Jun
Se essa rua fosse minha A voz do morador do São Pedro e do Santo Antônio
Ano 1 5ª Edição
2014
Passaria a olhar para ela com mais cuidado, com mais carinho. Para isso, o Poder Público não precisa de muito dinheiro. Basta sair dos gabinetes, ouvir o que o cidadão quer e utilizar ideias criativas Muitas delas podem ser copiadas de outros países. Ninguém quer inventar nada. A população cobra apenas o básico: estrutura e segurança nos pontos de ônibus; ruas pavimentadas e espaços de convivência como praças e parques. Preservar o patrimônio, como o da rua Congonhas, instalando nela parklets, incentivando empreendimentos como cafeterias, livrarias e restaurantes seria um começo. Págs. 4, 5, 6 e 7
opinião Rodrigo Pacheco Conselheiro Federal da OAB
Isolados em seus gabinetes, abastecidos apenas de estatísticas e números, os governantes se distanciam cada vez mais da pulsação intensa da vida diária, dos problemas do dia a dia da população. Esse isolamento nunca fez bem aos gestores públicos. Quem se afasta do contato popular tende a desenvolver uma aversão à realidade.
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Confira guia com serviços
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Mais espaço E. E. Leopoldo de Miranda quer ampliar suas dependências, ocupando imóvel de antigo restaurante, para ter quadra e novos laboratórios.
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Perto do hexa
Palco histórico Nada melhor do que acompanhar os jogos da Seleção nos bares perto de casa. Caso do Papo Legal, no Santo Antônio, administrado por Airton Carvalho.
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Antes da inauguração do Palácio das Artes, o ginásio do Mackenzie recebia os principais shows de Belo Horizonte. Nele, se apresentaram nomes como Roberto Carlos, Rita Lee, entre outros.
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A Cemig esclarece que os reajustes das tarifas de energia são definidos pelo Governo Federal, por meio da Aneel. Em relação à potência e ao tipo de iluminação, a Empresa ressalta que a elaboração de projeto, implantação e expansão das instalações de iluminação pública são de responsabilidade da Prefeitura de Belo Horizonte. Por fim, a Cemig informa que só tem autorização para efetuar podas de árvores quando em contato com a rede elétrica Superintendência de Comunicação da Cemig
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Bem pertinente a reportagem sobre a falta de iluminação em algumas ruas do bairro. A escuridão deixa as ruas mais perigosas, principalmente nas vias que levam aos aglomerados. Já cobramos melhoria. O que queremos é um serviço de qualidade, já que as contas de luz são devidamente pagas em dia. Alexandra Martins
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Parabéns ao O BAIRRO pela reportagem que mostra os assaltos nos pontos de ônibus. A reportagem mostra a lamentável situação de abandono e falta de policiamento dos pontos de ônibus. Existem dezenas deles espalhadas pelo interior dos bairros sem a presença da polícia. Amaury Coimbra
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A região está sendo tomada pelos usuários de crack. Eles merecem respeito, mas não têm o direito de sujar as ruas ou colocar em risco a segurança das pessoas. O BAIRRO poderia abordar o assunto na próxima edição. Fazer uma alerta para o Poder Público. Antônio Roberto da Silveira
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O BAIRRO
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e em 2013 as manifestações surpreenderam, hoje já se incorporaram, para alegria de uns e irritação de outros, à rotina das principais cidades do país. Não podem mais ser tratadas como novidade. Até, agora, tiveram poucos reflexos nos bairros, restringindo-se à região central de Belo Horizonte. Porém, com o início da Copa do Mundo, a promessa é a de que os movimentos se intensifiquem, atingindo áreas além do Centro. A sociedade possui diferentes demandas, de reajustes salariais a investimentos em moradia, segurança, educação, transporte e saúde. São cobranças justas, que devem ser feitas aos agentes políticos. Porém, o Brasil merece sediar esses grandes eventos esportivos, por sua projeção simbólica e pela oportunidade de expandir o turismo e as obras de infraestrutura. A sociedade participativa deve cobrar planejamento e maior transparência nos gastos. Na maior parte dos bairros, apesar de o montante de recursos públicos investidos no evento, o legado deverá ficar aquém do desejável. Soma-se a isso a situação precária dos serviços públicos e o descalabro administrativo que impera nos governos. Com justiça, motivos suficientes capazes de mobilizar parcelas da sociedade. Mas isso deve ser feito com maturidade democrática pelos manifestantes e respeito à Constituição como um todo. A ocasião, não há como negá-lo, é propícia como poucas. Ao Mundial de futebol, de notória visibilidade internacional, soma-se o início do calendário eleitoral, tradicionalmente utilizado com o fim de pressionar governantes e de exigir mudanças. Nesse momento, cabe aos comerciantes e aos moradores de forma geral aproveitarem o melhor dos dois momentos. Do Mundial, fazer do evento a festa democrática defendida por parcela significativa do chamado “país do futebol”. Do calendário eleitoral, o grande desafio dos candidatos é tentar empacotar uma narrativa para as notícias ruins e convencer os eleitores de que têm propostas melhores para os mineiros. Restanos a obrigação de sairmos do torpor provocado pelo sentimento de antipolítica. Afinal, mudanças exigem engajameto, cobrança e co-responsabilidade. Com isso, as chances de funcionar são maiores. Agora, se vai mesmo, ninguém sabe.
