Sementes de Esperança | Dezembro de 2012

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Sementes de Esperança

Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre

Dezembro 2012


Intenções de Oração do Santo Padre Intenção Geral Acolher os Emigrantes Para que, em todo o mundo, os emigrantes sejam acolhidos, especialmente pelas comunidades cristãs, com generosidade e autêntica caridade.

Intenção Missionária Cristo, luz da humanidade Para que Cristo Se revele a toda a humanidade com a luz que procede de Belém e se reflecte no rosto da sua Igreja.

Intenção Nacional Pelos jovens do nosso país e pelos casais, para que não se esqueçam da sua dignidade e do pensamento de Deus a seu respeito, e não tenham medo de arriscar no cumprimento da Sua vontade, que é caminho de vida e de felicidade, que só em Deus pode alcançar-se.

SEMENTES DE ESPERANÇA Folha Mensal de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre PROPRIEDADE CONTACTOS DIRECTORA REDACÇÃO FONTE FOTOS DISTRIBUIÇÃO PERIODICIDADE IMPRESSÃO PAGINAÇÃO

Fundação AIS, Rua Prof. Orlando Ribeiro, 5 D, 1600-796 Lisboa Tel.: 217 544 000, fundacao-ais@fundacao-ais.pt, www.fundacao-ais.pt Catarina Martins de Bettencourt P. José Jacinto Ferreira de Farias, scj, Maria de Fátima Silva, Alexandra Ferreira, Ana Vieira e Félix Lungu L’Église dans le monde – AIS França; Relatório da Liberdade Religiosa no Mundo 2012 ©Fundação AIS; ©AED; © Bradi Barth Gratuita, mediante simples pedido 11 Edições Anuais Gráfica Artipol JSDesign

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Reflectir

É Preciso Despertar as Consciências Nestes últimos tempos houve várias notícias que particularmente me chamaram a atenção: a questão gravíssima entre nós da queda vertiginosa da natalidade, que põe em risco o nosso futuro como sociedade; a maternidade adolescente em Portugal, e no caso concreto na Ilha da Madeira. No que diz respeito à primeira informação, o que me causou surpresa foi um certo tom alarmista, o que me parece ter sido a primeira vez que me foi dado observar. Até agora a notícia era enquadrada na alegada neutralidade do jornalista que regista e narra factos. Agora era diferente, e tinha pelo menos a coragem de dizer que a «crise» não é responsável por tudo, o que significa que a queda da natalidade entre nós não se reduz nas suas causas a uma questão económica. Aludia, nomeadamente, à necessidade de rever determinados padrões de vida e timidamente apontava para a situação da mulher. Não referia, nem de longe, que a par da queda da natalidade em Portugal se encontra o aumento impressionante dos abortos, de tal modo que são mais os abortos do que os nascimentos em Portugal. Um colega

meu, ainda há pouco tempo, disse-me que um capelão de um hospital lhe tinha confidenciado que num só dia nesse hospital tinham sido praticados trinta e sete abortos e tinham nascido apenas três crianças. Chegamos verdadeiramente ao ponto da calamidade social. As energias daquele hospital estão mais ao serviço da morte e do que da vida, e o mesmo acontece em muitos outros certamente. Estamos neste momento a colaborar todos, quer queiramos quer não, para uma sociedade que serve a morte e não a vida, e que conduz ao beco sem saída do desespero infernal. Porque não é só a criança que é morta, é também a mãe, porque a morte do filho é a morte da mãe. A outra notícia referia-se à maternidade adolescente entre nós, em Portugal em geral e na Madeira em Portugal. E de novo aqui o que me impressionou não foi a maternidade em si mesma, mas o mesmo clima de alegada neutralidade, mesmo a respeito do aborto, encarado como uma possibilidade, praticada em número crescente nos últimos anos, para o problema da gravidez «não desejada». E aqui está

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Reflectir o ponto: sabemos que o desenvolvimento da natureza faz com que a partir de certa altura do nosso desenvolvimento, o rapaz está habilitado pela natureza para ser pai e a rapariga para ser mãe. Em sociedades mais arcaicas há maior respeito pelo ritmo da natureza, tanto na antiguidade como em culturas mais recentes, como em certas tribos e povos em África ou na América Latina, menos influenciadas pelo progresso e pela tecnologia ocidentais. Mas aqui entre nós o drama é enorme, porque por um lado incentiva-se os adolescentes à vida sexual, através de uma educação muito mais orientada para a saúde do que para a realização integral da pessoa, que deve ter em conta os aspectos morais e espirituais da nossa condição humana enquanto tal. Para se ter uma ideia do descalabro em que deste ponto de vista nos encontramos basta dar uma vista de olhos a uma qualquer telenovela que esteja a passar em qualquer canal televisivo. Presenciamos aí a um retrato da vida real no que tem de incentivo para a promiscuidade e a imoralidade.

