, no
e na formação do psicanalista é o que está presen-
qual será mais fácil acompanhar a agenda mensal
te a cada movimento, passo, giro, subversão que
das atividades, bem como suas respectivas infor-
pretendemos no Fórum São Paulo. Essa é a políti-
mações. Além disso, pretendemos abrir um espaço
ca na qual apostamos, implicando o corpo a cor-
em que seja possível ter acesso a textos produzidos
po, para que a psicanálise não se torne o futuro de
em nossa comunidade, fazendo circular a palavra,
uma ilusão.
propiciando a extensão da psicanálise. O que orienta a extensão da psicanálise e sua trans-
A Comissão de Gestão.
missão é o que Lacan denominou a intensão da
3
Internacional dos Fóruns
4
A Internacional dos Fóruns do Campo Lacaniano
interrogar seus fundamentos e seu alcance prático.
— IF-EPFCL — confedera as atividades dos Fóruns
A Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo
do Campo Lacaniano (46 fóruns distribuídos em
Lacaniano, orientada pelo ensino de Freud e de
5 zonas linguísticas). Os fóruns encontram sua
Lacan, tem por objetivo específico o retorno às fi-
origem mais remota na dissolução da Escola de
nalidades da Escola de Lacan: sustentar a elabo-
Lacan, a EFP, em 1980. Desde a sua criação, em
ração e a transmissão da psicanálise, a crítica de
1998, depois da cisão em relação à AMP, os Fóruns
seus fundamentos, a formação dos analistas, a ga-
do Campo Lacaniano se deram a perspectiva de
rantia de sua qualificação e a qualidade de sua
criar uma Escola de psicanálise que retorne às fi-
prática. Sua extensão é internacional e ela dá uma
nalidades inscritas na Ata de Fundação da Escola
garantia igualmente internacional, sancionada pe-
de Jacques Lacan, permitindo assegurar o estudo
los títulos de Analista Membro da Escola (AME),
da psicanálise e orientar sua prática. A Escola foi
para os praticantes, e Analista da Escola(AE), para
criada em Paris, em dezembro de 2001, por ocasião
aqueles que atravessaram a prova do passe.
do segundo Encontro Internacional dos Fóruns.
Numa Escola de psicanálise — e não de psicana-
Os fóruns velam por assegurar a repercussão e
listas — o objetivo primeiro é menos reagrupar
a incidência do discurso analítico no nosso tem-
os profissionais do que tornar possível, entre os
po, por manter as conexões com as instituições de
analistas, um laço social original que seja basea-
saúde, com as práticas sociais e políticas que se
do no estudo e no tratamento dos problemas que a
defrontam com os sintomas da nossa época e os la-
prática analítica apresenta, notadamente a análise
ços com outras práxis teóricas (ciências, filosofia,
do analista, a formação dos praticantes e a trans-
arte, religião) que implicam o sujeito.
missão do discurso analítico. Os principais dispo-
As Formações Clínicas do Campo Lacaniano são
sitivos a serviço dessa finalidade são o cartel e o
correlacionadas à IF-EPFCL. Em cada fórum, cons-
procedimento do passe.
tituem a experiência de ensino e pesquisa dedi-
A necessidade de uma Escola, a sua diferença
cada à teoria da clínica analítica no intuito de
em relação a múltiplos grupos e associações,
repousa sobre a aporia do ato analítico ele mesmo. Nem técnica de especialista, nem savoir-fai-
ENCONTRO INTERNACIONAL DE ESCOLA 27/08
re de artesão, não sem relação com o saber, o
incrições até
ato analítico só se aborda pelas condições que
valor
o tornam possível — a produção na análise de
no local
um desejo específico, dito desejo do analista —,
local
e ele só é verificável indiretamente pelos efeitos
av. Corrientes, 1660 Buenos Aires - Argentina
nas próprias análises.
informações
Nos dias 28 e 29 de agosto de 2009, a Escola de
clarisaborelli@hotmail.com
200 dólares 250 dólares,
Paseo La plaza, Sala Pablo Picasso ffarias@fibertel.com.ar
Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano fará seu Primeiro Encontro Internacional de Escola – Primeiro Encontro Internacional da I’EPFCL no qual debaterá a questão: “Como a Escola orienta a comunidade e a prática psicanalítica?” Este encontro terá como discussão os temas a respeito da incidência do Passe nas análises, a nomeação dos AE (Analistas de Escola), a Escola como condição de possibilidade do funcionamento do Passe e a repercussão das formações clínicas
VI ENCONTRO INTERNACIONAL DA IF-EPFCL o mistério do corpo falante inscrições até
julho de 2009 120 euros
até
janeiro de 2010 170 euros
no local
220 euros
Roma, Itália
para a Escola. Esta é uma oportunidade de por
local
à prova nossa aposta de dez anos atrás em criar
informações
www.champlacanien.net
uma Escola de Psicanálise. Mais informações no site da IF-EPFCL: www.champlacanien.net.
5
VI Encontro Internacional da IF - EPFCL - julho de 2010 O Mistério do Corpo Falante “O homem é uma doença mortal do animal”
novo passo de saber em direção, paradoxalmen-
Kojève, Introdução à leitura de Hegel.
te, de um mistério bem ateu que arranca a fala de sua dimensão religiosa.
O mistério do corpo falante: a expressão, originá-
Pois o que a expressão anuncia seria antes uma
ria do seminário Mais ainda, é bem característica
bem singular... biologia concernente a um real ou-
do veio de Lacan; ela projeta o brilho de seu cristal
tro em relação àquele que ocupa as ciências da vida
linguístico muito aquém dela mesma para ricoche-
- um real que, no entanto, não se impõe menos à
tear muito mais além.
experiência e que só a psicanálise permite abordar.
Aquém é, antes de tudo, o orbe de uma cultu-
Se mistério há, não é o da fala que se fez car-
ra que produziu "o mistério da encarnação" e
ne, mas o da carne que fala. Báscula, portanto.
do verbo que "se fez carne", mas é, também, o
Certamente, ela não o faria se não tivesse tomado
aquém de seu próprio ensino, perfeito redutor de
voz pelo inconsciente, como sublinha Lacan em "O
mistério. Uma vez reconhecida a operatividade da
Aturdito".1 Nesse sentido, seus enigmas não são
fala, ele soube fazê-la bascular do campo religio-
simplesmente os da vida, mas dessa propriedade do
so para o da estrutura de linguagem, ali, onde o
vivo que se chama gozo e que se distingue da ques-
"isso fala" do inconsciente pode dar uma respos-
tão das homeostases do organismo, que o biólogo
ta que não seja inefável. Que melhor lugar que a
ignora na maior parte, apesar dos estudos sobre a
bela cidade papal de Roma para recolocá-la na
dor, e do qual o psicanalista faz seu objeto no que
berlinda? Mais além, o que se destaca não é um
diz respeito aos falantes.
ressalto dessa tese tornada já clássica, mas um
Da “biologia freudiana”, como Lacan nomeou,
1 -Jacques LACAN, "O Aturdito", in Outros escritos, Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2003, p. 463.
6
seria possível imaginar que, com seu vocabulário
inscreve justamente na expressão "mistério do cor-
da vida e da morte, ela vai mais ainda ao encon-
po falante". Em todo caso, seja mitologia ou elucu-
tro das preocupações da ciência biológica, hoje em
bração, isso deveria prevenir a aplicação sem me-
dia tão triunfante, conforme a famosa fórmula de
diação da dita pulsão de morte freudiana (aporia
Bichat. É esse, porém, o erro que Lacan tentou de-
conceitual de fato) às constatações imediatas da
nunciar qualificando-o... freudiano.
clínica e, sobretudo, evitar confundi-la com a sim-
Nem Eros nem Tânatos são dados da experiência. Freud mesmo o formulou assim; suas pulsões
ples disposição à agressão, seja ela dirigida contra o outro ou contra si.
de vida e de morte são emergências do campo livre
Curiosamente, Lacan - mais do que Freud - mul-
deixado ao pensamento analítico quando ele con-
tiplicou as referências diretas ao registro efetiva-
fronta os enigmas experimentados de fato, da repe-
mente biológico, digamos, aos enigmas da vida,
tição com o que ela comporta, ao mesmo tempo, de
Zoé, longe de negligenciá-los em nome do simbóli-
entropia e insistência do gozo.
co ou de confundi-los com Bios. Sobre três pontos
Eu digo pensamento, Lacan em 1964 diz "mitolo-
essencialmente: nascimento, mortalidade e sexo.
gia", a propósito da teoria das pulsões, e ele acres-
Em primeiro lugar, a "prematuração do nascimen-
centa que elas não remetem ao irreal, pois "é o real
to" da qual ele faz a condição real, isto é, vital da
que elas mitificam, o ordinário dos mitos"2 - su-
abertura para a linguagem. Em seguida, a morte
bentendido, na falta de alcançá-lo pelas vias da
individual nas espécies que se reproduzem pelas
linguagem. Esse termo mitologia era, creio, uma
vias do sexo e que lhe parece redobrar, do lado
maneira de elevar em um grau a dignidade epistê-
biológico, a perda oriunda da linguagem. Enfim,
mica da quimera freudiana. Provavelmente na épo-
óbvio, a "bissexualidade biológica", macho/fêmea,
ca de Mais ainda ele teria dito antes "elucubração"
bem acentuada por Freud, mas que não faz o ho-
a fim de marcar a manutenção da distância do real
mem nem a mulher. Ela impõe ao discurso pro-
impensável, distância essa que o termo mistério
duzir nos falantes "duas metades", como diz "O
2 - Jacques LACAN, "Do Trieb de Freud e do desejo do psicanalista", in Escritos, Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1998, p. 867.
