Sementes de Esperança | Maio de 2013

Page 1

Sementes de Esperança

Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre

Maio 2013


Intenções de Oração do Santo Padre Intenção Geral Agentes da justiça Para que aqueles que administram a justiça actuem sempre com integridade e recta consciência.

Intenção Missionária Formação nos Seminários Para que os Seminários, especialmente os que estão em Igrejas de missão, formem pastores segundo o Coração de Cristo, dedicados inteiramente ao anúncio do Evangelho.

Intenção Nacional Por todos os cristãos para que neste ano da fé, e meditando sobre o Credo e recitando-o com devoção, tenham cuidado na linguagem, no seu modo de falar, respeitando o nome de Deus e não adorando, mesmo no modo de falar, coisas que o não merecem. SEMENTES DE ESPERANÇA Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre PROPRIEDADE CONTACTOS DIRECTORA REDACÇÃO E EDIÇÃO FONTE FOTOS Ilustração Capa PERIODICIDADE IMPRESSÃO PAGINAÇÃO DEPÓSITO LEGAL

Fundação AIS, Rua Prof. Orlando Ribeiro, 5 D, 1600-796 Lisboa Tel.: 217 544 000, fundacao-ais@fundacao-ais.pt, www.fundacao-ais.pt Catarina Martins de Bettencourt P. José Jacinto Ferreira de Farias, scj, Maria de Fátima Silva, Alexandra Ferreira, Ana Vieira e Félix Lungu L’Église dans le monde – AIS França; © Fundação AIS; © Benoît Zobler Nossa Senhora de Sheshan 11 Edições Anuais Gráfica Artipol JSDesign 352561/12

A oração é um dos pilares fundamentais da nossa missão. Sem a força que nos vem de Deus, não seríamos capazes de ajudar os cristãos que sofrem por causa da sua fé. Para ajudar estes cristãos perseguidos e necessitados criámos uma grande corrente de oração e distribuímos gratuitamente esta Folha de Oração, precisamente porque queremos que este movimento de oração seja cada vez maior. Por favor ajude-nos a divulgá-la na sua paróquia, nos grupos de oração, pelos amigos e vizinhos. Não deite fora esta Folha de Oração. Depois de a ler, partilhe-a com alguém ou coloque-a na sua paróquia.

2

Sementes de Esperança | Maio 13


Reflectir Creio em Jesus Cristo, seu único Filho, nosso Senhor 1. O ano da fé representa, no pensamento de Bento XVI, um momento providencial para recuperar a alegria de acreditar, neste tempo marcado por profundas mudanças e por uma epocal crise de fé, tanto no sentido de um abalar histórico dos seus fundamentos, que é o seu aspecto mais negativo, como também, e por isso mesmo, como um desafio para o discernimento, para redescobrir as razões profundas da esperança. Há quem fale num tempo de inverno, evocando um certo arrefecimento do entusiasmo das origens. Mas não devemos esquecer que este tempo que vivemos é também regado pelo sangue dos mártires, como foi o século XX e como é este século XXI, de um martírio cruento em tantas regiões do mundo onde os cristãos são perseguidos pelo simples facto de serem cristãos, como de um martírio incruento, feito da fidelidade heróica de todos os dias, por aqueles cristãos que resistem à mentalidade dominante que reduz o homem e a sociedade a uma grandeza de mercados; que não se conformam com a mentalidade que pretende reduzir o homem a uma máquina, a vida a um cálculo de lucros ou de perdas; que não desistem de acreditar na dignidade do homem, porque criatura de Deus, porque chamado a participar na dignidade de filho. 2. Este é o primeiro da série dos artigos consagrados a Jesus Cristo, e que no seu conjunto representam a metade dos artigos do Credo: 6/12. Daqui se vê a centralidade do mistério de Cristo na profissão de fé da Igreja. Jesus Cristo está no centro, Ele é o mediador entre Deus e o homem, porque ninguém vai ao Pai senão por Ele. Neste artigo começa o comentário do primeiro, pois diz-nos agora, porque é que Deus é Pai: porque tem um Filho, um Filho único, e este é Jesus Cristo. A proclamação da paternidade divina não se refere de um modo abstracto ao princípio de autoridade nem ao poder criador e de origem de todas as coisas (embora isso seja evidente), mas à relação Deus Pai com Jesus Cristo. É uma relação pessoal, histórica e concreta. Este artigo enuncia os nomes de Jesus Cristo: Jesus, o suave nome que evoca a salvação que Deus traz ao homem; Cristo, o título que se torna nome próprio, que

