Florestas, sociedade e conservação em Portugal Fundação Mata do Buçaco– Sement Event João Pinho, 20 de novembro de 2015
Florestas
Matos
Improdutivos
Águas interiores
35%
28%
2%
2%
6 milhões de ha de espaços silvestres 67% do país
Florestas
produção
Improdutivos
conservação
proteção
s-pastorícia caça, pesca
recreio e paisagem
7,6%
de Portugal continental
Área terrestre:
680.789 ha Área marinha:
46.394 ha
Estuário do Tejo
Rede Natura 2000 Total: 21
%
Sítios de Importância Comunitária (Diretiva Habitats)
96 sítios - 1.678.800 ha
17,4% território
Zonas de Proteção Especial (Diretiva Aves)
59 sítios - 1.047.800 ha
10,8% território
Portugal • Ecossistemas Florestais representam 40% área RN2000 • 21 % área florestal total integra-se em área RN2000
União Europeia
• Ecossistemas Florestais representam 50 % área RN2000 • 23 % área florestal total integra-se em área RN2000 Brumas da Mourela - PNPG
7 sítios
2 sítios
Reservas da Biosfera
Áreas Protegidas transfronteiriças
(Programa Man & Biosphere, UNESCO)
Parque internacional Protocolos PortugalEspanha
Portugal cont.(3) • Paul do Boquilobo (1981) • Parq. Nac. Peneda-Gerês • Arquipelago das Berlengas Açores (3): lhas do Corvo, Graciosa e Flores) e Madeira (1): Santana
• Gerês – Xurês • Tejo/Tajo Internacional
2 sítios Geoparques • Arouca • Naturtejo da Meseta Meridional
9 sítios Reservas Biogenéticas Portugal (9) • Matas Palheiros /Albergaria • Planalto Central S Estrela • Serra da Malcata • Mata da Margaraça • Paul de Arzila • Berlenga • Estuário do Tejo • Serra da Arrábida • Ponta de Sagres Nota: Atualmente todos os sítios estão integrados na Rede Natura 2000
5 sítios Sítio do Património Mundial (UNESCO) Em Portugal existem 13 sítios, dos quais destacamos 5: • Arte Rupestre Pré-histórica Côa • Paisagem Cultural de Sintra • Região Alto Douro Vinhateiro
Açores (1) Paisagem vinícola Ilha do Pico Madeira (1) Laurissilva
28 sítios Sítios Ramsar Portugal (16) • L Bertiandos e S Pedro A. • Planalto Superior S Estrela • Paul Arzila • Paul Madriz • Paul Taipal • Estuário Mondego • Polje Mira Minde • Paul Boquilobo • Paul Tornada • Estuário do Tejo • Estuário do Sado • Lagoa de Albufeira • Lagoa S André e Sancha • Ria de Alvor • Ria Formosa • Sapal de Castro Marim Açores (12)
Indicadores florestais 9,26
9,0
Ă rea florestal per capita de paĂses selecionados (2012) 8,0 7,0 6,0
Hectares/habitante
6,94
5,64
5,0 4,23
4,09
4,0 3,16
3,0
2,95 2,58 2,04
2,0 1,0 0,0
1,63 0,96 0,60 0,53 0,46 0,40 0,39 0,36 0,35 0,31 0,25 0,20 0,16 0,15 0,15 0,15 0,14 0,06 0,05
Indicadores florestais Portugal com ultramar 1,80 1,60
Ă rea florestal per capita
*
Hectares/habitante
1,40 1,20 1,00 0,80
0,60 0,40 0,20
0,00
Mundo Portugal continental
Valorização da funções das florestas Valor económico das funções dos espaços florestais Fonte: Estratégia Nacional para as Florestas (adapt.)
