2ª Edição - Revista Catavento

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Catavento uma publicação de Sustentabilidade, Educação e Responsabilidade

Catavent

agosto/setembro de 2012

Todos juntos somos fortes... Integradas à realidade social, empresas estimulam o voluntariado corporativo e fazem a diferença

economia verde

Consumo consciente de alimentos

pais na escola Bullying


editorial

Caros amigos

Q

Quando nossa equipe se reúne para escolher os temas da Catavento, sempre temos em mente um objetivo: fazer uma revista útil e interessante para toda a família. Não é uma tarefa fácil agradar a todos, pois cada um de nós vive momentos de vida diferentes, mas temos o cuidado de selecionar temas atuais e, principalmente, que fazem parte do nosso dia a dia. Para os pais e educadores, preparamos com carinho a matéria sobre bullying , mas sugerimos que a leiam como pessoas preocupadas em preparar crianças e jovens, e não em superprotegê-los. Considerando que já fomos crianças e demos ou recebemos apelidos, agora, nosso papel é acompanhar e, assim, identificar em tempo os exageros, e ajudá-los a enfrentar a situação. “Consumo consciente” é um termo que está sendo tão usado que já nem damos a devida atenção ao que ele significa. Para simplificar, pode-se dizer: “Desperdício custa muito caro”. Por isso, na seção “Economia Verde”, diversas sugestões são dadas, que poderão ajudá-los a economizar e também a promover uma alimentação saudável .

Fazer o bem faz bem, e vamos falar de voluntariado corporativo. É nosso objetivo organizar as ações sociais realizadas pelos colaboradores do Grupo DPaschoal no programa SER Voluntário, para que as boas práticas sejam reconhecidas e as iniciativas de nossos colaboradores em suas comunidades sejam compartilhadas para inspirar outras pessoas.

Desperdício custa muito caro

Esperamos que gostem desta edição e que a aproveitem. Fica também o convite para que nos enviem sua opinião, suas críticas e sugestões. Que a Catavento leve sempre bons ventos para você e sua família. Boa leitura! Isabela Pascoal Becker

Esta é uma publicação bimestral das empresas do Grupo DPaschoal sobre as práticas de Sustentabilidade, Educação e Responsabilidade. Produção de texto: Agência Cambalhota; Revisão de texto: Katia Rossini; Projeto gráfico: BJ Carvalho (FocoEditorial); Coordenação: Simone B. Santos; tiragem: 4.450; impressão: Citygráfica. Se você tem alguma sugestão, comentário, ou sabe de algum exemplo de boas práticas, compartilhe conosco. Escreva para fundacao@educardpaschoal.org.br

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Papel certificado


economia verde

Consumo consciente de alimentos: bom para a saúde, para o bolso e para o meio ambiente

S

Se alguém perguntar agora: “Que você comeu no almoço de quarta-feira?”, você responderia rapidamente? A maioria de nós teria de pensar um pouco para responder com convicção. Isso se explica pelo fato de que as diversas responsabilidades e compromissos que temos no dia a dia acabam “atropelando” nossa alimentação. Mas, se refletirmos sobre como e o que comemos, poderemos mudar muitas atitudes, ter uma vida mais saudável e economizar dinheiro. Segundo o Instituto Akatu, “em média, um terço do que compramos em alimentos vai direto para o lixo, porque compramos mais do que consumimos e deixamos que estraguem. Em um ano, cada família média brasileira acumula um desperdício de 255,5 kg de comida”. Este mesmo instituto, que é referência em consumo consciente de alimentos, afirma que, segundo o

Relatório do Mundo 2011, se você variar o consumo de frutas, verduras e legumes, além de melhorar a qualidade de sua saúde, poderá incentivar uma produção diversificada na agricultura, o que gera mais renda para o homem do campo, melhora a qualidade do solo e reduz as emissões de gás carbônico. O economista Mário Guerreiro coloca em números o que, geralmente, acontece quando deixamos restar um pouquinho só de comida: “Para você ter ideia, se deixar 50g de alimento por dia no prato, no final de um ano serão mais de 18 kg de comida jogados no lixo. Essa quantidade alimentaria em média uma pessoa por mês, considerando um consumo médio por pessoa de meio quilo de comida por dia. Quando imaginamos que o desperdício de 100 mil pessoas por ano poderia alimentar 100 mil pessoas por mês, vamos pensar melhor antes de colocar comida a mais no prato”.