responsável de tudo, o que é também dar cabo dela, esmagá-la no seu ser, e assim a nossa sociedade encaminha-se para o seu fim, mesmo se ao toque de orquestra, como no desastre do Titanic. Se ao menos o «ano da fé» fosse uma ocasião providencial para o despertar das consciências adormecidas; que há limites que não devem ser transpostos; que devemos dar contas a Deus pelo que fazemos ou deixamos de fazer; que podemos estar a percorrer caminhos de perdição, que nos conduzem pessoal e socialmente ao desespero e ao inferno; que a nossa fé deve transformar a nossa vida, que vale por si mesma; que o homem vale pelo que é e não pelo que tem!…

P. José Jacinto Ferreira de Farias, scj Assistente Eclesiástico da Fundação AIS

Já há quem fale da «morte do homem». Se esta expressão significa a «morte do varão», então resta a «mulher» como única 4

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Países Bálticos Finlândia

Países Bálticos

Chegou a hora da Igreja Católica?

mar Báltico

Estónia Rússia Letónia

Vinte anos após a sua independência, estes três países bálticos parecem estar a seguir a mesma via de integração europeia, mas cada um deles pretende segui-la à sua maneira. Em que ponto estão estes países cujo Catolicismo vai de vento em popa?

Litânia

Bielorússia

Polónia

LITUÂNIA

LETÓNIA

ESTÓNIA

Religiões Católicos 79% Protestantes 5% Agnósticos 11% Ortodoxos 5%

Religiões Católicos 20% Protestantes 13% Agnósticos 30% Ortodoxos 37%

Religiões Católicos 79% Protestantes 5% Agnósticos 11% Ortodoxos 5%

Superfície 65.200 Km2 População 3,2 milhões habitantes

Superfície 64.600 Km2 População 2,3 milhões habitantes

EVOLUÇÕES DIFERENTES A nível político, os desafios comuns que a Lituânia, a Letónia e a Estónia têm de enfrentar hoje são, para além da conclusão da transição para uma democracia apaziguada, uma demografia em recessão (salvo um sinal de vida na Estónia) e as consequências da crise mundial sobre as economias dinâmicas mais frágeis. A isto acrescem os desafios inerentes a um ou dois destes países, tal como a existência de uma forte minoria russa na Letónia e na Estónia e a corrupção. A Lituânia, cujo regime político é semipresidencial, é governada, desde julho de 2009, por Dalia Grybauskaite, antiga comissária europeia do Orçamento. Alcunhada como a Dama de Ferro

Superfície 45.100 Km2 População 1,3 milhões habitantes

báltica, a presidente lituana ousou recusar um pequeno-almoço com Barak Obama, para mostrar a independência do país, desde 2008 com um Governo centro-direita. O segundo homem forte do país é Arturas Zuokas, o jovem e muito popular, quase populista, presidente da câmara de Vilnius que se tornou célebre em 2008, quando esmagou com um tanque um veículo mal estacionado. A Letónia, uma democracia parlamentar, atravessa actualmente uma grave crise política e moral. O presidente Zlaters lançou-se, pouco antes do fim do seu mandato, numa campanha aberta contra os oligarcas que conquistaram impérios financeiros e poluem o jogo político. Em Julho, ganhou com grande avanço o referendo sobre a

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Países Bálticos Procissão do Corpo de Deus pelas ruas de Vilnius, Lituânia.

dissolução do Parlamento (com mais de 90% de votos), mas antes tinha sido derrotado nas eleições presidenciais e foi o antigo quadro comunista e depois presidente da câmara de Comércio de Riga, Andris Berzins, que lhe sucedeu. As eleições legislativas de 17 de Setembro deram a vitória – relativa – ao partido de esquerda pró-russo, mas os partidos de direita conseguiram manter no poder uma coligação de direita liderada por Valdis Dombrovskis. A Estónia é o melhor aluno europeu dos três, o que a faz entrar, a 1 de Janeiro de 2012, na zona euro. É também, caso raro nesta parte do mundo, um país que tem um saldo demográfico positivo. O Governo de direita de Andrus Ansip, primeiro-ministro desde 2005, ganhou por maioria as eleições de Março de 2011, e continua com uma política de austeridade e de ressurgimento económico que está a dar fruto. A LITUÂNIA CATÓLICA

