Revista F | Ano 5 | 2019 | n.7

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Edição VII - Ano V

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EDITORIAL

Para valorizar o presente e o futuro, respeite o passado

Os museus estão mais vivos do que nunca. Buscando esta vitalidade, a equipe da Revista F percorreu os principais museus de Curitiba, e alguns virtuais, e trouxe, nesta edição, uma amostra de cada um deles. São museus na região central, mas também nos bairros, com acervos mais específicos, como o da Gravura e o Memorial Árabe, ou ainda de relevância internacional, como o Museu Oscar Niemeyer - um dos pontos turísticos mais importantes da cidade. Além disso, visitamos também o Museu Indígena, o Muma e outros. Nosso Especial Museus é um convite para que nosso leitor visite os museus, pois nossa história está lá. A proposta é valorizar nossa história e cultura, cujos traços são percebidos nos objetos, documentos e quadros. Isso porque acreditamos que uma sociedade que compreende e respeita seu passado é mais ciente e lúcida de seu presente e de suas possibilidades de futuro. Além disso, na seção Entre-vistas e no Perfil nós trazemos histórias de mulheres inspiradoras, no empreendedorismo e no mundo artístico. O Brasil De Todos Os Cantos traz diversas reportagens que contam um pouquinho do nosso país. O ensaio Atente-se chama atenção àquilo que pode passar despercebido todos os dias: placas, avisos e sinalizações pelas quais nos orientamos todos os dias. Marcia Boroski

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Ella, um toque aveludado na pista

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REVISTA F

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Brasil de todos os cantos

Guardamos o passado para compreender (e inspirar) o presente

Wicca e suas origens

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Cada país tem a Gaga que merece

Atente-se

Outra Face

Expediente

SUMÁRIO

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FALANDO EM IMAGENS

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Wicca e suas origens Texto e fotos: Icaro Couto

Conhecida como uma religião xamânica moderna baseada em rituais pagãos antigos, e chamada atualmente de bruxaria, a Wicca faz parte do neopaganismo, denominação na qual se enquadram os grupos que acreditam em crenças europeias anteriores ao cristianismo, como a religião celta. Suas origens remontam aos antigos cultos celtas e ao druidismo (apesar de atualmente as duas religiões serem um pouco diferentes uma da outra). O nome Wicca teria origem no inglês antigo, e seu significado representa o homem que pratica bruxaria, enquanto wicce é a palavra no feminino para identificar a mulher que tem as mesmas crenças e práticas. O termo bruxaria em inglês é witchcraft, e modernamente as bruxas são identificadas como witch, e os bruxos, wizards. Autoridades como Alex Sanders referem-se a Wicca como a religião natural, "a mais antiga do mundo". É muitas vezes referida como Witchcraft (em português: "bruxaria") ou the craft por seus seguidores, que são conhecidos como wiccanos ou bruxos. Suas origens residem na Inglaterra no início do século XX, mas foi popularizada nos anos 1950 por Gerald Gardner, que na época chamava a religião de "culto às bruxas" e "bruxaria" e seus seguidores "a Wicca", apesar de a palavra "bruxaria" abranger um círculo bem mais amplo e universal de

práticas mágicas do que o englobado pela religião wiccana. A partir de 1960 o nome foi formalizado para "Wicca". Aileen Daw, 31 anos, pesquisadora em reprodução animal, é bruxa iniciada, dedicada e co-fundadora do Coven (que significa grupo) Labirinto das Sombras, o qual faz parte da Tradição Caminhos das Sombras da qual ela também faz parte. Antes de se tornar wiccana, Aileen contou que frequentou alguns eventos da Igreja católica, mas nunca foi assídua e sempre questionou muitos dos dogmas. “Nos últimos dois anos antes de começar a praticar Wicca, eu já considerava que tinha a minha própria religião”, salienta a bruxa. Daw relata que, apesar de seus são quase 13 anos de dedicação e mesmo tendo um status de autoridade em seu grupo, nunca deixou de estudar e buscar aprender mais. Sendo uma religião de cunho politeísta, de culto basicamente dualista, crê tradicionalmente na deusa tríplice e no Deus cornífero, ou religião matriarcal de adoração à deusa mãe. Estas duas divindades são muitas vezes vistas como faces de uma divindade maior, ou que se manifestam como várias outras divindades. A Wicca também envolve a prática ritual da magia, em grande parte influenciada pela magia cerimonial do seu passado celta. 7


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ENTRE-VISTAS

Ella, um toque aveludado na pista Texto e fotos: Clarissa Foester

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A música eletrônica, gênero que se estima ter origens datadas antes mesmo de 1800, é um dos gêneros musicais que mais cresceu nos últimos anos e no Brasil, sua popularidade vem aumentando cada vez mais. A cena é marcada pela multiplicidade de estilos, e um dos destaque do cenário atual é o house. Buscando uma forma nova de explorar o gênero, a DJ curitibana e estudante de Publicidade e Propaganda no UNINTER, Ella Rossetto, conhecida como Discowoman - seu nome de guerra nas pistas da cidade e do país - abriu as portas do seu projeto Velvet Records para nossa reportagem. Em entrevista, contou os detalhes do projeto e o que espera para o futuro.