7
O Mistério do Corpo Falante
Aturdito"3, homólogo à sex ratio que subtende a reprodução da vida – salvo o que a ciência nos promete hoje em matéria de reprodução.
incessantemente, mas sem conseguir escrevê-la. Mais interessante ainda do que seguir os passos sucessivos seria constatar o que se afirma de
No entanto, a expressão "mistério do corpo fa-
radicalmente inédito provocado com essa expres-
lante" remete a outro registro que não o biológi-
são. Ela é solidária de todas as novidades que a
co; o que deveria surpreender aí em relação ao que
rodeiam no texto de Mais ainda. Lembro algumas
precede das teses lacanianas é "mistério" mais do
ênfases: o inconsciente que se decifra é "elucu-
que "corpo falante". Mais ainda porque a frase in-
bração", hipotético; Lalíngua, que não é uma es-
teira reforça a ênfase: “O real, eu diria [...] é o mis-
trutura, só passa à linguagem, ao "saber falado",
tério do inconsciente". Eis o inconsciente subtraí-
pela coalescência com algo do gozo, de acordo
do ao registro do Simbólico e devolvido ao registro
com as contingências individuais. Daí, logo de-
do enigma. Está aí a novidade.
pois, os acentos colocados sobre o inconsciente
4
Poderíamos propor, como programa, as elabora-
real, encarnado, disjunto do sentido do sujeito,
ções sucessivas de Lacan tentando pensar a pegada
sobre a minoração da verdade e sobre a promoção
no corpo-substância pelo "isso fala" do inconscien-
do "falaser", sem falar do sinthoma. Eis, sem dú-
te. Elas não começam no seminário Mais ainda.
vida, o que conviria desdobrar e ilustrar clinica-
Podemos seguir precisamente as definições da pul-
mente, não sem tirar as diversas consequências a
são, do sintoma e da relação sexual: da pulsão que
respeito, notadamente os limites da pretensão de
faz eco ao dizer da demanda, pela qual “eu falo
saber, a possibilidade da transmissão, o passe à
com meu corpo", e que diz, ao mesmo tempo, o
análise finita e o analista por ela requerido.
que "eu" quer e o que lhe falta; do sintoma, "acontecimento de corpo" no encontro das palavras com
Colette Soler, 28 de fevereiro de 2009
o gozo; da relação sexual que a falação convoca
3- Jacques LACAN, "O Aturdito", p. 455 e 460. 4 - Jacques LACAN, Mais ainda - Seminário 20, Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 1985, p.178.
8
EPFCL • Brasil AFCL - Associação dos Fóruns do Campo Lacaniano
A Associação dos Fóruns do Campo Lacaniano
de acolhimento e se inscrevem na associação da
coordena os fóruns brasileiros sem subordiná-
IF na qual essa comissão está implantada. No
los à sua direção, os quais permanecem com sua
Brasil, essa comissão é denominada Comissão
gestão e seu programa independentes. Os mem-
Local Epistêmica, de Acolhimento e Garantia
bros da AFCL são os responsáveis pela orientação
(CLEAG). A Escola garante os analistas que pro-
do Fórum de sua cidade. A Associação Fóruns
cedem de sua formação por meio dos títulos de
do Campo Lacaniano articula-se com outros fó-
AE e AME, outorgados em âmbito internacional
runs da Internacional dos Fóruns do Campo
pelo Colegiado Internacional da Garantia.
Lacaniano, com os quais mantém intercâmbio e partilha a mesma orientação: constituir uma comunidade de Escola de acordo com os princípios de Jacques Lacan. A AFCL acolhe os dispositivos
ENCONTRO DA AFCL - BRASIL o inconsciente e o corpo local
da Escola de Psicanálise do Campo Lacaniano
Bourbon Hotel Joinville
datas
de 30/10 a 01/11
(EPCL) e dá suporte jurídico à EPFCL no Brasil.
informações
A Escola possui instâncias de funcionamen-
Lacaniano de Joinville
to internacionais e locais ajustadas às suas finalidades. Aqueles que querem se engajar na Escola dirigem sua demanda a uma comissão
Centro de Estudos do Campo
tel (47) 3422-6876 ou stella_maris@fcljoinville.com.br hospedagem e transporte
viaapia@viaapiaturismo.com.br
Diagonais da Opção Epistêmica
A CRIANÇA, SEU CORPO E SEUS OBJETOS
As Diagonais da Opção Epistêmica da EPFCL fa-
conferencista
vorecem o intercâmbio e o debate das elaborações
local
teóricas que a prática da psicanálise exige dos psicanalistas (“a práxis da teoria”).
Daniela Chatelard (Membro da EPFCL) Contraponto data 15/08 horário das 09:00h às 13:00h informações na secretaria do FCL-SP tels: 3063-3703 ou 3057-1743
9
Cartéis O Cartel faz escola
“... restauro em seu favor o órgão de base na fundação da Escola - ou seja, o cartel – do qual, feita a experiência, aprimoro a formalização.” • Lacan em D’Écolage
Se em 1964 Jacques Lacan funda o cartel como
com a afirmação de que não devemos dar corpo
pequeno grupo, em 1980 o retoma e restaura-o
ao UM. Portanto, do cartel se espera a produção
como “órgão de base”. Não sendo nomeado gru-
escrita de um a um do que foi trabalhado e o rela-
po, afasta-se dos efeitos imaginários que podem
to das crises do trabalho. No FCL-SP temos o Café
gerar identificações de massa e, sobretudo, iden-
Cartel, espaço reservado para aqueles que fizeram
tificação ao líder.
ou pretendem fazer cartel e que queiram contar os
Como “órgão de base” dá corpo a um dispositivo de
ecos dessa experiência.
Escola que contempla a articulação dos três regis-
Neste semestre, contamos com a Jornada de Cartéis,
tros, evidenciando a formalização que Lacan vinha
que ocorrerá em Joinville, e com a Jornada de en-
fazendo no decorrer de sua obra. Dessa forma, ele
cerramento das atividades do FCL-SP, onde o a pro-
substitui os efeitos de grupo sustentados pelo dis-
dução de cada um poderá ser recolhida. São estas
curso do mestre, pela possibilidade do saber funda-
apresentações, discussões e reflexões que permi-
mentado no discurso do analista.
tem animar esse dispositivo tão fundamental para
Assim, este dispositivo ao se apoiar no discurso
a formação do analista. Dessa maneira, esperamos
do analista propicia a emergência do real reve-
que os cartéis continuem movimentando a base da
lada pelas diferenças que se apresentam nos la-
Escola em seus laços de trabalho, formalização da
ços sociais e, além disso, o tratamento do gozo.
prática e transmissão da psicanálise.
Aprendemos com Freud que devemos resistir ao incurável da castração e Lacan reitera essa idéia
Comissão de Cartéis
CAFÉ CARTEL na sede do FCL - SP 19/09 horário 09:00hs Para mais informações sobre os cartéis entre em contato com a comissão de Cartéis pela secretaria do FCL - SP nos telefones 3063-3703 ou 3057-1743.