Confira as dicas da nutricionista Marília Pires de Alencar Silva para ter um consumo consciente e saudável de alimentos... e boa feira!  Prefira frutas e legumes da época, que têm menor quantidade de agrotóxico e são mais baratos. Coma as cascas das frutas, pois são ricas em fibras e ajudam a reduzir o colesterol. Plante uma horta de temperos em casa. Quem mora em apartamento pode cultivar hortaliças de raízes mais curtas, usando qualquer vasilhame ou até mesmo garrafas pet. Cozinhe os alimentos em menores quantidades, a fim de evitar o desperdício. Diversifique: a cada semana de compra, escolha novas frutas, verduras e legumes. Assim, sua alimentação se tornará mais atrativa e rica em vitaminas e minerais.

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voluntariado Integradas à realidade social, empresas estimulam o voluntariado corporativo e fazem a diferença

Todos juntos somos fortes...

A

A composição de Luiz Enriquez e Sérgio Bardotti para o musical Saltimbancos, que ganhou a versão em português de Chico Buarque, traduz bem o que acontece quando todas as forças se unem por um mesmo objetivo. As características de cada personagem, somadas, formam uma força potente, capaz de mudar os mais difíceis cenários.

“Todos juntos somos fortes, Somos flecha e somos arco, Todos nós no mesmo barco, Não há nada pra temer.” 4 | Catavento agosto/setembro

Diante de problemas sociais, culturais e ambientais, muitas empresas no Brasil e no mundo começaram a estimular seus colaboradores a enxergar a si próprios e às empresas onde trabalham de uma outra forma. Esta proposta, que soma forças dos trabalhadores e empresa em prol da comunidade, tem sido cada vez mais incorporada ao meio empresarial e é chamada de “voluntariado corporativo ou empresarial”. Os programas de voluntariado podem ser executados de diferentes formas: campanhas educativas, intervenções na comunidade, em hospitais ou entidades assistenciais, entre outros tantos exemplos. Seja qual for a prática, o importante é somar esforços e fazer a diferença.


Fazer o bem faz bem Algumas empresas associam-se a Organizações não Governamentais (ONGs), ou mesmo a Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs), para poderem atuar. Este é o caso da Mahle Metais, que estabeleceu uma parceria com a associação Viva e Deixe Viver, a qual atende a 77 hospitais e instituições em sete estados brasileiros. Por meio da contação de histórias, os voluntários melhoram a situação de crianças internadas, transportando-as a um universo lúdico por meio do humor e de uma boa dose de fantasia. A recuperação parece tornar-se mais rápida com a intervenção dos contadores, que conquistaram, ao longo dos anos, reconhecimento e valorização por parte das equipe médicas. Quem trouxe esta proposta de contação de histórias como atividade para um programa de voluntariado corporativo para a Mahle foi o administrador de empresas José Paulo Borella, de 55 anos. Há nove anos, o setor de Recursos Humanos convidou o funcionário a ajudar a escolher uma entidade parceira para desenvolver ação voluntária. Borella fez o contato com o Viva e Deixe Viver, passou pelos programas de capacitação da associação, chegando a ser um dos responsáveis pela formação de grupos de voluntários. Hoje, ele já não integra mais o quadro de colaboradores da Mahle, mas o programa da empresa continua, atualmente com 50 colaboradores voluntários, que se dedicam à contação de histórias. Borella também continua contando histórias e avalia positivamente a iniciativa de empresas que queiram estimular o trabalho voluntário. E afirma: “Este tipo de ação cria nos colaboradores a conscientização ainda maior sobre o que é dividir o seu espaço com outras pessoas que a princípio parecem ser menos ou mais capacitadas. Somente fazendo um trabalho como esse é que se podem avaliar quanto somos e quanto podemos ser importantes para pessoas que nos cercam e fazem parte dos nossos dias”. Além da ajuda ao próximo, é possível, por meio do voluntariado corporativo, fortalecer a participação cidadã e o desenvolvimento das comunidades.

