Revista 04 Fotomaniacos - Set.2012

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P H O T O

M A G A Z I N E

Nยบ4

Mai/Jun/Jul 2012

BIO GR AFIA Maria Isab e l Cla r a ENTR EVISTA R o d rigo d e M a tos


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Tire o “S” da CRISE e CRIE “Fotografar é tão fascinante que se torna num testemunho.” é o mote que o grupo de Fotografia no Facebook - Fotomaníacos apresenta a todos aqueles que o contactam diretamente ou chegam por sugestão de amigos e outros entusiastas, e que têm ajudado a construir o grupo que vivemos hoje. Foram muitos e criativos os contributos dos vários membros que se juntaram ao membro fundador número 1 - Paulo Serrano, que com obstinação, espírito empreendedor e inovador apresentaram ideias que desenvolveram com fulgor e espírito de iniciativa... Os seus legados projetaramse em novas ideias e propostas que têm sido testadas ao longo do tempo. Foi criado o perfil no

youtube -...surgiram-se as entrevistas a fotógrafos consagrados do grupo, tendo o primeiro trabalho jornalístico sido apresentado por Judite Coquenão Pires ao fotógrafo Ricardo Teixeira Simões, e o segundo trabalho orientado pelo Valdemar Traça a Anita Nunes, ambos no site www.youtube.com/user/fotomaniacos sem esquecer os clipes fotográficos elaborados com base nos concursos fotográficos realizados. Mas o grupo Fotomaníacos não se esgotou nestas iniciativas. Foram elaborados “Books Fotográficos” constituindo pequenas coletâneas de trabalhos partilhados no Fotomaníacos pelos autores que mais se destacaram num determinado período.

Mercê das vontades amadoras e da conciliação entre as vidas profissionais, pessoais e do Fotomaníacos, levam-nos a repensar as atividades do grupo, a sua diversidade e periodicidade. Gostaríamos certamente de ser um grupo “non-stop”, um grupo que com regras simples possa contar com a colaboração de todos. E a colaboração de muitos dos seus membros não é uma miragem; existe de facto. Só nos podemos congratular com a adesão e participação dos nossos Fotomaníacos regulares, apesar da enorme profusão de grupos de Fotografia no Facebook, com as suas características e regras específicas. Por que a Fotografia é uma paixão, uma arte, uma vivência, forma de expressão, de partilha,


EDITORIAL

de sentimentos, de cor ou de penumbras, de sobrexposições ou de resquícios de luz, porque os grupos são partilhas, são divulgação, são demonstração das nossas artes individuais, nem sempre as normas de funcionamento de cada um dos grupos são devidamente identificadas e respeitadas... Todos nós caímos na tentação de fazer pequenas regras, mas tal iniciativa provocaria a curto prazo a duplicação de ações entre os perfis individuais e os dos grupos. No Fotomaníacos, temos e pretendemos com tolerância e compreensão aferir procedimentos em função de ações comuns, apesar da dificuldade de alguns membros se adaptarem a esta realidade.

Enaltecemos a colaboração de todos os membros, nomeadamente pela partilha das suas fotografias em pasta individual com o nome do membro - uma pasta por cada utilizador; eliminação da promoção pessoal através de links para fora do Fotomaníacos e o respeito pelas normas de funcionamento deste grupo. A interação cordial e assertiva em que se privilegia a partilha de saberes, o comentário aos trabalhos de cada autor, a partilha de técnicas de ação e pós-produção tem sido e continuará a ser a grande maisvalia deste grupo. E porque não terminar de forma divertida e descontraída este editorial?

Aqui vamos nós para mais um exemplar...o tal tão esperado... isso...a Revista Fotomaníacos Nº4! Para todos vós, para vos dar alegrias depois de mais austeridade, em que nos roubam mais uma vez, como diz na canção do Gabriel O Pensador “Até Quando?”... chegámos nós que não tiramos... aqui vos damos e voltaremos a dar...E será que vocês irão aguentar?! Novidades seguir-se-ão neste nosso dia-a-dia Fotomaníacos... contamos com todos vós e nós, também em www.fotomaniacos.weebly.com num qualquer computador perto de si.