Revista F: O que é a Velvet Records? Ella: Ela pode ser vista tanto como uma gravadora quanto como um selo para lançar artistas independentes ou de pouca popularidade na cena. Através dos nossos podcasts, os quais são um set feito pelo DJ convidado, divulgamos o material para o público atrás da atenção. Também fazemos festas e parcerias com outros movimentos ou também com casas de show tanto de Curitiba tanto de outros estados para estar divulgando o trabalho da empresa. RF: De onde veio o desejo de criar a Velvet Records? Ella: A ideia de criar o Velvet surgiu em 2015. A tradução da palavra ‘’velvet’’ em inglês é veludo, e o nome me soou atrativo e passa exatamente o que eu procuro fazer na música, um toque aveludado e diversificado nas pistas.

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RF: Quais foram os maiores empecilhos para dar o pontapé inicial? Ella: A falta de parcerias, desenvolvimento financeiro e achar pessoas que se encaixassem no perfil que procurava para trabalhar comigo foram as minhas principais dificuldades para dar início à Velvet. RF: Vocês abriram as “portas’’ em meados de novembro. Como foi esse período de ano de 2018 para o início da empresa? Ella: Nossa primeira participação em um evento foi no mês de novembro, dia 10, data em que também estava ocorrendo o EOL Festival (Elements Of Life), festival que teve origem na Flórida, EUA, com inúmeras edições populares e que acabou migrando para o Brasil. Tivemos um feedback super positivo do público. Nosso evento foi no Camaleão Cultural e contava com o line-up composto por mim, Discowoman, pelo Giovanni Acosta (Grave Medio & Agudo), Sinapses, Sol-ar, Pepe e Olivenbaum, em sua maioria DJs da HIATO, agência na qual fui contratada recentemente. O principal foi que a proposta da Velvet foi bem aceita pelo público e novos convites para eventos foram surgindo durante o ano. RF: Quais são os planos para o futuro? Ella: Como estamos começando a ter muitas collabs, nossa ideia é trazer artistas de fora da cidade para a nossa festa de um ano, além de que iremos participar de muitos eventos, aqui em Curitiba e em outras cidades. Também vão entrar novos integrantes para a equipe. Muitas coisas boas vão acontecer no nosso futuro, principalmente em 2019, então não vou dar tanto spoiler (risos).

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Guardamos o p 14


passado para compreender (e inspirar) o presente ESPECIAL MUSEUS 15


ESPECIAL MUSEUS

Texto: Ivone Souza 16

A palavra museu é de origem grega e significa templo das musas. Desde Alexandria, durante o século II a.C., já era utilizada para designar um local destinado aos estudos das artes visuais e ciências. Os museus modernos foram criados no século XVII, a partir de doações e peças provenientes das colonizações. No mundo, o primeiro museu público criado foi o Museu do Louvre, localizado na França, que foi criado em 1793. No Brasil, o Museu do Instituto Arqueológico Histórico e Geográfico Pernambucano, foi o primeiro, inaugurado em 1862, na cidade de Pernambuco. Desde então, já são milhares deles espalhados por todo o Brasil. Curitiba, uma cidade de mais 326 anos, abriga uma grande diversidade deles. Essa multiplicidade temática se expressa nos acervos, mas também arquiteturas distintas, originárias de diferentes povos como no Museu Árabe, no do Holocausto, no do Expedicionário e no Museu Oscar Niemeyer. Os museus exercem um papel de grande relevância na sociedade, pois é por meio deles que podemos estudar com objetos do passado, que influenciam tanto no presente quanto no futuro. Além disso, é uma importante preservação da memória da cultura de um povo e de uma época. Pensando nisso, a Revista F traz o Especial Museus, com alguns localizados na cidade de Curitiba e outros virtuais. Boa visitação!


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O primeiro museu particular dedicado à cultura indígena no país

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O Museu de Arte Indígena (MAI) foi inaugurado em 2016 e é o primeiro museu particular do Brasil dedicado à produção artística dos indígenas brasileiros. São cerca de 700 peças que propõem uma imersão à cultura. O local é dividido em dois ambientes que representam a terra e o ar. Neles, os visitantes poderão explorar, além do sentido da visão, o olfato e a audição. No local existe um espaço em forma de oca construído com a mais recente tecnologia de climatização, no qual o visitante poderá assistir vídeos relacionados ao ambiente. O espaço recebe em média 300 visitantes avulsos e 1,200 alunos por mês.

