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Atividades paralisadas
from A Banqueta 662
by Fred Sarti
Sem Declaração de Regularização Operacional, planta do Queiroz está sem produção metalúrgica e de ácido sulfúrico, desde dezembro de 2022.
Sindicato dos Mineiros identifica risco de demissões e trabalha para contornar o problema
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As atividades do Complexo do Queiroz, de propriedade da AngloGold Ashanti, localizado no bairro Galo, em Nova Lima, estão com as atividades paralisadas desde dezembro do ano passado A Agência Nacional de Mineração (ANM) ainda não aprovou a Declaração de Regularização Operacional apresentada pela mineradora Apesar disso, a empresa garante que suas estruturas estão estáveis e que, no momento, realiza apenas a produção de ouro na fundição, sem depositar rejeitos e efluentes nas barragens do Queiroz A planta possui cerca de 300 empregados diretos e, atualmente, as equipes trabalham direcionadas às ações de manutenções, melhorias e antecipações de atividades programadas Apesar da mineradora não tocar no tema de demissões, o Sindicato dos Mineiros identifica o risco
Empregos
Esta semana completa 30 dias que a planta do Queiroz está com as atividades paralisadas e, com isso, o risco de demissões é real, mesmo com a empresa sem levantar essa alternativa, conforme avalia o presidente do Sindicato dos Mineiros de Nova Lima e Região, Marcelino Edwirges. “Procurei a direção da AngloGold e mostrei a ela a importância dos empregos para os trabalhadores. Sugerimos que a mineradora adote todas as alternativas, como férias vencidas e coletivas, dentre outras questões, até que se consiga regularizar a situação, antes de se pensar em qualquer demissão”, afirma Marcelino.
Atividades pausadas
A AngloGold Ashanti confirma que o depósito de rejeitos nas barragens do Queiroz está pausado Também detalha que a parada temporária envolve as atividades metalúrgicas, além da produção de ácido sulfúrico Já a produção de ouro, na fundição, mantém-se. Segundo a empresa, a planta do Queiroz possui cerca de 300 empregados diretos Com as atividades pausadas, os funcionários da localidade foram alocados para outras funções, como ações de manutenções, melhorias e antecipações de atividades programadas.
Reunião com trabalhadores
trabalhadores Mas pude constatar, desde o primeiro momento, e garanto para os trabalhadores, que as estruturas estão 100% estáveis”, enfatiza o presidente
Regularização
Segundo a mineradora, é preciso regularizar a Declaração de Condição Operacional, que ainda está em análise na Agência Nacional de Mineração (ANM), mas ela também garante que as estruturas estão seguras, estáveis e ressalta que nenhuma das barragens possui qualquer trinca, dano ou sinal de comprometimento estrutural “Vale ressaltar que a empresa implementou ações de aumento da segurança como instalação de novos piezômetros, rebaixamento do nível de água e reforço no sistema de bombeamento nas barragens do complexo. Além disso, trabalha em ações de melhoria como o novo extravasor, entre outras”.
Sem depósito de rejeitos
Na tarde dessa quarta-feira (25), o Sindicato dos Mineiros reuniu com representantes dos trabalhadores da planta do Queiroz e constatou que, realmente, a mineradora tem adiantado as atividades de manutenções como, por exemplo, em alto forno “O restante da produção está totalmente paralisada Realmente, a mineradora não tem depositado rejeitos nas barragens e ela tem transferido os trabalhadores da produção para a área de manutenção Mas isso é temporário Daqui a pouco, já não haverá mais trabalho de manutenção Com isso, a nossa preocupação é que, em seguida, possa haver demissões. Sendo assim, precisamos achar uma alternativa para que a planta do Queiroz volte a produzir”, diz Marcelino
Segurança
A primeira preocupação foi com a segurança dos mineiros, segundo o presidente, ao ter notícias, ainda em 2022, sobre a paralisação das atividades no Queiroz “Fui, na mesma hora, visitar in loco a planta para saber sobre a segurança das barragens. Depois de tudo que aconteceu no setor, a nossa primeira preocupação é sempre com a vida dos
A Declaração de Condição de Estabilidade (DCE) foi emitida por consultoria externa e entregue para análise da ANM, conforme afirma a mineradora, mas ainda falta outro documento “Dentro do processo de gestão de barragens, a empresa também trabalha para a regularização da sua Declaração de Condição Operacional (DCO) Até que os processos estejam concluídos e aprovados, a mineradora permanece sem depositar rejeitos e efluentes nas barragens do Queiroz”, explica.
Apoio do Poder Público
O presidente do sindicato afirmou que tem informações que a capacidade de armazenamento das minas de propriedade da empresa tem ficado comprometida “A mineradora, então, tira o minério das minas, e estoca, por exemplo, em Lamego e Cuiabá Se a capacidade de armazenamento das minas ficarem comprometidas, o que fará com seus trabalhadores? Então, funcionários de outras plantas, não só do Queiroz, correm risco de ficar sem emprego Não temos uma data certa para a aprovação da declaração Esperamos que seja rápido, mas é difícil. O município tem que estar a par disso, aproximar mais das pessoas que precisam da manutenção de seus empregos, conversar com o sindicato. Se não agirmos em conjunto, acontecerá conosco o que aconteceu em 1995, quando a mineração parou, mais de 5 mil trabalhadores foram demitidos e o município não estava preparado para isso”, finaliza, preocupado, Marcelino
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Dano ao patrimônio