Relatório BRIGHT de Progresso_ Universidade de Aveiro

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RELATÓRIO DE PROGRESSOS Nº1 BRIGHT – BUSSACO´S RECOVERY FROM INVASIONS GENERATING HABITAT THREATS (LIFE10/NAT/PT/075) Contemplando as atividades realizadas no período entre 01.09.2012 e 31.08.2013

Data da Conclusão da Redação do Relatório 31.08.2013

Dados do Projeto Localização

Mata Nacional do Bussaco, Mealhada, Portugal

Data de Início

01/09/2011

Data de Fim

31/08/2016

Orçamento Total

€ 3.081.876

Contribuição CE

€ 1.540.938

(%) de Custos Elegíveis

50

Dados do Beneficiário Associado Nome do Beneficiário

Universidade de Aveiro

Pessoa de Contacto

Professor Doutor Carlos Fonseca

Morada

Departamento de Biologia

Telephone

+ 351 234 370 350

Fax:

+ 351 234 372 587

E-mail

cfonseca@ua.pt

Sítio Web

www.ua.pt/bio

Redação e Revisão por André Aguiar, Sónia Guerra, Milene Matos, Lísia Lopes, Rosa Pinho, Lúcia Pereira, Tatiana Moreira-Pinhal, Paulo Silveira e Carlos Fonseca


ÍNDICE 1. SUMÁRIO EXECUTIVO ........................................................................................ 1 1.1. Progresso Geral .................................................................................................................. 1 1.2. Viabilidade dos Objetivos e Programa de Trabalhos ......................................................... 2 1.3. Problemas encontrados ...................................................................................................... 2

2. ASPETOS ADMINISTRATIVOS .............................................................................. 4 2.1. Estrutura e Equipa de Gestão do Projeto ........................................................................... 4 2.2. Equipa de Projeto ............................................................................................................... 5 2.3. Acordos de Parceria ........................................................................................................... 5

3. ASPETOS TÉCNICOS.......................................................................................... 5 3.1. Ações do Projeto ................................................................................................................ 5 3.2. SubAções do Projeto .......................................................................................................... 6 3.2.1. SubAção 1. ................................................................................................................................. 6 Monitorização e Avaliação de Resultados do Projeto – FAUNA ........................................................... 6 3.2.1.1. Seleção dos pontos de amostragens ....................................................................................... 7 3.2.1.2. Metodologias para a monitorização de Fauna e respetiva calendarização ............................ 16 3.2.1.3. Análise e tratamento de dados .............................................................................................. 21 3.2.1.4. Resultados ............................................................................................................................. 23 3.2.1.5. Espécies de particular valor conservacionista ....................................................................... 44 3.2.1.6. Discussão de Resultados / Considerações finais .................................................................. 46 3.2.2. SubAção 2. ............................................................................................................................... 49 Monitorização e Avaliação de Resultados do Projeto – FLORA E HABITATS ................................... 49 3.2.2.1. Ciclone Gong ......................................................................................................................... 50 3.2.2.2. Ações complementares à monitorização ............................................................................... 54 3.2.2.3. Metodologia de Monitorização da Flora ................................................................................. 55 3.2.2.4. Resultados de monitorização ................................................................................................. 60 3.2.2.4.1. MONITORIZAÇÃO de Tradescantia fluminensis ................................................................ 60 3.2.2.4.2. MONITORIZAÇÃO de Invasoras em Comunidades Florestais ........................................... 87 3.2.2.5. Espécies RELAPE da flora .................................................................................................. 121 3.2.2.6. Considerações finais ............................................................................................................ 123 3.2.3. OUTRAS AÇÕES.................................................................................................................... 124 Potencial da fauna para a dispersão de sementes ........................................................................... 124 3.2.3.1. Introdução ............................................................................................................................ 124 3.2.3.2. Metodologia ......................................................................................................................... 124 3.2.3.3. Resultados ........................................................................................................................... 132 3.2.3.4. Discussão de Resultados / Considerações Finais ............................................................... 136


3.2.4. OUTRAS AÇÕES.................................................................................................................... 137 Macrofungos da Mata Nacional do Buçaco....................................................................................... 137

3.2.5. Referências bibliográficas............................................................................................ 140 3.3. Progresso Esperado ....................................................................................................... 141 3.4. Impacto do Projeto .......................................................................................................... 142 3.5. Para além do LIFE+ ........................................................................................................ 143

4. ASPETOS FINANCEIROS ................................................................................. 146 4.1. Sistema Contabilístico. ................................................................................................... 146 4.2. Disponibilidade do Cofinanciamento .............................................................................. 146 4.3. Execução Financeira ...................................................................................................... 146

ANEXOS ........................................................................................................... 147 Acordos de Parceria .............................................................................................................. 147 Deliverables e Marcos ........................................................................................................... 147 Fotografias ............................................................................................................................. 148 Mapas, Shapefiles e outros ................................................................................................... 148


ÍNDICE DE FIGURAS Fig. 1. Localização dos pontos de amostragem de invertebrados através de pitfalls e transetos. ....................................................................................................................................................... 8 Fig. 2. Localização dos locais de amostragem de peixes, anfíbios e répteis. .............................. 9 Fig. 3. Localização dos transetos de amostragem noturna de anfíbios (coincidente com transetos de amostragem de morcegos). ................................................................................... 10 Fig. 4. Localização dos pontos de amostragem de aves, pré-BRIGHT. ..................................... 11 Fig. 5. Localização dos pontos de amostragem de aves, BRIGHT. ........................................... 11 Fig. 6. Localização dos transetos para amostragem de indícios de presença de carnívoros (préBRIGHT e BRIGHT). ................................................................................................................... 12 Fig. 7. Traçado alternativo temporário (a verde) para amostragem de carnívoros (dejetos e vestígios). .................................................................................................................................... 13 Fig. 8. Localização dos transetos de amostragem de micromamíferos Pré-BRIGHT. ............... 14 Fig. 9. Localização dos transetos de amostragem de micromamíferos BRIGHT. ...................... 14 Fig. 10. Localização das caixas-ninho colocadas na MNB, antes do ciclone Gong. .................. 15 Fig. 11. Caixas-ninho caídas ou danificadas pelo temporal. ...................................................... 16 Fig. 12. Interface do software Bat Sound Pro, exibindo o oscilograma (em cima) e o sonograma (em baixo) de pulsos de ecolocalização de Pipistrellus pipistrellus ou Pipistrellis pygmaeus, com feedinz buzz (sequência de pulsos ultrassónicos emitidos na fase final de aproximação às presas)......................................................................................................................................... 18 Fig. 13. Interface do software Bat Sound Pro, exibindo espetrograma de um pulso de ecolocalização de Pipistrellus pipistrellus ou Pipistrellis pygmaeus. .......................................... 19 Fig. 14. Interface do software Bat Sound Pro, exibindo o oscilograma (em cima) e o sonograma (em baixo) de pulsos de ecolocalização de Barbastella barbastellus, onde se denotam os pulsos com frequência modulada e alternada. ........................................................................... 19 Fig. 15. Localização das câmaras de fotoarmadilhagem utilizadas em outubro e novembro de 2012. ............................................................................................................................................ 20 Fig. 16. Evolução do número de Ruivacos (Achondrostoma oligolepis) registados ao longo do tempo, por estação de amostragem. .......................................................................................... 25 Fig. 17. Evolução do número de Bordalos (Iberocypris alburnoides) registados ao longo do tempo, por estação de amostragem. .......................................................................................... 25 Fig. 18. Localização da totalidade dos excrementos detetados durante o período de estudo na MNB. ............................................................................................................................................ 40 Fig. 19. Fotocaptura de Gineta (Genetta genetta), obtida na estação P1. ................................. 42 Fig. 20. Foto de Fuinha (Martes foina), obtida na estação A3. ................................................... 43 Fig. 21. Foto de Raposa (Vulpes vulpes), obtida na estação R2................................................ 43 2

Fig. 22. Quadrado desmontável de 1m , para a monitorização de comunidades herbáceas (em Tradescantia fluminensis). .......................................................................................................... 49 Fig. 23. Localização das principais árvores e arbustos derrubados pelo ciclone Gong na Mata Climácica ..................................................................................................................................... 53 Fig. 24. a) Exemplares de Phillyrea latifolia atingidos pelo ciclone Gong na zona das Portas de Coimbra. b) Caminho principal que dá acesso às Portas de Coimbra, obstruído pelo elevado número de queda de árvores (a 23/01/2013). ............................................................................. 54


Fig. 25. Ação de voluntariado da UA a 28/11/2012 na zona das Portas de Coimbra. (b) Sement Event a 17/11/2012, com colheita e plantação de indivíduos de Phillyrea latifolia. .................... 55 Fig. 26. Localização e identificação dos plots de monitorização de controlo: FRAde, FRCar e FRLou. ......................................................................................................................................... 56 Fig. 27. Localização e identificação dos plots de monitorização em comunidades Florestais (FR1 a FR18 e PM1 a PM2) e em Tradescantia fluminensis (FRT1 a FRT11). ......................... 57 2

Fig. 28. a) Instalação de quadrados de monitorização de 1m para Tradescantia fluminensis 2 (Portas de Coimbra). b) Quadrado de 1m em PVC desmontável e templates para leituras de % cobertura. .................................................................................................................................... 59 2

Fig. 29. a) Instalação de quadrados de monitorização de 100m para invasoras em 2 comunidades florestais (Pinhal do Marquês). b) Quadrado de 100m instalado com 4 estacas de madeira e fio de demarcação (Louriçal da FR). ..................................................................... 59 Fig. 30. Medição de DAP em exemplar arbóreo de Cupressus lusitanica (Portas de Coimbra). b) Marcação e numeração de exemplar arbóreo de Laurus nobilis, com recurso a spray de coloração azul (Louriçal da FR). ................................................................................................. 59 Fig. 31. Variação das médias de % de cobertura em FRT3 em dois momentos diferentes....... 64 Fig. 32. Variação das médias de % de cobertura em FRT4 em dois momentos diferentes....... 65 Fig. 33. Variação das médias de % de cobertura em FRT5 em dois momentos diferentes (Controlo/Pré-intervenção, Pós-intervenção). ............................................................................. 67 Fig. 34. Variação das médias de % de cobertura em FRT6 em dois momentos diferentes....... 69 Fig. 35. Variação das médias de % de cobertura em FRT7 em dois momentos diferentes (Controlo/Pré-intervenção, Pós-intervenção). ............................................................................. 71 Fig. 36. Variação das médias de % de cobertura em FRT8 em dois momentos diferentes (Controlo/Pré-intervenção, Pós-intervenção). ............................................................................. 72 Fig. 37. Variação das médias de % de cobertura em FRT9 em dois momentos diferentes (Controlo/Pré-intervenção, Pós-intervenção). ............................................................................. 73 Fig. 38. Variação das médias de % de cobertura em FRT10 em dois momentos diferentes..... 75 Fig. 39. Variação das médias de % de cobertura em FRT11 em dois momentos diferentes..... 77 Fig. 40. Caixas de Bigodes para as 11 parcelas de Tradescantia fluminensis em monitorização na Floresta Relíquia. ................................................................................................................... 86 Fig. 41. Mapa do percurso de recolha dos excrementos dos carnívoros, com indicação do troço alternativo realizado a partir de Fevereiro 2013. Os círculos indicam a localização dos poleiros para recolha de excrementos de aves, organizados por cor, consoante a unidade de paisagem onde se encontram. ................................................................................................................... 125 Fig. 42. Frutos (das plantas) e excrementos recolhidos na amostragem de setembro 2012. .. 126 Fig. 43. Exemplo de frutos maduros recolhidos da árvore (azevinho, Ilex aquifolium). ........... 127 Fig. 44. Exemplo de um processo de sementeira. .................................................................... 128 Fig. 45. Viveiro UA – Aspeto exterior. ....................................................................................... 128 Fig. 46. Viveiro UA – Aspeto interior. ........................................................................................ 129 Fig. 47. Sistema de rega do Viveiro UA. ................................................................................... 130 Fig. 48. Germinação de semente de azereiro (Prunus lusitanica). ........................................... 131 Fig. 49. Plântula de azereiro (Prunus lusitanica). ..................................................................... 131 Fig. 50. Medição de sementes com régua. ............................................................................... 132 Fig. 51. Utilização de frutos de pilriteiro nos comedouros dos poleiros. ................................... 133


Fig. 52. Neste gráfico identifica-se a proveniência das sementes que permitem comparar a capacidade germinativa entre sementes de diferentes espécies e proveniências. Neste gráfico excluem-se as sementes que provêm de excrementos não identificados e de gineta, dada a sua baixa abundância. .............................................................................................................. 134 Fig. 53. Número de sementes germinadas, por espécies e proveniência. Excluem-se as sementes que provêm de excrementos não identificados e de gineta, dada a sua baixa germinação. ............................................................................................................................... 135 Fig. 54. Comparação da capacidade germinativa de sementes de diferentes proveniências e espécies. ................................................................................................................................... 135

ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1 - Elementos da Equipa de Projeto – Universidade de Aveiro ........................................ 5 Tabela 2. Número de espécies de invertebrados citadas para o Buçaco e identificadas .......... 23 Tabela 3. Espécies de Peixes registadas e monitorizadas e respetivos estatudos de conservação e proteção legal. Notas: End - Endemismo nacional; End Ib – Endemismo Ibérico. ..................................................................................................................................................... 24 Tabela 4. Espécies de Anfíbios registadas e monitorizadas e respetivos estatudos de conservação e proteção legal. Notas: End Ib – Endemismo Ibérico. ......................................... 26 Tabela 5. Valores médios dos vários índices calculados e respetivos desvios-padrão (σ), para os dados obtidos de anfíbios. A negrito, assinalam-se os valores médios mais elevados. ....... 26 Tabela 6. Resultado do Teste de Mann-Whitney na análise dos índices de diversidade de anfíbios registados no BRIGHT em comparação com os dados obtidos pré-BRIGHT. ............. 26 Tabela 7. Resultado do Teste de Mann-Whitney na análise da comparação do número de estações de amostragem em que a espécie foi detetada no BRIGHT em comparação com os dados obtidos pré-BRIGHT. ........................................................................................................ 27 Tabela 8. Espécies de Répteis registadas e monitorizadas e respetivos estatutos de conservação e proteção legal. Notas: End Ib – Endemismo Ibérico. ......................................... 27 Tabela 9. Espécies de Aves registadas e monitorizadas e respetivos estatutos de conservação e proteção legal. .......................................................................................................................... 28 Tabela 10. Valores médios dos vários índices calculados e respetivos desvios-padrão (σ), para os dados obtidos para as aves no Pinhal do Marquês, por época do ano. A negrito, assinalamse os valores médios mais elevados. ......................................................................................... 30 Tabela 11. Valores médios dos vários índices calculados e respetivos desvios-padrão (σ), para os dados obtidos para as aves no Arboreto, por época do ano. A negrito, assinalam-se os valores médios mais elevados. ................................................................................................... 31 Tabela 12. Valores médios dos vários índices calculados e respetivos desvios-padrão (σ), para os dados obtidos para as aves na Mata Relíquia, por época do ano. A negrito, assinalam-se os valores médios mais elevados. ................................................................................................... 32 Tabela 13. Resultado do Teste de Mann-Whitney na análise dos índices de diversidade de aves registados no BRIGHT em comparação com os dados obtidos pré-BRIGHT, para o habitat Pinhal do Marquês, por época do ano. ....................................................................................... 33


Tabela 14. Resultado do Teste de Mann-Whitney na análise dos índices de diversidade de aves registados no BRIGHT em comparação com os dados obtidos pré-BRIGHT, para o habitat Arboreto, por época do ano......................................................................................................... 34 Tabela 15. Resultado do Teste de Mann-Whitney na análise dos índices de diversidade de aves registados no BRIGHT em comparação com os dados obtidos pré-BRIGHT, para a Floresta Relíquia, por época do ano. .......................................................................................... 35 Tabela 16. Espécies de Mamíferos registadas e monitorizadas e respetivos estatudos de conservação e proteção legal. Notas: End Ib – Endemismo ibérico........................................... 35 Tabela 17. Valores médios dos vários índices calculados e respetivos desvios-padrão (σ), para os dados obtidos de micromamíferos e de morcegos. A negrito, assinalam-se os valores médios mais elevados. ................................................................................................................ 37 Tabela 18. Resultado do Teste de Mann-Whitney na análise dos índices de diversidade de micromamíferos e morcegos registados no BRIGHT em comparação com os dados obtidos préBRIGHT. ...................................................................................................................................... 37 Tabela 19. Valores médios dos vários índices calculados e respetivos desvios-padrão (σ), para os dados obtidos para os carnívoros, por época do ano. A negrito, assinalam-se os valores médios mais elevados. ................................................................................................................ 38 Tabela 20. Resultado do Teste de Mann-Whitney na análise dos índices de diversidade de carnívoros registados no BRIGHT em comparação com os dados obtidos pré-BRIGHT. ......... 39 Tabela 21. Número de índicios de presença totais, por espécie e por transeto, obtidos na amostragem de carnívoros. Nota: O ouriço, não sendo um mamífero carnívoro, consta nesta tabela por terem sido encontrados indícios de presença desta espécie. ................................... 40 Tabela 22. Número de capturas por cada estação de fotoarmadilhagem, para cada espécie identificada. ................................................................................................................................. 41 Tabela 23. Modelos criados com os dados de fotoarmadilhagem para a Fuinha. ..................... 42 Tabela 24. Espécies de fauna registadas durante a monitorização BRIGHT, prioritárias em termos de conservação. .............................................................................................................. 44 Tabela 25. Plantações efetuadas na MNB nos 6 anos subsequentes ao ciclone de 1941 (in Santos, 1993). ............................................................................................................................. 51 Tabela 26. Número de árvores/arbustos caídos e fraturados na MC pelo ciclone Gong. .......... 52 Tabela 27. Variação das médias de % de cobertura em FRT1 em três momentos diferentes .. 61 Tabela 28. Variação das médias de % de cobertura em FRT2 em três momentos diferentes .. 63 Tabela 29. Resultados da estatística descritiva para variável % cobertura em 3 diferentes datas de levantamentos. ....................................................................................................................... 78 Tabela 30. Resultados da estatística descritiva para variável % cobertura em 3 diferentes datas de levantamentos. ....................................................................................................................... 78 Tabela 31. Resultados da estatística descritiva para variável % cobertura em 2 datas diferentes ..................................................................................................................................................... 79 Tabela 32. Resultados da estatística descritiva para variável % cobertura em 2 datas diferentes ..................................................................................................................................................... 79 Tabela 33. Resultados da estatística descritiva para variável % cobertura em 2 datas diferentes ..................................................................................................................................................... 79 Tabela 34. Resultados da estatística descritiva para variável % cobertura em 2 datas diferentes ..................................................................................................................................................... 80 Tabela 35. Resultados da estatística descritiva para variável % cobertura em 2 datas diferentes ..................................................................................................................................................... 80 Tabela 36. Resultados da estatística descritiva para variável % cobertura em 2 datas diferentes ..................................................................................................................................................... 80


Tabela 37. Resultados da estatística descritiva para variável % cobertura em 2 datas diferentes ..................................................................................................................................................... 80 Tabela 38. Resultados da estatística descritiva para variável % cobertura em 2 datas diferentes ..................................................................................................................................................... 81 Tabela 39. Resultados da estatística descritiva para variável % cobertura em 2 datas diferentes ..................................................................................................................................................... 81 Tabela 40. Espécies RELAPE da flora vascular. ...................................................................... 121 Tabela 41. Inventário dos macrofungos (cogumelos) registados até ao momento na MNB, com indicação do tipo de ocorrência na Mata, época prefrenical de observação e comestibilidade. ................................................................................................................................................... 137 Tabela 42. Síntese dos desenvolvimentos das ações do projeto, incluindo identificação do progresso previsto em candidatura (P) e execução verificada (E), desvios temporais associados, respetiva relevância, correção e efeitos no projeto. ............................................. 141 Tabela 43. Síntese da Execução Financeira do projeto até31/08/2013 ................................... 146


LISTA DE ABREVIATURAS CMM – Câmara Municipal da Mealhada DGEP – Direção Geral dos Estabelecimentos Prisionais EPC - Estabelecimento Prisional de Coimbra FMB – Fundação Mata do Bussaco FR – Floresta Relíquia MC – Mata Climácica MNB – Mata Nacional do Bussaco UA – Universidade de Aveiro

CITAÇÃO RECOMENDADA Aguiar, A.; Guerra, S.; Matos, M.; Lopes, L.; Pinho, R.; Pereira, L.; Moreira-Pinhal, T.C.; Silveira, P e Fonseca, C. (2013). Relatório de Progressos nº 1. Ação E.2 - Monitorização e Avaliação de Resultados do Projeto BRIGHT – BUSSACO´S RECOVERY FROM INVASIONS GENERATING HABITAT THREATS (LIFE10/NAT/PT/075). Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro. x + 157 pp.


1. SUMÁRIO EXECUTIVO 1.1. Progresso Geral A passagem do ciclone Gong na MNB, a 19 de janeiro de 2013, causou alguns constrangimentos ao planeamento detalhado dos trabalhos a realizar por parte da UA, responsável pela execução da ação E.2 - Monitorização e Avaliação de Resultados do Projeto, conforme relatório atempadamente apresentado. A generalidade dos objetivos não ficou comprometida, porém, foi necessário efetuar alguns ajustes ao plano de trabalhos inicialmente estipulado, pois a impossibilidade e/ou dificuldade de acesso aos locais de amostragem levou a que as tarefas demorassem mais tempo a ser cumpridas e algumas metodologias, até ao momento, estão bastante atrasadas. No que diz respeito à monitorização da fauna, os constrangimentos mais relevantes relacionam-se com a colocação e monitorização de caixas-ninho e com a armadilhagem fotográfica de mamíferos carnívoros, admitindo-se o atraso das mesmas e uma redução do volume de dados resultantes destas metodologias. No entanto, apesar desta provável redução do volume de dados a obter, considera-se que os objetivos principais não serão postos em causa. A análise dos resultados obtidos no primeiro ano de monitorização da fauna indica que a execução dos trabalhos de intervenção no terreno não está a causar impactos na fauna, não tendo sido encontradas diferenças significativas entre os dados obtidos na monitorização BRIGHT e os dados da situação de referência pré-BRIGHT, para todos os grupos de vertebrados amostrados, exceto para as aves, cuja abundância e diversidade aparentou ser superior na monitorização BRIGHT. Porém, detalhes relativos ao desenho amostral poderão justificar, pelo menos em parte, os resultados obtidos para este grupo. Como tal, serão realizados ligeiros ajustes metodológicos para aferir esta situação com a maior precisão possível. Alguns outros fatores não controláveis nem mensuráveis ao abrigo das metodologias adotadas no presente projeto, nomeadamente nas alterações na paisagem e habitat nas áreas envolventes à MNB, poderão ter influência em alguns resultados obtidos para a fauna vertebrada. No entanto, assume-se que para a maior parte das espécies a influência não seja significativa. No que respeita aos invertebrados, foram efetuadas diversas saídas de campo em que se recolheram centenas de espécimes. Efetuou-se, e está ainda em curso, uma extensa pesquisa bibliográfica e museológica, de modo a compilar os registos existentes antes do projeto. O levantamento bibliográfico desenvolvido tem tornado possível um relativamente bom conhecimento de alguns grupos da fauna invertebrada presente no Buçaco, sendo que o trabalho de campo tem confirmado a grande diversidade existente. O número de espécies de invertebrados inventariados até à data é de 755, sendo que grande parte dos espécimes recolhidos carece, ainda de identificação laboratorial, sendo previsível que se aumente grandemente o número de espécies para a MNB. A continuidade da monitorização da fauna ao longo do projeto torna-se essencial, para se obter uma análise robusta do impacto das ações no terreno sobre estes grupos e para averiguar se os resultados imediatos, obtidos neste primeiro ano de monitorização, poderão estar a ser (ou não) enviesados pela ocorrência do ciclone Gong. No que respeita à monitorização da flora, através da análise estatística efetuada para os 11 plots de monitorização de Tradescantia fluminensis verificou-se que apesar das dimensões reduzidas das amostras não permitirem nesta fase efetuar uma análise rigorosa e conclusiva, existe no entanto uma parcela (FRT5) onde os testes estatísticos já demostram haver diferenças significativas entre as percentagens de cobertura pré-intervenção e pós-intervenção. Dos diversos inventários e cálculos numéricos realizados para as invasoras monitorizadas em 2 comunidades florestais nos quadrados de 100m , estima-se que após a execução das intervenções

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florestais a realizar no interior dos plots, se venham a observar diferenças significativas ao nível das populações florísticas identificadas, bem como eventuais diferenças ao nível da biomassa arbórea presente. Com o objetivo de validar, tratar e desenvolver estatisticamente alguns dos resultados que este trabalho apresenta, e sobretudo de forma a avaliar a eficácia do projeto LIFE+ BRIGHT na manutenção da biodiversidade, torna-se agora necessário assegurar a monitorização contínua da flora e vegetação, aumentar a dimensão das amostras através do somatório de dados recolhidos ao longo do tempo e tornar as medidas estatísticas mais robustas para demonstrar com dados conclusivos a eficácia do projeto. De um modo geral e também na flora, o maior contratempo nos trabalhos, durante o período transato, esteve relacionado com a passagem do ciclone Gong a 19 de Janeiro de 2013, que condicionou o acesso à zona central do adernal e ao extremo Sudoeste da zona de São João do Deserto, sendo que as árvores caídas, que estiveram a obstruir caminhos, dificultaram o trabalho e obrigaram a um maior dispêndio de tempo nos trabalhos normais de campo, levando a alguns atrasos nas tarefas previstas. De modo complementar ao projeto, e sem que os recursos humanos ou materiais do projeto sejam afetados, iniciou-se o inventário dos macrofungos (cogumelos) existentes na Mata e prossegue a análise do potencial da fauna para a dispersão de sementes de plantas autóctones e invasoras.

1.2. Viabilidade dos Objetivos e Programa de Trabalhos A passagem do ciclone Gong na MNB, a 19 de janeiro de 2013, causou algumas dificuldades no cumprimento integral do plano de trabalhos estipulado para a ação E.2 - Monitorização e Avaliação de Resultados do Projeto, pelo que foi necessário efetuar alguns ajustes às metodologias a adotar. A impossibilidade e/ou dificuldade de acesso aos locais de amostragem durante alguns meses levou a que as tarefas demorassem mais tempo a ser cumpridas e algumas metodologias, nomeadamente a colocação e monitorização de caixas-ninho e a armadilhagem fotográfica de mamíferos, estão bastante atrasadas. Não obstante, de uma forma genérica e após a realização de ajustes metodológicos, os objetivos principais mantêm-se viáveis, sendo no entanto expectável uma delonga temporal para o cumprimento de todos os objetivos propostos.

1.3. Problemas encontrados Os maiores problemas encontrados relacionam-se com os já expostos atrasos e impedimentos de acesso devidos à passagem do ciclone Gong na MNB, como se passa a explicar. No que respeita à execução das tarefas em campo, faz-se nota de que duas câmaras fotográficas para fotoarmadilhagem de mamíferos carnívoros adquiridas para o Projeto foram furtadas, apesar de todas as precauções possíveis terem sido tomadas, nomeadamente a camuflagem das câmaras e instalação em locais remotos no interior da floresta, supostamente não visitados por curiosos. Esta é uma situação muito frequente em trabalhos com este tipo de aparelhos, pois suscitam a curiosidade de transeuntes, sendo ainda mais grave em locais muito visitados, como é o caso da MNB. Futuramente, a instalação

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das câmaras no terreno terá novamente este fator em conta, mas não se consegue garantir que não venham a ocorrer novos furtos. Para além destas situações relacionadas com o trabalho de campo, e conforme mencionado no Relatório de Arranque e comunicado à Comissão, houve a necessidade de proceder a alguns ajustes na aquisição de equipamentos, face à proposta inicial. De igual modo, para o período transato, inicialmente foi apontada a necessidade de compra de um único equipamento fotográfico, pois a UA já dispunha de um segundo. No entanto, devido à avaria do aparelho fotográfico da UA, em breve terá de ser adquirida uma câmara fotográfica compacta, para que ambas as equipas de trabalho (fauna e flora) possam efetuar os devidos registos.

A equipa da Universidade de Aveiro teve algumas dificuldades em cumprir o plano de trabalho estipulado, devido às já referidas dificuldades causadas pela passagem do Ciclone Gong a 19 de Janeiro de 2013.. Com os estragos causados, as dificuldades de acesso aos locais e o impedimento de uma grande parte dos caminhos da Mata levaram a que algumas tarefas fossem desenvolvidas num período de tempo superior ao esperado. Para fazer face às exigências das condições de trabalho sentidas durante este período, e que compreensivelmente ainda continuarão a fazer-se sentir, e atendendo à exigência do desenrolar das diversas sub-ações, a UA prevê a necessidade da alteração de alguns itens orçamentais, nomeadamente a afetação de verbas inicialmente previstas para equipamento, aos recursos humanos, reforçando-se esta rúbrica. A equipa considera que os objetivos do projeto serão atingidos mais eficazmente com este reajuste das verbas internas, sendo a solução mais viável para o sucesso dos trabalhos de monitorização de resultados. Salienta-se que a UA adquiriu alguns equipamentos através de outros projetos, sendo mais premente a necessidade de recursos humanos, face aos relevantes acontecimentos ocorridos.

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2. ASPETOS ADMINISTRATIVOS

2.1. Estrutura e Equipa de Gestão do Projeto A equipa da UA levou a cabo as tarefas que estavam previstas para o período em análise, tendo reunido frequentemente com a FMB e a CMM, de modo a discutir e adaptar as tarefas previamente planeadas, nomeadamente: - a 6 de Novembro de 2012, tendo por principal tema a apresentação dos trabalhos iniciais do parceiro UA (relatório previamente entregue); - a 10 de Dezembro de 2012, tendo por principal tema a análise do estado dos trabalhos e as necessidades de ajustes apresentadas pelo parceiro CMM, seguida da visita da equipa de monitorização; - a 14 janeiro, reunião com FMB, tendo por principal tema o planeamento e acompanhamento das intervenções florestais do projeto; - a 19 de Março de 2013, tendo por principal tema o feedback dado pela Comissão à primeira visita da equipa de monitorização, a discussão das consequências do ciclone Gong no andamento dos trabalhos do projeto e arranque efetivo dos trabalhos do parceiro CMM; - a 27 de Maio de 2013, reunião com FMB, tendo por principal tema o planeamento e acompanhamento das intervenções florestais do projeto; - a 26 de Junho de 2013, reunião com FMB, tendo por principal tema o planeamento e acompanhamento das intervenções florestais do projeto; - a 23 de Julho de 2013, reunião com FMB, tendo por principal tema o planeamento e acompanhamento das intervenções florestais do projeto.

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2.2. Equipa de Projeto A equipa da UA está identificada na Tabela 1 e é coordenada pelo Prof. Doutor Carlos Fonseca. Trata-se de uma equipa de 15 pessoas, multidisciplinar, que inclui pessoal dos Quadros da UA, dois bolseiros contratados para o projeto e diversos colaboradores, como investigadores e alunos da UA, que embora estejam a colaborar nas várias tarefas da Ação E.2 do Projeto BRIGHT, não auferem qualquer vencimento a partir do mesmo, não representando assim despesas de vencimento (estes colaboradores e alunos têm um asterisco * em frente à sua afetação, na Tabela 1).

Tabela 1 - Elementos da Equipa de Projeto – Universidade de Aveiro Nome

Funções Gerais

Tipo de Contrato / Despesa

Afetação

UA Carlos Fonseca

Coordenação Geral

Pessoal, Quadro

Parcial

Rosa Pinho

Coordenação Operacional Habitats

Pessoal, Quadro

Parcial

Paulo Silveira

Coordenação Operacional Flora

Pessoal, Quadro

Parcial

Lísia Lopes

Orientação trabalhos flora

Pessoal, Quadro

Parcial

Milene Matos

Coordenação Operacional Fauna

Bolseira FCT

Parcial *

Sónia Guerra

Bolseira, execução trabalhos flora

Contratada BRIGHT

Total (100%)

André Aguiar

Bolseiro, execução trabalhos fauna

Contratado BRIGHT

Total (100%)

Daniela Ferreira

Técnica superior gab. de gestão financeira de programas e projetos

Pessoal, Quadro

Parcial

Lúcia Pereira

Mestranda, dispersão de sementes por vertebrados

Aluna

Total (100%) *

Ana Vasques

Colaboradora, trabalhos com sementes

Colaboradora

Parcial *

Paula Maia

Colaboradora, trabalhos com sementes

Colaboradora

Parcial *

Tatiana Pinhal

Colaboradora, trabalhos com invertebrados

Aluna

Parcial *

Ricardo Santos

Colaborador, trabalhos com invertebrados

Aluno

Parcial *

Cátia Paredes

Colaboradora, trabalhos com invertebrados

Aluna

Parcial *

Sofia Jervis

Colaboradora, trabalhos com invertebrados

Aluna

Parcial *

2.3. Acordos de Parceria A UA não estabeleceu, durante o período em causa, nenhum acordo de parceria com outras entidades, para além das que participam neste projeto, tendo em vista a realização dos objetivos propostos.