local data
10
Cartéis em funcionamento no Fórum • São Paulo – 2009
A Clínica da Estrutura Perversa • Denise Yurico F. Sanches, Ana Lúcia F. Nobile Girardi, Lauro José Siqueira Baldini, Claúdia Maria Nóbrega, Carla Gonçalves Bohmer, Maria Lucia Araújo (Mais Um) A ética da psicanálise : Estudo sobre o Seminário 7 • Marcelo Checchia, Maurício Hermann, Ivan Estevão, Carla Bohmer, Ana Paula Gianese (Mais Um) Articulações do RSI - Livro 22 • Vanessa Muraca, Tatiana Carvalho Assadi, Sandra Tolentino da Cunha, Eliana Machado Figueiredo, Heloísa Helena Aragão e Ramirez (Mais Um) A Transferência • Ana Carina Landi, Ângela Cristina Lorenzetti E. Camelluse, Heloisa Vilela Bittar Gimenes, Renata Fuccio Dutra, Antônio Cezar Peron (Mais Um) Desejo e Gozo • Juliana Augusta Soares, Juliana Bartijotto, Ingrid Toti Machado, Carolina Machado Giatti Santos, Michele Candiani Santos (Mais Um) Da ética à ética da psicanálise • Fernando Silvério Alves, Alexandre de Souza Piné, Conceição Aparecida Guiselino Sperini, Gonçalo Moraes Galvão (Mais Um) Feminilidade de Freud a Lacan • Miriam Ximenes Pinho, Maria Fernanda Mascheretti, Débora Tabacof, Adriana Lovison de Oliveira, Maria Rita Kehl (Mais Um) Imagem e Olhar • Silvia Carvalho Henriques, Arnaldo Ig nácio Junior, Rafael Rocha Daud, Ana Rusche, Silvana Pessoa (Mais Um) Lacan Leitor de Freud • Celina Giacomelli, Dulcemara Dedino, Berenice Neri Blanes, Glaucia Nagem de Souza (Mais Um)
11
Cartéis em funcionamento no Fórum • São Paulo – 2009
Literatura e Psicanálise • Cibele Lopes Barbará, Juliana Vieira Meyer, Lívia Barbosa Burin, Marina Rachel Graminha, Claudia Costabile (Mais Um) O Gozo no Nó Borromeo • Adriana Lovison de Oliveira, Rafael Rocha Daud, Stella Guimarães Ferraretto, Vinícius de Azevedo Silva, Ana Paula Pires da Silva (Mais Um) O Sintoma • Silvia de Carvalho Machione, Rafael Bellizzi Zeri, Claudia Comar, Fátima Claudia Farah, Silmia Sobreira (Mais Um) Psicanálise e Nietzsche • Débora Lázaro de Almeida, Karen Cristina Martins Alves, Silvana Pessoa, Sergio Prudente, Stélio de Carvalho Neto (Mais Um) Seminário XVI De um Outro ao outro • Breno Herman Sniker, Gecilda Orichio de M.Lopes, Reinaldo Grillo, Silvia Barile Alessandri, Elisabeth Saporiti (Mais Um) Seminário 16 De um Outro ao outro • Conrado Ramos, Luiz Guilherme Coelho Mola, Marcelo Checchia, Rafael Lima, Raul Pacheco Filho, Ana Laura Prates Pacheco (Mais Um) Seminário XXIII, o Sinthome • Ana Laura Prates Pacheco, Ana Paula Pires da Silva, Beatriz Silveira Alves de Oliveira, Conrado Ramos, Sandra Letícia Berta (Mais Um) Sobre o Seminário XI • Samantha Steinberg, Isabel Napolitani, Juliana Meyer, Cibele Barbará, Beatriz Oliveira (Mais Um)
JORNADA DE CARTÉIS local
Bourbon Hotel – Joinville data 02/11 para secretaria@fcclrio.org.br até 20/08
envio de trabalhos
12
Fórum do Campo Lacaniano O Fórum do Campo Lacaniano – São Paulo é uma
conexões ou por sua aplicação fora do dispositi-
comunidade orientada de acordo com o ensino de
vo analítico. Seus membros responsabilizam-se
Sigmund Freud e Jacques Lacan. Inserido num
pelos diferentes espaços de transmissão, os quais
conjunto internacional — Internacional dos Fóruns
não apresentam o formato de um curso, mas de
(IF) — e nacional — Associação dos Fóruns do
uma rede com várias possibilidades de entrada
Campo Lacaniano (EPFCL-Brasil) — desde 1999,
e amarração: Seminários do Campo Lacaniano,
tem como princípio a formação do psicanalista e
Seminários de Formações Clínicas, Módulos de
a transmissão da psicanálise. Para isso, o FCL-SP
Leitura dos Textos de Lacan, de Freud e de referên-
aposta no cartel enquanto via privilegiada de exe-
cia e contextos, Redes de Pesquisa e, a partir deste
cução desse trabalho de formação e transmissão,
ano a Rede Clínica. A Conferência Mensal e as ati-
tal como Lacan propõe em sua Escola.
vidades da Biblioteca Luiz Carlos Nogueira dedi-
O Fórum São Paulo acolhe todos aqueles que se
cam-se à interlocução da psicanálise com áreas que
interessam pelo estudo da psicanálise, por suas
lhe colocam questões e permitem sua extensão.
Membros do FCL • SP Ana Cláudia Fossen Ana Laura Prates Pacheco Beatriz Helena Martins de ALmeida Beatriz Silveira Alves de Oliveira Christian Ingo Lenz Dunker Conrado Ramos David Wilson Dominique Fingermann Elisabeth Saporiti Glaucia Nagem de Souza Gonçalo Moraes Galvão
Helena Maria Sampaio Bicalho Heloisa Helena Aragão e Ramirez Leandro Alves Rodrigues dos Santos Marcelo Amorim Checchia Maria Lívia Tourinho Moretto Maria Lúcia Araújo Maruzânia Soares Dias Maurício Castejón Hermann Patrícia Daher Hüber Paulo Marcos Rona Raul Albino Pacheco Filho
Sandra Aparecida Bossetto Sandra Aparecida Campos Galvão Sandra Letícia Berta Sérgio Marinho de Carvalho Silmia Sobreira Silvana Mantelatto Silvana Pessoa Silvia R. R. Fontes Franco Silvia Maria Barile Alessandri
Membros participantes do FCL • SP Ana Paula Lacorte Gianesi Ana Paula Pires da Silva Carlos Eduardo Frazão Meirelles Carmen Sílvia Àvila
Cláudia Costábile Miriam Chicarelli Furini Reinaldo Santos Grillo Rita de Cássia Bícego Vogelaar
Ronaldo Torres Sérgio Luis Braghini Stélio de Carvalho Neto Tatiana Carvalho Assadi
13
Atividades do FCL • SP
Biblioteca Luís Carlos Nogueira Encontro com o Autor
Diálogo: Literatura e Psicanálise no Cinema
Coordenação: Sílmia Sobreira e Leandro Alves Rodrigues
Coordenação: Gonçalo Moraes Galvão
dos Santos
Em parceria com: Marco Aqueiva (União Brasileira de Escritores)
O “Encontro com o autor” prossegue neste semestre,
Este espaço ganha sua importância na tentativa
com mais dois convidados, sempre abordando pon-
que sustenta de causar uma reflexão que coloca
tos relativos ao tema da autoria. Michel Foucault,
para conversar, a partir do articulador “cinema”,
no final dos anos 60, inspirado em Beckett, já se
a psicanálise e a literatura.
perguntava sobre essa questão e reverberava um “Que importa quem fala?”. Esse enunciado soa bas-
"Hiroshima, meu amor" (1990)
tante interessante aos psicanalistas, não apenas
Direção de Alain Resnais • Roteiro de Marguerite Duras
porque, ainda que de outro ângulo, também se in-
local
terrogam sobre esse aspecto tão sutil, mas fundamentalmente porque trabalham com as palavras. E não apenas aquelas ditas pelos analisandos, mas também com as suas, especialmente durante a for-
sede FCL - SP 22/08 horário 09:00h informações inscrições antecipadas na secretaria do FCL - SP (11) 3057-1743/3063 3703 gratuito data
mação, quando encontram autores que os interro-
"Um Copo de Cólera" Filme de Aluizio Abranches
gam. Disso, entre outras coisas mais, tratarão nos-
Adaptação do livro de Raduan Nassar
sos convidados nesse semestre:
local
sede FCL - SP 17/10 horário 09:00h informações inscrições antecipadas na secretaria do FCL - SP (11) 3057-1743/3063 3703 gratuito data
convidados
Maurício Hermann 11/09 Christian Dunker 20/11 local sede FCL-SP horário sextas, das 20:00h às 22:00h informações inscrições antecipadas - 3063-3703 (Raquel) gratuito
14
Formação Continuada Conferência e lançamento do livro: “O
O Seminário de Formação Continuada, reservado
sujeito na psicanálise de Freud a Lacan: da
aos membros e participantes, inclui o Seminário
questão do sujeito ao sujeito em questão”
Teórico, o Seminário Clínico e o Espaço Escola,
de Antonio Godino Cabas.
três momentos distintos nos quais são tratados
O FCL - SP em parceria com a Jorge Zahar
conceitos fundamentais, a ética e a política da psi-
Editor e a livraria Cultura, promoverá
canálise. Esse seminário ocorre semanalmente, às
conferência do psicanalista Antonio
segundas-feiras, das 8:30h às 10:00h.
Godino Cabas. Beatriz Oliveira, Diretora do FCL-SP-EPFCL Sandra Berta, membro da EPFCL local Livraria Cultura Conjunto Nacional, Av. Paulista 2073 data 01/08, das 10:00h às 12:00h entrada gratuita abertura debate
Fórum no Interior Fórum no Interior é uma atividade do FCL-SP que se organizou a partir da iniciativa de alguns de seus membros que praticam a psicanálise (atendimento a pacientes e ensino) em cidades do interior.
VII FÓRUM NO INTERIOR data
24/10
bragança paulista
15
Atividades do FCL • SP
Seminários do Campo Lacaniano Os Seminários do Fórum do Campo Lacaniano – São Paulo seguem a proposta de J. Lacan, em 1964: “que ele assuma por seu próprio risco”. Ele, o praticante da psicanálise. Isso será posto a prova na direção da análise, na supervisão, ou quando causado para tomar a palavra endereçada aos outros.
O sujeito e a identificação
Sobre a obra de Jacques Lacan
Coordenação: Sílmia Sobreira em parceria com
Coordenação: Christian Dunker
Alessandra Carreira e Michele Candiani (Membros de
Dedicado ao estudo da obra de Lacan, com ênfase
Lalíngua — Espaço de Interlocução em Psicanálise —
em seu contexto de produção e suas referências, este seminário ocorre desde 2001 na Universidade São Marcos, e a partir de 2004 no Instituto de
transgressão, isto é, trata-se de fronteira, de limi-
Psicologia da USP. No semestre anterior, introdu-
te traçado. Freud demonstra que, se a Lei um dia
zimos a hipótese de uma psicopatologia não-toda,
surgiu, foi pelo fato de o significante nela ter impri-
ou seja, uma revisão da teoria das estruturas clíni-
mido sua marca, fundindo-se a Lei como limite e
cas (desenvolvida entre 1954 e 1958) à luz das fór-
o desejo em sua forma. Retomaremos o Seminário
mulas da sexuação (desenvolvida em 1973). Neste
9 de Lacan, A identificação, introduzindo a noção
semestre, continuaremos com o exame de figuras
do a, não o outro imaginário a quem nos identifi-
psicopatológicas à luz dessa hipótese. Tomaremos
camos, mas o objeto a designado inicialmente na
como referência para tanto um texto que se situa
fantasia que se constitui pelo conjunto $ desejo de
entre a teoria das estruturas clínicas e a teoria da
a ($
◊
Ribeirão Preto)
Como cada um sabe, o desejo se institui como
a) e na qual o sujeito se apreende.
sexuação, a saber, o Seminário 16, De Um Outro ao outro (1968-1969).