Texto e fotos: Ivone Souza

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SERVIÇO Ingresso: R$24 (inteira) R$12 (meia) Endereço: Av. Água Verde, 1413 - Água Verde Aberto: das 10h às 17H30, de segunda à sábado

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Farol do Saber 24


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O Memorial Árabe, localizado na região central de Curitiba, ao lado do Passeio Público, foi inaugurado em 1996 como uma homenagem à cultura árabe. O local mede cerca de 140 m2 e fica numa espécie de praça, com um espelho d’água. O espaço tem objetivo de ser um F-arol do saber Gibran Khalil Gibran - que foi um poeta e filósofo - e conta com uma Biblioteca pública, espaço para leitura e acesso à internet. O acervo tem uma capacidade para 10 mil volumes, ainda não preenchida, e possui títulos sobre religião, cultura e literatura árabe, entre eles, um Alcorão. No interior do local, sobre um ped estal de mármore, está a escultura representativa doescritor libanês Gibran Khalil, logo ao lado, em um lugar de destaque, fica um dos seus livros mais conhecido que é O Profeta.

Texto e fotos: Ivone Souza

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SERVIÇO Ingresso: Entrada Gratuita Endereço: Gidran Khalil Gibran - Centro Cívico Aberto: Seg. a Sex., das 9h às 21h, e Sab. das 9h às 13h 29


Documentos e registros contam história jurídica do Paraná Texto e fotos: Luís Gustavo Oliveira

O Museu Virtual da Justiça do Estado do Paraná tem o objetivo de divulgar para a população a memória judicial paranaense, além de preservá-la para as gerações futuras. O acervo contém fotos, documentos, processos, e outros registros que contam as histórias jurídicas do estado. Podemos conhecer, por exemplo, a primeira sede do tribunal, localizada na Rua Doutor Muricy, um documento assinado por Ruy Barbosa na ocasião da sua candidatura à Presidência da República, em 1894, e outros documentos que 30

registravam a venda de escravos. O museu foi criado em 2010, possibilitando assim uma ampliação do acesso do público a todo o acervo dos séculos XVIII ao XX.

SERVIÇO Acesse em: www.tjpr.jus.br/acervo-museu-da-justica


Acervo do Museu Maçônico mistura-se com a origem do estado Texto e fotos: Luís Gustavo Oliveira

Por ser uma organização secreta, o Museu Virtual Maçônico tem intuito de preservar o conteúdo histórico e a memória maçônica, na qual seus delegados e membros sempre andaram lado a lado com o desenvolvimento do Paraná. O museu conta com um acervo surpreendente com fotos, documentos e objetos. Além disso, também reúne as histórias dos membros ilustres (ex-governantes, por exemplo). Muitos que acabaram dando nomes a ruas e avenidas de Curitiba.

Dentre tais membros podemos citar D. Pedro I, Dr. Muricy, Justiniano de Mello e Silva (bisavô do ex-governador Requião), Generoso Marques, entre outros.

SERVIÇO Acesse em: www.museumaconicoparanaense.com

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Valorização dos artistas regionais MUMA 32


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O Museu Municipal de Arte (Muma) localizado no bairro portão em Curitiba, ao lado do Portão Cultural, foi inaugurado em 5 de maio de 1988 com o objetivo de divulgar o acervo de arte do município. O local reúne aproximadamente 3.800 obras das coleções de artistas como Andrade Muricy e Poty Lazzarotto. No ano 2000, o acervo foi enriquecido com 94 obras de 12 artistas paranaenses, o incentivo veio por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura. As obras da coleção “Célia e Poty Lazzarotto” ficam expostas na sala Célia Neves Lazzarotto. Este acervo, que faz parte da coleção pessoal do casal, é exposição permanente e passou a fazer parte da Fundação Cultural de Curitiba em 1986. O Muma possui também duas salas que recebem exposições temporárias.