3. ASPETOS TÉCNICOS 3.1. Ações do Projeto A UA ficou responsável pela ação E.2 - Monitorização e Avaliação de Resultados do Projeto. Assim, a apresentação dos aspetos técnicos seguirá a estrutura de subações, sendo a Subação 1 a Monitorização e Avaliação de Resultados do Projeto – Fauna e a Subação 2 a Monitorização e Avaliação de Resultados do Projeto – Flora e Habitats, apresentados nos pontos seguintes. De forma complementar ao Projeto, e de forma a enriquecê-lo com informação relevante, a UA efetuou ainda outras atividades, nomeadamente o levantamento dos macrofungos (cogumelos) existentes na MNB e uma análise do potencial da fauna para a dispersão de sementes de plantas autóctones e invasoras. Uma vez que se trata de atividades “extra projeto”, serão apresentadas nas secções “outras ações”, neste documento.

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3.2. SubAções do Projeto

3.2.1. SubAção 1. Monitorização e Avaliação de Resultados do Projeto – FAUNA

A monitorização contínua da fauna vertebrada é um ponto relevante no âmbito do Projeto Life+ BRIGHT, como meio de avaliar o impacto/efeito das intervenções florestais decorrentes do mesmo, na rica biodiversidade faunística presente na MNB. Tendo-se estabelecido a situação de referência préintervenção (trabalhos anteriores, da UA) e sendo os trabalhos de monitorização dos grupos faunísticos ao longo do projeto compatíveis e comparáveis com os trabalhos pré-BRIGHT, importa avaliar com rigor qual o efeito das intervenções no terreno na fauna, sendo por isso uma análise relevante no contexto dos efeitos de ações de gestão do habitat, nomeadamente as ações que visam recuperar, reconverter e potenciar habitats tidos como muito importantes do ponto de vista da conservação. Assim, o presente projeto assume-se como modelo de referência para outros projetos e trabalhos similares, uma vez que tem em consideração a avaliação das ações no terreno e seus resultados, não meramente numa perspetiva direta (focando-se apenas nas espécies-alvo e nas diretamente relacionadas com estas), mas de uma forma global e integrando a biodiversidade faunística e florística, as cadeias tróficas e as relações ecológicas presentes nos habitats envolvidos. Desta forma, procura-se garantir que os trabalhos decorram da forma mais compatível quanto possível com todos os valores naturais existentes na MNB, os quais interessa salvaguardar e beneficiar. As plantas invasoras podem reduzir a abundância e a diversidade da flora e fauna autóctone e alterar os processos do ecossistema. Numa perspetiva de recuperação do ecossistema, ações de erradicação e controlo de plantas invasoras são levadas a cabo, sendo importante que as mesmas sejam compatíveis e favoreçam os valores naturais a proteger. Nesse sentido, a avaliação constante dos resultados das ações, através da monitorização da biodiversidade e da evolução da estrutura e funcionamento ecológico (e não só) das áreas invadidas sujeitas a trabalhos de recuperação assume extrema importância (Reid et al. 2009). Heleno et al. (2010) estudaram a resposta da comunidade à remoção de plantas invasoras, procurando avaliar o sucesso dos trabalhos de recuperação ecológica. Foi verificado que no imediato, a flora autóctone sofre um decréscimo potencialmente devido à pressão resultante dos trabalhos, mas 2 anos após as intervenções, foi possível verificar um acréscimo generalizado na fauna e no banco de sementes de espécies autóctones. Desta forma se evidencia a importância de avaliar a comunidade na sua globalidade (fauna e flora), para se entender a real eficácia dos trabalhos. Outros dados relevantes que resultaram do estudo de Heleno et al. (2010), são a maior propensão para a dispersão de sementes de plantas exóticas pelas aves, em oposição às sementes autóctones e o facto de a existência de plantas invasoras favorecem a germinação de sementes não autóctones em detrimento das autóctones. Em contraposição, quando as espécies invasoras estão estabelecidas num ecossistema, podem alterar o seu funcionamento ou substituir o papel funcional de espécies autóctones, tornando a sua remoção mais complexa e com potenciais efeitos na biodiversidade e no ecossistema. Desse modo, a monitorização da biodiversidade, das cadeias tróficas e funções ecológicas presentes nos locais a intervencionar, deverá ser efetuada, para prevenir e atempadamente responder a possíveis efeitos secundários indesejados decorrentes dos trabalhos de recuperação de habitat (Zavaleta et al. 2001). Sucintamente, poderemos considerar três componentes principais na avaliação do sucesso da recuperação de ecossistemas: biodiversidade, estrutura da vegetação e processos ecológicos (RuizJaen e Aide 2005). Neste contexto, os trabalhos de monitorização da fauna no presente projeto, procuram assegurar a adequada avaliação do efeito e eficácia das ações BRIGHT de controlo de invasoras no terreno, integrados nas componentes acima referidas e considerando os objetivos específicos do plano de ação para a componente Life+ BRIGHT_fauna, que em seguida se enumeram:

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1. Definição de pontos e/ou áreas de estudo/monitorização em concordância com a situação de referência. 2. Investigação e aplicação das metodologias de monitorização de fauna. 3. Definição de metodologias para a monitorização da fauna invertebrada. 4. Monitorização regular das populações de fauna vertebrada e invertebrada. 5. Colocação e monitorização das caixas-ninho como medida de beneficiação para as aves e eventualmente para a expansão da flora autóctone. 6. Análise contínua do efeito da evolução das ações do projeto e avaliação de resultados. 7. Levantamento de novos registos faunísticos para a MNB. 8. Recolha sistemática de excrementos de fauna e sementes para análise de germinação em viveiro (atividade complementar). 9. Acompanhamento das ações de intervenção na MNB e identificação de problemas, contratempos, imprevistos e outras situações relevantes. 10. Tratamento e análise de dados e comparação com a situação de referência. 11. Elaboração de relatórios técnicos. 12. Publicação dos resultados em encontros científicos, revistas de divulgação e científicas, etc.

Notas: A secção deste documento referente à SubAção2 (E.2 Monitorização e Avaliação de Resultados do Projeto: Fauna) reporta-se aos dados recolhidos como situação de referência (antes do BRIGHT) e dados recolhidos entre julho de 2012 e junho de 2013 (BRIGHT). No relatório anterior, as informações acerca do trabalho de análise de dispersão de sementes pela fauna, atividade complementar e extra-projeto, encontravam-se incorporadas em sub-secções do capítulo geral da SubAção 1 (Fauna). Porém, face à particularidade deste trabalho e respetivos resultados, neste documento será inteiramente abordado num capítulo separado (Secção 3.2.3, Potencial da fauna para a dispersão de sementes).

3.2.1.1. Seleção dos pontos de amostragens A seleção dos pontos, estações e transetos de amostragem foi efetuada com base no compromisso entre os trabalhos de amostragem anteriores ao projeto BRIGHT (com o objetivo de se poderem estabelecer comparações com os dados que constituem a situação de referência pré-intervenções no âmbito do projeto) e a cobertura das várias unidades de paisagem existentes na Mata, com especial atenção às áreas onde ocorreram e ocorrerão intervenções florestais decorrentes do projeto. Assim sendo, as áreas de amostragens (pontos/estações/transetos) coincidem com as realizadas antes do projeto, no decorrer dos trabalhos efetuados pela UA para a caracterização da fauna vertebrada da MNB. No entanto, de modo a satisfazer os objetivos do projeto, estão previstos e são aceitáveis ligeiros ajustes na localização/número das amostragens, desde que não comprometam a comparação com a situação de referência, uma vez que esta é essencial para os objetivos da monitorização de fauna. No que diz respeito aos invertebrados, entendeu-se ser necessário estabelecer áreas de amostragens com base nas intervenções florestais efetuadas e a efetuar e com a situação de referência estabelecida para a flora, nomeadamente na “Floresta Relíquia”, considerando os diferentes habitats e possibilitando a comparação entre áreas bem conservadas de floresta autóctone com áreas da mesma mas com presença considerável de espécies invasoras.

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Invertebrados Como referido no Relatório de Arranque (2012), têm-se mantido esforços para se realizar o levantamento dos invertebrados da MNB (sobretudo insetos, miriápodes e aracnídeos), reforçando a informação adquirida na análise dos efeitos das intervenções do Projeto sobre a fauna. Assim, com base nos pressupostos descritos acima, foram definidas as áreas para aplicar as metodologias para o estudo e monitorização da fauna invertebrada na MNB, que se baseiam na amostragem por transetos de busca ativa, por estações de amostragem através de pitfalls, estações de amostragens com métodos de luz e por pontos de amostragens para recolha de invertebrados aquáticos. Cada habitat/mancha florestal com características distintas e linhas de água, foram alvo de duas réplicas de amostragem por pitfalls e por transetos. Nas estações de amostragens com métodos de luz, devido às implicações metodológicas, apenas se realizou uma réplica por cada área. Os pontos de recolha de invertebrados aquáticos foram realizados nas linhas de água principais, lagos e tanques (Fig. 1).

Fig. 1. Localização dos pontos de amostragem de invertebrados através de pitfalls e transetos.

Peixes Definiram-se como áreas de amostragens as linhas de água principais (ao longo do Vale do Fetos até à Porta das Lapas) e os lagos existentes na MNB (Lago Grande, Lago dos Cisnes e Lago do jardim do Palace Hotel), em concordância com as áreas de amostragem da situação de referência antes do projeto (Fig. 2).

Anfíbios BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 8


As áreas de amostragem para este grupo taxonómico coincidem com as que foram selecionadas aquando dos trabalhos de campo que constituem a base da situação de referência antes do projeto. Assim, foram definidas como áreas de amostragens os pontos de água e as linhas de água principais (ao longo do Vale do Fetos até à Porta das Lapas e Vale dos Abetos e linha de água a sul do Palace Hotel e na Fonte Fria), transetos nas margens dessas mesmas linhas de água (Fig. 2) e transetos (noturnos) coincidentes com os transetos de amostragem de morcegos (Fig. 3).

Répteis As áreas de amostragem para este grupo taxonómico coincidem com as que foram selecionadas aquando dos trabalhos de campo que constituem a base da situação de referência antes do projeto. Assim, foram definidas como áreas de amostragem os transetos nas margens das linhas de água, de forma coincidente com os transetos de amostragem de anfíbios (Fig. 2 e 3).

Fig. 2. Localização dos locais de amostragem de peixes, anfíbios e répteis.

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Fig. 3. Localização dos transetos de amostragem noturna de anfíbios (coincidente com transetos de amostragem de morcegos).

Aves As áreas de amostragem para este grupo taxonómico coincidem, em parte, com as que foram selecionadas aquando dos trabalhos de campo que constituem a base da situação de referência antes do projeto. Assim, foram definidos como áreas de amostragem, alguns dos pontos de censo de aves definidos pelos trabalhos anteriores ao projeto (para permitir a comparação com a situação de referênica), tendo sido adicionados novos pontos com o objetivo de assegurar uma melhor cobertura das áreas alvo da intervenção das ações no terreno (Pinhal do Marquês e Floresta Relíquia). Desta forma espera-se ser possível ter uma melhor representatividade das diferentes unidades de paisagem, não comprometendo a essencial comparação com os dados obtidos anteriormente. Assim sendo, estabeleceram-se 35 pontos de amostragem (5 no Pinhal do Marquês, 10 na Floresta Relíquia e 20 no Arboreto) (Fig. 4 e 5). Quanto ao impacto do Ciclone Gong nas amostragens de aves, nomeadamente nas localizações dos pontos, houve necessidade de nos meses subsequentes ajustar as localizações de alguns pontos, conforme possível, para locais acessíveis nas proximidades dos locais “originais”, em virtude da impossibilidade de acesso a alguns destes.

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Fig. 4. Localização dos pontos de amostragem de aves, pré-BRIGHT.

Fig. 5. Localização dos pontos de amostragem de aves, BRIGHT.

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Mamíferos As áreas de amostragem para este grupo taxonómico coincidem, em parte, com as que foram selecionadas aquando dos trabalhos de campo que constituem a base da situação de referência antes do projeto. Deste modo, foram definidos transetos para amostragem de morcegos (Fig. 3), transetos para amostragem de micromamíferos e transetos para amostragem de carnívoros (indícios de presença e excrementos), sendo que se revelou necessário adaptar os transetos antigos e acrescentar um pequeno troço (na área do Pinhal do Marquês), com o objetivo de assegurar uma melhor cobertura, permitindo uma melhor representatividade das diferentes unidades de paisagem existentes na MNB, tendo em conta os objetivos propostos (Fig. 6).

Fig. 6. Localização dos transetos para amostragem de indícios de presença de carnívoros (pré-BRIGHT e BRIGHT).

Os transetos de amostragem de carnívoros, após o Ciclone Gong, sofreram alguns ajustamentos (Fig. 7), devido a obstruções localizadas em troços dos percursos originais. Assim, até à total desobstrução dos percursos de amostragem, foi adotado um traçado provisório para amostragem de carnívoros (dejetos e vestígios), tendo sido retomado o percurso original em Julho de 2013. Este traçado temporário foi selecionado de forma a não afetar significativamente os resultados, não colocando os objetivos propostos em causa de forma muito significativa. No entanto, admite-se que o traçado alternativo não tenha sido tão eficaz para a amostragem em questão.

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Fig. 7. Traçado alternativo temporário (a verde) para amostragem de carnívoros (dejetos e vestígios).

Quanto ao método de armadilhagem fotográfica para carnívoros, a elevada inacessibilidade da maioria dos locais e a dificuldade em estabelecer localizações alternativas ajustadas aos objetivos, diminuiu significativamente a exequibilidade destas amostragens no tempo previsto, atendendo à sua morosidade e distâncias mínimas necessárias. Como tal, serão efetuados ligeiros ajustes na localização das estações de armadilhagem fotográfica, para minimizar o risco de furto das câmaras e mantendo o compromisso da abrangência das unidades de paisagem presentes na MNB.

No caso dos transetos de amostragem de micromamíferos foram selecionados 4 transetos coincidentes com os trabalhos anteriores, aos quais se adicionaram 2 novos transetos (na zona do Pinhal do Marquês), de forma a se obter uma melhor representatividade das diferentes unidades de paisagem, não comprometendo a essencial comparação com os dados obtidos anteriormente, tendo em consideração as áreas alvo de intervenções no terreno (Fig. 8 e 9).

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Fig. 8. Localização dos transetos de amostragem de micromamíferos Pré-BRIGHT.

Fig. 9. Localização dos transetos de amostragem de micromamíferos BRIGHT. BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 14


Caixas-ninho No que se refere à questão das caixas-ninho o objetivo inicial seria colocar no terreno 250, sendo que as mesmas localizações corresponderiam aos requisitos do projeto, considerando os objetivos propostos e o imperativo de que esses dados possam resultar numa análise conveniente da beneficiação que as aves possam ter a partir das ações BRIGHT. As localizações já selecionadas e onde se encontravam já colocadas 192 caixas-ninho, estão representadas na figura 10. No entanto, a queda de árvores ocorrida com o Ciclone Gong derrubou e/ou destruiu inúmeras caixas-ninho (Fig. 11), não tendo ainda sido possível quantificar a extensão exata destes estragos devido à inacessibilidade/destrução de muitas caixas. As prospeções de campo demonstraram a inviabilidade de uma grande quantidade de caixas-ninho já colocadas, tendo sido impossível repor as caixas a tempo da última época de reprodução (primavera 2013), quer pela inacessibilidade aos locais de colocação de caixas, quer pelo tempo que os trabalhos de colocação demoram. Assim, a monitorização completa e eficaz da nidificação das aves para a época de reprodução de 2013 através do acompanhamento das caixas-ninho ficou impossibilitada. Futuramente e tendo em consideração a destruição de inúmeras caixas-ninho, a inacessibilidade de muitos dos locais onde se encontram/encontravam colocadas (principalmente em zonas de floresta, fora dos caminhos) e a impossibilidade de se repor o mesmo número de caixas-ninho, nos mesmos locais ou em locais que se enquadrem nos objetivos, estas metodologias serão alvo de ajustes, que consistirão numa redução das caixas-ninho a monitorizar. Assim sendo, de forma a obter resultados minimamente satisfatórios e assumindo que o esforço despendido nesta metodologia terá que ser obrigatoriamente reduzido devido às condicionantes no terreno,e por forma a não comprometer a execução das demais tarefas em curso,, será monitorizado um total de 60 caixas-ninho (20 na Floresta Relíquia, 20 no Pinhal do Marquês e 20 no Arboreto). Esta redução significativa no número de caixas-ninho a monitorizar permitirá obter resultados compatíveis com os objetivos propostos no projeto. Considera-se que será exequível, sem comprometer a obtenção de resultados relevantes, a monitorização deste número de caixas-ninho nas próximas épocas de reprodução até ao término dos trabalhos.

Fig. 10. Localização das caixas-ninho colocadas na MNB, antes do ciclone Gong.

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Fig. 11. Caixas-ninho caídas ou danificadas pelo temporal.

3.2.1.2. Metodologias para a monitorização de Fauna e respetiva calendarização As metodologias selecionadas para amostragem de Fauna (nomeadamente a fauna vertebrada), coincidem com as que foram aplicadas nos trabalhos anteriores ao projeto, que constituem a situação de referência, de acordo com os objetivos propostos. Desta forma, pretende-se que a avaliação do efeito das intervenções resultantes do projeto, seja mais completa e rigorosa quanto possível. O Ciclone Gong causou algum impacto na monitorização da fauna, nomeadamente na calendarização de algumas amostragens. No entanto, admite-se que as alterações que se verificaram ao que estava previsto inicialmente, não coloquem em causa a generalidade dos objetivos propostos, embora o tempo despendido para a realização destas metodologias seja no geral, superior ao que se verificava anteriormente e se assumam atrasos significativos no desempenho de algumas tarefas. Como já referido, para algumas metodologias o tempo necessário para a execução das mesmas devido à inacessibilidade aos locais diminuiu drasticamente a exequibilidade das mesmas no tempo previsto (caixas-ninho e armadilhagem fotográfica). As capturas e manuseamento da fauna selvagem seguem metodologias autorizadas pela legislação portuguesa e os trabalhos na MNB estão devidamente autorizados pelo Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, através das licenças nº 94/2012/CAPT (Invertebrados), 136/2011/CAPT (Vertebrados), 86/2012/CAPT e 181/2013/CAPT, atribuídas aos investigadores responsáveis.

Invertebrados Em termos de trabalho de campo, os invertebrados da MNB têm sido capturados em função de cada unidade de paisagem. Em cada uma, têm sido realizados transectos de 50m, nos quais se recolheram e/ou identificaram indivíduos recorrendo aos métodos de pitfall (armadilhas de queda), de arrastamento de rede, de batimento da vegetação e capturas furtuitas. Também se recorreu a armadilhas por atração luminosa (lâmpadas de mercúrio de 160W) e cordas embebidas em vinho açucarado ao longo de pequenos transetos, sobretudo para o estudo dos Lepidoptera. As amostragens iniciaram-se em setembro de 2012 e têm sido efetuadas, sempre que possível, mensalmente. No entanto, não entrando esta amostragem nos objetivos do BRIGHT e dependendo da disponibilidade dos investigadores-colaboradores, quando não se conseguem realizar mensalmente realizam-se pelo menos uma vez por estação do ano. A realização destas amostragens não sofreu alterações significativas com o Ciclone Gong. A par com o trabalho de campo tem sido efetuado o levantamento bibliográfico de espécies previamente referenciadas para a área em estudo, sendo que alguns grupos de invertebrados ainda não foram alvo de uma busca exaustiva. Também se recorreu à procura de informação nas bases de dados do TAGIS (Centro de Conservação das Borboletas de Portugal) e do NATURDATA.

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Peixes As metodologias aplicadas centram-se na amostragem exaustiva nas linhas de água principais da MNB e dos lagos através da contagem de indivíduos por cada espécie. Esta amostragem tem periodicidade mensal tendo sido iniciada em julho de 2012. A calendarização destas amostragens não sofreu alterações com o Ciclone Gong.

Anfíbios As metodologias de amostragem de anfíbios incluem amostragem de girinos nos pontos e linhas de água, com limite de tempo/distância (30 minutos em troços pré-determinados), busca ativa (diurna) em transetos nas margens dos troços das linhas de água com limite de tempo (30 minutos) e busca passiva noturna em transetos (correspondem aos transetos para amostragem de morcegos) em condições de chuva. Estas amostragens foram realizadas com periodicidade mensal, tendo sido iniciadas em julho de 2012 (exceto os transeptos noturnos, que apenas se realizaram no meses em que se verificou ocorrência de precipitação). A calendarização destas amostragens não sofreu alterações com o Ciclone Gong.

Répteis As metodologias de amostragem de répteis foram realizadas através de busca ativa (diurna) em transetos nas margens dos troços das linhas de água com limite de tempo (30 minutos). Estas amostragens foram realizadas com periodicidade mensal, tendo sido iniciadas em julho de 2012. A calendarização destas amostragens não sofreu alterações com o Ciclone Gong.

Aves A metodologia de amostragem de aves foi realizada com recurso a censos em ponto fixo, com a duração de 10 minutos (após 2 minutos para as aves se habituarem à presença do observador), registando-se todas as aves observadas (visual e auditivo) num raio de 50 metros. Os censos realizam-se apenas nas primeiras 4 horas após o nascer do sol e foram efetuadas duas réplicas por cada época crucial da fenologia das aves, tendo-se iniciado a amostragem em julho de 2012. Durante o mês de janeiro de 2013 não foi realizada esta amostragem, devido aos impactos causados pelo Ciclone Gong, significando que a época de inverno ficou incompleta, com apenas uma réplica realizada. Admite-se no entanto que este facto não comprometeu os objetivos propostos.

Mamíferos As metodologias de amostragem de mamíferos foram direcionadas para a amostragem das espécies de micromamíferos, de morcegos e de carnívoros. No que diz respeito aos micromamíferos, a metodologia envolveu a colocação e monitorização de linhas de 30 armadilhas Sherman iscadas (sementes, água e sardinha enlatada), em 4 noites consecutivas. Os micromamíferos capturados foram marcados distintamente em cada dia (marcação por corte de pelagem). A periodicidade foi de uma fase de amostragem por cada estação do ano (realizandose no fim da estação), sendo que os trabalhos se iniciaram em setembro de 2012. A calendarização destas amostragens não sofreu alterações com o Ciclone Gong. Quanto aos morcegos, a metodologia de amostragem consistiu na deteção e gravação de ultrassons em 6 transetos (de 500 metros cada), durante cerca de 15 minutos por transeto, em noites com condições climatéricas favoráveis (sem chuva, nevoeiro, vento forte ou temperaturas demasiado baixas) e até três horas após o ocaso solar. Cada transeto foi percorrido a pé, com um detetor de ultrassons D240x Pettersson Elektronik AB® em modo de “tempo expandido”, acoplado a um gravador áudio digital, possibilitando detetar os morcegos que surgissem na área de abrangência do microfone, gravar as suas emissões sonoras e, posteriormente, efetuar a análise dos ficheiros acústicos para identificação das espécies presentes. Esta análise foi efetuada através do software Bat Sound Pro versão 3.3 da Pettersson Elektronik AB®, que produz informação gráfica (oscilogramas, espectrogramas, etc.) permitindo a medição de variáveis sonoras como frequência de máxima energia, frequência mínima, frequência máxima, amplitude, duração do pulso, duração do intervalo entre pulsos, entre outros (Fig. 12 a 14). Com base nas BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 17


propriedades acústicas de cada sequência de pulsos analisada, por comparação com uma base de dados e com dados bibliográficos (e.g. Barataud 1996, Barataud 2002, Russo e Jones 2002), identificouse, sempre que possível, a espécie correspondente. Nas saídas de campo, tentou-se também observar os morcegos detetados de forma a recolher informação visual (tamanho, cor, tipo de voo, comportamento, etc.) que pudesse contribuir para a sua identificação. É importante salientar que este método nem sempre permite a identificação dos morcegos detetados ao nível da espécie, no caso de se tratar de espécies com vocalizações indistinguíveis. Nestas situações, indica-se o par ou grupo de espécies a que o indivíduo pode pertencer. Em situações em que não se conseguem observar os morcegos, também não se poderá efetuar uma quantificação absoluta do número de indivíduos detetados, pois a deteção de um elevado número de passagens de morcegos poderá, eventualmente, dever-se a poucos indivíduos que se encontrem a voar continuamente em torno do microfone do detetor. Assim, em rigor, com a utilização deste método obtémse uma quantificação da atividade de morcegos, que obviamente será indicativa da sua abundância, mas não tem o mesmo significado. A periodicidade da amostragem foi mensal, tendo os trabalhos de monitorização de morcegos iniciado em julho de 2012. Durante o mês de janeiro de 2013 não foi realizada esta amostragem, devido aos impactos causados pelo Ciclone Gong.

Fig. 12. Interface do software Bat Sound Pro, exibindo o oscilograma (em cima) e o sonograma (em baixo) de pulsos de ecolocalização de Pipistrellus pipistrellus ou Pipistrellis pygmaeus, com feedinz buzz (sequência de pulsos ultrassónicos emitidos na fase final de aproximação às presas).

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Fig. 13. Interface do software Bat Sound Pro, exibindo espetrograma de um pulso de ecolocalização de Pipistrellus pipistrellus ou Pipistrellis pygmaeus.

Fig. 14. Interface do software Bat Sound Pro, exibindo o oscilograma (em cima) e o sonograma (em baixo) de pulsos de ecolocalização de Barbastella barbastellus, onde se denotam os pulsos com frequência modulada e alternada.

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A amostragem de carnívoros foi realizada através de 2 transetos de 2 km cada e um transeto mais curto no Pinhal do Marquês, onde foram identificados todos os indícios de presença, sendo os mesmos georreferenciados com GPS. Esta amostragem teve uma periodicidade mensal, tendo sido iniciada em julho de 2012. Durante o mês de janeiro de 2013 não foi realizada esta amostragem, devido aos impactos causados pelo Ciclone Gong. Foram ainda colocadas câmaras para armadilhagem fotográfica em locais definidos, representativos das várias unidades de paisagem da MNB. No entanto, devido ao furto de algumas câmaras e devido aos efeitos que o Ciclone Gong deixou na vegetação da Mata, impossibilitando os locais de amostragem inicialmente marcados, esta metodologia ainda não se encontra “fechada”. A amostragem efetuada em outubro e novembro de 2012 não permitiu também uma análise dos dados obtidos, por não se ter obtido independência das amostras obtidas. Tendo em conta a não independência das amostras obtidas, só são possíveis duas abordagens: o modelo nulo e um modelo onde a probabilidade de captura varia entre ocasiões (com poucas estações de foto-armadilhagem este modelo é pouco efetivo). Por todos estes motivos, esta metodologia será repensada para nova aplicação a curto prazo. A reduzida dimensão da MNB, neste contexto, dificulta a implementação desta metodologia, sem que as amostragens sejam negativamente afetadas pela proximidade entre os locais possíveis de selecionar, impossibilitando uma correta estimativa do tamanho e composição da comunidade carnívoros. No futuro poder-se-á replicar a amostragem realizada de forma a obter dados comparáveis entre dois (ou mais) momentos do projeto, sendo que no entanto, a influência de outras variáveis poderá afetar os resultados obtidos. Considerando a relativa inacessibilidade aos locais (interior da floresta, fora dos caminhos) causada pelo Gong e grande morosidade necessária para a execução desta metodologia, além de potenciais furtos das câmaras, serão ajustados os locais de colocação das estações de armadilhagem fotográfica. Uma vez que a modelação estatística não será possível, no futuro serão utilizados outros métodos estatísticos de comparação do número de capturas obtidas por unidade de paisagem e por espécie, sendo então possível reduzir o período de tempo que as câmaras permanecem no campo de 30 para 15 dias por cada época do ano. As metodologias de fotoarmadilhagem efetuadas em outubro e novembro de 2012, consistiram na colocação de 7 câmaras de armadilhagem fotográfica (2 no Pinhal do Marquês, 3 no Arboreto e 2 na Floresta Relíquia), o mais afastadas entre si quanto possível. As câmaras foram colocadas a 0,2-0,3 metros de altura e fixadas ao tronco de árvores. Foi colocado “engodo” (mistura de cereais e sardinha e aparas de carne fresca) a cerca de 1,5-2 metros da câmara, tendo sido reposto a cada 3-5 dias (Pereira et al 2012). Cada captura correspondeu a 3 disparos automáticos e sequenciais, e as fotos obtidas foram descarregadas do cartão de memória da câmara a cada 5 dias, aproximadamente. Posteriormente, na contabilização do número de capturas por cada estação de fotoarmadilhagem e por espécie, apenas foram consideradas cada grupo de 3 fotos não consecutivas, ou seja, capturas (cada 3 fotos) consecutivas (com apenas alguns segundos de intervalo) da mesma espécie foram consideradas uma única captura do mesmo indivíduo, o que se confirmou pela observação de características individuais dos animais (ex: manchas na pelagem).

Fig. 15. Localização das câmaras de fotoarmadilhagem utilizadas em outubro e novembro de 2012.

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Caixas-ninho De acordo com o objetivo inicial seriam colocadas 250 caixas-ninho na MNB, numa malha de 40 metros entre as mesmas, com o objetivo de beneficiar as aves florestais e potenciar o papel disseminador das sementes nas áreas florestais. À data do Ciclone Gong encontravam-se colocadas 192 caixas-ninho na MNB, no entanto devido à queda e destruição de um elevado número de caixas e à inacessibilidade de inúmeros locais onde estavam colocadas, foi necessário reavaliar esta questão. De forma a cumprir de forma minimamente satisfatória os objetivos do projeto e assumindo a perda e destruição de inúmeras caixas-ninho, a inacessibilidade de muitos locais onde se encontram ou encontravam colocadas as mesmas no interior da MNB e o maior esforço na monitorização, o número de caixas-ninho a monitorizar na próxima época de reprodução, em 2014, será reduzido para um total de 60, ou seja, 20 por cada unidade de paisagem (Arboreto, Pinhal do Marquês e Floresta Relíquia). Este número permite obter resultados compatíveis com os objetivos propostos e, em simultâneo, espera-se que permita fazer face a condicionantes não controláveis (novas tempestades, vandalismo e roubo de caixas-ninho, queda de árvores ou eventuais ajustes pontuais na localização das caixas-ninho), pela sua relativa facilidade de reposição, em comparção com as 250 inicialmente previstas

3.2.1.3. Análise e tratamento de dados Os dados recolhidos no âmbito das amostragens realizadas durante o presente projeto, entre julho de 2012 e junho de 2013, foram comparados com os dados existentes que resultam de trabalhos anteriores da equipa da UA, e que constituem a situação de referência (nomeadamente Matos, 2011). Considerando que na situação de referência não constam dados quantitativos para o grupo taxonómico dos Peixes, apenas se efetuou uma abordagem quanto à evolução do número de indivíduos ao longo do tempo de monitorização BRIGHT, somente para as espécies relevantes do ponto de vista conservacionista (Ruivaco e Bordalo). Quanto aos Répteis, sendo o volume de dados das amostragens BRIGHT e da situação de referências extremamente reduzido, impossibilitando qualquer análise quantitativa, apenas se faz referência às espécies detetadas durante os trabalhos de monitorização de fauna. Os dados recolhidos dos restantes grupos, para ambos os conjuntos de dados (BRIGHT e préBRIGHT), foram submetidos a cálculos e análises similares. Com recurso ao programa PRIMER 5, foram calculados índices de diversidade (número total de indivíduos - N, riqueza específica - S, Índice de Diversidade de Maragalef - d, Índice de equitabilidade de Pielou - J, Índice de Diversidade de Shannon H e Índice de Diversidade de Simpson - 1-D; ver Eq. I, II, III e IV) (Dias 2004) para cada um dos grupos taxonómicos, em ambos os conjuntos de dados, sendo que em alguns destes, foi efetuada a análise separadamente por habitat (Pinhal do Marquês, Arboreto e Mata Relíquia) e/ou época do ano, explicando-se esta análise em pormenor mais adiante neste documento. 

Eq. I - Índice de Margalef: d = (S-1)/lnN (Magurran, 1988)

Eq. II - Índice de Shannon: H = −Σ pi ln pi, em que pi = ni/N = abundância relativa para a espécie i, sendo que ni é o número de indivíduos da espécie i (Magurran, 1988).