evoca o Messias, o ungido de Deus, títulos que se aplicavam no Antigo Testamento especialmente aos reis (em parte também aos sacerdotes e menos profetas) e que traduzia a esperança de Israel aquele que, possuído pelo Espírito de Deus, libertaria o povo de todos os seus pecados; Filho único, o nome que aparece nas teofanias do baptismo e da transfiguração, e proclamado na cruz, pela boca do centurião, e que se encontra na boca de Jesus, na invocação Abba e na oração sacerdotal (Jo 17); Senhor, o título de glória que a Igreja proclama referindo-se ao ressuscitado, vencedor do pecado e da morte: meu Senhor e meu Deus (Jo 20). 3. Este artigo do Credo, proclamado todos os domingos na Missa e em alguns momentos solenes da existência cristã, como a profissão de fé no percurso da formação catequética, contém em si a urgência de cada cristão pensar seriamente no que diz, quando proclama que Jesus Cristo é o Senhor. Na linguagem corrente dos cristãos, dizemos simplesmente Nosso Senhor, precisamente porque Ele venceu a morte e só quem vence a morte é verdadeiramente Senhor. Será que os cristãos têm mesmo consciência disso ou não se deixam levar na prática por outros senhores aos quais prestam culto e adoram, como hoje, infelizmente, se tem banalizado na linguagem há poucos anos impensável entre cristãos. Faz-me muita impressão e de certo modo escandaliza-me ouvir pessoas, que frequentam habitualmente a Igreja, que celebram os sacramentos, dizerem que adoram isto ou aquilo, coisas de comer ou de lazer! A profissão do credo neste ano da fé exige dos cristãos também neste sentido uma purificação da linguagem. Porque adorar só Deus, e Jesus Cristo é a segunda Pessoa da Santíssima Trindade, que deu a vida na Cruz por todos nós e ressuscitou para a nossa salvação. Importa pensar, meditar sobre isto, guardar estas palavras no coração, como fazia Nossa Senhora: «A sua mãe guardava fielmente todas estas coisas no seu coração» (Lc 2,51). P. José Jacinto Ferreira de Farias, scj Assistente Eclesiástico da Fundação AIS

Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre

3


Vietname Superfície 331.689 Km2 População 87 milhões de habitantes

• China

• Vietname • Laos

Religiões Budistas 49% Agnósticos/ateus: 19,3% Novas religiões: 11,1% Animistas: 10,4% Católicos: 7% Outros 3%

• Tailandia

• Cambodja

Aumento da violência anticristã no Vietname

Pacífico

Desde há quatro anos que as tensões sobem por causa das propriedades da Igreja confiscadas pelo Estado. Isto leva, muitas vezes, à violência contra os fiéis que não têm intenção de renunciar à defesa dos seus direitos. Paralelamente, a repressão continua contra os dissidentes que defendem os direitos do homem e de liberdade religiosa. É um equilíbrio delicado. Deve a Igreja ser “contestatária”, arriscando-se a dar razão ao Governo que a considera como uma “instituição estrangeira”?

