Ano 9 | no 20 Outubro/2018
Jovens protagonistas mudando o mundo por onde passam! ConďŹ ra as atividades da Academia Educar no primeiro semestre
Monitores
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OĂĄsis
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Tribos
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Academia de FĂŠrias
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Editorial Nunca antes o ser humano enfrentou tantos desafios quanto na atualidade. Hoje, encontramos na esfera social, política e econômica um cenário que mostra o reflexo de uma sociedade que necessita cada vez mais de um dos Pilares da Educação: Aprender a Conviver. Relacionar, conviver, coexistir são sinônimos para definir o quanto as relações interpessoais são necessárias para que esses desafios sejam amenizados. A lista das adversidades encontradas durante a jornada de vida é exaustiva, mas poderá servir de base para nortear a ação, ou pelo menos a reflexão da cidadania encontrada em cada um de nós. Quando há o convívio, existe empatia, compaixão,
o aprender a viver com o próximo e consigo mesmo, revendo todos os dias os próprios valores. Dessa forma, não importa se os desafios atuais nos atingem direta ou indiretamente, temos que ter enraizado na nossa mente que somos um só. Somos cidadãos e nossa mente precisa estar consciente do que precisa ser realizado, pois esta é a única razão pela qual estamos aqui: incomodados e querendo mudar o mundo. Assim, a Academia Educar é um meio de potencializar o Ser para a ação, e o Mudando o Mundo faz questão de mostrar que esse é nosso lema. Essa é a nossa missão para o agora, para o fim do ano e para 2019!
Rafaela Lima participou da Academia Educar em 2014, foi monitora em 2015 e depois trabalhou na Fundação Educar apoiando o projeto. Em 2018, deixou a Fundação para investir em seu sonho: ser médica! Rafaela segue acreditando que ser protagonista é algo que levamos para a vida.
A Academia Educar #Sobre nós
Camilla Pompermayer Sant’anna- EE Prefeito Antônio da Costa Santos Daniela Vieira Abreu - EE Prof. José Vilagelin Neto
A Academia Educar existe há quase 30 anos, com o objetivo de desenvolver protagonistas juvenis com as competências socioemocionais e de cidadania. Inspirada na metodologia nos conceitos do Professor Antonio Carlos Gomes da Costa, ela atua em 20 escolas públicas de Campinas. Em cada unidade, são selecionados cinco alunos por ano ano para participarem do projeto, totalizando 100 jovens e 10 monitores. A Academia se baseia nos quatro pilares propostos pela UNESCO: Aprender a Ser, Aprender a Conviver, Aprender a Aprender e Aprender a Fazer. Os jovens participam de oficinas e projetos-desafios onde praticam os conteúdos aprendidos nas oficinas. A aluna Eduarda Martins Moraes, da E.E. José Maria Matosinho diz que aprende a ver muitas coisas de outra forma, a conviver e a se comunicar melhor. Já a aluna Bruna Sthefany Godoy, da E.E Jardim Ouro Preto, conta que na Academia de Férias ouviu citarem: “mude no mundo amanhã o que você vê de errado hoje” e que, inspirada, procura usar este conselho e assim pode colocar seu protagonismo em prática.
“Mudando o Mundo” é uma publicação da Fundação Educar DPaschoal, sobre as ações do projeto Academia Educar, de formação de lideranças juvenis, feita inteiramente pelos jovens participantes das Oficinas de Jornal.
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Equipe editorial: Bianca Tamazia, Camilla Pompermayer Sant’anna, Daniela Vieira Abreu, Esthefani Ruivo Araújo, Felipe dos Santos Lopes, Fernanda Mello, Flávia Estevão Alves dos Santos, Giovanna Rosa dos Santos Marques, Kaylane Nonato Ferreira, Laura Silva Valentim de Jesus, Livia Campos Silva, Nicole Fernanda dos Santos, Patrícia Coutinho e Rafaela Cardoso Gonçalves. Revisão de texto: Fernanda Mello e Patrícia Coutinho. Diagramação: Thaís Guedes e Equipe Editorial Coordenação: Fernanda Mello e Patrícia Coutinho Contato: academiaeducar@educardpaschoal.org.br Tiragem: 300 exemplares Impressão: Cópia & Cia.