Eq. III - Índice de Pielou’s: J = H/ln S (Magurran, 1988)

Eq. IV – Índice de Simpson: 1-D = 1−Σ pi (Magurran, 1988)

2

Para comparar os dois conjuntos de dados de vertebrados (pré-BRIGHT e BRIGHT) foi utilizado o teste de Mann-Whitney U. Este é um teste não paramétrico que permite avaliar se dois conjuntos de amostras com tamanhos diferentes (podendo ter tamanhos iguais) provêm de uma mesma população. Parte do pressuposto que as amostras de ambos os grupos ou conjuntos são independentes entre si, sendo os resultados apresentados com o sentido de qual é o sentido da diferença entre ambos os grupos (qual o grupo que para determinada variável possui os valores mais elevados) (Zar 1999). Neste caso, a hipótese nula é que não existem diferenças entre a biodiversidade faunística (vertebrada) e a sua composição entre a situação de referência pré-BRIGHT e a situação ao longo do projeto BRIGHT. A hipótese alternativa é que existem diferenças entre o pré-BRIGHT e o BRIGHT. BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 21


No software estatístico SPSS, os dados pré-BRIGHT foram classificadas como sendo o grupo 1 para todas as análise, enquanto os dados BRIGHT foram classificados como sendo o grupo 2. Apresenta-se também o valor do teste de Wilcoxon para amostras independentes, uma vez que é um teste associado ao Mann-Whitney (por vezes, considerado como Mann-Whitney-Wilcoxon) e cujo valor de W se encontra relacionado com o valor de U respetivo.

Invertebrados No seguimento das amostragens realizadas, verificou-se que as unidades de paisagem consideradas não têm coincidente verdade ecológica, ou seja, não faz sentido considerar as amostras por habitat devido à pequena dimensão da MNB e elevada similitude entre as amostras recolhidas nas várias unidades. O desenho de amostragem inicial revelou-se insatisfatório, pelo que será repensado com o intuito de focar em alguns grandes grupos específicos como os Lepidoptera, Hemiptera, Odonata e Coleoptera (Insecta); Araneae, Pseudoscorpiones e Opiliones (Arachnida) e ainda Diplopoda e Chilopoda (Miriapoda). Face ao exposto, os resultados apresentados neste documento correspondem à lista dos taxa identificados até ao momento momento e levantamento bibliográfico das espécies previamente referenciadas para a Serra do Buçaco.

Anfíbios Foi efetuada comparação entre os índices (N, S, d, J, H e 1-D) para pré-BRIGHT e BRIGHT por tipo de amostragem (dados totais, de linha de água, noturnos e classes de larvas, neste caso sendo a classe considerada como o número de indivíduos) e a comparação entre a quantidade de "estações de amostragem/ocasiões" em que determinada espécie foi encontrada, quer para pré-BRIGHT como BRIGHT. Foi realizado o teste de Mann-Whitney U (significância exata, 2 caudas, p-value = 0,05) para a comparação estatística entre os conjuntos de dados. As classes de larvas de anfíbios foram definidas da seguinte forma: 1 – 1 a 5 larvas, 2 – 6 a 10 larvas, 3 – 11 a 25 larvas, 4 – 26 a 50 larvas, 5 – mais de 50 larvas.

Aves Foi efetuada comparação entre os índices (N, S, d, J, H e 1-D) para pré-BRIGHT e BRIGHT por habitat/unidade de paisagem e por cada época (estação do ano). Foi realizado o teste de Mann-Whitney U (significância exata, 2 caudas, p-value = 0,05) para a comparação estatística entre os conjuntos de dados.

Micromamíferos Foi efetuada comparação entre os índices (N, S, d, J, H e 1-D) para pré-BRIGHT e BRIGHT para os dados totais. Os registos referentes às recapturas não foram considerados na análise, evitando duplas contagens dos mesmos indivíduos. Foi realizado o teste de Mann-Whitney U (significância exata, 2 caudas, p-value = 0,05) para a comparação estatística entre os conjuntos de dados.

Morcegos Foi efetuada comparação entre os índices (N, S, d, J, H e 1-D) para pré-BRIGHT e BRIGHT para os dados totais. Foi realizado o teste de Mann-Whitney U (significância exata, 2 caudas, p-value = 0,05) para a comparação estatística entre os conjuntos de dados.

Carnívoros

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Foi efetuada comparação entre os índices (N, S, d, J, H e 1-D) para pré-BRIGHT e BRIGHT por época. Foi realizado o teste de Mann-Whitney U (significância exata, 2 caudas, p-value = 0,05) para a comparação estatística entre os conjuntos de dados.

3.2.1.4. Resultados De um modo geral, esta secção de resultados apresenta essencialmente as espécies identificadas, para cada grupo taxonómico, e as análises efetuadas para comparar a diversidade encontrada na situação de referência com a diversidade presente durante a monitorização do projeto BRIGHT, sendo esta análise efetuada ao nível dos mesmos grupos.

Invertebrados Os dados bibliográficos, apesar de muito dispersos e alguns muito antigos, mostraram uma grande disparidade no estudo dos vários grandes grupos de invertebrados. As ordens Coleoptera (229 espécies), Hemiptera (48) e Collembola (68), mostraram-se relativamente bem estudadas. Já outros grupos como Odonata (5) ou Diptera (11) revelaram existir um parco conhecimento da sua riqueza específica. No que respeita aos Lepidoptera, apesar de ter revelado uma lista considerável de espécies, esta revelou-se muito duvidosa, pelo que mais esforços serão empreendidos no sentido de confirmar a presença das espécies que ainda não foram confirmadas e aumentar o conhecimento relativamente a este grupo. Foram ainda eliminadas várias espécies da lista, sobretudo devido a identificações duvidosas e pela não ocorrência em Portugal. Este grupo reúne 201 espécies, sendo que se prevê que o número aumente à medida que os taxa em falta sejam identificados. Até ao momento, foram listadas 755 espécies de invertebrados na MNB, incluindo Miriapoda, Gastropoda, Insecta, Arachnida, Protura e Tardigrada. Até ao momento, 616 destas identificações resultam de pesquisa bibliográfica e 200 de identificações de espécimes recolhidos em campo, sendo que, destas, 139 correspondem a novos registos para aquelas área. É muito importante referir que este número é apenas incipiente, uma vez que a maior parte dos espécimes recolhidos em campo (estimados em cerca de 21000 taxa) aguardam identificação. Por uma questão de legibilidade deste documento, apresenta-se na Tabela 2 apenas o número de espécies identificadas até ao momento, por grupo de invertebrados. A lista completa de espécies detetadas encontra-se no Anexo I.

Tabela 2. Número de espécies de invertebrados citadas para o Buçaco e identificadas BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 23


até ao momento na Mata Nacional do Buçaco, por ordem/classe taxonómica.

Filo Classe Arthropoda Arachnida

Ordem Referenciadas Identificadas Total Araneae 24 11 30 Opiliones 2 2 2 Acari 3 3 Insecta Orthoptera 18 10 25 Lepidoptera 133 130 203 Hymenoptera 73 73 Hemiptera 16 48 Diptera 8 3 11 Neuroptera 8 2 8 Odonata 5 1 5 Trichoptera 3 3 Dictyoptera 1 2 3 Coleoptera 229 20 229 Entognatha Collembola 68 68 Protura 3 3 Diplopoda 7 7 Chilopoda 3 3 Tardigrada 12 12 Mollusca Gastropoda 19 19 TOTAL = 755

Peixes As amostragens sistemáticas realizadas para este grupo taxonómico permitiram o registo e a monitorização das espécies que constam na Tabela 3, onde também se podem consultar os respetivos estatutos de conservação e proteção legal. De realçar que durante os trabalhos foram ainda registados indivíduos de Bordalo (Iberocypris alburnoides), espécie que não havia sido ainda registada na MNB, endémica da Península Ibérica e que está classificada a nível nacional e internacional como sendo Vulnerável (VU). Salienta-se ainda que não foi possível observar a Enguia-europeia (Anguilla anguilla), espécie relevante do ponto de vista conservacionista e que previamente havia sido registada na Mata (no lago junto à Fonte Fria). Nas Figuras 16 e 17, apresentam-se a evolução nos números de Ruivacos e Bordalos registados, por cada estação de amostragem, ao longo da monitorização (julho de 2012 a junho de 2013). No caso do Escalo do Norte (Squalius carolitertii), o reduzido número de índividuos registados impossibilitam qualquer análise.

Tabela 3. Espécies de Peixes registadas e monitorizadas e respetivos estatudos de conservação e proteção legal. Notas: End - Endemismo nacional; End Ib – Endemismo Ibérico. Nome comum

Nome científico

Est. Nac.

Est. Int.

Berna

Bona

CITES

Diretiva Aves/Habitat

Notas

B-II

End

PEIXES Pimpão

Carassius auratus

NA

-

Ruivaco

Achondrostoma oligolepis

LC

LC

Carpa

Cyprinus carpio

NA

VU

Escalo do Norte

Squalius carolitertii

LC

LC

Bordalo

Iberocypris alburnoides

VU

VU

III

End Ib III

B-II

End Ib

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 24


Fig. 16. Evolução do número de Ruivacos (Achondrostoma oligolepis) registados ao longo do tempo, por estação de amostragem.

Fig. 17. Evolução do número de Bordalos (Iberocypris alburnoides) registados ao longo do tempo, por estação de amostragem.

Anfíbios As amostragens sistemáticas realizadas para este grupo taxonómico permitiram o registo e a monitorização das espécies listadas na Tabela 4, onde também se podem consultar os respetivos

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 25


estatutos de conservação e proteção legal. Durante as amostragens do projeto não foi possível registar e monitorizar Sapo-parteiro-comum (Alytes obstetricans), Rela-comum (Hyla arborea) e Rã-verde (Pelophylax perezi), espécies que previamente haviam sido registadas na Mata. No entanto, pelos respetivos estatudos de conservação, não se trata de espécies prioritárias para os objetivos deste projeto, estando já a ser monitorizadas as espécies mais relevantes do ponto de vista da conservação (Tabela 4).

Tabela 4. Espécies de Anfíbios registadas e monitorizadas e respetivos estatudos de conservação e proteção legal. Notas: End Ib – Endemismo Ibérico. Est. Nac.

Est. Int.

Berna

Chioglossa lusitanica

VU

VU

II

Salamandra-depintas-amarelas

Salamandra salamandra

LC

LC

III

Tritão-de-ventrelaranja

Lissotriton boscai

LC

LC

III

Tritãomarmorado

Triturus marmoratus

LC

LC

III

Sapo-comum

Bufo bufo

LC

LC

Rã-ibérica

Rana iberica

LC

NT

B-IV

End Ib

Rã-de-focinhopontiagudo

Discoglossus galganoi

NT

LC

B-II, B-IV

End Ib

Nome comum

Nome científico

Salamandralusitânica

Bona

CITES

Diretiva Aves/Habitat

Notas

B-II, B-IV

End Ib

End Ib B-IV

Na Tabela 5, são apresentados os valores médios dos índices de diversidade obtidos e respetivos desvios-padrão (σ) para os dados BRIGHT e pré-BRIGHT de anfíbios. Tabela 5. Valores médios dos vários índices calculados e respetivos desvios-padrão (σ), para os dados obtidos de anfíbios. A negrito, assinalam-se os valores médios mais elevados.

Total BRIGHT

Total pré-BRIGHT

S

N

d

J

H

1-D

Média

5,333

191,667

0,824

0,583

0,980

0,517

σ

0,577

26,312

0,089

0,182

0,337

0,199

Média

4,667

69,333

0,882

0,693

1,072

0,545

σ

2,082

35,247

0,502

0,180

0,596

0,244

Nas Tabela 6 e Tabela 7, encontram-se os resultados para os testes estatísticos efetuados. De realçar que não se encontraram diferenças significativas (P ≤ 0,05) em nenhuma das variáveis analisadas entre os dados BRIGHT e os dados pré-BRIGHT.

Tabela 6. Resultado do Teste de Mann-Whitney na análise dos índices de diversidade de anfíbios registados no BRIGHT em comparação com os dados obtidos pré-BRIGHT. BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 26


S

N

d

J

H

1-D

Mann-Whitney U

3,000

0,000

3,000

4,000

4,000

4,000

Wilcoxon W

9,000

6,000

9,000

10,000

10,000

10,000

Z

-0,664

-1,964

-0,655

-0,218

-0,218

-0,218

P-value

0,600

0,100

0,700

1,000

1,000

1,000

Tabela 7. Resultado do Teste de Mann-Whitney na análise da comparação do número de estações de amostragem em que a espécie foi detetada no BRIGHT em comparação com os dados obtidos pré-BRIGHT. Clus

Ssal

Tmar

Lbos

Bbuf

Pper

Ribe

Aobs

Dgal

MannWhitney U

0,000

0,500

0,000

0,000

0,000

0,500

0,000

0,000

0,000

Wilcoxon W

1,000

1,500

1,000

1,000

1,000

1,500

1,000

1,000

1,000

Z

-1,000

0,000

-1,000

-1,000

-1,000

0,000

-1,000

-1,000

-1,000

P-value

1,000

1,000

1,000

1,000

1,000

1,000

1,000

1,000

1,000

Répteis As amostragens sistemáticas realizadas para este grupo taxonómico permitiram o registo e a monitorização das espécies listadas na Tabela 8 (onde também se podem consultar os respetivos estatutos de conservação e proteção legal.), em maioria observações ocasionais. De realçar que a pequena população de Lagarto-de-água junto ao Lago Grande se mantém aparentemente estável no que respeita ao número de indivíduos. No entanto, após o Ciclone Gong, em 19 de janeiro de 2013, foram observados em duas ocasiões diferentes exemplares da espécie, afastados das suas habituais áreas de ocorrência. As amostragens não permitiram o registo e monitorização das seguintes espécies: Osga (Tarentola mauritanica), Cobra-cega (Blanus cinereus), Sardão (Timon lepidus), Fura-pastos (Chalcides striatus), Cobra-de-ferradura (Hemorrhois hippocrepis), Cobra-de-escada (Rhinechis scalaris), Cobra-rateira (Malpolon monspessulanus), Cobra-de-água-viperina (Natrix maura) e Víbora-cornuda (Vipera latastei), previamente registadas na Mata. Das espécies prioritárias para os objetivos do projeto, apenas o Lagarto-de-água (Lacerta schreiberi) se encontra a ser monitorizado. As restantes espécies devido à grande dificuldade de deteção, não foram ainda registadas. Por esta razão, não será correto admitir a hipótese de que estas espécies estejam a ser afetadas pelos trabalhos do projeto ou que estejam de todo presentemente ausentes na MNB. Os poucos dados recolhidos não permitem a aplicação de testes estatísticos relevantes.

Tabela 8. Espécies de Répteis registadas e monitorizadas e respetivos estatutos de conservação e proteção legal. Notas: End Ib – Endemismo Ibérico. Est. Nac.

Est. Int.

Berna

Anguis fragilis

LC

LC

III

Lagarto-de-água

Lacerta schreiberi

LC

NT

Lagartixa-ibérica

Podarcis hispanica

LC

Lagartixa-do-mato

Psammodromus algirus

Cobra-de-águade-colar

Natrix natrix

Nome comum

Nome científico

Cobra-de-vidro

Diretiva Aves/Habitat

Notas

II

B-II, B-IV

End Ib

LC

III

B-IV

LC

LC

III

LC

LC

III

Bona

CITES

Aves BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 27


As amostragens sistemáticas realizadas para este grupo taxonómico permitiram o registo e a monitorização das espécies listadas na Tabela 9, onde também se podem consultar os respetivos estatutos de conservação e proteção legal. De realçar que foi ainda confirmada a presença na MNB de Andorinha-dáurica (Cecropis daurica), Tentilhão-montês (Fringilla montifringilla) e de Águia-cobreira (Circaetus gallicus), espécies cuja ocorrência não era conhecida na área da MNB. No caso da Águiacobreira, esta está classificada a nível nacional como Quase Ameaçada (NT) e internacional como Least Concern (LC), pelo que será alvo dos objetivos e da monitorização do projeto BRIGHT. Entre as espécies prioritárias para os objetivos do projeto, as amostragens não permitiram registar e monitorizar a Ógea (Falco subbuteo), a Petinha-das-árvores (Anthus trivialis) e a Toutinegra-das-figueiras (Sylvia borin), previamente registadas na Mata. As restantes espécies relevantes para os objetivos do projeto, juntamente com a Águia-cobreira, encontram-se sob monitorização ao abrigo dos trabalhos do presente projeto (Tabela 9).

Tabela 9. Espécies de Aves registadas e monitorizadas e respetivos estatutos de conservação e proteção legal. Nome comum

Nome científico

Est. Nac.

Est. Int.

Berna

Bona

CITES

Diretiva Aves/Habitat

Açor

Accipiter gentilis

VU

LC

II

II

II A

Gavião

Accipiter nisus

LC

LC

II

II

II A

Águia-de-asaredonda

Buteo buteo

LC

LC

II

II

II A

Águia-calçada

Aquila pennata

NT

LC

II

II

II A

A-I

Águia-cobreira

Circaetus gallicus

NT

LC

II

II

II A

A-I

Pombo-torcaz

Columba palumbus

LC

LC

Rola-turca

Streptopelia decaocto

LC

LC

III

Rola-brava

Streptopelia turtur

LC

LC

III

A

Coruja-do-mato

Strix aluco

LC

LC

II

II A

Noitibó-cinzento

Caprimulgus europaeus

VU

LC

II

Andorinhão-preto

Apus apus

LC

LC

III

Andorinhão-pálido

Apus pallidus

LC

LC

II

Peto-real

Picus viridis

LC

LC

II

Pica-pau-malhado

Dendrocopos major

LC

LC

II

Picapau-galego

Dendrocopos minor

LC

LC

II

Cotovia-árborea

Lullula arborea

LC

LC

III

Andorinha-das rochas

Ptyonoprogne rupestris

LC

LC

II

Andorinha-daschaminés

Hirundo rustica

LC

LC

II

Andorinha-dosbeirais

Delichon urbicum

LC

LC

II

Andorinha-dáurica

Cecropis daurica

LC

LC

II

Alvéola-cinzenta

Motacilla cinerea

LC

LC

II

Alvéola-branca

Motacilla alba

LC

LC

II

Carriça

Troglodytes troglodytes

LC

LC

II

Chasco-cinzento

Oenanthe oenanthe

LC

LC

II

Notas

D

D

A-I

II

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 28


Cartaxo

Saxicola torquata

Papa-moscas

Ficedula hypoleuca

Taralhão-cinzento

LC

LC

II

II

-

LC

Muscicapa striata

NT

LC

II

II

Pisco-de-peitoruivo

Erithacus rubecula

LC

LC

II

II

Rabirruivo

Phoenicurus ochruros

LC

LC

II

II

Melro

Turdus merula

LC

LC

III

II

D

Tordo-pinto

Turdus philomelos

NT / LC

LC

III

II

D

Tordoveia

Turdus viscivorus

LC

LC

III

Felosa-poliglota

Hippolais polyglotta

LC

LC

II

II

Toutinegra-debarrete

Sylvia atricapilla

LC

LC

II

II

Toutinegra-dosvalados

Sylvia melanocephala

LC

LC

II

II

Felosa-comum

Phylloscopus collybita

LC

LC

II

II

Felosinha-ibérica

Phylloscopus ibericus

LC

LC

II

II

Estrelinha-real

Regulus ignicapilla

LC

LC

II

II

Chapim-rabilongo

Aegithalos caudatus

LC

LC

III

Chapim-de-poupa

Lophophanes cristatus

LC

LC

II

Chapim-carvoeiro

Periparus ater

LC

LC

II

Chapim-azul

Cyanistes caeruleus

LC

LC

II

Chapim-real

Parus major

LC

LC

II

Trepadeira-azul

Sitta europaea

LC

LC

II

Trepadeira

Certhia brachydactyla

LC

LC

II

Gaio

Garrulus glandarius

LC

LC

D

Gralha-preta

Corvus corone

LC

LC

D

Estorninho-preto

Sturnus unicolor

LC

LC

Pardal

Passer domesticus

LC

LC

Tentilhão

Fringilla coelebs

LC

LC

III

Tentilhão-montês

Fringilla montifringilla

DD

LC

III

Chamariz

Serinus serinus

LC

LC

III

Verdilhão

Chloris chloris

LC

LC

II

Lugre

Carduelis spinus

LC

LC

II

Pintassilgo

Carduelis carduelis

LC

LC

II

Pintarroxo

Carduelis cannabina

LC

LC

II

Escrevedeira

Emberiza cirlus

LC

LC

II

D

II

Nas Tabela 10, 11 e 12 são apresentados os valores médios dos índices de diversidade obtidos e respetivos desvios-padrão (σ) para os dados BRIGHT e pré-BRIGHT de aves, por habitat, correspondendo a Pinhal do Marquês, Arboreto e Mata Relíquia, respetivamente.

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 29


Tabela 10. Valores médios dos vários índices calculados e respetivos desvios-padrão (σ), para os dados obtidos para as aves no Pinhal do Marquês, por época do ano. A negrito, assinalam-se os valores médios mais elevados. S

N

d

J

H

1-D

Verão Total BRIGHT

Total pré-BRIGHT

Média

7,400

12,000

2,578

0,922

1,801

0,877

σ

2,547

3,399

0,829

0,055

0,377

0,073

Média

4,750

5,750

2,166

0,974

1,503

0,940

σ

0,957

1,708

0,225

0,017

0,182

0,042

Média

8,300

13,000

2,900

0,954

1,951

0,931

σ

3,401

8,124

0,654

0,029

0,304

0,024

Média

2,500

5,000

0,903

0,932

0,739

0,557

σ

1,291

1,826

0,689

0,045

0,555

0,376

Outono Total BRIGHT

Total pré-BRIGHT

Inverno Total BRIGHT

Total pré-BRIGHT

Média

6,000

8,400

2,328

0,945

1,625

0,892

σ

2,915

4,393

0,791

0,032

0,427

0,065

Média

2,500

4,000

0,936

0,985

0,665

0,473

σ

1,915

2,708

1,082

0,022

0,790

0,548

Primavera Total BRIGHT

Total pré-BRIGHT

Média

6,800

10,000

2,559

0,950

1,796

0,916

σ

1,687

4,163

0,385

0,030

0,193

0,039

Média

6,000

9,000

2,248

0,949

1,663

0,888

σ

1,826

1,826

0,628

0,020

0,289

0,036

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 30


Tabela 11. Valores médios dos vários índices calculados e respetivos desvios-padrão (σ), para os dados obtidos para as aves no Arboreto, por época do ano. A negrito, assinalam-se os valores médios mais elevados. S

N

d

J

H

1-D

Verão Total BRIGHT

Total pré-BRIGHT

Média

9,000

16,325

2,992

0,938

2,026

0,919

σ

2,320

11,839

0,521

0,045

0,222

0,042

Média

6,833

8,900

2,663

0,958

1,814

0,924

σ

1,642

2,139

0,542

0,034

0,287

0,057

Outono Total BRIGHT

Total pré-BRIGHT

Média

9,775

17,050

3,148

0,947

2,139

0,927

σ

1,928

6,127

0,412

0,040

0,189

0,035

Média

4,600

7,333

1,884

0,934

1,370

0,848

σ

1,476

4,722

0,543

0,089

0,358

0,140

Inverno Total BRIGHT

Total pré-BRIGHT

Média

7,350

16,200

2,464

0,905

1,749

0,874

σ

2,207

13,640

0,427

0,117

0,307

0,115

Média

4,333

6,667

1,856

0,944

1,302

0,868

σ

1,749

4,054

0,492

0,051

0,425

0,102

Primavera Total BRIGHT

Total pré-BRIGHT

Média

8,400

14,300

2,886

0,936

1,944

0,910

σ

2,468

9,191

0,627

0,065

0,312

0,069

Média

6,200

10,033

2,346

0,932

1,673

0,885

σ

1,627

5,857

0,540

0,104

0,328

0,129

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 31


Tabela 12. Valores médios dos vários índices calculados e respetivos desvios-padrão (σ), para os dados obtidos para as aves na Mata Relíquia, por época do ano. A negrito, assinalam-se os valores médios mais elevados. S

N

d

J

H

1-D

Verão Total BRIGHT

Total pré-BRIGHT

Média

7,750

11,900

2,749

0,951

1,918

0,922

σ

1,916

4,038

0,465

0,030

0,227

0,036

Média

5,333

7,167

2,450

0,970

1,456

0,930

σ

2,503

3,710

0,430

0,006

0,750

0,024

Outono Total BRIGHT

Total pré-BRIGHT

Média

9,100

14,600

3,040

0,951

2,076

0,926

σ

2,125

4,441

0,555

0,029

0,243

0,035

Média

5,667

8,000

2,217

0,959

1,616

0,895

σ

2,066

2,000

0,745

0,023

0,354

0,057

Inverno Total BRIGHT

Total pré-BRIGHT

Média

6,700

13,100

2,258

0,881

1,659

0,830

σ

1,252

4,654

0,354

0,075

0,235

0,085

Média

4,833

7,167

1,923

0,967

1,469

0,880

σ

1,835

2,229

0,646

0,019

0,333

0,051

Primavera Total BRIGHT

Total pré-BRIGHT

Média

6,950

9,850

2,615

0,951

1,827

0,918

σ

1,276

2,323

0,354

0,043

0,196

0,049

Média

4,500

5,833

1,847

0,955

1,301

0,756

σ

1,975

2,137

0,979

0,033

0,676

0,374

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 32


Nas Tabelas 13, 14 e 15 encontram-se os resultados para os testes estatísticos efetuados, sendo que cada uma das tabelas se refere a cada um dos habitats presentes na MNB (Pinhal do Marquês, Arboreto e Mata Relíquia, por esta ordem), por cada época do ano. De realçar que as diferenças significativas (P≤0,05) encontradas nas variáveis analisadas entre os dados BRIGHT e os dados pré-BRIGHT, encontram-se assinaladas nas respetivas tabelas.

Tabela 13. Resultado do Teste de Mann-Whitney na análise dos índices de diversidade de aves registados no BRIGHT em comparação com os dados obtidos pré-BRIGHT, para o habitat Pinhal do Marquês, por época do ano. S

N

d

J

H

1-D

Verão Mann-Whitney U

6,500

3,000

14,500

6,500

10,000

8,500

Wilcoxon W

16,500

13,000

24,500

61,500

20,000

63,500

Z

-1,933

-2,415

-0,780

-1,911

-1,417

-1,628

0,063

*

0,475

0,060

0,181

0,113

P-value

0,013

Outono Mann-Whitney U

0,000

2,000

0,000

12,000

0,000

0,000

Wilcoxon W

10,000

12,000

10,000

18,000

10,000

10,000

Z

-2,847

-2,563

-2,832

-0,508

-2,832

-2,835

**

**

**

0,668

**

0,002

0,001**

P-value

0,002

0,008

0,002

Inverno Mann-Whitney U

2,500

3,500

3,500

1,000

3,000

7,000

Wilcoxon W

12,500

13,500

13,500

16,000

13,000

17,000

Z

-1,861

-1,606

-1,606

-1,549

-1,722

-0,738

P-value

0,079

0,143

0,135

0,190

0,103

0,500

Mann-Whitney U

16,500

19,500

14,000

20,000

15,000

14,000

Wilcoxon W

26,500

74,500

24,000

75,000

25,000

24,000

Z

-0,518

-0,072

-0,854

0,000

-0,711

-0,857

P-value

0,638

0,972

0,434

1,000

0,519

0,446

Primavera

* **

Significativo P ≤ 0,05

Altamente significativo P ≤ 0,01

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 33


Tabela 14. Resultado do Teste de Mann-Whitney na análise dos índices de diversidade de aves registados no BRIGHT em comparação com os dados obtidos pré-BRIGHT, para o habitat Arboreto, por época do ano. S

N

d

J

H

1-D

Verão Mann-Whitney U

279,000

176,000

429,000

369,500

357,500

500,000

Wilcoxon W

744,000

641,000

894,000

1189,500

822,500

1320,000

Z

-3,858

-5,049

-2,030

-2,736

-2,879

-1,187

P-value

0,000**

0,000**

0,042*

0,006**

0,004**

0,238

S

N

d

J

H

1-D

Mann-Whitney U

10,500

80,500

10,000

596,000

7,000

343,000

Wilcoxon W

475,500

545,500

475,000

1416,000

472,000

808,000

-7,040

-6,177

-7,004

-0,047

-7,039

-3,051

**

**

**

0,965

**

0,002**

Outono

Z P-value

0,000

0,000

0,000

0,000

Inverno S

N

d

J

H

1-D

Mann-Whitney U

82,500

105,000

102,000

250,500

109,000

259,500

Wilcoxon W

547,500

570,000

537,000

460,500

574,000

694,500

-4,349

-3,876

-3,830

-0,805

-3,785

-0,622

**

**

**

0,427

**

0,000

0,541

J

H

1-D

Z P-value

0,000

0,000

0,000

Primavera S

N

d

Mann-Whitney U

284,000

357,000

325,000

547,000

320,000

523,000

Wilcoxon W

749,000

822,000

790,000

1367,000

785,000

988,000

-3,781

-2,896

-3,266

-0,629

-3,324

-0,914

**

**

**

0,534

**

0,364

Z P-value * **

0,000

0,003

0,001

0,001

Significativo P ≤ 0,05 Altamente significativo P ≤ 0,01

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 34


Tabela 15. Resultado do Teste de Mann-Whitney na análise dos índices de diversidade de aves registados no BRIGHT em comparação com os dados obtidos pré-BRIGHT, para a Floresta Relíquia, por época do ano. S

N

d

J

H

1-D

Verão Mann-Whitney U

28,000

25,000

31,000

23,500

35,500

42,000

Wilcoxon W

49,000

46,000

46,000

233,500

56,500

252,000

Z

-1,998

-2,140

-1,293

-1,801

-1,492

-0,544

P-value

0,046*

0,031*

0,209

0,073

0,143

0,609

Mann-Whitney U

15,500

8,500

21,500

49,000

20,000

35,000

Wilcoxon W

36,500

29,500

42,500

259,000

41,000

56,000

Z

-2,741

-3,143

-2,345

-,670

-2,435

-1,522

**

**

*

0,525

*

0,013

0,136

Outono

P-value

0,004

0,001

0,017

Inverno Mann-Whitney U

12,500

6,500

18,000

1,000

20,000

22,500

Wilcoxon W

33,500

27,500

39,000

56,000

41,000

77,500

Z

-1,970

-2,578

-1,305

-3,148

-1,085

-0,815

0,052

**

0,218

**

0,000

0,300

0,443

P-value

0,008

Primavera Mann-Whitney U

15,000

13,500

25,000

42,000

21,000

50,000

Wilcoxon W

36,000

34,500

46,000

252,000

42,000

71,000

Z

-2,791

-2,859

-2,134

-,544

-2,377

-,610

**

**

*

0,608

*

0,561

P-value * **

0,004

0,002

0,031

0,015

Significativo P ≤ 0,05 Altamente significativo P ≤ 0,01

Mamíferos As amostragens sistemáticas realizadas para este grupo taxonómico permitiram o registo e a monitorização das espécies que constam na Tabela 16, onde também se podem consultar os respetivos estatutos de conservação e proteção legal. De realçar que foi confirmada a presença na MNB de Morcego-de-ferradura-mediterrânico (Rhinolophus euryale), espécie cuja ocorrência não era conhecida na área da MNB, e que está classificada em Portugal como Criticamente em perigo (Cabral et al. 2006) e internacionalmente (IUCN) como Quase Ameaçado (NT), pelo que será alvo dos objetivos e da monitorização do projeto BRIGHT. Entre as espécies prioritárias para os objetivos do projeto, as amostragens não permitiram registar e monitorizar o Musaranho-de-dentes-vermelhos (Sorex granarius) e o Morcego-de-ferradura-grande (Rhinolophus ferrumequinum), previamente registadas na Maya, potencialmente devido à dificuldade de deteção destas mesmas espécies e baixas densidades em que ocorrerão na MNB. As restantes espécies prioritárias para os objetivos do projeto estão a ser monitorizadas ao abrigo dos trabalhos do projeto, incluindo o Morcego-de-ferradura-mediterrânico.

Tabela 16. Espécies de Mamíferos registadas e monitorizadas e respetivos estatudos de conservação e proteção legal. Notas: End Ib – Endemismo ibérico. BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 35


Nome comum

Est. Nac.

Nome científico

Est. Int.

Berna

Bona

CITES

Diretiva Aves/Habitat

Ouriço-cacheiro

Erinaceus europaeus

LC

LC

III

Musaranho-dedentes-brancos

Crocidura russula

LC

LC

III

Toupeira

Talpa occidentalis

LC

LC

Morcego-deferradura-pequeno

Rhinolophus hipposideros

VU

LC

II

II#

B-II, B-IV

Morcego-deferraduramediterrânico

Rhinolophus euryale

CR

NT

II

II#

B-II, B-IV

Morcego-rato-grande

Myotis myotis

VU / CR

LC / LC

II

II#

B-II, B-IV

Morcego-de-água

Myotis daubentonii

LC

LC

II

II#

B-IV

Morcego-anão

Pipistrellus pipistrellus

LC

LC

III

II#

B-IV

Morcego-pigmeu

Pipistrellus pygmaeus

LC

LC

III

II#

B-IV

Morcego de Kuhl

Pipistrellus kuhlii

LC

LC

II

II#

B-IV

Morcego-arborícolapequeno

Nyctalus leisleri

DD

LC

II

II#

B-IV

Morcego-arborícolagigante / Morcegoarborícola-grande

Nyctalus lasiopterus noctula

N.

