RELATÓRIO DE PROGRESSO Nº 1 BRIGHT – BUSSACO´S RECOVERY OF INVASIONS GENERATING HABITAT THREATS (LIFE10/NAT/PT/075) Abarcando as actividades realizadas no período entre 30.05.2012 e 31.05.2013
Data da Conclusão da Redacção do Relatório 31.05.2013
Dados do Projecto Localização
Mata Nacional do Bussaco, Mealhada, Portugal
Data de Início
01/09/2011
Data de Fim
31/08/2016
Orçamento Total
€ 3.081.876
Contribuição CE
€ 1.540.938
(%) de Custos Elegíveis
50
Dados do Beneficiário Nome do Beneficiário
Fundação Mata do Buçaco
Pessoa de Contacto
Eng. António Franco
Morada
Mata Nacional do Buçaco, LUSO, Portugal
Telephone
+ 351 231 937 000
Fax:
n.d.
bright@fmb.pt
Sítio Web
www.fmb.pt/bright/
Redacção e Revisão por António Jorge Franco, Luis Jordão, Nelson Matos, Joni Vieira, Anabela Bem Haja, Cândida Sá
ÍNDICE 1. SUMÁRIO EXECUTIVO ..................................................................................................... 1 1.1. Progresso Geral ................................................................................................................................. 1 1.3. Problemas Encontrados .................................................................................................................... 1
2. ASPECTOS ADMINISTRATIVOS ......................................................................................... 4 2.1. Estrutura e Equipa de Gestão do Projecto ........................................................................................ 4 2.2. Equipa de Projecto............................................................................................................................. 4
3. ASPECTOS TÉCNICOS ..................................................................................................... 7 3.1. Acções do Projecto ............................................................................................................................ 7 3.1.1. Acção A.1 - Elaboração de Programa de Acções de Demonstração para Controlo e Erradicação de Exóticas e Conservação/Beneficiação de Autóctones ........................................................................................... 8 3.1.2. Acção A.2 - Elaboração de Programa de Acções de Sensibilização, Envolvimento e Voluntariado ......... 10 3.1.3. Acção C.1 - Ações de Reativação/Operação de Viveiro e Beneficiação de Autóctones ........................... 10 3.1.4. Acção C.2 - Acções de Controlo e Erradicação de Espécies Invasoras .................................................... 20 3.1.5. Acção D.1 - Programa de Acções de Comunicação e Divulgação LIFE+ / Sítio Web ............................... 27 3.1.6. Acção D.2 - Programa de Acções de Comunicação e Divulgação LIFE+ / Placards e Outdoors .............. 28 3.1.7. Acção D.3 - Programa de Acções de Comunicação e Divulgação LIFE+ / Relatório para Leigos – Layman Report .................................................................................................................................................................. 31 3.1.8. Acção D.4 - Programa de Acções de Comunicação e Divulgação LIFE+ / Acções Complementares....... 31 3.1.9. Acção D.5 - Programa de Acções de Sensibilização, Envolvimento e Voluntariado / Público em Geral ... 34 3.1.10. Acção D.6 - Programa de Acções de Sensibilização, Envolvimento e Voluntariado / Empresas ............ 35 3.1.11. Acção D.7: Programa de Acções de Sensibilização, Envolvimento e Voluntariado / Escolas ................. 36 3.1.12. Acção D.8 - Programa de Acções de Disseminação e Transferência de Resultados ............................. 38 3.1.13. Acção E.1 - Gestão do Projecto .............................................................................................................. 40 3.1.14. Acção E.2 - Monitorização e Avaliação de Resultados do Projecto ........................................................ 42 3.1.15. Acção E.3 - Auditoria Externa .................................................................................................................. 44 3.1.16. Acção E.4 - Networking com outros projectos LIFE................................................................................. 45 3.1.17. Acção E.5 - “Plano de Comunicação Pós-LIFE” ..................................................................................... 48
4. ASPECTOS FINANCEIROS .............................................................................................. 49 4.1. Sistema Contabilístico. .................................................................................................................... 49 4.2. Disponibilidade do Cofinanciamento ............................................................................................... 49 4.3. Execução Financeira ....................................................................................................................... 49 4.4. Questões à Comissão – Ajustes Orçamentais ................................................................................ 50
ANEXOS .......................................................................................................................... 54 ANEXO I.................................................................................................................................................. 55
Fotografias e Videos ............................................................................................................................... 55 ANEXO II................................................................................................................................................. 56 Documentos Técnicos / Deliverables ..................................................................................................... 56 ANEXO III................................................................................................................................................ 57 Outros Documentos ................................................................................................................................ 57 ANEXO IV ............................................................................................................................................... 58 Materiais Gráficos Produzidos ................................................................................................................ 58 ANEXO V ................................................................................................................................................ 59 Certidão de Enquadramento em IVA do Beneficiário (corrigida) ........................................................... 59
LISTA DE ABREVIATURAS CMM – Câmara Municipal da Mealhada DGEP – Direcção Geral dos Estabelecimentos Prisionais EPC - Estabelecimento Prisional de Coimbra FMB – Fundação Mata do Buçaco IEFP – Instituto de Emprego e Formação Profissional IPSS – Instituições Privadas de Solidariedade Social MNB – Mata Nacional do Buçaco UA – Universidade de Aveiro
1. SUMÁRIO EXECUTIVO 1.1. Progresso Geral Decorrendo de uma arranque que se revelou globalmente positivo – embora com os ligeiros constrangimentos e problemas de que se deu conta no relatório anterior – os trabalhos do Projecto decorreram no período abarcado pelo presente relatório de acordo com um faseamento distinto. Na maioria das acções e trabalhos, foram executados e nalguns casos superados os objectivos traçados para este período. Em Dezembro de 2012, data da última visita da equipa de monitorização, essa situação era particularmente evidente, tal como aliás demonstra o respectivo reconhecimento na carta que nos foi enviada após a visita. Tendo já em conta o balanço entre os atrasos induzidos pelo temporal de Janeiro de 2013, que abaixo se descrevem, e a retoma registada nas ações no terreno é possível identificar para os objetivos de conservação do projeto um progresso geral que se revela de acordo com o esperado para esta fase (ou mesmo superior ao esperado), em parte pelo facto de os trabalhos terem apresentado, até Dezembro de 2012, um progresso que ia para além do esperado. O progresso geral das vertentes associadas à demonstração e comunicação tem sido particularmente positivo e vai além do esperado para esta fase. Por via de sinergias com outras atividades e de networking, verificou-se um feedback geralmente bastante mais positivo do esperado, contribuindo para aportar ao projeto um maior envolvimento da comunidade externa nalgumas ações (especialmente as de voluntariado), bem como diversos pedidos para participação da equipa em eventos que envolvem a sua mais ampla divulgação e comunicação (que, paralelamente, contribuem para atrair novos públicos e entidades aos programas de envolvimento em ações de conservação). No que respeita a atividades de divulgação, de salientar que o esforço colocado pela FMB no estabelecimento de um conjunto de mecanismos de comunicação regular com os media tem possibilitado, desde o início e de forma contínua, a sua ampla comunicação junto de diversos públicos, contribuindo de forma ativa para o reconhecimento dos objetivos e trabalhos previstos pelo projeto e do apoio prestado pelo LIFE+ à sua execução. Neste contexto, e tal como detalhado ao longo deste Relatório, considera-se que o progresso geral registado pelo projeto vai de encontro ao esperado, com exceção de atrasos que adiante se referem relativamente à ação D.7. Mas mesmo neste caso, em que as tarefas exibem um atraso mais significativo, espera-se que as medidas de contingência adotadas, com ajuste da frequência e atividades do programa no sentido de assegurar um maior envolvimento das famílias dos alunos - com consequências que se esperam significativas em matéria de conservação e sensibilização - permitam no curto prazo assegurar a retoma e alcance dos objetivos inicialmente previstos, ao longo do ano letivo 2013/4.
1.3. Problemas Encontrados Apesar dos desenvolvimentos particularmente positivos com que o projeto se via confrontado em finais de 2012, o início do ano de 2013 foi marcado por um conjunto de acontecimentos inesperados que afectaram de forma negativa o andamento dos trabalhos. Destacam-se neste âmbito:
o ciclone que se abateu sobre a região Centro de Portugal no dia 19 de Janeiro de 2013, que determinou a afectação muito significativa de mais de 40 hectares da Mata Nacional do Bussaco, com queda de centenas de árvores e destruição de parte significativa do seu arboreto, bem como de áreas de intervenção do projecto. Muito embora os danos causados por este evento tenham deixado menos marcas na maioria das áreas até então intervencionadas, os seus efeitos BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Progresso 1 p. 1
em algumas das futuras áreas de trabalho foram marcantes, e aqueles que se registam em áreas nas quais se perspetivava intervencionar comprometeram de forma real o andamento dos trabalhos de conservação, conforme adiante detalhado neste documento. Em anexo, para melhor se ilustrar a dimensão dos estragos, apresenta-se uma pasta com imagens exemplificativas. Após uma fase de dois meses em que as equipas do projecto dedicadas aos trabalhos de conservação estiveram, na prática, quase só envolvidas a resolver os problemas causados pela intempérie (em especial a desobstrução de caminhos de acesso a parcelas e limpeza/minimização de estragos causados em algumas das parcelas anteriormente intervencionadas), os trabalhos regulares foram retomados em pleno a partir de finais de Março de 2013, em moldes análogos aos que até Janeiro vinham sendo executados;
o atraso no lançamento dos procedimentos de contratação previstos pelo parceiro CMM em Dezembro de 2012, que levaram a que os respetivos trabalhos não pudessem ser iniciados de forma a assegurar o arranque da ação D.7 no ano letivo 2012/3 como se chegou a pensar na reunião realizada com a equipa de monitorização. Os procedimentos burocráticos atualmente associados à contratação pública – especialmente a aprovação do lançamento dos concursos em Assembleia Municipal – conduziram a que, não tendo sido viável agendar essa discussão para a Assembleia Municipal de Dezembro de 2012 ela tivesse sido adiada para reunião seguinte daquele órgão e consequentemente a um atraso de mais cerca de quatro meses em todo o processo. À data de redação deste relatório o procedimento está lançado, prevendo-se para breve a sua conclusão, com adjudicação dos trabalhos e seu arranque em pleno para o ano letivo de 2013/4. A este respeito, de salientar ainda que houve necessidade de reequacionar a localização de algumas das atividades, já que a intempérie referida no ponto anterior inviabilizou a utilização, na Mata, do telheiro das garagens do Palace Hotel, onde se vinham executando as atividades com crianças e que se esperava usar para as atividades na Mata.
Figura 1 – Aspetos dos estragos causados pelo ciclone de Janeiro de 2013. Nota: mais fotografias em anexo.
Adicionalmente a estes problemas de maior intensidade, de referir ainda alguns aspetos inesperados que tiveram igualmente reflexos na execução do projeto, em especial ao nível de alterações da equipa interna e de condicionalismos que, por via das novas regras da Lei-Quadro das Fundações, se têm vindo a verificar na estrutura e funcionamento do beneficiário principal. Decorrendo dessas alterações, e esperado nos próximos meses a proposta e aprovação de novos estatutos, que adaptam os atuais às novas exigências legais, mas sem que isso acarrete quaisquer consequências diretas para a execução do projeto. Tendo já em conta o balanço entre os atrasos induzidos pelo temporal e a retoma registada nas ações no terreno é possível identificar para os objectivos de conservação do projecto um progresso geral que se revela de acordo com o esperado para esta fase.
BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Progresso 1 p. 2
No que respeita aos problemas de contratação com que o parceiro CMM se confrontou, os atrasos registados comprometeram de facto a execução da ação D.7. Contudo, nesta fase, a ação tem finalmente a sua execução devidamente assegurada para o próximo ano letivo. Foi inclusivamente perspetiva do parceiro executor compensar os atrasos verificados através de um reforço da frequência e abrangência dos trabalhos, em especial através de atividades complementares junto dos agregados familiares do público-alvo, no sentido de se assegurar, até ao final do projeto, o cumprimento integral das metas iniciais. Neste contexto, as atividades fora de escola, já previstas na versão inicial, foram reforçadas em dimensão e intensidade de frequência, no sentido de assegurar um maior envolvimento dos alunos e dos seus familiares, mesmo em períodos não letivos, em atividades de apoio ao projeto. Para o efeito, as referidas ações “fora de escola” passam a integrar, com uma regularidade semanal, oficinas de conservação sobre as temáticas do projeto, conservação da natureza e biodiversidade, numa perspetiva que procura assegurar um envolvimento maior, que colmate ou minimize o período em que as atividades “em escola” não foram executadas por via dos problemas de contratação associados.
BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Progresso 1 p. 3
2. ASPECTOS ADMINISTRATIVOS 2.1. Estrutura e Equipa de Gestão do Projecto Tal como preconizado na candidatura, a Equipa de Gestão integra elementos de cada uma das entidades com responsabilidade de execução de acções do projecto. Em termos genéricos, as equipas de gestão reportadas no Relatório de Arranque mantém-se sem alterações, com exceção da equipa da FMB, da qual saiu, por rescisão de contrato por si desencadeada por motivos pessoais, a Dra. Luísa Ramos (a partir de finais de Dezembro de 2012). Neste contexto, a equipa de gestão integra atualmente os seguintes elementos:
por parte da FMB, o Eng. António Franco, Presidente do Conselho de Administração. No que respeita a competências não delegadas, que requeiram a intervenção do Conselho de Administração, é de referir que a participação daquele órgão é então considerada. Com a saída da Dra. Luísa Ramos, o Eng. António Franco passou também a assegurar funções de ligação com outros projetos em curso sob execução da FMB. Ao nível técnico, a equipa de gestão do projecto da FMB inclui atualmente Dra. Cândida de Sá (com as funções relacionadas com as ações de comunicação e disseminação, anteriormente geridas pela Dra. Luísa Ramos) e o Eng. Luis Jordão (em assistência externa, com coordenação de aspectos relacionados com as restantes acções, especialmente as de conservação e valorização de habitats), na qual é apoiado pelo Dr. Nelson Matos, Arq. Paisagista Joni Vieira e Eng. Anabela Bem-Haja, para planificação, calendarização e orientação das equipas operacionais
por parte da UA, o Prof. Doutor Carlos Fonseca (com coordenação dos aspectos relacionados com fauna), a Prof. Doutora Rosa Pinho (com coordenação dos aspectos relacionados com habitats) e o Prof. Paulo Silveira (com coordenação dos aspectos relacionados com flora). Apoiados em termos operacionais pela Dra. Lísia Lopes, com funções sobretudo associadas a trabalho de laboratório;
por parte da CMM, a Dra. Filomena Pinheiro, vice-Presidente do Município da Mealhada, apoiada ao nível técnico pela Dra. Susana Oliveira e ao nível da contratação pública pela Dra. Susana Cabral
Do ponto de vista financeiro/contabilístico e administrativo, a equipa de gestão do projecto da FMB integra os técnicos Ana Couceiro e Carla Silva, respectivamente, que acompanham também, em função das disponibilidades e necessidades, as reuniões da Equipa de Gestão. A Equipa de Gestão assegura reuniões trimestrais destinadas a troca de informações e análise/proposta de decisões, conforme previsto na ação E.1. Os respetivos trabalhos são apoiados, tal como previsto em candidatura, pela equipa de Auditoria Externa a quem é remetida trimestralmente a informação contabilística para verificação de conformidade com as exigências do LIFE+ (ação E.3).