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#Protagonismo
Meus olhos de protagonista Bianca Tamazia - E.E. Prefeito Antônio da Costa Santos
Você já parou pra olhar o mundo ao seu redor? Muitos cidadãos, mas será que todos exercem a cidadania? Sempre presenciamos situações que desafiam o nosso protagonismo. Sim, porque ser um protagonista não é apenas se incomodar com algo. É lutar pelo que é nosso, é participação. Semana passada, o grêmio da minha escola teve a ideia fantástica de reunir a galera pra pintar a quadra de vôlei, mas não tínhamos tinta o suficiente. Então, ao invés de desistirmos, mobilizamos a escola toda e fomos buscar parcerias com casas de tinta do nosso bairro. Ninguém pensava que o projeto teria tamanha
proporção, todos trabalhamos juntos nessa, por um bem comum. E conseguimos! Hoje temos orgulho de ter tido a iniciativa de realizá-lo. Se você pode fazer algo pra melhorar o espaço que você ocupa, por que não o faria? São tantos incômodos que um protagonista vê, na rua, no trabalho, na escola. Pequenas atitudes mudam o mundo. Ser protagonista é lutar por nossos direitos e exercer nossos deveres como cidadão. O protagonista sempre observa o que está a sua volta e tenta da forma mais criativa solucionar o problema. Em alguns casos ainda necessita de oportunidade e espaço para se empoderar.
Praticar o protagonismo juvenil é exercer cidadania. Ser protagonista é fazer a diferença. 3
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#Monitores 2018
jovem jovem
De pra
Camilla Pompermayer Sant’anna - EE Prefeito Antônio da Costa Santos Livia Campos Silva- EMEF Prof. André Tosello Nicole Fernanda dos Santos - EE Prefeito Antônio da Costa Santos
Giovanna Rosa dos Santos Marques - EMEF Elza Maria Pellegrini de Aguiar
Todos os anos, 10 jovens, dos 100 participantes, são selecionados para serem monitores da Academia Educar do ano seguinte. Os jovens selecionados têm perfis diferentes para ajudar qualquer tipo de pessoa a se adaptar e se sentir bem. Cristiane Stefanelli, coordenadora da Academia e responsável pelos monitores, explica que é selecio-
“ É surreal. É um desejo ainda maior de mudar o mundo”. Beatriz 4
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nado um time com habilidades que se completam e que atendam o critério de ter realizado todos os projetos-desafios, ter responsabilidade e compromisso. “Ao fazerem parte do desenvolvimento de outros jovens, os monitores se desenvolvem muito mais, pois além de ensinar estão aprendendo junto. É uma oportunidade incrível”, explica Cristiane.