Escola Bonjour Paris – Rua Garibaldi, 2345 datas 29/08 - 26/09 - 31/10 - 28/11 horário sábados, mensalmente, às 16:00h informações (11) 3151 4128 / 3826-2542 (Sílmia) ou (16) 3625-6490 (Alessandra e Michele) local
16
Instituto de Psicologia da USP - Bloco de aulas sala 12 01/10 horário quintas, semanalmente, das 12:30h às 14:00h informações (11) 3887 0781 ou chrisdunker@uol.com.br gratuito local data
A Direção de uma análise
O corpo e a sexuação
Coordenação: Dominique Fingermann
Coordenação: Ana Laura Prates Pacheco
A leitura dos textos de Lacan convoca à refle-
Encore (ainda), En corp (no corpo). O Seminário
xão, questiona, desconcerta e, por isso mes-
20, talvez como nenhum outro ministrado por
mo, orienta o psicanalista na sua necessá-
Jacques Lacan, explicita a articulação do real do
ria
da
corpo com a linguagem, como ele anuncia já na
direção de uma análise do começo até o fim.
primeira aula do ano: “O ser do corpo é sexuado,
A direção de uma análise vetoriza a experiên-
mas não é desses traços que depende o gozo do cor-
cia a partir do sentido e da verdade do fantas-
po no que ele simboliza o Outro”. Por isso mesmo,
ma que, ao esbarrar no impossível, marco real,
talvez seja um dos seminários mais fascinantes e,
pode eventualmente (contingência) conduzir o
ao mesmo tempo, mais difíceis de seu ensino. O
sujeito a optar pelo “ato” que o separa do Outro.
que pretendo trabalhar é uma proposta de leitura
A partir de cinco textos dos Outros Escritos: O ato
das fórmulas da sexuação e da partilha dos gozos,
psicanalítico, ...Ou pior (resumos dos seminários),
apresentadas por Lacan na aula de 13/03/73, a par-
Radiofonia, Introdução à edição alemã de um pri-
tir de um inventário da problemática da sexuação
meiro volume dos Escritos, Prefácio à edição ingle-
humana, desde que Freud inaugurou o discurso do
sa do Seminário 11, vamos destacar os aspectos ló-
psicanalista. Afinal, qual é o destino para a anato-
gicos e éticos do Discurso Analítico que permitem
mia a partir da psicanálise?
elaboração
da
experiência,
condição
apreender o necessário, impossível e contingente da experiência. sede FCL - SP 03 e 24/08 - 28/09 - 26/10 - 30/11 horário segundas, mensalmente, das 12:00h às 14:00h inscrições mande uma carta de intenção e breve currículo para dfingermann@gmail.com vagas limitadas local datas
sede FCL-SP 10/08 horário segundas, quinzenalmente, das 10:15h às 12:00h informações os interessados podem pedir a programação pelo e-mail analauraprates@terra.com.br e marcar entrevista individual com a coordenadora no telefone 3887-0781 taxa R$100,00 mensais local data
17
Atividades do FCL • SP
Seminários do Campo Lacaniano A lógica da Fantasia
orientar na leitura de Freud e, assim, nos interrogar
Coordenação: Silvia Franco e Silvana Mantelatto
sobre o uso do conceito de pulsão para a clínica
Em 2008, fizemos um estudo acerca da atempora-
psicanalítica.
lidade da fantasia inconsciente, partindo de alguns textos de S. Freud e J. Lacan. Neste ano, pretendemos continuar nossa pesquisa, enfocando os aspectos lógicos do conceito lacaniano de fantasia.
sede FCL-SP 10/08 horário segundas, quinzenalmente, das 16:00h às 17:30h taxa R$ 70,00 mensais inscrições (11) 3057 1743 / 3063 3703 (Raquel) local data
Com esse objetivo, acompanharemos o trabalho de J. Lacan a partir da leitura de seu Seminário 14: A
A construção do Objeto na Psicanálise: investidas
lógica da fantasia.
a partir do Seminário 4 de Jacques Lacan
Av. Independência, 546, sala 44 – Piracicaba-SP data 03/09 horário quintas, quinzenalmente das 19:30h às 21:00h informações (19) 3434 4952 local
Coordenação: Gonçalo Moraes Galvão
Este Seminário tem a pretensão de perseguir o conceito de objeto para a psicanálise a partir do Seminário 4 de Lacan. Para este o que há em volta deste tema é algo de fundamental importância para
Freud com Lacan: Uma leitura sobre
o desenvolvimento da teoria e da prática da psica-
o conceito de pulsão
nálise: “(...) esta relação do sujeito com o objeto
Coordenação: Maurício Hermann
que tende cada vez mais a ocupar o centro da teo-
Acompanharemos o tema das Formações Clínicas
ria analítica é ela mesma que vamos pôr à prova”
do FCL-SP ao trabalhar o conceito de pulsão na
(Lacan, 1956).
obra de Freud, além de abordar os seminários Os escritos técnicos de Freud e O eu na teoria de Freud e na técnica da psicanálise, de Jacques Lacan (Seminários 1 e 2, respectivamente). Nosso intuito será o de recortar o pensamento de Lacan para nos
18
São Paulo • local sede EPFCL – Fórum São Paulo data 03/08 horário segundas, quinzenalmente, às 10:30h taxa R$ 45,00 por encontro informações (11) 3057 1743 / 3063 3703 (Raquel) Bragança • local Rua Tupy, 153, sl 02 – Taboão – Bragança Paulista data 03/08 horário segundas, quinzenalmente, às 20:30h taxa R$ 45,00 por encontro informações (11) 4034 1209 (Luciane)
Formações Clínicas do Campo Lacaniano As Formações Clínicas do Campo Lacaniano —
recolhemos do ensino de Lacan.
São Paulo têm como objetivo a formação do psi-
No espaço da Conferência Mensal partilhare-
canalista tencionando o ensino e a transmissão
mos com colegas de outras disciplinas um diá-
a partir de diferentes atividades nas quais os
logo sobre as questões que nos interessam.
membros e membros participantes do FCL-SP e
As Redes de Pesquisa continuam seu trabalho,
membros da EPFCL respondem à proposta pro-
visando questões específicas da clínica psica-
gramática, levando suas diferentes leituras, ex-
nalítica. A Rede Clínica iniciará suas ativida-
periências e estilo.
des em 2009.
No ano de 2009 o corpo será o tema âncora de
Os espaços de trabalho nas FCCL-SP funcionam
nossas atividades. O seminário das segundas-fei-
como diferentes portas de entrada, visando dis-
ras tratará do tema “Corpo e afetos”. Os módulos
cussões teóricas e práticas clínicas. Espera-se
de leitura estendem suas atividades. Contaremos
dos interessados seu compromisso com as ativi-
com três módulos, a saber: “Corpo e linguagem”,
dades escolhidas e com o estudo das questões
abordando a leitura dos textos fundamentais de
que motivam sua participação.
J. Lacan; “Corpo e pulsão”, leitura comentada
Acompanhem, a seguir, o detalhamento de nosso
de textos fundamentais de S. Freud; e um mó-
Programa.Bom trabalho!
dulo de referências e contextos necessários para uma compressão das articulações apuradas que
valores para inscrição em
Coordenação de FCCL
FCCL
R$ 100,00 seminário de FCCL: R$ 250,00 cada módulo de leitura R$ 140,00 seminário de FCCL + um módulo R$ 320,00 dois módulos R$ 220,00 seminário de FCCL + 2 módulos R$ 430,00 Participantes das Redes de Pesquisa que fazem parte de alguma outra atividade de FCCL terão R$ 30,00 de desconto no boleto. informações para entrevista na secretaria do FCL-SP nos telefones (11) 3057-1743/3063-3703 mensalidades: matrícula
19
Seminário de Formações Clínicas do Campo Lacaniano
O corpo que se introduz na economia do gozo a
olhar e voz; do objeto a, causa de desejo e mais-
partir da imagem, o corpo que goza dos objetos
de-gozar. Devemos distinguir os estilhaços do
e os afetos como irrupção de um real perturba-
corpo, da definição do objeto a não especulari-
dor será o eixo de nosso percurso. Desde o início
zável, insensato, do qual não há ideia nem repre-
do seu ensino, Lacan articula o alcance da defi-
sentação e que se vincula à definição do real como
nição do eu corporal — uma superfície —, reto-
impossível, razão pela qual destacaremos o afeto
mando as diferenças entre o narcisismo primá-
que se articula em 1963 ao objeto a: a angústia.
rio e secundário. Ali já estava presente a relação
"A angústia é justamente alguma coisa que se si-
do sujeito ao Outro, posteriormente destacando,
tua alhures em nosso corpo, é o sentimento que
na constituição subjetiva, a introjeção de um tra-
surge dessa suspeita que nos vem de nos redu-
ço unário, marca simbólica definida como Ideal
zirmos ao nosso corpo".1
do Eu que determinará a projeção de uma imagem, Eu ideal.