2.2. Equipa de Projecto Tal como esperado e previsto no Relatório de Arranque, a equipa de projeto tem vindo a aumentar, especialmente no que respeita aos operacionais relacionados com os trabalhos práticos de conservação. Em termos concretos, as principais alterações verificadas desde aquele relatório relacionam-se, no caso da FMB, com: abandono da equipa por parte da Dra. Luísa Ramos, por motivos pessoais, com correspondente substituição de funções pelo Eng. António Franco e Dra. Cândida Sá; não renovação do contrato de assistência externa em matéria de comunicação com a equipa da empresa F5C (Iara Rosa), por não se verificarem vantagens significativas em o manter, dado o BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Progresso 1 p. 4
know how entretanto adquirido pela equipa interna e a eficácia com que aquelas funções podem ser asseguradas pela mesma, sob coordenação da Dra. Cândida Sá; contratação de ex-reclusos associados aos trabalhos de conservação, por via da conclusão do seu período de cumprimento de pena e vontade em manter-se a trabalhar nas funções antes exercidas ao abrigo do Protocolo de assistência externa contratualizado com a DGEP/EPC; substituição de alguns dos reclusos associados ao Protocolo de assistência externa contratualizado com a DGEP/EPC, por via da conclusão do período de cumprimento de pena de reclusos anteriormente abrangidos e necessidade de assegurar a manutenção do esforço de trabalho; aprofundamento da equipa e do seu modo de funcionamento, através da análise a ajuste de funções, que se traduziu na consolidação do organigrama de funcionamento e gestão que se apresenta na descrição dos trabalhos da ação E.1. Por parte do parceiro UA a equipa foi alargada no sentido de acolher os operacionais que se mencionavam no Relatório de Arranque. Por parte do parceiro CMM, tal como transmitido na reunião realizada com a equipa de monitorização em Dezembro de 2012, houve necessidade de alocar um técnico não previsto inicialmente, cujas funções se relacionam com a preparação e acompanhamento dos procedimentos de contratação pública associados à implementação dos trabalhos da ação D.6 por via do recurso a assistência externa. O referido técnico, Dra. Susana Cabral, é imputado parcialmente, mediante a alocação/dedicação efetiva de tempo ao projeto. Em termos gerais, a equipa de projeto inclui assim, à data de redacção do relatório, os elementos identificados na tabela 1. Tabela 1 – Elementos da Equipa de Projecto em Maio de 2013. Nome
Funções Gerais
Tipo de Contrato / Despesa
Afectação
Pessoal, Quadro
Parcial
FMB António Jorge Franco Luis Jordão (DDL)
Idem para restantes Coordenação Geral / Decisão Coordenação Técnica – Conservação/Controlo Invasoras
Assistência Externa
Avença Mensal
Cândida Marques de Sá
Operacionalização Comunicação/Divulgação
Pessoal, Contrato
Tempo Inteiro
Anabela Bem-Haja
Operacionalização / Gestão de Operários e Atividades D
Pessoal, Contrato
Tempo Inteiro
Nelson Matos
Operacionalização / Gestão de Operários Mata
Pessoal, Contrato
Tempo Inteiro
Jóni Vieira
Operacionalização / Gestão de Operários Viveiros
Pessoal, Contrato
Tempo Inteiro
Rita Gomes
Operacionalização / Gestão de Monitores Atividades D
Pessoal, Contrato
Parcial
Liliana Oliveira
Operacionalização / Gestão de Monitores Atividades D
Pessoal, Contrato
Parcial
Ana Couceiro
Contabilidade e Administração Financeira
Pessoal, Quadro
Parcial
Carla Silva
Apoio Administrativo
Pessoal, Quadro
Parcial
Ana Mannarino
Design / Comunicação
Pessoal, Contrato
Parcial
Maria Eneida Lisboa
Operário
Pessoal, Contrato
Tempo Inteiro
Armando Saldenha
Operário
Pessoal, Contrato
Tempo Inteiro
Augusto Barbosa
Operário (ex Operário/Recluso)
Pessoal, Contrato
Tempo Inteiro
Graciano Santos
Operário/Recluso
Protocolo DGEP/EPC
Tempo Inteiro
Hugo Ferreira
Operário/Recluso
Protocolo DGEP/EPC
Tempo Inteiro
Vasco Prazeres
Operário/Recluso
Protocolo DGEP/EPC
Tempo Inteiro
Alfredo Rodrigues
Operário/Recluso
Protocolo DGEP/EPC
Tempo Inteiro
António Silva
Operário/Recluso
Protocolo DGEP/EPC
Tempo Inteiro
António Moreira
Operário/Recluso
Protocolo DGEP/EPC
Tempo Inteiro
BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Progresso 1 p. 5
Tabela 1 (continuação) – Elementos da Equipa de Projecto em Maio de 2013. Nome
Funções Gerais
Tipo de Contrato / Despesa
Afectação
CMM Filomena Pinheiro
Coordenação Geral
Eleito
Parcial
Susana Oliveira
Coordenação Operacional Monitores
Pessoal, Quadro
Parcial
Susana Cabral
Apoio à Contratação Pública Externa
Pessoal, Quadro
Parcial
UA Carlos Fonseca
Coordenação Geral / Coordenação Operacional Fauna
Pessoal, Quadro
Parcial
Rosa Pinho
Coordenação Operacional Habitats
Pessoal, Quadro
Parcial
Paulo Silveira
Coordenação Operacional Flora
Pessoal, Quadro
Parcial
Lísia Lopes
Técnica Laboratório
Pessoal, Quadro
Parcial
Milene Matos
Coordenação Operacional Fauna
Bolseira FCT
Parcial
Sónia Guerra
Bolseira, execução trabalhos flora
Contratada BRIGHT
Total
André Aguiar
Bolseiro, execução trabalhos fauna
Contratado BRIGHT
Total
Daniela Ferreira
Técnica Superior – Gestão Financeira
Pessoal, Quadro
Parcial
Lúcia Pereira
Dispersão de sementes por vertebrados
Aluna
Total / Extra Projeto
Ana Vasques
Colaboradora, trabalhos com sementes
Colaboradora
Parcial / Extra Projeto
Paula Maia
Colaboradora, trabalhos com sementes
Colaboradora
Parcial / Extra Projeto
Tatiana Pinhal
Colaboradora, trabalhos com invertebrados
Colaboradora
Parcial / Extra Projeto
Ricardo Santos
Colaborador, trabalhos com invertebrados
Colaborador
Parcial / Extra Projeto
Cátia Paredes
Colaboradora, trabalhos com invertebrados
Colaboradora
Parcial / Extra Projeto
Sofia Jervis
Colaboradora, trabalhos com invertebrados
Colaboradora
Parcial / Extra Projeto
BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Progresso 1 p. 6
3. ASPECTOS TÉCNICOS 3.1. Acções do Projecto Globalmente, e tal como referido na secção 1, a execução técnica do projeto decorre apenas com algum atraso na ação D.7. Nas restantes ações, sem prejuízo dos problemas causados pelo temporal de Janeiro de 2013, os trabalhos decorrem dentro do esperado, ocasionalmente apresentando alguns desvios não significativos. A tabela 2 apresenta, em síntese, o progresso previsto e a execução verificada, incluindo quando aplicável a identificação dos desvios verificados, sua relevância e efeitos colaterais no projecto. As secções seguintes detalham, para cada acção, os trabalhos já promovidos e em curso, incluindo quando aplicável a identificação dos aspectos que contribuem para o estado de desenvolvimento aqui sintetizado. Tabela 2 – Síntese dos desenvolvimentos das acções do projecto, incluindo identificação do progresso previsto em candidatura (P) e execução verificada, desvios temporais associados face a cronograma, metas (M) e deliverables (D), respectiva relevância, correcção e efeitos no projecto. 2012
2013
Acção II
A.1
III
IV
I
P E
A.2
P E
C.1
P E
C.2
P E
D.1
P E
D.2
P E
D.3 D.4
P
Agosto/2016
E
Recolha Informação
P E
D.5
P E
D.6
P E
Desvio
Relevância / Comentários
Efeitos no Projecto
Atraso inicial de 3 meses. Ajustes adicionais à calendarização e atividades necessários por via do temporal
Relevante / Correção Implementada
Negativos e reduzidos por via das correções implementadas
Atraso inicial de 3 meses. Ajustes adicionais à calendarização e atividades necessários por via do temporal
Relevante / Correção Implementada
Negativos e reduzidos por via das correções implementadas
Arranque inicial com 7 meses de avanço. Atrasos na compostagem por via dos estragos do temporal
Pouco Relevante / Correção Implementada
Negativos mas reduzidos devido a uso temporário de estilha para fins de controlo de invasoras
Arranque inicial com 6 meses de avanço. Progressos acima do esperado, entretanto reduzidos por via do temporal
Globalmente, dentro das metas esperadas para esta fase
Decurso dentro do esperado. Necessidades futuras de trabalhos não previstos, mas viáveis de executar. Necessidades Identiifcadas
Atraso de 3 meses no marco de versão online. Frequência de visitas acima do esperado, mais informação do que previsto
Globalmente, dentro das metas esperadas para esta fase
Decurso dentro do esperado. Atrasos iniciais não tiveram efeitos negativos. Bom funcionamento e angariação de voluntários e apoios.
Arranque com 5 meses de avanço. Execução mais custo eficaz e mais articulada com outras necessidades
Relevante / Globalmente, maior visibilidade e envolvimento
Positivos | Maior comunicação e melhor conhecimento do projecto, apoio LIFE+ e envolvimento público
não aplicável
não aplicável
não aplicável
Desvios apenas verificados em materiais relacionados com tarefas da responsabilidade do parceiro CMM
Pouco Relevante / Materiais ainda não foram necessários
Negativos mas reduzidos pela execução de materiais alternativos e síntese de conteúdos que preparam os inicialmente previstos
Arranque inicial com avanço. Menor adesão do que esperado para algumas atividades (percursos pedestres)
Relevante / Proposta de ajustes e maior envolvimento agentes
Negativos mas reduzidos pela definição de meios complementares de envolvimento e sua colocação em prática
Arranque inicial com avanço. Necessidade de ajuste de tarefas ao temporal (limpezas)
Relevante / Experiência incorporada
Positivos | Maior envolvimento público em C.1 e C.2
II
BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Progresso 1 p. 7
Tabela 2 (continuação) – Síntese dos desenvolvimentos das acções do projecto, incluindo identificação do progresso previsto em candidatura (P) e execução verificada, desvios temporais associados face a cronograma, metas (M) e deliverables (D), respectiva relevância, correcção e efeitos no projecto. 2012
2013
Acção II
D.7
P E
D.8
P E
E.1
P E
E.3
P E
E.4
P E
E.5
IV
I
Relevância / Comentários
Efeitos no Projecto
Desvios significativos relativamente à calendarização e forma de execução inicial
Relevante | Atrasos agravados por questões de contratação
1 ano de atraso na implementação, minorado por maior abrangência e frequência de execução das atividades
Avanço em alguns marcos e nas metas inicialmente estabelecidas, por via de sinergias e contatos
Relevante / Aumento de objectivos de participação em eventos e divulgação
Positivos | Sem acréscimo de custos, maior comunicação com expectativas de envolvimento público
Sem Desvios
Equipa tem procurado dar resposta a necessidades inesperadas
Correções atempadas de desvios e mais sinergias com outros projetos e atividades
Sem Desvios para além dos induzidos pelo temporal
Pouco relevante | Correções implementadas
Correções atempadas de desvios e problemas de menor relevo para objetivos. Trabalhos em curso com adaptações necessárias
Atraso inicial de 4 meses no marco de adjudicação
Pouco Relevante / Objectivo prendia-se com boas práticas
Negligenciáveis | Auditoria regular iniciou-s e com resultados esperados e prossegue conforme esperado
Sem Desvios. Resultados mesmo acima das expectativas para esta fase
não aplicável
não aplicável
Sem Desvios
não aplicável
não aplicável
II
P E
E.2
III
Desvio
P E
3.1.1. Acção A.1 - Elaboração de Programa de Acções de Demonstração para Controlo e Erradicação de Exóticas e Conservação/Beneficiação de Autóctones Os trabalhos desta acção tinham uma duração prevista de seis meses, com início próximo do arranque do projecto. Por via de factores externos associados à contratação de assistência externa, equipamentos e software necessários à sua execução, o seu início efectivo veio a sofrer desvios e ligeiros atrasos, conforme referido no Relatório de Arranque. Entretanto, por via da intempérie de Janeiro do corrente e das dificuldades que a mesma colocaram à execução dos trabalhos propostos/previstos no Programa de Ações aprovado em Julho de 2012, foi necessário proceder a ligeiros ajustes do mesmo, em função da informação recolhida no terreno. O deliverable em causa, com os correspondentes ajustes, é enviado com o presente relatório, para análise e apreciação. Os principais constrangimentos que se verificaram aos trabalhos inicialmente previstos dizem respeito a:
obstrução de caminhos de acesso a áreas de trabalhos do projeto, entretanto quase concluída por via dos trabalhos realizados entre Fevereiro e Abril. Subsistem contudo, em áreas de intervenção ainda não iniciadas, algumas necessidades a este respeito;
obstrução de parcelas de trabalho, por via da queda de árvores “em dominó”, com necessidade de trabalhos suplementares para a retirada destes materiais previamente às intervenções inicialmente previstas. Este facto obrigou a que entre Fevereiro e Abril os trabalhos em parcela se tivesse sobretudo direcionado para a retirada de material das parcelas anteriormente intervencionadas. Nos novos trabalhos em parcelas, obrigam a um esforço adicional de remoção e limpeza, previamente aos trabalhos de conservação inicialmente previstos. Obrigam também, BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Progresso 1 p. 8
ao nível do viveiro, ao aumento das necessidades de propagação, para fazer face a necessidades adicionais de plantação;
existência, nas parcelas de trabalho, de árvores de grande porte a necessitar de podas especializadas e/ou de corte/remoção, dado o risco de queda que apresentam e possíveis efeitos de obstrução, com a consequente necessidade de retirada de materiais previamente às intervenções inicialmente previstas. Estes trabalhos, de carácter especializado, apenas podem ser executados com recurso a assistência externa que não se considerava na proposta inicial.
Neste contexto, a componente financeira deste relatório identifica desde já para possíveis soluções, que nos parece viável adotar, mas cuja execução ficará dependente de análise e aprovação pela Comissão. De uma forma geral, em áreas fora da intervenção do projeto, verifica-se a necessidade de um conjunto substancial de trabalhos de corte e retirada de material vegetal, seguidos de trabalhos de recuperação e valorização das áreas afetas, que irão obrigar a ações continuadas e complementares às do projeto BRIGHT, não afetando a sua execução mas exigindo do beneficiário principal esforços adicionais no sentido de encontrar alternativas adicionais de financiamento e recuperação para que a conservação do conjunto da biodiversidade da Mata possa ser assegurado. Ainda a este nível, e sem prejuízo dessas necessidades e meios, é expectável que haja necessidade de intervenções pontuais das equipas BRIGHT em algumas das clareiras abertas por via do temporal, fora das áreas inicialmente propostas para intervenção, no sentido de controlar o aparecimento e desenvolvimento – que já se verifica – de núcleos de espécies invasoras mais agressivas, como Acacia sp. O aparecimento destas clareiras, de diferentes dimensões, com a subsequente redução do ensombramento do solo, incentiva a germinação de espécies como as referidas, que requerem a insolação das suas sementes presentes no solo para germinar. Não existindo as referidas clareiras, o banco de sementes existentes estava “adormecido” e elas não constituiriam um problema, situação que se inverteu com o seu aparecimento e motivo pelo qual se afigura lógico assegurar esse controlo, numa fase preliminar e adequada, impedindo a existência futura de maiores focos de invasão. No sentido de melhor se avaliarem e definirem as necessidades de intervenção do projeto BRIGHT em áreas externas às áreas inicialmente previstas, por motivos como os atrás referidos, está em curso com apoio de dois estágios não remunerados de licenciatura – um em paisagismo e outro em gestão florestal – um trabalho mais detalhado de avaliação e propostas de intervenção, que se espera concluído até ao final de 2013. As áreas em causa são as que se assinalam na figura 2.
Figura 2 – Parcelas que estão a ser objeto de avaliação, com recursos externos ao projeto, no sentido de identificar as necessidades concretas de intervenção em matéria de controlo de exóticas invasoras que se desenvolvam em clareiras causadas pelo temporal (a vermelho). BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Progresso 1 p. 9
Caso daqui resultem propostas que afetem significativamente a estratégia em curso, essa informação será atempadamente comunicada à Comissão no sentido de, conjuntamente, se avaliarem as possíveis implicações e/ou alterações aos trabalhos em curso. Até aquela data, os trabalhos prosseguirão conforme a programação inicial e com os pequenos reajustes que desde já foram identificados, de que se dá conta no presente relatório.
3.1.2. Acção A.2 - Elaboração de Programa de Acções de Sensibilização, Envolvimento e Voluntariado Tal como referido no Relatório de Arranque, foi elaborada uma versão de trabalho do Programa de Ações que contempla o conjunto de trabalhos inicialmente previstos e é apresentado em anexo, sob a forma de deliverable. Apesar contempladas, no referido programa, o conjunto de ações previstos no projeto, a sua oferta e procura tem registo diferentes níveis. Este fato possibilitou, desde já, um conjunto de reflexões e/ou ajustes, no sentido de melhor assegurar os objetivos iniciais, que se descrevem nas secções respetivas. No que respeita às orientações genéricas inicialmente apresentadas para efeito dos trabalhos da ação D.7, verifica-se que as mesmas foram integradas no Caderno de Encargos entretanto elaborado e lançado a concurso pelo parceiro CMM, incluindo aliás uma perspetiva mais alargada, de integração com outras componentes educativas e ambientais – tais como a agenda XXI local e programa EcoEscolas. Adicionalmente, no sentido de minimizar os efeitos negativos do não arranque dos trabalhos dentro do período previsto, previu-se um esforço suplementar no sentido de melhor abranger os agregados familiares dos alunos, através de oficinas práticas a dinamizar com maior frequência, em conjugação com as atividades escolares.
3.1.3. Acção C.1 - Ações de Reativação/Operação de Viveiro e Beneficiação de Autóctones
Reativação e Operação do Viveiro Os trabalhos de reativação/operação de viveiro são aqueles que, no contexto geral dos problemas derivados da intempérie de Janeiro, menos foram afetados. Iniciaram-se, como já referido no Relatório de Arranque, em antecipação ao inicialmente esperado e encontram-se atualmente em curso com resultados acima do esperado, assegurando a produção e crescimento de um total de aproximadamente 24.000 plantas. No sentido de assegurar a sua melhor operação, o viveiro foi objeto de uma proposta detalhada de ordenamento/funcionamento que se encontra implementada desde Setembro de 2012 (ver Anexo 2), com pequenos ajustes introduzidos posteriormente, que se refletem na planta apresentada na figura 3 (disponibilizada em melhor visualização no Anexo referido). Em termos gerais, a referida proposta contemplou a categorização dos espaços em espaços de produção, espaços de armazenamento/ crescimento, espaços mistos e jardins de exposição. Contemplou ainda a separação das espécies autóctones e ornamentais, de acordo com o seu destino. O circuito de produção de plantas começa nas áreas de produção, destinadas a estacarias, sementeiras e propagação vegetativa. As áreas de armazenamento/crescimento constituem a segunda fase do circuito, onde as plantas produzidas são acumuladas para crescimento e adaptação às condições exteriores. Após estas duas fases as plantas podem ser utilizadas para plantação na mata. Os jardins de exposição destinam-se à plantação de espécimes que servirão para produção de sementes ou de material para propagação vegetativa A proposta previu ainda a criação, em articulação com a equipa de comunicação do projeto, de uma nomenclatura e sinalética identificativa para cada um dos locais de produção/armazenamento, com uma breve descrição do propósito de cada, de forma a facilitar a rápida identificação, a qual se encontra BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Progresso 1 p. 10
instalada à data de redação do presente relatório e se pretende venha a apoiar um futuro “trilho do viveiro”, destinado a complementar as ações de comunicação e envolvimento.
Figura 3 – Planta geral de ordenamento dos viveiros.
Paralelamente, e para apoio à monitorização, foram definidos procedimentos de registo de entradas de plantas, saídas de plantas e realização de sementeiras e estacarias. Estes registos consistem no preenchimento de uma ficha destinada a cada tipo de situação (ficha de sementeira, ficha de estacaria, ficha de entrada de plantas, ficha de saída de plantas), nas quais constam as informações gerais acerca da identificação proveniência dos materiais vegetais, quantidades, orientações para os viveiros, datas de entrada e data/local de sementeira/estacaria/ armazenamento. No caso da saída de plantas inclui-se ainda o destino da planta e a área de onde esta saiu (ver Anexo 3). Estes processos são posteriormente compilados numa folha de cálculo de forma a tornar os dados facilmente acessíveis e possibilitar o seu tratamento. Na referida folha de cálculo sistematizam-se a identificação, data e local de recolha e de sementeira, quantidade de sementes e estacas e número de alfobres e cuvetes (ver Anexo 3). Decorrendo das necessidades então identificadas, foi também assegurada a conclusão das pequenas obras e reparações mais prioritárias, destacando-se neste contexto a instalação do sistema de rega (ainda em conclusão, figuras 4 e 5), baseado no tanque de água recuperado na fase inicial do projeto, com o qual se minimizam os consumos de água a partir da rede e se esperam assegurar as necessidades de rega do próximo Verão. Em articulação com as necessidades dos programas dinamizados com público e entidades externas, deu-se também início à recuperação da antiga carpintaria, no sentido de a mesma poder acolher visitas e atividades/oficinas como as descritas posteriormente neste relatório (ações D).