Confiscados os bens da Igreja Na altura da reunificação do Norte e Sul, em 1975, a Igreja tinha obtido do Governo a garantia de que as suas propriedades não seriam alvo de construção, na esperança de um dia poderem ser recuperadas (como está a acontecer na República Checa). Globalmente respeitados, até 2007, estes acordos estão a ser cada vez menos tidos em conta pelo Governo que agora contesta 4

a posse destes bens por parte da Igreja. O forte crescimento económico e a inflação favoreceram a especulação financeira na qual mergulharam, com avidez, os “novos ricos” sobretudo os quadros do partido comunista. A Igreja, que não tenciona renunciar aos seus direitos, encontra-se, portanto, em confronto directo com o poder. O engodo principal para a reclamação dos seus bens confiscados é o crescimento das comunidades paroquiais. Privadas de espaço e de edifícios, algumas

Sementes de Esperança | Maio 13


Vietname Igreja paroquial de uma vila no Vietname.

paróquias não conseguem acolher os fiéis, cada vez mais numerosos por causa do êxodo rural, das migrações internas e das conversões aquando dos casamentos mistos. Segundo o director da Asia News, o Padre Bernardo Cervellera, quando entrevistado numa emissão de TV “Onde Deus chora”: “Uma grande parte da violência contra a Igreja Católica deve-se ao suborno e à corrupção dos quadros do partido comunista. O Vietname encontra-se numa fase de transição. Antes, havia uma economia comunista centralizada. Presentemente, o país está direcionado para uma economia capitalista e, por isso, numerosos quadros do Partido apoderam-se e tornam-se proprietários de edifícios que pertenciam às Igrejas… Isto é ilegal, porque a lei vietnamita estipula que todos os edifícios ou terrenos que foram expropriados e confiscados à Igreja ou a outros devem ser

restituídos quando já não forem utilizados pelo Estado”. E prossegue: “Os quadros do Partido transformam estas propriedades em casas de férias ou mansões para depois as venderem no mercado imobiliário, que está em plena expansão no Vietname. Mas a Igreja Católica reivindica as suas propriedades. Foi o que se passou em Hanoi, Saigão, Vinh e muitos outros lugares – e os católicos estão no seu direito de reclamar estes bens. A resposta do regime foi violenta. Prenderam e feriram os católicos que reclamavam, legitimamente, a restituição dos seus bens. Um sacerdote foi atirado dum 2º andar de um prédio enquanto agrediam outro deixando-o em coma. A violência é uma maneira de amordaçar a voz e os direitos dos católicos .” Entre os conflitos que opuseram a Igreja ao poder, devido a esta situação, o da Paróquia de Thài Ha, num bairro popular de

Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre

5


Vietname O Bispo de Bac Ninh, D. Cosma Hoang Van Bat com as crianças.

Hanoi, foi talvez um dos mais falados, com ou sem razão, porque a maior parte das paróquias no Vietname, particularmente no Norte, são confrontadas com este problema. As tensões estão por toda a parte, mesmo que apenas embrionárias. Mas foi em Hanoi que se cristalizaram os conflitos mais azedos e o antigo bispo, D. Ngô Quang Kiêt, pagou a factura (demitiu-se a 13 de Maio de 2010). Em Thài Ha, o conflito tornou-se um símbolo e remonta a Setembro de 2008. Já nesta altura, tinha tomado forma, na paróquia, um grande movimento de oração e de manifestações pacíficas para pedir a restituição da totalidade da propriedade do convento dos Redentoristas, do qual o poder se apoderara a pouco e pouco. Sobre um painel, em letras fluorescentes, na fachada do mosteiro, lia-se: “Pedimos aos detentores do poder, em Hanoi, que nos restituam o convento que nos tiraram para construir o hospital de Dông Da.” Em consequência, as autoridades acusaram 6

os Redentoristas, administradores da paróquia, de ter “violado a segurança e a ordem pública”. O Bispo de Hanoi tinha também apoiado publicamente, com determinação, a paróquia ameaçada. Como represália, as autoridades mandaram os bulldozers destruir o muro da antiga nunciatura apostólica, hoje transformada em biblioteca municipal e jardim público. Oração Para que as autoridades vietnamitas se deixem tocar pelo Espírito Santo e se abram ao respeito e à aceitação da fé cristã, nós Te pedimos Senhor!