Todavia, as paixões do ser — o amor (entre o simbólico e o imaginário), o ódio (entre o real
Essa experiência de intromissão do simbólico
e o imaginário) e a ignorância (entre o real e o
no imaginário na relação dialética do desejo nos
simbólico)2 retomam à relação ao Outro, ao qual
permite iniciar o seminário deste ano distin-
o ser falta e pelo qual a demanda seria suposta
guindo três operações que estão na base da rela-
responder.
ção do sujeito ao Outro: frustração (imaginária),
20
castração (simbólica) e privação (real).
O mistério do corpo do ser falante, do gozo do
É pelo fato de se fazer no campo do Outro que
corpo do Outro que somente se promove pela
a questão da pulsão entrará em cena a partir do
infinitude, 3 finalmente nos leva a diferenciar
segundo semestre, diferenciando os objetos par-
o gozo fálico, fora-do-corpo, e o gozo do corpo
ciais atribuídos aos orifícios do corpo: oral, anal,
próprio como alteridade do qual o inconsciente
é testemunha. Testemunha de um saber que es-
ponto de chegada desse percurso para dizer da-
capa ao ser falante, ao qual responde en-core o
quilo que afeta o ser falante e o corpo com o
ser falante, não sem angústia. Isso nos permite
qual fala. Nas palavras de Lacan, "alíngua nos
finalmente realizar o último corte para verificar
afeta primeiro por tudo que ela comporta de efei-
as relações do corpo com a lalíngua da qual a
tos que são afetos".4
linguagem é sua elucubração. Corpo e lalíngua
Coordenação do Seminário das FCCL-SP
[1] Lacan, J. A terceira. Versão inédita em português. [2] Lacan, J. Aula de 30 de junho de 1954. [3] Lacan, J. O Seminário, livro XX, Mais ainda. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1985, p. 16. [4] Idem, p. 190.
Seminário Corpo e Afetos Coordenação: Sandra Letícia Berta
1 • Objetos parciais e objeto a • Sandra Letícia Berta | agosto 2 • Os objetos e as paixões • Christian Dunker | setembro 3 • Falo e sexuação: o gozo • Ana Laura Prates Pacheco | outubro 4 • Corpo e lalíngua • Dominique Fingermann | novembro Sede do FCL-SP 03/08 horário segunda-feira - semanalmente, das 20:30h às 22:30h Os certificados serão emitidos, mediante solicitação, para os participantes com 70% de assistência e com mensalidade em dia. local data
21
Módulos de Leitura dos Textos Fundamentais
Os módulos das FCCL-SP fazem parte de uma propos-
a partir do segundo semestre; Módulo de leitura dos
ta de leitura “ao pé da letra” dos textos fundamentais
textos fundamentais de J. Lacan, intitulado “Corpo
da psicanálise, acompanhando os recortes dos temas
e linguagem”, privilegiando os Escritos e Outros
que nos propomos estudar a cada ano. Em 2009, abor-
Escritos; e o Módulo de Referências e Contextos, es-
daremos o tema do corpo. Uma nova proposta progra-
paço que pretende aproximações às leituras de tex-
mática se soma à realizada em 2008 de modo a ofe-
tos de campos epistemológicos vizinhos à psicanálise,
recer diferentes engajamentos na pesquisa. Teremos,
não necessariamente ligados ao tema central do ano.
dessa vez, três módulos de leitura, a saber: Módulo
Todos os módulos são independentes, exigem tempo
de leitura dos textos fundamentais de S. Freud, com o
de dedicação às leituras, mas a participação em mais
tema “Corpo e pulsões”, que iniciará suas atividades
de um não é excludente.
Módulos de Leitura de Freud • Corpo e Pulsão Coordenação: Marcelo Checchia local
Sede do FCL-SP
data
06/08
horário
quinta-feira, semanalmente, das 17:30h às 19:30h
Agosto • setembro
Outubro • novembro
Pulsões e destinos da pulsão
Inibição, sintoma e angústia
Silvia Alessandri e Elizabeth Saporiti Freud,
S.
(1915/1996)
“Os
Instintos
Beatriz Almeida e Glaucia Nagem e
suas
Vicissitudes”. In: Edição Standard Brasileira das
Ansiedade”. In: Edição Standard Brasileira das
Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Rio
Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud.
de Janeiro: Imago, vol. XIV, p.115-144.
Rio de Janeiro: Imago, vol. XX, p.79-171
ou Freud, S. (1914/2004) “Pulsões e Destinos da Pulsão”. In: Escritos Sobre a Psicologia do Inconsciente. Rio de Janeiro: Imago, vol. 1, p. 133-173.
22
Freud, S. (1926/1996) “Inibições, Sintomas e
Módulos de Leitura de Lacan • Corpo e Linguagem Coordenação: Silvana Pessoa local
Sede do FCL-SP
data
03/08
horário
segunda-feira, semanalmente, das 18:00h às 20:00h
Agosto • setembro
Outubro • novembro
Kant com Sade (1963)
A terceira (1974)
Marcelo Checchia e Raul Pacheco
Conrado Ramos e Paulo Rona
Lacan J. (1963/1998). “Kant com Sade”. In: Escritos.
Lacan J. (1974/1993). “La tercera”. In: Intervenciones
Rio de Janeiro: Jorge Zahar, pp. 776-803.
y textos 2. Buenos Aires: Manantial, pp. 73-113
Módulos de Leitura de Referências e Contextos Coordenação: Conrado Ramos local
Sede do FCL-SP
data
06/08
horário
Quinta-feira, semanalmente, das 20:00h às 22:00h
Agosto
Setembro
À guisa de introdução
Ensaio para introduzir a noção de grandezas
Conrado Ramos
negativas em filosofia
Kojève, A. (1939/2002). “À guisa de introdução”.
Ana Paula Pires
In: Introdução à leitura de Hegel. Rio de Janeiro:
Kant, I. (1763/2005). “Ensaio para introduzir a
UERJ/Contraponto, p.11-31.
noção de grandezas negativas em filosofia”. In: Escritos pré-críticos. São Paulo: UNESP, p.51-99.
Outubro Sobre o sentido da palavra estrutura
Novembro
nas matemáticas
Sobre o sentido e a referência
Ronaldo Torres
Rita Vogelaar
Barburt, M. (1966/1996). “Sobre o sentido da palavra
Frege, G. (1892/1978). “Sobre o sentido e a
estrutura nas matemáticas”. In: Letra Freudiana. O
referência”. In: Lógica e filosofia da linguagem.
Ato Analítico, Ano XV, n. 16, p.145-167.
São Paulo: Cultrix, p.59-86. pp. 104-126. 23
Rede de Pesquisa do FCL-SP
As Redes de Pesquisa de Infância; Psicoses; Psicossomática; e Neurose, propõem o estudo e debate das questões que a clínica psicanalítica apresenta de modo a pensar as intervenções específicas na direção do tratamento. Perguntar-se por essas diferenças continua a ser um desafio do qual o psicanalista não deverá recuar se quiser manter a dimensão ética de sua práxis. informações na secretaria do FCL - SP (11) 3063-3703 ou (11) 3057-1743
Rede de Pesquisa Psicanálise e Infância Coordenação: Ana Laura Prates Pacheco e Beatriz Oliveira
Seminário 9 – A Identificação. No segundo semes-
No ano de 2008, a pesquisa teórica da Rede de
tre, iniciamos a leitura do Seminário 10 – A an-
Pesquisa de Psicanálise e Infãncia continuou acom-
gústia e, para tanto, retomamos o texto Inibição,
panhando a elaboração do conceito de objeto a no
sintoma e angústia de Freud.
ensino de Lacan visando o tema que temos tra-
Neste ano, pretendemos continuar nesse trabalho,
balhado nos últimos anos: “As versões do objeto
tal como vem sendo realizado e consideramos que
na exploração da estrutura”. No primeiro semes-
será muito importante sua articulação com a Rede
tre, encerramos o estudo do Seminário 4 – A re-
Clínica das FCCL-SP.
lação de objeto e atravessamos alguns textos que
atenção para mudança de local e horário
permitiriam a entrada no Seminário 10 – A an-
local
gústia. Trabalhamos, então, alguns capítulos do
horário
Seminário 5 – As formações do inconsciente, o
taxa
texto A subversão do sujeito e alguns capítulos do
informações
sede do FCL-SP
data
03/08
segundas-feiras, semanalmente, das 14:00h às 15:30h
R$ 70,00 (11) 3057 1743 / 3063 3703 (Raquel)
Rede de Pesquisa de Neurose
24
Coordenação: Maria Lúcia Araújo e Maurício Hermann
de objeto, bem como refletir sobre a direção do tra-
A rede de pesquisa de neurose tem como objetivo o
tamento, dando ênfase à construção da fantasia.