“Presenciar o desenvolvimento de cada um e conviver com pessoas que querem mudar o mundo é algo mágico”. Sheron
“Um momento inesquecível, onde aprimoramos nossas habilidades”. Kaique
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Monitores 2018 “A gente passa a ver o mundo com outros olhos. É algo maravilhoso”. Milena
“Uma sensação incrível por ser uma ferramenta de transformação na vida dos jovens.” Anna Julia
”Ser monitora é compartilhar minha felicidade”. Ana Clara
“É maravilhoso. Cada dia aprendemos mais com eles”. Luana
“ Incrível olhar pra um jovem, ver o desenvolvimento dele e perceber que estou fazendo parte disso. Agarraria essa oportunidade quantas vezes fosse preciso”. Bianca
“A monitoria é desenvolvimento. É compartilhar ensinamento”. Flávia “É incrível! É como comer sorvete pela primeira vez, todas as vezes.” Brenda
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#Oásis
Transformando e
encantando
Bianca Tamazia - E.E. Prefeito Antônio da Costa Santos
Kaylane Nonato Ferreira - EMEF Elza Maria Pellegrini de Aguiar Laura Silva Valentim de Jesus - EE Adalberto Nascimento
Todos os anos o Oásis Educar transforma a realidade de escolas parceiras com o apoio dos jovens da Academia, dos alunos da escola e da comunidade. O Oásis se inspira na tecnologia social é do Instituto Elos, que integra a comunidade para a realização de um sonho. No caso do Oásis Educar, ele une jovens, estudantes e voluntários para transformar uma escola, incentivando a participação de todos neste momento tão especial. O processo começa com a escolha das escolas que receberão o projeto. Os jovens participantes identificam os pontos de melhorias em suas escolas e apresentam para todo o grupo, a partir daí, duas escolas são escolhidas. Ai partimos para o trabalho. Conversamos com os gestores da escola, já com sua permissão, vamos conhecer a escola, reconhecer suas belezas. Por meio de uma dinâmica em dupla, sentimos as coisas boas da escola de olhos vendados, apenas a sentindo, já que de uma forma geral somos acostumados a
julgar sem apreciar as maravilhas do lugar. Além disso, levamos para o nosso Oásis muita colaboração, energia e o nosso grito de guerra. Antes do “mão na massa”, somos dividimos em grupos para captar recursos, parcerias e voluntários, com o objetivo de conseguir todo o necessário de forma coletiva. A transformação acontece em um final de semana, com a participação de todos da Academia Educar e de voluntários da comunidade. Também estão sempre presentes egressos da Academia que se voluntariam. Neste ano, nosso destino nos dias 19 e 20 junho foi a E.E. Adalberto Nascimento. Os sonhos lá foram a reforma dos banheiros masculino e feminino, o painel de grafite, grafite no muro e a personalização da escada, com frases motivacionais. O segundo mutirão deste ano foi na E.E. Jardim Marisa, realizado nos dias 9 e 10 de julho. Juntos realizamos os sonhos da reforma dos banheiros, a pintura da quadra e grafites na parede.
“Pra mim foi uma oportunidade em que os jovens se conectaram mais e fizeram novas amizades e também aprendemos a ter muita resiliência.”
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Jeferson Gabriel Costa da Silva, E.E. Prefeito José Vilagelin Neto e voluntário no Oásis
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“Eu tive uma sensação maravilhosa em ver a minha escola sendo renovada. A alegria não é só minha, mas de outros estudantes.” Gabriel Ribeiro, E.E. Adalberto Nascimento
“A gente transformou uma escola inteira e a fez num lugar onde as pessoas querem estar, onde as pessoas se sentem bem.” Jonathan Queiroz, E.E. Anália Ferraz da Costa e voluntário no Oásis
Como transformamos sonhos em realidade W Reconhecer Belezas | desconstruir preconceitos W Descobrir os sonhos | é um exercício de escutatóe criar o olhar apreciativo. Neste dia, os jovens identificam as belezas do lugar e participam de dinâmicas para criarem vínculo com a escola.
ria para adotarmos um sonho que possamos construir juntos.
W Buscar Recursos | Os alunos do projeto vão para W Conhecer os Talentos | conversar com a comuni- os bairros vizinhos da escola à procura de parcerias e dade escolar para construir a rede de voluntários. Os jovens vão a procura de alunos e moradores da comunidade que possam ser voluntários no dia do “mão na massa”.
doações para realização do sonho.