DD / DD

NT / LC

II

II#

B-IV

Morcego-hortelãoescuro / Morcegohortelão-claro

Eptesicus serotinus / isabellinus

E.

LC / -

LC / -

II

II#

B-IV

Morcego-negro

Barbastella barbastellus

DD

NT

II

II#

B-II, B-IV

Morcego-orelhudocastanho / Morcegoorelhudo-cinzento

Plecotus auritus / P. austriacus

DD / LC

LC / LC

II

II#

B-IV

Morcego-rabudo

Tadarida teniotis

DD

LC

II

II#

B-IV

Coelho-bravo

Oryctolagus cuniculus

NT

NT

Esquilo-vermelho

Sciurus vulgaris

LC

LC

Rato-cego

Microtus lusitanicus

LC

LC

Ratinho-do-campo

Apodemus sylvaticus

LC

LC

Raposa

Vulpes vulpes

LC

LC

Doninha

Mustela nivalis

LC

LC

III

Fuinha

Martes foina

LC

LC

III

Texugo

Meles meles

LC

LC

III

Gineta

Genetta genetta

LC

LC

III

Javali

Sus scrofa

LC

LC

/

Notas

End Ib

III

D

B-V

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 36


Na Tabela 17, são apresentados os valores médios dos índices de diversidade obtidos e respetivos desvios-padrão (σ) para os dados BRIGHT e pré-BRIGHT de micromamíferos e morcegos.

Tabela 17. Valores médios dos vários índices calculados e respetivos desvios-padrão (σ), para os dados obtidos de micromamíferos e de morcegos. A negrito, assinalam-se os valores médios mais elevados. S

N

d

J

H

1-D

24,167

0,111

0,466

0,108

0,068

Micromamíferos Total BRIGHT

Total pré-BRIGHT

Média

1,333

σ

0,516

6,113

0,173

0,361

0,201

0,137

Média

2,500

55,000

0,384

0,282

0,264

0,126

σ

1,000

11,165

0,276

0,122

0,199

0,097

Morcegos Total BRIGHT

Total pré-BRIGHT

Média

7,167

88,333

1,424

0,592

1,152

0,545

σ

1,472

49,870

0,338

0,105

0,219

0,119

Média

7,333

137,833

1,337

0,556

1,101

0,502

σ

1,366

85,677

0,288

0,092

0,228

0,102

Na Tabela 18 encontram-se os resultados para os testes estatísticos efetuados para os registos de Micromamíferos e Morcegos, considerando os dados totais pré-BRIGHT e BRIGHT. De realçar que as diferenças significativas (P ≤ 0,05) encontradas nas variáveis analisadas entre os dados BRIGHT e os dados pré-BRIGHT, encontram-se assinaladas nas respetivas tabelas.

Tabela 18. Resultado do Teste de Mann-Whitney na análise dos índices de diversidade de micromamíferos e morcegos registados no BRIGHT em comparação com os dados obtidos pré-BRIGHT. S

N

d

J

H

1-D

Micromamíferos Mann-Whitney U

3,000

0,000

6,000

3,000

4,000

5,000

Wilcoxon W

24,000

21,000

27,000

13,000

25,000

26,000

Z

-2,121

-2,558

-1,320

-0,463

-1,760

-1,540

P-value

0,052

0,010**

0,210

0,800

0,086

0,133

Morcegos Mann-Whitney U

16,000

10,000

18,000

12,000

14,000

14,000

Wilcoxon W

37,000

31,000

39,000

33,000

35,000

35,000

Z

-0,328

-1,283

0,000

-0,961

-0,641

-0,641

P-value

0,708

0,225

1,000

0,394

0,589

0,589

* **

Significativo P ≤ 0,05 Altamente significativo P ≤ 0,01

Na Tabela 19, são apresentados os valores médios dos índices de diversidade obtidos e respetivos desvios-padrão (σ) para os dados BRIGHT e pré-BRIGHT de carnívoros, por época do ano.

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 37


Tabela 19. Valores médios dos vários índices calculados e respetivos desvios-padrão (σ), para os dados obtidos para os carnívoros, por época do ano. A negrito, assinalam-se os valores médios mais elevados. S

N

d

J

H

1-D

Verão Total BRIFGT

Total pré-BRIGHT

Média

3,333

40,333

0,676

0,449

0,502

0,259

σ

1,528

46,694

0,213

0,058

0,203

0,069

Média

4,000

49,000

0,774

0,668

0,926

0,544

σ

0,000

9,899

0,041

0,019

0,027

0,000

Outono Total BRIFGT

Total pré-BRIGHT

Média

2,333

41,333

0,376

0,338

0,268

0,147

σ

0,577

23,438

0,178

0,280

0,187

0,132

Média

4,000

20,500

0,995

0,758

1,050

0,596

σ

0,000

2,121

0,034

0,041

0,057

0,041

Média

2,667

13,667

0,797

0,666

0,544

0,432

σ

1,155

16,773

0,154

0,285

0,080

0,220

Média

3,500

21,500

0,850

0,784

0,988

0,582

σ

0,707

14,849

0,022

0,131

0,322

0,155

Inverno Total BRIFGT

Total pré-BRIGHT

Primavera Total BRIFGT

Total pré-BRIGHT

Média

2,333

10,333

0,804

0,630

0,462

0,425

σ

1,155

10,693

0,223

0,055

0,402

0,056

Média

4,500

33,500

1,007

0,679

1,016

0,595

σ

0,707

14,849

0,071

0,021

0,075

0,020

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 38


Na Tabela 20 encontram-se os resultados para os testes estatísticos efetuados para os registos de Carnívoros, por época. De realçar que não se encontraram diferenças significativas (P ≤ 0,05) em nenhuma das variáveis analisadas entre os dados BRIGHT e os dados pré-BRIGHT.

Tabela 20. Resultado do Teste de Mann-Whitney na análise dos índices de diversidade de carnívoros registados no BRIGHT em comparação com os dados obtidos pré-BRIGHT. S

N

d

J

H

1-D

Verão Mann-Whitney U

2,000

2,000

2,000

0,000

0,000

0,000

Wilcoxon W

8,000

8,000

8,000

6,000

6,000

6,000

Z

-0,592

-0,577

-0,577

-1,732

-1,732

-1,732

P-value

0,700

0,800

0,800

0,200

0,200

0,200

Mann-Whitney U

0,000

0,000

0,000

0,000

0,000

0,000

Wilcoxon W

6,000

3,000

6,000

6,000

6,000

6,000

Z

-1,826

-1,732

-1,732

-1,732

-1,732

-1,732

P-value

0,200

0,200

0,200

0,200

0,200

0,200

0,000

1,000

Outono

Inverno Mann-Whitney U

1,500

2,000

3,000

3,000

Wilcoxon W

7,500

8,000

9,000

9,000

6,000

7,000

Z

-0,913

-0,577

0,000

0,000

-1,732

-1,155

P-value

0,600

0,800

1,000

1,000

0,200

0,400

Primavera Mann-Whitney U

0,000

0,000

1,000

1,000

0,000

0,000

Wilcoxon W

6,000

6,000

4,000

4,000

6,000

3,000

Z

-1,777

-1,732

-0,775

-0,775

-1,732

-1,549

P-value

0,100

0,200

0,667

0,667

0,200

0,333

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 39


No que diz respeito aos indícios de presença de mamíferos carnívoros, foram registados até ao momento 321 (entre julho 2012 e junho 2013), como se pode verificar na Tabela 21. Pode verificar-se também que o transeto com mais indícios de presença é o transeto 2 (que passa pela Floresta Relíquia), sendo a Fuinha (Martes foina) a espécie mais representada.

Tabela 21. Número de índicios de presença totais, por espécie e por transeto, obtidos na amostragem de carnívoros. Nota: O ouriço, não sendo um mamífero carnívoro, consta nesta tabela por terem sido encontrados indícios de presença desta espécie. Transetos* Espécie

Nome Científico

Total 1

2

3

Doninha

Mustela nivalis

0

6

1

7

Fuinha

Martes foina

56

189

31

276

Gineta

Genetta genetta

2

13

1

16

Ouriço

Erinaceus europaeus

2

0

0

2

Raposa

Vulpes vulpes

3

6

4

13

Texugo

Meles meles

0

3

0

3

Não Identificado

2

2

0

4

Total

65

219

37

321

*Transeto 1 maioritariamente localizado no arboreto, 2 na floresta relíquia e 3 no Pinhal do Marquês.

A localização dos excrementos detetados, na totalidade do período de estudo, pode ser observada na Fig.18. Nesta figura é também observável o maior número de excrementos detetados na Floresta Relíquia.

Fig. 18. Localização da totalidade dos excrementos detetados durante o período de estudo na MNB.

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 40


No que respeita à fotoarmadilhagem, os resultados preliminares (número de capturas por espécie) obtidos apresentam-se na Tabela 22. De realçar que a espécie mais representada nas capturas foi a Fuinha (Martes foina) e a menos representada foi a Raposa (Vulpes vulpes). Foram realizados modelos estatísticos com o software R, no sentido de se tentar observar alguma diferença de abundâncias entre locais de captura, porém, face ao explicado acima (nomeadamente a não existência de independência das estações de amostragem), os resultados não permitem a adoção desta metodologia estatística. A Tabela 23 apresenta os dados apenas referentes à Fuinha, como exemplo. As figuras 19 a 21 mostram algumas fotocapturas obtidas, como exemplo.

Tabela 22. Número de capturas por cada estação de fotoarmadilhagem, para cada espécie identificada. Espécie

Nome Científico

Número de Capturas

Câmara Pinhal 1 (P1) Fuinha

Martes foina

10

Gineta

Genetta genetta

4

Câmara Pinhal 2 (P2) Fuinha

Martes foina

7

Gineta

Genetta genetta

3

Raposa

Vulpes vulpes

2

Câmara Arboreto 1 (A1) Fuinha

Martes foina

7

Gineta

Genetta genetta

1

Câmara Arboreto 2 (A2) Fuinha

Martes foina

3

Gineta

Genetta genetta

5

Câmara Arboreto 3 (A3) Fuinha

Martes foina

12

Gineta

Genetta genetta

4

Câmara Floresta Relíquia 1 (R1) Fuinha

Martes foina

15

Gineta

Genetta genetta

1

Câmara Floresta Relíquia 1 (R1) Fuinha

Martes foina

10

Gineta

Genetta genetta

1

Raposa

Vulpes vulpes

2

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 41


Tabela 23. Modelos criados com os dados de fotoarmadilhagem para a Fuinha.

Modelo psi(.),p(t) psi(.),p(.) psi(.),p(t)

AIC 41.42 52.49

deltaAIC 0 11.07

AIC wgt 0.9961 0.0039

Model Likelihood 10,000 0.0039

no.Par. 6 2

2logl 29.42 48.49

Modelo nulo com a probabilidade de captura a variar entre as 5 ocasiões. psi 1.0000 0.0000 1.0000 - 1.0000

Individual Site estimates of <p1> Site Estimate Standard Error p1 1.0000 0.0000 p2 0.7143 0.1707 p3 0.1429 0.1323 p4 0.4286 0.187 p4 0.1429 0.1323

95% CI 1.0000 - 1.0000 0.3266 - 0.9280 0.0197 - 0.5806 0.1437 - 0.7702 0.0197 - 0.5806

Fig. 19. Fotocaptura de Gineta (Genetta genetta), obtida na estação P1.

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 42


Fig. 20. Foto de Fuinha (Martes foina), obtida na estação A3.

Fig. 21. Foto de Raposa (Vulpes vulpes), obtida na estação R2.

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 43


3.2.1.5. Espécies de particular valor conservacionista Nesta secção (Tabela 24) apresentam-se as espécies de fauna vertebrada registadas durante a monitorização BRIGHT que pelo seu estatuto de conservação nacional ou internacional, pelo facto de serem endemismos ou pela sua prioridade de conservação, no contexto da legislação que lhe é aplicável, são particularmente relevantes no âmbito do Projeto.

Tabela 24. Espécies de fauna registadas durante a monitorização BRIGHT, prioritárias em termos de conservação. Nome comum

Nome científico

Est. Nac.

Est. Int.

Berna

Bona

CITES

Diretiva Aves/Habitat

Notas

INVERTEBRADOS Vaca-loura

Lucanus cervus

-

-

B-II

Fritilária-doslameiros

Euphydryas aurinia

-

-

B-II

PEIXES Ruivaco

Achondrostoma oligolepis

LC

LC

Escalo do Norte

Squalius carolitertii

LC

LC

Bordalo

Squalius alburnoides

VU

LC

III

B-II

End Ib

Salamandralusitânica

Chioglossa lusitanica

VU

VU

II

B-II, B-IV

End Ib

Tritão-deventre-laranja

Lissotriton boscai

LC

LC

III

Tritãomarmorado

Triturus marmoratus

LC

LC

III

Rã-ibérica

Rana iberica

LC

NT

B-IV

End Ib

Rã-de-focinhopontiagudo

Discoglossus galganoi

NT

LC

B-II, B-IV

End Ib

Lagarto-deágua

Lacerta schreiberi

LC

NT

II

B-II, B-IV

End Ib

Lagartixaibérica

Podarcis hispanica

LC

LC

III

B-IV

Açor

Accipiter gentilis

VU

LC

II

II

II A

Gavião

Accipiter nisus

LC

LC

II

II

II A

Águia-de-asaredonda

Buteo buteo

LC

LC

II

II

II A

Águia-calçada

Aquila pennata

NT

LC

II

II

II A

A-I

Águia-cobreira

Circaetus gallicus

NT

LC

II

II

II A

A-I

Pombo-torcaz

Columba palumbus

LC

LC

III

B-II

End End Ib

ANFÍBIOS

End Ib B-IV

RÉPTEIS

AVES

D

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 44


Rola-brava

Streptopelia turtur

LC

LC

III

A

Coruja-do-mato

Strix aluco

LC

LC

II

II A

Noitibó-cinzento

Caprimulgus europaeus

VU

LC

II

Melro

Turdus merula

LC

LC

III

II

D

Tordo-pinto

Turdus philomelos

NT / LC

LC

III

II

D

Tordoveia

Turdus viscivorus

LC

LC

III

Gaio

Garrulus glandarius

LC

LC

D

Gralha-preta

Corvus corone

LC

LC

D

D

A-I

D

MAMÍFEROS Toupeira

Talpa occidentalis

LC

LC

Morcego-de-ferradurapequeno

Rhinolophus hipposideros

VU

LC

II

II#

B-II, B-IV

Morcego-de-ferraduramediterrânico

Rhinolophus euryale

CR

NT

II

II#

B-II, B-IV

Morcego-rato-grande

Myotis myotis

VU CR

LC / LC

II

II#

B-II, B-IV

Morcego-de-água

Myotis daubentonii

LC

LC

II

II#

B-IV

Morcego-anão

Pipistrellus pipistrellus

LC

LC

III

II#

B-IV

Morcego-pigmeu

Pipistrellus pygmaeus

LC

LC

III

II#

B-IV

Morcego de Kuhl

Pipistrellus kuhlii

LC

LC

II

II#

B-IV

Morcego-arborícolapequeno

Nyctalus leisleri

DD

LC

II

II#

B-IV

Morcego-arborícolagigante / Morcegoarborícola-grande

Nyctalus lasiopterus / N. noctula

DD DD

NT / LC

II

II#

B-IV

Morcego-hortelãoescuro / Morcegohortelão-claro

Eptesicus serotinus / E. isabellinus

LC / -

LC / -

II

II#

B-IV

Morcego-negro

Barbastella barbastellus

DD

NT

II

II#

B-II, B-IV

Morcego-orelhudocastanho / Morcegoorelhudo-cinzento

Plecotus auritus / P. austriacus

DD LC

LC / LC

II

II#

B-IV

Morcego-rabudo

Tadarida teniotis

DD

LC

II

II#

B-IV

Raposa

Vulpes vulpes

LC

LC

Gineta

Genetta genetta

LC

LC

/

/

/

End Ib

D III

B-V

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 45


3.2.1.6. Discussão de Resultados / Considerações finais Tendo em consideração os resultados obtidos, de uma forma geral, os dados recolhidos durante as amostragens no âmbito do Projeto não diferem de forma significativa dos dados da situação de referência. No entanto, deveremos considerar que durante o período de amostragens referentes ao projeto, algumas condições alheias à execução do projeto em si, poderão e deverão ter afetado a biodiversidade na MNB e como tal, enviesados alguns dados recolhidos, como o inverno particularmente rigoroso que se fez sentir e o próprio Ciclone Gong, que provocou inúmeros danos na MNB. Não obstante, os dados recolhidos durante o inverno e após o Ciclone Gong, tendo sido submetidos a análise conjuntamente com os dados recolhidos até então, poderão em parte justificar as diferenças encontradas. Por outro lado, deveremos ter em conta que as áreas envolventes à MNB sofreram algumas alterações (em alguns casos bastante acentuadas, como se pode verificar na zona da cruz alta) e como tal, podem igualmente contribuir para algumas diferenças encontradas (por exemplo, o facto de aparentemente o número de raposas na MNB ter diminuído em relação à situação de referência). No entanto, as ações no terreno promovem no curto prazo alterações por vezes marcadas na estrutura da flora, que deverão ter efeito na diversidade faunística que aí ocorre (por exemplo, as diferenças no Pinhal do Marquês antes das intervenções, durante e após). A possível expansão da flora invasora durante o intervalo temporal entre a situação de referência e a monitorização BRIGHT, e outras dinâmicas naturais e não naturais no ecossistema da MNB, podem de igual modo contribuir para as diferenças encontradas. Adicionalmente, considerando que a MNB é para muitas espécies apenas parte da sua área de ocorrência/território, e que múltiplos fatores podem contribuir para a dinâmica populacional dessas mesmas espécies, poderemos assumir que os dados recolhidos na monitorização deste projeto podem ser afetados por diversos fatores que não nos é possível controlar nem medir, e como tal não podem ser considerados na presente análise. A respeito dos efeitos do Ciclone Gong, importa no futuro analisar os potenciais efeitos do mesmo na fauna vertebrada, comparando o mesmo período de tempo de monitorização, antes e após o evento. Analisando os resultados de uma forma mais concreta para os peixes, em particular o Ruivaco e Bordalo, as duas espécies apresentam diferenças sensivelmente coincidentes ao longo do tempo. Desse modo, poderemos verificar que há um aparente aumento nos efetivos populacionais durante a primavera e início de verão, atingindo os valores mais elevados nesta época do ano. No final de outono e durante o inverno o número de exemplares encontrados aparenta ser consistentemente mais reduzido. Estes dados dever-se-ão a alguns fatores, como reforço populacional através da reprodução durante a primavera, maior caudal e maior corrente durante o inverno que pode provocar o arrastamento de indivíduos a montante das linhas de água, maior predação durante as épocas mais frias, que coincidem com a fase de ninfa aquática de Odonatas por exemplo e disponibilidade de alimento para as espécies em questão. Outro fator que pode influenciar os resultados obtidos é a maior eutrofização da água dos lagos, que contribui para a potencial subavaliação do número de exemplares em algumas amostragens (julho e setembro por exemplo). As observações efetuadas no campo, através da avaliação subjetiva da turbidez da água nos lagos (relacionada com o nível de eutrofização presente) indicam que nestes meses a visibilidade dos peixes que se encontrem junto ao fundo do lago é extremamente reduzida ou mesmo nula, podendo enviesar as contagens. Os resultados obtidos para o grupo dos anfíbios demonstram que não há diferenças significativas entre os dados recolhidos durante o BRIGHT e os dados da situação de referência, indicando que os anfíbios não foram afetados pelas intervenções no terreno até ao momento, sendo importante considerar que as áreas de amostragem para este grupo e as zonas adjacente não foram praticamente intervencionadas, mantendo-se as condições equivalentes para os anfíbios. Já no que diz respeito aos répteis, sendo o volume de registos extremamente reduzido, não foi possível efetuar qualquer análise para este grupo taxonómico. Assume-se, tendo em conta os resultados, que as intervenções do BRIGHT não tiveram qualquer efeito, até ao momento, na diversidade e número de efetivos populacionais para estes grupos taxonómicos. Quanto aos resultados obtidos para as aves, verificam-se várias diferenças significativas entre os dados recolhidos no âmbito da monitorização BRIGHT e os dados da situação de referência. No entanto, deve-se ter em consideração que os dados da situação de referência foram recolhidos usando apenas 5 minutos de censo, em contraposição com os 10 minutos de censo no BRIGHT. Apesar da expectável diferença, optou-se por usar 10 minutos de forma a maximizar o número de registos e obter uma amostragem mais robusta, permitindo detetar quase a totalidade das aves presentes no local. No entanto, ambas as metodologias são corretas e aceites e deve-se ter em consideração que em áreas florestais as diferenças na proporção de indivíduos registados que realmente estão presentes na área a

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 46


amostrar, entre os 5 minutos de censo e os 10 minutos, deverá ser pouco significativa. No entanto, para efeitos desta análise deveremos assumir que poderão ter contribuído para uma boa parte das diferenças encontradas e que como tal, consideramos que estas metodologias não são comparáveis entre si para esta área de estudo. Assim, para que não se perca nenhum tipo de informação, passar-se-á a adotar ambas as metodologias em simultâneo, ou seja, registam-se as aves nos primeiros 5 minutos para efeitos de comparação com os dados de referência, ao quais se contabilizam mais 5 minutos (num total de 10 minutos), para comparar os dados futuros com os dados obtidos no primeiro ano do projeto. Desta forma, é possível cumprir os objetivos, mantendo os diferentes conjuntos de dados comparáveis entre si, e maximizando a informação sobre as aves presentes com os 10 minutos de censo. Nas análises futuras, será comparada a comunidade de aves BRIGHT e pré-BRIGHT, e a comunidade de aves registada no primeiro ano (fase inicial do projeto) e o segundo ano do projeto (que incluirá já os efeitos das intervenções florestais na Floresta Relíquia). No geral, e na eventualidade das discrepâncias registadas não se deverem às diferenças na duração dos censos, os resultados apontam para uma comunidade de aves mais diversificada e mais numerosa no BRIGHT em relação à situação de referência. Na unidade de paisagem Pinhal do Marquês é onde se encontram menos diferenças, havendo apenas significativamente maior número de aves registadas no verão na monitorização do BRIGHT, e na riqueza específica, número de espécies e na diversidade avifaunística presente nesta área no inverno. Tendo em conta que esta unidade de paisagem está a sofrer intervenções desde o início da monitorização de fauna (e pelas diferenças na estrutura da vegetação na mesma zona), seria de esperar que fosse a unidade de paisagem/habitat da MNB cujas diferenças fossem mais significativas. Assim sendo, e admitindo que o facto de no inverno, contrariamente a outras épocas, só se ter efetuado uma réplica para cada ponto de amostragem, podemos considerar que neste habitat, as intervenções não têm impactos significativos na avifauna. No entanto, considerando as diferenças no tempo de censo, poderão estar a ocorrer possíveis impactos que não foram desta forma devidamente analisados. Na unidade de paisagem Arboreto, verificam-se diferenças significativas entre o pré-BRIGHT e BRIGHT na diversidade de aves em todas as épocas do ano. Considerando que o arboreto, foi alvo de intervenções pontuais e experimentais no âmbito do projeto, e como tal, insignificantes na análise, não seria de esperar obter-se estas diferenças, à exceção dos registos efetuados após o Ciclone Gong. Neste caso, as diferenças encontradas só se poderão explicar em parte pelo efeito das ligeiras diferenças na metodologia (menos pontos de amostragem, 10 minutos de censo em vez de 5 minutos, observadores diferentes) e possíveis diferenças nas condições meteorológicas. O potencial efeito do Ciclone Gong será avaliado futuramente, pelo que para o período posterior ao evento, não é de se excluir a hipótese de este influenciar os dados obtidos. Na unidade de paisagem Floresta Relíquia obtiveram-se diferenças significativas na diversidade (índice de Shannon e Margalef) no outono e primavera, na equitabilidade (homogeneidade das espécies presentes) no inverno e no número de aves registadas em todas as épocas, assim como o número de espécies com a exceção no inverno para este. Neste caso, as diferenças encontradas poderão dever-se em parte às ligeiras diferenças na metodologia (como acima referido) e às alterações na paisagem e na estrutura da vegetação nas áreas exteriores à MNB adjacentes a esta unidade de paisagem. Ou seja, as alterações na paisagem ocorridas no exterior da MNB podem por um lado promover a ocorrência de espécies e indivíduos que antes não se encontravam presentes e por outro porque a MNB pode ter funcionado como “refúgio” a algumas espécies e indivíduos que antes ocorreriam nessas áreas fora da MNB. Este aspeto encontra-se algo subestimado pela monitorização BRIGHT, mas deverá ter um impacto algo significativo na composição da comunidade de aves. Em particular, a ausência de um vasto pinhal (pinheiro-bravo) no exterior da MNB (Perímetro Florestal da Serra do Buçaco), que existia na situação pré-BRIGHT e que foi removido (antes de se indicarem os trabalhos do BRIGHT) quase na sua totalidade pela AFN (Autoridade Florestal Nacional) em virtude das medidas antialastramento da contaminação com o nemátodo da madeira de pinheiro, e que poderá contribuir significativamente para as diferenças encontradas na comunidade de aves presente na MNB durante a execução dos trabalhos do BRIGHT. Adicionalmente, e devido aos resultados agora obtidos, a equipa UA entende ser necessário alterar o tempo de censo para 5 minutos por cada estação de escuta (mantendo os 2 minutos iniciais para habituação das aves à presença do observador). Deste modo, a comparação entre a situação de referência e o BRIGHT será mais adequada e rigorosa, ainda que se assuma a perda de eficácia na deteção da população de aves realmente presentes em cada ponto de amostragem. Os resultados obtidos para os micromamíferos sugerem que as intervenções no âmbito do BRIGHT não têm efeitos significativos neste grupo de fauna. De facto, apenas o número de indivíduos registados é significativamente menor nas amostragens do BRIGHT em comparação com a situação de referência pré-BRIGHT, sendo que no entanto, não há diferenças na diversidade encontrada e na riqueza específica (número de espécies) registadas. Podemos, assim, assumir que até à data as intervenções florestais decorrentes do projeto não têm influência na diversidade de micromamíferos

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presentes na MNB. No caso dos morcegos, os resultados apontam para a não existência de diferenças significativas na diversidade e na homogeneidade encontrada nas amostragens do BRIGHT em relação aos dados anteriores. Desta forma, os trabalhos florestais no âmbito do BRIGHT, não demonstraram ainda ter impacto na comunidade de morcegos encontrada na MNB, embora aparente haver uma diminuição algo significativa de Pipistrellus sp., sendo que, no entanto, não é uma espécie prioritária do ponto de vista conservacionista e como tal, esta situação é perfeitamente aceitável tendo em conta os objetivos do BRIGHT. Por outro lado, os registos obtidos para o Morcego-de-ferradura-mediterrânico (Rhinolophus euryale), espécie cuja ocorrência na MNB era até então desconhecida, obriga a um acompanhamento rigoroso deste grupo taxonómico particularmente sensível, e em particular desta espécie ameaçada e prioritária. Os resultados obtidos para os carnívoros (via indícios de presença) relevam que não existem diferenças significativas em nenhuma época entre os dados obtidos na monitorização do BRIGHT e os dados obtidos nas amostragens que constituem a situação de referência, mesmo considerando que no BRIGHT foi adicionado um pequeno transeto que não constava no pré-BRIGHT. No entanto, há algumas diferenças que importa referir, pois podem indicar tendências (que poderão ser avaliadas com a continuidade das amostragens BRIGHT) de diminuição de Raposa (Vulpes vulpes) e aumento de Fuinha (Mates foina) e maior dominância desta última espécie na comunidade de carnívoros presente na MNB. A Fuinha é claramente o mamífero carnívoro mais abundante na MNB, estando presente em todas os habitats. Quanto à aparente redução do número de efetivos de Raposa que ocorrem na MNB poderá dever-se de forma significativa à remoção do pinhal adjacente à MNB, já referido anteriormente. Adicionalmente, estudos anteriores da equipa UA (Pereira et al. 2012) sobre a comunidade de carnívoros na região onde a MNB se insere, evidencia a importância desse pinhal, agora ausente, para a população de raposas presente na área. É possível, tendo em conta estes aspetos, que a população de Raposas presente na MNB e nas áreas envolventes, seja atualmente mais reduzida em relação à situação de referência pré_BRIGHT. Assim sendo, e tendo em conta que se trata de uma área não contemplada neste projeto, apenas com uma monitorização específica seria possível saber em detalhe o efeito que a alteração da paisagem e na estrutura da vegetação nesta área, poderá ter na comunidade de aves, de mamíferos carnívoros e na restante diversidade de vertebrados existentes na MNB. Como já referido anteriormente, a situação pós Ciclone Gong dificultou em grande escala as metodologias de monitorização do uso de caixas-ninho pelas aves, assim como as metodologias de fotoarmadilhagem para monitorização de mamíferos carnívoros. Neste último caso, a impossibilidade de se estabelecer a independência entre os vários pontos de amostragem (devido à reduzida dimensão da MNB) constitui outro fator que afeta negativamente os resultados tendo em conta os objetivos do projeto. Para estas duas metodologias deveremos considerar que a inacessibilidade de muitos dos locais e a impossibilidade de se selecionar pontos alternativos razoavelmente ajustados aos objetivos das mesmas metodologias, obrigará a ajustes na localização das câmaras de foto-armadilhagem e a uma redução do número de caixas-ninho monitorizadas. Ainda considerando os efeitos do Ciclone Gong, o tempo despendido para ambas metodologias é presentemente muito superior ao que se verificava antes do temporal, sendo por isso necessário e útil efetuar desde já os ajustes propostos de forma a otimizar o tempo disponível para a execução das mesmas. Em ambos os casos, espera-se que os ajustes nas metodologias e localizações permitam obter resultados compatíveis com os objetivos dos projeto, sendo que no caso da foto-armadilhagem as localizações das câmaras serão ligeiramente alteradas para evitar o furto das mesmas, assim como o período de tempo que permanecerão no campo será reduzido para 15 dias por cada época do ano e, no caso das caixas-ninho, proceder-se-á à redução para 60 caixasninho a monitorizar, 20 em cada unidade de paisagem, mantendo-se naturalmente o período estabelecido inicialmente para monitorizar as mesmas (época de reprodução das aves). Espera-se que, com a adição de mais dados resultantes das amostragens futuras no âmbito do projeto BRIGHT, a análise que aqui se apresenta fique mais consistente e que seja possível, da forma mais correta e rigorosa quanto possível, avaliar o efeito das intervenções florestais decorrentes do Projeto BRIGHT na diversidade de fauna vertebrada presente na MNB (diversidade essa que é deveras relevante e cujos trabalhos de monitorização permitiram alargar o leque de espécies conhecidas que ocorrem na MNB, incluindo novos registos de espécies com elevado valor conservacionista). De qualquer modo, os resultados obtidos indicam a necessidade de se continuar a analisar o efeito das intervenções na fauna e, caso se considere oportuno, reavaliar as mesmas intervenções e redefinir as estratégias de ação. Até ao momento, e admitindo que as diferenças encontradas podem dever-se, em grande parte, a fatores externos não controláveis nem mensuráveis, entendemos que não há necessidade de efetuar qualquer alteração preventiva ao plano de ação proposto para as ações de controlo de invasoras no terreno.

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3.2.2. SubAção 2. Monitorização e Avaliação de Resultados do Projeto – FLORA E HABITATS

No âmbito da Ação E2 - monitorização e avaliação de resultados no âmbito do Projeto Life+ Bright, nomeadamente na componente Life+ Bright_flora foram realizadas diversas atividades com o objetivo principal de monitorizar as ações de controlo de invasoras ao nível da flora e vegetação, com vista à avaliação de resultados do projeto LIFE+ BRIGHT. Neste sentido e dando especial enfoque aos trabalhos de monitorização na Floresta Relíquia (FR) da Mata Nacional do Buçaco (MNB), foram ainda realizadas outras ações, tais como: levantamento de danos na flora e vegetação em resultado do ciclone Gong, realização de inventários florísticos em torno dos locais de amostragem dos invertebrados e em torno dos “poleiros” (dispersão de sementes pela fauna), participação em diversas ações de voluntariado e formação e divulgação dos trabalhos em encontros científicos. Relativamente ao impacte do ciclone Gong, do passado dia 19 de janeiro de 2013, sobre a flora e vegetação da MNB, foi elaborada uma análise genérica para a MNB, sendo que para a Floresta Relíquia foi realizada georreferenciação dos exemplares arbóreos caídos e elaboração de cartografia correspondente em software ArcGis 10 (©ESRI). Devido à singularidade deste evento climatérico, foi ainda elaborada uma analogia histórica com um ciclone paralelo ocorrido na MNB (15 de fevereiro de 1941). Após a passagem do ciclone Gong, e embora em alguns locais da MNB os acessos tenham ficado comprometidos pelo elevado número de árvores caídas, retomaram-se os trabalhos de inventariação florística para os projetos complementares e deu-se continuidade à verificação e instalação dos quadrados fixos de monitorização. As ações conducentes com os trabalhos de monitorização encontram-se divididas no presente relatório em duas secções principais: monitorização de 11 parcelas de Tradescantia fluminensis em quadrados de 2 1m (com três réplicas por parcela) (Fig.22) e monitorização de 23 parcelas de invasoras em comunidades florestasis (sendo 3 de controlo, correspondentes aos três Habitats naturais presentes na 2 FR) em quadrados de 100m .