Texto: Ivone Souza Fotos: Clarissa Casagrande

SERVIÇO Ingresso: Entrada Gratuita Endereço: Av. Rep. Argentina, 3430. Portão Aberto: Ter. a Dom., das 10h às 19h

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O maior museu de arte da AmĂŠrica Latina 36


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SERVIÇO Ingresso: R$20 (inteira), R$10 (meia) e gratuita

para menores de 12 anos e maiores de 60 Endereço: R. Mal. Hermer, 999 - Centro Cívico Aberto: Ter. a Dom. das 10h às 18h

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O Museu Oscar Niemeyer (MON), inaugurado em 22 de novembro de 2002, é considerado o maior museu de arte da América Latina. São cerca de 7 mil obras nas áreas de arte visuais, design e arquitetura, que são expostas em uma área de 17 mil metros quadrados. Ao todo, a estrutura mede 35 mil metros. O local é popularmente conhecido como o “Museu do Olho”, em função da estrutura arquitetônica em formato de olho no primeiro prédio. O projeto é do arquiteto brasileiro Oscar Niemeymer - que dá nome ao museu. O local tem 12 salas expositivas que durante o ano recebem mais de 20 mostras e aproximadamente 360 mil visitantes. O MON também possui alguns projetos educativos, que desenvolvem atividades para famílias e grupos com necessidades especiais.

Texto: Ivone Souza Fotos: Maria Eduarda Biscotto

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Fotografias históricas e contemporâneas

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O Museu da Fotografia, inaugurado em 1998, foi o primeiro gênero no Brasil e o segundo da América Latina. São cerca de três mil imagens assinadas por grandes nomes da fotografia, entre eles Sebastião Salgado e Bóris Kossoy - representantes das coleções brasileiras contemporânea. O local possui a exposição fixa “Fotografia em Transe“, do próprio acervo, com 174 imagens de 80 fotógrafos feita entre os anos 60 e 2000. Além disso, o local abriga mostras de fotógrafos brasileiros e estrangeiros e também é sede de grandes eventos nacionais e internacionais. Disponibiliza, também, as próprias coleções para participação em eventos de fotografia, tanto no Brasil quanto fora do país, por meio de parceria com instituições mundiais da área fotográfica.

Texto: Ivone Souza Fotos: Maria Eduarda Biscotto

SERVIÇO

Ingresso: Entrada Gratuita Endereço: Rua Presidente Carlos Cavalcanti, 533. Aberto: Seg. a Sex., das 9h às 18h, e Sab., Dom. e feriados

das 12h às 18h

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Diversidades tĂŠcnicas

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O Museu da Gravura, inaugurado em 1989, foi palco de um dos mais importantes eventos do país – a mostra da Gravura, que reuniu os mais representativos da gravura contemporânea. O museu, voltado especificamente para as gravuras, xilogravura, litografia, gravura em metal e serigrafia, possui cerca de 5 mil obras e mantém um calendário anual de exposições temporárias tanto de artistas brasileiros quanto estrangeiros. O espaço abriga criações de artistas internacionalmente reconhecidos contemplando diversas técnicas de gravura, dentre eles Pablo Picasso. Além disso, o local também serve de espaço para realização de oficinas e cursos como xilogravura e gravura em metal. Texto: Ivone Souza Fotos: Maria Eduarda Biscotto

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SERVIÇO

Ingresso: Entrada Gratuita Endereço: Rua Presidente Carlos Cavalcanti, 533. Aberto: Seg. a Sex., das 9h às 18h, e Sab., Dom. e feriados

das 12h às 18h

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NotĂĄvel acervo sobre o Brasil na 2ÂŞ Guerra

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O Museu do Expedicionário é um museu que tem o objetivo de apresentar a história da participação brasileira na Segunda Guerra Mundial. O nome é referência a Força Expedicionária Brasileira (FEB) - que enviou 25.834 homens e mulheres para participar da Campanha da Itália com os aliados de guerra. Após a Guerra, os Expedicionários fizeram campanhas para arrecadar fundos para a construção de uma sede própria em Curitiba. Em 20 de novembro de 1946, foi fundado a Legião Paranaense do Expedicionário, e após novas campanhas para angariar fundos, foi inaugurada a Casa do Expedicionário, em 15 de novembro de 1951. A Casa oferecia serviços médicos, assessoria e servia até como um hotel de trânsito para os combatentes. Comportava eventos do grupo e também tinha um pequeno museu. Com o fim dos serviços assistenciais, a Legião firmou um convênio com a Secretaria de Estado da Cultura do Paraná, assim o Estado passou a ser responsável pela administração do museu. Hoje, é um dos acervos mais completos sobre a Segunda Guerra no país. Possui documentos, medalhas, armas, vestimentas e outros elementos utilizados durante a guerra. Na Praça, em frente ao museu, estão expostos um avião de caça e um tanque, da Força Aérea Brasileira, uma âncora e um torpedo, da Marinha Brasileira e um Obus, elemento conquistado na batalha contra os alemães, simbolizando as conquistas de guerra.