Um outro combate Para certos observadores, estes conflitos imobiliários, alimentados pelo regime, são apenas um pretexto para desacreditar os católicos e lutar contra a influência da Igreja. É o que afirma um crente muito envolvido

Sementes de Esperança | Maio 13


Vietname Conversa entre o Bispo de Thai Binh e um ancião.

na sua paróquia: “O poder vê na Igreja um espaço de liberdade, liberdade esta que todos os Vietnamitas desejam. Então, oprime para travar o contágio.” A mesma análise faz a testemunha da agressão ao pároco de Yên Kiên: “As autoridades usam a intimidação e a violência para pôr travão à influência dos católicos na sociedade.” Porque, para além da reivindicação dos bens confiscados, os católicos com o seu combate trouxeram, inconscientemente, uma lufada de ar fresco a uma sociedade subjugada que raramente ousa manifestar os seus direitos. Será, então, a Igreja o ponta de lança da contestação ao regime? Isso seria dar razão ao poder que sempre se empenhou em dar dela a imagem de uma instituição estrangeira, “que colabora com os invasores”. E, se o combate dos católicos conseguiu assemelhar-se ao combate de certos dissidentes no que concerne o respeito pelos direitos do homem e pela

liberdade religiosa, também violentamente reprimido, o dos católicos é, em princípio, de uma natureza completamente diferente. É o que o Arcebispo de Hanoi, D. Pierre Nguyên Van Nhon, tenta explicar: “Muitas pessoas consideram que a Igreja deve ser uma ‘força’ contra o regime; há partidarismos e isso cria novas tensões. Com tudo isto quem aproveita é o Partido. […] A Igreja deve, em primeiro lugar, ser por Cristo e anunciar o Evangelho. Ela não é o brinquedo de quem quer que seja. A Igreja deve dar, sempre, testemunho da verdade, do amor e do mistério pascal. A Igreja caminha, sempre, contra a corrente. É preciso crer no Espírito Santo, na comunhão dos santos, estar em comunhão com a Igreja e o Papa. Assim, temos a certeza que Cristo está presente e que estamos no bom caminho.” E o arcebispo prossegue, pedindo que se reze muito por ele: “Tenta criar-se a desunião na Igreja do Vietname, tanto no interior como no exterior, mas não se consegue. Eu creio

Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre

7


Vietname Cerimónia de oferenda de incenso a Nossa Senhora, em Bac Giang, na Diocese de Bac Ninh.

na Providência. Cristo pode fazer coisas belas pela Igreja do Vietname ao mesmo tempo que a leva pelo Seu Caminho da Cruz. É primordial manter a esperança. Para não a perder é preciso olhar para o Cristo sofredor e ressuscitado. O Espírito Santo continua a trabalhar no interior da Igreja.” É, sem dúvida, para um outro combate que o arcebispo convoca os Cristãos. Segundo ele, é preciso pôr em prática uma pastoral de “reevangelização” para duas gerações de católicos que mantêm, sem dúvida, uma ligação com a religião, mas não com a fé. Duas gerações que, devido às pressões do Governo e à educação ateísta das crianças e dos jovens, perderam, de facto, a fé. Algumas paróquias estão vazias. Os Católicos acabaram por se deixar influenciar pelos slogans do Partido 8

tipo “esperem pela reforma para pensar nas questões religiosas!” Em Hanoi, já só há 3% de católicos, uma proporção 50% inferior à média nacional (6 %). Daí, a necessidade de um esforço enorme na educação religiosa e na formação cristã levada a cabo por catequistas e padres com boa formação. Aí está, tanto para a Diocese de Hanoi como para o conjunto das dioceses do Vietname, um grande desafio a enfrentar, um outro combate a travar. Oração Para que os Católicos no Vietname sejam fortalecidos pelo exemplo de Cristo e permaneçam fiéis e unidos, nós Te pedimos Senhor!

