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Inovação e Empreendedorismo Aliança Universitária E³UDRES²

EasyWay

Adopt4paws

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A aplicação Adopt4paws nasceu de uma ideia pensada para uma unidade curricular da licenciatura em Marketing do Politécnico de Setúbal. Três alunas deste curso – Filipa Gonçalves, Marta Melo e Sandrina Lopes – decidiram criar este projeto que procura combater o abandono animal e sensibilizar para a importância do voluntariado em associações que trabalhem com animais em situações de risco. Depois de alcançar um terceiro lugar no concurso Poliempreende, a Adopt4paws foi integrada na IPStartUp e, em entrevista publicada no portal desta incubadora de ideias do Politécnico de Setúbal, as fundadoras explicam que o principal fator de diferenciação do projeto passa por juntar “a adoção com o voluntariado”, bem como “o facto de ser uma adoção pensada consoante as preferências dos utilizadores”. “ É engraçado ver que uma ideia que surgiu numa unidade curricular está a tornar-se realidade”, explicam, antes de concluir: “Essa é a parte mais recompensadora”.

A EasyWay foi outra das ideias geradas por estudantes do Politécnico de Setúbal. Em específico, o estudante de Contabilidade e Finanças, Ricardo Ferreira, criou uma aplicação inovadora que se propõe a certificar unidades hoteleiras com acessibilidades para portadores com deficiência. Desta forma, é possível facilitar e encurtar o processo de consulta e reserva. Em entrevista ao jornal do Politécnico de Setúbal, o MoveTe, o estudante explica que a ideia surgiu depois da análise de estudos e de estatísticas de várias associações de pessoas portadoras de deficiência.

“A equipa verificou que muitos estabelecimentos que afirmam ser acessíveis a utilizadores de cadeiras de rodas, na realidade não o são”, conta Ricardo.

O projeto representou o IPS na European Innovation Academy (EIA), em 2022, que é considerado um dos maiores programas de empreendedorismo tecnológico do mundo. “Coloquei sempre em prática o conhecimento de quase todas as unidades curriculares que tive até ao momento”, destacou o estudante.

ILiving Labs

O Politécnico de Setúbal é um dos seis parceiros fundadores da Aliança Universitária E³UDRES²

Esta ligação faz com que seja possível oferecer aos estudantes a oportunidade de participar em projetos diversificados a nível europeu. Os estudantes trabalham em equipas internacionais e multidisciplinares, compostas por colegas das várias instituições de ensino superior parceiras. Um dos estudantes integrados neste projeto, Pedro Moura, conta

Bootcamps e Hackathon

que teve a oportunidade de fazer parte de uma equipa que trabalhou o tema da atividade física em pessoas portadoras de deficiência, focando a utilização de tecnologias – nomeadamente uma aplicação – para a promoção do bem-estar destas populações e reforço de laços comunitários: “Sinto que foi uma experiência que me trouxe uma nova forma de ver o trabalho de equipa”. “O facto de ter contactado com novas pessoas, oriundas de várias culturas, de forma intensiva, acabou por estimular o desenvolvimento de novas competências”, acrescenta. Para outro dos estudantes participantes, Carlos Pereira, esta foi “uma experiência muito interessante, pela vivência internacional, pelo conhecimento de várias formas de olhar para o mesmo problema, e pela experiência que está para além dos manuais”.

Outra das oportunidades oferecidas aos estudantes, no âmbito da Aliança Universitária E³UDRES², é a participação em bootcamps e hackathons. “Esta é a oportunidade perfeita para te tornares parte ativa na conceção do futuro da Europa”, destaca a organização destas ações. Os estudantes participantes são acompanhados por mentores e peritos, que os apoiam no desenvolvimento de uma ideia com recurso ao design thinking – do problema até à criação de solução com impacto. Rodrigo Costa, a frequentar o mestrado em Engenharia e Gestão de Energia na Indústria e Edifícios, foi um dos estudantes que participou nestas ações da E³UDRES², tendo viajando até Hasselt, na Bélgica, em abril deste ano. Durante uma semana, foi desafiado a refletir sobre talento e propósito, trabalhando com outros estudantes e mentores de vários países. “Achei que foi uma experiência muito inspiradora”, conta o estudante, que diz ter retirado muitas mais-valias “do contacto com outras mentalidades, culturas e formas de pensar”. “Esta vertente é um complemento muito importante ao que aprendemos na sala de aula – temos a oportunidade de partir à aventura, apostando na inovação e procurando um propósito”, conta, concluindo com um apelo aos estudantes: “Não tenham receio de procurar estas experiências”.

Praia para Todos

Durante o verão, os estudantes do IPS apoiam pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida a aceder às praias, no âmbito dos projetos “Praia para Todos”, em Setúbal, e “All and One”, em Sesimbra”. As tarefas dos estudantes vão da disponibilização de equipamentos (como cadeiras anfíbias que facilitam o acesso à água e sinalética) ao apoio assistido durante o banho de mar, passando pela realização de atividades de lazer. O estudante da licenciatura em Fisioterapia, Gonçalo Nogueira, é um dos participantes e conta que esta tem sido uma experiência “muito gratificante”. “É um gesto simples e fácil de executar, que faz muita diferença na vida das pessoas”. “Conseguimos ver a felicidade daqueles que ajudamos”, conclui.

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