W Mão na massa | Neste dia, pais, alunos, professores e toda comunidade estão dispostos a transformar e realizar o sonho da escola. 7
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#Desafio
tRiBos
Tribos Apresentadas em 2018 Feminismo / LGBT / Gospel / Gueck / Futebol Basquete / Pagode / Rock / Netflix / Violão Harry Potter / Rap / Tumblr
Camilla Pompermayer Sant’anna - EE Prefeito Antônio da Costa Santos Daniela Vieira Abreu - EE Prof. José Vilagelin Neto Livia Campos Silva- EMEF Prof. André Tosello
A dinâmica das tribos foi criada com a intenção de que os jovens aprendessem a lidar com a diversidade e levassem isso pra vida. Essa é a oportunidade de explorar a visão de mundo dos jovens, incentivando ainda, a se aceitarem e conhecerem os demais. Cristiane Stefanelli, coordenadora do projeto afirma que “o mais legal é que é um espaço construído pelos jovens, que acolhe as individualidades, contribui e constrói o coletivo. Acredito que essa oficina, somada a outras atividades, desenvolve o aprender a conviver, o que é fundamental para a vida”. Durante esse desafio, os jovens fazem apresentações das Tribos que se identificam e em cada apresentação são reveladas algumas curiosidades sobre a tribo e elas também deixam uma mensagem. A estudante Eduarda Martins Moraes, da tribo da copeira, disse que o desafio trouxe a constatação de que cada um tem o seu lugar no mundo, por meio do que gostam de fazer e que ser diferente é bom. “Esse projeto diz que ser diferente não é um problema e sim uma forma de conhecer o outro melhor sem criticar ou julgar. Mas sim aceitar, ou até quem sabe experimentar novos estilos e gostos”, explica Eduarda. Bruna Sthefany Godoy da TriboTumbrl, que destacou o empoderamento da mulher como um todo, acredita que “todos levamos diferenças dentro de nós, mas com a sinergia desconstroem preconceitos, visando respeito e diversidade, e isso deixa a relação ainda mais rica, o que com certeza é positivo”.
“Essa dinâmica ajuda a “destruir” preconceitos, conhecer um ao outro, ampliar o conhecimento dos jovens e mostrar que no nosso “meio juvenil “ existe a diversidade sim, mas nós sabemos lidar com ela.” Tumbrl
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“ Foi muito bom expressar a importância que o violão tem na minha vida”. Violão
“Um assunto polêmico, que tem muita repercussão”. Feminismo
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paz
#Protagonismo
A começa em nosso dia a dia Bianca Tamazia - E.E. Prefeito Antônio da Costa Santos Daniela Vieira Abreu - EE Prof. José Vilagelin Neto
É indiscutível como as nossas escolhas influenciam no nosso futuro, aliás, no futuro da sociedade. Escolher pode parecer simples e realmente é, mas como em toda escolha mal pensada para a nossa realidade há consequências que se prolongam, às vezes por muito tempo. Prevenir uma guerra parece um conto de fadas – aquele sonhado por todos, onde os humanos em geral são bons e vivem em paz –, prevenir uma guerra é evitar microviolências. As microviolências praticadas no ambiente familiar estimulam o comportamento dos jovens inseridos naquela situação. Daniela Januário Silva, 31 anos, educadora social, conta que ¨pensando que a família é o primeiro convívio que a criança tem, ela pode influenciar na maneira que esse indivíduo age, pensa e se vê, retomando que a família é o alicerce básico¨.
Com isso, é no ambiente familiar que há uma transformação muito grande no processo de construção da criança, já que é a mesma quem vai mostrar como é conviver em sociedade. Microviolência pode gerar macroviolência. De caso em caso, em agressão verbal ou física, a violência torna jovens e crianças que vivem a realidade de costumes hostis vulneráveis ao mundo. Existem milhões de casos de violência dentro de casa, fator que contribui para uma estrutura psicológica frágil desses jovens. Prevenir uma guerra é olhar para o começo da educação dentro de casa, e, enxergar que se as pequenas agressões não existissem, não haveria também, gatilho para uma macroviolência.