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Figura 4 – Esquema do sistema de rega instalado.
Figura 5 – Aspetos dos trabalhos de instalação do sistema de rega (pormenores).
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A época de Outono de 2012 e Primavera de 2013 foi assim aproveitada, em pleno, para a continuação da recolha de material destinado a propagação, tendo incidido sobretudo nas seguintes espécies e métodos de propagação:
Arbutus unedo – sementeira
Corylus avellana - sementeira
Castanea sativa – sementeira
Hedera sp. – estacaria e repicagem
Ilex aquifolium – estacaria e sementeira
Phllyrea latifolia – estacaria e repicagens
Prunus lusitanica – estacaria
Quercur robur – sementeira
Quercus suber – sementeira
Viburnum tinus – estacaria e sementeira
Vinca sp – estacaria e repicagem
No que respeita a equipamentos, foi concluída a aquisição e fornecimento de uma estilhadora e de um trator com respetivos acessórios de maior prioridade (reboque, caixa de carga, brocadora/ perfuradora, grua, guincho, carregador frontal), o que foi conseguido através de valores de aquisição substancialmente inferiores aos inicialmente esperados, fruto de uma consulta a fornecedores mais alargada.
Figura 6 – Aspetos de alguns dos equipamentos adquiridos.
Complementarmente, assegurou-se também a aquisição de outros equipamentos relacionados com as necessidades de plantações (como a broca perfuradora de solo), o que conjuntamente permitiu que o Outono de 2012 e Primavera de 2013 fossem também aproveitados para plantações com espécies BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Progresso 1 p. 13
autóctones, direcionadas para as parcelas onde simultaneamente estavam em curso e/ou executados trabalhos de controlo de invasoras. Decorrendo dos resultados verificados com plantações efetuadas no início de 2012, verificou-se também ser necessário, nalguns casos, aumentar as quantidades inicialmente previstas para produção em viveiro de algumas espécies herbáceas (especialmente Vinca sp.), pelo facto de a sua propagação por estacaria direta no terreno não resultar tão bem quanto a de outras espécies (p.e. Hedera sp). Assim, os esforços de propagação de herbáceas estão agora sobretudo concentrados, em termos quantitativos, na propagação por semente de Ruscus aculeatus e na propagação vegetativa de Vinca sp (esta última a partir de um canteiro de plantas “dadoras” instalado numa área específica, sem prejuízo de se manter em propagação e/ou ensaio menores quantidades de outras espécies igualmente úteis aos trabalhos. Como resultado da reativação do viveiro, as suas instalações encontram-se em pleno funcionamento, com existências atuais se sumarizam na tabela 3. Tabela 3 – Quantidades disponíveis em viveiro à data de redação deste relatório. Nome Comum / Científico
Tipo de Propagação
Quantidade
em crescimento/desenvolvimento (vasos e cuvetes) Aderno
Phillyrea latifolia
Repicagens e estacas
772
Amieiro
Alnus glutinosa
Sementeira
240
Azevinho
Ilex aquifolium
Estacaria
10
Carvalho alvarinho
Quercus robur
Sementeira
216
Carrasco
Quercus coccifera
Sementeira
100
Castanheiro
Castanea sativa
Sementeira
130
Cedro do Bussaco
Cupressus lusitanica
Repicagens
165
Folhado
Viburnum tinus
Estacaria
30
Medronheiro
Arbutus unedo
Comprados
1500
Sobreiro
Quercus suber
Comprados
270
em propagação (alfobres/ cuvetes) Abrunheiro
Prunus spinosa
Sementeira
120
Aderno
Phillyrea latifolia
Sementeira
240
Aderno
Phillyrea latifolia
Estacaria
300
Aderno
Phillyrea latifolia
Repicagens
90
Aveleira
Corylus avellana
Sementeira
40
Azereiro
Prunus lusitanica
Sementeira
80
Azereiro
Prunus lusitanica
Estacaria
1340
Azevinho
Ilex aquifolium
Estacaria
1800
Azevinho
Ilex aquifolium
Sementeira
16492
Carvalho alvarinho
Quercus robur
Sementeira
4900
Castanheiro
Castanea sativa
Sementeira
360
Cerquinho
Quercus faginea
Sementeira
160
Folhado
Viburnum tinus
Estacaria
2110
Hera
Hedera sp.
Estacaria
1384
Gilbardeira
Ruscus aculeatus
Sementeira
126
Loureiro
Laurus nobilis
Sementeira
40 4 alfobres e 1 canteiro
Medronheiro
Arbutus unedo
Sementeira
Selo de Salomão
Polygonatum odoratum
Sementeira
32
Sobreiro
Quercus suber
Sementeira
2175
Vinca
Vinca sp.
Estacaria
9407
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Para além das espécies referidas, tem-se procurado assegurar, de forma regular, outros ensaios de propagação, com resultados ainda incipientes, direcionados para fetos característicos do adernal (Polypodium vulgare) e outras espécies cuja presença na Mata é conhecida e poderia/deveria ser alargada (Dicksonia antarctica, Dryopteris affinis, Picea smithiana, Calocedrus decurrens, Tilia sp, Ulmus minor, Polystichum setiferum, Abies sp. entre outros). Ao nível dos trabalhos complementares da ação, foi delineada (figura 7) e parcialmente instalada a unidade de compostagem que se esperava ter em funcionamento a partir deste ano, a qual chegou ainda a operar de forma “experimental” até à ocorrência do temporal. Para a envolvente do espaço proposto considerou-se como solução a compostagem em pilhas, baseada na recolha e trituração de material para uma plataforma previamente existente. Depois de estudar o local, considerou-se adequado dividi-lo em duas zonas, uma de armazenamento, onde se iria colocando resíduos que futuramente irão incorporar as novas pilhas, e outra destinada à compostagem propriamente dita. Na zona destinada à compostagem, a área foi dividida numa malha de 3 x 3, ou seja, três pilhas no sentido da largura e três pilhas no sentido do comprimento. Cada pilha terá uma dimensão de 2m de largura, 1,5m de altura e 6m de comprimento. Para que o reviramento das pilhas possa ser realizado, quer do modo manual, quer com o auxílio da maquinaria, será deixado um espaçamento ao redor das mesmas de 3m.
Figura 7 – Planta inicialmente proposta para funcionamento da unidade de compostagem.
O facto de a sua localização se situar numa das zonas mais afetadas com queda de árvores (figura 8) inviabilizou a continuidade dos trabalhos preparatórios até que se proceda à desobstrução e remoção das árvores caídas no local, sem que contudo essa situação se afigure problemática para os próximos meses.
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Figura 8 – Aspetos da área da unidade de compostagem, antes e após a tempestade, evidenciando a sua destruição e impossibilidade de utilização devido à queda de árvores.
Fruto de uma quantidade de biomassa disponível muito superior à que se previa dispor (por via do elevado número de árvores que caíram com o temporal), as instalações previstas seriam efetivamente insuficientes para acolher a sua compostagem. Por outro lado, o facto de se ter verificado, no âmbito dos ensaios-piloto da ação C.2, que a aplicação direta de estilha no terreno constitui um dos métodos mais eficazes para combate a Tradescantia fluminensis em áreas de adernal, bem como o auxílio que essa mesma aplicação pode ter na minimização do aparecimento de germinação de arbóreas invasoras (sobretudo Acacia sp.) conduziu a uma estratégia intercalar que passa pela utilização da estilha para esse fim e não para a compostagem, com benefícios concretos ao nível das ações de controlo e de invasoras, apesar de com isso se gerarem algumas necessidades adicionais de consumíveis para viveiro (substrato). De salientar ainda que nesta decisão e alteração temporal de destino da estilha pesou ainda o facto de o composto produzido a título “experimental” se ter revelado pouco eficaz para apoio à propagação propriamente dita, sendo sobretudo utilizado, enquanto disponível, para apoio às plantações no terreno. No que à propagação diz respeito, os resultados obtidos foram sempre menos positivos, pelo que a sua utilização, enquanto possível, se restringiu sobretudo à mistura com outros substratos e solo no sentido de assegurar uma mistura que era utilizada em fases de crescimento e que, quando usada para as sementeiras ou estacaria, não conduziu a resultados tão positivos como quando era aplicado apenas substrato adquirido ao mercado. No que respeita a principais constrangimentos detetados na execução da ação, que são de reduzida influência e não comprometeram as suas metas, eles relacionam-se essencialmente com questões de gestão de pessoal e falta de condições nos edifícios de apoio às atividades. Em relação às questões de pessoal, regista-se ainda a falta de mais um elemento fixo na equipa de operários dos viveiros, com experiência na matéria (nomeadamente técnicas de propagação gestão de viveiros e outras operações inerentes à atividade) o que conduz a alguma redução da eficácia e rendimento, que poderiam ser ainda maiores. Seria suficiente mais um operário qualificado, cujo procedimento de contratação se iniciou entretanto mas que, no mercado, tende a ser difícil de encontrar (i.e., mesmo com contatos em curso com o Centro de Emprego local, ainda não foi possível suprir essa necessidade). Espera-se que até ao final de 2013 esta necessidade seja superada até porque, nesse mesmo período, é previsível a saída da equipa de um dos reclusos, com experiência e conhecimentos substanciais na matéria, o qual infelizmente não pretende, por motivos pessoais, manter a sua atividade aqui, já que dispõe de explorações agrícolas que pretende ir gerir após a conclusão da pena. As condições ainda precárias de alguns dos locais que os viveiros utilizam como escritórios e armazém de material dificultam a organização de dados e logística (desde cuvetes, terra vegetal, adubos e fertilizantes, vasos, etc... a fichas preenchidas pelos operários, registos diários, etc.), pelo que se pretende assegurar, ao longo do tempo e como previsto em candidatura, a sua reconversão e adaptação a melhores condições, através da equipa associada às pequenas obras e manutenção de equipamentos
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(que nesta área, tem estado envolvida na instalação do sistema de rega e na beneficiação da sala destinada a oficinas/ateliers). Ainda neste contexto, a inexistência de um veículo pequeno para as deslocações dos seus operários aumenta consideravelmente o tempo de execução de algumas tarefas, nomeadamente as recolhas de sementes, recolhas de estacas e outros trabalhos que implicam deslocações e acesso ao interior da Mata. Nem sempre os locais onde estas recolhas são promovidas são acessíveis à carrinha de caixa aberta adquirida - que apenas circula pelas principais vias - pelo que se propõe, neste relatório, o uso de orçamento disponível resultante da sua aquisição para a aquisição de uma moto 4 com atrelado, destinado especificamente a esses fins. Tal aquisição seria feita sem custos adicionais para o projeto, uma vez que a carrinha foi adquirida por um valor inferior ao orçamentado, sendo que, contrariamente ao previsto em candidatura, não satisfaz todos os objetivos a que se destinava, designadamente os atrás referidos.
Beneficiação de Autóctones Em termos de plantações em áreas de intervenção, resultaram dos trabalhos de reativação e operação do viveiro plantações com um total de 1489 árvores e arbustos e 5288 herbáceas, conforme tabela 4. Tal como aí assinalado e previsto na candidatura, alguns dos exemplares plantados foram objeto de aquisição no sentido de assegurar plantas com uma dimensão mais adequadas aos fins pretendidos, tendo-se também incluído nas plantações a oferta, por parte de terceiros (PORTUCEL florestal e Sociedade Águas do Luso) de alguns dos exemplares plantados.
Tabela 4 – Plantações efetuadas em parcelas à data de redação deste relatório. Nome Comum / Científico
Tipo de Propagação
Quantidade Plantada
árvores e arbustos Aderno
Phillyrea latifolia
Repicagens/ estaca
44
Azereiro
Prunus lusitanica
Estaca
115
Azevinho
Ilex aquifolium
Estaca
33
Azinheira
Quercus rotundifolia
Sementeira
89
Bidoeiro
Betula celtiberica
oferta
3
Carrasco
Quercus coccifera
Sementeira
54
Folhado
Viburnum tinus
Estaca
6
Carvalho alvarinho
Quercus robur
Sementeira
305
Castanheiro
Castanea sativa
aquisição
275
Medronheiro
Arbutus unedo
aquisição
373
Pinheiros
Pinus pinea, Pinus pinaster, Pinus radiata
oferta
78
Sobreiro
Quercus suber
Sementeira
108
Ulmeiro
Ulmus minor
oferta
6
Gilbardeira
Ruscus aculeatus
Sementeira
1208
Hera
Hedera sp.
Repicagens/ estaca
1880
Vinca
Vinca sp.
Repicagens/ estaca
2200
herbáceas
No que respeita às plantações de espécies arbóreas, foram essencialmente dirigidas para cerca de 4,5 ha das áreas em intervenção no âmbito do controlo de exóticas e invasoras lenhosas promovidas no na ação C.2. As plantações de herbáceas dirigiram-se a áreas de ensaios-piloto de controlo de Tradescantia fluminensis promovida também no âmbito daquela ação, tanto em áreas de adernal (onde se plantou apenas Ruscus aculeatus) como em áreas de transição e/ou de arboreto (onde se usaram as três espécies identificadas). BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Progresso 1 p. 17
Em áreas densamente afetadas por povoamentos de exóticas invasoras os objetivos do Programa de Ação prevêm a valorização e reconversão de povoamentos dentro do período do projeto. A par com os trabalhos de controlo e erradicação, e simultaneamente enquanto estratégia de manutenção e seguimento, através da ocupação dos espaços anteriormente invadidos, os trabalhos incluíram a beneficiação das áreas degradadas por exóticas invasoras. Desta forma, com as plantações implementadas em áreas de Valorização/Reconversão (com um necessário interregno entre Janeiro e Fevereiro motivado pela ocorrência do ciclone e consequentes necessidade de desobstrução de vias e parcelas), pretendeu-se fomentar a reconstituição de ecossistemas formais e funcionais de acordo com a aptidão de regeneração/reconstituição potencial observada após remoção das espécies exóticas invasoras. As espécies arbóreas e arbustivas instaladas no período em apreciação correspondem assim, na generalidade, a espécies características de habitats-tipo constantes do anexo I da Diretiva Habitats (92/43/CEE). As plantações efetuadas visaram assim, por um lado o reforço das espécies naturalmente presentes (medronheiro, azevinho, carvalho e sobreiro), mas também o fomento da presença e distribuição de espécies características de outros habitats (azereirais, carvalhais-ulmais com presença de lódão e cerejeira-brava), em áreas de valorização associadas à transição entre os habitats naturais e o arboreto. Desta forma, e conforme o Programa de Ação, os critérios para determinação de áreas, escolha e instalação das espécies foram essencialmente os seguintes:
pré-existências: vegetação dominante - alguns exemplares de porte significativo, exemplares sub-desenvolvidos por via da anterior ocupação por parte de espécies exóticas invasoras; potencial de regeneração natural: avaliação qualitativa por aferição de existência de plântulas de regeneração seminal; adequação face a condicionantes edáficas, orográficas e micro-climáticas; interesse para os esforços globais de conservação na Mata Nacional do Buçaco (e.g. estratégias de melhoria de habitats de fauna); manutenção da memória e identidade histórica intimamente ligadas ao uso do solo de áreas específicas, tendo por base a sua génese e os fatores distintivos em relação a paisagens destinadas à conservação da natureza.
Para cada parcela, definiram-se objetivos de restabelecimento e valorização de habitats pré-existentes (e nalguns casos, em processo de formação) para as várias espécies autóctones detetadas, identificandose as áreas a colmatar, densificar ou instalar em coerência com as existências atuais e com a disponibilidade nos viveiros. Deste trabalho, resultou a plantação das espécies arbóreas e arbustivas atrás referidas (num total de 1.489 exemplares), numa área de aproximadamente 4,5 ha, inseridos em 7,35 ha de área de recuperação, destinada a potenciar 6 habitats, conforme sintetizado na tabela 5. Em complemento, e com a perspetiva referida de assegurar uma ligação a aspetos histórico-culturais, foram beneficiados 0,48 ha, igualmente com espécies autóctones mas nas quais os objetivos ecológicos não foram determinantes.
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Tabela 5 – Reconversão/Valorização de áreas em processos de controlo de exóticas invasoras Habitat (92/43/CEE ) código/espécie(s) dominante(s)
Designação /descrição
Parcelas
Área (ha)
Valorização/Potenciação/Plantação 9380
Azevinho
Florestas de Ilex aquifolium
PM3; PM8
0,56
9230pt1
Carvalho-alvarinho
Carvalhais de Quercus robur
PM1; PM2; PM3; PM8
2,51
9330
Sobreiro
Florestas de Quercus suber
PM1.; PM3; PM6.; PM9.
1,86
91F0
Carvalho-alvarinho/Ulmeiro
Florestas mistas de Quercus robur e Ulmus sp.
PM1; PM6
1,65
5330pt3
Medronheiro
Medronhais
PM8.
0,55
5230pt3
Medronheiro/Azereiro
Medronhais-azereirais
PM8.
0,21
Sub-Total
7,35
Outra ocupação do solo Pinheiros
Pinus sp.(Pinus pinea, Pinus pinaster, Pinus radiata)
Preservação da verdade histórica e manutenção da identidade da paisagem: “Pinhal do Marquês”
PM6; PM8 Total
0,48 7,82
Para melhor assegurar a monitorização de resultados dos trabalhos de controlo e beneficiação, bem como de análise de eventuais necessidades de retancha, toda a informação de plantações está a ser objeto de registo em sistema de informação geográfica, com dois níveis distintos:
ao nível do espécime individualizado, no caso de arbóreas e arbustivas;
ao nível de áreas intervencionadas, no caso de espécies herbáceas.
A título de exemplo, as figuras 9 e 10 apresentam os dados disponíveis à data deste relatório, com identificação dos locais concretos de plantação de arbóreas e arbustivas (e respetivos habitats a fomentar, individualizados em parcelas específicas), bem como das áreas de plantações herbáceas.
Figura 9 – Registo de habitats a promover e plantações de herbáceas, ao nível de parcela. BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Progresso 1 p. 19
Figura 10 – Registo de plantações de arbóreas e arbustivas, ao nível de cada exemplar plantado.