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Cartas dos Leitores
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Escola Estadual é uma das mais bem avaliadas de BELO HORIZONTE, e deseja ocupar imóvel ao lado, que PERTENCE À União mas está abandonado há 20 ANOS
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Escola Estadual Leopoldo de Miranda, no Santo Antônio, uma das escolas públicas mais bem avaliadas de Belo Horizonte, quer ampliar seus limites. Há quase dez anos a direção da instiuição vem batalhando junto ao Governo Federal, com apoio do governo do Estado e de parlamentares da cidade uma forma legal de crescer fisicamente. A ideia é ocupar o espaço de um antigo restaurante chinês, vizinho ao colégio, que dá frente para a Avenida Prudente de Morais. Vazio há duas décadas, o antigo restaurante seria usado para a construção de uma quadra poliesportiva e provavelmente de laboratórios mais modernos. As mudanças não aumentariam o número de estudantes do Leopoldão, como os alunos e ex-alunos se referem carinhosamente ao educandário. As nove salas seriam mantidas, mas as duas pequenas quadras utlizadas pelos alunos para a Educação física seriam transformadas em espaços de convívio, e a educação física passaria para o que hoje são ruínas do restaurante. De acordo com o diretor da instituição, Ataíde Ademilson de Resende, a ampliação é a única saída para ampliar a área destinada à educação física, um dos gargalos no desenvolvimento dos jovens. A quadra é hoje a maior carência da escola. Temos um cor-
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O Fred Costa é amigo da nossa escola” Ataíde Resende
po de professores capaz e comprometido, e pais que participam. Mas esse é realmente um gargalo”, lamenta. Apesar de pequena - são nove salas, ocupadas nos três turnos por 853 alunos desde o 6o ano do Ensino Fundamental ao 3o do Ensino Médio - a escola coleciona bons resultados. Há uma década, figura no alto do ranking do Enem na lista de escolas públicas da capital e do Estado. No ano passado, faturou três das cinco melhores posições em um concurso de empreendedorismo realizado pelo Sebrae. Apesar de ser financiado pelo Governo do Estado, a Escola conta com doações e ajuda de parceriros de longa data, como o deputado estadual Fred Costa, que nos últimos anos vem contribuindo com emendas e apoio logístico. “É um amigo da escola”, sublinha o diretor.
Atendimento odontológico O atendimento odontológico que acontecia no posto localizado à Rua Nunes Vieira 227 e corria o risco de ser suspenso vai ter continuidade. A denúncia da suspensão do serviço foi pauta de O BAIRRO em sua edição de abril. Agora, os dentistas da prefeitura atenderão em outros centros de saúde da região a partir de julho, até que um novo centro seja construido no bairro Santo Antônio.
E.E. Leopoldo de Miranda em números FUNDAÇÃO
1971
SALAS DE AULA ALUNOS
853
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Séries (anos) •
Manhã: 1º, 2º e 3º anos
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Tarde: 6º, 7º, 8º e 9º anos
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Noite: Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA)
03 JORNAL O BAIRRO • ED 05 • JUN/2014
Leopoldo de Miranda luta por mais espaço
04 JORNAL O BAIRRO • ED 05 • JUN/2014
PBH aprova, mas não instala equipamentos UsuárioS cobraM cobertura em pontoS de ônibus e INSTALAÇÃO DE semáforoS
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suários do transporte coletivo reclamam da falta de estrutura dos pontos de ônibus dos bairros São Pedro e Santo Antônio. Em pontos estratégicos, com maior movimento, como na rua Viçosa, entre as ruas Cristina e São Romão, os passageiros são obrigados a esperar pelo ônibus, sem proteção, contra o sol e a chuva. A instalação dos equipamentos já foi aprovada pelo Conselho Regional de Transporte e Trânsito (CRTT) da Regional Centro-Sul. Porém, a falta de vontade política impede a instalação. Conforme posicionamento da BHTrans, órgão que gerencia o transporte em Belo Horizonte, a prefeitura aguarda a realização de uma licitação para instalar a proteção no ponto de ônibus. Enquanto isso, os usuários buscam alternativas para se proteger. Nos dias mais quentes, a solução encontrada é ficar embaixo de árvores próximas. Mas, nos dias de chuva, a situação ainda é pior, pois é preciso buscar proteção em marquises ou comércios próximos ao ponto de ônibus. E com a discussão sobre o alto valor das passagens, as queixas sobre a falta de abrigo dos pontos são mais intensas. “É muito ruim, não há abrigo. A gente fica à mercê do tempo. Além do transporte ser caro e ruim, não temos proteção nos pontos de ônibus”, diz o comerciário Nilton Soares Batista. A estudante Renata Aparecida Fernandes também reclama dos pontos sem estrutura. Ela utiliza o transporte coletivo diariamente para ir à escola. Segundo ela, não há como se proteger no ponto de ônibus do calor e da chuva. “É difícil para quem depende de ônibus para se deslocar até o trabalho ou à escola, principalmente nos dias de chuva”, afirma. SemÁforo Outro equipamento de segurança aprovado pelo Conselho Regional de Transporte e Trânsito (CRTT) da Regional Centro-Sul é o semáforo nas esquinas das ruas Viçosa e Cristina. A própria BHTrans, após verificar o fluxo de veículos na esquina, admitiu a necessidade do equipamento. Porém, novamente, assim como no caso das proteções para os pontos de ônibus, falta vontade política.
No ponto de ônibus da rua Viçosa, nos dias mais quentes, a solução encontrada é ficar embaixo de árvores
Casos de violência voltam a assustar O mês de maio foi marcado, mais uma vez, por cenas de violência nos bairros São Pedro e Santo Antônio. Assim como O BAIRRO noticiou na sua edição de março, com a manchete “Nossa senhora do medo”, a avenida voltou a ser palco de um arrastão com troca de tiros. No dia 27, dois homens praticaram uma sequência de assaltos, no cruzamento das avenidas Nossa Senhora do Carmo com Uruguai. Eles fizeram um arrastão e roubaram três lojas. Uma viatura da Polícia Militar que fazia patrulhamento pela região flagrou os suspeitos em uma moto e os abordou. Os homens chegaram a atirar contra a viatura, mas acabaram detidos. No dia 13, um
taxista levou marretadas de um assaltante. O motorista de táxi, de 48 anos, iniciou a corrida com um casal na Savassi, em direção ao São Pedro. Ao chegarem ao destino, na Rua São Domingos do Prata, os ocupantes anunciaram o roubo. O ladrão colocou uma faca no pescoço do motorista e levou o celular e o dinheiro da vítima. Além disso, o criminoso acertou a cabeça do taxista com uma marreta. Machucado, o trabalhador dirigiu até um posto de gasolina na Avenida Nossa Senhora do Carmo, onde pediu socorro. Os assaltantes fugiram e não foram localizados.