Dizendo
Não! às microviolências todos os dias Evitar as microviolências pode parecer coisa de herói, mas listamos aqui algumas situações que você pode evitar no seu dia a dia:
W W W W W W W
Xingar a irmã ou irmão Praticar bullying com colegas na escola Destruir um jardim Pixar minha escola Desrespeitar um professor Um professor oprimir um aluno Dar “tapinhas” de brincadeira em um colega 9
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#Protagonismo
Como transformar minha escola em primeiro mundo? Esthefani Ruivo Araújo - EMEF Elza Maria Pellegrini de Aguiar Felipe dos Santos Lopes - EMEF Elza Maria Pellegrini de Aguiar Giovanna Rosa dos Santos Marques - EMEF Elza Maria Pellegrini de Aguiar Livia Campos Silva- EMEF Prof. André Tosello
É comum ouvir por aí que a educação em países de primeiro mundo é melhor que em nosso país. Muitos têm o sonho de estudar fora. Há um ditado que diz que a grama do vizinho é sempre mais verde. Será que isso é verdade? Vejamos. O Brasil ficou na 60.ª posição no ranking mundial de educação, divulgado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). Porém, no mesmo relatório eles afirmam que apesar de estar entre os países com pior desempenho, o Brasil tem grande potencial de crescimento econômico se conseguir proporcionar educação básica universal para todos os adolescentes de 15 anos. Sabemos que proporcionar a uma educação de qualidade a todos é papel do Governo e devemos cobrar isso de nossos governantes, mas também sabemos que é possível fazer a nossa escola ser de primeiro mundo! Como? Com muito esforço, determinação e planejamento podemos fazer isso na nossa própria escola. Quando nós, jovens, conseguimos entender que so-
mos a força, somos a maioria e juntos podemos, sim, fazer a diferença, conseguimos implantar projetos interessantes e melhorias almejadas por todos. O professor de matemática, Luís Gustavo Grimm, é um exemplo de quem faz coisas de primeiro mundo em escolas públicas. Ele conta que para fazer a diferença o principal é empenho, dedicação e vontade. “Só a paixão pela profissão consegue motivar um professor a atuar de maneira mais insistente. Não existe uma receita pronta tipo “faça isso “ ou “faça aquilo”. A diferença sai através de muito estudo, esforço e condição de trabalho favoráveis”, explica. Um exemplo de como transformar sua escola em uma escola de primeiro mundo são os Grêmios Estudantis. Neles, alunos voluntários, com o apoio de professores, são desenvolvidos projetos que beneficiam toda a escola. Os integrantes do Grêmio são representantes dos alunos que organizam, também, eventos, campeonatos e, até mesmo, reforço de aulas para os alunos que queriam prestar vestibulinho, por exemplo.
É colocando a mão na massa que vamos deixar de sonhar com uma escola de primeiro mundo e passar a construir essa escola para nós mesmos! Toda escola necessita de alunos que se envolvam em projetos, que renovem as escolas e que multipliquem esse aprendizado. Os jovens podem atuar nesse desenvolvimento com novas ideias, tornando a escola sua segunda casa.
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MULTIPLICANDO
#Desafio
conhecimetos Daniela Vieira Abreu - EE Prof. José Vilagelin Neto Laura Silva Valentim de Jesus - EE Adalberto Nascimento
A multiplicação é um dos projetos-desafios que os jovens da Academia tem. Nele os participantes multiplicam tudo aquilo que eles aprendem nas oficinas com os outros jovens que não foram selecionados e que tenham interesse em aprender de forma dinâmica. Assim eles também podem fazer a diferença em suas escolas, suas casas, suas comunidades e em suas vidas. Matheus Menegaço Soares, aluno da E.E. Prof. José Vilagelin Neto diz que ser um multiplicador é, mais que qualquer outra coisa, uma alegria para ele. “É muito bom ser multiplicador. Dividindo o conhecimento, nós aprendemos a ser pessoas melhores”. A Multiplicação acontece uma vez por semana durante todo o ano letivo. A aluna Graziela Vieira, 13 anos, da E.E. Professor José Vilagelin Neto, disse que o projeto a incentivou a pensar no próximo e a enxergar as coisas de outra forma. “Antes eu não acreditava na mudança das pessoas, mas depois do projeto algumas atitudes mudaram”, comenta. A multiplicação também ajuda os jovens a desenvolverem seu protagonismo e cidadania, mostrando habilidades socioemocionais como a responsabilidade, entre outras competências.