Administração: Gonçalo Porfirio José M G Pereira Judite Coquenão


Índice

04 Editorial 06 Índice 09 Fotos vencedoras 30 Entrevista

Rodrigo de Matos é o fotógrafo de Moda em destaque.

46 Fotos da Semana 65 Biografia

Maria Isabel Clara

83 As Escolhas dos

Administradores

6 FOTOMANÍACOS

Fotografia na capa: Pedro Carmona Santos


Paginação e Grafismo Gonçalo Porfirio Texto e Reportagem Judite Coquenão Pires José M G Pereira Gonçalo Porfirio A Coordenação Gonçalo Porfirio José M G Pereira Judite Coquenão Pires Fundador Paulo Serrano

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FOTOS VENCEDORAS


Bruno Ramos - “Os Caminhos da Mente”



Roseliane De Pace - “Vai encarar?”


Judite Coquenão - “The falling of a drop”


José M G Pereira - “Rotinas da mizarela”



Cláudio Prisco - “Pescador de sonhos”



Anita Nunes - “Mas que calor!!!!!”




Gonçalo Porfírio - “Mini chair alone...”


Roseliane De Pace - “Entre Lençóis”




Judite Coquenão - “Os três...pincéis”


José M G Pereira - “Nascer do círculo”



Rui Silva - “Impacto”



Rodrigo de Matos

Equipamento: Nikon D80 70-200 f/2.8 50mm f/1.4

N

atural de Lisboa, nasceu em janeiro de 1985 e desde os 13 ou 14 anos de idade, teve a sorte de ser ensinado na arte da fotografia pelo seu pai, alguém que não é fotógrafo, mas que já o foi e cujos conhecimentos fotográficos que muito admira. Mais tarde, obteve o curso de fotografia do instituto português de fotografia e a partir daí dedicou-se de forma mais séria a esta arte. O desafio de captar variadas expressões, controlar a luz de forma a esta poder dar-nos diferentes ambientes, sensações e emoções e por fim o saber que pode sempre melhorar, fascina-lhe dia após dia.


Entrevista Rodrigo de Matos Texto: Gonçalo Porfirio . Fotos: Rodrigo de Matos

Gonçalo Porfirio - Porquê e quando começaste a gostar de fotografia? Rodrigo de Matos - Desde muito pequeno, o meu pai tinha trabalhado como fotógrafo, o meu avô paterno trabalhou como fotógrafo e “a coisa” fluiu naturalmente, tínhamos (e temos) uma bela e analógica Nikon f2, umas objectivas velhinhas e assim fui gastando rolos de película. Foi por volta dos meus 12 ou 13 anos que o meu pai me começou a fazer uma “lavagem cerebral” com a velha história da abertura, do tempo de exposição, da sensibilidade das películas e de como dar a volta à luz controlando esses parâmetros. GP - Porque decidiste ser fotógrafo de moda? O que mais te chamou atenção nessa área? RDM - Por duas razões, a primeira é porque sem saber muito bem porquê, o que sempre me fascinou foi a fotografia a pessoas, o retrato, a possibilidade de inventar, as variadíssimas formas de iluminar e o total controlo sobre a luz, ao contrário da fotografia a paisagem, em que já que não podemos mandar “flashadas” aos Alpes, o departamento de iluminação fica da inteira responsabilidade do sol,

menos parâmetros para controlar, logo menos piada (eheheh). A segunda razão é que com 13, 14, 15 anos de idade, não tinha grande facilidade em arranjar modelos, então fotografava paisagens e objectos e assim foi até aos meus 20 anos aproximadamente. Assim acho que “enjoei” um bocadinho esse tipo de fotografia. GP - Qual foi a experiência fotográfica que te marcou? RDM - Humm… Sinceramente acho que nenhuma em concreto me tenha marcado mais que outras, mas considero que todas elas me tenham marcado um bocadinho. Acho que não consigo fazer, nem nunca fiz nenhum trabalho fotográfico que me deixe sem uma história caricata para contar. Desde cair em buracos, cair do cimo de uma árvore, ser atropelado, ser perseguido por um tratador de cavalos que me queria bater, ser literalmente engolido por uma onda… são tudo coisas que me aconteceram e algumas que ainda acontecem com frequência enquanto fotografo (ossos do ofício).