Associação cobra asfalto S
ubir a rua sem cantar pneus ou desgastar o veículo mais do que o necessário, descer sem medo de perder o controle do automóvel e causar um acidente. Nas ruas íngremes dos bairros Santo Antônio e São Pedro, mais do que estética, a manta asfáltica sobre as vias é uma questão de segurança para motoristas e pedestres. Pensando nisso a Associação de Moradores do Bairro Santo Antônio vem pedindo sistematicamente à prefeitura o asfaltamento de vias na região. De acordo com o presidente da Associação, Gabriel Coutinho, as demandas fazem parte de uma série de melhorias para o bairro. Atualmente a região vive um boom de novos prédios, que devem fazer crescer exponencialmente o número de veículos. “O asfaltamento no Santo Antônio é uma questão de extrema importância, e fazemos pedidos reiterados para que o poder municipal esteja sempre atento às nossas demandas”, destaca o líder comunitário. Entre janeiro de 2011 e março de 2014 a Associação Comunitária protocolou uma pilha de pedidos para o asfaltamento de 23 vias - cinco em 2011, uma em 2012, nove em 2013 e oito em 2014. A maioria já foi atendida, parcial ou totalmente. Em alguns trechos, no entanto, a camada se desfez em pouco tempo. Em outros, a via não foi totalmente asfaltada. “Infelizmente nem sempre nossos pedidos são atendidos prontamente. Temos que redigir e protocolar documentos junto à Câmara Municipal e à Prefeitura, e depois ficar em cima. Se não, não sai”, diz Gabriel. Ainda segundo ele, trata-se de um trabalho constate, mas que conta com o apoio de alguns parceiros de longa data. “Importante dizer que todos os recapeamentos recentes foram conquistados por Fred Costa. Ele é o único que luta por nós”, acrescenta. Entre eles o atualmente deputado e ex-vereador Fred Costa (PEN). Por ser da região e circular muito pelo Bairro, o parlamentar vem intervindo, sempre que possível, para que as solicitações sejam atendidas o quanto antes. Morador da região, ele acredita que faz parte da atividade parlamentar contribuir sempre para melhorar a vida da população. “É nosso dever estar atento aos anseios da comunidade”, ressalta.
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O presidente da Associação de moradores, Gabriel Coutinho, cobra melhorias da Prefeitura
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pedidos de asfaltamento feitos pela associação
“É meu dever trabalhar e cobrar melhorias para o bairro” Deputado estadual Fred Costa (PEN)
ano 2011 1 . Carangola 2 . Cristina 3 . São João Evangelista 4 . Major Lopes 5 . Prof. Aníbal de Matos ano 2012 6 . Paulo afonso
ano de 2013 7 . Dep. Álvaro Sales 8 . Mar de Espanha 9 . Teixeira de Freitas 10 . Leopoldina 11 . Carlos Gomes 12 . Des. Alfredo Albuquerque 13 . São Domingos do Prata 14 . Santo Antônio do Monte 15 . São Romão
ano 2014 16 . Joaquim Murtinho 17 . Rafael Magalhães 18 . Antônio Dias 19 . Guilherme de Almeida 20 . Prof. Arduíno Bolívar 21 . Matipó 22 . Pitangueiras 23 . Barão de Macaúbas
JORNAL O BAIRRO • ED 05 • JUN/2014
REPRESENTANTE DOS MORADORES DO BAIRRO SANTO ANTÔNIO, GABRIEL COUTINHO, PROTOCOLOU longa lista de pedidos PARA PAVIMENTAÇÃO NAS RUAS DE MAIOR MOVIMENTO DA REGIÃO
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Espaço de convivênc de obra prevista para
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Morador do Santo Antônio, O ARQUITETO André Orsini defende REDUÇÃO transformadas em mini-parques, COMO SOLUÇÃO para a região
Descompasso
I
solados em seus gabinetes, abastecidos apenas de estatísticas e números, os governantes se distanciam cada vez mais da pulsação intensa da vida diária, dos problemas do dia a dia da população. Esse isolamento nunca fez bem aos gestores públicos. Quem se afasta do contato popular tende a desenvolver uma aversão à realidade. E esta que nos apresenta atualmente revela que nossos representantes precisam voltar a ouvir as vozes das ruas. Elas clamam por melhorias na segurança pública, na saúde, na educação e no transporte. Muitas delas se posicionaram durante as manifestações do ano passado. Outras prometem repetir o feito ao longo da disputa da Copa do Mundo no Brasil. Porém, a grande maioria faz isso de forma solitária, diariamente ao enfrentar os problemas dos serviços públicos instalados nos bairros, longe da administração municipal. Diante de uma criança sem creche ou de um idoso na fila por atendimento nos postos de saúde, é revoltante se deparar sempre com as portas fechadas, com o acesso restrito aos governantes na clausura do poder. Em função das manifestações, os gestores públicos se mostram acuados, temerosos de se expor para o cidadão cada vez mais consciente de seu papel na democracia. Evitam até eventos mais populares por receio de vaias. Há visível descompasso entre a cidade real e da fantasia. O momento de elas se encontrarem, frente a frente, está chegando. Curiosamente, isso ocorrerá em outubro, nas eleições. Até lá, seria prudente que a população reforçasse seu desejo por mudanças com o intuito de acabar com o isolamento em vigor. Vamos ouvir, conversar mais com nossos vizinhos e promover o debate democrático. Os mineiros merecem mais.