SERVIÇO

Ingresso: Entrada Gratuita Endereço: Rua Comendador Macedo, 655 Aberto: Ter. à Sex., das 10h às 12h e das 13h

às 17h, e Sab. e Dom., das 13h às 17h. 52

Texto e fotos: Gabriel Mafra de Oliveira


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Uma viagem pela memรณria 56


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SERVIÇO

Ingresso: Entrada Gratuita Endereço: Rua São Francisco, 319 Aberto: Seg. à Sex., das 9h às 12h

e das 14h às 18h 58

A Casa da Memória começou com a fundação da Casa Romário Martins, em 1973. Somente em 1981, com o crescimento do acervo é que foi criada oficialmente com esse nome. O local possui mais de 87.200 documentos que fazem parte do acervo, são itens como manuscritos,registros, mapas, livros etc, que ajudam a contar a história da cidade de Curitiba. Além disso, o local guarda cerca de 14 mil cartazes e 500 mil imagens de famílias, bairros e construções de diferentes épocas. Parte desse material pode ser consultado na Biblioteca da Casa da Memória, que possui um acervo de mais de 40 mil itens. Um dos documentos mais raros e importante é o Livro Tombo, no qual traz a assinatura dos fundadores da cidade, em 1693. O local também sedia exposições históricas.

Texto: Ivone Souza Fotos: Maria Eduarda Biscotto


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BRASIL DE TODOS OS CANTOS

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Esgoto e entulho desfocam cachoeira com potencial turĂ­stico


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A “Cachoeira dos Batistas”, como é conhecida em Irati (PR), fica na área urbana do município, no bairro que leva o mesmo nome. Ela está tomada pelo lixo e esgoto, assim como boa parte do Rio das Antas. A prefeitura diz que a recuperação já está em andamento. Irati tem um potencial turístico natural invejável, mas pouco aproveitado, como é o caso da “Cachoeira dos Batistas”, atualmente abandonada. O Rio das Antas corta toda a área urbana da cidade, onde ocupações irregulares agravam ainda mais a qualidade da água, que poderia ser utilizada para banhos e pesca, como era feito antigamente. Adriano Godoi, 35, mestre em Desenvolvimento Comunitário e bacharel em Turismo, mora desde criança próximo à cachoeira e aponta a falta de saneamento e de cuidados dos moradores como a principal causa do mau cheiro ao longo do rio, especificamente na parte que antecede a queda d’água, já que devido às rochas, o acumulo de lixo é ainda mais evidente. Adriano diz que o terreno da cachoeira — que conta com árvores e grama — poderia ser aproveitado em uma parceria público-privada para a criação de uma área de lazer, como um parque, por exemplo. A prefeitura informou que após um processo de licitação, 2 mil horas de dragagem do Rio das Antas está garantido; e que pretende recuperar além da área da cachoeira. "Em uma época de conscientização ambiental, esperamos um dia poder mergulhar nessas águas novamente", completa Adriano. Texto e fotos: Lenon Diego Gauron

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Minas do Camaquã: um paraíso a céu aberto

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Quando o assunto é turismo em Caçapava do Sul, o distrito de Minas do Camaquã ganha destaque tanto pela história como pelas paisagens no Rio Grande do Sul. De acordo com informações do Núcleo Integrado do Desenvolvimento Turístico (Nidetur), a localidade fica a cerca de 70 km do centro de cidade Caçapava do Sul. Com pouco mais de 500 moradores, o local conta com escola estadual, posto de saúde, além de um pequeno centro comercial. Monica Moura reside em Caçapava e eventualmente vai às Minas. “Quando temos tempo, reunimos os amigos para acampar em meio à natureza. É um lugar calmo, que tem uma energia muito boa, voltamos para a cidade com as baterias recarregas”, afirma. Segundo o Nidetur, os principais pontos turísticos são a Pedra da Cruz, a primeira de uma sequência de quatro elevações alinhadas, onde se pratica trekking, escalada e tirolesa; a Barragem João Dias e o Cine Rodeio. Cenário de filmes e da série Animal, gravada em 2014 pelo canal GNT, Minas do Camaquã é reconhecida pelas suas belezas naturais e atrai aventureiros de todo país. Para quem curte uma aventura em meio à natureza, o distrito conta com três hotéis e passeios guiados junto a empresa Minas Outdoor Sports.

Texto e fotos: Caroline Petrin da Rosa 68


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Teatro Treze de Maio: mor que passa de mĂŁe para filha 71