Sementes de Esperança | Maio 13


Oração “Caríssimos Pastores e todos os fiéis, o dia 24 de Maio, que é dedicado à memória litúrgica da Bem-Aventurada Virgem Maria, Auxílio dos cristãos, venerada com tanta devoção no santuário mariano de Sheshan em Xangai, poderá tornar-se, no futuro, ocasião para os católicos de todo o mundo se unirem em oração com a Igreja na China. Desejo que tal data seja para vós uma jornada de oração pela Igreja na China. Exorto-vos a celebrá-la, renovando a vossa comunhão de fé em Jesus Nosso Senhor e de fidelidade ao Papa, rezando a fim de que a unidade entre vós seja cada vez mais profunda e visível.” Carta do Papa Bento XVI à Igreja na China, 27 de Maio de 2007

ORAÇÃO A NOSSA SENHORA DE SHESHAN Virgem Santíssima, Mãe do Verbo encarnado e Mãe nossa, venerada com o título de «Auxílio dos cristãos» no Santuário de Sheshan, para o qual, com devoto afecto, levanta os olhos toda a Igreja que está na China, vimos hoje junto de Vós implorar a vossa protecção. Lançai o vosso olhar sobre o Povo de Deus e guiai-o com solicitude materna pelos caminhos da verdade e do amor, para que, em todas as circunstâncias, seja fermento de harmoniosa convivência entre todos os cidadãos. Com o «sim» dócil pronunciado em Nazaré, Vós consentistes que o Filho eterno de Deus encarnasse no vosso seio virginal e assim desse início na história à obra da Redenção, na qual cooperastes depois com solícita dedicação, aceitando que a espada da dor trespassasse a vossa alma, até à hora suprema da Cruz, quando no Calvário permanecestes de pé junto do vosso Filho, que morria para que o homem vivesse. Desde então tornastes-Vos, de forma nova, Mãe de todos aqueles que acolhem na fé o vosso Filho Jesus e aceitam segui-Lo carregando a própria Cruz sobre os ombros. Mãe da esperança, que na escuridão do Sábado Santo caminhastes, com inabalável confiança, ao encontro da manhã de Páscoa, concedei aos vossos filhos a capacidade de discernirem em cada situação, mesmo na mais escura, os sinais da presença amorosa de Deus. Nossa Senhora de Sheshan, sustentai o empenho de quantos na China continuam, no meio das canseiras diárias, a crer, a esperar, a amar, para que nunca temam falar de Jesus ao mundo e do mundo a Jesus. Na imagem que encima o Santuário, levantais ao alto o vosso Filho, apresentando-O ao mundo com os braços abertos em gesto de amor. Ajudai os católicos a serem sempre testemunhas credíveis deste amor, mantendo-se unidos à rocha de Pedro sobre a qual está construída a Igreja. Mãe da China e da Ásia, rogai por nós agora e sempre. Ámen Papa Bento XVI Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre

9


Meditação Maria, a Mãe Desvelada No plano divino da Salvação, Maria ocupa um lugar extraordinário. A redenção do género humano começa no seu regaço virginal e só se completará, segundo a vontade de Deus, com a sua colaboração e a sua intercessão. As honras com que ela é cumulada pela Igreja encontram fundamento nesta sublime eleição de Deus. Maria é a Mãe do Filho de Deus. É a Filha amada do Pai. É a Esposa do Espírito Santo. Pela sua cooperação na obra redentora de Jesus, ela está num plano inatingível, elevada acima dos anjos e dos homens. É digna de todo o louvor, porque é a cheia de graça, e a sua santidade imaculada, perfeita desde a sua concepção, conservou-se durante uma vida inteira dedicada ao cumprimento da vontade de Deus, até chegar ao doloroso fim, quando se tornou Mãe das Dores. O seu lugar na Igreja é único, onde é o membro mais digno, o exemplo mais selecto, a mãe desvelada. Como poderosa intercessora, ela continua, depois da sua assunção ao Céu, estreitissimamente ligada a todos os que nela buscam refúgio. A sua glória enobrece todo o género humano. Deus, que a amou e nela fez grandes coisas, criou-a para fazer dela um dom para Si mesmo e para nós. Padre Werenfried van Straaten