Rodrigo Pacheco Conselheiro Federal da OAB
A
partir de um limão, fazer uma limonada. Essa foi a lógica utilizada pelo arquiteto e paisagista André Orsini, morador do Santo Antônio, convidado pela redação de O Bairro para criar uma alternativa para a Rua Congonhas, entre as esquinas com as ruas Leopoldina e Santo Antônio do Monte. O simpático casario do trecho está sendo derrubado, e vai dar lugar a um prédio de 27 andares, com três subsolos de garagens. As casas foram utilizadas como cenário para o filme O Menino Maluquinho, de 1995. O diretor, Helvécio Ratton, usou a rua para retratar a Belo Horizonte dos anos 1960. A casa da esquina, onde morou o escritor Guimarães Rosa e que depois abrigou o saudoso Bar do Lulu, também faz parte do conjunto. O projeto, explica o arquiteto, deixaria a rua, atualmente de mão única, com menos vagas de estacionamento. No lugar das vagas, seriam instalados calçada tátil (para deficientes visuais), bancos de convivência, árvores de pequeno porte. “É uma intervenção relativamente simples, mas que traria qualidade para a vizinhança”, destaca. O nome: Praça do Menino Maluquinho, uma homenagem ao filme de Ratton e à obra do mineiro Ziraldo. Apesar de informal, o projeto demonstra que, para que a rua passe por uma requalificação, aumentando inclusive a segurança no trecho, é relativamente simples. “Com boa vontade, é bem possível fazer. Para quem licenciou um prédio desse tamanho junto à Prefeitura de Belo Horizonte, incluir uma área como essa, que valoriza a vizinhança e é de uso da população de todo o bairro seria moleza, acredita. O arquiteto defende ainda outra solução, ainda mais simples. Trata-se dos parklets, mini-parques instalados no espaço dedicado a vagas de estacionamento. A implementação desses pequenos pontos de convivência é tendência na Europa e Estados Unidos, e tem como principal vantagem o baixo custo. “Esses equipamentos podem receber mesas de bar ou café, rampas de skate, bicicletários, mini-parques ou hortas. É só soltar a criatividade”, destaca o arquiteto responsável pelo projeto.
Parklets O que é?
Quanto
Pequenos parques, bicicletários ou hortas que ocupam vagas de carro
A partir d materiais
Quem já usa?
De que s
Países desenvolvidos, em especial na Europa e nos EUA
Madeira, recicláve pequeno
ÃO DO TRÂNSITO E parklets, vagas de estacionamento
o custa?
de R$ 5 mil, de acordo com os s usados
são feitos?
plástico ou materiais eis, com mesas de bar, árvores e os jardins
O secretário da Amorsanto, Gegê Avelino, afirma que a fórmula criada para o bairro se tornou uma referência para a própria prefeitura
Prudente de Morais é exemplo para outras ruas de lazer Há quatro anos, o programa “Domingo, a Rua é Nossa” vem tranformando a rotina dos moradores do Santo Antônio e do entorno da Avenida Prudente de Morais. Todos os domingos, a pista no sentido Centro-bairro da avenida é fechada, das 8 às 13 horas, entre as esquinas com Avenida do Contorno e Rua Acarau. E o trânsito congestionado dos horários de pico dá lugar a atividades físicas e ligadas à saúde, brincadeiras, campanhas educativas, exposições, música e cidadania. Os moradores da região aprovam a ação, idealizada e colocada em prática por uma parceria entre a Associação dos Moradores do Bairro Santo Antônio (Amorsanto), a Secretaria Municipal de Esportes, a Polícia Militar, a BHTrans e o Sesi. “Não tínhamos uma rua de lazer, aqui no Santo Antônio, e a topografia mais acidentada era um dificultador”, conta o secretário da Amorsanto, Gegê Avelino. “Quando escolhemos a Avenida Prudente de Morais, pensamos em um trecho sombreado e plano, seguro e confortável principalmente para crianças e idosos”. De acordo com ele, a fórmula criada para o bairro se tornou uma referência para a própria prefeitura. “Esta foi uma conquista da Amorsanto e outras associações de bairro, inclusive, nos procuram para repetirem nossa fórmula. Famílias inteiras aproveitam o espaço, que é policiado e muito bem frequentado”, avalia Avelino. Todos os domingos, ele calcula que cerca de mil pessoas passam pela “rua de lazer”, como o programa ficou conhecido. “Já tivemos todo tipo de evento e, hoje, a lição de cidadania foi aprendida pela população”, garante. E não faltam elogios por parte dos frequentadores da avenida, como o empresário Tarcísio Masson. “Ver o convívio harmônico de vizinhos não só do Santo Antônio, mas de outros bairros é a prova de que a cidadania aproxima as pessoas”, afirmou o publicitário. “Minha filha mais velha aprendeu a andar de bicicleta aqui, em plena avenida, e o caçula já ensaia suas primeiras pedaladas”, conta a comerciária Vânia Lisgellane. Para o secretário da Amorsanto, Gegê Avelino, as atividades recreativas e culturais poderiam ser incrementadas com o apoio de empresários da região. “Se tivéssemos um ou dois parceiros, poderíamos locar brinquedos para as crianças e promover festas”, declarou. “Hoje, esse é o único apoio que falta para tornar a rua ainda mais alegre”. E aí?! Alguém se candidata a ajudar?