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férias #Academia de Férias
de muitos
aprendizados
Flávia Estevão Alves dos Santos - E.E. Parque Oziel
Durante as férias de julho, a Academia Educar faz uma pausa das oficinas semanais mas continua promovendo oportunidades de desenvolvimento através da Academia de Férias, que conta com uma série de atividades com voluntários e empresas parceiras. Confira o que rolou esse ano!
CURTA NA
EDUCAR Camilla Pompermayer Sant’anna - EE Prefeito Antônio da Costa Santos Daniela Vieira Abreu - EE Prof. José Vilagelin Neto Rafa
Esse projeto de Férias foi criado em 2009 com o nome Curta e Aprenda, fruto de uma parceria com a produtora VídeoBase Filmes. Segundo Cristiane Steffaneli, o Curta na Educar é uma oportunidade pros jovens conhecerem o mundo audiovisual e construírem um curta metragem – filme de 5 a 15 minutos, com um tema importante a ser debatido pela sociedade. Ao longo dos anos, o Curta e Aprenda, agora chamado Curta na Educar já produziu 9 curtas metragens, onde os participantes fazem a produção de cabo a rabo, exceto a edição. Deoveki Silva, da VídeoBase, diz que o Curta na Educar “é uma produção coletiva incrível”. Os jovens são responsáveis por todas as etapas: escrever o roteiro, gravação, áudio, figurino, maquiagem e entre outras funções. Antes de colocar a mão na massa, acontece um período de preparação chamado de “Células do Saber”. Nele ensinam os participantes desde operar uma câmera até a maquiagem. Neste ano, 24 jovens participaram da oficina e se dividiram em equipes para cada um ficar com o que se identificava. A gravação do curta teve duração de 10 dias. E como o nome diz, além dos jovens aprenderem eles curtem muito! 12
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redação OFICINA DE
Livia Campos Silva- EMEF Prof. André Tosello
Flávia Estevão Alves dos Santos - E.E. Parque Oziel
A redação é hoje uma grande preocupação, mas também uma grande aliada dos jovens na hora dos vestibulinhos e vestibulares. Pensando nisso, a Academia Educar convidou Rafaela Lima, estudante e protagonista da Academia Educar, para facilitar o Foca na Redação: duas oficinas com dicas de redações para o ENEM, com direito a entregas e correções de textos. Quando participou da Academia Educar, em 2014, Rafaela descobriu o gosto por escrever durante as Oficinas de Jornal. Lá criou gosto por redação e pela leitura. Além de notar seu desenvolvimento quando leu sua primeira matéria e quando leu a última.” Eu sempre gostei de escre-
ver, e quando entrei na Academia tive a oportunidade de participar do jornal, e foi lá que comecei a aperfeiçoar a minha escrita.” Rafaela topou o convite e compartilhou seus conhecimentos com 31 jovens que participaram das oficinas. Além de falar sobre a produção de textos, ela também contou aos jovens como a Academia mostrou que ela era capaz de trilhar seu projeto de vida. “A gente valoriza mais a Academia quando sai dela, pois começa realmente a dar de frente com os problemas que antes eram só teóricos. Aí você percebe quem tem as ferramentas certas para enfrentá-los”.