2

Fig. 22. Quadrado desmontável de 1m , para a monitorização de comunidades herbáceas (em

Tradescantia fluminensis). BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 49


Para a Tradescantia fluminensis os dados de monitorização apresentados no presente documento, incluem já levantamentos de percentagem de cobertura antes de qualquer intervenção (controlo/préintervenção) e levantamentos de cobertura após a sua remoção dentro das 11 parcelas de monitorização. Relativamente às restantes espécies invasoras em monitorização, a partir da instalação fixa de todos os plots de 100m2, e em situação de controlo/pré-intervenção, foram realizados os inventários de cobertura em comunidades florestaias e medidos os DAP´s (Diametro à Altura do Peito dos exemplares arbóreos) em 23 parcelas de monitorização. No Pinhal do Marquês, e dando resposta às recomendações da Comissão e da equipa de monitorização, 2 foram ainda marcados dois quadrados de 100m para monitorização de Acacia dealbata e Acacia longifolia, sendo que os trabalhos de sinalização e realização de inventário pré-intervenção levaram a que as equipas de intervenção florestal da FMB não interviessem até à data nestes dois quadrados de monitorização.

Salienta-se que a metodologia aplicada, caracterizada no relatório anterior, foi ajustada de forma a ter em conta as recomendações da Comissão e da equipa de monitorização, transmitidas após o relatório de arranque, e detém como principal objetivo avaliar a existência de diferenças significativas que possam vir a ocorrer na flora e vegetação, decorrentes das intervenções florestais de controlo de invasoras. Neste sentido, os levantamentos são efetuados em diferentes momentos de intervenção, de modo a permitirem uma análise continuada ao longo do tempo. Com o objetivo de registar e documentar todas as intervenções florestais que venham a ser realizadas no interior das parcelas de monitorização, foi realizado um Dossier de Campo (com quatro Anexos) que para além de referências de localização e sugestões de intervenção, contém um campo de registo simples, que deverá ser preenchido pelos funcionários da FMB durante as intervenções florestais realizadas no interior dos quadrados. Com base nos resultados recolhidos e tratados até à data, nas 11 parcelas de Tradescantia fluminensis em monitorização, a análise estatística em IBM SPSS Statistics 20 permitiu observar algumas diferenças significativas entre as medianas de % cobertura pré-intervenção e pós-intervenção, nomeadamente ao nível do surgimento de diversas plântulas de espécies nativas, nomeadamente de Phillyrea latifolia (após intervenção). 2

Em relação às invasoras em comunidade florestal, monitorizadas nos quadrados de 100m , os dados de inventário, DAP´s e cálculos adicionais de BA (Área Basal) e SBA (Área Basal de Suporte), permitiram preparar e sistematizar todos os dados recolhidos até à data (situação de pré-intervenção/controlo) e servirão de base para uma análise comparativa, após as intervenções florestais no interior dos quadrados.

3.2.2.1. Ciclone Gong Impacto na flora e vegetação No passado dia 19 de janeiro de 2013, ocorreu em Portugal continental um evento climatérico adverso caracterizado por ventos muito intensos com períodos de chuva, e que foi designado por ciclone Gong. Com especial incidência na região centro do país, os principais danos causados pelo referido ciclone fizeram-se sentir principalmente ao nível da vegetação arbórea, com milhares de árvores derrubadas por toda a região, em resultado das intensas rajadas de vento que se fizeram sentir, principalmente durante os períodos da madrugada e manhã (do dia 19 de janeiro de 2013). Na Mata Nacional do Buçaco (MNB), à semelhança de outras regiões do país com arvoredos densos e de portes elevados, houve a registar elevados danos no património arbóreo. Muitas arvores ao caírem e/ou partirem, provocaram estragos avultados sobre o património construído que caracteriza a MNB (nomeadamente em algumas ermidas da via sacra). A MNB tem predominância dos ventos de Noroeste e por vezes de Sudeste, sendo que, de acordo com os dados do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, na região de Coimbra as rajadas de vento atingiram os 102,6 quilómetros por hora (às 13h00). Registos desta natureza são comparáveis ao ciclone de 15 de fevereiro de 1941 (séc. XX), em que a velocidade do vento atingiu os 133 quilómetros por hora BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 50


provocando elevados danos materiais e causando diversas mortes. Passados 72 anos de um dos piores ciclones de qua há memória em Portugal, o Gong de 19 de janeiro de 2013, deixou também um rasto de destruição, particularmente visível nas árvores que foram derrubadas e partidas pela força do vento e que na sua maioria foram aquelas que para além de terem uma provecta idade, apresentam um sistema radicular mais superficial (cedros, ciprestes, pinheiro-bravo e acácias). Paralelamente ao sucedido há 72 anos atrás, a revitalização do património arbóreo no período pós Gong demorará várias décadas a repor, com perdas irreversíveis como são algumas das árvores notáveis “perdidas para sempre”. Com o objetivo de identificar os principais danos causados pelo ciclone Gong sobre a flora e a vegetação da MNB, este relatório pretende apresentar uma descrição das principais ocorrências, com especial enfoque para a Mata Climácica (MC) e assinalar alguns contratempos à execução dos trabalhos de monitorização na componente Life+ Bright_flora.

Analogia com o Ciclone de 1941 A MNB sofreu, em diversas épocas da história florestal, grandes prejuízos devido a temporais (1870 – 80), condições climáticas adversas, incêndio de grandes proporções (1920 – 30) e a um ciclone em 1941, que derrubou 5 400 exemplares de grande porte (Vieira, 2007). A 15 de fevereiro de 1941 ocorreu em Portugal um ciclone com grande intensidade que provocou uma devastação maciça na MNB. Com base em diversos registos efetuados na época, foram contabilizadas enormes perdas no património arbóreo, tendo sido estimado um total de 5 400 árvores de elevado porte derrubadas. Nos anos seguintes a este ciclone, realizaram-se várias plantações com o objetivo de repor o arvoredo, sendo que, esta reconstituição foi feita com recurso ao viveiro das Lapas (que estiveram instalados desde 1930 em terrenos dos serviços florestais, fora dos muros da MNB). Nos anos que se seguiram, vários autores referem um período áureo em muitas herborizações com o intuito de repor o arvoredo perdido pelo ciclone, com vista a assegurar a singularidade florestal, paisagística e cultural que desde sempre caracterizam a MNB. Tabela 25. Plantações efetuadas na MNB nos 6 anos subsequentes ao ciclone de 1941 (in Santos, 1993).

Ano 1941-42 1942-43 1943-44 1944-45 1945-46 1946-47 total

N.º árvores plantadas 44 3 877 18 614 21 147 12 069 7 584 63 335

Danos no património vegetal

Árvores, arbustos e herbáceas Ao nível da flora e vegetação, os principais danos causados pelo ciclone Gong a 19 de janeiro de 2013 foram a queda e fratura de troncos de árvores e de alguns arbustos de maiores dimensões. O vento de grande intensidade afetou particularmente as árvores com alto fuste, os exemplares que apresentavam condições fitossanitárias vulneráveis devido à idade avançada e as árvores de raiz mais superficial. Também o tipo de solo (muito húmido) e a localização/exposição dos exemplares arbóreos (na região central da MNB) parece ter influenciado a maior vulnerabilidade/exposição das árvores face ao ciclone. BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 51


De um modo geral, constatou-se após o ciclone, que a maioria das árvores derrubadas na MNB foram Cupressus lusitanica de grande porte, na sua grande maioria plantado pelos frades carmelitas, havendo também outras espécies tais como: Acacia melanoxylon, Sequoia sempervirens, Acacia dealbata, Thuja plicata, Cedrus atlantica, Abies alba, Picea abies, Pseudotsuga menziezii, Tsuga canadensis, Pinus roxburghii, Pinus pinaster, Pinus pinea, Ginkgo biloba, Quercus robur, Phillyrea latifolia, Arbutus unedo, Ilex aquifolium, Laurus nobilis (com portes arbóreos). A queda das árvores acima mencionadas ocorreu de duas formas distintas: fratura do tronco e queda integral da árvore pela raiz. Por outro lado, houve também a registar muitos exemplares arbóreos que tombaram e/ou fraturaram pelo tronco, copa ou ramos na sequência da queda de árvores de grande porte que lhes estavam adjacentes como por exemplo: Araucaria angustifolia, Sequoia sempervirens, Pseudotsuga menziezii, Cupressus lusitanica, etc. Presume-se que muitas destas árvores, acabarão por entrar em estado decrépito uma vez que a fração fotossintética da copa e ramos laterais está drasticamente reduzida e em alguns casos, totalmente ausente. Relativamente ao estrato arbustivo, as consequências nefastas do ciclone prendem-se essencialmente com os danos “colaterais” causados pela queda de árvores que em muitos casos provocaram fraturas de troncos e ramos de diversas espécies, tais como: Ilex aquifolium, Arbutus unedo, Viburnum tinus, Laurus nobilis, Phillyrea latifolia, Prunus lusitanica, Prunus laurocerasus. No estrato herbáceo, bem como nas comunidades de briófitos e líquenes, os danos a assinalar no período pós-ciclone não são significativos, e prendem-se essencialmente com a sobreposição dos troncos, copas e ramos sobre o coberto vegetal, o que faz parte integrante dos sistemas ecológicos florestais. No entanto, a abertura de clareiras, em alguns locais, provocada pela queda de diversos exemplares arbóreos, poderá influenciar a cobertura dos estratos arbustivos, subarbustivo e herbáceo devido a alteração nos padrões de exposição solar, competição com outras espécies, proliferação de invasoras, etc. Esta situação em particular merece uma especial atenção e priorização de intervenções no sentido de evitar alterações significativas nas comunidades fitossociológicas da MNB que possam vir a comprometer o equilíbrio dos habitats naturais existentes e do valor cénico paisagístico que caracteriza a MNB.

Adernal, Carvalhal e Louriçal – (Floresta Relíquia) Na Floresta relíquia, os efeitos do temporal fizeram-se sentir com menor intensidade comparativamente às áreas adjacentes ao Arboreto e Pinhal do Marquês (fortemente atingidos). A estrutura dos habitats naturais da Mata Climácica (MC), a densidade de vegetação, o baixo porte da maioria das árvores e a interpenetração de ramos e copas, são adaptações à severidade das condições no cimo da Serra típicas de uma floresta composta maioritariamente por espécies autóctones. Apesar dos efeitos do Gong não terem sido tão destruidores na MC, no Adernal há contudo um número ainda elevado de adernos (Phillyrea latifolia) com bastantes exemplares caídos e partidos nas Portas de Coimbra, Cruz Alta e Calvário. Também os números de Quercus robur, Arbutus unedo e Ilex aquifolium derrubados foram particularmente elevados nos habitats de Louriçal e Carvalhal. Quanto ao número total de 147 árvores contabilizadas até à data (Tabela 26), esta é uma primeira estimativa que será certamente ampliada depois de se poder aceder a todos os locais da MC, nomeadamente a Este da Ermida de São João do Deserto. Tabela 26. Número de árvores/arbustos caídos e fraturados na MC pelo ciclone Gong. Espécie

N.º de indivíduos

Cupressus lusitanica

33

Phillyrea latifolia

32

Quercus robur

18

Arbutus unedo

13

Ilex aquifolium

11

Pseudotsuga menziesii

10

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Acacia melanoxylon

9

Pinus pinaster

6

Thuja plicata

4

Picea abies

3

Acacia dealbata

2

Abies alba

2

Laurus nobilis

2

Pinus pinea

1

Viburnum tinus

1

Total

147

Por se tratar da área prioritária no âmbito do Bright, realizou-se para a MC uma cartografia em ArqGis 10 com a localização de todas as árvores caídas (Fig. 23, Anexo II).

Fig. 23. Localização das principais árvores e arbustos derrubados pelo ciclone Gong na Mata Climácica

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a)

b)

Fig. 24. a) Exemplares de Phillyrea latifolia atingidos pelo ciclone Gong na zona das Portas de Coimbra. b) Caminho principal que dá acesso às Portas de Coimbra, obstruído pelo elevado número de queda de árvores (a 23/01/2013).

3.2.2.2. Ações complementares à monitorização Para além das tarefas de monitorização da flora e vegetação foram ainda realizadas outras ações, no âmbito do Projeto BRIGHT, entre as quais participação em eventos temáticos: Sement Event/2012, ação de voluntariado da UA e participação no mini-curso de botânica na Mata Nacional do Buçaco. Relativamente a colaborações pontuais, participou-se numa aula de campo da disciplina Biodiversidade e Ecologia Terrestre da UA, onde se realizaram diversas demonstrações dos métodos de monitorização da flora e vegetação em curso na MNB. Para além desta ação, prestou-se ainda apoio ao estagiário da FMB, Jorge Sousa (Universidade de Coimbra), nomeadamente ao nível das técnicas de campo de monitorização passíveis de aplicar em estudos de flora e vegetação. IX Encontro Internacional de Fitossociologia – ALFA No âmbito do IX Encontro Internacional de Fitossociologia promovido pela Associação Lusitana de Fitossociologia (ALFA), entre 9 e 12 de maio de 2013 no Parque Biológico de Gaia, foi elaborado um resumo para comunicação oral e preparada uma apresentação sobre o trabalho de monitorização da flora e vegetação atualmente em curso na Mata Nacional do Buçaco. Subordinado ao tema “Monitorização da Flora e Vegetação no Controlo de Espécies Invasoras - Mata Nacional Do Buçaco“, a comunicação oral foi apresentada no dia 10 de maio de 2013 integrada na perspetiva temática global do encontro “Vegetação e Paisagem – Uma Perspetiva Sócio-Ecológica” (Anexo XI).

Inventários Florísticos para Projeto Dispersão de Sementes pela Fauna e Amostragem de Invertebrados No seguimento da instalação de 9 poleiros para a análise da dispersão de sementes através dos excrementos de avifauna, deu-se seguimento aos trabalhos de inventariação de espécies de flora presentes num raio de 30 metros a partir de cada poleiro. Tendo em conta os objetivos do estudo, a inventariação florística foi realizada com uma periodicidade sazonal (Anexo VII). Em resultado do ciclone Gong, a inventariação de inverno para os poleiros estava previamente realizada antes do temporal, pelo que o inventário de primavera não foi comprometido, uma vez que os acessos já se encontravam desobstruídos.

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Relativamente ao inventário florístico para a componente dos invertebrados, deu-se continuidade à inventariação florística num raio de 30 metros a partir de cada ponto de amostragem com uma periodicidade sazonal (Anexo VIII). Após o ciclone Gong haviam alguns pontos do inventário de inverno que estavam por levantar antes do temporal e que ficaram inacessíveis e/ou de difícil acesso após o ciclone. Apesar do inventário florístico de inverno não ser o mais significativo, a sua caracterização foi ainda assim concluída.

Fig. 25. Ação de voluntariado da UA a 28/11/2012 na zona das Portas de Coimbra. (b) Sement Event a 17/11/2012, com colheita e plantação de indivíduos de Phillyrea latifolia.

3.2.2.3. Metodologia de Monitorização da Flora Instalação das Áreas de Amostragem Fixa Com o objetivo de realizar a instalação dos plots de amostragem, partindo da situação de referência anteriormente realizada e do plano de localização dos quadrados de monitorização, ao longo do período transato foram efetuadas todas as marcações para as áreas de amostragem fixas dentro da Floresta Relíquia (com recurso a GPS, estacas de madeira, fio e quadrados em PVC), sendo que no total foram 2 2 2 marcados 36m de quadrados de 1m para a Tradescantia fluminensis, 16m para um quadrado de 2 2 amostragem de Robinia pseudoacacia, e 2300m de quadrados de 100m para as restantes espécies. No seguimento das sugestões realizadas pela Comissão e equipa de monitorização do projeto, para 2 além das instalações previstas para a Floresta Relíquia, foram ainda marcados dois quadrados de 100m 2 no Pinhal do Marquês (num total de 200m ) em áreas invadidas com Acacia dealbata e Acacia longifolia. 2

É de referir que a marcação e instalação dos quadrados de amostragem fixa, sobretudo os de 100m , foi uma ação relativamente morosa e que levou ao dispêndio de algum tempo para a sua conclusão. Apesar da situação de referência estar previamente concluída antes do Gong, a delimitação permanente dos últimos quadrados com recurso a fio e estacas, foi realizada após a passagem do ciclone Gong e concluída em Março de 2013. Na sequência desde evento climatérico, houve a registar pequenos contratempos nos quadrados instalados até à data que foram facilmente solucionados. 2

Relativamente aos quadrados de monitorização de 1m , houve apenas a registar uma estaca levantada por uma raiz que não comprometeu a sua viabilidade, tendo sido realizada a sua relocalização adjacente 2 na mancha de Tradescantia fluminensis. Nos quadrados de 100m de Prunus laurocerasus, houve um quadrado em S. João do Deserto que foi atingido parcialmente num canto por uma copa de Pseudotsuga menziesii, não inviabilizando a sua monitorização, e um outro quadrado de Prunus laurocerasus instalado mais a Leste da Ermida que ficou inviabilizado, tendo sido substituído pelo quadrado FR11.

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Durante os trabalhos de monitorização que se seguiram após a instalação dos plots, foram detetadas árvores que caíram já depois da passagem do ciclone Gong (muito provavelmente devido à instabilidade em que se encontravam), nomeadamente um indíviduo de grande dimensão de Castanea sativa no interior do plot FR11.

Georreferênciação e Edição em ArcGis 10 (©ESRI) dos Plots de Amostragem Em paralelo com a marcação/instalação das áreas fixas de amostragem, foram efetuados levantamentos de campo onde se realizou a georreferenciação para elaboração de carta digital correspondente, através do software ArcGis 10 (©ESRI). Durante a edição das cartas correspondentes, os plots de amostragem divididos em dois mapas distintos: Figura 26 – com a localização e identificação dos três plots de monitorização de controlo referentes aos três habitats naturais presentes na FR (FRAde, FRCar e FRLou) e onde não serão realizadas quaisquer tipos de intervenções florestais. Esta figura está também presente no Anexo IX. Figura 27 - com a localização e identificação de todos os plots de monitorização no interior da FR (FRT1-FRT11 para Tradescantia fluminensis; FR1-FR18 para invasoras em comunidades florestais) e no Pinhal do Marquês (PM1-PM2 para invasoras em comunidades florestais). Esta figura está também presente no Anexo X.

Fig. 26. Localização e identificação dos plots de monitorização de controlo: FRAde, FRCar e FRLou.

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Fig. 27. Localização e identificação dos plots de monitorização em comunidades Florestais (FR1 a FR18 e PM1 a PM2) e em Tradescantia fluminensis (FRT1 a FRT11).

Elaboração de Dossier de Campo para Intervenções Florestais Com o objetivo de sistematizar a informação relativa a cada plot de amostragem, foi elaborado um Dossier de Campo (com quatro Anexos) que consiste numa ficha informativa e de localização para cada plot. Estas fichas foram elaboradas de forma a poderem ser preenchidas facilmente pelos funcionários da FMB que venham a realizar as intervenções no interior dos plots de monitorização, a saber: 2

Anexo III - monitorização de habitats naturais (controlo) na FR. Método do Quadrado (100m ) em comunidades florestais (este Anexo possui um caráter apenas informativo). 2

Anexo IV - monitorização de espécies invasoras na FR. Método do Quadrado (1m ) com 3 réplicas por parcela em Tradescantia fluminensis. 2

Anexo V - monitorização de espécies invasoras na FR. Método do Quadrado (100m ) em comunidades florestais. 2

Anexo VI - monitorização de espécies invasoras no Pinhal do Marquês. Método do Quadrado (100m ) em comunidades florestais.

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Levantamentos de Cobertura nas Áreas de Amostragem Após a marcação das áreas fixas de amostragem, deu-se início aos levantamentos de % de coberturas da vegetação dentro de cada quadrado de amostragem. . No âmbito da metodologia pré-estabelecida, descrita no relatório anterior, foram realizados os levantamentos de % cobertura antes de qualquer intervenção em todos os quadrados de monitorização instalados. Nas parcelas de Tradescantia fluminensis foi aplicado o método de inventário baseado na leitura de % 2 de cobertura em 3 réplicas de 1m por parcela. Neste contexto, foram já efetuados levantamentos de % coberturas de vegetação pré-intervenção/controlo e pós-intervenção, nomeadamente nas parcelas FRT1 e FRT2 de Tradescantia fluminensis já intervencionadas junto às Portas de Coimbra pelos técnicos da FMB, bem como nos restantes quadrados das parcelas FRT3-FRT11, cuja intervenção de controlo foi efetuada pela equipa da UA pelo facto de os trabalhos da FMB não terem ainda atingido esta área. 2

Para os plots de 100m , onde são monitorizadas as invasoras em comunidades florestais (FRAdeFRCar-FRLou, PM1-PM2, FR1-FR18), foram até à data realizados os inventários préintervenção/controlo de % de cobertura (por três níveis de vegetação: 1-árvores, 2-arbustus, 3herbáceas), medidos os DAP´s (Diâmetro à Altura do Peito) de todos os exemplares arbóreos presentes, e marcadas as árvores medidas com recurso a spray de corolação azul.

Remoção de Tradescantia fluminensis nos Quadrados de Monitorização Durante o período transato, foram ainda realizadas intervenções dentro dos quadrados de monitorização que ainda não foram objeto de intervenção até à data (FRT3-FR11) pela FMB através da técnica do 2 arranque manual de Tradescantia fluminensis. No total foram intervencionados 27 quadrados de 1m , nos quais se efecturam de imediato as leituras de % cobertura pós-intervenção. Esta intervenção realizada no interior dos 27 quadrados de monitorização pela UA (antes de qualquer intervenção dos técnicos florestais da FMB) foi realizada com o objetivo de avançar com a análise e tratamento estatístico nas comunidades herbáceas com Tradescantia fluminensis.

Tratamento Estatístico de Dados em IBM SPSS Statistics 20 Com o objetivo de avaliar a eficácia das intervenções florestais nas manchas de invasoras na Floresta Relíquia, a % cobertura levantada nos quadrados de monitorização de Tradescantia fluminensis foi posteriormente introduzida numa base de dados e de seguida transferida para o Software IBM SPSS Statistics 20. Para a análise estatística, recorreu-se aos dados de estatística descritiva e à aplicação de alguns testes estatísticos, nomeadamente: análise comparativa das populações florísticas com recurso à aplicação da ANOVA para pressupostos de comparações múltiplas (em FR1-FR2) e aplicação de comparação de médias/medianas de duas amostras emparelhadas, com recurso aos testes não paramétricos de Wilcoxon Signed Ranks Test e Sign Test (em FR3-FR11). 2

Em relação às invasoras em comunidades florestais, monitorizadas nos quadrados de 100m , não foi realizado até à data tratamento estatístico uma vez que ainda só existem dados de uma situação temporal (pré-intervenção/controlo), sendo que após as intervenções previstas, será dado seguimento a novas temporadas de inventário, e por conseguinte a tatamento e análise estatística dos dados recolhidos em diferentes datas. Neste sentido, e de forma a organizar e sistematizar os dados recolhidos (para FRAde-FRcar-FRLou, FR1-FR18 e PM1-PM2), foram realizadas tabelas de inventário préintervenção e com base nos DAP´s medidos, realizados cálculos adicionais de BA (Área Basal) e SBA (Área Basal de Suporte).

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a)

b)

2

Fig. 28. a) Instalação de quadrados de monitorização de 1m para Tradescantia fluminensis (Portas de 2 Coimbra). b) Quadrado de 1m em PVC desmontável e templates para leituras de % cobertura.

a)

b)

2

Fig. 29. a) Instalação de quadrados de monitorização de 100m para invasoras em comunidades florestais 2 (Pinhal do Marquês). b) Quadrado de 100m instalado com 4 estacas de madeira e fio de demarcação (Louriçal da FR).

a)

b)

Fig. 30. Medição de DAP em exemplar arbóreo de Cupressus lusitanica (Portas de Coimbra). b) Marcação e numeração de exemplar arbóreo de Laurus nobilis, com recurso a spray de coloração azul (Louriçal da FR).

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3.2.2.4. Resultados de monitorização 3.2.2.4.1. MONITORIZAÇÃO de Tradescantia fluminensis

DADOS DE INVENTÁRIO FRT1 - Tradescantia fluminensis intervencionada por FMB - Portas de Coimbra Método de controlo: remoção seguida de sementeira/plantação Data controlo: 19-10 2012 Espécies Tradescantia fluminensis

Cobertura % Quadrado 1

Quadrado 2

Quadrado 3

Média

98,00%

94,00%

85,00%

92,33%

Rubus ulmifolius

0,00%

0,00%

10,00%

3,33%

Laurus nobilis

2,00%

0,00%

0,00%

0,67%

Panicum repens

0,00%

5,00%

0,00%

1,67%

Euphorbia characias (cf)

0,00%

0,00%

5,00%

1,67%

Total de cobertura 100,00% 99,00% 100,00% 99,67% * esta parcela corresponde às intervenções antes das intervenções florestais e foi realizada no plot FRT3 (pela analogia e contiguidade com FRT1). Data: 10-10-2012

Cobertura %

Espécies

Quadrado 1

Quadrado 2

Quadrado 3

Média

Tradescantia fluminensis

0,20%

1,00%

1,00%

0,73%

Ruscus aculeatus

1,50%

0,00%

0,00%

0,50%

Panicum repens

1,00%

0,00%

0,00%

0,33%

10,00%

5,00%

3,00%

6,00%

Plântulas

Total de cobertura 12,70% 6,00% 4,00% 7,57% * no Q1 terá sido plantado Ruscus aculeatus (desconhecem-se quantidades). * na zona intervencionada é visível muito Polypodium cambricum a progredir. Data: 21-05-2013

Cobertura %

Espécies

Quadrado 1

Quadrado 2

Quadrado 3

Média

Tradescantia fluminensis

0,00%

1,00%

3,00%

1,33%

Ruscus aculeatus

3,00%

0,00%

0,00%

1,00%

Panicum repens

6,00%

0,00%

0,00%

2,00%

Phillyrea latifolia (plântula)

0,20%

0,10%

0,10%

0,13%

Geranium purpureum

20,00%

2,00%

2,00%

8,00%

Mercurialis annua

30,00%

12,50%

1,50%

14,67%

Tamus communis

30,00%

0,00%

35,00%

21,67%

Urtica dioica

10,00%

40,00%

0,00%

16,67%

0,25%

0,00%

0,00%

0,08%

0,00%

0,00%

25,00%

8,33%

Oxalis corniculata Polygonatum odoratum

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 60


Arisarum vulgare

0,00%

0,50%

0,00%

0,17%

Stellaria media

0,00%

0,00%

1,00%

0,33%

Gramínea (cf)

0,00%

1,00%

4,00%

1,67%

99,45%

57,10%

71,60%

76,05%

Total de cobertura

Média % cobertura Espécies Tradescantia fluminensis

Cont:19-10-2012

Data: 10-10-2012

Data: 21-05-2013

Pré-intervenção

Pós-intervenção1

Pós-intervenção2

92,33%

0,73%

1,33%

0,50%

1,00%

0,33%

2,00%

Ruscus aculeatus Panicum repens

1,67%

Plântulas

6,00%

Rubus ulmifolius

3,33%

Laurus nobilis

0,67%

Euphorbia characias

1,67%

Phillyrea latifolia (plântula)

0,13%

Geranium purpureum

8,00%

Mercurialis annua

14,67%

Tamus communis

21,67%

Urtica dioica

16,67%

Oxalis corniculata Polygonatum odoratum

0,08%

Arisarum vulgare

0,17%

Stellaria media

0,33%

Gramínea (cf)

1,67%

Total de cobertura

8,33%

99,67%

7,57%

76,05%

Tabela 27. Variação das médias de % de cobertura em FRT1 em três momentos diferentes (Controlo/Pré-intervenção, Pós-intervenção1 e Pós-intervenção2).

FRT2 - Tradescantia fluminensis intervencionada por FMB - Portas de Coimbra Método de controlo: remoção e cobertura com estilha, seguido de sementeira e plantação Data controlo: 19-10-2012 Espécies

Cobertura % Quadrado 1

Quadrado 2

Quadrado 3

Média

98,00%

94,00%

85,00%

92,33%

Rubus ulmifolius

0,00%

0,00%

10,00%

3,33%

Laurus nobilis

2,00%

0,00%

0,00%

0,67%

Panicum repens

0,00%

5,00%

0,00%

1,67%

Euphorbia characias (cf)

0,00%

0,00%

5,00%

1,67%

Tradescantia fluminensis

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 61


Total de cobertura 100,00% 99,00% 100,00% 99,67% * esta parcela corresponde às intervenções antes das intervenções florestais e foi realizada no plot FRT3 (pela analogia e contiguidade com FRT1). Data: 10-10-2012

Cobertura %

Espécies

Quadrado 1

Quadrado 2

Quadrado 3

Média

Tradescantia fluminensis

0,00%

Ruscus aculeatus

0,00%

1,00%

0,25%

0,42%

1,00%

15,00%

5,33%

Panicum repens

0,00%

1,00%

0,00%

0,33%

Plântulas

0,00%

0,20%

0,20%

0,13%

15,45%

6,22%

Total de cobertura 0,00% 3,20% * Esta parcela foi intervencionada em abril/maio de 2012 * Terá sido plantado Ruscus aculeatus nos Q2 e Q3

* A cobertura utilizada foi estilha e folhagem trazidas de outros locais da MNB

Data: 21-05-2013

Cobertura %

Espécies

Quadrado 1

Quadrado 2

Quadrado 3

Média

Tradescantia fluminensis

0,00%

1,00%

3,50%

1,50%

Ruscus aculeatus

0,25%

3,50%

25,00%

9,58%

Panicum repens

0,10%

10,00%

1,00%

3,70%

Phillyrea latifolia (plântula)

0,70%

1,50%

0,25%

0,82%

Geranium purpureum

0,00%

27,00%

8,00%

11,67%

Geranium robertianum

0,25%

7,00%

0,00%

2,42%

Mercurialis annua

2,50%

20,00%

10,00%

10,83%

Tamus communis

0,00%

5,00%

5,00%

3,33%

Urtica dioica

0,00%

0,00%

17,50%

5,83%

Smilax aspera

0,00%

0,00%

0,10%

0,03%

Stellaria media Stachys arvensis (cf)

0,00%

2,00%

1,00%

1,00%

0,00%

1,50%

0,00%

0,50%

Total de cobertura

3,80%

78,50%

71,35%

51,22%

Média % cobertura Espécies Tradescantia fluminensis

Cont: 19-10-2012

Data: 10-10-2012

Data: 21-05-2013

Pré-intervenção

Pós-intervenção1

Pós-intervenção2

92,33%

0,42%

1,50%

5,33%

9,58%

0,33%

3,70%

Ruscus aculeatus Laurus nobilis

0,67%

Euphorbia characias

1,67%

Panicum repens

1,67%

Rubus ulmifolius

3,33%

Plântulas

0,13%

Phillyrea latifolia (plântula)

0,82%

Geranium purpureum

11,67%

Geranium robertianum

2,42%

Mercurialis annua

10,83% BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 62


Tamus communis

3,33%

Urtica dioica

5,83%

Smilax aspera

0,03%

Stellaria media Stachys arvensis (cf)

1,00% 0,50%

Total de cobertura

99,67%

6,22%

51,22%

Tabela 28. Variação das médias de % de cobertura em FRT2 em três momentos diferentes (Controlo/Pré-intervenção, Pós-intervenção1 e Pós-intervenção2).

FRT3 - Tradescantia fluminensis intervencionada pela UA (controlo) - Portas de Coimbra Método de controlo: Arranque manual efetuado pela equipa da UA nos três quadrados

Data controlo: 19-10-2012 Espécies

Cobertura % Quadrado 1

Quadrado 2

Quadrado 3

Média

98,00%

94,00%

85,00%

92,33%

Rubus ulmifolius

0,00%

0,00%

10,00%

3,33%

Laurus nobilis

2,00%

0,00%

0,00%

0,67%

Panicum repens

0,00%

5,00%

0,00%

1,67%

Euphorbia characias (cf)

0,00%

0,00%

5,00%

1,67%

Tradescantia fluminensis

Total de cobertura 100,00% 99,00% 100,00% 99,67% * esta parcela corresponde às intervenções antes das intervenções florestais Data: 18-06-2013

Cobertura %

Espécies

Quadrado 1

Quadrado 2

Quadrado 3

Média

Tradescantia fluminensis

0,00%

0,00%

0,00%

0,00%

Rubus ulmifolius

0,00%

0,00%

10,00%

3,33%

Laurus nobilis

2,00%

0,00%

0,00%

0,67%

Panicum repens

0,00%

4,00%

0,00%

1,33%

Euphorbia characias (cf)

0,00%

0,00%

5,00%

1,67%

Tamus communis

0,00%

0,00%

0,50%

0,17%

Phillyrea latifolia (plântula)

0,00%

0,10%

0,00%

0,03%

Total de cobertura

2,00%

4,10%

15,50%

7,20%

Média % cobertura Espécies Tradescantia fluminensis

Cont: 19-10-2012

Data: 18-06-2013

Pré-intervenção

Pós-intervenção

92,33%

Rubus ulmifolius

3,33%

3,33%

Laurus nobilis

0,67%

0,67%

Panicum repens

1,67%

1,33%

Euphorbia characias (cf)

1,67%

1,67%

Tamus communis

0,17%

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 63


Phillyrea latifolia (plântula)

0,03%

Total de cobertura

99,67%

7,20%

Fig. 31. Variação das médias de % de cobertura em FRT3 em dois momentos diferentes (Controlo/Pré-intervenção, Pós-intervenção).