07 JORNAL O BAIRRO • ED 05 • JUN/2014
cia reduz impacto a rua Congonhas
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De olho nos preços como trabalho social Conversamos com a diretora de eventos do Movimento das Donas de Casa de Minas Gerais (MDC/MG), Darcy Mattos de Azevedo, um exemplo de cidadania e amor ao bairro
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arcy Mattos de Azevedo, ou Dona Darcy como é mais conhecida, é uma militante da cidadania. Uma das fundadoras do Movimento das Donas de Casa de Minas Gerais (MDC/MG), ela segue atuante e, hoje, é diretora de eventos da entidade. “Nossa luta é constante, na proteção e defesa dos consumidores”, conta Dona Darcy. Segundo ela, as parcerias são fundamentais no trabalho. “Um exemplo importante que temos constantemente ao nosso lado é o jovem deputado Fred Costa, que apesar da pouca idade, é um idealista e vem proporcionando grandes melhorias no bairro, não apenas na parte social, mas na infraestrutura da região, visando à segurança e o bem-estar dos moradores”, destaca. A moradora do Santo Antônio vê, com muita preocupação, a volta do fantasma da inflação. “A alta dos preços, no varejo, corroi os salários. O trabalhador perde poder de compra e, queira ou não, isso tem um impacto direto na qualidade de vidas das pessoas, em uma sociedade capitalisma”. Depois de 37 anos no bairro, Dona Darcy sabe muito bem o que há de melhor na redondeza. “O Santo Antônio tem um comércio muito ativo, com supermercados, lojas, açougues e papelarias, entre outros. Nós, que somos donas de casa, valorizamos muito este aspecto, afinal, uma oferta como essa facilita na organização das múltiplas tarefas do lar”, avalia nossa especialista em logística doméstica. Atualmente, Dona Darcy se dedica integralmente às ações do MDC/MG, mas ela foi muito atuante no Santo Antônio, onde exerceu importante papel comunitário. “Sempre volutariamente, fui presidente da Ação Social Menino Jesus - que administra a Creche Menini Jesus - e da Pastoral da Saúde”, conta. Antenada, ela também pede melhorias em alguns serviços no bairro. “Hoje, acho que o transporte e a limpeza urbana poderiam servir melhor os moradores. Isso sem falar na questão da segurança, de que todos sentimos falta”. E como não poderíamos deixar de fazer, pedimos à Dona Darcy algumas dicas sobre economia doméstica. Veja os conselhos de quem entende do assunto: “Cuidados simples, mas fundamentais, dão mais tranquilidade”, garante ela.
Campanha destaca amigos do bairro
Dona Darcy: “Hoje, acho que o transporte e a limpeza urbana poderiam servir melhor os moradores”
Planejamento é fundamental e não dá para começar sem se planejar. “Fazer pesquisas de preços e qualidade dos produtos, pechinchar ou até mesmo substituir os itens que vêm sofrendo aumentos frenquentes são uma forma de economizar”, aconselha Dona Darcy. “Um consumo mais consciente da água, energia elétrica e gás de cozinha também tem impacto positivo nas contas. Quanto aos hortifrutigranjeiros, prefira os produtos da estação e diga não ao desperdício”. De acordo com ela, as famílias também devem evitar o endividamento. Seguindo esta cartilha, o leitor vai enfrentar a assombração dos preços!
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Para destacar as pessoas que de alguma forma ajudam a fazer do São Pedro e do Santo Antônio lugares melhores para se viver, o jornal O BAIRRO lançou a campanha “Ame o Bairro”. A cada edição, o trabalho desses moradores será apresentado aos vizinhos e, no final do ano, eles receberão uma homenagem.
O Santo Antônio tem um comércio muito ativo, com supermercados, lojas, açougues e papelarias, entre outros. Nós, que somos donas de casa, valorizamos muito este aspecto, afinal, uma oferta como essa facilita na organização das múltiplas tarefas do lar” Dona Darcy
CONFIRA A SELEÇÃO DO BAIRRO para assistir aos jogos da Copa SEM ENCARAR TRÂNSITO, MULIDÃO E O RISCO DE CAIR NA BLITZ DA LEI SECA
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álbum de figurinhas está quase completo. O verde-amarelo já ganhou as ruas de asfalto e pedra, as janelas dos prédios, os bonés dos frentistas e as vitrines das lojas. Com a Copa do Mundo no Brasil, as cidades-sede ficarão cheias de brasileiros e estrangeiros, garantia de dias tomados por torcedores e buzinas. Até para quem não acompanha futebol, vai ficar difícil se livrar da atmosfera que envolve os jogos. É Copa do Mundo. Se a vontade é de se divertir, mas depois voltar para casa sem ter que encarar trânsito, lutar por um táxi ou se esquivar da multidão de vuvuzela e caxirola na mão, boa alternativa são os bares perto de casa. Prato cheio para os moradores de Santo Antônio e São Pedro. Munido de espírito esportivo e democrático, O Bairro preparou um roteiro de bares que vão exibir os jogos. Se a ideia é procurar diversão numa casa cheia de TVs de tela plana, com tira-gostos estilo tex-mex e uma boa carta de cervejas importadas, boa sugestão é o recém-inaugurado RED Sports Bar, na Rua Viçosa, decorado com 20TVs de tela plana. Para o torcedor que prefere um bom tiragosto a preços acessíveis e o radinho sempre ligado na rádio Itatiaia - concorrendo com o televisor da casa - a dica e procurar o Bar do Edinho, na Rua Antônio Dias, esquina com . Antes de gritar gol prove o torresmo da casa ou a almôndega recheada com queijo, que desce bem com as cervejas oferecidas, nacionais e importadas. Paladares mais exigentes e cervejeiros de plantão têm no Adriano, Imperador da Cerveja outra boa opção. Além da carta de brejas caprichada, o pub mineiro oferece iguarias para harmonizar com os rótulos. Mesmo sem torcer pela Alemanha, peça o generoso joelho com salada de batatas. Se o apetite estiver mais moderado e sua torcida for pela cerveja gelada com espetinhos ou carne com mandioca, as dicas são os Papo Legal, com unidades na Rua Marquês de Maricá e na Savassi, e o Espetinho Prudente, que conta com TVs de tela plana e telão em suas duas unidades no Santo Antônio. Aberto recentemente, o Recomendo, na Rua São João Evangelista também é uma boa para quem quer beliscar e beber gastando pouco, com direito a música ao vivo apóes as partidas. E o melhor, tudo pertinho de casa. É curtir com os amigos, agitar as bandeiras e depois voltar para casa a pé. Diversão padrão Fifa.