A história do Theatro Treze de Maio na cidade de Santa Maria no Rio Grande do Sul, se mistura com a história de sua diretora, a farmacêutica e bioquímica Ruth Sopher Pereyron, de 68 anos. Mas o que explica a paixão de uma farmacêutica com as artes? Uma herança familiar. Ruth é filha de Eva Sopher, judia, refugiada no Brasil, que comandou por 43 anos o teatro São Pedro, em Porto Alegre. Ruth desembarcou em Santa Maria para trabalhar em uma universidade, mas o interesse pelas artes falou mais alto e a fez reinaugurar em 1997, o Theatro Treze de Maio, que há 54 anos funcionou como um centro cultural. Ela mesma conta que herdou de sua mãe o amor pelo teatro: “minha mãe sempre me levava aos concertos e aos teatros quando eu morava com eles, eu era bem pequeninha”, lembra. O Theatro Treze de Maio é um dos mais tradicionais do sul do Brasil. Segundo dados históricos do teatro, seu palco já recebeu os mais importantes atores brasileiros, com grandes nomes como Paulo Betti, Tony Ramos e Fernanda Montenegro. Ruth diz que para gerir um teatro por tantos anos, segue o conselho de sua mãe, que “É como cuidar da tua casa, tu tens que manter a tua casa, sempre ter tudo funcionando e receber bem as pessoas”, lembra. Fazendo do teatro sua própria casa, dona Ruth reescreve a trajetória que sua mãe já desenhou. Já o “Treze” vai se tornando um marco na cultura de Santa Maria.

Texto e fotos: William Rodrigues Ramos 72


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Projeto Social Amormitex: dos moradores de

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hĂĄ mais de 20 anos em prol rua em SĂŁo Paulo

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A paisagem das grandes cidades reflete muitos contrastes sociais. Em bairros da zona sul da capital Paulista, prédios luxuosos dividem espaço com pessoas vivendo nas ruas em situação precária. Mas nesse contexto de desigualdade e em meio ao caos da maior metrópole da América Latina ainda encontramos quem doe seu tempo em benefício ao próximo. Prova disso é o projeto social Amormitex, que nasceu no bairro do Brooklin em São Paulo no ano de 1998 e conta com mais de 120 voluntários e 8 coordenadores, que se dividem aos domingos para preparar 400 marmitas de feijoada e distribuir aos moradores de rua. Cada mês são consumidos 100 kg de arroz, 80 kg de feijão, 60 kg de linguiça e 30 kg de farinha. Além das marmitas, a equipe doa também cobertores, roupas e material higiênico. Tudo proveniente de doações de voluntários e empresas parceiras. Atualmente o projeto funciona no bairro de Interlagos e atende quatro roteiros, que além do Brooklin incluem bairros adjacentes como Campo Belo e Santo Amaro. "Nós temos consciência de que não vamos mudar a vida das pessoas que ajudamos. Mas nossa intenção é dar um dia a mais de esperança para elas, pois em 24 horas muita coisa pode acontecer", diz Eliane Nunes, 52, atriz e uma das coordenadoras do Projeto Social Amormitex. No site www.amormitex.com.br há mais informações e contato para se tornar um voluntário e conhecer mais da história desse projeto que mostra, mesmo em uma cidade onde aparenta estar sempre com pressa, ainda sobra tempo para o amor ao próximo.

Texto e Fotos: Bruna Barreto Silva 76


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Traços da cultura alemã ainda são influentes em famílias catarinenses


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Aos 61 anos de idade, a agricultora aposentada Lúcia Lückmann insiste em manter a tradição da cultura alemã em sua casa. Com localização em Rio Waldrich, interior do município de Rio do Campo (SC), a vida ainda é baseada na simplicidade e no sustento através da terra. Rio do Campo fica a 290 km de Florianópolis e está localizado no centro da colonização alemã que ocorreu em Santa Catarina. O município que, de acordo com o portal da Prefeitura, tem como base econômica a agricultura, guarda a cultura das gerações europeias que chegaram na região. Um dos símbolos da cultura alemã em Rio do Campo é a arquitetura da residência de Lúcia. A agricultora, que vive com a filha, não sabe precisar ao certo a idade da construção, mas cita que nasceu e já vive há mais de seis décadas nesse espaço. Lúcia comenta ainda que nunca houve reformas, apenas reparos, e que a aparência original da casa está mantida. O modo de viver na casa da família Lückmann ainda faz muitas referências ao passado. O estilo de vida alemão recuou ao longo do tempo, mas a aposentada conta que pratos típicos ainda são elaborados em sua cozinha. A dependência da cidade é muito pequena. Lúcia, que também tem animais na propriedade, aproveita tudo o que a terra pode lhe oferecer. "Verduras, ovos, leite, carne e derivados eu tenho para o sustento da casa", garante.