FRT4 - Tradescantia fluminensis - Gruta de S. Pedro Tradescantia fluminensis - Gruta de S. Pedro Método de controlo: Arranque manual efetuado pela equipa da UA nos três quadrados.

Data controlo: 02-08-2013 Espécies

Cobertura % Quadrado 1

Quadrado 2

Quadrado 3

Média

94,00%

100,00%

100,00%

98,00%

Rubus ulmifolius

1,00%

0,00%

0,00%

0,33%

Polypodium cambricum

5,00%

0,00%

0,00%

1,67%

Tradescantia fluminensis

Total de cobertura 100,00% 100,00% 100,00% 100,00% * O inventário de controlo foi realizado no mesmo dia do arranque manual pela UA, bem como a leitura pós-intervenção. * Mancha em afloramento rochoso. Data: 02-08-2013

Cobertura %

Espécies

Quadrado 1

Quadrado 2

Quadrado 3

Média

Tradescantia fluminensis

0,00%

0,00%

0,00%

0,00%

Rubus ulmifolius

1,00%

0,00%

0,00%

0,33%

Polypodium cambricum

5,00%

0,00%

0,00%

1,67%

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 64


Total de cobertura

6,00%

0,00%

0,00%

2,00%

Média % cobertura Espécies Tradescantia fluminensis

Cont: 02-08-2013

Data: 02-08-2013

Pré-intervenção

Pós-intervenção

98,00%

Rubus ulmifolius

0,33%

0,33%

Polypodium cambricum

1,67%

1,67%

100,00%

2,00%

Total de cobertura

Fig. 32. Variação das médias de % de cobertura em FRT4 em dois momentos diferentes (Controlo/Pré-intervenção, Pós-intervenção).

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FRT5 - Tradescantia fluminensis em mancha descontínua esparsa - Cruz Alta Método de controlo: Arranque manual efetuado pela equipa da UA nos três quadrados.

Data controlo: 11-01-2013 Espécies

Cobertura % Quadrado 1

Quadrado 2

Quadrado 3

Média

3,00%

20,00%

25,00%

16,00%

Ruscus aculeatus

30,00%

0,00%

15,00%

15,00%

Polypodium cambricum

Tradescantia fluminensis

10,00%

0,00%

0,00%

3,33%

Hedera hibernica

5,00%

1,00%

0,00%

2,00%

Tamus communis

0,00%

0,00%

1,50%

0,50%

Laurus nobilis

0,00%

0,00%

2,00%

0,67%

Asplenium onopteris

2,00%

0,00%

0,00%

0,67%

Umbilicus rupestris

0,20%

4,00%

0,00%

1,40%

Geranium purpureum

0,00%

0,20%

0,00%

0,07%

50,20%

25,20%

43,50%

39,63%

Total de cobertura Data: 24-07-2013

Cobertura %

Espécies

Quadrado 1

Quadrado 2

Tradescantia fluminensis

Quadrado 3

Média

0,00%

0,00%

0,00%

0,00%

40,00%

0,50%

30,00%

23,50%

4,00%

0,00%

0,00%

1,33%

Hedera hibernica

22,00%

1,50%

0,00%

7,83%

Tamus communis

3,00%

0,00%

50,00%

17,67%

Laurus nobilis

0,00%

0,00%

4,00%

1,33%

Asplenium onopteris

16,00%

0,00%

0,00%

5,33%

Umbilicus rupestris

0,00%

2,00%

0,00%

0,67%

Smilax aspera

0,00%

0,00%

7,00%

2,33%

Physospermum cornubiense

0,00%

15,00%

0,00%

5,00%

Viburnum tinus (plântula)

0,00%

0,00%

0,10%

0,03%

Polygonatum odoratum

1,50%

0,00%

0,00%

0,50%

86,50%

19,00%

91,10%

65,53%

Ruscus aculeatus Polypodium cambricum

Total de cobertura

Média % cobertura Espécies

Cont:11-01-2013

Data: 24-07-2013

Pré-intervenção

Pós-intervenção

Tradescantia fluminensis

16,00%

Ruscus aculeatus

15,00%

23,50%

Polypodium cambricum

3,33%

1,33%

Hedera hibernica

2,00%

7,83%

Tamus communis

0,50%

17,67%

Laurus nobilis

0,67%

1,33%

Asplenium onopteris

0,67%

5,33%

Umbelicus rupestris

1,40%

0,67%

Geranium purpureum

0,07%

Smilax aspera

2,33%

Physospermum cornubiense

5,00%

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 66


Viburnum tinus (plântula)

0,03%

Polygonatum odoratum

0,50%

Total de cobertura

39,63%

65,53%

Fig. 33. Variação das médias de % de cobertura em FRT5 em dois momentos diferentes (Controlo/Préintervenção, Pós-intervenção).

FRT6 - Tradescantia fluminensis em mancha descontínua esparsa - Cruz Alta Método de controlo: Arranque manual efetuado pela equipa da UA nos três quadrados. Data controlo: 18-12-2012 Espécies

Cobertura % Quadrado 1

Quadrado 2

Quadrado 3

Média

80,00%

8,00%

2,00%

30,00%

Ruscus aculeatus

0,50%

5,00%

12,00%

5,83%

Polypodium cambricum

0,00%

40,00%

60,00%

33,33%

Umbilicus rupestris

0,00%

0,00%

1,00%

0,33%

Geranium purpureum

0,00%

0,00%

1,00%

0,33%

Laurus nobilis

2,00%

0,00%

0,00%

0,67%

82,50%

53,00%

76,00%

70,50%

Tradescantia fluminensis

Total de cobertura

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 67


Data: 24-07-2013

Cobertura %

Espécies

Quadrado 1

Quadrado 2

Quadrado 3

Média

Tradescantia fluminensis

0,00%

0,00%

0,00%

0,00%

Ruscus aculeatus

0,50%

15,00%

20,00%

11,83%

Polypodium cambricum

0,00%

4,00%

5,00%

3,00%

Laurus nobilis

2,00%

0,00%

2,00%

1,33%

Teucrium scorodonia

0,00%

5,00%

0,00%

1,67%

Polygonatum odoratum

0,00%

2,50%

17,00%

6,50%

Cynosurus echinatus

0,00%

2,00%

0,00%

0,67%

Smilax aspera

0,00%

4,00%

0,00%

1,33%

Physospermum cornubiense

0,00%

0,50%

0,00%

0,17%

Sedum forsteranum

0,00%

0,50%

0,00%

0,17%

Phillyrea latifolia

0,00%

0,10%

0,10%

0,07%

Simethis mattiazzi

0,00%

0,00%

5,00%

1,67%

Total de cobertura

2,50%

33,60%

49,10%

28,40%

* A 24-07-2013 foi realizado pela UA o arranque manual de T.f. nas três réplicas.

Média % cobertura Espécies Tradescantia fluminensis Ruscus aculeatus Polypodium cambricum

Cont:18-12-2012

Data: 24-07-2013

Pré-intervenção

Pós-intervenção

30,00% 5,83%

11,83%

33,33%

3,00%

Umbilicus rupestris

0,33%

Geranium purpureum

0,33%

Laurus nobilis

0,67%

1,33%

Teucrium scorodonia

1,67%

Polygonatum odoratum

6,50%

Cynosurus echinatus

0,67%

Smilax aspera

1,33%

Physospermum cornubiense

0,17%

Sedum forsteranum

0,17%

Phillyrea latifolia

0,07%

Simethis mattiazzi

1,67%

Total de cobertura

70,50%

28,40%

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 68


Fig. 34. Variação das médias de % de cobertura em FRT6 em dois momentos diferentes (Controlo/Pré-intervenção, Pós-intervenção).

FRT7 - Tradescantia fluminensis em mancha descontínua esparsa - Cruz Alta Método de controlo: Arranque manual efetuado pela equipa da UA nos três quadrados. Data controlo: 18-12-2012 Espécies

Cobertura % Quadrado 1

Quadrado 2

Quadrado 3

Média

75,00%

10,00%

1,00%

28,67%

Ruscus aculeatus

0,00%

0,00%

20,00%

6,67%

Polypodium cambricum

0,00%

0,00%

35,00%

11,67%

Rubus ulmifolius

0,00%

0,00%

4,00%

1,33%

Hedera hibernica Lonicera periclymenum

0,00%

1,00%

0,00%

0,33%

0,00%

4,00%

0,00%

1,33%

Geranium purpureum

0,00%

0,50%

0,00%

0,17%

Panicum repens

1,00%

0,00%

0,00%

0,33%

Quercus robur (plântula)

0,00%

0,50%

0,00%

0,17%

76,00%

16,00%

60,00%

50,67%

Tradescantia fluminensis

Total de cobertura

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 69


Data: 19-07-2013

Cobertura %

Espécies

Quadrado 1

Quadrado 2

Quadrado 3

Média

Tradescantia fluminensis

0,00%

Ruscus aculeatus

0,00%

0,00%

0,00%

0,00%

0,00%

25,00%

8,33%

Polypodium cambricum

0,00%

0,00%

35,00%

11,67%

Rubus ulmifolius

0,00%

0,00%

10,00%

3,33%

Hedera hibernica Lonicera periclymenum

0,00%

2,00%

0,00%

0,67%

0,00%

6,50%

0,00%

2,17%

Polygonatum odoratum

0,00%

0,00%

1,00%

0,33%

Panicum repens

0,40%

0,00%

0,00%

0,13%

Quercus robur

0,00%

1,00%

0,00%

0,33%

Viburnum tinus (plântula)

0,10%

0,00%

0,00%

0,03%

Total de cobertura

0,50%

9,50%

71,00%

27,00%

Média % cobertura Espécies Tradescantia fluminensis Ruscus aculeatus

Cont:18-12-2012

Data: 19-07-2013

Pré-intervenção

Pós-intervenção

28,67% 6,67%

8,33%

11,67%

11,67%

Rubus ulmifolius

1,33%

3,33%

Hedera hibernica Lonicera periclymenum

0,33%

0,67%

1,33%

2,17%

Geranium purpureum

0,17%

Panicum repens

0,33%

0,13%

Quercus robur (plântula)

0,17%

0,33%

Polypodium cambricum

Polygonatum odoratum

0,33%

Viburnum tinus (plântula)

0,03%

Total de cobertura

50,67%

26,99%

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 70


Fig. 35. Variação das médias de % de cobertura em FRT7 em dois momentos diferentes (Controlo/Préintervenção, Pós-intervenção).

FRT8 - Tradescantia fluminensis em mancha descontínua mista - Cruz Alta Método de controlo: Arranque manual efetuado pela equipa da UA nos três quadrados. Data controlo:Data:22-11-2012 Espécies Tradescantia fluminensis

Cobertura % Quadrado 1

Quadrado 2

Quadrado 3

Média

86,00%

90,00%

60,00%

78,67%

Ruscus aculeatus

8,00%

0,00%

20,00%

9,33%

Phillyrea latifolia

0,00%

3,00%

0,00%

1,00%

Smilax aspera

4,00%

0,00%

0,00%

1,33%

Umbilicus rupestris

0,00%

1,00%

0,00%

0,33%

Arisum vulgare

0,00%

5,00%

0,00%

1,67%

98,00%

99,00%

80,00%

92,33%

Total de cobertura

Data: 19-07-2013

Cobertura %

Espécies Tradescantia fluminensis

Quadrado 1

Quadrado 2

Quadrado 3

Média

0,00%

0,00%

0,00%

0,00%

Ruscus aculeatus

10,00%

0,00%

30,00%

13,33%

Phillyrea latifolia

0,00%

5,00%

0,00%

1,67%

Smilax aspera

12,00%

0,00%

0,00%

4,00%

Total de cobertura

22,00%

5,00%

30,00%

19,00%

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 71


Média % cobertura Cont:22-11-2012 Data: 19-07-2013 Espécies

Pré-intervenção

Tradescantia fluminensis

Pós-intervenção

78,67%

Ruscus aculeatus

9,33%

13,33%

Phillyrea latifolia

1,00%

1,67%

Smilax aspera

1,33%

4,00%

Umbilicus rupestris

0,33%

Arisum vulgare

1,67%

Total de cobertura

92,33%

19,00%

Fig. 36. Variação das médias de % de cobertura em FRT8 em dois momentos diferentes (Controlo/Préintervenção, Pós-intervenção).

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 72


FRT9 - Tradescantia fluminensis em mancha contínua - Cruz Alta Método de controlo: Arranque manual efetuado pela equipa da UA nos três quadrados. Data controlo: 22-11-2012 Espécies

Cobertura % Quadrado 1

Quadrado 2

Quadrado 3

Média

Tradescantia fluminensis

85,00%

96,00%

100,00%

93,67%

Polypodium cambricum

1,00%

0,00%

0,00%

0,33%

86,00%

96,00%

100,00%

94,00%

Total de cobertura Data: 19-07-2013

Cobertura %

Espécies

Quadrado 1

Quadrado 2

Quadrado 3

Média

Tradescantia fluminensis

0,00%

0,00%

0,00%

0,00%

Polypodium cambricum

0,50%

0,00%

0,00%

0,17%

Geranium purpureum

0,20%

0,00%

0,00%

0,07%

Total de cobertura

0,70%

0,00%

0,00%

0,23%

* A 19-07-2013 foi realizado pela UA o arranque manual de T.f. nas três réplicas. Média % cobertura Espécies

Cont:22-11-2012

Data: 19-07-2013

Pré-intervenção

Pós-intervenção

Tradescantia fluminensis

93,67%

Polypodium cambricum

0,33%

Geranium purpureum Total de cobertura

0,17% 0,07%

94,00%

0,23%

Fig. 37. Variação das médias de % de cobertura em FRT9 em dois momentos diferentes (Controlo/Préintervenção, Pós-intervenção). BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 73


FRT10 - Tradescantia fluminensis em mancha contínua - Cruz Alta Método de controlo: Arranque manual efetuado pela equipa da UA nos três quadrados. Data controlo: 22-11-2012 Espécies Tradescantia fluminensis

Cobertura % Quadrado 1

Quadrado 2

Quadrado 3

Média

95,00%

100,00%

50,00%

81,67%

Ruscus aculeatus

0,00%

0,00%

30,00%

10,00%

Laurus nobilis

0,00%

0,00%

2,00%

0,67%

95,00%

100,00%

82,00%

92,33%

Total de cobertura

Data: 17-07-2013

Cobertura %

Espécies

Quadrado 1

Quadrado 2

Quadrado 3

Média

Tradescantia fluminensis

0,00%

0,00%

0,00%

0,00%

Ruscus aculeatus

0,00%

0,00%

30,00%

10,00%

Tamus communis

0,00%

0,00%

1,00%

0,33%

Rubus ulmifolius

0,00%

2,50%

0,00%

0,83%

Phillyrea latifolia (plântula)

0,10%

0,00%

0,20%

0,10%

Viburnum tinus (plântula)

0,00%

0,00%

0,10%

0,03%

Total de cobertura

0,10%

2,50%

31,30%

11,30%

Média % cobertura Espécies

Cont:22-11-2012

Data: 17-07-2013

Pré-intervenção

Pós-intervenção

Tradescantia fluminensis

81,67%

Ruscus aculeatus

10,00%

Laurus nobilis

10,00%

0,67%

Tamus communis

0,33%

Rubus ulmifolius

0,83%

Phillyrea latifolia (plântula)

0,10%

Viburnum tinus (plântula)

0,03%

Total de cobertura

92,33%

1,30%

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 74


Fig. 38. Variação das médias de % de cobertura em FRT10 em dois momentos diferentes (Controlo/Pré-intervenção, Pós-intervenção).

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 75


FRT11 - Tradescantia fluminensis em mancha descontínua mista - porta de entrada Cruz Alta Método de controlo: Arranque manual efetuado pela equipa da UA nos três quadrados. Data controlo: 31-10-2012 Espécies

Cobertura % Quadrado 1

Quadrado 2

Quadrado 3

Média

Tradescantia fluminensis

55,00%

75,00%

70,00%

66,67%

Ruscus aculeatus

15,00%

20,00%

1,00%

12,00%

Polypodium cambricum

25,00%

0,00%

0,00%

8,33%

Viburnum tinus

2,00%

0,00%

0,00%

0,67%

Smilax aspera

0,00%

0,00%

4,00%

1,33%

97,00%

95,00%

75,00%

89,00%

Total de cobertura Data: 02-07-2013

Cobertura %

Espécies

Quadrado 1

Quadrado 2

Quadrado 3

Média

Tradescantia fluminensis

0,00%

0,00%

0,00%

0,00%

Ruscus aculeatus

5,00%

23,00%

2,00%

10,00%

Polypodium cambricum

5,00%

0,00%

0,00%

1,67%

Viburnum tinus

3,00%

0,00%

0,00%

1,00%

Smilax aspera

0,00%

0,00%

4,00%

1,33%

Tamus communis

1,50%

7,00%

3,00%

3,83%

Hedera hibernica

0,00%

0,00%

0,25%

0,08%

Polygonatum odoratum

0,00%

0,00%

2,00%

0,67%

Phillyrea latifolia (plântula)

0,00%

0,00%

0,10%

0,03%

14,50%

30,00%

11,35%

18,62%

Total de cobertura

Média % cobertura Espécies

Cont:31-10-2012

Data: 02-07-2013

Pré-intervenção

Pós-intervenção

Tradescantia fluminensis

66,67%

Ruscus aculeatus

12,00%

10,00%

Polypodium cambricum

8,33%

1,67%

Viburnum tinus

0,67%

1,00%

Smilax aspera

1,33%

1,33%

Tamus communis

3,83%

Hedera hibernica

0,08%

Polygonatum odoratum

0,67%

Phillyrea latifolia (plântula)

0,03%

Total de cobertura

89,00%

18,62%

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 76


Fig. 39. Variação das médias de % de cobertura em FRT11 em dois momentos diferentes (Controlo/Pré-intervenção, Pós-intervenção).

A partir da análise dos quadros de inventário e gráficos correspondentes para as 11 parcelas de Tradescantia fluminensis em monitorização, verifica-se que após as intervenções de arranque manual dos indivíduos, há uma clara progressão de outras espécies, nomeadamente ao nível da germinação de espécies nas datas pós-intervenção como por exemplo de Phillyrea latifolia nos plots FRT1, FRT2, FRT3, FRT6, FRT10 e FRT11.

Relativamente às parcelas intervencionadas FRT1 (sem cobertura) e FRT2 (com cobertura), não se observam para já diferenças significativas decorrentes das técnicas distintas de intervenção (a variedade de espécies e médias de % cobertura em pós-intervenção, são semelhantes até à data). No entanto só a partir da recolha de um maior número de dados ao longo do tempo, se poderão validar conclusões.

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 77


MONITORIZAÇÃO de Tradescantia fluminensis (continuação)

CLASSIFICAÇÃO ESTATÍSTICA – em IBM SPSS Statistics 20

Estatística Descritiva

Nota: Distribuição Normal Uma distribuição normal descreve situações que são determinadas por múltiplas causas e que em geral interagem entre si. A curva de uma distribuição normal é definida por dois parâmetros: a média µ, e o desvio padrão σ. Quando representada graficamente, a média, mediana e a moda coincidem no centro da distribuição normal, pois a distribuição é simétrica. A importância de uma distribuição normal em dados ecológicos prende-se com o facto de uma amostra de dados reais nunca se ajustar perfeitamente a uma distribuição normal teórica, havendo apenas uma aproximação. Assim, quando esta aproximação for razoável, torna-se possível realizar inferência de probabilidades sabendo apenas as estimativas amostrais de µ e σ. Neste sentido, quando são recolhidas amostras aleatórias de dimensão n de uma população, a distribuição das médias de populações nãonormais tenderão para a normalidade à medida que n aumenta, sendo que, a variância da população diminuirá o que tornará a aplicação de testes de probabilidades mais robustos e permitirá inferir qual o comportamento provável de uma determinada população ao longo do tempo.

FRT1 - Tradescantia fluminensis intervencionada por FMB (s/ cobertura) - Portas de Coimbra Tabela 29. Resultados da estatística descritiva para variável % cobertura em 3 diferentes datas de levantamentos.

% Cobertura

n

Média

DesvioPadrão

Mediana

Mínimo

Máximo

Maio/2012

17

5,863

22,3013

0,000

0,0

92,3

10-10-2012

17

0,445

1,4476

0,000

0,0

6,0

21-05-2013

17

4,572

6,9821

1,000

0,0

21,7

FRT2 - Tradescantia fluminensis intervencionada por FMB (c/ cobertura) - Portas de Coimbra Tabela 30. Resultados da estatística descritiva para variável % cobertura em 3 diferentes datas de levantamentos.

%

n

Média

Maio/2012

16

6,229

10-10-2012

16

21-05-2013

16

Cobertura

Desvio-

Mediana

Mínimo

Máximo

22,9798

0,000

0,0

92,3

0,388

1,3242

0,000

0,0

5,3

3,205

4,0801

1,250

0,0

11,7

Padrão

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 78


Para as parcelas FRT1 e FRT2, para além dos dados de estatística descritiva, foi realizado ainda um ensaio de aplicação da Anova de um fator para amostras repetidas (% cobertura em três datas diferentes) na tentativa de comparar uma variação intergrupos. No entanto, após a análise dos pressupostos de aplicação para uma ANOVA, verificou-se que os resíduos não seguem uma distribuição normal (critério de normalidade dos resíduos) e as variâncias de todos os pares de medidas são idênticas (critério de esfericidade pelo teste de Mauchly). Neste sentido, uma vez que os dois pressupostos não são cumpridos, provavelmente porque a dimensão da amostra ainda é até à data reduzida (n=16), não se avançou, nesta fase, para uma análise de comparações múltiplas.

FRT3 - Tradescantia fluminensis intervencionada pela UA (controlo) - Portas de Coimbra Tabela 31. Resultados da estatística descritiva para variável % cobertura em 2 datas diferentes

%

n

Média

Cobertura

Desvio-

Mediana

Mínimo

Máximo

Padrão

19-10-2012

7

14,239

34,4548

1,670

0,0

92,3

18-06-2013

7

1,039

1,1961

0,670

0,0

3,3

FRT4 - Tradescantia fluminensis - Gruta de S. Pedro Tabela 32. Resultados da estatística descritiva para variável % cobertura em 2 datas diferentes

%

n

Média

Cobertura

Desvio-

Mediana

Mínimo

Máximo

Padrão

02-08-2013

3

33,333

56,0070

1,670

0,3

98,0

02-08-2013

3

0,667

0,8844

0,330

0,0

1,7

FRT5 - Tradescantia fluminensis em mancha descontínua esparsa - Cruz Alta Tabela 33. Resultados da estatística descritiva para variável % cobertura em 2 datas diferentes

%

n

Média

Cobertura

Desvio-

Mediana

Mínimo

Máximo

Padrão

11-01-2013

13

3,054

5,6114

0,700

0,0

16,0

24-07-2013

13

5,038

7,4099

1,300

0,0

23,5

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 79


FRT6 - Tradescantia fluminensis em mancha descontínua esparsa - Cruz Alta Tabela 34. Resultados da estatística descritiva para variável % cobertura em 2 datas diferentes

%

n

Média

Cobertura

Desvio-

Mediana

Mínimo

Máximo

Padrão

18-12-2012

14

5,035

11,4039

0,000

0,0

33,3

24-07-2013

14

2,029

3,3186

1,000

0,0

11,8

FRT7 - Tradescantia fluminensis em mancha descontínua esparsa - Cruz Alta Tabela 35. Resultados da estatística descritiva para variável % cobertura em 2 datas diferentes

%

n

Média

Cobertura

Desvio-

Mediana

Mínimo

Máximo

Padrão

18-12-2012

11

4,606

8,7924

0,330

0,0

28,7

19-07-2013

11

2,460

3,9434

0,330

0,0

11,7

FRT8 - Tradescantia fluminensis em mancha descontínua mista - Cruz Alta Tabela 36. Resultados da estatística descritiva para variável % cobertura em 2 datas diferentes

%

n

Média

Cobertura

Desvio-

Mediana

Mínimo

Máximo

Padrão

22-11-2012

6

15,388

31,1797

1,500

0,3

78,7

19-07-2013

6

3,167

5,2213

0,835

0,0

13,3

FRT9 - Tradescantia fluminensis em mancha contínua - Cruz Alta Tabela 37. Resultados da estatística descritiva para variável % cobertura em 2 datas diferentes

%

n

Média

Cobertura

Desvio-

Mediana

Mínimo

Máximo

Padrão

22-11-2012

3

31,333

53,9854

0,330

0,0

93,7

19-07-2013

3

0,080

0,0854

0,070

0,0

0,2

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 80


FRT10 - Tradescantia fluminensis em mancha contínua - Cruz Alta Tabela 38. Resultados da estatística descritiva para variável % cobertura em 2 datas diferentes

%

n

Média

Cobertura

Desvio-

Mediana

Mínimo

Máximo

Padrão

22-11-2012

7

13,191

30,4202

0,000

0,0

81,7

17-07-2013

7

1,623

3,7054

0,100

0,0

10,0

FRT11 - Tradescantia fluminensis em mancha descontínua mista - porta de entrada Cruz Alta Tabela 39. Resultados da estatística descritiva para variável % cobertura em 2 datas diferentes

%

n

Média

Cobertura

Desvio-

Mediana

Mínimo

Máximo

Padrão

31-10-2012

9

9,889

21,7382

0,670

0,0

66,7

02-07-2013

9

2,076

3,2000

1,000

0,0

10,0

Para as parcelas monitorizadas até à data com dois inventários temporais (pré-intervenção/controlo e pós-intervenção) e que correspondem aos plots de FRT3 a FRT11, para além dos resultados da estatística descritiva, foi realizada a comparação de médias/medianas de duas amostras emparelhadas (% cobertura em duas datas distintas de pré-intervenção e pós-intervenção). Neste sentido, de modo a testar a aplicação de testes paramétricos, foi realizado o teste de normalidade de Shapiro-Wilk para dimensão de amostras com n <30, sendo que, na maioria dos plots apenas a condição pós-intervenção demostrou normalidade, sendo o p-value (2 condições) <0,05 (logo as duas condições temporais não têm normalidade). Em algumas parcelas analisadas verificou-se de facto que a % cobertura pós-intervenção possui um pvalue2> 0,05, sendo que as populações pós-intervenção apresenta uma tendência no sentido de uma distribuição normal. No entanto, e uma vez que uma vez que as duas condições analisadas, não têm uma distribuição normal, foi aplicado um teste não paramétrico baseado na análise das medianas (testes mais robustos) para amostras emparelhadas: - Wilcoxon Signed Ranks Test (se diff tem simetria na caixa de bigodes); - Sign Test (se diff não tem simetria).

Em ambos os testes acima mencionados, o teste de amostras emparelhadas é feito sempre sobre a variável das diferenças (diff, teste bilateral) que tem que ser usada para escolher entre os dois testes: se a caixa de bigodes não tem simetria para diff, não se pode aplicar o teste Wilcoxon e opta-se pela aplicação do teste dos Sinais, onde não é necessário remover outliers e extremos.

De um modo geral, através da aplicação dos testes acima descritos (onde a Hipótese nula (H0) nos diz que não há diferenças significativas entre os momentos de pré-intervenção e pós-intervenção e a Hipótese alternativa (H1) refere a existência de diferenças significativas entre os mesmos), verificou-se que ainda não é possível identificar diferenças estatisticamente significativas (pois aceita-se H0) entre os

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 81


momentos de pré-intervenção e pós-intervenção (à exceção do plot FRT5, onde os testes não paramétricos já identificam haver diferenças significativas entre as populações (rejeita-se H0 e aceita-se H1) entre as % cobertura de pré-intervenção e as % cobertura de pós-intervenção), o que estará relacionado com os números reduzidos de dimensão da amostra, uma vez que em nenhum dos plots a dimensão da amostra ultrapassa n> 30 (valor através do qual os dados estatísticos se tornam mais robustos). Estima-se no entanto que através de levantamentos de % cobertura futuros, decorrentes dos trabalhos contínuos de monitorização, seja possível aumentar a dimensão das amostras de modo a tornar os testes estatísticos mais robustos e conclusivos. Através da manutenção do número e “desenho” dos quadrados, a dimensão das amostras será ampliada à medida que se forem somando os levantamentos das % de cobertura nas 11 parcelas em monitorização.

Estatística Descritiva - Caixas de Bigodes

FRT1 - Tradescantia fluminensis intervencionada por FMB (s/ cobertura) - Portas de Coimbra

FRT2 - Tradescantia fluminensis intervencionada por FMB (c/ cobertura) - Portas de Coimbra

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 82


BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 83


FRT3 - Tradescantia fluminensis intervencionada pela UA (controlo) - Portas de Coimbra

FRT4 - Tradescantia fluminensis - Gruta de S. Pedro

FRT5 - Tradescantia fluminensis em mancha descontínua esparsa - Cruz Alta

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 84


FRT6 - Tradescantia fluminensis em mancha descontínua esparsa - Cruz Alta

FRT7 - Tradescantia fluminensis em mancha descontínua esparsa - Cruz Alta

FRT8 - Tradescantia fluminensis em mancha descontínua mista - Cruz Alta

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 85


FRT9 - Tradescantia fluminensis em mancha contínua - Cruz Alta

FRT10 - Tradescantia fluminensis em mancha contínua - Cruz Alta

FRT11 - Tradescantia fluminensis em mancha descontínua mista – porta da Cruz Alta.

Fig. 40. Caixas de Bigodes para as 11 parcelas de Tradescantia fluminensis em monitorização na Floresta Relíquia.

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 86


Através da análise das caixas de bigodes para os 11 plots de Tradescantia fluminensis em monitorização, observa-se que na maioria dos plots a Tradescantia fluminensis aparece como um extremo na condição de pré-intervenção, o que estará de acordo com as elevadas % de cobertura antes das intervenções. Verifica-se ainda para além da existência de extremos, alguns outliers nomeadamente nos plots FRT1, FRT5, FRT7, FRT8 e FRT11. A existência de outliers nestes plots não influencia no entanto a análise dos testes não paramétricos baseados nas medianas (e não das médias). Numa tentativa de testar a maior eficácia dos testes, foram removidos outliers, mas não houve qualquer alteração de resultados, sendo que, as duas condições juntas (pré-intervenção e pós-intervenção), continuaram a não possuir normalidade. Pela análise do tamanho das caixas de bigodes, observa-se uma maior variabilidade nos plots FRT4 e FRT9. Por outro lado, pela sobreposição das caixas, verifica-se que não são observadas diferenças significativas entre as diferentes medianas de % cobertura, à exceção de FRT5, onde a variável das diferenças (diff) apresenta uma clara diferença relativamente às restantes condições.

3.2.2.4.2. MONITORIZAÇÃO Comunidades Florestais

de

Invasoras

em

Estratos de vegetação (layer) de acordo com o ICP Forests Manual (BFH, 2002) 1 – estrato arbóreo (plantas lenhosas e escandentes com altura > 5 m) 2 – estrato arbustivo (plantas lenhosas e escandentes com altura > 0,5 m) 3 – estrato herbáceo (plantas não lenhosas e lenhosas com altura < 0,5 m) 4 – estrato muscíneo (líquenes e briófitos) Nota: plântulas e árvores abaixo de 0,5 m devem ser incluídas no estrato herbáceo *DAP mínimo (aproximadamente 5 cm)

Cálculos geométricos para as árvores amostradas DAP - Diâmetro à Altura do Peito (cm) R - Raio à Altura do Peito (cm)

BA - Área Basal (cm2)

SBA - Área Basal de Suporte (cm2/m2 = m2/ha)

(BA- Área Basal; DBH – DAP; SBA – Área Basal de Suporte; A – Área do plot de amostragem) BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 87


DADOS DE INVENTÁRIO MONITORIZAÇÃO das Parcelas de Controlo

Parcela FRAde Local: Interior do Adernal Árvore dominante: Phillyrea latifolia Plot size: 100m

2

Data: 27/06/2013 Taxa

Cobertura %

Estrato

Quercus robur

35

1

Phillyrea latifolia

30

1

Ruscus aculeatus

20

2

Polypodium cambricum

15

3

13,5

2

10

2

Laurus nobilis

6

1

Hedera hibernica

3

3

Smilax aspera

3

2

Tamus communis

1,5

2

Ruscus aculeatus

1,5

3

1

2

Umbilicus rupestris

0,8

3

Asplenium onopteris

0,5

3

Digitalis purpurea subsp. purpurea

0,4

3

Rubus ulmifolius

0,2

3

Polygonatum odoratum

0,2

3

Rubia peregrina subsp. peregrina

0,2

3

Stellaria media

0,2

3

Geranium purpureum

0,1

3

Physospermum cornubiense

0,1

3

Phillyrea latifolia

0,1

3

Laurus nobilis

0,1

3

Ruscus aculeatus

0,1

3

Polypodium cambricum

0,1

3

Asplenium sp.