3.1.4. Acção C.2 - Acções de Controlo e Erradicação de Espécies Invasoras Os trabalhos da Acção C.2 constituem, a par com os da acção C.1, o cerne de trabalhos de conservação do projecto. Conforme referido no Relatório de Arranque, foram iniciados tendo por base duas vertentes complementares:
ensaios-piloto de controlo de Tradescantia fluminensis (acompanhados, quando aplicável, de ações de controlo sobre outras exóticas invasoras existentes);
ações de controlo inicial – seguidos de controlo de seguimento - sobre espécies com características invasoras acentuadas (sobretudo Acacia sp. e Pittosporum sp). Ensaios-piloto de controlo de Tradescantia fluminensis
Dando continuidade à primeira parcela de ensaio-piloto, estabelecida previamente ao Relatório de Arranque, os trabalhos da ação prosseguiram com a instalação e monitorização de outras parcelas de ensaio, nas quais se aplicaram diferentes métodos de controlo:
Piloto 1 - a já referida parcela, em área de adernal, na qual se procedeu ao arranque manual, seguido de aplicação de estilha e plantação de Ruscus aculeatus;
Piloto 2 – em área destinada também a disseminação e trabalho com voluntários, em zona de adernal, na qual se procedeu ao arranque manual, seguido de aplicação de estilha e sementeira de Ruscus aculeatus (1º ano) seguida de plantações de Ruscus aculeatus (2º ano);
Piloto 3 – em área fortemente invadida pela espécie, destinada também a trabalho de voluntariado de funcionários da FMB e localizada em zona de arboreto, na qual se procedeu ao arranque manual “em tapete”, seguido de plantação com Vinca sp;
Piloto 4 – em área fortemente invadida pela espécie, em zona de arboreto, na qual se aplicaram 3 métodos distintos em espaços confinantes: remoção manual (sem estratégias de controlo adicionais), ensombramento com tela geotêxtil e controlo químico com glifosato;
Piloto 5 – em área de valorização/reconversão do Pinhal do Marquês, na qual se aplicou apenas controlo químico com glifosato;
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Piloto 6 – em áreas ajardinadas do Vale dos Fetos, na qual se aplicou apenas o arranque localizado, com simultânea plantação de espécies autóctones de valor ornamental destinadas a “combater” a presença de Tradescantia fluminensis;
Piloto 7 – em área de arboreto igualmente destinada a ações de voluntariado, fortemente invadida pela espécie, na qual se procedeu ao arranque “em tapete” seguido de deposição local com cobertura dos locais de deposição com estilha e plantação das áreas intervencionadas com Vinca difformis, Hedera helix e Ruscus aculeatus.
De uma forma geral, os resultados dos ensaios, de que se apresentam alguns exemplos na figura 11, apontam para a necessidade de intervenções de seguimento, destinadas a remover rebentamentos que, em maior ou menor quantidade, se verificam. No caso das parcelas implementadas em adernal (1 e 2) a dimensão da presença de rebentamentos aparenta estar bastante relacionada com as condições topográficas e de humidade local, bem como com a necessidade de um maior controlo nas condições da aplicação da estilha. Áreas mais húmidas e/ou onde a camada de estilha foi menor (sobretudo na parcela 1) foram áreas onde a espécie ressurgiu em maior quantidade e onde já houve maior necessidade de intervenções de seguimento. No caso dos trabalhos complementares associados à plantação e/ou sementeira com autóctones, ambos se verificam bem sucedidos, os últimos necessitando do período de dormência natural para assegurar os primeiros rebentamentos (i.e., o intervalo de um ano entre sementeira e plantação).
Figura 11 – Exemplos de resultados em parcelas-piloto, um ano após controlo inicial (seguindo os ponteiros do relógio, a partir da primeira imagem: fronteira da transição entre parcela 4 – arranque simples - e área não intervencionada; cobertura com tela na parcela 4; arranque simples e plantação de Vinca sp na parcela 3; arranque, cobertura com estilha e plantação/sementeira de Ruscus aculeatus na parcela 2
Quanto à aplicação de métodos que apenas envolvam a remoção manual, sempre que as condições locais permitam que a mesma seja feita “em tapete” (i.e. condições de maior ensombramento e/ou humidade como as das parcelas 3, 4 e 7), os resultados são de uma forma geral muito positivos, apenas necessitando trabalhos de seguimento pontuais, destinados a remover pequenas plântulas que surgem esporadicamente e resultam provavelmente de restos de material vegetal não retirado. Nestes casos, a aplicação de estilha revela-se aparentemente desnecessária, sendo suficientes as intervenções de BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Progresso 1 p. 21
seguimento e as plantações, a realizar com a maior densidade possível no sentido de mais rapidamente se assegurar um coberto herbáceo idêntico ao inicial. De forma análoga a utilização de herbicida (glifosato) apresenta igualmente bons resultados e, nos casos em que foi aplicada, permite a regeneração e aparecimento de espécies autóctones cujo banco de sementes estaria “adormecido”. Sobretudo na parcela 5, a eliminação de Tradescantia fluminensis foi notória, com posterior rebentamento de um conjunto de espécies que antes não se evidenciavam no local e não foram objeto de sementeira. Neste contexto, esta é uma técnica igualmente viável, sem consequências ambientais de maior desde que a aplicação seja executada de forma cuidada, cujo potencial de aplicação deve ser equacionado para áreas nas quais a remoção “em tapete” seja inviável e que, simultaneamente, se localizem fora de áreas com valores naturais particularmente relevantes. Para o caso da utilização dos métodos aplicados nas parcelas 6 e 7, o período decorrido desde a sua implementação não é suficiente para, nesta fase, analisar os respetivos resultados. Decorrendo do referido, e sem prejuízo dos resultados igualmente positivos que se espera obter na parcela 6, os trabalhos de controlo da espécie deverão prosseguir, em novas áreas, com recurso a arranque (em áreas de adernal e, fora destas, preferencialmente “em tapete”) seguido de cobertura com estilha (sobretudo no caso de áreas de adernal), ou através da aplicação de glifosato (áreas externas ao adernal, fortemente invadidas e onde a remoção em tapete seja inviável devido a falta de mão-de-obra e/ou às condições locais). Ações de Controlo Inicial Globalmente, os trabalhos de controlo inicial ascendem à data de redação do presente relatório a um total de 14,72 ha intervencionados com trabalhos de 1ª intervenção (incluindo 2.29 ha em área exterior ao muro da Mata, confinante com área de adernal, com a qual se pretendeu assegurar uma faixa de proteção ao habitat, em intervenção realizada com apoio âmbito voluntários). Daquela área total, registam-se também, desde já, algumas operações de segunda intervenção – 1º seguimento – em cerca de 1.48 ha, no âmbito das quais se reforçaram os trabalhos iniciais e as metodologias foram aperfeiçoadas face aos resultados obtidos com a 1ª intervenção.
Figura 12 a) – Arranque “em tapete” de Tradescantia fluminensis no piloto 3.
BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Progresso 1 p. 22
Figura 12 b) –Paisagem de Acacia sp descascadas no Pinhal do Marquês no Pinhal do Marquês (parcelas de Valorização/Reconversão).
As intervenções de controlo centraram-se sobretudo em parcelas de Valorização/Reconversão, as quais constituem, à data de redação do presente relatório, a maior área abrangida por esta tipologia de trabalhos. Os trabalhos contemplaram a aplicação de metodologias para as quais existia à partida maior informação e consenso, desencadeadas num conjunto de áreas que se apresentavam significativamente degradadas por via de invasão, quase exclusiva, com Pittosporum undulatum e Acacia sp:
arranque manual de espécimes (geralmente <1m de altura), não deixando qualquer planta na área intervencionada. Inicialmente e por uma questão de ‘visibilidade’ e comunicação as plantas arrancadas foram deixadas nas bermas dos caminhos, sendo posteriormente removidas para local destinado ao seu processamento em estilha;
descasque simples de indivíduos de médio porte (geralmente >1m e <3m de altura), realizado de forma seletiva, deixando alguns exemplares de forma a evitar a eliminação do ensombramento, uma vez que a exposição solar (luz e calor) constitui um dos fatores de promoção da germinação do banco de sementes existente no solo;
descasque com aplicação de fitocida à base de glifosato em indivíduos de médio porte (geralmente >1m e <3m de altura), realizado de forma seletiva mantendo ensombramento. É retirada a casca do tronco do individuo sendo a área de lenho exposto imediatamente pincelado com fitocida em concentrações relativamente altas (ca. 33% de composto comercial de glifosato). Como forma de distinguir estes indevidos dos não tratados com fitocida foi feita uma marca (golpe de serrote);
para os espécimes de porte arbóreo (geralmente >3m de altura) procedeu-se, também de forma seletiva, a descasque simples, descasque com pincelagem de fitocida e realização de um (ou vários) cortes ao alburno, a 45º, a ser preenchidos com uma solução de fitocida à base de glifosato;
em casos específicos, envolvendo exemplares resultantes de rebentamento de toiças antigas que sofreram corte simples, ensairam-se duas metodologias: o
com aplicação de fitocida: corte de todas as varas de menor vigor deixando apenas uma de maior dimensão e aplicando de imediato fitocida à base de glifosato nos cortes BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Progresso 1 p. 23
realizados. (perspetivando que a vara assim deixada agirá como "motor" promovendo a circulação do fitocida por todo o sistema). o
sem aplicação de fitocida: corte de todas as varas, deixando a de maior dimensão, seguido de descasque da vara sobrante e da restante toiça com o cuidado de interromper o câmbio em volta da toiça atá ao solo. Este trabalho carece de execução minuciosa para o seu sucesso.
Na tabela 6 apresenta-se uma síntese das áreas já intervencionadas, identificando a espécie invasora alvo dos trabalhos de controlo, o tipo de intervenção e as parcelas abrangida pelos trabalhos. Tabela 6 – Combate e erradicação de espécies exóticas invasoras - áreas intervencionadas à data de redação deste relatório. Nome Comum / Científico
Tipo de intervenção
Parcelas e subparcelas
Área (ha)
PM1.3; PM3.3.; PM2.1.; PM6.2.; PM8.5. ; PM9.1.
4.72
1ª Intervenção Acacia dealbata
Arranque, descasque seletivo simples, descasque seletivo com pincelagem de glifosato, corte com pincelagem de glifosato; golpe com injeção de glifosato
Austrália
Acacia melanoxylon
Arranque, descasque seletivo simples, descasque seletivo com pincelagem de glifosato, corte com pincelagem de glifosato; golpe com injeção de glifosato
Pitósporo
Pittosporum undulatum
Arranque, descasque seletivo simples, descasque seletivo com pincelagem de glifosato, corte com pincelagem de glifosato; golpe com injeção de glifosato
Louro-cerejo
Prunus laurocerasus
Arranque de espécimes jovens
P1.4.; CMM
0.78
Erva-da-fortuna
Tradescantia fluminensis
Arranque manual em “tapete”
FMB; PM8.6.; SAL; UA
1.86
Mimosa
AD1.1.; PM2.2.; PM3.2.; PM6.1.; PM6.3.; PM8.1.; PM8.3.; PM8.4.; Silvado (lab); UA academia de PM1.2.; PM3.1.; Verão PM8.2.; PM8.7.
Total
3.88
0.68
12.43
1º Seguimento Mimosa
Acacia dealbata
Arranque (origem seminal e radicular), aperfeiçoamento de descasque, aplicação de glifosato
PM2.1.; PM3.3.
0.53
Austrália
Acacia melanoxylon
Arranque (origem seminal e radicular), aperfeiçoamento de descasque, aplicação de glifosato
AD1.1.; PM3.2.
0.42
Pitósporo
Pittosporum undulatum
Arranque (origem seminal e radicular), aperfeiçoamento de descasque, aplicação de glifosato
PM1.2.; PM3.1.
0.38
Erva-da-fortuna
Tradescantia fluminensis
Arranque manual (monda) de focos de reincidência
UA
0.15 Total
1.48
Constituição de faixa de salvaguarde e proteção do adernal [fora da cerca] Mimosa
Acacia dealbata
Arranque, descasque simples, descasque com pincelagem de glifosato, corte com pincelagem de glifosato
EM1; EM1.1
1.70
Austrália
Acacia melanoxylon
Arranque, descasque simples, descasque com pincelagem de glifosato, corte com pincelagem de glifosato
EM2
0.59 Total
2.29
Com particular relevo e interesse para a prossecução dos trabalhos, saliente-se que os registos efetuados permitem desde já verificar que os procedimentos adotados no sentido de assegurar um maior equilíbrio na estrutura da equipa de operários envolvidos, a formação e know-how adquiridos e os conhecimentos postos em prática permitiram que a eficácia da capacidade de intervenção tenha vindo a sofrer uma evolução positiva, traduzida no aumento da área intervencionada por unidade de tempo BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Progresso 1 p. 24
dedicada aos trabalhos de controlo (figura 13). De salientar que as parcelas utilizadas nesta análise são equiparáveis, tanto em termos de grau de dificuldade como da intensidade de intervenção.
Figura 13 – Evolução da eficácia da capacidade de intervenção (baseada em trabalhos de controlo e erradicação de espécies exóticas invasoras dirigidos a intervenções em parcelas semelhantes.
Do exposto na figura, é de concluir que a eficácia das equipas de trabalho tem vindo a progredir positivamente, permitindo desenvolver os trabalhos de forma mais célere sem prejuízo da consistência de resultados. No que respeita a resultados das ações de controlo inicial sobre espécies arbóreas, salientam-se: o arranque de plantas jovens e a eliminação de indivíduos de maior porte resulta na exposição do banco de sementes à radiação solar, pelo que é estimulada a sua germinação, obrigando a intervenções de seguimento e manutenção; a marca de corte feita com serrote deixada nos indivíduos tratados com fitocida permite verificar que estes são eliminados de forma mais eficaz e célere. Existem contudo, efeitos adversos que se prendem com a mais rápida diminuição do ensombramento pela perda acelerada da folha, e por se verificar alguma mortalidade, ainda que não preocupante, de espécimes de flora autóctone nas imediações das áreas onde as exóticas invasoras foram tratadas com fitocida (ainda que a aplicação tenha sido feita ao nível do individuo e de forma sistémica (aplicação não generalizada e sem derrames); o arranque manual generalizado é de uma forma de controlo eficaz, sendo que o maior efeito adverso se prende com a quebra das raízes, sobretudo das mais superficiais, constituindo assim propágulos que poderão potenciar a regeneração de indivíduos que podem dar continuidade ao ciclo de invasão. Estes factos obrigam a monitorização e, caso necessário, ações de manutenção e seguimento; alguns espécimes de Acacia dealbata que sofreram descasque simples ainda se mantêm verdes, sem sinal aparente de esmorecimento. Para tal facto contribuirá a configuração favorável do terreno, em permanente ensombramento, que induzirá uma redução dos fatores de stress (por exemplo, hídrico) sobre os indivíduos intervencionados. em áreas nas quais se procedeu a descasque seletivo de Acacia sp com aplicação de glifosato, verificou-se a ocorrência de mortalidade em indivíduos selecionados para efeitos de manutenção do ensombramento - e que como tal não tinham sido objeto de qualquer intervenção - indiciando a existência de dinâmicas ao nível do subsolo que permitem que a molécula ativa do fitocida circule para indivíduos que aparentemente, à superfície, pareceriam independentes. Sem prejuízo dos ensaios-piloto que foram dedicados à espécie, os trabalhos realizados envolveram ainda, numa das parcelas dedicadas a controlo de exóticas arbóreas, o arranque manual “em tapete” das áreas ocupadas por Tradescantia fluminensis, com cerca de 1 ha, seguido da remoção do material BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Progresso 1 p. 25
arrancado. Em coerência com os resultados obtidos nas parcelas-piloto, volvidos cerca de 12 meses após esta intervenção, os resultados mantém a consistência: a reincidência de Tradescantia fluminensis é incipiente e facilmente controlável através de trabalhos de seguimento.
Figura 14 – Aspeto de áreas de arranque manual de Tradescantia fluminensis no Pinhal do Marquês (parcelas de Valorização/Reconversão), cerca de um ano após a intervenção.
No que respeita a constrangimentos encontrados relativamente a esta acção salientam-se sobretudo os já referidos na secção inicial e que se relacionam com:
a necessidade adicional de, por via da queda de árvores em caminhos e acessos, assegurar agora trabalhos de desimpedimento e desobstrução, com corte e remoção de material vegetal caído, previamente às intervenções de conservação propriamente ditas, situação que, sendo resolúvel com a equipa e meios disponíveis, implica a alocação de tempo a estas funções. Caso se verifique que essa alocação é proporcionalmente elevada, poderá conduzir à contratação de mais operários, o que será contudo possível com os meios inicialmente orçamentados para despesas de pessoal (dado que, em fases iniciais de contratação, se tem recorrido a instrumentos complementares de apoio ao emprego, com a consequente não utilização de algumas verbas para isso previstas no projeto);
a necessidade adicional de, por via da existência de árvores em risco de queda no interior das parcelas e beira de caminhos, assegurar o seu corte e desmonte especializado, através de meios não equacionados inicialmente, que implicam assistência externa especializada. Se por enquanto se tem conseguido assegurar alguns destes trabalhos em regime de voluntariado (figura 15), as necessidades registadas em muito extravasam as possibilidades de, por essa via, assegurar a resolução do problema);
a perda de alguns dos trabalhos executados, felizmente de pequena dimensão e maioritariamente dirigidos às parcelas-piloto, que foram afetadas por queda de árvores (especialmente as parcelas 5, 6 e 7). Apesar de negativo, este problema não afetou significativamente a análise dos respetivos resultados, permitindo avaliar, ainda que qualitativamente, as melhores opções a tomar no que respeita ao combate a Tradescantia fluminensis;
a criação de diversas clareiras devido à queda de árvores, em áreas externas aquelas nas quais se previa intervir, com a subsequente redução das condições originais de ensombramento e aparecimento, por via de sementes, de exóticas invasoras muito agressivas (especialmente Acacia sp). Esta situação deverá ser devidamente analisada ao longo do próximo ano no sentido de verificar eventuais necessidades de intervenção nessas áreas, como factor dissuasor do aparecimento de novos focos, em áreas que sendo externas podem constituir uma ameaça à conservação do adernal.
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Figura 15 – Técnico arboricultor credenciado, a desenvolver trabalhos especializados de desrame, corte e remoção em regime de voluntariado.
