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Cinema e TV Tudo sobre Sweet Thooth

Sweet Tooth. Um conto de fadas, depois do apocalipse

A nova aposta da Netflix tem estreia marcada para 4 de junho. Sweet Tooth tem produção executiva de Rober Downew Jr. e é uma adaptação da banda desenhada que já foi descrita como “uma mistura entre Bambi e Mad Max”.

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Robert Downey Jr. é indiscutivelmente uma das grandes estrelas do universo cinematográfico da Marvel (MCU). Afinal de contas, há já 13 anos que o ator americano dá vida a Tony Stark, o excêntrico milionário que é também “O Homem de Ferro”. Contudo, o mais recente trabalho do ator americano está integrado no universo da DC Comics, ao produzir a série Sweet Tooth, uma adaptação de uma

banda desenhada com o mesmo nome, criada em 2009 por Jeff Lemire. “Percebemos que existia uma abrangência emocional enorme para contar histórias”, conta o ator, num vídeo promocional da série, explicando o porquê de ter dito “sim” ao desafio. A adaptação é a aposta mais recente da Netflix no mercado de adaptações do mundo dos comics, uma fórmula que já lhe rendeu sucesso em casos como o de The Umbrella Academy. Sweet Tooth, contudo, não será a história de super-heróis convencional. A série conta a história de Gus, um jovem num mundo pós-apocalíptico, e não se pode dizer que tal premissa seja propriamente inovadora. A principal diferença estará no facto do protagonista ser metade criança... metade veado – uma consequência de uma pandemia causada por um vírus desconhecido. Depois de conhecer um nómada solitário chamado Jepperd, Gus percorre o que resta de um mundo pós-apocalíptico, buscando respostas às questões que tem sobre o seu passado. Estas características tem levado a que “a série seja descrita por alguns como uma mistura entre Mad Max e Bambi”. Este inesperado cruzamento poderá refletir-se também nos temas presentes na adaptação televisiva. De acordo com um dos produtores-executivos, Jim Mickle, o objetivo passou por criar “uma série que ofereça um escape e uma aventura” e que, graças à ligação à natureza, faça o espectador “sentir-se num conto de fadas”. Por outro lado, acrescentou, esta é também uma história distópica, à semelhança de Mad Max, ainda que “com a novidade de ser exuberante e esperançosa”. “Esta é uma série sobre o que constrói uma família, sobre o que um lar significa e sobre porque é importante ter fé na humanidade”, concluiu.

Sabias que…

A banda desenhada Sweet Tooth, criada por Jeff Lemire, foi publicada entre 2009 e 2013, sendo que uma sequela começou a ser publicada no final do ano passado. O autor inspirou-se nas paisagens do condado de Essex, no Canáda, onde viveu parte da sua vida.

Jovens em palco para pensar a revolta

“O que vamos fazer com a revolta” sobe a palco, no Museu do Aljube – Resistência e Liberdade, em Lisboa, de 3 a 6 de junho. Uma produção do Teatro Nacional D. Maria II (TNDMII), o espetáculo é encenado por Sandro William Junqueira e está integrado no projeto K Cena, contando com um elenco composto por 13 jovens atores.

“Estar alerta não basta: é preciso fazer qualquer coisa com

a revolta”. A frase é uma das seis que apresentam o novo espetáculo integrado no projeto K Cena e que é construído a partir de A quinta dos animais, de George Orwell. O elenco

é constituído exclusivamente por

jovens atores, com idades compreendidas entre os 14 e os 18 anos. Juntos, estes jovens vão lançar um olhar “não apenas para os que dominam, mas sobretudo para os que são dominados”, num contexto em que “o surgimento de novas formas de totalitarismo é demasiado real nos dias de hoje”. É desta forma que se apresenta O que vamos fazer com a revolta, espetáculo que estará em cena no Museu do Aljube- Resistência e Liberdade, de 3 a 6 de junho, e que faz parte do K Cena – um projeto lusófono de teatro jovem que se desenvolve no Teatro Nacional D. Maria II, no Mindelo (Cabo Verde), em Salvador da Bahia (Brasil), São Tomé e Príncipe e no Teatro Viriato, em Viseu. Cada um destes polos do K Cena tem “a sua seleção e projeto”, sendo que todos

“partilham o mesmo tema de partida, num verdadeiro espírito

democrático”, explica o TNDMII, no seu site. Em 2020, por exemplo, a mesma obra de Orwell que inspira O que vamos fazer com a revolta levou à construção de um vídeo-espetáculo apresentado no Teatro Viriato, entre 25 e 30 de outubro. A peça encenada por Graeme Pulleyn focou dois capítulos de A quinta dos animais. “Todos os encenadores envolvidos acharam que este era um livro particularmente interessante para os nossos tempos e que reflete bem uma das nossas preocupações: a relação dos jovens com a

democracia e com as tendências mundiais dos regimes autoritá-

rios”, disse o encenador ao portal Gerador, explicando que a obra de Orwell permite “perceber que a

democracia não é um dado adquirido, é algo que temos sempre

de defender”. O K Cena começou no Teatro Viriato, há cerca de dez anos, com uma edição centrada na região de Viseu. Na edição seguinte, em 2012, o projeto foi alargado a outros países lusófonos, definindo como objetivo

“estimular o gosto pela escrita e interpretação teatral, promovendo a valorização da língua portu-

guesa”, explica o Teatro Viriato, no seu site. Reconhecer a língua por-

tuguesa e o Teatro “como veículos de desenvolvimento da identidade e do enriquecimento pessoal e in-

terpessoal” são igualmente metas da iniciativa.

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