aprofundamento dos tipos clínicos: neurose obses-
local
siva, histeria e fobia. De início, trabalharemos a fo-
horário
bia através do caso “Pequeno Hans”, para problema-
taxa
tizar o modo como Lacan propõe pensar a relação
Hermann), 3735-9919 e 9848 9334 (Maria Lucia Araújo)
Sede do FCL – SP
data
03/08
Segundas-feiras, quinzenalmente, das 16:00h às 17:30h
R$ 70,00 mensais
informações
(11) 3083 2542, (Maurício
Rede de Pesquisa sobre as Psicoses
clínicas. 3. Apresentação de pacientes: a partir
Coordenação: Beatriz H. M. Almeida e Sandra Leticia Berta
desse dispositivo, fundamentado na ética da psi-
Tema: A identificação nas psicoses
canálise, visamos debater sobre o diagnóstico e
Abordaremos nossas atividades em três eixos te-
suas consequências na direção do tratamento.
máticos: 1. Estudo sobre O Seminário 9 — A
Encontros bimestrais em parceria com a Escola de
identificação (1961-1962), de J. Lacan (inédi-
Psicanálise de Campinas e com a Casa de Saúde de
to), em particular as articulações topológicas de
São João de Deus.
modo a contribuir com a discussão sobre os di-
local
ferentes quadros clínicos no campo da psico-
semanal, das 10:30h às 12:00h
se. 2. Inauguramos um espaço de debate sobre a
(Beatriz Almeida) e (11) 3673 6851 (Sandra Berta) ou pelos
saúde mental, suas diversas práticas e políticas
e-mailsalmeidabia@gmail.com e bertas@uol.com.br
Sede do FCL – SP
data
03/08
horário
informações
segundas-feiras,
(11) 3168 9476
Rede de Pesquisa em Psicossomática Esta Rede de Pesquisa se reúne quinzenalmente
São Paulo - coordenadores Christian Dunker e Heloísa Ramirez
para discutir a teoria e as questões da corporeida-
colaboradora
de em psicanálise a partir da experiência clínica,
horário
enfocando principalmente o FPS e as incidências
data
que acometem o corpo, como as lesões de órgãos
Heloísa Ramirez
(vitiligo e psoríase). Neste semestre, a ideia é am-
Mogi das Cruzes - coordenadora Heloísa Ramirez
pliar a pesquisa, aproximando-a das intervenções
colaboradora
Tatiana Carvalho Assadi
local
Sede do FCL – SP
segundas-feiras, quinzenalmente, das 10:30h às 12:00h
10/08
taxa
R$ 70,00
informações
(11) 5539-6266 com
Tatiana Carvalho Assadi
e marcas corporais, como, por exemplo, as esca-
local
rificações. Temas como traço unário, identifica-
168 - Jd. Santista - Mogi das Cruzes
ção, gozo e letra serão norteadores de leitura e
feiras, quinzenalmente, das 19:30h às 21:00h
das discussões.
informações
Circuito Ponto de Estofo – Rua Leonor de Oliveira Melo, data
11/08
horário
taxa
terças-
R$ 70,00
(11) 4794-3535 (Tatiana Assadi)
25
Rede Clínica
A Rede Clínica insere-se nas FCCL-SP e é susten-
praticantes, participantes dessa Rede, a “dar as
tada pelo FCL-SP e orientada pelos princípios di-
provas” de sua práxis enquanto psicanalistas em
retivos da EPFCL. Sua principal finalidade é pos-
formação continuada e da direção do tratamento
sibilitar que aqueles participantes das FCCL-SP,
que estão sustentando em sua clínica.
bem como os membros e membros participantes do FCL-SP que se declaram analistas praticantes, pos-
O Seminário teve início em março de 2009 com a
sam entrar em contato com a construção do caso
apresentação do Regimento da Rede Clínica que
clínico sob supervisão dos membros da EPFCL en-
conta, atualmente, com 25 participantes, entre
gajados na Rede Clinica. Ela visa também avançar
participantes e supervisores. Nos meses de abril e
na pesquisa a respeito da construção do caso clí-
maio, trabalhamos os eixos epistemológicos e éti-
nico em psicanálise, bem como nas questões rela-
cos que norteiam a construção do caso clínico atra-
tivas à transmissão da experiência psicanalítica e
vés da leitura de textos teóricos e de um caso clíni-
da política que norteia a direção do tratamento e
co apresentado por Antônio Quinet que nos serviu
sua ética.
como referência para futuras apresentações dos
Seminário da Rede Clínica: O objetivo desse
participantes. Os próximos Seminários serão dedi-
Seminário é o de promover o exercício da cons-
cados ao tema do ano: “As entradas em análise”.
trução do caso clínico e estimular os analistas
coordenação local data
Ana Laura Prates Pacheco
sede do FCL-SP 07/08
horário
sextas-feiras, mensalmente, das 20:30h às 22:00
A frequência neste Seminário é exclusiva aos participantes da Rede. Para participar da Rede Clínica, o candidato deverá, necessariamente, frequentar pelo menos uma das Redes de Pesquisa das FCCL-SP e o Seminário das FCCL, bem como participar do Seminário da Rede Clínica. Obs O engajamento na Rede Clínica implica um acréscimo de R$ 30,00 mensais às atividades já realizadas nas FCCL-SP.
26
Conferência Mensal
Corpo e Afeto em Psicanálise As conferências mensais têm por objetivo suscitar o
capítulo destes novos tempos? Seria possível outra
diálogo com as disciplinas, práticas e tradições afins
abordagem do corpo e dos afetos que não se diluísse
à psicanálise, bem como com a diversidade de orien-
na apologia pós-moderna nem na crítica regressiva
tações que a caracteriza. Esses encontros respondem
ou ressentida do declínio de suas próprias categorias?
a uma exigência de formação e pesquisa, em acordo
Nesse tema encontramos uma curiosa inversão.
com o ideal freudiano da universitas literarum, mas
Quando a cultura da representação cognitiva nos ofe-
também problematizam o lema lacaniano de que o
recia nossa autoimagem social dominante, a psica-
psicanalista deve estar à altura de sua época — épo-
nálise parecia ressaltar, desde a periferia, que algo
ca que já foi definida pela substituição do antigo tema
encontrava-se em exclusão: a sexualidade, a sexuali-
do sujeito pelo tema do corpo, que faculta a passagem
dade infantil, a sexualidade feminina, a fantasia se-
das formas de representação para os modos do afeto.
xual infantil, a sexualidade traumática e seu corolá-
Desde que o afeto tornou-se categoria política e a cor-
rio, a angústia, rainha-mãe dos afetos. Mas agora que
poreidade, o vestígio de nosso último universal, assis-
a periferia está no centro da psicanálise, antes sus-
timos à formação de um novo discurso. O discurso da
peita de irracionalidade afetiva, torna-se problemáti-
corporeidade soberana articula a gramática do con-
ca pelos motivos inversos: demasias da linguagem,
sumo com o imperativo de autoinvenção, a retórica
excessos de forma, credulidade teórica.
da segurança com a disciplina biopolítica, a esteti-
Convidamos pensadores, artistas e críticos literários
zação da ideologia com a ascese erotológica, o pseu-
para que cada um aborde o tema da forma como sua
do-hedonismo e superego impulsivo. Mas será mes-
pesquisa e área de atuação lhe permite explorar.
mo que a psicanálise deve reconfigurar-se como um
Coordenação das conferências mensais
24/08 LÍGIA CORTEZ
28/09 ELIANE ROBERT DE MORAES
30/11 BETO BRANT
Christian Dunker Contraponto – Rua Medeiros de Albuquerque, 55 — Vila Madalena horário 20:30h às 22:30h taxa R$ 40,00 (isento para participantes das FCCL, membros do FCL-SP e da EPFCL) iformações (11) 3057 1743 / 3063 3703 (Raquel Passos) Vagas limitadas coordenação local
27
Fórum em campo
A escrita do Ego
28
« A escrita do ego » é o título da 10ª aula do
mais simples é a do traço unário. Aliás, basta fazer
Seminário XXIII de Jacques Lacan, O Sinthoma,
alguns traços ou pontos para indicar um número.
que, por sorteio, coube a mim comentar no
Seria uma idéia essa idéia do real tal como ela se
Seminário de Formação Continuada dos membros
escreve no nó borromeano que é uma cadeia? Não
do FCL-SP, em 03/11/2008. Esta apresentação é
se pensa facilmente o efeito de cadeia que se obtém
uma colagem, e poderia dizer que quase nada tem
pela escrita. Esse nó é um apoio para o pensamen-
de meu a não ser o que recortei para colar.
to, mas é preciso escrevê-lo para tirar dele alguma
Mais uma vez, foram várias, nesta sessão do semi-
coisa. E, ao fazer isso, o embaraço, o enrosco é ine-
nário, Lacan fala de seus embaraços à noite, nos
vitável, tanto para nós como para Lacan quando
fins de semana, para encontrar um troço, um ne-
tentava escrever o nó.