0,1

3

Laurus nobilis Viburnum tinus

Quercus robur

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 88


Cobertura Basal Arbórea Taxa

Árvore nº DAP (cm)

Phillyrea latifolia

Laurus nobilis

Quercus robur

2

R (cm)

BA (cm )

1

14,0

7

153,9

2

18,8

9,4

277,6

3

13

6,5

132,7

4

11,7

5,85

107,5

5

23,2

11,6

422,7

6

9,7

4,85

73,9

7

15

7,5

1

10,5

5,25

86,6

2

8,3

4,15

54,1

3

7

3,5

38,5

4

8,8

4,4

60,8

5

6,6

3,3

34,2

6

6

3

1

23,8

11,9

444,9

2

24,7

12,35

479,2

3

18

9

254,5

4

31,2

15,6

176,7 ∑ BA (cm2)= 1345,1

28,3 ∑ BA (cm2)=

764,5 ∑ BA (cm2)=

302,5

SBA (m2/ha)=

13,4

SBA (m2/ha)=

3

1943,1 SBA (m2/ha)=

19,4

Parcela FRCar Local: Cruz Alta Árvore dominante: Quercus robur Plot size: 100m

2

Data: 17/07/2013 Taxa

Cobertura %

Estrato

Hedera hibernica

50

3

Quercus robur

40

1

Lonicera periclymenum subsp. periclymenum

30

2

Ilex aquifolium

25

1

12,5

2

Laurus nobilis

8

2

Laurus nobilis

4

1

Arbutus unedo

3

1

Quercus robur

1,5

2

Quercus robur

1

3

Laurus nobilis

0,5

3

Ruscus aculeatus

0,5

3

Ruscus aculeatus

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 89


Ilex aquifolium

0,5

3

Viburnum tinus

0,3

2

Pseudotsuga menziesii

0,3

3

Polygonatum odoratum

0,2

3

Castanea sativa

0,1

3

Cobertura Basal Arbórea Taxa

Árvore nº DAP (cm)

Ilex aquifolium

Quercus robur

Arbutus unedo

Laurus nobilis

2

R (cm)

BA (cm )

1

8,7

4,35

59,4

2

10,5

5,25

86,6

3

17,4

8,7

237,8

4

15,0

7,5

176,7

5

6,1

3,05

29,2

1

57,0

28,5

2551,8

2

17,2

8,6

232,4

1

21,1

10,55

349,7

2

13,0

6,5

132,7

∑ BA (cm2)= 482,4

SBA (m2/ha)= 4,8

1

5,0

2,5

19,6

∑ BA (cm2)= 19,6

SBA (m2/ha)= 0,1

∑ BA (cm2)= 589,8

SBA (m2/ha)= 5,9

∑ BA (cm2)= 2784,1 SBA (m2/ha)= 27,8

Parcela FRLou Local: Cruz Alta Árvore dominante: Laurus nobilis Plot size: 100m

2

Data: 02/07/2013 Taxa

Cobertura %

Estrato

Ruscus aculeatus

60

2

Laurus nobilis

20

1

Quercus robur

20

1

Arbutus unedo

16

2

Ilex aquifolium

15

1

Picea abies (cf)

12

1

Chamaecyparis lawsoniana

10

1

7

3

Ilex aquifolium

3,5

2

Ruscus aculeatus

3,5

3

Viburnum tinus

2

2

Prunus lusitanica

1

2

Hedera hibernica

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 90


Lonicera periclymenum subsp. periclymenum

1

2

Laurus nobilis

0,5

3

Polygonatum odoratum

0,5

3

Arbutus unedo

0,5

1

Polypodium cambricum

0,3

3

Phillyrea latifolia

0,2

3

Quercus robur

0,1

3

Simethis mattiazzi

0,1

3

Tamus communis

0,1

3

Cobertura Basal Arbórea Taxa Laurus nobilis

Árvore nº DAP (cm)

2

R (cm)

BA (cm )

1

3,5

1,75

9,6

2

6

3

28,3

3

3,3

1,65

8,6

4

6,1

3,05

29,2

5

4,6

2,3

16,6

6

3,6

1,8

10,2

7

6,2

3,1

30,2

8

5,3

2,65

22,1

9

4,2

2,1

13,9

10

2,1

1,05

3,5

11

7

3,5

38,5

12

3

1,5

7,1

13

4,6

2,3

16,6

14

8,2

4,1

52,8

15

5,5

2,75

23,8

16

6,8

3,4

36,3

1

14,7

7,35

169,7

2

7,8

3,9

47,8

3

19

9,5

283,5

4

10,7

5,35

89,9

5

4,8

2,4

18,1

6

3,9

1,95

11,9

Quercus robur

1

52,3

26,15

2148,3

∑ BA (cm2)= 2148,3 SBA (m2/ha)= 21,5

Chamaecyparis lawsoniana

1

40,4

20,2

1281,9

∑ BA (cm2)= 1281,9 SBA (m2/ha)= 12,8

Picea abies (cf)

1

32,2

16,1

814,3

∑ BA (cm2)= 814,3

SBA (m2/ha)= 8,1

Arbutus unedo

1

3,9

1,95

11,9

∑ BA (cm2)= 11,9

SBA (m2/ha)= 0,1

Ilex aquifolium

∑ BA (cm2)= 347,1

SBA (m2/ha)= 3,5

∑ BA (cm2)= 621,0

SBA (m2/ha)= 6,1

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 91


MONITORIZAÇÃO de Invasoras em Comunidades Florestais (continuação)

PINHAL do MARQUÊS

Parcela PM1 Local: Cruz de Vopeliares Invasora dominante: Acacia dealbata Plot size: 100m

2

Data: 04/06/2013 Taxa

Cobertura %

Estrato

Quercus robur

28

1

Acacia dealbata

23

2

Acacia dealbata

22

1

Acacia melanoxylon

17

1

Pittosporum undulatum

14

2

Acacia melanoxylon

14

2

Arbutus unedo

5

1

Ilex aquifolium

4

2

Cupressus lusitanica

2

1

Prunus laurocerasus

1

2

Laurus nobilis

1,2

3

Quercus suber

1

2

Arbutus unedo

0,5

2

Ruscus aculeatus

0,5

3

Acacia dealbata

0,2

3

Acacia melanoxylon

0,2

3

Quercus robur

0,2

3

Ocotea foetens

0,2

2

Ilex aquifolium

0,2

3

Pittosporum undulatum

0,2

3

Scilla monophyllos

0,1

3

Cobertura Basal Arbórea Taxa Acacia dealbata

Árvore nº DAP (cm)

2

R (cm)

BA (cm )

1

4,4

2,2

15,2

2

4,3

2,15

14,5

3

5,3

2,65

22,1

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 92


4

7,3

3,65

41,9

5

3,4

1,7

9,1

6

5,1

2,55

20,4

7

5,3

2,65

22,1

8

3,7

1,85

10,8

9

5,2

2,6

21,2

10

5,0

2,5

19,6

11

3,7

1,85

10,8

12

9,7

4,85

73,9

13

5,1

2,55

20,4

14

4,3

2,15

14,5

1

14,5

7,25

165,1

2

8,3

4,15

54,1

3

11,2

5,6

98,5

4

12,8

6,4

128,7

5

15,4

7,7

186,3

1

13

6,5

132,7

(seco)

2

7,5

3,75

44,2

(seco)

3

4,5

2,25

15,9

Acacia melanoxylon

1

39,9

19,95

1250,4

Arbutus unedo

1

19,9

9,95

311,0

Quercus robur

Cupressus lusitanica

∑ BA (cm2)=

316,4

SBA (m2/ha)=

3,2

∑ BA (cm2)=

632,7

SBA (m2/ha)=

6,3

∑ BA (cm2)=

192,8

SBA (m2/ha)=

1,9

∑ BA (cm2)= 1250,4

SBA (m2/ha)=

12,5

∑ BA (cm2)=

SBA (m2/ha)=

3,1

311,0

Parcela PM2 Local: Cruz de Vopeliares Invasora dominante: Acacia longifolia Plot size: 100m

2

Data: 04/06/2013 Taxa

Cobertura %

Estrato

Cupressus lusitanica

20

1

Arbutus unedo

14

1

Arbutus unedo

12,5

2

7,5

2

Acacia longifolia

7

2

Pterospartum tridentatum

7

2

Pittosporum undulatum

7

2

Quercus robur

6

2

Acacia longifolia

5

3

Ulex minor

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 93


Agrostis castellana

4,5

3

Gramínea (cf)

3,5

3

Acacia longifolia

2,5

1

Calluna Vulgaris

2

2

Quercus suber

1

2

Pinus sp.

1

2

Cytisus striatus

0,5

2

Lavandula stoechas

0,5

3

Cedrus atlantica

0,5

2

Viburnum tinus

0,5

2

Acacia melanoxylon

0,5

2

Simethis mattiazzi

0,2

3

Pittosporum undulatum

0,2

3

Quercus robur

0,2

3

Quercus suber

0,1

3

Arbutus unedo

0,1

3

Briza media

0,1

3

Scilla monophyllos

0,1

3

Andryala integrifolia

0,1

3

Cobertura Basal Arbórea Taxa Cupressus lusitanica

Arbutus unedo

Acacia longifolia

Árvore nº DAP (cm)

2

R (cm)

BA (cm )

1

6,2

3,1

30,2

2

14,5

7,25

165,1

3

7,1

3,55

39,6

4

15,4

7,7

186,3

5

22,2

11,1

387,1

6

4,7

2,35

17,3

7

18

9

254,5

1

7,6

3,8

45,4

2

12,2

6,1

116,9

1

6,5

3,25

33,2

2

6,9

3,45

37,4

∑ BA (cm2)= 1080,1 SBA (m2/ha)= 10,8

∑ BA (cm2)= 162,3

SBA (m2/ha)= 1,6

∑ BA (cm2)= 70,6

SBA (m2/ha)= 0,7

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 94


MONITORIZAÇÃO de Invasoras em Comunidades Florestais (continuação)

FLORESTA RELÍQUIA

Parcela FR1 Local: Caifás Invasora dominante: Pittosporum undulatum Plot size: 100m

2

Data: 21/05/2013 Taxa

Cobertura %

Estrato

Quercus robur

40

1

Laurus nobilis

30

1

Phillyrea latifolia

25

1

Ruscus aculeatus

25

2

Pittosporum undulatum

24

2

8

2

6,5

2

Viburnum tinus

6

2

Hedera hibernica

6

3

Polypodium cambricum

5,5

3

Pittosporum undulatum

2

1

Arbutus unedo

2

2

Lonicera periclymenum subsp. periclymenum

0,4

3

Pyrus cordata

0,2

2

Smilax aspera

0,2

3

Prunus laurocerasus

0,2

3

Teucrium scorodonia

0,2

3

Asplenium sp.

0,2

3

Tamus communis

0,1

3

Simethis mattiazzi

0,1

3

Phillyrea latifolia

0,1

3

Laurus nobilis

0,1

3

Ruscus aculeatus

0,1

3

Viburnum tinus

0,1

3

Pittosporum undulatum

0,1

3

Laurus nobilis Phillyrea latifolia

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 95


Cobertura Basal Arbórea Taxa

Árvore nº DAP (cm)

Laurus nobilis

2

R (cm)

BA (cm )

1

12,9

6,45

130,7

2

6,4

3,2

32,2

3

5,9

2,95

27,3

4

8,3

4,15

54,1

5

5,2

2,6

21,2

6

12,2

6,1

116,9

7

9,8

4,9

75,4

8

6,4

3,2

32,2

9

5,7

2,85

25,5

1

24,2

12,1

460,0

2

23

11,5

415,5

3

12,5

6,25

122,7

4

12,4

6,2

120,8

∑ BA (cm2)= 1118,9 SBA (m2/ha)= 11,2

Quercus robur

1

43,1

21,55

1459,0

∑ BA (cm2)= 1459,0 SBA (m2/ha)= 14,6

Pittosporum undulatum

1

5

2,5

19,6

Phillyrea latifolia

∑ BA (cm2)= 515,6

SBA (m2/ha)= 5,2

∑ BA (cm2)= 19,6

SBA (m2/ha)= 0,2

Parcela FR2 Local: Caifás Invasora dominante: Pittosporum undulatum Plot size: 100m

2

Data: 18/06/2013 Taxa

Cobertura %

Estrato

Ruscus aculeatus

30

2

Pittosporum undulatum

22

2

Phillyrea latifolia

20

1

Cupressus lusitanica

18

1

Pittosporum undulatum

15

1

Quercus robur

5

1

Phillyrea latifolia

5

2

Ruscus aculeatus

5

3

Polypodium cambricum

4

3

3,5

3

Laurus nobilis

2

2

Asplenium sp.

2

3

Tradescantia fluminensis

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 96


Tamus communis

1,5

2

Smilax aspera

1,5

2

1

3

Acacia melanoxylon

0,5

2

Polygonatum odoratum

0,5

3

Tamus communis

0,5

3

Smilax aspera

0,2

3

Hedera hibernica

0,1

3

Umbelicus rupestris

0,1

3

Geranium robertianum

0,1

3

Quercus robur

0,1

3

Pittosporum undulatum

0,1

3

Phillyrea latifolia

0,1

3

Laurus nobilis

0,1

3

Simethis mattiazzi

Cobertura Basal Arbórea Taxa Pittosporum undulatum

Phillyrea latifolia

Cupressus lusitanica

Árvore nº DAP (cm)

2

R (cm)

BA (cm )

1

6,1

3,05

29,2

2

5

2,5

19,6

3

8,1

4,05

51,5

4

7,7

3,85

46,6

5

6

3

28,3

6

6,6

3,3

34,2

7

5,5

2,75

23,8

8

4,7

2,35

17,3

9

5

2,5

19,6

10

4,1

2,05

13,2

11

4,2

2,1

13,9

1

19,1

9,55

286,5

2

18,2

9,1

260,2

3

11

5,5

95,0

4

5

2,5

19,6

5

5,5

2,75

23,8

6

6,2

3,1

30,2

7

8

4

50,3

8

10,7

5,35

89,9

9

8,9

4,45

62,2

1

27

13,5

572,6

2

11,7

5,85

107,5

∑ BA (cm2)= 297,2

SBA (m2/ha)= 3

∑ BA (cm2)= 917,7

SBA (m2/ha)= 9,2

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 97


Quercus robur

3

43

21,5

1452,2

1

13,7

6,85

147,4

∑ BA (cm2)= 2132,3 SBA (m2/ha)= 21,3 ∑ BA (cm2)= 147,4

SBA (m2/ha)= 1,5

Parcela FR3 Local: Portas de Coimbra Invasora dominante: melanoxylon Plot size: 100m

Acacia

2

Data: 21/05/2013 Taxa

Cobertura %

Estrato

Acacia melanoxylon

25

1

Ruscus aculeatus

22

2

Phillyrea latifolia

20

1

Pittosporum undulatum

15

2

Cupressus lusitanica

10

1

Acacia melanoxylon

8

2

Pittosporum undulatum

5

1

Polypodium cambricum

2,5

3

2

3

1,5

3

Tradescantia fluminensis

1

3

Digitalis purpurea subsp. purpurea

1

3

Solanum sp. (cf)

1

3

Crataegus monogyna

0,5

2

Mercurialis annua

0,5

3

Asplenium onopteris

0,3

3

Smilax aspera

0,3

2

Scilla monophyllos

0,3

3

Umbilicus rupestris

0,2

3

Viburnum tinus

0,2

2

Tamus communis

0,2

3

Stellaria media

0,2

3

Torilis arvensis

0,2

3

Centranthus calcitrapae

0,1

3

Cystopteris viridula

0,1

3

Ruscus aculeatus

0,1

3

Phillyrea latifolia

0,1

3

Davallia canariensis

0,1

3

Panicum repens Geranium purpureum

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 98


Cobertura Basal Arbórea Taxa

Árvore nº DAP (cm)

Acacia melanoxylon

2

R (cm)

BA (cm )

1

13,2

6,6

136,8

2

7,2

3,6

40,7

3

41

20,5

1320,3

4

7,1

3,55

39,6

5

6,3

3,15

31,2

6

5

2,5

19,6

7

7,6

3,8

45,4

8

12,5

6,25

122,7

9

9,5

4,75

70,9

10

13,1

6,55

134,8

11

24,3

12,15

463,8

1

14,7

7,35

169,7

2

13,5

6,75

143,1

3

10,6

5,3

88,2

4

8,7

4,35

59,4

5

12,1

6,05

115,0

6

12,6

6,3

124,7

∑ BA (cm2)= 700,2

SBA (m2/ha)= 7

Cupressus lusitanica

1

33,7

16,85

892,0

∑ BA (cm2)= 892,0

SBA (m2/ha)= 8,9

Pittosporum undulatum

1

6,5

3,25

33,2

∑ BA (cm2)= 33,2

SBA (m2/ha)= 0,3

Phillyrea latifolia

∑ BA (cm2)= 2425,7 SBA (m2/ha)= 24,3

Parcela FR4 Local: Santo Antão Invasora dominante: Acacia melanoxylon Plot size: 100m

2

Data: 20/06/2013 Taxa

Cobertura %

Estrato

Phillyrea latifolia

35

1

Ruscus aculeatus

25

2

Acacia melanoxylon

12,5

1

Acacia melanoxylon

10

2

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 99


Viburnum tinus

12

2

Laurus nobilis

6

2

Polygonatum odoratum

6

3

Tamus communis

3,5

2

Phillyrea latifolia

3

2

Arbutus unedo

3

2

Simethis mattiazzi

3

3

Erica arborea

2,5

2

Quercus lusitanica

2,2

2

Polypodium cambricum

1,5

3

Smilax aspera

1,5

2

Cupressus lusitanica

1

1

Quercus robur

1

2

Ruscus aculeatus

1

3

Cupressus lusitanica

0,5

2

Tamus communis

0,5

3

Phillyrea latifolia

0,5

3

Cistus psilosepalus

0,3

2

Agrostis castellana

0,1

3

Hedera hibernica

0,1

3

Laurus nobilis

0,1

3

Asplenium onopteris

0,1

3

Cobertura Basal Arbórea Taxa Acacia melanoxylon

Árvore nº DAP (cm)

2

R (cm)

BA (cm )

1

5,2

2,6

21,2

2

4,4

2,2

15,2

3

6,5

3,25

33,2

4

5,3

2,65

22,1

5

4,1

2,05

13,2

6

3,6

1,8

10,2

7

4,2

2,1

13,9

8

6,8

3,4

36,3

9

4,8

2,4

18,1

10

10

5

78,5

11

8,4

4,2

55,4

12

7,3

3,65

41,9

13

7,3

3,65

41,9

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 100


14

4,6

2,3

16,6

15

8,4

4,2

55,4

16

8,9

4,45

62,2

1

15,1

7,55

179,1

2

12,8

6,4

128,7

3

16

8

201,1

4

6,2

3,1

30,2

5

10,5

5,25

86,6

6

6,6

3,3

34,2

7

6,6

3,3

34,2

8

8,3

4,15

54,1

9

6,3

3,15

31,2

10

10

5

78,5

11

18,2

9,1

260,2

∑ BA (cm2)= 1118,0 SBA (m2/ha)= 11,2

1

27

13,5

572,6

∑ BA (cm2)= 572,6

Phillyrea latifolia

Cupressus lusitanica

∑ BA (cm2)= 535,2

SBA (m2/ha)= 5,4

SBA (m2/ha)= 5,7

Parcela FR5 Local: Próximo de Santo Antão Invasora dominante: Acacia dealbata Plot size: 100m

2

Data: 06/06/2013 Taxa

Cobertura %

Estrato

Ruscus aculeatus

50

2

Laurus nobilis

15

2

Polypodium cambricum

15

3

Phillyrea latifolia

14

2

Acacia dealbata

8

1

Pittosporum undulatum

6

2

Phillyrea latifolia

5

1

4,5

1

Arbutus unedo

3

1

Arbutus unedo

3

2

Acacia melanoxylon

3

1

Viburnum tinus

3

2

Polygonatum odoratum

3

3

Quercus robur

2

1

Quercus robur

2

2

Pyrus cordata

1,5

2

Laurus nobilis

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 101


Tamus communis

1,5

3

Acacia dealbata

1

2

Ruscus aculeatus

1

3

Quercus rubra

0,5

2

Smilax aspera

0,5

3

Simethis mattiazzi

0,2

3

Agrostis castellana

0,2

3

Cupressus lusitanica

0,1

2

Asplenium onopteris

0,1

3

Acacia dealbata

0,1

3

Mercurialis annua

0,1

3

Cobertura Basal Arbórea Taxa

Árvore nº DAP (cm)

Acacia dealbata

2

R (cm)

BA (cm )

1

6,2

3,1

30,2

2

8,7

4,35

59,4

3

8,5

4,25

56,7

4

3,7

1,85

10,8

5

14,8

7,4

172,0

6

17,6

8,8

243,3

7

3,4

1,7

9,1

1

11

5,5

95,0

2

5

2,5

19,6

3

21,5

10,75

363,1

4

7,2

3,6

40,7

5

5,7

2,85

25,5

1

8,7

4,35

59,4

2

7,6

3,8

45,4

3

5

2,5

19,6

1

14,8

7,4

172,0

2

14,5

7,25

Quercus robur

1

23

Acacia melanoxylon

1

3,9

Laurus nobilis

Phillyrea latifolia

Arbutus unedo (seco)

∑ BA (cm2)= 581,5

SBA (m2/ha)= 5,8

∑ BA (cm2)= 544,0

SBA (m2/ha)= 5,4

∑ BA (cm2)= 124,4

SBA (m2/ha)= 1,2

165,1

∑ BA (cm2)= 337,2

SBA (m2/ha)= 3,4

11,5

415,5

∑ BA (cm2)= 415,5

SBA (m2/ha)= 4,2

1,95

11,9

∑ BA (cm2)= 11,9

SBA (m2/ha)= 0,1

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 102


Parcela FR6 Local: Próximo de Santo Antão Invasora dominante: Prunus laurocerasus Plot size: 100m

2

Data: 27/06/2013 Taxa

Cobertura %

Estrato

22

1

9

2

8,5

1

Prunus laurocerasus

7

2

Ruscus aculeatus

6

2

Phillyrea latifolia

5

2

Arbutus unedo

5

1

Arbutus unedo

5

2

Castanea sativa

5

2

Laurus nobilis

4

1

3,5

2

Ilex aquifolium

3

2

Hedera hibernica

3

3

Quercus lusitanica

1,5

2

Laurus nobilis

1,5

2

Picea abies

1

1

Quercus robur

1

2

Polypodium cambricum

1

3

Polygonatum odoratum

1

3

Cupressus lusitanica

0,5

2

Acacia dealbata

0,3

2

Rubus ulmifolius

0,3

2

Viburnum tinus

0,3

2

Pittosporum undulatum

0,1

3

Smilax aspera

0,1

3

Simethis mattiazzi

0,1

3

Scilla monophyllos

0,1

3

Asplenium onopteris

0,1

3

Ruscus aculeatus

0,1

3

Castanea sativa

0,1

3

Phillyrea latifolia

0,1

3

Laurus nobilis

0,1

3

Ilex aquifolium

0,1

3

Quercus robur Pseudotsuga menziesii Ilex aquifolium

Picea abies

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 103


Quercus robur

0,1

3

Prunus laurocerasus

0,1

3

Cobertura Basal Arbórea Taxa

Árvore nº DAP (cm)

Arbutus unedo

Ilex aquifolium

Quercus robur

Laurus nobilis

Picea abies

2

R (cm)

BA (cm )

1

28,5

14,25

637,9

2

7,1

3,55

39,6

3

5,2

2,6

21,2

1

8,7

4,35

59,4

2

16,5

8,25

213,8

3

5,1

2,55

20,4

1

19

9,5

283,5

2

22,2

11,1

387,1

1

7

3,5

38,5

2

6,8

3,4

1

4,7

2,35

∑ BA (cm2)= 698,8

SBA (m2/ha)= 7

∑ BA (cm2)= 293,7

SBA (m2/ha)= 2,9

∑ BA (cm2)= 670,6

SBA (m2/ha)= 6,7

36,3

∑ BA (cm2)= 74,8

SBA (m2/ha)= 0,7

17,3

∑ BA (cm2)= 17,3

SBA (m2/ha)= 0,2

Parcela FR7 Local: Interior do Adernal Invasora dominante: Acacia melanoxylon Plot size: 100m

2

Data: 20/06/2013 Taxa

Cobertura %

Estrato

Viburnum tinus

17,5

2

Phillyrea latifolia

16,5

2

Acacia melanoxylon

13

1

Ilex aquifolium

9,5

2

Arbutus unedo

9

1

Quercus robur

8

2

Ilex aquifolium

7

1

Prunus laurocerasus

6

2

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 104


Ruscus aculeatus

4,5

2

Pinus pinaster

3,5

1

Cupressus lusitanica

2,5

1

Simethis mattiazzi

2,5

3

2

2

Ulex minor

1,5

2

Arbutus unedo

1,5

2

Laurus nobilis

1,5

2

Polypodium cambricum

1,5

3

Polygonatum odoratum

1

3

Tamus communis

0,5

3

Lonicera periclymenum subsp. periclymenum

0,5

3

Ilex aquifolium

0,3

3

Hedera hibernica

0,2

3

Asplenium onopteris

0,2

3

Geranium robertianum

0,1

3

Mercurialis annua

0,1

3

Physospermum cornubiense

0,1

3

Scilla monophyllos

0,1

3

Phillyrea latifolia

0,1

3

Quercus robur

0,1

3

Laurus nobilis

0,1

3

Castanea sativa

Cobertura Basal Arbórea Taxa Arbutus unedo

Pinus pinaster

Árvore nº DAP (cm)

2

R (cm)

BA (cm )

1

5,5

2,75

23,8

2

6,5

3,25

33,2

3

5,7

2,85

25,5

4

4,2

2,1

13,9

5

5,2

2,6

21,2

6

4,9

2,45

18,9

7

5,2

2,6

21,2

8

7,3

3,65

41,9

9

7,2

3,6

40,7

10

6,2

3,1

30,2

1

7,3

3,65

41,9

2

17,2

8,6

232,4

3

4,3

2,15

14,5

∑ BA (cm2)= 270,4

SBA (m2/ha)= 2,7

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 105


(mtos estão a morrer)

Acacia melanoxylon

Ilex aquifolium

Cupressus lusitanica

4

7,4

3,7

43,0

5

16,6

8,3

216,4

6

4,4

2,2

15,2

7

10,1

5,05

80,1

8

10,7

5,35

89,9

1

10,5

5,25

86,6

2

7,9

3,95

49,0

3

6,4

3,2

32,2

4

9,1

4,55

65,0

5

7,8

3,9

47,8

6

8,8

4,4

60,8

1

5,7

2,85

25,5

2

4

2

12,6

3

5,2

2,6

21,2

4

6,5

3,25

33,2

5

5,3

2,65

22,1

6

4

2

1

20,2

10,1

∑ BA (cm2)= 733,4

SBA (m2/ha)= 7,3

∑ BA (cm2)= 341,4

SBA (m2/ha)= 3,4

12,6

∑ BA (cm2)= 127,1

SBA (m2/ha)= 1,2

320,5

∑ BA (cm2)= 320,5

SBA (m2/ha)= 3,2

Parcela FR8 Local: Interior do Adernal Invasora dominante: Pittosporum undulatum Plot size: 100m

2

Data: 20/06/2013 Taxa

Cobertura %

Estrato

16,5

2

Pittosporum undulatum

13

2

Phillyrea latifolia

10

2

Cupressus lusitanica

9

1

Acacia melanoxylon

8

1

Ruscus aculeatus

7

2

Pittosporum undulatum

5

1

Acacia melanoxylon

5

2

Phillyrea latifolia

4

1

Polypodium cambricum

4

3

3,5

1

3

2

Laurus nobilis

Laurus nobilis Viburnum tinus

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 106


Arbutus unedo

2,5

1

Arbutus unedo

2

2

1,5

3

Ilex aquifolium

1

2

Polygonatum odoratum

1

3

Laurus nobilis

0,5

3

Ruscus aculeatus

0,5

3

Umbilicus rupestris

0,5

3

Acacia melanoxylon

0,2

3

Physospermum cornubiense

0,2

3

Phillyrea latifolia

0,2

3

Asplenium onopteris

0,1

3

Geranium robertianum

0,1

3

Simethis mattiazzi

0,1

3

Pittosporum undulatum

0,1

3

Lonicera periclymenum subsp. periclymenum

Cobertura Basal Arbórea Taxa Acacia melanoxylon

Laurus nobilis

Cupressus lusitanica

Pittosporum undulatum

Arbutus unedo

Phillyrea latifolia

Árvore nº DAP (cm)

2

R (cm)

BA (cm )

1

37,4

18,7

1098,6

2

5,2

2,6

21,2

3

5

2,5

19,6

4

6

3

28,3

5

4

2

12,6

6

23

11,5

415,5

1

5,3

2,65

22,1

2

4,2

2,1

13,9

3

3,2

1,6

8,0

4

6,2

3,1

30,2

1

29,5

14,75

683,5

2

37

18,5

1075,2

1

22,7

11,35

404,7

2

3

1,5

7,1

1

13,2

6,6

136,8

2

14

7

153,9

1

7,5

3,75

44,2

2

4

2

12,6

∑ BA (cm2)= 1595,8 SBA (m2/ha)= 16

∑ BA (cm2)= 74,1

SBA (m2/ha)= 0,7

∑ BA (cm2)= 1758,7 SBA (m2/ha)= 17,6

∑ BA (cm2)= 411,8

SBA (m2/ha)= 4,1

∑ BA (cm2)= 290,8

SBA (m2/ha)= 2,9

∑ BA (cm2)= 56,7

SBA (m2/ha)= 0,6

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 107


Parcela FR9 Local: Interior do Adernal Invasora dominante: Acacia melanoxylon Plot size: 100m

2

Data: 27/06/2013 Taxa

Cobertura %

Estrato

Ruscus aculeatus

30

2

Laurus nobilis

25

2

Phillyrea latifolia

14

1

Phillyrea latifolia

12,5

2

12

1

Quercus robur

5

1

Smilax aspera

4

2

Ilex aquifolium

6

2

Cupressus lusitanica

7

1

Acacia melanoxylon

3,5

2

Arbutus unedo

3

1

Viburnum tinus

3

2

Arbutus unedo

2

2

Quercus robur

2,5

2

Pyrus cordata

1,5

2

Tamus communis

1,5

2

Polypodium cambricum

1,5

3

Hedera hibernica

1,5

3

Polygonatum odoratum

1

3

Phillyrea latifolia

1

3

Simethis mattiazzi

0,3

3

Asplenium onopteris

0,3

3

Quercus robur

0,2

3

Lonicera periclymenum subsp. periclymenum

0,2

3

Umbelicus rupestris

0,2

3

Scilla monophyllos

0,2

3

Ruscus aculeatus

0,1

3

Laurus nobilis

0,1

3

Acacia melanoxylon

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 108


Cobertura Basal Arbórea Taxa

Árvore nº DAP (cm)

Acacia melanoxylon

2

R (cm)

BA (cm )

1

5,8

2,9

26,4

2

4,7

2,35

17,3

3

6

3

28,3

4

6,6

3,3

34,2

5

7,3

3,65

41,9

1

16,5

8,25

213,8

2

13,2

6,6

136,8

1

13,2

6,6

136,8

2

13

6,5

Cupressus lusitanica

1

30,5

Quercus robur

1

19,3

Arbutus unedo

Phillyrea latifolia

∑ BA (cm2)= 148,1

SBA (m2/ha)= 1,5

∑ BA (cm2)= 350,7

SBA (m2/ha)= 3,5

132,7

∑ BA (cm2)= 269,6

SBA (m2/ha)= 2,7

15,25

730,6

∑ BA (cm2)= 730,6

SBA (m2/ha)= 7,3

9,65

292,6

∑ BA (cm2)= 292,6

SBA (m2/ha)= 2,9

Parcela FR10 Local: Interior do Adernal Invasora dominante: Acacia melanoxylon Plot size: 100m