Texto e fotos: Gean Carlos Beiger

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PERFIL

Cada país tem a Lady Gaga que merece Texto e Fotos: Clarissa Foerster

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Luana estarrece a todos em qualquer ambiente em que esteja presente: seja num bar, um restaurante, shopping ou até mesmo pelos corredores da faculdade - onde cursa Publicidade e Propaganda e é chamada por seus amigos pelo apelido de Gaga. A estudante é conhecida dentro do grupo dos adeptos à subcultura gótica como Gaga Gothic; seu nome artístico e de youtuber. A origem do apelido pode ser percebida nas características da jovem: sua semelhança facial com a cantora Stefani Joanne Angelina Germanotta, a qual o mundo conhece como Lady Gaga. A semelhança é tão marcante que a fez começar a ter interesse em ser cover da cantora e hoje é uma das mais conhecidas na área. Frequentadora assídua dos ‘’rolês de cemitério’’ e adepta do visual e estilo de vida gótico há pelo menos 6 anos, enfrentou inúmeros olhares e preconceitos durante toda a sua caminhada. Os cochichos, risadas e olhares tortos são elementos cotidianos na sua rotina, os quais aparentemente agem de forma a deixá-la mais corajosa. Como se ser gótica e cover de uma das cantoras do cenário pop não fossem chocantes o suficiente, Luana Elyas também começou a ter interesse pelo universo das drag queens do programa RuPaul’s Drag Race, e em especial em Sharon Needles, drag queen que além de performances também é cantora. ‘’O Drag pra mim sempre foi uma oportunidade de sair “de mim” quando eu não queria ser eu ou queria dar vida a personagens que crio dentro de mim, meu próprio trabalho como Gaga é uma forma de drag. ‘’ relata Luana, que complementa: ‘’Quando conheci o programa, abri ainda mais minha arte e deixei de me limitar apenas a uma ou duas personalidades, e sim, artisticamente, viver cada personagem no momento em que quisesse.. A Sharon é minha drag favorita, ela se destacou em mim por ter os gostos, o humor e o estilo semelhantes aos meus, o que me deu vontade de criar uma drag cover

dela. É tudo arte‘. Sharon Needles venceu a quarta temporada do reality show de drag queens. Luana conta que a cantora Lady Gaga surgiu em sua vida em uma fase extremamente conturbada e turbulenta, e nem imaginava o impacto que traria em sua realidade. Tinha em torno de 9 anos quando descobriu as músicas da artista, e sofria bullying na escola, sendo rejeitada pelos colegas e até mesmo professores no colégio onde estudava, portanto a música se tornou seu maior refúgio. O reconhecimento da artista aumentava com o passar dos anos, e o fascínio e adoração também. ‘’Os discursos, os visuais, o significado de tudo por trás do trabalho dela me encantava. Mas lembro de um dia em que a Gaga fez um show na sua turnê ‘’The Monster Ball Tour’’ e eu li todo o discurso em que ela falava sobre a trajetória dela e sobre como ela queria que os fãs soubessem que não estamos sozinhos. Aquilo mudou minha vida, Depois, com seus novos álbuns, novos ensinamentos, fui me apegando cada vez mais e isso só cresce até hoje. Quando começaram a dizer que eu me pareço fisicamente com ela, me senti honrada”, relatou. A rotina de arrumação da jovem não tem muito segredo. Muito delineador, batom, sombras pretas e pancake branco. Na vestimenta, saias compridas rendadas e corset. A maquiagem característica de seu dia a dia, ligada ao movimento gótico, é o que lhe faz sofrer ‘’um pouquinho’’ para ir estudar de manhã. Ela disse gostar de manter sua aparência de acordo com a essência e a subcultura na qual se insere. A rotina de ensaios é quase diária segundo Luana, e são normalmente ensaios em casa. Quando realiza performances com dançarinos há todo um processo de agendar tempo para poder repassar as coreografias necessárias. A jovem costuma se apresentar em clubes noturnos GLS, mas disse que há variações em suas apresentações, como shows em aniversários, casamentos e