Com 79% de católicos, a Lituânia é o ponto avançado desta confissão no nordeste da Europa. As principais minorias religiosas são ortodoxas, luteranas, judaicas e caraítas (última comunidade na Europa deste ramo do Judaísmo que apenas admite a Torá escrita). A influência da Igreja

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Católica nas consciências é real e pesa no debate público e tomadas de posição do país no seio da Europa, como disso foi testemunho a polémica com o Parlamento europeu sobre a homossexualidade, cuja propaganda é proibida na Lituânia, ou o apoio à Itália no problema dos crucifixos. O renascimento da Igreja Católica na Lituânia foi marcado pelas fortes personalidades do Cardeal de Vilnius e do Arcebispo de Kaunas. O primeiro, D. Audrys Backis, passou a sua infância no exílio, em Paris, antes de ir para Roma e se tornar um dos mais brilhantes diplomatas da Santa Sé. Liderou a delicada passagem da perseguição à reconstrução. O segundo, D. Sigitas Tamkevicius, foi uma grande figura da resistência espiritual contra o comunismo. Este sobrevivente do gulag justificou, em Julho de 2010, a recusa em deixar entrar na catedral de Vilnius os restos mortais do antigo chefe de Estado, Algirdas Brazauskas, antigo chefe do partido comunista na época soviética e divorciado, aquando das suas exéquias nacionais, provocando a ira da presidente Grybauskaite. A Lituânia tem também o único mosteiro beneditino dos países bálticos, São Bento de Palendriai, fundado pelo abade de Solesmes. Em 1998, doze monges instalaram-se nesta região.

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Países Bálticos São Bento de Palendriai, o único mosteiro beneditino nos Países Bálticos.

Construíram o mosteiro e integraram-se na Igreja local, acolhendo as primeiras vocações lituanas. No Outono de 2011, o mosteiro de Palendriai acolheu o sínodo dos abades-presidentes das congregações beneditinas do mundo inteiro. A LETÓNIA LUTERANA E CATÓLICA

Após a expulsão dos alemães, de Kaliningrad, a Letónia passou a ser o único feudo do Protestantismo na Europa do Nordeste. Cerca de 70% da população declarava-se luterana, antes da segunda guerra mundial, em contraste com 20% de católicos no sul do país. Mas o ateísmo sistemático na época comunista e o consumismo dominante desde aí fazem que pouco mais de 20% da população actual se declare protestante (com uma prática muito baixa), um número equivalente ao dos católicos e ao dos ortodoxos da minoria russa. A Igreja Católica resistiu bem melhor ao comunismo e ao consumismo, e tem a mesma percentagem de fiéis que tinha antes da guerra, ou seja, à volta de 500.000 fiéis, quer dizer um pouco mais de um quinto da população. Desde 2010 e após a reforma do Cardeal Janis Pujats, figura da resistência espiritual à sovietização, D. Zbignew Stankiewicz é o líder desta Igreja. As mudanças

da época soviética e da urbanização levaram para a capital e para outras cidades do país uma parte desta comunidade, até então rural, cuja língua apresenta particularidades suficientemente importantes para justificar uma edição própria da pequena Bíblia para Crianças da AIS, “Deus fala aos Seus filhos” em língua latgale. Nessa altura, a Letónia tinha o único centro de formação aceite para todos os futuros padres da Igreja Católica de rito latino, em território da URSS. Actualmente, acolhe algumas dezenas de seminaristas letões. Estes terão, no futuro, que fazer a transição de um Cristianismo rural em vias de desaparecimento para uma fé aberta à confrontação com o mundo actual e a sua secularização. O Carmelo, aberto há alguns anos por monges alemães, em Riga e as carmelitas apostólicas, vindas da Polónia, pretendem enraizar esta evolução numa espiritualidade forte. Ainda discreto, o Catolicismo letão deverá afirmar-se nos debates da sociedade. A ESTÓNIA, DESERTO ESPIRITUAL E RENASCIMENTO CATÓLICO

Outrora terra de tradição luterana como a Letónia, a Estónia é hoje um dos países mais descristianizados da Europa. Só 16% da população

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Países Bálticos Procissão por ocasião da Festa da Transfiguração, na Letónia.