RED Sports Bar Rua Viçosa, 250, São Pedro Tel.: 3223-1987 Funcionamento: ter. a dom. 18h/2h; sáb. 16h/2h; seg. fechado.
PONTO DO ESPETINHO Av. Prudente de Morais, 393, Santo Antônio Tel.: 3293-3699 Funcionamento: ter. a sex. 17h/0h; sáb 12h/3h; dom. 12h/0h.
BAR DO EDINHO Rua Antônio Dias, 367 Tel.: 3317-1962 Funcionamento: qua. a sex. 19h/0h; sáb. e dom.12h/0h.
PAPO LEGAL Rua Marquês de Maricá, 56, Santo Antônio Tel.: 2396-0801 Funcionamento: seg. a sáb. 11h/0h
ADRIANO IMPERADOR Rua Cristina, 1270 Tel.: 3586-9066 Funcionamento: ter. a sex. 17h30/2h; sáb. e dom. 15h/2h.
RECOMENDO Rua São João Evangelista, 382 Tel.: 3658-6782 Funcionamento: qua. e qui., 17h/23h; sex. 17h/0h; sáb. 14h/0h; dom. 10h/18h. seg. e ter. fechado.
Bar do Sabará Rua Paulo Afonso, 884 Tel.: 3296-3851 Funcionamento: Diariamente: 9h às 23h
Bar do GIL Rua Mar de Espanha, 342 Tel.: 3212-1328 Funcionamento: seg. a sex: 17h às 23h sáb.: 10h às 23h
Bar Papo Legal, Sabará e Bar do Edinho (foto) são opções para quem quiser ver os jogos da Copa.
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Bares perto de casa reforçam torcida pelo hexa
10 JORNAL O BAIRRO • ED 05 • JUN/2014
Jota Quest promete balanço
Pelas lentes de Seb
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o último final de semana deste mês, o Jota Quest sobe no palco do Chevrolet Hall para apresentar seu “Baile da Pesada”, turnê que mostra ao público belo-horizontino as músicas do novo CD da banda, “Funky Funky Boom Boom”. E de uma coisa os mineiros podem estar certos: não vai faltar balanço no show. “Depois de cinco anos sem lançarmos um disco de inéditas, retornamos às nossas raízes com muito swingue”, disse o vocalista do grupo, Rogério Flausino. “O Jerry Barnes foi quem produziu o trabalho. É um cara sensacional, tem uma energia positiva e é ela que marca este novo disco”. No palco, a banda recria o clima dos bailes de ‘black music’ da década de 70, com um toque retrô. Para o “Baile da Pesada”, o Jota Quest volta a contar com o apoio de um naipe de metais, emprestado dos paulistanos do Funk Como Le Gusta.
Jota Quest - “Baile da Pesada” Sábado, dia 27, às 22h, no Chevrolet Hall PISTA VIP: R$ 160,00 (inteira, último lote) PISTA/ARQUIBANCADA: R$ 120,00 (inteira, último lote) R$ 60,00 (meia, último lote)
Roteiro
esde o dia 4 deste mês, os belo-horizontinos têm a oportunidade de conferir nada menos que 245 fotografias de Sebastião Salgado, da série “Genesis”, que mostram lugares intocados do planeta. A exposição, que fica em cartaz na Grande Galeria Alberto da Veiga Guignard e no Espaço Mari’Stella Tristão, até o dia 24 de agosto, é dividida em cinco mostras temáticas, com imagens registradas pelo mineiro entre 2004 e 2011. Para quem não conhece a obra do fotógrafo, Salgado segue fiel ao preto e branco para mostrar a natureza virgem de regiões remotas. Foram mais de 30 viagens para chegar aos temas “Planeta Sul”, sobre a Antártica, “Santuários”, com paisagens vulcânicas e ecossistemas únicos, “África”, “Terras do Norte”, sobre Alasca, regiões do Canadá e da Rússia, e “Amazônia e Pantanal”, sobre paraísos tropicais vistos do céu.
Confira o que há de melhor nos bairros Santo Antônio e São Pedro, do comércio à diversão.
Veja, nas próximas edições, os roteiros de decoração, lojas de brinquedos, informática, moda feminina e masculina, materiais de construção, pet shops, bufês, escolas e serviços mecânicos
Bares e Casas Noturnas
Restaurantes
Escolas e Colégios DONA LUCINHA No coração do São Pedro, oferece a tradicional culinária mineira e vai virar enredo do Salgueiro
. Belo Comidaria, rua Orange 67 (telefone 3643-1569)
RECOMENDO BUTIQUIM Recém-inaugurado, promete ser ponto de encontro para os amantes do boteco . Recomendo Butiquim, rua São João Evangelista 382 (telefone 3658-6782) . Adriano, Imperador da Cerveja, rua Cristina 1270 (telefone 3586-9066) . Red Sport Bar, rua Viçosa 250 (telefone 3223-1987) . Petisqueira são Pedro, rua Viçosa 631 (telefone 3344-5405) . Entre Folhas, rua Major Lopes 709 (telefone 3281-4166) . Krug Bier, rua Major Lopes 172 (telefone 2535-1122) . Lord Pub, rua Viçosa 263 (telefone 3223-5979) . Mercearia do Lili, rua São João Evangelista 676 (telefone 3293-3469) . Pub Major Lock, rua Major Lopes 729 (telefone 8484-1448) . Surubim na Brasa, rua Cristina 1.256 (telefone 3342-3998) . Via Cristina, rua Cristina 1.203 (telefone 3296-8343)
. Dona Lucinha, rua Padre Odorico 38 (telefone 3227-0562) . Jin Lon, avenida do Contorno 6.557 (telefone 3227-7001) . Paradiso, rua Leopoldina 347 (telefone 3318-6813) . Parrilla Los Hermanitos, rua Lavras 914 (telefone 3347-3285) . Ristorante Murizio Gallo, avenida Nossa Senhora do Carmo 860 (telefone 2555-5432) . Sapore d’Itália, rua Mestre Luiz 64 (telefone 3227-4585)
. Allegretto Centro de Educação Musical, rua Cristina 1.145 (telefone 3344-7196) . Babaya Escola de Canto, rua São Domingos do Prata 505 (telefone 3344-7396) . Berlitz Centro de Idiomas, avenida do Contorno 6.213 (telefone 3223-7552) . Biosfera Pré-Vestibular, rua Nunes Vieira 227 (telefone 3282-8083) . Blue Bell Idiomas, rua São Domingos do Prata 390 (telefone 3221-4334) . Centro Cultural Daniela Rosa, rua Padre Odorico 180 (telefone 3225-1880) . Colégio Marista Dom Silvério, rua Lavras 225 (telefone 2125-0300) . Compasso Academia de Dança, rua Padre Odorico 48 (telefone 3282-7070) . Greenwich Schools, rua Mestre Luís 98 (telefone 3245-0125) . Instituto Padre Machado, avenida do Contorno 6.475 (telefone 3263-9000) . La Escuela, rua São Romão 381 (telefone 3293-3099)