“Participei do ‘Foca na Redação’ e, pra mim, foi ótimo! A Rafa nos deu várias dicas de como começar e terminar uma redação, por exemplo. Foi interessante tanto porque irei prestar prova de vestibulinho no final do ano, quanto pra vida né? A gente leva pra vida.” Kaline Nirielle Justino Alves de Melo Gomes, E.E. Prefeito Antônio da Costa Santos
“Foi uma experiência muito legal. Eu não sabia como começar a fazer uma redação e a oficina me deu uma base de como fazer uma redação nota 10. Além de mostrar o quanto essa habilidade é importante nos estudos.” Melissa Gomes de Souza, E.E. Horta Lisboa 13
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#Academia de Férias
escola do
Mecânico Felipe dos Santos Lopes - EMEF Elza Maria Pellegrini de Aguiar
Durante dois encontros, de 3h cada, os jovens da Academia participaram de um curso sobre mecânica básica e trilha de carreira na Escola do Mecânico. O espaço é referência na formação de profissionais qualificados para o segmento automotivo. Segundo Cristiane Stefaneli Coordenadora da Academia Educar, essa parceria é muito importante. “Temos vários jovens que tem a paixão por mecânica, ou que se interessam por carros. Nesta oficina, apesar de ter um conteúdo introdutório eles têm a oportunidade de conhecer mais uma área de interesse, colaborandopara a construção do projeto de vida”, comenta. Sandra Nalli, responsável pela oficina, comenta que a experiência é enriquecedora não só para os jovens,
mas também para sua equipe. “A experiência em lidar com as expectativas do jovem é sempre enriquecedora. O objetivo do projeto sempre é capacitar. No nosso caso, focamos na mecânica automotiva e ver a curiosidade de todos, querendo saber para que serve cada peça, cada ferramenta, é motivador. Para eles, fica uma experiência enriquecedora e abre-se uma porta de um novo mundo, podendo mesmo despertar a vontade de seguir em uma nova profissão.” Marcos Paulo Delfino dos Santos, aluno da E.E. André Tosselo, conta que a experiência foi muito boa. “Aprendi bastante tanto na teoria quanto na prática, como balancear um pneu, por exemplo. Uma coisa que nunca tinha passado pela minha cabeça”, afirma.
NUNCA ME Esthefani Ruivo Araújo - EMEF Elza Maria Pellegrini de Aguiar
Outra oficina super bacana da Academia de Férias foi Filme e Debate! Segundo Giovana Inácio, Monitora da Academia Educar em 2016 e responsável pela oficina, Nunca me Sonharam foi o escolhido porque discute vários temas relevantes para a sociedade e significantes para nossa realidade. A escolha dos assuntos veio de encontro com a curiosidade e a importância do tema para o grupo. Ela comenta que seu desafio para essa oficina era estimular um debate crítico sobre racismo, cota e feminismo, com o objetivo de ampliar a visão de mundo e trocar experiências para a construção de um conhecimento coletivo. “A participação na Academia de Férias foi incrível 14
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JoVens s/A Giovanna Rosa dos Santos Marques - EMEF Elza Maria Pellegrini de Aguiar Laura Silva Valentim de Jesus - EE Adalberto Nascimento
Em julho, os jovens da Academia Educar tiveram a oportunidade de participar do Jovens S/A. O Programa tem como objetivo de Compartilhar conhecimentos sobre o mundo do trabalho, atuação de profissionais de diversas áreas em empresas, ingresso no mercado de trabalho e excelência no atendimento ao cliente, com direito à vivência ao lado de um colaborador da DPaschoal.Com isso, os jovens têm a oportunidade de conhecer de perto algumas profissões com as quais eles podem se identificar ou não. Bianca Martins Soler Guimarães, facilitadora do Programa, comenta que receber os jovens é uma via de mão dupla. “Estar aqui é interessante e desafiador. Consigo contribuir e receber, por isso foi gratificante ver o modo em que entraram aqui no primeiro dia e ver como estão saindo no terceiro”. São três dias de aprendizagem por meio de dinâmicas, palestras e vídeos. No último dia, os jovens têm a oportunidade de vivenciar a área que escolherem dentro da Dpaschoal. “Aprendi muita coisa no Jovem S/A e me diverti muito também. No último dia, fizemos a vivência nas áreas e esse foi o momento em que mais me surpreendeu, pois pude conhecer e participar da área.” Eduarda Martins Moraes, aluna da E.E. José Maria Matosinho.