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GP - O que é uma boa fotografia de moda? RDM - Para mim, uma que consiga reproduzir com fidelidade as capacidades do modelo, que consiga mostrar convenientemente o produto em questão (é para isso que o cliente nos paga) e na minha “retrógrada” opinião pessoal, uma fotografia com luz correcta, com cores correctas e com enquadramentos correctos, sem aquelas “modas” actuais de fazer difusos contra-luz cheios de “flares”, acrescentar grão no photoshop e as manias do “cross-processing” que geralmente fazem com que o céu fique verde, o modelo fique amarelado e as sombras azuis ou roxas… isso há uns anos acontecia-me com películas fora de prazo e algumas de má qualidade, e deixava-me verdadeiramente chateado. GP - Existe alguma coisa que não fizeste e que queres fazer na fotografia de moda? RDM - Fazer sempre diferente, inventar e improvisar, geralmente é assim que penso. Claro que tenho ideias para portfólio pessoal, algumas a ver em breve outras provavelmente para um futuro não tão próximo.

GP - Quais são os fotógrafos que te servem de inspiração? RDM - Sinceramente e sem estar a querer ser arrogante, nenhum. Por uma razão muito simples, sou mau para decorar nomes, então sei nomes de muito poucos fotógrafos que não sejam meus amigos pessoais. Não sigo os trabalhos de nenhum fotógrafo em particular, mas obviamente todos os dias vejo bons trabalhos e muito boas fotografias de fotógrafos portugueses ou estrangeiros. As fotos que vejo, o tipo de luz e algumas ideias, certamente que já me influenciaram e me serviram de inspiração, mas muitas vezes não as associo a nomes. Digamos que por vezes é uma espécie de prova cega, vejo, aprecio mas não olho para a marca. É bom porque muitas vezes vemos fotógrafos amadores com equipamentos fraquinhos a fazer fotos tão boas ou melhores que grandes fotógrafos reconhecidos, e assim não os subvalorizamos só por não terem “o nome” que outros têm.





GP - Qual foi o trabalho de moda mais difícil que já fizeste? RDM - Talvez um em que usei 3 flashes em exterior e o assistente baldou-se à última da hora, ou um de publicidade, quando fotografei a apresentadora Sílvia Alberto no meu estúdio e tinha o estúdio tão cheio de gente que quase não me conseguia mexer lá dentro.

Preocupa-te mais com a fotografia do que com a edição, o Photoshop é bom, mas não é nenhuma santa milagreira. Fixa-te em algumas regras de iluminação e depois começa a inventar a teu gosto a partir dessas regras. É bom quebrar as regras, mas para fugires delas tens de as conhecer primeiro. Boa sorte.

GP - Quais são os teus projectos futuros? RDM - Totalmente indefinidos, espero continuar como tenho feito até aqui, melhorar, ter mais oportunidades e mais trabalhos. A nível pessoal, tenho algumas ideias para portfólio, mas não adianto nada, fiquem atentos.

GP - Queres deixar algum site onde possam ver os teus trabalhos? www.rodrigodematos.com ou, www.facebook.com/rodrigodematos

GP - Deixa uma mensagem para quem está iniciar na fotografia de moda. RDM - Não copies, mantém-te original, não faças o que toda a gente faz só porque está na moda, improvisa.





FOTOS DA SEMANA


Milena Seita - “My Oblivion”


Maria Lázaro - “Silhuetas na praia”


“(...) É esta a hora em que o tempo é abolido E nem sequer conheço a minha face” Sophia de Mello Breyner Andresen



Josefina Melo - “Skater”



Milena Seita - “Alentejo Blue”


Sandro Porto - “Música na Rua”



Jc Duarte - “Quarenta e três segundos”