Ao nível de indicadores quantitativos de execução, salientam-se nesta fase os seguintes resultados:
área abrangida por trabalhos de controlo inicial de invasoras arbóreas (ha): 15,72
área abrangida por trabalhos de controlos de seguimento de invasoras arbóreas (ha): 1,48
área abrangida por trabalhos de controlo inicial de invasoras herbáceas (ha):1,86
área abrangida por trabalhos de controlos de seguimento de invasoras herbáceas (ha): 0,82
espécies invasoras arbóreas abrangidas pelos trabalhos (nº): 4
espécies invasoras herbáceas abrangidas pelos trabalhos (nº): 1
métodos ensaiados/desenvolvidos para controlo de Tradescantia fluminensis: 7
3.1.5. Acção D.1 - Programa de Acções de Comunicação e Divulgação LIFE+ / Sítio Web Conforme referido no Relatório de Arranque, o sítio web do projeto encontra-se operacional e consultável em http://www.fmb.pt/bright/, desde Abril de 2012, em duas línguas (Português e Inglês). Fruto da consulta efetuada no âmbito do procedimento de contratação aplicável, o custo da assistência externa aplicável à sua programação foi inferior ao orçamentado, estando no entanto por executar algumas componentes relacionadas com serviços complementares destinados a conteúdos a inserir na página, à medida que existirem resultados mais evidentes no terreno (essencialmente imagem e documentação sobre a evolução dos trabalhos nas parcelas). A versão inglesa é semelhante à versão portuguesa, com exceção do facto de os documentos associados, quando aplicável, apenas estarem disponíveis em Português. A página possui um conjunto de menus – Projeto, Documentos, Atividades, Voluntariado, Divulgação, Galeria, Links e Contactos - através dos quais se proporciona acesso a mais informação. Os seus conteúdos, nomeadamente ao nível de atividades mais recentes e/ou concluídas, são mensalmente atualizados (uma frequência superior à prevista) em articulação com as atividades desenvolvidas pelo projeto. Neste âmbito, são de referir três níveis de atualização:
os destaques mais recentes, que incluem pequena notícia e foto, acessíveis a partir da página principal;
o arquivo de atividades, acessível a partir Atividades >Arquivo de Atividades, e no qual consta o histórico de destaques;
o arquivo de notas de imprensa, acessível a partir Divulgação > Press Realeses, para o qual são carregados ficheiros em formato pdf com as respetivas notas de agenda e comunicados de imprensa; BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Progresso 1 p. 27
o arquivo de notícias, no menu Divulgação > Notícias, que inclui uma recolha e apresentação, não exaustiva, de ficheiros digitais com cópias das principais notícias publicadas sobre o projeto;
o arquivo de fotografias, acessível a partir do Galeria, inclui imagens sobre alguns dos trabalhos executados.
Tendo em atenção os comentários recebidos da Comissão a respeito da versão inglesa, esta apresenta atualmente todos os seus conteúdos gerais traduzidos. A inexistência de recursos internos que permita uma atualização mensal de notícias e/ou atividades não é vista como uma condicionante e apenas ainda não se considerou a utilização do remanescente da assistência externa aplicável para a contratação desses serviços de atualização porquanto se considera que esta não é, efetivamente, uma prioridade, face a outros trabalhos. Globalmente, é entendimento da equipa que o site tem dado resposta aos objetivos para os quais foi concebido. Apesar de se considerar que poderá ser objeto de melhorias, o seu uso tem proporcionado uma comunicação ampla e, em articulação com outras atividades de comunicação, pedidos de informação diversos, de entidades e pessoas singulares, sobretudo associados às atividade de voluntariado, contribuindo para angariar novos públicos para participação nessas atividades. Ao nível da utilização, é possível registar, à data de redação deste relatório, um total de 2972 visitas, o que aponta para uma utilização média mensal de 270 visitantes, ligeiramente superior à meta inicialmente esperada (200 visitantes/mês). Ao nível dos pedidos de informação sobre o projeto e atividades, regista-se um total de 14 pedidos, através da página web. Em termos de indicadores quantitativos de execução, salientam-se ainda os seguintes resultados ao nível da informação disponível para download:
nº de notícias digitalizadas: 58
nº de relatórios: 1
nº de apresentações sobre o projeto: 4
nº de materiais de comunicação/divulgação: 11
3.1.6. Acção D.2 - Programa de Acções de Comunicação e Divulgação LIFE+ / Placards e Outdoors Tal como referido no Relatório de Arranque, os trabalhos de conceção, produção e colocação de placards e outdoors foram iniciados em período anteriormente ao marco inicialmente esperado. No período de tempo que decorreu desde a apresentação daquele relatório foram entretanto desencadeados um conjunto de trabalhos de continuidade que envolveram:
redefinição do modelo gráfico dos placards de áreas intervenção. Por motivos associados a compatibilização com outros materiais de sinalética e comunicação em colocação na Mata, o modelo inicialmente previsto e que chegou a ser aplicado foi objeto de uma redefinição gráfica, com a correspondente substituição dos placards originais e, desde então, colocação de novos placards em novas áreas de intervenção (figura 16);
conclusão da definição do modelo gráfico dos outdoors de grande dimensão destinados a áreas exteriores à Mata e correspondente colocação, durante um período de 4 meses, de um primeiro outdoor, com o qual se comunicava a existência do adernal e a sua importância (figura 17). Este outdoor esteve afixado numa das rotundas de acesso ao Luso/Buçaco a partir da Mealhada, contribuindo para um afluxo substancial de visitantes e de pedidos de informação sobre o adernal e, de uma forma geral, sobre os trabalhos do projeto e do apoio do LIFE+. O objetivo seria aumentar o período de tempo de mostra do outdoor, no entanto, o temporal de 19 de janeiro danificou-o, impossibilitando a sua manutenção no local;
definição do modelo gráfico dos outdoors de divulgação de eventos de comunicação/disseminação inseridos no “Sement Event”, concebidos de forma a que possam ser reutilizados em edições posteriores sem necessidade de nova produção (figura 18). BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Progresso 1 p. 28
Figura 16 – Exemplos de placards informativos (novo modelo) colocado em parcela de intervenção.
Figura 17 – Outdoor de grande dimensão, colocado na Mealhada, na rotunda de ligação ao Bussaco (lado direito da imagem).
Figura 18 – Outdoors de divulgação de eventos de comunicação/disseminação do projeto. Afixados em cada entrada da Mata, antes, ao longo e após o período do evento. BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Progresso 1 p. 29
A opção pela contratação de pessoal para os trabalhos de design, que havia sido relatada como uma possibilidade no Relatório de Arranque, foi concretizada, com claras vantagens para as áreas dependentes deste tipo de trabalhos especializados. Neste contexto, e em articulação com um conjunto de necessidades entretanto verificadas no sentido de assegurar um maior envolvimento dos agentes da restauração e alojamento local com os trabalhos do projeto – como forma de atingir uma maior participação de turistas nos programas da ação D.5, cuja adesão se está a verificar aquém das expectativas – o mesmo elemento tem vindo a ser solicitado a conceber/produzir um conjunto de materiais que inicialmente não haviam sido contemplados mas que se evidenciam como meios adequados para compensar a reduzida utilização, por parte dos visitantes e turistas, dos programas para eles criados no âmbito daquela ação. Destacam-se, neste contexto e entre outros, trabalhos relacionados com:
definição do modelo gráfico de um conjunto de placards de divulgação, destinados a afixação em estabelecimentos de restauração e alojamento que se mostrem interessados e disponíveis em apoiar a divulgação e comunicação do projeto, cuja afixação se espera venha a ocorrer ao longo de 2013;
definição de outdoors de média dimensão, para divulgar o projeto e eventos organizados pelo mesmo em paragens de autocarro distribuídas pelo concelho da Mealhada;
definição do modelo gráfico de um balcão de apresentação e divulgação do projeto e da Mata no contexto do Dia Mundial da Floresta, que foi mantido num estabelecimento comercial em Coimbra (CoimbraShopping). A respetiva produção não teve custos para o projeto, tendo sido financiado pelo parceiro da iniciativa, Sonae Sierra (figura 19);
produção de placas de sinalização rodoviária em diversos locais na cidade da Mealhada que indicam o caminho a seguir até à Mata do Buçaco. Foram colocadas cerca de 6 placas nos acessos de chegadas da: Auto-estrada, Porto (EN1), Lisboa (EN1). A respetiva produção não teve custos para o projeto, tendo sida financiadas pelo Município da Mealhada.
Figura 19 – Balcão de apresentação da Mata e projeto no âmbito do Dia Mundial da Floresta.
De forma análoga, promoveu-se a conceção de um conjunto de materiais de informação destinados a apoiar a sinalização e comunicação do zonamento implementado no viveiro (figura 20), que inicialmente também não haviam sido previstos mas se mostraram particularmente necessários para uma melhor operação e utilização dos espaços pelo pessoal operário, assim como para apoio às visitas de media e dinamização de ações de envolvimento previstas no âmbito da ação D.8.
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Figura 20 – Exemplos da sinalética dos espaços/zonas dos Viveiros criada como forma de apoio à sua operação e visita.
Os modelos gráficos de cada um dos materiais produzidos/concebidos são apresentados no Anexo 4 deste Relatório, incluindo sempre, como aí se pode verificar, os logótipos LIFE+ e Natura 2000, o logótipo criado para o projeto e uma frase identificadora do apoio recebido, mesmo quando a sua produção foi assegurada através de financiamento externo. Globalmente, os trabalhos previstos na ação continuam portanto a decorrer conforme previsto. Em termos de metas, estão não só a atingir os objetivos a que inicialmente o projeto se propunha como a ir além destes, dando resposta a novas necessidades das ações que deles dependem e não contempladas na proposta inicial, sem que isso represente qualquer acréscimo de custos, dado que se optou por soluções de conceção (recursos internos) e produção/reutilização menos onerosas. Neste contexto, salientam-se como principais indicadores de execução:
nº de modelos gráficos de placards e outdoors concebidos: 18
nº de outdoors produzidos/colocados nas entradas da Mata: 7
nº de outdoors de grande dimensão produzidos/colocados em áreas exteriores à Mata: 1
nº de placards de divulgação produzidos/colocados em parcelas de intervenção: 11
3.1.7. Acção D.3 - Programa de Acções de Comunicação e Divulgação LIFE+ / Relatório para Leigos – Layman Report Esta é, pela sua natureza, de uma acção que decorrerá em período posterior, pelo que os trabalhos até à data realizados são meramente preparatórios e de compilação de informação, no âmbito da monitorização de progresso de cada ação que é executada pela equipa de gestão.
3.1.8. Acção D.4 - Programa de Acções de Comunicação e Divulgação LIFE+ / Acções Complementares Materiais Dando continuidade ao trabalho iniciado e relatado no âmbito do Relatório de Arranque, e mantendo-se positiva a avaliação relativa ao trabalho realizado em período de estágio, assegurou-se no contexto da acção a contratação do elemento da área de design, Ana Mannarino, no sentido de reforçar a equipa de projecto. Esta contratação foi assegurada sem que tal implique acréscimo de custos de pessoal (uma vez que, tal como relatado posteriormente, parte dos orçamentos inicialmente previstos para despesas de pessoal não têm sido usados devido ao recurso a instrumentos nacionais, mais vantajosos para o período de contratação/estágio inicial, apoiados pelo IEFP). Daqui decorreu também, tal como referido no Relatório
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de Arranque, a não utilização de parte do orçamento da assistência externa inicialmente prevista para serviços de concepção gráfica de apoio a esta ação, ações D.2 e D.5). Em termos gerais, a produção dos materiais inicialmente previstos - e outros que vão além do esperado tem prosseguido a bom ritmo e inclui, à data de redacção deste relatório:
conclusão dos conteúdos e disponibilização/utilização dos flyers sobre o adernal, fauna e flora (cuja maquete havia sido enviada com o Relatório de Arranque);
definição e conclusão das versões digitais do conjunto de brochuras/desdobráveis sobre os principais valores naturais da Mata (fauna e flora), bem como dos trilhos/percursos “adernal” e “invasoras”, especialmente concebidos para assegurar a divulgação/comunicação dos trabalhos do projecto, em articulação com as acções D.5 e D.6;
definição e conclusão de versões pdf de fichas de futuro “Guia de Campo” de apoio às actividades D.5, D.6 e D.7, num total de cinco fichas sobre invasoras, flora autóctone, aves, anfíbios e mamíferos, cujos conteúdos foram estruturados/fornecidos pelo parceiro UA. Neste contexto, de salientar que se encontram em preparação, pelo parceiro, conteúdos adicionais para fichas sobre plantas herbáceas e trepadoras, cogumelos, e invertebrados;
materiais digitais diversos para divulgação associados a actividades com crianças, acções de voluntariado, e outras organizadas no âmbito das acções D.5 e D.6;
materiais digitais e impressos diversos associados à programação de 2012 do “sement event”, incluindo poster, desdobrável com programação e eflyers enviados para efeitos de divulgação.
Eventos No que respeita a eventos, os trabalhos decorreram também como planeado e segundo os modelos e calendarização prevista no Relatório de Arranque. Regularmente, e com uma frequência superior à proposta em candidatura, têm sido preparadas e enviadas notas de imprensa, notas de agenda e outra documentação, da qual têm resultado diversas notícias sobre as atividades realizadas pelo projeto. Esta informação encontra-se disponível (tanto as notas de imprensa como os respetivos resultados) para consulta e download a partir do sítio web. Pela sua abrangência, destaca-se ainda organização e programação da edição de 2012 do “sement event”, período no qual se procurou concentrar um conjunto de atividades e trabalhos de comunicação e divulgação das diversas atividades do projeto, incluindo:
o segundo seminário público de apresentação do projecto, a 17 de Novembro de 2012, incluindo apresentações de cada um dos parceiros (disponíveis para download no sítio web), precedido de uma conferência de imprensa para divulgação do respetivo programa;
outras atividades, do âmbito das ações D.5 (passeios pedestres, visitas para grupos e oficinas), D.6 (ações de voluntariado), D.7 (ações com escolas, dinamizadas pela FMB como forma de compensar a ausência de realização dos trabalhos da CMM), D.8 (visitas de divulgação com os media, workshops técnicos e conferência/seminário técnico), que se descrevem nas respetivas secções deste relatório.
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Figura 21 – Aspetos do segundo seminário público de apresentação do projeto, durante a edição de 2012 do “sement event”.
Como principais constrangimentos aos trabalhos, e sobretudo em relação com a componente de conceção de materiais, deve referir-se a não conclusão das versões de guia de campo e de kit pedagógico a produzir pelo parceiro CMM no contexto da ação D.7. O trabalho já realizado a este nível, designadamente as fichas de Guia de Campo já disponibilizadas no site e algumas possibilidades de elementos pedagógicos entretanto estruturadas que poderiam integrar os referidos kits (exemplos na figura 22), carecem ainda de uma integração com o programa educativo a implementar. A indefinição associada à contratualização e implementação dos trabalhos da ação D.7 não permitiu, até à data, um maior avanço e detalhe. Espera-se contudo que estes trabalhos sejam promovidos de forma célere, de forma a assegurar a sua disponibilidade à data de arranque do próximo ano letivo, existindo já um considerável trabalho de consolidação de conteúdos que permitirá assegurar essa meta.
Figura 22 – Exemplos de materiais pedagógicos (caixa-ninho e herbário) que poderão vir a integrar o kit pedagógico a distribuir pelo parceiro CMM.
No que respeita ao kit de flora, tal como referido no Relatório de Arranque, mantem-se a opção de que a sua concepção e produção seja adiada para uma fase posterior, dada a existência de quantidades suficientes dos kits referidos naquele relatório. Contudo, e perspetivando-se que o stock em causa se esgote ao longo de 2013, estão a ser preparadas novas alternativas de kits de flora, que permitam satisfazer os objetivos a que esta sub-tarefa se direcionava, possibilitando assim satisfazer as necessidades das atividades de voluntariado implementadas nas ações D.6 e D.7. Em termos de indicadores quantitativos, destacam-se para a presente ação:
brochuras/desdobráveis (nº): 4 (fauna, flora, trilho adernal, trilho invasoras)
flyers (nº): 3 (adernal, invasoras, fauna)
fichas de Guia de Campo (nº): 5 (versão preliminar) BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Progresso 1 p. 33
kits pedagógicos (nº): 0
kits de flora (nº): 0
notas de imprensa emitidas (nº): 56
conferências de imprensa dinamizadas (nº): 3
seminários públicos organizados (nº): 1, 68 participantes
sessões de divulgação anual organizadas (nº): 1, 42 participantes
total de notícias específicas (nº): 58 (identificadas sem recurso a uma pesquisa sistematizada e/ou serviço de cliping específico)
notícias em jornais nacionais (nº): 5
notícias radiofónicas (nº): 1
notícias em portais web (nº): 3
artigos em revistas especializadas (nº): 1
3.1.9. Acção D.5 - Programa de Acções de Sensibilização, Envolvimento e Voluntariado / Público em Geral Conforme referido no Relatório de Arranque, as diversas atividades que integram esta ação tiveram início em Fevereiro de 2012, de forma ainda incipiente e preparatória, através da organização das primeiras visitas guiadas incluindo ações de voluntariado. No período que decorreu entre a apresentação do Relatório de Arranque e o presente, foi concluído o planeamento e calendarização do conjunto de atividades da ação, as quais evidenciam um desenvolvimento distinto. Em concreto, é possível salientar, relativamente aos trabalhos propostos para esta ação:
o programa de visitas guiadas com grupos organizados tem sido sobretudo executado com grupos de escolas exteriores ao concelho, escoteiros, ONG´s e com grupos de idosos de IPSS´s (estes últimos que o adotaram como forma de assegurar programas de “envelhecimento ativo” dos respetivos utentes). Em particular, fruto do esforço da equipa de comunicação colocado junto das respetivas instituições e de resultados particularmente positivos durante as primeiras edições com este público – realizadas durante o “semente event” - os idosos de IPSS´s têm sido particularmente ativos na adesão ao programa, com edições mensais regulares e uma participação concreta e dedicada em trabalhos de apoio ao projeto. Decorrendo das necessidades adicionais com que a equipa de projeto se viu confrontada em matéria de obstrução de parcelas e caminhos de acesso, o programa foi alargado de forma a incluir não só as atividades inicialmente previstas (controlo de invasoras, recolha de sementes e apoio a plantações/sementeiras) mas também outras que, por via da intempérie, se passou a definir como viáveis e necessárias (recolha de material vegetal caído nas parcelas e nos caminhos, no sentido de possibilitar os subsequentes trabalhos de conservação);
o programa de passeios pedestres, oferecido com base na definição de dois trilhos especialmente criados para o efeito - trilhos “adernal” e “invasoras” - tem merecido menor procura por parte de visitantes e turistas, sendo contudo disponibilizado como componente integrante dos programas que envolvem de apoio a trabalhos de voluntariado, promovidos na ação D.6. Este ligeiro desvio face ao objetivo inicial conduziu a que não seja efetivamente executado com base numa frequência regular, mas sim em função de solicitação daquelas ações. No sentido de melhor assegurar o retorno aos seus objetivos iniciais e de procurar integrar na sua execução um número maior de visitantes e turistas, está em curso um trabalho de articulação com os agentes turísticos locais que tem por objetivo uma oferta mais direta aos BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Progresso 1 p. 34
respetivos utentes, numa base regular e baseada em campanhas de comunicação e promoção específicas. A equipa de comunicação do projeto tem estado envolvido na sua preparação, esperando-se em breve vir a oferecer este programa em conjunto com o alojamento que a FMB gere – casas do Bussaco – a título experimental. Na sequência da avaliação dos respetivos resultados, pretende-se alargar o modelo ao conjunto de agentes locais de alojamento, tendo sido preparados para o efeito um conjunto de mecanismos adicionais de divulgação, destinados à colocação nas respetivas instalações, como forma de melhor atrair este público para o programa que inicialmente lhe era dirigido. De salientar contudo que, mesmo com baixa procura do modelo regular que se pretendia direcionado a turistas, estando esta oferta a ser proporcionada a grupos que se predispõem a participar em ações de voluntariado, a sua execução tem permitido alcançar níveis razoáveis de participação face aos objetivos inicialmente estabelecidos.
em articulação com os anteriores, o conjunto de ateliers/oficinas de conservação oferecidos apresenta diferentes níveis de procura consoante a temática da oficina, havendo oficinas que, prioritariamente, são preferidas relativamente às restantes. É o caso das oficinas “Sementes com vida!” e “Construindo um herbário…”, sem dúvida mais procuradas face às restantes.