declara acreditar em Deus, mesmo que 70% declare pertencer a uma confissão religiosa (45% de protestantes, 25% de ortodoxos sobretudo russos de origem, menos de 1% de católicos). A prática religiosa dos protestantes é muito fraca e a dos ortodoxos parece corresponder sobretudo a razões sociológicas e nacionais, sendo a única instituição russa no solo da Estónia. Para além disso, desde 1993 um conflito dividiu esta Igreja Ortodoxa num ramo dependente do patriarcado de Moscovo (cerca de 150.000 fiéis) e outro dependente do patriarcado de Constantinopla (cerca de 25.000 fiéis). Desde 2002 chegou-se a um frágil modus vivendi entre as duas Igrejas no que respeita a propriedade e a utilização dos locais de culto. Durante quatro séculos, o Catolicismo desapareceu de cena, na Estónia. Só no dia seguinte ao da independência (1918) é que alguns jesuítas se vieram ali instalar para ajudar os emigrantes polacos ou os dos outros países bálticos. Quando o Exército Vermelho chegou, só havia algumas dezenas de católicos estonianos. O administrador apostólico morre no Gulag e o Catolicismo desaparece. Aquando da queda da União Soviética, uma pequena Igreja (à volta de 200 membros) sai das catacumbas. A visita de João Paulo II, em 1993,

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dá-lhe visibilidade e impulsão, e Roma nomeia um administrador apostólico. Desde 2005, é um francês, D. Philippe Jourdan, que ocupa este cargo. Membro do Opus Dei, instalado na Estónia desde 1996, D. Jourdan caracteriza-se por um forte dinamismo apostólico. Foi assim que, em 2009, pela primeira vez desde há quase 500 anos, se pôde ver uma procissão católica nas ruas de Tallin. A Igreja Católica da Estónia ainda só tem 9.000 fiéis, mas o número cresce rapidamente e irá mesmo triplicar nos próximos seis anos, apesar desta evolução estar limitada pelo obstáculo linguístico: D. Jourdan lamenta a dificuldade em encontrar sacerdotes que falem a língua do país. Estas conversões ocorrem principalmente no meio urbano, em particular na capital, e sobretudo entre os jovens com um elevado nível de estudos. Para D. Jourdan, trata-se principalmente de uma procura espiritual pessoal e as dimensões comunitárias da fé são ainda frágeis, mas a Igreja Católica já passou a fazer parte da paisagem espiritual da Letónia contemporânea. Oração Para que os povos dos países bálticos se deixem tocar e permear pelo testemunho de Cristo, pela Palavra do Pai e pelo amor do Espírito Santo, nós Te pedimos Senhor!

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Oração

Noite de Natal A festa de Natal, para a qual a Igreja nos prepara com a liturgia do Advento, não é nenhum dia de romantismo sentimental, mas sim a festa régia do Deus todo-poderoso, que contou o tempo e finalmente vem redimir o Seu povo. Apesar de o Messias Se apresentar inicialmente na forma de uma criança indefesa, Herodes considerou-O suficientemente perigoso para mobilizar contra Ele o seu exército. Ele é o Cristo forte a quem foi dado todo o poder no céu e na terra, o Redentor por quem, com ardente ânsia, os oprimidos esperam. Por isso, na véspera de Natal, a Igreja proclama a mensagem encorajadora: “Amanhã será varrida da terra a iniquidade!” Existe muita injustiça na Terra. Injustiça que cometemos e injustiça que sofremos. Injustiça como punição pela própria incompetência e injustiça cometida sem motivo. Injustiça desencadeada pelos pecados dos nossos pais e injustiça causada pelo ódio à Igreja perseguida. Toda esta injustiça será varrida do mundo por Cristo. Isto não significa que nós possamos esperar - como os judeus - um Messias político, ou ainda que devamos imaginar a salvação como uma campanha de punição contra exploradores e ditadores. Tampouco devemos esperar do Senhor alguma reforma social que transforme a terra em paraíso, Pois Cristo não é nenhum político, nenhum general e nenhum líder sindical. Ele é o Filho de Deus, que Se fez homem para trazer às pessoas a vida divina e que, consequentemente, nos chama a sermos perfeitos como perfeito é o Pai celeste. Somente à medida que correspondemos a esta vocação, a injustiça desaparecerá da Terra. Somos pessoalmente responsáveis pela porção do Reino de Deus que nós mesmos representamos. Somente quando Cristo for o único fio condutor do nosso agir, quando fizermos o que Ele fez e recusarmos o que Ele rejeitou, quando o Seu amor por Deus e pelas pessoas irromper irresistivelmente para fora através de nós, quando o Pai reconhecer em nós o Seu Filho, quando pastores e reis, poderosos e oprimidos se ajoelharem atónitos de alegria por descobrirem em nós o Redentor, só então Cristo nascerá nos dias de hoje e em nós, e poderá haver paz na Terra. Mas se não houver lugar para Cristo no albergue do nosso coração, a injustiça após o Natal continuará tão grande como antes. Padre Werenfried van Straaten Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre