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SONHARAM porque são assuntos que gosto muito de discutir e, por participar frequentemente de debates sobre o tema, pude compartilhar conhecimentos e aprender também. “Fica claro a importância de nós jovens discutirmos questões que estão no dia a dia e muitas vezes não compreendemos o motivo. Esses momentos são valiosos e de muito desenvolvimento.” Giovanna Inácio, 16 anos, monitora de 2016 e estudante do Cotuca. “O filme e debate foi uma grande oportunidade para mim. Tive a oportunidade de refletir, colocar a minha opinião e ouvir a de outras pessoas. O filme me fez ter uma visão de mundo maior e elevar meu conhecimento sobre os temas tratados”. Esthefani Araújo, aluna da EMEF Elza Maria Pellegrini de Aguiar.
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INSPIRAÇÃO
#Participação
EM TRANSFORMAR Bianca Tamazia - E.E. Prefeito Antônio da Costa Santos Flávia Estevão Alves dos Santos - E.E. Parque Oziel
A Academia Educar teve o privilégio de participar do Bett Brasil, fazendo uma palestra sobre práticas de protagonismo juvenil e como isso pode transformar o mundo. Durante a palestra ficou clara a importância da presença do jovem quando falamos em educação. Miriã Franco Moraes,17 anos, egressa da Academia, afirmou que participar do evento foi uma experiência muito rica e que poder compartilhar as práticas da Academia Educar, até mesmo com pessoas de outros estados, é gratificante. Sendo o maior evento de educação e tecnologia
da América Latina, o Bett Brasil reúne cerca de 22 mil participantes da comunidade educacional de todos os estados brasileiros. Sua missão é unir pessoas, práticas e tecnologias para proporcionar o desenvolvimento dos educadores, pensando na aprendizagem dos alunos. A Fundação Educar, assim como o Bett Brasil, considera que educar alguém é ajudar a criar e modelar o futuro, portanto, todos possuem potencial de fazer a diferença, ou seja, seu papel é garantir que tenham oportunidade.
Jovens Conectados com a Educação Bianca Tamazia - E.E. Prefeito Antônio da Costa Santos Flávia Estevão Alves dos Santos - E.E. Parque Oziel
Jovens e egressos da Academia Educar participaram do Conecta Educação, em maio. Promovido pela FEAC, o evento tem como objetivo trazer reflexão além das falas, dando visibilidade às práticas de escolas do Estado de São Paulo que estejam inovando educação e trabalhando o protagonismo juvenil. Os jovens da Academia Educar falaram sobre relações interpessoais com o tema “Protagonismo juvenil: da inspiração à prática”. Para compartilhar suas experiências dentro do projeto Academia Educar, da Fundação Educar DPaschoal, e mostrar que construções interpessoais somente são possíveis com diálogo, Cristiane Stefanelli, coordenadora do projeto, além dos egressos Rafaela Lopes e Erik da Silva, jovens monitores do projeto, comandaram o encontro, que contou na plateia com jovens e educadores atentos às falas inspiradoras sobre experiências de transformações e protagonismo.
“O Conecta Educação foi um momento muito especial de troca de conhecimento. Tive a oportunidade de falar sobre minhas vivências trabalhando com protagonismo juvenil, além de compartilhar minha jornada de autoconhecimento e crescimento pessoal. Era encantador ver o brilho nos olhos dos professores presentes, nunca vou esquecer. Foi incrível mostrar que inspirar é transformar jovens em líderes juvenis.” Rafaela Obrovenick 16
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