Farmácias e Drogarias
. Lumynus, rua Mestre Luiz 76 (telefone 3282-1336)
. Drogaria do Dias, rua Viçosa 501 (telefone 3297-9060)
. Number One, rua São Domingos do Prata 390 (telefone 3347-6963)
. Drogaria Araújo, avenida do Contorno 6.015 e 6.714 (telefones 3283-5328 e 3293-1940) . Drogaria e Perfumaria Sabin, rua Paulo Afonso 718 (telefone 3296-2111) . Drogaria e Perfumaria Santa Rita, rua Viçosa, 542 (telefone 3296-1276)
. The Best, rua Padre Severino 103 (telefone 3281-6972)
Cinemas e Teatro
. La Farma, avenida do Contorno 6.777 (telefone 3223-9727)
. Cinemark do Pátio Savassi, avenida do Contorno 6.061 (telefone 3209-0079)
. Therapêutica Farmácia de Manipulação, avenida Prudente de Morais 629 (telefone 3296-6614)
. Teatro Dom Silvério, avenida Nossa Senhora do Carmo 230 (telefone 3209-8989)
bastião Salgado
Johnny Depp volta às telas
“Genesis” De terça-feira a sábado, das 9h30 às 21h; e domingo, das 16h às 21h Na Grande Galeria e no Espaço Mari’Stella Tristão, do Palácio das Artes
Salões e Estética . New Soft Cabelereiros, rua Major Lopes 546 (telefone 3223-5226)
. Astral Cabelereiros, rua Leopoldina 170 (telefone 3297-5439)
. Ronaldo Cabeleireiros, rua Paulo Afonso 304 (telefone 3344-0047)
. As Meninas ‘spa mãos e pés’, rua Major Lopes 250 (telefone 2555-9220)
. Salão do Lu, rua São Romão (telefone 2535-7301)
. Clássico Cabeleireiros, avenida do Contorno 6.337 (telefone 3223-4746)
. Studium do Cabelo, avenida do Contorno 6.077 (telefone 3297-4970)
. Etternite Centro de Estética e Beleza, rua Raul Pompéia 43 (telefone 2552-5200)
. Salão Pedrinho, rua Major Lopes 47, 53 e 82 (telefones 3223-2288, 3225-6036 e 3282-5488)
. Laquê, rua Congonhas 724 (telefone 3293-3844) . La Belle Penteados, rua Major Lopes (telefone 3282-5446) . Lowback Cabeleireiros, rua Barão de Macaúbas 724 (telefone 3297-7869) . Maite Cabeleireiros, rua Viçosa 411 (telefone 3227-2130)
. Titta Cabeleireiros, rua Leopoldina 36 (telefone 3344-3701) . Village, rua São João Nepomuceno 605 (telefone 3296-6968) . Villa romana, rua Paulo Simoni 187 (telefone 3223-1263)
. Mano Gilson Cabeleireiros, rua Major Lopes 546 (telefone 3223-5750)
. Academia Gota d’Água, rua São Domingos do Prata 570 (telefone 3342-1439) . Academia Squashmec, rua Congonhas 400 (telefone 3227-1800)
. Deep Fitness, rua Major Lopes 700 (telefone 2331-3102) . Fit Place Academia, rua Bolívia 192 (telefone 3215-8030) . Mackenzie Esporte clube, rua Benvinda de Carvalho S/N (telefone 3223-2611) . Knockout Centro de Lutas, rua Major Lopes 82 (telefone 2555-8406) . Pingo d’Água, rua Orange 103 (telefone 3221-6363)
. Mart Plus, avenida Nossa Senhora do Carmo 1.420 (telefone 3284-9352) . Nova Trigal, rua Viçosa 439 (telefone 3281-2166) . Padaria e Confeitaria Vectra, rua Major Lopes 93 (telefone 3223-5245) . Padaria Santa’Ana, rua Congonhas 735 (telefone 3344-3720) . Panificadora Pimentel, rua São Tomás de Aquino 517 (telefone 3287-9820) . Pão e Fruta Panificadora, rua Mangabeira 19 (telefone 3296-4347) . Pão & Magia, rua Paulo Afonso 917 (telefone 3296-7805) . Pedro Padeiro, rua Barão de Macaúbas 348 (telefone 3344-0299)
. Verdemar Supermercado e Padaria, rua Viçosa 572 (telefone 2531-5252)
. Água e Sabão, rua Major Lopes 7, loja 3 (telefone 3223-1547) . Classe A, rua São João Evangelista 878 (telefone 3344-7193) . Extra, rua Major Lopes 42 (telefone 3284-0362) . Qualimaster, rua Cristina 980 (telefone 3297-8397)
. Body Shape, rua Carangola 623 (telefone 3296-7977) . Cinesis Academia, rua Congonhas 450 (telefone 3227-3268)
Coprodução Reino Unido, China e Estados Unidos. Suspense/Ficção Científica, 119 minutos
. Santíssimo Pão, rua Benvinda de Carvalho 148 (telefone 3225-0777)
Lavanderias Ginástica e Natação
“Transcendence - A Revolução”
Padarias e Supermercados
. Alexandre Signorini, rua Lavras 500 (telefone 3284-4212)
Informática . Alloymega, rua Nunes Vieira 156 (telefone 3296-8097) . Base Tecnologia, rua Major Lopes 34 (telefone 2535-0002) . GVS, avenida Prudente de Morais 621 (telefone 3296-3177) . LCI, rua Raul Pompéia 82 (telefone 3287-5929)
11 JORNAL O BAIRRO • ED 05 • JUN/2014
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s fãs podem se preparar, porque o astro Johnny Depp retorna à telona neste mês, vivendo um cientista, o doutor Will Caster, que lidera uma pesquisa sobre inteligência artificial em “Transcendence - A Revolução”. O filme, uma mistura de suspense e ficção científica, teve a produção orçada em US$ 100 milhões e aborda um tema muito recorrente, nos dias de hoje: os limites do avanço cibernético. Rebecca Hall (de “Homem de Ferro 3”) vive a esposa do doutor Caster, no título que marca as estreia de Jack Plagen como roteirista e de Wally Pfister (diretor de fotografia de “Batman - O Cavaleiro das Trevas”) como diretor. Uma curiosidade a respeito de “Transcendence - A Revolução”, é que ele repete a dupla de protagonistas do clipe de “My Valentine”, de Paul McCartney, dirigido por Pfister.