Visite hoje mesmo o microsite dedicado ao P. Werenfried van Straaten em www.werenfried.pt 10

Sementes de Esperança | Maio 13


Actualidade CRISTÃOS PERSEGUIDOS A perseguição aos cristãos não pára de aumentar. Em muitas partes do mundo ser cristão é extremamente perigoso. Também aqui, na nossa Europa, ser cristão exige muita coragem e fé esclarecida. Assim, faz todo o sentido que os cristãos se reúnam e rezem para pedir coragem, força e convicção para se manterem FIRMES NA FÉ.

TESTEMUNHO De 12 a 19 de Maio, estará em Portugal D. François-Xavier Maroy Rusengo, Arcebispo de Bukavu e Administrador Apostólico de Uvira, República Democrática do Congo. Neste Ano da Fé, o Arcebispo Rusengo vem dar testemunho da fé e falar sobre o sofrimento e a perseguição que sofre o seu povo no meio da guerra civil, das pilhagens, violações, assassinados e mortes diárias. A Fundação AIS está a organizar várias conferências, momentos de oração e testemunho, em vários locais do país. Venha ouvir o Arcebispo Maroy Rusengo para conhecer melhor o verdadeiro rosto desta Igreja que sofre em África. > Fátima - Dias 12 e 13 de Maio - conferência > Porto e Braga - Dias 14 e 15 de Maio - vigília de oração e conferências > Lisboa - Dias 16 e 17 de Maio - conferência > Setúbal (Almada) - Dia 17 de Maio - conferência Esteja atento à nossa agenda em www.fundacao-ais.pt

DIA DE ORAÇÃO Muitas pessoas rezam pelos cristãos perseguidos no dia 7 de cada mês > No Santuário de São Bento da Porta Aberta No dia 7 de cada mês, reza-se pelos cristãos perseguidos e mártires contemporâneos.

> Em Fátima, nos Valinhos Periodicamente, há um grupo que se reúne para rezar o terço pelos cristãos que sofrem.

> Em Lisboa, na capela da Fundação AIS, Diariamente, os colaboradores e voluntários rezam pela Igreja que sofre.. Se tiver conhecimento de algum outro grupo de oração ou se desejar iniciar um grupo, por favor, fale connosco para o podermos apoiar com algum material, com a divulgação e talvez uma visita. Folha de Oração em Comunhão com a Igreja que Sofre

11


Produto em Destaque Rezar pela igreja clandestina da china Este livro narra a história da Igreja Católica na China e centra-se na complexa realidade actual, à luz do magistério dos últimos Papas. Em particular pretende ser um tributo aos mártires cristãos na China de hoje, onde são negados os direitos fundamentais do homem, onde os católicos, juntamente com outras pessoas indesejadas pelo regime, desapareceram nos laogai (campos de concentração) por longos anos e sem serem devidamente julgados. Bispos, sacerdotes e leigos são ainda hoje perseguidos, presos e oprimidos, enquanto o Ocidente desatento ou conivente continua a estabelecer relações comerciais com o dragão chinês, procurando apenas o máximo lucro.

LIVRO “A Perseguição dos Católicos na China” Cód. LI065

€ 7,50 PACK I Igreja da China: Livro + dezena da China OFERTA

Cód. PR087 Dezena com contas cloisonné vermelhas e medalha de Nossa Senhora de Fátima.

€ 12,50 € 10,00

Oferta da pagela com a oração de Nossa Senhora de Sheshan

Rua Professor Orlando Ribeiro, 5 D, 1600-796 lISBOA T el 21 754 40 00 • Fax 21 754 40 01 • NIF 505 152 304 fundacao-ais@fundacao-ais.pt • www.fundacao-ais.pt


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.