Você sabia que? Estudos revelam que, ao estreitar o vínculo com a comunidade através do voluntariado, o colaborador desenvolve uma melhor percepção sobre o seu papel na sociedade. E é na prática que surgem novos conhecimentos.

Ao somar forças com pessoas diferentes, o voluntário acaba por deparar-se com novas formas de enxergar o mundo e compartilhar seus saberes com um grupo maior, transformando realidades. Isto sem falar nas novas habilidades que nele se desenvolvem, especialmente diante de desafios que exigem de si não só a capacidade de cooperar, mas uma boa dose de criatividade.

Fazendo o bem, transformando a si próprios e à sociedade, voluntários constroem um mundo diferente, mais solidário, na medida em que tentam reunir o que têm de melhor.

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pais na escola

Bullying

voce pode mudar este cenario ´

C

Certamente, você já ouviu falar em bullying, pois o assunto está sendo muito debatido nos meios de comunicação. Mas sabe o que quer dizer esta palavra? A origem do termo vem da palavra inglesa bully, que significa brigão e tirano. O bullying é uma situação de agressão física ou psicológica entre pares. O autor das agressões possui a intenção clara de se destacar e escolhe o caminho da violência para se tornar o “valentão” da turma. “Infelizmente, não existe bullying sem consequência. Podemos dizer que a diferença está na gravidade entre elas. As consequências variam e vão desde a falta de concentração nas atividades escolares até ao abandono escolar, assassinatos e suicídios”, explica a pedagoga Carolina Giannoni Camargo, autora do livro Brincadeiras que fazem chorar e do blog Bully: no bulllying. No Brasil, o fenômeno é praticado na maioria das vezes por pré-adolescentes de 12 e 13 anos, no sexto ou

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sétimo ano escolar. Mas o problema não é exclusivo desta faixa etária. O bullying pode atingir também crianças e adultos, no trabalho, na igreja, no clube e na família. Em muitas situações, ele é confundido com uma brincadeira de mau gosto, mas este tipo de agressão tem algumas características próprias: intencionalidade, frequência e gratuidade. Hoje, o bullying ultrapassou os muros da escola e é cada vez mais frequente em comunicações pela internet e por celulares. As vítimas do chamado cyberbullying sofrem com as agressões por meio de mensagens de celular, ameaças por telefone, além de serem expostas em sites e redes sociais. Muitas vezes até, quem pratica bullying não tem consciência de que aquela provocação não é brincadeira. Foi o caso do estudante Lucas Vellozo Prassa. O famoso “Carioca”, como é conhecido, praticava a violência, sem saber que as provocações e


perseguições feriam profundamente os colegas da escola. “Eu comecei a ter consciência [de] que praticava buylling depois que a diretora da escola confiou em

mim e me incentivou a participar de projetos de protagonismo juvenil da Academia Educar”, conta Carioca, orgulhoso de ter “virado a página” por meio de conhecimento e informação.

Saiba como você pode ajudar a mudar a história de muitas crianças e adolescentes:

Dicas que podem ajudá-lo a identificar se seu filho pratica bullying:  Ele não aceita com normalidade uma resposta negativa.  Reage com agressividade quando contrariado.  Resolve os conflitos com violência.  Utiliza a força física para conseguir o que deseja.  Não demonstra sentimento de compaixão para com o próximo.  Faz gozações, brincadeiras de mau gosto, e ri exageradamente de pessoas que desconhece.  Rotula cruelmente seus amigos com apelidos que os ridicularizam.  Frequentemente, aparece com objetos ou dinheiro que não lhe pertencem.  Gosta de levar vantagem em todo tipo de situação.  Apresenta a roupa amarrotada, com aparência de envolvimento em briga. É preconceituoso. Possui o hábito de mentir. Não respeita regras de jogos.