gócio, uma coisa transmissível. Eu também, nós
O nó borromeano, o nobô como o abreviava Lacan,
também, neste lugar. Joyce não tinha nenhuma
muda completamente o sentido da escrita. Escrita
idéia do nó borromeano, mas fez uso do círculo
e não escrito. A escrita tem a ver com a cifra. O
e da cruz. Lacan retoma o nó como cadeia com
nobô dá à escrita uma autonomia tanto mais notá-
certas propriedades: ter no mínimo três elementos
vel por haver uma outra escrita, a que resulta de
que, enodados, na realidade, encadeados, consti-
uma precipitação do significante. E Lacan nos lem-
tuem metáfora. Isso nada mais é que metáfora da
bra que não encontrou outra maneira de sustentar,
cadeia, diferentemente da cadeia de significantes
de dar suporte ao significante a não ser pela escrita
que só precisa de dois, no mínimo. Como pode ha-
S maiúsculo. O nobô mostra alguma coisa a que se
ver metáfora de alguma coisa que é apenas um nú-
podem pendurar significantes. E como fazer isso?
mero? Por causa disso, essa metáfora é chamada ci-
Por meio do que Lacan chamou dito-mansão (dit-
fra. Existem muitas maneiras de traçar as cifras, a
mension), jogo de homofonia que Lacan já fizera no
Semnário XX, cap. VIII, onde ele explica: “a resi-
metaforizar o infinito, uma vez que se pode supor
dência do dito, desse dito cujo saber coloca o Outro
que ela tenha um ponto no infinito, isto é, consti-
como lugar”. Mas a forma de escrever que ele adota
tuir um círculo. A questão que a reta coloca é esta:
aqui permite um prolongamento de mension a men-
a reta não é reta. Einstein demonstrou que o raio
sionge (fusão de mension com mensonge [mentira])
luminoso, que tem toda a aparência de realizar a
que indica que o dito não é forçosamente verdadei-
reta, se encurva. Como conceber uma reta que se
ro. A simples introdução do nobô já dá a idéia de
encurva? É sem dúvida um problema levantado
que sustenta um osso, um ossobjeto. E não é o a
pela questão do real.
minúsculo – pequeno a – o que o caracteriza? Por
Lacan caracteriza a reta infinita por sua equivalên-
ser um caractere, como qualquer dígito numérico, le-
cia ao círculo. Este é o princípio do nó borromeano.
tra do alfabeto ou um símbolo especial como &, %, $,
Temos o essencial do nó combinando duas retas
etc., esse ossobjeto se reduz ao pequeno a para mar-
com o círculo. A reta tem essa virtude, por ser a
car que a letra não faz mais que dar testemunho da
melhor ilustração do buraco, do furo, melhor que
intrusão de uma escrita como outra com um azinho.
o círculo. A topologia nos indica que o círculo tem
A escrita em questão não vem do significante, mas
um furo no meio. Já a reta infinita tem a virtude de
de outro lugar. Faz tempo que Lacan se interessou
ter o buraco todo em torno dela. É o suporte mais
por esse negócio de escrita e que a promoveu pela
simples do furo. Lacan tratou da RI nos capítulos 1,
primeira vez quando falou do traço unário, einziger
2, 3, 5, 7, 8, 9 e neste, o 10.
Zug em Freud.
O homem, e não Deus, é um composto trinitá-
Com o nó borromeano, Lacan deu outro suporte a
rio, composto do que chamamos elemento. Um
esse traço unário que ele vai escrever RI, reta in-
elemento é o que constitui um – ou seja, o traço
finita. Retomo uma passagem do capítulo anterior,
unário – e que, pelo fato de constituir um, atrai
onde Lacan responde a uma pergunta sobre o limi-
a substituição. A característica de um elemento
te aos campos da metáfora: não é porque a reta é
é que ele instaura a combinatória dos elementos.
infinita que ela não tem limite; não é porque o fi-
Com a escrita do nó, Lacan está tentando introduzir
nito tem limites que uma reta infinita basta para
o que ele chama uma lógica de sacos e de cordas. Há
29
Fórum em campo
30
o saco cujo mito consiste na esfera. Mas ninguém
quer dizer cortiça. Esse diálogo é uma ilustração do
parece ter pensado nas conseqüências da introdu-
fato de haver sempre naquilo que Joyce escreve re-
ção da corda. O que a corda prova é que um saco só
ferência ao enquadramento, e esse enquadramento
fica fechado quando é amarrado com corda ou bar-
tem uma relação nem que seja de homonímia entre
bante. Essa introdução, usando a experiência mais
Cork (substantivo próprio, nome de cidade e de pra-
comezinha do cotidiano doméstico, é para nos fazer
ça) e cork (cortiça, substantivo comum). Esse teci-
acompanhar melhor o que ele vai trazer em seguida:
do está ligado para ele ao próprio tecido do que ele
a partir de uma lembrança de infância, relatada por
relata e que evoca para Lacan seus aros do nó, eles
Joyce, é possível mostrar como essa lógica chamada
também suporte de algum enquadramento.
de sacos e de cordas pode nos ajudar a compreender
O que ocorre quando alguma coisa acontece a al-
como Joyce funcionou como escritor.
guém na seqüência de um erro? -pergunta Lacan.
O que para Joyce significa escrever? Veio a Lacan
Um erro nunca se produz por acaso, por trás de
a idéia de que algo acontecera a Joyce por uma via
todo lapso há sempre uma finalidade significante.
que ele, Lacan, acreditava poder dar conta, algo
Se existir um inconsciente, o erro tende a querer
que fez com que em Joyce o ego tivesse um papel
exprimir alguma coisa. O erro exprime a vida da
diferente do papel simples – o imaginamos simples
linguagem. O que significa morte para o suporte
– que ele tem para o comum dos mortais. Lacan
somático tem tanto cabimento quanto vida nas pul-
considera que só pode dar conta da função que o
sões, que tem a ver com a vida da linguagem. As
ego teve para Joyce pela escrita do nó borromeano.
pulsões têm a ver com a referência ao corpo, e a
É que a escrita é essencial ao ego de Joyce, o que
relação com o corpo não é simples para homem al-
pode ser ilustrado pelo seguinte diálogo: alguém
gum. Sem falar que o corpo tem buracos.
lhe pede que fale de uma imagem que reproduza
Lacan destaca do livro de Joyce, Portrait of the
um aspecto da cidade de Cork. Joyce lhe respon-
Artist as a Young Man, uma confidência que ele
deu que era Cork. O outro insiste, dizendo que é
nos faz (‘nos’, pois se trata de uma confidência a
evidente, que é a praça de Cork, mas o que enqua-
seus leitores, uma vez que ele escreve para ocupar
dra essa imagem? Joyce lhe respondeu: Cork, o que
a posteridade durante 300 anos). Alguns colegas,
A escrita do Ego
comandados por um deles, Héron, amarraram
se solta como uma casca de fruta.
Joyce a uma cerca de arame farpado e lhe deram
Que haja pessoas que não se deixem afetar pela
uma surra. Depois do ocorrido, Joyce se questio-
violência sofrida corporalmente já é bastante curio-
na sobre a razão pela qual não ficou zangado com
so. A coisa fica ambígua – isso pode lhe ter dado
Héron. Ele constata que toda essa história se eva-
prazer, o masoquismo não está descartado das
cuou como uma casca de fruta. Isso dá uma indica-
possibilidades de estímulo sexual em Joyce. O que
ção de algo que diz respeito à relação de Joyce com
chama a atenção são as metáforas que Joyce em-
o corpo, relação já tão imperfeita nos seres huma-
prega: algo que se desprende, que se destaca como
nos. O que acontece em seu corpo? É algo extrema-
uma casca. Desta vez ele não gozou, tendo tido, em
mente sugestivo. Lacan já afirmara que o incons-
vez disso, uma reação de fastio, de repugnância. É
ciente nada tem a ver com o fato de que se ignore
algo que vale psicologicamente. Essa repugnância,
um monte de coisas quanto a seu próprio corpo.
esse fastio diz respeito a seu próprio corpo. É como
Quanto ao que se sabe, é de outra natureza, sabe-
alguém que, para espantar uma lembrança desa-
mos de coisas que têm a ver com o significante.
gradável, a colocasse entre parênteses. A relação
A antiga noção do inconsciente, o Unerkannt (“des-
com seu próprio corpo como estranho, como es-
conhecido”, “não reconhecido”), se baseava sobre
trangeiro, é uma possibilidade que é expressa pelo
nossa ignorância a respeito do que ocorre em nos-
uso do verbo ter. É preciso levar em conta que a re-
so corpo. O inconsciente de Freud é a relação que
lação do homem com seu corpo se assenta no fato
existe entre um corpo que nos é estranho, estran-
de ele dizer seu corpo, isto é, ele o tem. Dizer seu
geiro e alguma coisa que constitui círculo, e até
quer dizer que ele o possui, como um móvel, por
mesmo reta infinita, e que é o inconsciente. Essas
exemplo. Isso nada tem a ver com o que permite
duas coisas são equivalentes uma à outra. Que sen-
definir estritamente o sujeito que se define por ser
tido dar àquilo de que Joyce dá testemunho? Em
representado por um significante para outro signi-
Joyce não se vê nada da relação psíquica que fica
ficante. Nosso corpo, nós o temos, mas não o so-
afetada, que reage. Em Joyce existe apenas algo
mos. Em Joyce, a forma do largar, do deixar cair da
que vai embora, que dá no pé, que é largada, que
relação ao corpo próprio é completamente suspeita
31
Fórum em campo
32
para um psicanalista, pois a idéia de si como cor-
alguma coisa, e Lacan propõe uma figura de nó
po tem um peso. É precisamente o que se chama o
onde há um erro, isto é, os cortes cometem uma
ego. Se o ego é chamado narcísico, é exatamente
falta. A terceira argola, a do I, aquela que desde o
porque num certo nível existe algo que sustenta o
Seminário RSI é a do corpo, passa por cima do R
corpo como imagem. No caso de Joyce, o fato de
em vez de passar por baixo. E o que resulta? O I es-
esta imagem não estar implicada na circunstância
capa, dá no pé, exatamente como o que Joyce expe-
não seria o que assinala que o ego em Joyce tem
rimenta depois da surra que levou dos colegas. O I
uma função inteiramente particular? E como escre-
escapa, a relação imaginária não se dá, não ocorre.