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eventos fechados. ‘’Eu faço isso por amor, na verdade. Todos sabemos como é difícil ser artista no país em que vivemos, e o quanto isso não é valorizado, mas realmente gosto de fazer o que faço. Mas óbvio que é extremamente satisfatório receber e realmente trabalhar com isso’’, afirmou. A estudante de Publicidade e Propaganda estuda em semipresencial, e alega que não sente muito o efeito em sua rotina. Consegue conciliar os horários de estudo com os ensaios e manter-se dedicada. O preconceito não vem somente de fora de sua casa. Muitos familiares não são favoráveis ao estilo e o trabalho realizado por Luana. ‘’Já ouvi muitos ‘’tira esse carvão da cara’’, ‘’Só usa preto, deve estar deprimida’’ e até alegam ser ‘’falta de Deus’’ em minha vida.’’ alegou. ‘’Mas felizmente são todos comentários de parentes não muito próximos de mim.’’ Já a mãe de Luana apoia e ajuda em tudo que é preciso, e é sua maior admiradora em sua trajetória. Lady Gaga, que recentemente recebeu os Grammy de ‘’Melhor Música Escrita para a Mídia Visual’’, ‘’Melhor Performance Duo’’ e ‘’Melhor Performance Pop Solo’’ e que, após muitas críticas em cima de suas indicações ao Oscar pelo filme A Star Is Born, levou o prêmio de ‘’Melhor Canção Original’’ virou destaque na imprensa mundial. ‘’Não há dúvidas de que Lady Gaga se renova cada vez mais como artista, em cada um de seus trabalhos. Eu tenho realmente muito orgulho dela.’’ reconhece Luana. ‘’Sendo alguém que acompanha seu trabalho desde muito cedo e conheço toda a batalha dela, fico orgulhosa e feliz demais em ver ela crescer como artista, ser reconhecida por mais públicos. Ela é completa.’’ Procuramos uma pessoa próxima de Luana para ter uma ideia de como se tratava o convívio com a jovem, lidando com os olhares e críticas que a jovem recebe mesmo estando em companhia de amigos e familiares. Alice Pianoschi, amiga próxima de Luana desde 2015, conta um pouco da convivência com a artista. “Apesar de morarmos em estados diferentes do Brasil, fazemos contato pelo menos uma vez no dia, o que torna nossa amizade tão íntima quanto a de amigos que moram na mesma cidade, provavelmente até mais forte”, explica. A amiga conta a aparência de Luana é uma questão, independente do porte da cidade em que ela esteja. 86

“Aparência é algo que eu considero muito importante, mas ao contrário de muitos, eu aprecio o diferente, então, me dou muito bem com pessoas que escolhem ter um “estilo” fora do padrão e sei lidar com as consequências disso. E a Luana tem um estilo tanto para aparência, mas também tem seu estilo de vida, que como por exemplo o veganismo. Este, é uma das maiores demonstrações de empatia e sensibilidade que alguém pode ter, abrindo mão de refeições “prazerosas” para a vida dos animais. O estilo alternativo no quesito moda e beleza, é uma expressão artística, mostrando que é uma pessoa com opiniões e gostos diferentes, o que a torna ainda mais interessante e passa a impressão de alguém mais apaixonada por arte, que a favorece com seu trabalho, que pertence à esse ambiente.”, explica. A amizade das duas se baseia, dentre tantas coisas, nos interesses em comum como arte, moda e beleza alternativos. Além disso, Alice aponta que ambas são sensíveis, gentis e compreensivas, “qualidades que com certeza, são extremamente importantes para o caráter de alguém’’, relata.


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Atente-se 88


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Elas estão por toda a parte, em todos os cantos. Por onde você estiver ou passar, elas quase sempre estão por perto. As placas, sinalizações e avisos dizem: cuidado, piso molhado, atenção, risco de incêndio, vire à esquerda. Mesmo que passem despercebidas, garantem a segurança de todos. Nas leis e decretos, as regras são claras e a obrigatoriedade das sinalizações, na maioria das vezes, são cumpridas. Caso contrário, multa na certa. Avisos e sinalizações de segurança e incêndio, em braile ou não, são vistos em grande quantidade, porém no meio de todas elas, vale a pena ressaltar: atente-se.

Texto e fotos: Maria Eduarda Biscotto 90


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OUTRA

FACE 99


O mundo é construído por padrões, quando não nos encaixamos escondemos quem realmente somos. Despir destas vestes é difícil, mas essencial para colocar um fim no preconceito e provarque não somos todos iguais. O meu gênero não me define, pois quero ser visto como um ser humano.

Texto e fotos: Maurício Santos

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EXPEDIENTE A Revista F é uma produção laboratorial do curso de Jornalismo do Centro Universitário Internacional Uninter - Campus Tiradentes Chanceler Prof. Wilson Picler Reitor Prof. Dr. Benhur Gaio Coordenador do curso de Jornalismo Dr. Guilherme Carvalho Professora responsável Ma. Sionelly Leite Professora colaboradora na VII edição Ma. Marcia Boroski Projeto gráfico Núcleo de Imagem Ponto Zero Diagramação, edição e tratamento de imagem Maria Eduarda Biscotto Estudantes de Jornalismo Bruna Barreto Silva, Caroline Petrin da Rosa, Gabriel Mafra de Oliveira, Gean Carlos Beiger, Icaro Couto, Ivone Souza, Lenon Diego Gauron, Luis Gustavo Oliveira, Maria Eduarda Biscotto e William Rodrigues Ramos. Estudantes de Publicidade Clarissa Foester Casagrande e Mauricio dos Santos. Endereço Rua Saldanha Marinho,131, Centro - 80410-150. Curitiba – Paraná Contato nucleopontozero@gmail.com (41) 2102-3361 Acesse o blog da Revista F https://revistaf11.wixsite.com/blogrevistaf

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