Decorrendo do exposto, e no sentido de colmatar os constrangimentos verificados com o programa de passeios pedestres, encontram-se em curso, como já referido, esforços adicionais no sentido de procurar integrar uma maior componente de turistas naquela vertente, através da sua oferta integrada com opções de alojamento local. Nas restantes componentes, a execução tem estado dentro dos níveis esperados para esta fase do projeto, atingindo-se globalmente na ação os seguintes indicadores quantitativos de execução:
passeios pedestres promovidos (nº): 19
visitas guiadas promovidas (nº): 38
ateliers/oficinas promovidos (nº): 32
público abrangido com atividades da ação (nº): 362
trilhos pedestres criados: 2
bagas de gilbardeira (Ruscus aculeatus) recolhidos (kg): 2,254
plantas semeadas em viveiro (nº): 360
3.1.10. Acção D.6 - Programa de Acções de Sensibilização, Envolvimento e Voluntariado / Empresas De entre as várias componentes do Programa de Ações de Sensibilização, Envolvimento e Voluntariado, esta é sem dúvida a que se salienta como mais positiva, refletindo que o recurso a este mecanismo como meio de apoio à angariação de mão-de-obra para apoio à conservação se revela igualmente eficaz no contexto socioeconómico nacional, à semelhança do que tem vindo a ser evidentes noutros contextos geográficos. Iniciados com um ano de antecedência face ao previsto, os trabalhos da ação têm envolvido um número crescente de entidades e participantes que a eles aderem, e constituem provavelmente uma das maiores componentes de divulgação do projeto na comunicação social. Conforme atesta uma simples consulta às notícias exibidas no site do projeto e ao seu histórico, as ações de voluntariado têm vindo a envolver diversos tipos de entidades (não só empresas como inicialmente pensado mas também outro tipo de instituições e respetivos colaboradores), permitindo assegurar um fluxo contínuo de apoio às atividades de conservação. O acréscimo desses fluxos foi particularmente significativo após o temporal de Janeiro e de um conjunto de mecanismos de comunicação e pedido de ajuda que se dirigiram através da comunicação social, num período em que o voluntariado em muito auxiliou os trabalhos mais significativos de desobstrução e limpeza. BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Progresso 1 p. 35
Contudo, fruto de uma divulgação contínua nos media e de esforços igualmente contínuos de angariação de novos voluntários, os trabalhos de voluntariado têm prosseguido em crescimento mesmo após essa fase, envolvendo tanto a continuação dessa tipologia de ações, ainda necessárias, como o controlo de invasoras e beneficiação de autóctones. Em casos pontuais mas de relevo as respetivas instituições predispuseram-se a auxiliar os trabalhos com oferta de produtos (p.e. fertilizantes, plantas, e outros necessários), através de contributos que complementam as necessidades adicionais induzidas pelo temporal. De uma forma geral, as ações de voluntariado registam níveis de adesão e fidelização superiores aos inicialmente previstos. À semelhança do referido para o caso da ação D.5, o conjunto de ações inicialmente previsto foi alargado para incluir também trabalhos de remoção e limpeza/desobstrução de parcelas e caminhos, que em muito têm contribuído para assegurar as necessidades imprevistas que se colocaram por via do ciclone registado em Janeiro. Uma destas ações, organizada para um conjunto de voluntários “anónimos” que contactaram a Fundação no sentido de auxiliar a Mata após o temporal, teve, pela sua repercussão mediática, acompanhamento televisivo de alguns dos canais nacionais, tanto na sua divulgação como no acompanhamento da execução:
rubrica “Resposta dos Parceiros” do programa Sociedade Civil, RTP, 12/03/2013 (final do programa, http://www.rtp.pt/play/p1043/e110565/sociedade-civil-viii);
Voluntários ajudam na limpeza da mata do Buçaco, RTP, 16/03/2013, (http://www.rtp.pt/noticias/index.php?article=636144&tm=8&layout=122&visual=61);
Voluntários limpam Mata do Buçaco após temporais de janeiro, SIC, 16/03/2013, (http://sicnoticias.sapo.pt/pais/2013/03/16/voluntarios-limpam-mata-do-bucaco-apos-temporaisde-janeiro).
Complementarmente, verificam-se sinergias de comunicação entre os trabalhos dinamizados pela FMB e os comentários e troca de informação entre os participantes nas ações de voluntariado, que geram novas intenções de participação por parte de outras empresas e equipas, verificando-se que, em torno destas “redes sociais” complementares, a informação sobre as ações é amplamente disseminada e assim angariados mais aderentes. Em ocasiões simbólicas foram igualmente organizadas ações que envolveram grupos de mais de uma instituição, daqui se gerando também novas participações individualizadas. Em termos gerais, a ação apresenta portanto resultados francamente positivos, destacando-se como principais indicadores da sua execução:
entidades envolvidas em ações de voluntariado (nº): 24
empresas envolvidas em ações de voluntariado (nº):18
fundadores envolvidos em ações de voluntariado (nº): 4
participantes envolvidos em ações de voluntariado (nº): 1.268
ações de voluntariado dinamizadas (nº): 28
árvores/arbustos plantados em ações de voluntariado (nº): 450
caminhos desobstruído/limpos de material vegetal (m): 1.400
áreas de intervenção com ações de voluntariado de controlo de invasoras (ha): 3,3
3.1.11. Acção D.7: Programa de Acções de Sensibilização, Envolvimento e Voluntariado / Escolas Tal como referido na secção 1 deste Relatório, a ação D.7 é a única que atualmente apresenta um atraso significativo no contexto geral do projeto. BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Progresso 1 p. 36
O facto de a sua execução não ter decorrido como previsto no Relatório de Arranque relacionou-se essencialmente com os constrangimentos com que o parceiro CMM se debateu ao nível da contratação de pessoal, forma que inicialmente havia sido prevista para implementação das atividades. Na sequência desses problemas, a equipa da FMB procurou auxiliar o parceiro a encontrar soluções alternativas, as quais foram objeto de discussão nas reuniões internas de gestão do projeto e posteriormente apresentadas à equipa de monitorização durante a visita realizada em finais de 2012. À data, previa-se então ser viável adotar a contratação de assistência externa como forma de ultrapassar as limitações à contratação de pessoal estabelecidas pelo Orçamento de Estado, estando previsto um calendário de implementação que, grosso modo, incluía a aprovação do correspondente Caderno de Encargos pela Assembleia Municipal que iria realizar-se em Dezembro de 2012 com o subsequente lançamento dos procedimentos de contratação pública inerentes, através das plataformas eletrónicas. Era então previsível que a referida assistência externa estivesse adjudicada e em curso a partir de Março de 2013, permitindo “ensaiar” o programa educativo ao longo do período que decorreria entre as férias da Páscoa e as férias do Verão, ainda no contexto do ano letivo 2012/3. Contudo, e tal como posteriormente transmitido pelo parceiro, não foi possível concluir a elaboração do Caderno de Encargos ao longo de Dezembro de 2012 de forma a que o mesmo pudesse ser distribuído atempadamente e agendado para a ordem de trabalhos da referida Assembleia Municipal. Neste contexto, toda a documentação inerente teve de aguardar pela Assembleia Municipal seguinte, atrasando o processo em cerca de 3 meses e conduzindo a que o procedimento já só pudesse ser lançado para a plataforma eletrónica com idêntico atraso, i.e., obrigando a que as atividades a contratar apenas pudessem de facto iniciar-se, com as escolas e alunos, ao longo do próximo ano letivo. O prazo para apresentação de propostas terminou a 20 de Maio de 2013 e neste momento as propostas apresentadas encontram-se em avaliação, esperando-se a conclusão desse processo e posterior adjudicação dos serviços ao longo do mês de Junho de 2013. O Caderno de Encargos entretanto elaborado procurou colmatar a ausência de atividades neste primeiro ano letivo através de um incremento das atividades “fora da escola”, de âmbito extra-curricular, integrando os agregados familiares dos alunos, com maior frequência do que inicialmente previsto. Procura-se assim, no ano de 2013/4, assegurar uma maior participação e envolvimento dos alunos, professores e agregados familiares, com as atividades de sensibilização e de conservação ativa que se previa realizar. De forma análoga, o espetro de alunos abrangido foi alargado (incluindo alunos do 1º ciclo, 2º ciclo e 3º ciclo do ensino básico) face ao inicialmente previsto, no sentido de assegurar uma maior participação e também uma maior diversidade de atividades, assim como sinergias com outros projetos e atividades de que se deu conta no Relatório de Arranque. Como forma de minimizar os constrangimentos colocados pela não execução desta ação por parte do parceiro CMM a FMB tem vindo a dinamizar, de forma menos intensa e frequente do que o previsto na ação, algumas ações de sensibilização educação ambiental junto de escolas do concelho. Estes trabalhos têm sido realizados no âmbito do programa “A Mata Vai à Escola”, sem custos para o projeto e envolvendo recursos financiados através de meios próprios e/ou de outros mecanismos (figura 23). De forma análoga, têm-se acolhido todos os pedidos de visita de escolas e alunos, no âmbito das atividades organizadas na ação D.5. Decorrendo desta solução, ainda que precária, foram dinamizados ao longo do ano letivo 2012/2013 13 sessões em escolas do concelho, abrangendo 226 alunos, no âmbito das quais se procurou divulgar os trabalhos do projeto, a par com a sensibilização para os valores da Mata, incluindo o adernal. Para apoio a essas atividades têm sido utilizados os materiais já produzidos – fichas de Guias de Campo, flyers e desdobráveis. Também, no âmbito da programação da edição de 2012 do “sement event”, se procurou integrar algumas atividades com alunos e escolas, que abrangeram 5 escolas e 96 alunos.
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Figura 23 – Atividades da iniciativa “A Mata vai à Escola”, promovidas pela FMB, incluíram referências e informação sobre o projeto, procurando minimizar os atrasos na ação D.7 por parte do parceiro CMM.
Decorrendo dos atrasos na implementação do programa em si, não foi igualmente possível ao parceiro CMM desencadear e iniciar os trabalhos de produção dos materiais pedagógicos que lhe estão associados. Previu-se contudo que a estruturação dos respetivos conteúdos integrasse os serviços já lançados a concurso, no sentido de posteriormente se assegurar a produção propriamente dita, através dos procedimentos de contratação de assistência externa inicialmente previstos para o efeito. Ainda neste contexto, e no sentido de possibilitar uma maior flexibilidade da sua adaptação em fase posteriores, bem como o uso de plataformas mais adequadas ao grupos etários a que se dirigem, encontra-se em análise a possibilidade de qualquer dos referidos materiais – guia de campo e kit pedagógico – incluírem não só a versões impressas como também versões digitais portáteis, baseadas em dispositivos móveis. Com este tipo de soluções, idênticas a outras que se têm vindo a utilizar em projetos de controlo de invasoras (p.e. a aplicação disponível em http://invasoras.uc.pt/download-da-aplicacao-para-android/), poderá não só auxiliar-se a identificação em campo das espécies e/ou a dinamização das atividades educativas propostas, como também a recolha de dados (p.e. localização de espécies e informação sobre o seu estado vegetativo, habitat envolvente e outros elementos) particularmente úteis aos trabalhos de conservação do projeto. Uma análise dos prós e contras destas soluções será realizada ao longo dos próximos meses, prevendo-se que qualquer decisão, previamente a ser tomada, seja comunicada à Comissão e equipa de monitorização.
3.1.12. Acção D.8 - Programa de Acções de Disseminação e Transferência de Resultados Tal como referido, ainda durante o período abrangido pelo Relatório de Arranque, deu-se execução à definição e programação das primeiras visitas de divulgação com elementos da comunicação social, à concepção e produção de stand de projecto e à organização de primeiras participações em eventos de âmbito nacional destinados à disseminação do projeto. Na sequência desses trabalhos, foram promovidas diversas visitas de divulgação com equipas dos media locais e nacionais, da qual resultou a publicação e/ou exibição de artigos e peças em que o projeto e os seus trabalhos foram alvo de maior atenção, incluindo:
equipas de notícias dos principais canais televisivos (SIC, TVI e RTP) nacionais;
revista “Jardins”;
Jornal de Negócios.
No que respeita à utilização do stand, a FMB tem sido alvo de pedidos crescentes para a participação em eventos de divulgação como os inicialmente estabelecidos, em muito se superando as metas iniciais. O stand de projeto e a sua equipa estiveram presentes (figura ???), no período a que corresponde o presente relatório, nos seguintes eventos de âmbito nacional:
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EXPO.tur - 1ª Feira de Turismo Rural e Natureza, no âmbito da Feira Nacional de Agricultura, em Santarém entre 2 e 10 de Junho de 2012;
edição de 2012 do Green Festival, em Lisboa, entre 28 de Setembro e 2 de Outubro;
edição de 2012 da OBSERVANATURA, entre 13 e 14 de Outubro, nas instalações da Herdade da Mourisca/ICNB;
edição de 2013 da ExpoFlorestal, em Albergaria-a-Velha, entre 3 e 5 de Maio.
Figura 24 – Aspetos da presença do stand do projeto nos eventos referidos.
Foi também neste período preparada a presença do stand na 7ª edição do Congresso Florestal Nacional, a decorrer em Vila Real, entre 5 e 8 de Junho. Foram ainda organizadas as seguintes ações específicas de divulgação e comunicação, que tiveram lugar fora da área de intervenção, não estavam previstas em candidatura mas contribuíram para a disseminação e comunicação do projeto e/ou atraír a atenção de públicos específicos para o problema das invasoras e de conservação do adernal:
"Buçaco fora de Muros" no CoimbraShopping - Comemorações Dia da Árvore, na semana correspondente, em 2012 e 2013;
Apresentação “Pecha Kucha” na Capital Europeia da Cultura 2012, Guimarães (interacção dos trabalhos do projeto com o design);
Mostra Local de Artesanato de Mealhada, em Dezembro de 2012;
Exposição no hall da Assembleia de República, em Abril de 2013;
Open Day na Escola de Hotelaria de Coimbra, em Maio de 2013.
No âmbito da programação de 2012 do “sement event”, foram organizados e dinamizados dois workshops técnicos relacionados com o controlo de invasoras e com a recolha e propagação de espécies autóctones, em colaboração com o parceiro UA (figura 25). BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Progresso 1 p. 39
Figura 25 – Aspetos dos trabalhos e equipa de participantes no workshop sobre recolha e propagação de sementes realizado na edição de 2012 do “sement event”.
Naquele mesmo contexto, o seminário técnico organizado para efeitos de networking mostrou-se uma boa base de ensaio para a conferência final do projeto que se pretende organizar no âmbito desta ação, no último semestre do projeto, bem como para o estabelecimento de contatos e troca de experiências. O resultado obtido com os workshops é particularmente positivo pelo que se pretende assegurar a sua execução numa base anual, superando as metas estabelecidas em contexto de candidatura e contribuindo para uma maior disseminação de resultados junto de possíveis interessados. Globalmente, destacam-se assim como principais indicadores da acção:
stands produzidos (nº): 1
participações em eventos de cariz nacional (nº): 4
participações em outros eventos (nº): 5
workshops sobre controlo de invasoras promovidos (nº): 1
workshops sobre propagação de autóctones promovidos (nº): 1
visitas de divulgação para media promovidas (nº): 4
3.1.13. Acção E.1 - Gestão do Projecto Dando continuidade às anteriores, e no sentido de assegurar o acompanhamento dos trabalhos e decisões inerentes ao projecto, promoveram-se no período a que respeita este relatório um conjunto de reuniões regulares da Equipa de Gestão:
a 27 de Julho de 2012, tendo por alvo a análise geral do estado dos trabalhos e preparação do “sement event”;
a 22 de Agosto de 2012, tendo por alvo a análise do estado dos trabalhos, preparação do “sement event” e feedback recebido ao Relatório de Arranque;
a 6 de Novembro de 2012, tendo por principal tema a apresentação dos trabalhos iniciais do parceiro UA (relatório previamente entregue);
a 10 de Dezembro de 2012, tendo por principal tema a análise do estado dos trabalhos e as necessidades de ajustes apresentadas pelo parceiro MM, seguida da visita da equipa de monitorização (figura 26);
a 19 de Março de 2013, tendo por principal tema o feedback dado pela Comissão à primeira visita da equipa de monitorização, a discussão das consequências do temporal no andamento dos trabalhos do projecto e arranque efectivo dos trabalhos do parceiro MM. BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Progresso 1 p. 40
Figura 26 – Aspetos da reunião da equipa de gestão do projeto com a equipa de monitorização LIFE+ (Dezembro de 2012).
A próxima reunião está agendada para finais de Julho e envolverá os desenvolvimentos do estado dos trabalhos por parte do parceiro CMM, dados os atrasos que os mesmos ainda exibem. No que respeita às Equipas Operacionais, e com excepção do parceiro CMM, encontram-se actualmente estabilizadas em termos de elementos, com ajustes pontuais decorrentes de novas contratações e/ou de abandono dos postos de trabalho pelos seus elementos. A Equipa da FMB foi até Dezembro de 2012 objecto de uma co-coordenação, repartida entre a Dra. Luísa Ramos e Eng. Luis Jordão. Após rescisão de contrato solicitada pela primeira, a equipa passou a ser supervisionada, do ponto de vista técnico, pelo Eng. Luis Jordão e Dra Cândida Sá. Do ponto de vista executivo, e com maior participação/afectação deste ao projecto por via da saída da Dra. Luísa Ramos, a equipa é coordenada pelo Eng. António Franco, Presidente do Conselho de Administração da FMB. Em termos gerais, o organigrama que representa na actualidade a estrutura funcional do projecto é o que se apresenta na figura 27.