ver isso no nó borromeano? Aqui, Lacan avisa que
Isso leva a pensar que se Joyce se interessou tanto
vai transpor alguma coisa.
pela perversão, era talvez por outra razão. Talvez a
Até onde vai a père-version (versão do pai, pai-ver-
surra até lhe repugnasse. Talvez ele não fosse um
são, homofônico a perversion)? A pai-versão, é a
verdadeiro perverso. Mas alguma coisa não pode-
sanção, a ratificação do fato de Freud ter feito tudo
ria ser sugerida em nosso negócio que é a psica-
se sustentar na função do pai. O nobô é isso. O
nálise por esse fato patente de Joyce ter um ego de
nobô não é mais que a tradução disto: que o amor
outra natureza?
e, ainda por cima, o amor eterno, se dirige ao pai,
Voltando ao nó onde o aro do I não está enlaçado.
em nome do fato de ser ele o portador da castra-
O que Lacan vai propor é a correção desse erro: um
ção. Pelo menos é o que a intuição de Freud san-
pequeno anel enlaçando o R e o S no qual Lacan
ciona em Totem e tabu. A essa intuição Lacan vai
encarna o erro como corretor, como corretivo da
dar outro corpo com o seu nobô (mon noeud bo),
relação que falta, ou seja, o que, no caso de Joyce,
bem produzido para evocar o Mont Neubo, onde a
não enoda borromeanamente o imaginário ao que
lei nos foi dada. Essa lei nada tem a ver com as leis
constitui cadeia de real e de inconsciente. Por esse
do mundo real. A Lei (com L maiúsculo) de que se
artifício de escrita o nó borromeano é restaurado,
trata no caso é simplesmente a lei do amor, isto é, a
recuperado. Lacan considera que, graças a Joyce,
pai-versão (père-version).
se pôde tocar em algo em ele nunca tinha pensado.
Aprender a escrever o nobô pode servir para
O texto de Joyce surpreende pelo número de
A escrita do Ego
enigmas que contém, e se poderia dizer que ele se
dimensão da nomeação”.
divertiu com isso, sabendo que haveria joycianos
Se eu digo Joyce o Sintoma, é que o sintoma, o sim-
por 200 ou 300 anos. Que Joyce seja o escritor por
bólico, ele o aboliu, se é que posso continuar nesse
excelência do enigma não seria a conseqüência da
veio. Não é apenas Joyce o Sintoma, é Joyce como
costura, da junção tão mal feita desse ego de função
tendo cancelado a assinatura do inconsciente”.
enigmática, de função restauradora, de conserto?
“...Toda realidade psíquica, isto é, o sintoma, de-
Quase chegando ao fim desta décima aula de seu
pende, em último termo de uma estrutura na qual
23º seminário, Lacan faz uma breve observação
o Nome-do-Pai é um elemento incondicionado.
sobre as epifanias de Joyce: elas são sempre carac-
O pai como nome e como aquele que nomeia não
terizadas pela mesma coisa, isto é, pela conseqüên-
é a mesma coisa. O pai é esse elemento quarto (...)
cia resultante do erro no nó, a saber, que o incons-
sem o qual nada é possível no nó do simbólico, do
ciente está ligado ao real. Pode ser lido claramente
imaginário e do real.
em Joyce que a epifania faz com que, graças ao
Mas existe uma outra maneira de chamá-lo. É aí
erro, inconsciente e real se enodem.
que, pelo que diz respeito ao Nome-do-Pai, ao grau
E, para concluir este comentário, algumas cita-
em que dele Joyce dá testemunho, eu o cinjo hoje
ções da conferência que Lacan pronunciou no V
daquilo que convém chamar O Sinthoma”.
Simpósio Internacional James Joyce (16/06/1975) com o título “Joyce o Sintoma”. Mas antes lembro a definição que Lacan dará ao sintoma em 1979: um acontecimento de corpo, definição que não se aplica a Joyce, como podemos deduzir a partir das articulações de Lacan referidas antes sobre a escrita do ego. “...dou a Joyce, ao formular esse título, Joyce o Sintoma, nada menos que seu nome próprio, aquele no qual acredito que ele se teria reconhecido na
Silmia Sobreira Comentário da 10ª aula do XXIII Seminário de Jacques Lacan Le sinthome (1975-1976). Fórum da Campo Lacaniano – São Paulo Seminário de Formação Continuada, reunião no dia 03/11/2008
33
Agenda Agosto
1
Outubro
Conferência e lançamento do livro de Antonio Godino Cabas
17
FCL-SP em parceria com Jorge Zahar Editor e Livraria Cultura 10:00hs - Livraria Cultura Conjunto Nacional
15
FCL - Diagonal Epistêmica - Convidada: Daniela Chatelard 9:00h - Contraponto
22
FCL - Diálogo: Literatura e Psicanálise no Cinema Filme: Um copo de cólera - 9:00h - Sede do FCL
24
FCL - VII Fórum no interior: Bragança Paulista
30/31
Encontro da AFCL-Brasil em Joinville Tema: O inconsciente e o Corpo
FCL - Diálogo: Literatura e Psicanálise no Cinema Filme: Hiroshima, meu amor - 9:00h - Sede do FCL
24
Novembro FCL - Conferência mensal- FCCL Convidada: Lígia Cortez - 20h30 - Contraponto
28/29
IF - EPFCL - I Encontro de Escola - Buenos Aires
Jornada de Cartéis da AFCL-Brasil - Joinville
20
FCL - Encontro com o Autor
30
FCL - Conferência Mensal Convidado: Beto Brant - 20h30 - Contraponto
EPFCL - Café Cartel - 9:00h - Sede do Forum
28 FCL - Conferência Mensal - FCCL Convidada: Eliane Robert de Moraes - 20h30 - Contraponto
34
2
Convidado: Christian Duncker - 20:00h - Sede do FCL FCL - Encontro com o Autor Convidado: Maurício Hermann - 20:00h - Sede do FCL
19
Encontro da AFCL-Brasil em Joinville Tema: O inconsciente e o Corpo
Setembro
11
1
Dezembro
5
Jornada de encerramento - horário e local a confirmar
FCL • SP
EPFCL • Brasil
Comissão de Gestão Diretora: Beatriz Oliveira Secretária: Glaucia Nagem de Souza Tesoureiro: Conrado Ramos Coordenadora de FCCL: Sandra Leticia Berta Comissão de Acolhimento e Cartéis: Maria Lúcia Araújo
Comissão de Gestão Diretora: Sônia Alberti Secretária: Georgina Cerquise Tesoureira: Consuelo Pereira de Almeida
Conselho FCCL 2009 Coordenadora das FCCL 2008-2009: Sandra L. Berta Coordenadora das FCCL - 2006-2007: Dominique Fingermann Coordenadora das FCCL 2002-2003: Sílmia Sobreira Coordenadora da Rede Clínica: Ana Laura Prates Pacheco Representante das Atividades das FCCL: Christian Dunker Comissão FCCL Coordenadora: Sandra Leticia Berta Conferências mensais: Christian Dunker Rede Clínica: Ana Laura Prates Pacheco Representante dos módulos de leitura: Silvana Pessoa Comissão de Acolhimento 2009 Coordenadora: Maria Lúcia Araújo Dominique Fingermann Silmia Sobreira Sílvia Barile Maurício Hermann Comissão de Cartéis – 2009 Coordenadora: Maria Lúcia Araújo Glaucia Nagem Heloísa Ramirez Marcelo Checchia
CLEAG - Comissão Local Epistêmica, de Acolhimento e Garantia Ana Laura Prates Pacheco Andrea Brunetto Ida Freitas Vera Pollo Publicações Stylus – Revista semestral Estilete – Boletim semestral Home-page – www.campolacaniano.com.br Publicações disponíveis para aquisição no FCL-SP IF – Internacional dos Fóruns Colegiado dos Representantes da IF (CRIF) do Brasil: Dominique Fingermann Zona francófona: Marc Strauss Espanha: Miquel Àngel Fabra e Lola Lopez Itália: Maria Teresa Maiocchi América Latina Sul: Cristina Toro América Latina Norte: Ricardo Rojas Zona anglófona: Esther Faye Delegados IF em São Paulo Silvia Franco Beatriz Oliveira
Pedidos de informações e acolhimentos devem ser dirigidos à secretaria do FCL-SP pelos telefones (11) 3057-1743 / 3063-3703
Capa: gravura em metal de Norma Mobilon
35
Fórum do Campo Lacaniano • São Paulo Escola de Psicanálise dos Fóruns do Campo Lacaniano • Brasil
Rua Lisboa 1163 Pinheiros - São Paulo - SP Tel.: 11 3063 3703 / 3057 1743 epfcl-forumsaopaulo@campolacaniano.com.br www.campolacaniano.com.br