Papelaria e Presentes . Comercial Pinus, rua Paulo Afonso 526 (telefone 3223-5480) . A Savassi Livros, rua Viçosa 11 (telefone 3223-8969) . Mezza Luna, rua Major Lopes 597 (telefone 3225-4474) . Papelaria Bikas, rua Lavras 188 (telefone 2535-4848) . Sonho Encantado, rua mar de Espanha 339 (telefone 3296-4249)
12 JORNAL O BAIRRO • ED 05 • JUN/2014
Palco de grandes espetáculos Ginásio do Mackenzie foi referência para artistas e público ANTES DO PALÁCIO DAS ARTES
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uando Belo Horizonte não contava nem com o Palácio das Artes, o ginásio poliesportivo do Mackenzie Esporte Clube, no coração do bairro Santo Antônio, era o principal palco para shows em Belo Horizonte. O espaço, inaugurado em 1971, recebeu grandes shows de artistas como Roberto Carlos, Elis Regina, Rita Lee e a banda Secos e Molhados. Hoje, em função das limitações impostas pelo Poder Público municipal e suas leis anacrônicas, o ginásio vem se limitando a receber eventos esportivos. Uma das sócias mais antigas do Mackenzie e moradora do bairro São Pedro, a ex-atleta de vôlei Íris Alves lembra dos tempos em que o ginásio recebia artistas de renome internacional. Segundo ela, sócios e vizinhos do clube faziam fila para acompanhar os shows. Não era preciso sair do bairro para acompanhar shows e eventos. “Na época em que o Palácio das Artes ainda não existia, o ginásio do Mackenzie era a principal referência de eventos da cidade”, conta. No lugar de fortalecer os empreendedores do bairro e de manter os moradores na região, em época de lei seca e insegurança, o Poder Público endurece as regras de convivência e amplia a fiscalização em busca de recursos obtidos por meio de multas. Reféns de uma política que opta pelo “choque de ordem” em vez de estimular a convivência e a ocupação da vizinhança, os moradores sem veem cada vez mais isolados. ESPORTE
A construção do ginásio também representou uma mudança radical na rotina das equipes de basquete, vôlei e futsal masculino da época, não só do Mackenzie. Todas as equipes queriam jogar no novo ginásio. As equipes do Mackenzie, até então, treinavam e jogavam na quadra descoberta ou até mesmo fora do clube. Com a inauguração, o ginásio passou a ser a casa dos times e da torcida do clube. No primeiro mês de inauguração, segundo Íris Alves, o clima foi de muita festa para todos os jogadores, técnicos e sócios. “A estrutura fornecida pelo clube após essa data mudou muito e refletiu diretamente nos futuros resultados das equipes”, lembrou. Um torneio de inauguração foi realizado e contou com a participação do Mackenzie, Pinheiros e Paulistano, grandes equipes de vôlei de São Paulo.
Palco de grandes jogos, como os memoráveis clássicos entre Mackenzie e Minas, o ginásio criou uma identidade não só com as equipes, mas também com os sócios. “A partir daquele momento, a torcida podia comparecer e nos apoiar com mais comodidade”, afirmou Íris. Para o ex-presidente do Mackenzie Carlos Barcelos, foi o início de uma nova fase do esporte não só do clube, mas também de Belo Horizonte. “Naquela época a cidade tinha apenas um grande ginásio que era o do Minas. Com a construção do nosso ginásio, o esporte belo-horizontino ganhou mais um belo palco”, lembrou. Em 2001, o local passou por um período de reformas no piso, cobertura e ventilação, melhorando ainda mais sua estrutura para eventos, treinos e jogos das equipes. Vieram então as participações do vôlei na Superliga Feminina. A partir da temporada 2007/2008 o local foi palco de jogos emocionantes. A última grande disputa realizada no ginásio foi durante a edição 2011/2012 da competição. Na série melhor de três das quartas de final, o Mackenzie surpreendeu o favorito Unilever (RJ), comandado pelo técnico Bernardinho, e venceu por 3 sets a 2.
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Na época em que o Palácio das Artes ainda não existia, o ginásio do Mackenzie era a principal referência de eventos da cidade” Íris Alves, moradora do São Pedro
Ginásio do Mackenzie voltaria a ser opção de entretenimento, como nas décadas de 1970/80, se o Poder Público incentivasse parcerias com a iniciativa privada