Figura 27 – Organigrama atual e consolidado da equipa de projeto da FMB.
Em articulação com a reunião do Conselho Geral da FMB, foi agendada a primeira reunião do Conselho Consultivo do projeto. Esta teve contudo uma reduzida participação face ao número de entidades convocadas, facto que motivou a que se preconize, para futuro, a utilização de datas específicas para este agendamento. BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Progresso 1 p. 41
A organização da próxima reunião está a ser calendarizada e prevista para a programação do evento “sement event”, contribuindo assim para que a participação dos respetivos membros seja objeto de atração pela demonstração de conjunto de atividades do projecto que se integram naquela programação. Globalmente, a ação evidencia assim os seguintes indicadores quantitativos de execução:
nº de reuniões da equipa de gestão realizadas: 5
nº de reuniões de Conselho Consultivo realizadas: 1
nº de Relatórios de Projeto produzidos/redigidos: 2 (incluindo o presente)
3.1.14. Acção E.2 - Monitorização e Avaliação de Resultados do Projecto Tal como preconizado no Relatório de Arranque, os trabalhos desta ação, a cargo do parceiro UA, iniciaram-se em coerência com o calendarizado na proposta. O correspondente Relatório de Arranque, previsto para Agosto de 2012 e com informação sobre os trabalhos de caraterização da situação de referência, foi redigido e entregue dentro do prazo e é enviado conjuntamente com o presente documento, dado tratar-se igualmente de um deliverable, remetendo-se o leitor para informação existente no mesmo ao nível da caraterização da situação de referência. Nesta secção, apresentam-se os principais desenvolvimentos após a referida caracterização, e em especial as consequências verificadas na monitorização após a passagem do ciclone. Encontra-se em redação e preparação os dados já recolhidos, que irão ser objeto de análise e apresentação no âmbito do segundo Relatório da ação, com data de entrega prevista para Agosto de 2013. Flora e Vegetação Partindo da situação de referência anteriormente caracterizada e do plano de localização dos quadrados de monitorização, foram efetuadas todas as marcações para as áreas de amostragem fixas dentro da Floresta Relíquia, sendo que no total foram marcados 36m 2 de quadrados de 1m 2 para a Tradescantia fluminensis, 16m2 para um quadrado de amostragem de Robinia pseudoacacia, e 2400m2 de quadrados de 100m2 para as restantes espécies. No seguimento da visita de monitorização realizada em Novembro de 2012, além das instalações previstas para a Floresta Relíquia, foram ainda marcados dois quadrados de 100m2 no Pinhal do Marquês (num total de 200m 2) em áreas invadidas com Acacia dealbata e Acacia longifolia. Após o dia 19 de Janeiro, na sequência da passagem do ciclone Gong, os trabalhos de monitorização e inventariação não se realizaram até ao final do mês, uma vez que a mobilidade dentro da MNB e instabilidade de muitas árvores tornaram o trabalho impraticável e com elevados riscos associados à possível queda de árvores. Os detalhes do ajuste dos trabalhos foram objeto de relatório específico, que se anexa ao presente. Em paralelo com a marcação das áreas fixas de amostragem, foram efetuados levantamentos de campo onde se realizou a descrição florística e georreferenciação para elaboração de carta digital correspondente, através do software ArcGis 10 (©ESRI). Deu-se início aos levantamentos de coberturas da vegetação dentro de cada quadrado de amostragem. No âmbito da metodologia pré-estabelecida e apresentada no Relatório de arranque, foram realizados os levantamentos de cobertura antes de qualquer intervenção nas espécies invasoras em todos os quadrados de monitorização instalados. Neste contexto, foram também já efetuados levantamentos de coberturas de vegetação pós-intervenção, nomeadamente em três manchas de Tradescantia fluminensis já intervencionadas, junto às Portas de Coimbra. Com o objetivo de avaliar a eficácia das intervenções florestais nas manchas de invasoras na Floresta Relíquia, os dados de cobertura levantados nos quadrados de monitorização têm vindo a ser BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Progresso 1 p. 42
introduzidos numa base de dados e de seguida transferidos para o software IBM SPSS Statistics 20. Para a análise estatística, recorre-se a uma análise comparativa das populações florísticas com recurso à aplicação da ANOVA para pressupostos de comparações múltiplas. Relativamente ao inventário florístico que acompanha a componente dos invertebrados, deu-se continuidade à inventariação florística num raio de 30 metros a partir de cada ponto de amostragem com uma periodicidade sazonal. Fauna No âmbito da monitorização da fauna deu-se continuidade às atividades de monitorização de vertebrados e invertebrados da Mata, a fim de comparar a situação atual com a da situação de referência (anterior à execução do Projeto BRIGHT). Com a ocorrência do Ciclone Gong, a metodologia adotada sofreu alguns ajustes, conforme relatório específico. Abaixo apresenta-se de forma resumida o trabalho realizado no período transato e em curso. As amostragens referentes a invertebrados não se realizaram durante os meses de inverno, por impedimento devido às contínuas condições meteorológicas de frio e chuva. As amostragens retomaram durante o mês de abril 2013. No que respeita a peixes, as amostragens decorrem como previsto, nas linhas de água principais da Mata, sem necessidade de ajustes devido ao ciclone, à semelhança do que sucede com as amostragens de anfíbios. Também no que respeita a répteis, as amostragens decorrem como previsto no Relatório de Arranque, nos locais de ocorrência privilegiada da Mata, sem necessidade de ajustes devidos ao ciclone. Ao nível das aves, à data do temporal, a amostragem de inverno encontrava-se em curso, tendo ficado incompleta devido à inacessibilidade a muitos pontos de amostragem. Alguns pontos permanecem ainda inacessíveis ou com fracas condições de segurança, pelo que as amostragens em curso e futuras ocorrerão em locais ajustados, de forma a não comprometer os objetivos do trabalho. Ao nível de mamíferos, à data do temporal, a amostragem de Janeiro ainda não tinha sido efetuada, nem se chegou a realizar, pois os locais de amostragens ficaram inacessíveis e os transetos (transetos de amostragem de dejetos e vestígios e os transetos de morcegos) encontravam-se obstruídos quase em toda a sua extensão. Em Fevereiro, os trabalhos retomaram, embora de forma ajustada, com percursos alternativos e menos eficazes para a eficácia da amostragem. No que respeita à armadilhagem fotográfica de carnívoros, desde o Ciclone que esta ficou inviabilizada, por questões de acessibilidade aos locais de amostragem, que comprometem a segurança necessária para a sua visita regular, mas também por segurança do próprio equipamento, que sendo bastante oneroso, ainda não houve possibilidade de o voltar a colocar em campo. As câmaras serão repostas quando houver condições de terreno e segurança para tal. Os trabalhos de micromamíferos decorrem com normalidade, embora algumas linhas de amostragem contem com muitos danos causados pelo temporal. A queda de árvores ocorrida com o temporal derrubou e/ou destruiu inúmeras caixas-ninho, não tendo ainda sido possível quantificar a extensão exata destes estragos devido à inacessibilidade a algumas das caixas caídas. As possíveis prospeções de campo demonstraram a inviabilidade de uma grande quantidade de caixas-ninho já colocadas, sendo impossível repor todas as caixas a tempo desta época de reprodução (Primavera 2013), quer pela inacessibilidade aos locais de colocação de caixas, quer pelo tempo que os trabalhos de colocação demoram. Assim, a monitorização completa e eficaz da nidificação das aves para esta época de reprodução (Primavera 2013) através do acompanhamento das caixasninho ficou impossibilitada. De futuro, será necessário proceder ao levantamento das caixas-ninho que resistiram ao temporal e selecionar novos pontos para colocação de novas caixas-ninho. A análise da dispersão de sementes ingeridas por carnívoros decorre com normalidade, apesar dos ajustes necessários à recolha das mesmas. A análise da dispersão de sementes pela avifauna ficou em grande parte inoperável, por dano dos dispositivos implantados no terreno para tal e também devido às BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Progresso 1 p. 43
condições meteorológicas adversas durante muitas semanas seguidas. Como este trabalho não estava contemplado nos objetivos primários do BRIGHT, o seu eventual cancelamento não comprometerá o cumprimento das tarefas da ação. Salientam-se globalmente, como principais indicadores associados à execução do conjunto de trabalhos da ação:
esforço de trabalho de campo promovido: 297dias
esforço de trabalho de laboratório: 187 dias
espécies invasoras objeto de trabalhos de flora: 7
grupos taxonómicos monitorizados (fauna): 8
comunicações técnico-científicas apresentadas com referência explícita ao projeto e apoio LIFE+ (nº):10
3.1.15. Acção E.3 - Auditoria Externa Tal como referido no Relatório de Arranque, e apesar de estruturados ainda em 2011 tendo por orientação o modelo de relatório de auditoria recomendado pelo LIFE+, os procedimentos de contratação externa destes serviços foram apenas concluídos em 2012. O auditor externo contratado é Carlos Miguel Dias Barros, com NIF 204 081 491 e instalações na Rua Padre Estevão Cabral, 120, sala 204, 3000-316 COIMBRA, com quem foi assinado o correspondente contrato de prestação de serviços. O contrato com o auditor externo foi assinado em Maio de 2012 - tal como previsto em candidatura – decorrendo desde então um processo regular de envio da informação contabilística, por parte do beneficiário e parceiros, no sentido de, em continuidade, se ir tomando conhecimento da análise promovida. Em concreto, e no sentido de facilitar o processo de elaboração do relatório de auditoria final os serviços contratados englobam:
a verificação dos mapas de receitas e despesas elaborados pela Fundação Mata do Buçaco e parceiros do projecto;
a verificação do cumprimento da legislação nacional e das regras contabilísticas e certificação de que todos os custos incorridos estão em conformidade com a convenção de subvenção do projecto;
a verificação das fontes de financiamento de projecto e, em particular, que o co-financiamento não provém de outros instrumentos financeiros da União Europeia.
apresentação de Relatório Final, cujo modelo e conteúdos devem obedecer às orientações do LIFE+;
regularidade semestral, ao longo da duração do projecto, iniciando-se com a análise da informação fornecida e referente aos primeiros seis meses de execução e concluindo-se com a redacção e apresentação do Relatório Final (tendo por data limite de entrega o dia 30/10/2016).
À data de redação deste relatório a análise por parte do auditor incidiu já sobre as contas apresentadas desde o início de projecto até 31.12.2012, permitindo identificar pequenas necessidades de correcção de documentos e/ou de classificação de despesas face aos relatórios e documentação apresentados para verificação por parte do beneficiário e parceiros. As principais necessidades de ajuste e pequenas correções identificadas relacionam-se com:
o facto de a declaração de enquadramento em matéria de IVA por parte do beneficiário FMB anteriormente solicitado aos serviços de finanças e enviado à Comissão não refletir a realidade. Este facto levou desde já à solicitação de nova declaração, cujo original é enviado à Comissão com o presente relatório, no sentido de se verificar a elegibilidade do IVA suportado pelo projeto; BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Progresso 1 p. 44
alguns documentos associados a contratos de assistência externa não evidenciarem/apresentarem referências ao código do projeto por parte dos fornecedores e apenas o carimbo com essa informação – sem prejuízo de, no articulado dos respetivos contratos, essa informação se encontrar explícita. Este facto levou a que os serviços de contabilidade deixassem de aceitar, a partir desta análise, novos documentos nos quais essas referências não sejam introduzidas a priori pelos respetivos fornecedores;
pequenas correções na classificação de algumas despesas face aquelas indicadas em candidatura, pelo facto de os respetivos bens se encontrarem (ou não) na lista de imobilizado dos respetivos adquirentes (situação verificada para equipamentos de menor custo adquiridos pelo parceiro UA, cuja classificação como consumíveis e/ou equipamentos necessitou de correções face às classificações apresentadas em candidatura).
Foram ainda colocadas algumas dúvidas pelo auditor a respeito da elegibilidade do custo total de equipamentos (e não apenas da sua depreciação), que foram entretanto devidamente esclarecidas, de forma coerente com as disposições administrativas em vigor e apensas ao contrato, bem como com o facto de se tratar de um projeto Biodiversidade, ao qual se aplica, conforme previsto na estrutura financeira do projeto, a elegibilidade de 100% dos respetivos custos. Foi também questionada a elegibilidade das despesas associadas à assistência externa estabelecida através do Protocolo assinado com a DGEP/EPC – já existente à data de início do projeto, com outros fins e dimensão – considerandose contudo que esta situação foi igualmente esclarecida pelo facto de os respetivos trabalhos no âmbito do projeto terem sido objeto de adenda específica, no sentido de assegurar as novas funções e trabalhos necessários, a qual diz respeito ao período do projeto e não aos serviços anteriores ao seu início. Globalmente, no que respeita a indicadores de execução desta componente da acção, destacam-se os seguintes elementos:
despesas auditadas (face ao total do orçamento do projeto): 12,81%
despesas auditadas e não elegíveis (face ao total do orçamento do projeto): 0 %
nº de relatórios intercalares de auditoria apresentados: 1
3.1.16. Acção E.4 - Networking com outros projectos LIFE Contrariamente ao esperado no Relatório de Arranque, as circunstâncias logísticas internas não permitiram assegurar, atempadamente, a estruturação e apresentação à Unidade LIFE da proposta de dinamização de uma Platform Meeting sobre espécies invasoras, conforme se chegou a prever. Apesar de este evento não constar dos objectivos do projecto, mantem-se contudo a intenção de o vir a estruturar e realizar, caso haja apoio específico da Unidade LIFE+ para esse fim. Neste contexto, considera-se actualmente que a sua calendarização possa ser equacionada para uma das novas eduções do “sement event”, provavelmente a de 2014. Dando contudo resposta ao planeado e às metas do projecto, foi organizada e integrada na programação da edição de 2012 do “sement event” uma primeira reunião/seminário técnico de networking com outros projectos, que decorreu nos dias 23 a 25 de Novembro de 2012 sob o tema “Conservação de Habitats autóctones e controlo de espécies exóticas invasoras”. O programa do mesmo incluiu, conforme peças de comunicação anexas, um conjunto de painéis sobre boas práticas e casos de estudo relacionados com o projecto - “Propagação de Espécies Autóctones para Conservação”, “Renaturalização e Conservação” e “ Controlo de Invasoras” – envolvendo as seguintes apresentações:
Joaquim Teodósio (SPEA) – Funções e importância dos viveiros no Projecto Laurissilva Sustentável
Alexandre Silva (CISE/CMS) - Banco de Sementes do CISE: um equipamento para a conservação e valorização da flora da serra da Estrela
Paulo Domingos (QUERCUS-Aveiro) - Projecto Recuperação do Cabeço Santo BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Progresso 1 p. 45
Filipa Pais (CMMN) – A importância do viveiro municipal nas ações de conservação/valorização de habitats no Sítio de Monfurado – Projeto GAPS
Henk Feith (ALTRI S.A.) - Recuperação ripícola no âmbito de Florestas de Alto Valor de Conservação em áreas de Produção
José Adelino Gameiro (SILVAPOR Lda) - Renaturalização de Espaços Florestais, na Serra de Sintra
José Paulo Martins (QUERCUS) - Micro-reservas biológicas, uma ferramenta de conservação da biodiversidade em Portugal
Sílvia Neves (ICNF) - Conservação - Controlo de Acácias na Mata da Margaraça
Pedro Coelho (APA/ARHAlgarve) - Controlo de canas (Arundo donax)e reabilitação de ribeiras no Algarve
Joaquim Teodósio (SPEA) – Projecto Priolo - Controlo de invasoras e recuperação de habitats como base para a conservação de avifauna protegida
Henk Feith (ALTRI S.A.) - O controlo/erradicação de invasoras numa perspectiva de apoio e valorização da produção florestal
Francisco Caetano – A formação de equipas de trabalho enquanto factores determinantes de sucesso
Luis Jordão (FMB/BRIGHT)– Envolvimento de agentes e entidades, como elementos de um projecto de controlo e erradicação: a estratégia do Projecto BRIGHT
Para além destas, em sala, promoveram-se visitas de trabalho a parcelas intervencionadas pelo projecto BRIGHT, no âmbito das quais foram apresentados e discutidos, com os restantes participantes, os trabalhos em curso, técnicas aplicadas e resultados obtidos até à data, trocando-se experiências particularmente úteis com projectos que envolveram o controlo de espécies análogas às que são alvo do projecto, bem como possíveis sinergias de trabalho conjunto.
Figura 28 – Aspectos de apresentações por parte de outras equipas de projetos apoiados pelo LIFE+ e por outros instrumentos, durante a edição de 2012 do “sement event”.