Dicas para os pais identificarem se o filho está sofrendo bullying:

Como os pais podem ajudar os filhos em relação ao bullying:

Possui timidez em excesso.  Está frequentemente desanimado, triste, quieto ou sozinho.  Possui poucos, ou nenhum amigo. Não gosta de sair de casa. É muito introspectivo.  Falta às aulas com frequência, ou deseja faltar.  Tem dor de cabeça, de barriga, ou indisposição, na hora de ir á escola. No recreio, prefere ficar sozinho.  É inseguro, ansioso, e tem baixa autoestima.  Perde objetos e dinheiro com frequência.

Ao identificarem ou suspeitarem que seus filhos podem estar envolvidos com este tipo de fenômeno, os pais podem seguir diversos caminhos, como:  Investigar qual o papel do filho na situação.  Conversar com ele, levantar sua autoestima e nunca propor soluções por meio da violência.  Ir até a escola, a fim de comunicar o ocorrido à gestão e, juntos, buscarem soluções. Neste caso, devem verificar se existem ações preventivas e se todos os colaboradores estão alinhados.  Caso não haja ações preventivas, os pais poderão sugerir e estimular a realização de um projeto antibullying – utilizando recursos como vídeos, teatro, palestras, entre outros. Buscar apoio psicológico.

Dica d e vídeo

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boas práticas Oásis Educar 2012

Contação de histórias para transformar o mundo A colaboradora, do setor de Contabilidade, Márcia Elaine de Oliveira, integra um grupo de 40 voluntários em sua comunidade, formado por adolescentes, jovens e mulheres, onde se realizam diversas atividades, como teatro de fantoches, trabalhos manuais, entre outros. Ao conhecer as metodologias de contação de histórias, disponibilizadas pela Fundação Educar DPaschoal, identificou uma excelente oportunidade de enriquecer o trabalho já realizado por seu grupo de voluntários. Aprendeu as técnicas e capacitou 4 jovens com a contação de histórias dos livros: Vestido azul, Pássaro sem cor e Lição de voo, e este grupo multiplicou o conhecimento adquirido para outro grupo de 27 voluntários. “Até o momento, o foco do trabalho tem sido despertá-los para as oportunidades de transformar o mundo ao redor com pequenas ações, mas que são muito significativas para quem as recebe. Sei que isso requer planejamento e tempo, e os frutos virão aos poucos, mas estou bastante esperançosa. O meu objetivo agora é fazer, uma vez por mês, uma reunião de treinamento para passar a parte técnica e outra de vivência, a fim de levá-los para as ruas, praças e escolas do bairro e, aí sim, praticar a contação de histórias com a comunidade.”

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O Oásis Educar é um movimento voluntário, liderado pelos jovens da Academia Educar, que busca integrar os alunos, pais e a escola para a construção, de forma cooperativa, de um sonho em comum da comunidade escolar. Antes da realização da obra, acontecem quatro passos: reconhecer as belezas existentes na escola; os talentos; os sonhos; e a busca de recursos no entorno. Desta forma, juntos, em dois dias, transforma-se o sonho em realidade, com os materiais que existem no próprio bairro. No mês de junho de 2012, foram realizados 13 Oásis em escolas públicas de Campinas, e voluntários do Grupo DPaschoal e familiares uniram-se aos jovens e somaram esforços para o sucesso da ação.

Casa de Repouso São Mateus No último dia 10 de junho, os colaboradores Fábio Luiz Mendonça (loja 103), Marinaldo Souza do Nascimento (loja 057), Roberto Yamamoto e Carlos Roberto (loja 036), promoveram uma ação voluntária na Casa de Repouso São Mateus, que abriga 23 idosos. Além de doarem cestas básicas e roupas, ofereceram – e também receberam – o que consideram mais importante: atenção, carinho e amor. O grupo espera que esta ação motive outras pessoas a seguir o exemplo e a realizarem ações voluntárias em suas comunidades.

Se você é voluntário, compartilhe suas ações e experiências conosco. Envie fotos e depoimentos para: fundacao@educardpaschoal.org.br


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