Milhões de euros 1000 900 800 700 600 500 400 300 200 100 0 Função de produção
Função de proteção
Função de conservação
Função sup. caça, pesca e silvopastorícia
Função de recreio e valorização paisagem
Valor económico “bruto”: cerca de 1500 milhões de euros, anuais
Valorização da funções das florestas
400
Valor económico das funções dos espaços florestais (ENF)
300
200
Milhões de euros
100
0
-100
-200
-300
Valor económico “líquido”: cerca de 1134 milhões de euros -400
PARF
PARF
Fileiras silvoindustriais (sĂntese)
Importância nacional das florestas e do setor florestal Blocos florestais na União Europeia
Produtor-consumidor-exportador líquido Produtor-consumidor-exportador/import. Produtor-consumidor-importador líquido
Fonte: Indufor
Mata Nacional de Leiria Objetivo: produção sustentável de madeira de elevada qualidade Regime e modo de tratamento: alto-fuste regular, com rotação de 70 anos, sujeito a desbastes pelo baixo, realização com corte raso e posterior aproveitamento da regeneração natural Produtividade nas boas estações de 8 a 9 m3/ha/ano Receita média anual em madeira de 1,5
M€
Potenciação dos produtos secundários (resina) e do recreio Valorização para recreio (anual): 4,1 M€ Receita de resinas naturais (anual): 30.000€
13
Resinas naturais
Matas de resinosas Produtos secundรกrios Cogumelos silvestres
Frutos silvestres
II – Valorização da funções das florestas função de protecção trabalhos dos Serviços Florestais fixação de vertentes (1886-1972)
luta contra erosão e enxurradas na EN 308 – EP 2010: 1 milhão € Manteigas, 2007 (área ardida em 2005)
Fonte: Forest Europe 2015
414 milh천es de toneladas de carbono sequestradas anualmente na UE28 Equivalente a 9% das emiss천es anuais
Sobreiro: produção e conservação
18% do sobreiro situa-se em áreas classificadas para a conservação da natureza
Habitat 9330 (“sobreiral”, serra da Lousã)
Habitat 6310 (“montado”, charneca do Tejo)
Regime de propriedade das florestas Portugal EU-27 Espanha França
EU-27
Itália Grécia Irlanda Alemanha Roménia
46% das florestas da Europa
Pública
Polónia Finlândia Suécia
Privada e outra
China
53% das florestas do mundo
EUA Canadá Brasil Rússia 0%
10%
20%
30%
40%
50%
60%
70%
80%
90%
100%
Floresta = Pessoas (Ecossistemas)
(para efeitos de polĂticas pĂşblicas)
Maria Keil
Valor social e económico da floresta Arborização das serras e dunas
Valor social e econ贸mico da floresta Plano de Povoamento Florestal 1935
Território, florestas e conservação da natureza
O potencial de valorização do nosso território é reconhecida de forma consensual
Portugal pode criar valor quer em regiões diferenciadas pelo seu capital natural (RN 2000) quer nas áreas diferenciadas pelo potencial para a produção agrícola e florestal intensiva e eficiente
Criar valor Gerar riqueza Temos excelentes exemplos de zonas de alto valor natural e degestão A presença no território de espécies Necessidade activa para promover a de estatuto de conservação elevado zonas de produção intensiva, diversidade e, é marca de uma correta gestão, simultaneamente, constituindo exemplos de diminuir os riscos de uma garantia de valor natural ordenamento do território a fogos florestais. replicar
Valor especial das áreas protegidas
Primeira área protegida, oficialmente, em Portugal Pelo Decreto de 9 de Dezembro de 1898 a Mata Nacional do Buçaco passa a constituir “uma série artística, sujeita à explorabilidade physica”, como determina o § 2.º do artigo 1.º, o que foi confirmado pelo Regime Florestal de 1901 (Decreto de 24 de Dezembro de 1901, artigo 18.º, § 2.º), com administração florestal própria.
Valor especial das áreas protegidas
A importância da serra do Buçaco como “monte sagrado”:
“A Lusitânia tem vários montes, mas só vale a pena fazer a menção de montes como Monchique, Arrábida, Montejunto, Hermínio, Sintra, Ansião, Monte Corva, Buçaco, Montemuro, Marão e Gerês.” André de Resende, De Antiquitatibus Lusitaniae, 1593 Etimologia do orónimo “Buçaco”
Almeida Fernandes,1999: *bustacco > *butsacco, de bustu-, «pastagem», «zona húmida» (origem pré-romana) Adalberto Alves, 2013: *bû ṣaqî, «o da terra irrigada» (origem árabe)
MUITO OBRIGADO!
Sement Event 2015 | Fundação Mata do Bussaco Luso, 20.11.2015