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Conforme atesta o programa, este incluiu casos de estudo de outros projectos apoiados pelo LIFE+ (caso dos projectos LIFE07 NAT/P/00630, LIFE03 NAT/P/000013 LIFE03/NAT/P/000018), mas também por outros instrumentos (FEDER/QREN, FEADER/PRODER), e mesmo de financiamento privado. Esta diversidade possibilitou também, acessoriamente, discutir as vantagens, desvantagens e experiência de utilização dos vários mecanismos de apoio existentes para os objectivos de conservação e controlo de exóticas invasoras, bem como a forma mais eficaz de os usar em complementaridade. Os trabalhos foram moderados por elementos convidados que estão associados a projectos de relevo em matéria de conservação da natureza e de controlo de espécies exóticas invasoras no contexto nacional, os quais elogiaram a qualidade dos painéis e das apresentações. Em concreto, estes trabalhos de networking permitiram não só a apresentação e troca de informação sobre o trabalho desenvolvido por diferentes entidades (ONGA´s, autarquias, administração central e empresas privadas) em matéria de propagação de espécies autóctones e controlo de espécies exóticas invasoras, como também o estabelecimento de relações de trabalho mais estreitas com outras equipas, que têm gerado posteriores sinergias com os trabalhos do projecto. Tendo em conta os resultados alcançados, e sem prejuízo de pequenos ajustes no sentido de os potenciar, prevê-se a organização de novo evento deste modelo no contexto da edição de 2013 do “sement event”, que integra os objectivos para o corrente ano. Ainda a este respeito, de salientar também os elogios que os trabalhos do projecto mereceram por parte dos restantes participantes, em especial das duas especialistas convidadas para moderar as apresentações. Na sequência da verificação da qualidade dos trabalhos desenvolvidos, a equipa BRIGHT foi convidada a ser um dos casos de estudo de divulgação a promover no âmbito do site recentemente criado ao abrigo de um projecto de comunicação/disseminação/sensibilização de âmbito nacional. Para o efeito, deslocou-se à Mata do Bussaco, já em Abril de 2012, uma equipa de reportagem que efectuou recolha de imagem vídeo dos trabalhos práticos do projecto. À data de redacção deste relatório o vídeo de divulgação correspondente está em preparação, para posterior divulgação através do site daquele projecto. No âmbito da recolha de imagens efectuada, procurou-se promover o apoio LIFE+ aos trabalhos, através do recurso à bandeira LIFE+ e de referências explícitas ao apoio, nas entrevistas realizadas. De forma análoga, a equipa de projecto foi convidada a participar no evento de networking e celebração de 20 anos do LIFE+ em Portugal organizado pelo projecto WW4ENVIRONMENT, contribuindo com uma apresentação do projecto para a sessão, realizada a 11 de Dezembro de 2012 e presidida pelo Dr. Alban de-Villepin, por parte da Comissão. Nesse mesmo contexto, promoveram-se contactos e trocaram-se ideias e sugestões com outros projectos portugueses apoiados pelo LIFE+, em especial os 10 projectos da vertente Natureza e Informação que ali se apresentaram (programa completo em http://ww4environment.eu/?page_id=4625&lang=pt-pt). A solicitação da organização, foi elaborada uma síntese do projecto que integrou a publicação então distribuída aos participantes, em número superior a 60, e que se encontra disponível para download a partir do site do projeto. Por último, de referir ainda que, decorrendo das actividades de networking, se formalizaram protocolos com entidades associativas e privadas que visam trabalho conjunto e sinergias em prol da boa execução dos trabalhos de conservação da Mata, com reflexos positivos no projeto. Assim, foram assinados protocolos com a QUERCUS e com o Grupo PORTUCEL (produção florestal e de pasta de papel), que visam o aprofundamento de relações e a colaboração mútua em temáticas relacionadas com o projeto e com outras ações de conservação da Mata.
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Figura 29 – Assinatura de Protocolos de Colaboração com QUERCUS e Grupo PORTUCEL.
Globalmente, é portanto possível aferir que esta acção do projecto tem estado a decorrer como previsto, salientando-se como principais indicadores de execução:
Nº de Projectos LIFE+ contactados para networking: 13
Nº de outros Projectos contactados para networking: 9
Nº de projectos LIFE+ com parcerias para acções concretas: 2 (equipa dos projectos LIFE03 NAT/P/000013 e LIFE07 ENV/P/000630 e equipa do projecto LIFE03 NAT/P/000018)
Nº de outros Projectos com parcerias para acções concretas:1 (equipa do projecto Forest Invaders / PEC180 / QREN/FEDER, http://invasoras.uc.pt/ )
Nº de Entidades com parcerias formalizadas: 2 (QUERCUS, Grupo PORTUCEL).
3.1.17. Acção E.5 - “Plano de Comunicação Pós-LIFE” Os trabalhos até aqui promovidos foram exclusivamente de recolha e consulta, pela equipa e técnicos de comunicação, dos modelos e boas práticas associadas à redacção deste tipo de documentos. .
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4. ASPECTOS FINANCEIROS 4.1. Sistema Contabilístico. Em termos genéricos, tal como referido no Relatório de Arranque, os trabalhos relacionados com a colocação em prática do sistema de contabilidade associado ao projecto foram iniciados previamente à sua data de arranque. Adicionalmente aos trabalhos já então relatados, e na sequência das reuniões realizadas com a equipa de auditoria externa contratada, tem-se promovido alguns ajustes dos centros de custos anteriormente estruturados no sentido de melhor se evidenciarem os modelos de afectação/imputação de custos associados a despesas gerais e a definição de modelos de imputação dos custos de pessoal. Adicionalmente, tendo em conta os comentários da Comissão após a visita da equipa de monitorização, procedeu-se a uma confirmação generalizada das timesheets preenchidas e à sensibilização dos colaboradores para o seu adequado preenchimento e assinatura. Esta informação tem sido igualmente transmitida aos parceiros, no âmbito das reuniões de gestão. Por parte da FMB, o trabalho de contabilidade executado a nível interno pela técnica Ana Couceiro tem sido articulado do ponto de vista externo com o TOC responsável pela contabilidade, com o qual são promovidas reuniões mensais associadas aos lançamentos contabilísticos do projecto e das restantes actividades da FMB.
4.2. Disponibilidade do Cofinanciamento No período a que reporta o presente relatório não se colocaram constrangimentos à disponibilidade da componente de co-financiamento nacional. Em linha com o esperado e programado tem sido possível à FMB, a partir das receitas geradas com outras actividades e das transferências previstas nos seus Estatutos dispor da componente de cofinanciamento nacional destinada a suportar a componente de 50% dos custos elegíveis a que se comprometeu com o Contrato de Subvenção. Assim, e mantendo-se a evolução até à data verificada, não se esperam constrangimentos a este respeito. As principais incógnitas que se poderão colocar a este nível advêm das alterações à Lei das Fundações, sobre a qual subsistem dúvidas de aplicação em matéria de transferências do Estado e Autarquias para a FMB. Contudo, mesmo a esse nível e face à relativa autonomia financeira da FMB de financiamento de origem pública, não são actualmente expectáveis constrangimentos que coloquem em causa a componente de co-financiamento nacional. No que respeita aos parceiros, a informação recolhida aponta igualmente no sentido da ausência de tais constrangimentos. Pelo facto, e em linha com o descrito neste documento, considera-se continuar a não existir, nesta fase, constrangimentos que coloquem em causa as necessidades de co-financiamento previstas por qualquer dos parceiros do projecto.
4.3. Execução Financeira Em termos globais, e decorrendo do atraso registado nos trabalhos a promover pelo parceiro CMM, a execução financeira registada pelo projeto diz sobretudo respeito a despesas suportadas pelo beneficiário principal e pelo parceiro UA. Na tabela 7 apresenta-se um sumário das despesas pagas até finais de Abril de 2013, que dizem respeito ao levantamento mais recente já integrado nos mapas de despesa LIFE+.
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Tabela 7 – Síntese da Execução Financeira do projecto até 30/04/2013. Despesas
Orçamento do Projecto (€)
Rubrica de Despesa Pessoal
€
Adjudicações %
€
%
1.447.774,00
267.033,48
18,44
267.033,48
18,44
12.980,00
1.076,85
8,30
1.076,85
8,30
885.394,00
110.428,02
12,47
176.504,85
19,94
Infraestruturas
-
-
Equipamentos
412.250,00
44.000,54
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
Consumíveis
211.173,00
47.953,81
22,71
52.993,42
25,09
Outros Custos
29.850,00
790,83
2,65
790,83
2,65
Despesas Gerais
82.455,00
16.886,60
20,48
16.886,60
20,48
3.081.876,00
488.170,13
15,84
607.193,75
19,70
Viagem e Estadia Assistência Externa Bens Duradouros
Protótipos Aquisição de Terrenos/Direitos
TOTAIS
10,67
91.907,72
22,29
Tal como no Relatório de Arranque, e adicionalmente aquelas, numa perspectiva de melhor se analisar a execução financeira do projeto, a tabela em causa apresenta também as despesas em contratação/adjudicação até à data de conclusão da redacção deste relatório. Da síntese apresentada salienta-se uma execução financeira real de 488.170,13 euros, correspondente a quase 16 % do orçamento do projeto. Quando analisados numa perspectiva de despesa adjudicada e em adjudicação, os valores referidos apontam para um montante de 607.193,75 euros, ascendendo a quase 20 % do orçamento do projeto. Conforme a tabela evidencia, a execução financeira do projecto é razoável, e na generalidade coerente com as despesas que para esta fase seriam expectáveis, sobretudo se atendermos a que a execução de um dos parceiros (CMM) é neste momento negligenciável e diz respeito apenas à imputação de pessoal encarregue de participar em reuniões e/ou de desencadear os procedimentos de contratação entretanto em conclusão (num valor total de 2.959,00 €).
4.4. Questões à Comissão – Ajustes Orçamentais Decorrendo da execução atual técnica e financeira dos trabalhos, subsiste nesta fase um conjunto de questões relacionadas com a necessidade de pequenos ajustes aos itens contemplados no orçamento do projeto que nos parecem merecer a devida justificação (seja porque permitem melhor atingir os resultados inicialmente previstos ou porque visam dar resposta a necessidades não contempladas inicialmente mas que, por via das dificuldades inesperadas colocadas pelo temporal de Janeiro, merecem a devida atenção). Em concreto, gostaríamos assim na qualidade de beneficiário principal de obter respostas por parte da Comissão, na sequência da apresentação deste relatório e de eventual realização de nova visita da equipa de monitorização que se entenda adequado, para um conjunto de questões que abaixo colocamos e se relacionam com aspetos já referidos ao longo do relatório.
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Em particular, gostaríamos de saber qual a viabilidade de, sem que isso se traduza numa alteração substancial ao projeto - dado não implicar em qualquer dos casos alterações que, conforme disposições administrativas, justifiquem esse enquadramento - se proceder de futuro aos seguintes ajustes orçamentais: a) utilizar parte do valor inicialmente orçamentado para aquisição de uma “viatura 4x4 de caixa aberta” para aquisição adicional de uma pequena viatura (moto 4) que permita a deslocação de operários de viveiro com um atrelado a áreas de recolha de sementes, estacas e outro material de propagação, no sentido de aumentar a eficácia destas tarefas e evitar deslocações a pé, morosas e que não são passíveis de realização com aquela viatura, já que envolvem a deslocações em caminhos de reduzida dimensão que lhe são inacessíveis. Recordamos, a este respeito, que as expectativas de produção iniciais se encontram aos níveis inicialmente previstos mas que, por via da intensa queda de árvores e arbustos que se verificou, se considerar particularmente adequado aumentar as metas de produção inicialmente estabelecidas a este nível. Também, e como referido, as quantidades de herbáceas necessárias ao combate de Tradescantia flumimensis é aparentemente maior do que inicialmente previsto face aos resultados já obtidos com os ensaios-piloto. A disponibilidade deste equipamento permitirá assegurar que uma grande parte do tempo dos operários em causa seja efetivamente despendido nas tarefas de propagação, reduzindo-se os períodos afetos às atividades de recolha do material a propagar. Os valores previstos para a aquisição da viatura em causa e da viatura já adquirida serão, conjuntamente, inferiores ao inicialmente orçamentado para a viatura de caixa aberta (32.000 €), pelo que este ajuste apenas se refletirá no acréscimo de um item à lista de bens duradouros, sem acréscimo da verba correspondente; b) utilizar parte do valor inicialmente previsto em assistência externa para “Orientação/Coordenação dos Trabalhos de Comunicação” para trabalhos especializados de poda, desmonte e corte de árvores em risco de queda no interior e limites de parcelas de intervenção resultantes do temporal que assolou a Mata, dadas as dificuldades inesperadas que este tipo de situação causam à adequada execução dos trabalhos da ação C.2, bem como o risco que a sua eventual queda representa para, uma vez executados esses trabalhos na sua envolvente, os mesmos serem significativamente afetados (ou mesmo perdidos) caso a queda dessas árvores venha a ocorrer. Recordamos, a este respeito, que esta assistência externa, assegurada desde o início do projeto por contratação da firma F5C, foi entretanto objeto de conclusão do respetivo contrato, não se tendo verificado necessidade de lançar novo procedimento dado o know how e bom desempenho assegurado exclusivamente com os meios afetos à equipa interna (em particular pela Dra. Cândida Sá e seus colaboradores mais próximos). O know how adquirido e colocado em prática, assim como o empenho e dedicação destes colaboradores, tem permitido assegurar e mesmo superar os objetivos de comunicação/divulgação que inicialmente apenas se previa possível atingir com apoio externo, o qual se veio a demonstrar redundante face a estes resultados. Da conjugação destes dois fatores (orçamento desnecessário para fins inicialmente previstos como tal e necessidade de orçamento/meios para assegurar trabalhos especializados que apenas se verificaram necessários por via da ocorrência do temporal e que colocam em causa os objetivos iniciais), o que se propõe em concreto é a afetação do orçamento remanescente deste item a um novo item de assistência externa associado a “serviços especializados de poda, corte e remoção de árvores em risco de queda”, análogos aos que se têm vindo a executar numa base de voluntariado (ver ação C.2), mas que dada a dimensão das necessidades verificadas, implicam um trabalho continuado e sequencial, previamente às intervenções de controlo de exóticas e/ou beneficiação com autóctones, na parcelas afetadas pelo problema. Em tal contexto, este ajuste uma vez mais não implica qualquer alteração ao total orçamentado na rubrica de assistência externa, mas apenas a introdução de um novo item, que utilizará orçamento remanescente do item referido; c) reforçar, se necessário e conforme conclusões que venham a ser aferidas através da análise em curso às clareiras criadas em áreas exteriores às inicialmente previstas para intervenção, as equipas de operários associados a trabalhos da ação C.2, alargando os trabalhos da ação a BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Progresso 1 p. 51
essas áreas (e correspondentemente as respetivas metas e objetivos de execução). Recordamos a este respeito que, por via do facto de a FMB estar a utilizar, na contratação inicial de pessoal, mecanismos complementares de apoio à contratação como os disponibilizados pelo IEFP, ser previsível que os valores de despesas de pessoal inicialmente previstos se venham a revelar superiores aos incorridos com a atual equipa, que se encontra genericamente estabilizada e apenas necessita de reforços pontuais e já em curso. Neste contexto, aquilo que se solicita, e nesta fase ainda dependente de informação que se encontra a ser estruturada, é o uso desses eventuais saldos para reforçar as equipas atuais com novos operários, destinados a intervenção em áreas de arboreto nos quais o projeto não contemplava intervenções mas no interior das quais surgiram, por via do temporal, diversas clareiras nas quais se está a verificar o surgimento de novos focos de invasoras, devido às novas condições verificadas (em particular a exposição ao sol e a redução de ensombramento, que fomenta o nascimento de Acacia sp., particularmente agressivas em termos de ocupação). À semelhança do acima referido, não se trata de alterar os valores globais da rubrica de pessoal mas sim, com os recursos já orçamentados e por via das economias atingidas através da utilização de outros mecanismos para apoio às fases iniciais de contratação, assegurar o reforço das equipas de operários, no sentido de possibilitar intervenções em novas áreas, associadas a essas clareiras, com o consequente aumento das metas e objetivos do projeto e respetivos indicadores e de forma a minimizar um problema/ameaça que não existia até ao temporal que se abateu sobre a Mata; d) em articulação com o referido em c), assegurar alguma flexibilidade na utilização das rubricas de consumíveis, com reforço pontual dos consumíveis associados às atividades de controlo de exóticas invasoras (p.e. herbicidas, cujas necessidades irão ser maiores do que o previsto face aos resultados dos ensaios-piloto com Tradescantia fluminensis, mas também fatos e equipamentos de proteção para operários, cujo desgaste é muito superior ao esperado e a necessidade evidente) e de pequenas ferramentas de apoio à propagação em viveiro e erradicação, através do uso de verbas remanescentes e que se estão a revelar sobreorçamentadas de outro item desta rubrica: “vasos e tubetes de germinação” (cuja reutilização mais regular e ofertas de terceiros permitiram poupanças significativas face às expectativas iniciais em candidatura e que podem também ser substituídos por materiais reutilizados provenientes de recolhas especificamente dirigidas com esse propósito); e) por último, e não menos importante em matéria de sustentabilidade e continuidade das ações de envolvimento da comunidade, entidades e visitantes em ações de apoio à conservação idênticas às promovidas no âmbito das ações D.5 e D.6, assegurar a utilização de verbas remanescentes do orçamento inicialmente previsto para a aquisição do trator e respetivos acessórios para reforçar o orçamento da rubrica associada ao item inicialmente descrito e previsto como “viatura de transporte de 9 passageiros” no sentido de assegurar uma maior capacidade de transporte deste equipamento, cuja aquisição ainda não foi iniciada. O objetivo deste pedido prende-se com a elevada recetividade que se tem verificado de pequenos grupos de voluntários (nomeadamente da PME´s e de IPSS´s da envolvente) em se deslocarem à Mata para executar trabalhos válidos de apoio à conservação, como as tarefas de controlo de seguimento e/ou de apoio à plantação/sementeira, que são particularmente exigentes em termos de mão-de-obra que desta forma se consegue angariar, como aliás era objetivos das ações em causa. Estes grupos estão muitas vezes dependentes de transporte de terceiros, não dispondo de meios financeiros e equipamentos para assegurar as deslocações mas conseguindo muitas vezes suportar as despesas de combustível associadas a essas deslocações. A atual conjuntura económica, e o seu agravamento, é suscetível de cada vez mais condicionar essas deslocações, até à data proporcionadas por outras entidades públicas, geralmente o Município em questão. Neste contexto, antevendo desde já esse problema, que poderá condicionar a sua futura deslocação à Mata, quer dentro do período de projeto quer após a sua conclusão, e no sentido de assegurar a continuidade da sua participação nos trabalhos de conservação para os quais já têm vindo a contribuir ativamente, o que se preconiza é, novamente sem alteração do orçamento da rubrica de equipamentos, o uso de verbas remanescentes como as referidas (resultantes de opções por equipamentos que satisfazem as funções inicialmente previstas mas menos BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Progresso 1 p. 52
onerosos) para reforço da verba destinada à aquisição desta viatura no sentido de alargar a sua capacidade de transporte em conformidade com essas novas disponibilidades orçamentais, i.e., adquirindo uma viatura de transporte cuja capacidade não se limite a “9 lugares” e possa ser usada para grupos de maior dimensão. Tal facto não só não inviabilizará os objetivos a que a referida viatura se destinava como permitirá alargar o público-alvo da mesma (para além da ação D.5, também à ação D.6, onde pequenos grupos de voluntários fazem um trabalho particularmente válido e útil para os objetivos do projeto, incluindo aqui também as necessidades adicionais de remoção de material vegetal que, por via do temporal se encontra disperso pelas parcelas de trabalho, e cuja remoção pela equipa de operários é tempo útil que se perde para as atividades de controlo que não podem ser promovidas com o público, como aquelas que envolvem aplicação de herbicidas e outros trabalhos com maquinaria pesada).
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ANEXOS
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ANEXO I Fotografias e Videos
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ANEXO II Documentos Técnicos / Deliverables
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ANEXO III Outros Documentos
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ANEXO IV Materiais Gráficos Produzidos
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ANEXO V Certidão de Enquadramento em IVA do Beneficiário (corrigida)
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