Quarenta e três segundos. Provavelmente, e se tiver paciência, gastará mais que isso para ler estas linhas. O que, em termos de consumo de texto na internete, já é uma boa média. Se acontecer ler tudo até ao fim, o mais que lhe pode acontecer é ficar com a sensação que perdeu tempo com um texto inútil, ou quase, que nada com ele aprendeu e que mais valeria ter passado a outras páginas ou foto, quiçá mais interessantes ou bonitas. Como de costume naquilo que aqui vou pondo, esta imagem não possui um texto sobreposto. As letras que lhe acrescento são externas, deixando que a imagem fale por si mesma. Mas sendo certo que não sou grande fotógrafo, a imagem é fracota, pelo que tenho que recorrer às palavras para que a mensagem seja completa. Se já chegou a este ponto da leitura, e se foi rápido a fazê-la, talvez tenha gasto um pouco mais que metade dos tais quarenta e três segundos. Talvez trinta. Faltam, assim, treze segundos para esgotar o tempo previsto inicialmente. Porquê esse tempo exacto de quarenta e três segundos? Porque não quarenta ou cinquenta segundos? Fácil! Quarenta e três segundos foi exactamente o tempo que demorou entre o ter sido libertada e o ter explodido, 600 metros acima do solo, a primeira bomba atómica usada para matar gente. Em Hiroshima. Há precisamente 67 anos atrás. Você gastou quarenta e três segundos e nada aconteceu. Naquele dia, após quarenta e três segundos, bem mais de uma centena de milhar de pessoas morreram. O julgamento da história ainda se está por fazer que, entre as críticas discretas e as justificações bélicas, ninguém tem coragem de formalmente chamar àquele acto de guerra uma chacina ou assassínio colectivo. E só levou quarenta e três segundos a cair. Menos que o tempo que você gastou a ler este texto, caso tenha chegado até aqui. Jc Duarte



Milena Seita - “La vie en rose”



Josefina Melo- “O anel dos Nibelungo�



Luis Leitão - “Lanchando…”


O grupo do Facebook que reune o Melhor da fotografia Amadora www.facebook.com/groups/fotomaniacos


Biografia Maria Isabel Clara

M

aria Isabel Clara nasceu em Abrantes em Setembro de 1965. Descobriu o fascínio da fotografia em 2008 quando adquiriu a sua primeira máquina fotográfica (digital), uma “bridge”, com visor eletrónico. As primeiras fotografias foram determinantes para que viesse a abraçar a fotografia como uma forma de expressão pessoal. Cedo trocou a sua primeira câmara por uma reflex. Encontra na fotografia uma forma de transmitir o seu modo de ver o mundo, espelhando nelas as suas emoções. É uma forma de terapia interior de encontrar a tranquilidade necessária ao seu equilíbrio emocional, aliada à constante busca da técnica para captar a melhor luz e a mais eficaz composição. A partir de 2011 viu alguns dos seus trabalhos publicados em revistas nacionais da especialidade. A partir daí já participou em várias exposições coletivas e individuais e obteve várias distinções em concursos de fotografia.


Caminhos de sal



Neblinas do amanhecer



Paraisos secretos


Reflexos do meu lugar



Pontes vividas


Caixinhas de som


M達os que falam


Vozes do mar



Mem贸rias guardadas




Nas vozes do vento



AS ESCOLHAS ADM’s


Luis Leitão - “Despenteada”



Sofia Carvalho - “Silent Melody”


Cláudio Prisco - “Conquista”


Mário Fonseca - “Admirável...”


Filipe Fernandes - “Zona Zen”



Cláudio Prisco - “Gato escondido com o rabo de fora”


Filomena Ladeira - “Devoção”


Maria Lázaro - “Concentrated”


Chhhhhhh “Quando os nazis levaram os comunistas, eu calei-me, porque, afinal, eu não era comunista. Quando eles prenderam os sociais-democratas, eu calei-me, porque, afinal, eu não era social-democrata. Quando eles levaram os sindicalistas, eu não protestei, porque, afinal, eu não era sindicalista. Quando levaram os judeus, eu não protestei, porque, afinal, eu não era judeu. Quando eles me levaram, não havia mais quem protestasse”

Martin Niemöller


Jc Duarte - “Chhhhhhh”



Luis Leitão - “Carril para lado nenhum”


João Vaz Rico - “Zip”


Luis Borges Alves - “Debod Temple”


João Mac Santos - “As cores da manhã”



“Não fazemos uma foto apenas com uma câmara. Ao ato de fotografar trazemos todos os livros que lemos, os filmes que vimos, a música que ouvimos, as pessoas que amamos.”

Fotomaníacos © 2012

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