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Pensamento Positivo

OS TRÊS DESEJOS DO PAPA

1. Antes de iluminar a árvore gostaria de exprimir três desejos (...).Quando olhamos para ela, os nossos olhos dirigem-se para cima, para o céu, para o mundo de Deus. O meu primeiro desejo é, portanto, que o nosso olhar, o da mente e o do coração, não se detenha somente no horizonte deste mundo, nas coisas materiais, mas que seja, de alguma forma, como esta árvore, que tenda para cima, que se dirija para Deus. Deus nunca nos esquece, mas também nos pede que não nos esqueçamos d’Ele. O Evangelho narra que na noite santa de Natal uma luz envolveu os pastores, anunciandolhes uma grande alegria: o nascimento de Jesus, d’Aquele que nos trouxe a luz, mais ainda, d’Aquele que é a luz verdadeira que a todos ilumina. A grande árvore que iluminarei dentro em pouco (...) iluminará com a sua luz a obscuridade da noite.

2. O segundo desejo é que nos recorde que também nós necessitamos de uma luz que ilumine o caminho da nossa vida e nos dê esperança, especialmente nesta época em que sentimos tanto o peso das dificuldades, dos problemas, dos sofrimentos e parece que nos envolve um véu de trevas. Mas, que luz pode iluminar verdadeiramente o nosso coração e dar-nos uma esperança firme e segura? É o Menino que contemplamos no santo Natal, num pobre e humilde estábulo, porque é o Senhor que se aproxima de cada um de nós e pede que o acolhamos novamente na nossa vida, nos pede que o amemos, que tenhamos confiança n’Ele, que sintamos a sua presença, que nos acompanha, nos apoia e nos ajuda.

3. Mas esta árvore tão grande é formada por muitas luzes. O último desejo é que cada um de nós dê o seu contributo iluminando os ambientes em que vive, na família, no trabalho, no bairro, nas aldeias, nas cidades. Que cada um seja uma luz para quem tem ao lado; que ponha de lado o egoísmo que, tão frequentemente, fecha o coração e leva a pensar só em si mesmo; que preste mais atenção aos outros, que os ame mais. Qualquer pequeno gesto de bondade é como uma luz desta grande árvore: juntamente com as outras luzes ilumina a obscuridade da noite, mesmo da noite mais escura. Palavras de Bento XVI antes de acender a árvore de Natal (Advento de 2011)

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Agenda

Concerto de Natal da Fundação AIS

No próximo dia 15 de Dezembro às 16h, irá realizar-se o tradicional Concerto de Natal da Fundação AIS, na Igreja de S. Domingos, Largo de S. Domingos, nº 25, (junto ao metro da Praça do Rossio), em Lisboa. No âmbito da sua missão, a Fundação AIS pretende, neste evento, recordar aqueles que por todo o mundo sofrem com a discriminação, restrições e perseguição à liberdade religiosa, em especial os cristãos perseguidos na Índia. A actuação será da responsabilidade do Coro da Academia de Santa Cecília. Serão interpretadas peças de Aires Fernandez, Diogo Melgaz e João Rodrigues Esteves pelo ensemble vocal, a Missa Brevis de Mozart pelo coro e orquestra, peças de Bach, Haydn e Prokofiev pela orquestra de cordas, canções de Natal pelo coro de câmara e orquestra de cordas, e uma actuação especial do coro de escola. A entrada é livre e a Fundação AIS convida desde já todos os seus benfeitores e amigos a participarem neste evento cultural e solidário. Os donativos recolhidos neste evento promovido pela Fundação AIS reverterão em favor de inúmeros projetos concretos junto da comunidade católica na Índia.

Votos de um Santo Natal!

COMPAREÇA e divulgue esta informação pelos seus amigos e família!

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Produto em Destaque

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“Qualquer pequeno gesto de bondade é como uma luz (…): juntamente com as outras luzes ilumina a obscuridade da noite, mesmo da noite mais escura.”

(Papa Bento XVI)

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Ilumine o seu presépio, mantendo esta vela acesa! Rua Professor Orlando Ribeiro, 5 D, 1600-796 LISBOA Tel 21 754 40 00 • Fax 21 754 40 01 • NIF 505 152 304 fundacao-ais@fundacao-ais.pt • www.fundacao-ais.pt


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