2

Data: 20/06/2013 Taxa

Cobertura %

Estrato

Arbutus unedo

20

1

Ilex aquifolium

10

2

Acacia melanoxylon

9

1

Ilex aquifolium

6

1

Acacia melanoxylon

6

2

Quercus robur

4

1

Hedera hibernica

3,5

3

Ruscus aculeatus

3

2

Arbutus unedo

3

2

Castanea sativa

3

2

Viburnum tinus

2,5

2

Quercus robur

2,5

2

Lonicera periclymenum subsp. periclymenum

2,5

3

2

2

1,5

2

Laurus nobilis Prunus lusitanica

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 109


Agrostis castellana

1,5

3

1

3

Quercus robur

0,5

3

Pittosporum undulatum

0,5

3

Phillyrea latifolia

0,5

2

Polygonatum odoratum

0,5

3

Simethis mattiazzi

0,5

3

Ruscus aculeatus

0,2

3

Scilla monophyllos

0,1

3

Geranium robertianum

0,1

3

Acacia melanoxylon

0,1

3

Laurus nobilis

0,1

3

Polypodium cambricum

Cobertura Basal Arbórea Taxa Acacia melanoxylon

Ilex aquifolium

Arbutus unedo

Quercus robur

Árvore nº DAP (cm)

2

R (cm)

BA (cm )

1

20,7

10,35

336,5

2

6,6

3,3

34,2

3

5,8

2,9

26,4

4

4,5

2,25

15,9

5

5,4

2,7

22,9

6

4,7

2,35

17,3

7

5,4

2,7

22,9

8

5,3

2,65

22,1

9

9

4,5

63,6

1

8,7

4,35

59,4

2

9,5

4,75

70,9

3

6

3

28,3

4

4

2

12,6

1

19

9,5

283,5

2

22,5

11,25

397,6

3

11,3

5,65

100,3

1

23,5

11,75

433,7

2

23,2

11,6

422,7

∑ BA (cm2)= 561,9

SBA (m2/ha)= 5,6

∑ BA (cm2)= 171,2

SBA (m2/ha)= 1,7

∑ BA (cm2)= 781,4

SBA (m2/ha)= 7,8

∑ BA (cm2)= 856,5

SBA (m2/ha)= 8,6

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 110


Parcela FR11 Local: Próximo da Via Sacra Invasora dominante: Prunus laurocerasus Plot size: 100m

2

Data: 02/08/2013 Taxa

Cobertura %

Estrato

Castanea sativa (caída)

60

1

Hedera hibernica

40

3

Prunus laurocerasus

35

2

Laurus nobilis

25

2

Lonicera periclymenum subsp. periclymenum

12

3

Viburnum tinus

4

2

Ilex aquifolium

4

2

Pteridium aquilinum

3

3

3,5

2

Ruscus aculeatus

3

2

Prunus laurocerasus

3

3

Frangula alnus

1

2

Laurus nobilis

1

3

Quercus robur

0,5

2

Ilex aquifolium

0,5

1

Quercus robur

0,5

3

Physospermum cornubiense

0,5

3

Asplenium onopteris

0,5

3

Ruscus aculeatus

0,2

3

Polypodium cambricum

0,2

3

Polygonatum odoratum

0,1

3

Castanea sativa

Cobertura Basal Arbórea Taxa

Árvore nº DAP (cm)

2

R (cm)

BA (cm )

Castanea sativa (caída)

1

48

24

1809,6

Ilex aquifolium

1

7,6

3,8

45,3646

∑ BA (cm2)= 1809,6 SBA (m2/ha)= 18,1 ∑ BA (cm2)= 45,4

SBA (m2/ha)= 0,5

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 111


Parcela FR12 Local: Ermida do Calvário Invasora dominante: Robinia pseudoacacia Plot size: 16m

2

Data: 29/07/2013 Taxa

Cobertura %

Estrato

Laurus nobilis

40

1

Robinia pseudoacacia

36

1

Laurus nobilis

30

2

Viburnum tinus

30

2

Robinia pseudoacacia

20

2

Ruscus aculeatus

12

2

Phillyrea latifolia

5

1

Smilax aspera

5

2

Hedera hibernica

3

3

Laurus nobilis

1

3

Rubus ulmifolius

1

3

Polypodium cambricum

1

3

Umbilicus rupestris

1

3

Asplenium trichomanes

0,5

3

Panicum repens

0,5

3

Rubia peregrina

0,5

3

Tamus communis

0,5

3

Asplenium onopteris

0,1

3

Cobertura Basal Arbórea Taxa Robinia pseudoacacia

Laurus nobilis

Phillyrea latifolia

Árvore nº DAP (cm)

2

R (cm)

BA (cm )

1

5

2,5

19,6

2

10,5

5,25

86,6

1

5,4

2,7

22,9

2

7,6

3,8

45,4

1

38

19

1134,1

∑ BA (cm2)= 106,2

SBA (m2/ha)= 6,6

∑ BA (cm2)= 68,3

SBA (m2/ha)= 4,3

∑ BA (cm2)= 1134,1 SBA (m2/ha)= 70,9

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 112


Parcela FR13 Local: São João do Deserto Invasora dominante: Prunus laurocerasus Plot size: 100m

2

Data: 29/07/2013 Taxa

Cobertura %

Estrato

Pseudotsuga menziesii

35

1

Prunus laurocerasus

35

2

Quercus robur

26

1

Hedera hibernica

25

3

Ilex aquifolium

23

1

Ruscus aculeatus

10

2

Prunus laurocerasus

7

1

Pseudotsuga menziesii

4

2

Lonicera periclymenum subsp. periclymenum

5

3

Laurus nobilis

3

1

Ilex aquifolium

2,5

2

Laurus nobilis

1,5

2

Laurus nobilis

1,5

3

1

3

Phillyrea latifolia

0,5

2

Rubus ulmifolius

0,5

3

Asplenium spp.

0,5

3

Viburnum tinus

0,1

2

Castanea sativa

0,1

3

Pseudotsuga menziesii

0,1

3

Quercus robur

0,1

3

Ruscus aculeatus

0,1

3

Prunus laurocerasus

Cobertura Basal Arbórea Taxa Pseudotsuga menziesii

Quercus robur

Árvore nº DAP (cm)

2

R (cm)

BA (cm )

1

21

10,5

346,4

2

33,7

16,85

892,0

3

24,5

12,25

471,4

4

11

5,5

95,0

1

25,9

12,95

526,9

2

75,8

37,9

4512,6

3

46

23

1661,9

∑ BA (cm2)= 1804,8 SBA (m2/ha)= 18

∑ BA (cm2)= 6701,4 SBA (m2/ha)= 67

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 113


Ilex aquifolium

1

22,5

11,25

397,6

2

15,6

7,8

191,1

(partido pelo tronco)

3

14,9

7,45

174,4

Laurus nobilis

1

4,3

2,15

14,5

2

4,4

2,2

15,2

3

3,5

1,75

9,6

1

8,5

4,25

56,7

2

5,3

2,65

22,1

Prunus laurocerasus

∑ BA (cm2)= 763,1

SBA (m2/ha)= 7,6

∑ BA (cm2)= 39,3

SBA (m2/ha)= 0,4

∑ BA (cm2)= 78,8

SBA (m2/ha)= 0,8

Parcela FR14 Local: São João do Deserto Invasora dominante: Prunus laurocerasus Plot size: 100m

2

Data: 29/07/2013 Taxa

Cobertura %

Estrato

Hedera hibernica

45

3

Laurus nobilis

35

1

Prunus laurocerasus

30

2

Prunus lusitanica

20

1

Lonicera periclymenum subsp. periclymenum

20

3

Ilex aquifolium

17

1

Ruscus aculeatus

15

2

Viburnum tinus

15

2

Prunus laurocerasus

10

1

5

2

Phillyrea latifolia

3,5

2

Rubus ulmifolius

1

3

Laurus nobilis

1

3

Ilex aquifolium

0,5

2

Tamus communis

0,5

3

Smilax aspera

0,5

3

Viburnum tinus

0,5

3

Ruscus aculeatus

0,5

3

Prunus laurocerasus

0,4

3

Pseudotsuga menziesii

0,3

3

Asplenium spp.

0,3

3

Quercus robur

0,2

3

Laurus nobilis

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 114


Cobertura Basal Arbórea Taxa

Árvore nº DAP (cm)

Laurus nobilis

2

R (cm)

BA (cm )

1

14

7

153,9

2

5,8

2,9

26,4

3

16,6

8,3

216,4

1

12,5

6,25

122,7

2

5,4

2,7

22,9

3

9

4,5

Prunus laurocerasus

1

8,7

Prunus lusitanica

1

8,5

Ilex aquifolium

∑ BA (cm2)= 396,8

SBA (m2/ha)= 3,9

63,6

∑ BA (cm2)= 209,2

SBA (m2/ha)= 2,1

4,35

59,4

∑ BA (cm2)= 59,4

SBA (m2/ha)= 0,6

4,25

56,7

∑ BA (cm2)= 56,7

SBA (m2/ha)= 0,6

Parcela FR15 Local: Cruz Alta Invasora dominante: Ailanthus altissima Plot size: 100m

2

Data: 17/07/2013 Taxa

Cobertura %

Estrato

Phillyrea latifolia

75

1

Rubus ulmifolius

20

2

Tradescantia fluminensis

80

3

Ailanthus altissima

15

2

Pyrus cordata

5

2

Phillyrea latifolia

4

2

Solanum nigrum

1,5

3

Hedera hibernica

1

3

Quercus robur

0,5

2

Tamus communis

0,2

3

Centranthus calcitrapae

0,2

3

Avena sp.

0,2

3

Rumex acetosa

0,2

3

Briza media

0,1

3

Cynosurus echinatus

0,1

3

Crepis capillaris

0,1

3

Erodium sp.

0,1

3

Sonchus oleraceus

0,1

3

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 115


Cobertura Basal Arbórea Taxa

Árvore nº DAP (cm)

Phillyrea latifolia

2

R (cm)

BA (cm )

1

15

7,5

176,7

2

21,4

10,7

359,7

3

39

19,5

1194,6

4

22,5

11,25

397,6

5

25

12,5

490,9

6

31,5

15,75

779,3

7

23,5

11,75

433,7

8

10,8

5,4

91,6

9

21,5

10,75

363,1

10

38

19

1134,1

11

15,6

7,8

191,1

∑ BA (cm2)= 5612,4 SBA (m2/ha)= 56,1

Parcela FR16 Local: Cruz Alta Invasora dominante: Acacia dealbata Plot size: 100m

2

Data: 15/07/2013 Taxa

Cobertura %

Estrato

Quercus robur

35

1

Acacia dealbata

10

1

Phillyrea latifolia

10

2

Ruscus aculeatus

10

2

Acacia dealbata

7,5

2

Acacia melanoxylon

7

2

Arbutus unedo

5

1

Agrostis castellana

5

3

3,5

1

Laurus nobilis

3

2

Simethis mattiazzi

3

3

Erica australis

2

2

Arbutus unedo

2,5

2

Quercus robur

1,5

3

Lonicera periclymenum subsp. periclymenum

1

2

Ruscus aculeatus

1

3

Acacia melanoxylon

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 116


Hedera hibernica

1

3

Quercus robur

0,5

2

Sedum hirsutum

0,5

3

Polypodium cambricum

0,5

3

Polygonatum odoratum

0,5

3

Acacia sp.

0,4

3

Arenaria montana

0,3

3

Phillyrea latifolia

0,2

3

Cobertura Basal Arbórea Taxa Acacia dealbata

Quercus robur

Arbutus unedo

Acacia melanoxylon

Árvore nº DAP (cm)

2

R (cm)

BA (cm )

1

5,9

2,95

27,3

2

5,1

2,55

20,4

3

7,8

3,9

47,8

4

3,3

1,65

8,6

5

3,5

1,75

9,6

6

4,2

2,1

13,9

7

12,3

6,15

118,8

8

6,3

3,15

31,2

9

4,6

2,3

16,6

10

3,5

1,75

9,6

11

3,5

1,75

9,6

12

6

3

28,3

1

39

19,5

1194,6

2

22,5

11,25

397,6

1

11

5,5

95,0

2

15,7

7,85

193,6

1

8,7

4,35

59,4

2

5,4

2,7

22,9

∑ BA (cm2)= 341,7

SBA (m2/ha)= 3,4

∑ BA (cm2)= 1592,2 SBA (m2/ha)= 15,9

∑ BA (cm2)= 288,6

SBA (m2/ha)= 2,9

∑ BA (cm2)= 82,3

SBA (m2/ha)= 0,8

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 117


Parcela FR17 Local: Cruz Alta Invasora dominante: Acacia melanoxylon Plot size: 100m

2

Data: 15/07/2013 Taxa

Cobertura %

Estrato

Acacia melanoxylon

25

2

Ruscus aculeatus

20

2

Quercus robur

15

1

10,5

2

10

1

Acacia melanoxylon

8

1

Quercus robur

5

2

Polygonatum odoratum

4

3

Lonicera periclymenum subsp. periclymenum

3

2

Agrostis castellana

2,5

3

Simethis mattiazzi

2,5

3

Viburnum tinus

2

2

Ulex europaeus

2

2

Hedera hibernica

1,5

3

Quercus robur

1,5

3

Ruscus aculeatus

1,5

3

Polypodium cambricum

1,5

3

Pinus sp.

0,6

2

Smilax aspera

0,5

2

Arenaria montana

0,5

3

Erica australis

0,4

2

Ilex aquifolium

0,3

2

Asphodelus ramosus

0,3

3

Acacia melanoxylon

0,3

3

Teucrium scorodonia

0,2

3

Arbutus unedo

0,2

3

Phillyrea latifolia

0,2

3

Phillyrea latifolia Arbutus unedo

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 118


Cobertura Basal Arbórea Taxa

Árvore nº DAP (cm)

Arbutus unedo

Acacia melanoxylon

Quercus robur

2

R (cm)

BA (cm )

1

21,9

10,95

376,7

2

20

10

314,2

1

9,6

4,8

72,4

2

6,1

3,05

1

22,6

11,3

∑ BA (cm2)= 690,8

SBA (m2/ha)= 6,9

29,2

∑ BA (cm2)= 101,6

SBA (m2/ha)= 1

401,1

∑ BA (cm2)= 401,1

SBA (m2/ha)= 4

Parcela FR18 Local: Cruz Alta Invasora dominante: Acacia melanoxylon Plot size: 100m

2

Data: 15/07/2013 Taxa

Cobertura %

Estrato

Acacia melanoxylon

65

1

Acacia melanoxylon

35

2

Arbutus unedo

17

1

Ruscus aculeatus

10

2

Phillyrea latifolia

5,5

2

Quercus robur

5

1

Erica arborea

5

2

Arbutus unedo

3

2

Laurus nobilis

2,5

2

Quercus robur

2

2

Viburnum tinus

1,5

2

Hedera hibernica

1,5

3

Ulex europaeus

1

2

Polypodium cambricum

1

3

Pinus sp.

0,5

2

Ilex aquifolium

0,5

2

Simethis mattiazzi

0,5

3

Polygonatum odoratum

0,5

3

Agrostis castellana

0,5

3

Viburnum tinus

0,5

3

Acacia melanoxylon

0,3

3

Quercus robur

0,3

3

Ilex aquifolium

0,3

3

Phillyrea latifolia

0,2

3

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 119


Ruscus aculeatus

0,2

3

Arbutus unedo

0,1

3

Laurus nobilis

0,1

3

Cobertura Basal Arbórea Taxa Acacia melanoxylon

Arbutus unedo

Quercus robur

Árvore nº DAP (cm)

2

R (cm)

BA (cm )

1

17,4

8,7

237,8

2

21,5

10,75

363,1

3

5,5

2,75

23,8

4

15

7,5

176,7

5

4,9

2,45

18,9

6

12

6

113,1

7

6,9

3,45

37,4

8

9

4,5

63,6

9

15

7,5

176,7

10

9,2

4,6

66,5

11

5,9

2,95

27,3

12

4,7

2,35

17,3

13

10,6

5,3

88,2

14

27,3

13,65

585,3

15

9,4

4,7

69,4

16

5,5

2,75

23,8

17

5,4

2,7

22,9

18

7,1

3,55

39,6

19

18,7

9,35

274,6

20

12

6

113,1

1

14,6

7,3

167,4

2

8,5

4,25

56,7

3

9

4,5

63,6

4

5,4

2,7

22,9

5

9,5

4,75

70,9

6

5,7

2,85

25,5

∑ BA (cm2)= 407,1

SBA (m2/ha)= 4,1

1

24,9

12,45

487,0

∑ BA (cm2)= 487,0

SBA (m2/ha)= 4,9

∑ BA (cm2)= 2539,1 SBA (m2/ha)= 25,4

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 120


3.2.2.5. Espécies RELAPE da flora O conceito de “flora RELAPE” surgiu em Portugal no contexto da Conservação da Natureza para colmatar uma lacuna existente em termos de proteção de espécies de flora com interesse para conservação. O acrónimo RELAPE refere-se às espécies de flora raras, endémicas, localizadas, ameaçadas ou em perigo de extinção e possui uma abrangência muito lata que permite a inclusão de espécies por diversos motivos. Na Tabela 40 encontram-se listadas as espécies florísticas RELAPE consideradas para efeito do projeto, bem como uma descrição dos motivos que conduziram à sua seleção.

Nota (Tabela 40): As espécies assinaladas a negrito então presentes nos quadrados de monitorização, sendo que o conjunto das espécies listadas existem nos 17ha da Floresta Relíquia. Tabela 40. Espécies RELAPE da flora vascular.

Proteção Taxon

Rara

Endémica

Localiza da

Diretiva Habitats

Perigo de extinção Diretiva Habitats Anexo II

Aquilegia vulgaris L.subsp. dichroa

--

Endemismo Ibérico

--

Asphodelus serotinus

--

Endemismo Ibérico

--

Cistus psilosepalus

--

Endemismo Ibérico e Francês

--

Crocus carpetanus

--

Endemismo Ibérico

--

Crocus serotinus

--

Endemismo Ibérico

--

Cytisus grandiflorus

--

Endemismo Ibérico e norte de África

--

Cytisus striatus

--

Endemismo Ibérico e norte de África

--

Davallia canariensis

--

Endemismo Ibérico e norte de África

--

Dianthus lusitanicus

--

Endemismo Ibérico e norte de África

--

Erica australis

--

Endemismo Ibérico e norte de África

--

Erica umbellata

--

Endemismo Ibérico e norte de África

--

Genista triacanthos

--

Endemismo Ibérico e norte de África

--

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 121


--

Endemismo e Francês

--

Endemismo Ibérico

--

Linaria triornithophora

--

Endemismo Ibérico

--

Merendera montana

--

Endemismo Ibérico

--

--

Endemismo e Francês

--

Endemismo Ibérico

--

Endemismo Ibérico e norte de África

--

Quercus lusitanica

--

Endemismo Ibérico e norte de África

--

Ranunculus bupleuroides

--

Endemismo Ibérico

--

Ruscus aculeatus

--

Scilla monophyllos

--

Endemismo Ibérico e norte de África

--

Scrophularia grandiflora

--

Endemismo lusitanico

--

Sedum arenarium

--

Endemismo Ibérico

--

Silene foetida

--

Endemismo Ibérico

--

Thymus caespititius

--

Endemismo Ibérico

--

Hyacinthoides hispanica Lavandula luisieri

stoechas

subsp.

Narcissus bulbocodium bulbocodium

subsp.

Narcissus pallidulus

triandrus

subsp.

Prunus lusitanica

lusitanica

subsp.

Ibérico

Ibérico

--

Anexo V da Diretiva Habitats

--

Anexo IV da Diretiva Habitats

--

Anexo V Diretiva Habitats

da --

Narcissus bulbocodium L. subsp. bulbocodium e Ruscus aculeatus L. encontram-se listados no anexo V da Diretiva Habitats (Diretiva 92/43/CEE do conselho de 21 de maio de 1992, relativa à preservação dos habitats naturais e da fauna e flora selvagens), podendo a sua colheita na natureza ser objeto de medidas de gestão. Narcissus triandrus L. subsp. pallidulus (Graells) Rivas Goday vem listado no anexo IV da Diretiva Habitats, que inclui as espécies de interesse comunitário que exigem uma proteção rigorosa.

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3.2.2.6. Considerações finais Tendo em conta o objetivo global do projeto LIFE+ BRIGHT, que é travar a perda de biodiversidade da MNB devida a invasão de espécies exóticas com caráter invasor, a ocorrência do Gong a 19 de janeiro de 2013, veio trazer um conjunto de preocupações adicionais para a Mata Climácica que se prendem essencialmente com três fatores: a perda de um número considerável de árvores autóctones, a abertura de clareiras que aceleram a proliferação de invasoras e a perda irreversível de 10 árvores notáveis. Assim, à semelhança do ciclone de 1941, os próximos anos serão cruciais para a revitalização do património arbóreo da MNB e respetivos habitats naturais. Após uma primeira fase de limpezas, venda e remoção do arvoredo que estava a obstruir acessos e caminhos, a substituição continuada dos exemplares derrubados torna-se imprescindível. Assim, seria importante delinear uma estratégia de intervenções, com plantações sectoriais planeadas ao longo do tempo. Relativamente à Floresta Relíquia, seria fundamental atribuir particular priorização à reflorestação com autóctones, principalmente nas zonas mais atingidas que deixaram clareiras altamente suscetíveis à invasão biológica, de modo a evitar a rápida proliferação de espécies invasoras e alteração das comunidades fitossociológicas. De um modo geral o maior contratempo pós-Gong esteve relacionado com o acesso condicionado (via Cruz Alta) à zona central do adernal e ao extremo Sudoeste de São João do Deserto. As árvores caídas que estiveram a obstruir muitos caminhos que dão acesso a estes locais dificultaram o trabalho e obrigaram a um maior dispêndio de tempo nos trabalhos normais de campo, levando a alguns atrasos nas tarefas previstas. Relativamente aos resultados apresentados para os 11 plots de monitorização de Tradescantia fluminensis, verificou-se a partir dos dados de inventário para % de cobertura pré-intervenção e pósintervenção, haver diferenças significativas principalmente ao nível do surgimento de plântulas em germinação de diversas espécies (nomeadamente de Phillyrea latifolia) nos inventários de pósintervenção. Por outro lado e a partir do momento em que a Tradescantia fluminensis foi removida dos quadrados, observa-se pela leitura dos gráficos que nas fases de pós-intervenção há uma tendência para um aumento da diversidade de espécies. Através da análise estatística efetuada para os 11 plots de monitorização de Tradescantia fluminensis verificou-se que apesar das dimensões reduzidas das amostras não permitirem nesta fase efetuar uma análise rigorosa e conclusiva, existe no entanto uma parcela (FRT5) onde os testes estatistivos já demostram haver diferenças significativas entre as % de cobertura pré-intervenção e pós-intervenção. Por outro lado, através dos resultados da estatística descritiva, observou-se que embora os dados não possuem uma distribuição normal em fase de pré-intervenção, verifica-se uma inversão de estado para uma distribuição normal em vários plots nos dados de pós-intervenção, o que permetirá aplicar terstes de probabilidades mais robustos, bem como inferir previsões acerca do comportamento das populações nativas que venham a substituir a Tradescantia fluminensis (previamente arrancada). Dos diversos inventários e cálculos numéricos realizados para as invasoras monitorizadas em 2 comunidades florestais nos quadrados de 100m , estima-se que após a realização das intervenções florestais a realizar no interior dos plots, se venham a observar diferenças significativas ao nível das populações florísticas identificadas, bem como eventuais diferenças ao nível da biomassa arbórea presente. Atendendo à metodologia aplicada, alerta-se para as árvores numeradas no tronco com spray azul, uma vez que estes indivíduos deverão manter a numeração visível depois de realizadas as intervenções florestais de descasque, de modo a assegurar a continuidade das ações de monitorização. A partir do volume de dados apresentados no presente relatório, estão para já reunidos um conjunto de pressupostos que permitem nesta fase realizar algumas análises comparativas de referência, contudo a dimensão dos dados até agora recolhidos poderá ser objeto ainda de diversas combinações distintas, pelo que representam uma base de referência para análises matemáticas futuras. Com o objetivo de validar, tratar e desenvolver estatisticamente alguns dos resultados que este trabalho apresenta, e sobretudo de forma a avaliar a eficácia do projeto LIFE+ BRIGHT na manutenção da biodiversidade, torna-se necessário assegurar a monitorização contínua da flora e vegetação, aumentar a dimensão das amostras através do somatório de dados recolhidos, tornar as medidas estatísticas mais robustas e ensaiar testes de comparações múltiplas (através do teste estatístico ANOVA introduzindo diversos factores de comparação como por exemplo: espécie, tempo, invasão, habitat, experiência/controlo) que em conjunto possam demonstrar com dados conclusivos a eficácia do projeto.

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3.2.3. OUTRAS AÇÕES Potencial da fauna para a dispersão de sementes

3.2.3.1. Introdução Este projeto surge na sequência do trabalho de Mestrado em Ecologia Aplicada, de Lúcia Pereira, intitulado “Preferência alimentar de mamíferos, com vista ao potencial de dispersão de sementes”. Esse trabalho académico pretende verificar de que forma é que a fauna, sobretudo os mamíferos que se alimentam de frutos, se relacionam com a flora, avaliando a sua capacidade de dispersar ou controlar espécies vegetais, pelo que se considerou ser interessante para enriquecer os resultados do Projeto, embora seja uma atividade complementar. Note-se que não estão a ser afetos meios humanos diretos do BRIGHT para a realização deste trabalho, uma vez que a Lúcia Pereira é aluna da UA e não aufere qualquer remuneração do Projeto. O trabalho de recolha dos excrementos é realizado em simultâneo com o bolseiro BRIGHT André Aguiar, durante as monitorizações mensais dos indícios de presença de mamíferos carnívoros, não resultando em quaisquer alterações ou atrasos na realização dessa tarefa. O posterior trabalho em viveiro é também realizado pela Lúcia Pereira, e tem tido o apoio do Projeto BRIGHT, na medida em que é utilizado algum do substrato utilizado nos viveiros florestais da FMB.

Com este estudo pretende-se então compreender melhor a dinâmica das relações entre a fauna e flora, no que respeita: ao papel da fauna na propagação de espécies vegetais, ao seu potencial para o controlo de espécies autóctones e exóticas invasoras e à influência que a digestão de frutos produz na resposta germinativa de espécies vegetais. Para tal, e em resumo, procedeu-se à recolha de sementes da Mata Nacional do Buçaco e de excrementos de mamíferos e aves, ou seja, sementes não digeridas e digeridas e realizaram-se ensaios de germinação em viveiro. Com os dados obtidos a partir desta investigação pretende-se contribuir para o progresso do conhecimento das relações entre fauna e flora, procurando também que estes tenham uma aplicação na gestão da Mata, nomeadamente no âmbito do projeto Life + BRIGHT. A Mata Nacional do Buçaco apresenta os requisitos necessários para a realização deste estudo, uma vez que se trata de uma área murada com comunidades de Vertebrados terrestres que incluem espécies frugívoras, roedoras e granívoras. Apresenta também uma grande riqueza florística e de habitats, com evidente singularidade, vulnerabilidade e valor conservacionista. Para além disso, este local possui infraestruturas necessárias à execução experimental deste estudo, tais como estufas e viveiros. É, ainda, considerado, que a informação recolhida com este estudo poderá ser importante para a gestão da Mata e mesmo para os trabalhos decorrentes do projeto BRIGHT.

3.2.3.2. Metodologia Mamíferos Carnívoros Este estudo iniciou-se em setembro de 2012, sendo que desde então se procedeu mensalmente à recolha de excrementos de carnívoros frugívoros, num percurso com cerca de cinco quilómetros que atravessa toda a Mata (Fig. 41). A figura 41 mostra o percurso inicialmente adotado (o mesmo utilizado para a normal e regular monitorização de mamíferos carnívoros no âmbito do projeto BRIGHT), assim como um segundo traçado alternativo. Este último foi adotado a partir do mês de fevereiro de 2013, em virtude dos danos florestais causados pela passagem do ciclone Gong na Mata do Buçaco a 19 de janeiro de 2013, que impediram o acesso e monitorização do traçado original. O traçado original voltou a ser utilizado a partir de julho de 2013, após a sua desobstrução.

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Em cada amostragem mensal, cada excremento detetado foi guardado individualmente, etiquetado, identificado (espécie que lhe deu origem) e georreferenciado. Posteriormente, os excrementos recolhidos foram triados de forma a separar e contar as sementes presentes. A triagem foi efetuada recorrendo a pinças, ou manualmente, dependendo do estado do excremento. Em caso de excrementos muito secos, cuja desagregação se revelava problemática, recorreu-se ao humedecimento prévio dos mesmos. A identificação das sementes efetuou-se por comparação com sementes recolhidas das árvores, através de consulta bibliográfica e através de consulta com especialistas. Às sementes que não foi possível identificar foi atribuído um código e colocaram-se a germinar, esperando identificar futuramente as plântulas. Após devidamente limpas e identificadas, todas as sementes foram semeadas e devidamente acompanhadas no que respeita a regas e germinação (ver secção “sementeira e processamento em viveiro”). ,

Fig. 41. Mapa do percurso de recolha dos excrementos dos carnívoros, com indicação do troço alternativo realizado a partir de Fevereiro 2013. Os círculos indicam a localização dos poleiros para recolha de excrementos de aves, organizados por cor, consoante a unidade de paisagem onde se encontram.

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 125


Fig. 42. Frutos (das plantas) e excrementos recolhidos na amostragem de setembro 2012.

Aves Paralelamente ao trabalho com excrementos de mamíferos carnívoros, entre agosto e dezembro de 2012, também se realizaram testes de “atratibilidade” para aves granívoras, utilizando estruturas próprias (designadas de “poleiros”) que haviam sido distribuídas nas várias unidades de paisagem da Mata (Arboreto, Vale dos Fetos e Pinhal do Marquês). Nos comedouros instalados nos poleiros foram colocados diferentes iscos, tais como água em agosto, pedaços de maçã sem sementes juntamente com as cascas de frutos que foram colhidos e semeados em setembro e, por fim, frutos de pilriteiro em outubro. A seleção destes iscos prendeu-se com a desejada atratibilidade das aves aos poleiros, de forma a que ali se alimentassem e permanecessem algum tempo. Deste modo as aves poderiam defecar sobre os tabuleiros instalados nos poleiros, permitindo avaliar o efeito da ingestão na germinação das espécies escolhidas, através da sua sementeira nos viveiros. No entanto, os iscos a utilizar não poderiam ser suscetíveis de tornar a alimentação das aves de tal forma artificial, que causasse enviesamentos nos resultados a tratar (sementes defecadas, preferência alimentar, etc.). Desta forma, iscos ótimos e mais “óbvios”, como alpista, ou outro tipo de sementes, não puderam ser utilizados. Os excrementos recolhidos com a utilização deste isco foram devidamente identificados e processados, à semelhança do procedimento adotado para as sementes defecadas por carnívoros. No entanto, o número de sementes recolhido foi bastante reduzido, justificando a redução de investimento na monitorização dos poleiros.

Sementes não digeridas por animais (controlo) De forma a se poder comparar o sucesso germinativo de sementes digeridas e não digeridas, ou seja, para se avaliar o potencial dispersor/controlador da fauna, foram também recolhidas sementes provenientes da flora da Mata. Aquando das amostragens de recolha de excrementos de carnívoros, e no mesmo percurso, mensalmente foram recolhidas sementes maduras que se encontravam nas árvores ou no solo (Fig. 43), tendo-se identificado a respetiva espécie e registado também a sua localização. Em seguida procedeu-se ao descasque manual dos frutos e em alguns casos recorrendo à imersão dos mesmos em água por forma a amolecer a casca e facilitar a sua remoção, como é o caso do folhado (Viburnum tinus). Posteriormente essas sementes foram semeadas da mesma forma que as sementes dos excrementos (ver secção “sementeira e processamento em viveiro”). Nestas tentou-se semear o maior número possível de sementes colhidas das árvores, por forma a representar a abundância de espécies e disponibilidade de frutos em cada colheita. Desta forma, foram registadas as espécies que se encontravam em floração e/ou frutificação ao longo do ano (Anexo XII). BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 126


Fig. 43. Exemplo de frutos maduros recolhidos da árvore (azevinho, Ilex aquifolium).

Sementeira e processamento em viveiro Uma vez preparadas e prontas a semear, procedeu-se à sementeira das sementes das diversas proveniências, uma vez por mês, em caixas com 40 cuvetes. Numa primeira fase colocou-se uma única camada de substrato nas caixas, compactando-o. Em seguida semearam-se entre 2 a 15 sementes por cada cuvete, dependendo da espécie e do tamanho da semente. Finalmente completou-se o restante volume da cuvete com o mesmo substrato (Fig. 44). Este substrato foi disponibilizado pela Fundação Mata do Buçaco, sendo o mesmo habitualmente utilizado pelos viveiros florestais em funcionamento no âmbito do projeto BRIGHT. A título de exceção, ou aquando de um número muito reduzido de sementes, foram também semeadas algumas sementes em vasos, nomeadamente no caso de espécies invasoras ou de espécies, aparentemente, pouco viáveis. Para cada amostragem/sementeira, foram também colocadas em viveiro caixas que somente continham o substrato, sem quaisquer sementes, como controlo, por forma a identificar/quantificar possíveis contaminações (sementes, fungos, etc.) provenientes do próprio substrato. A cada caixa/cuvete foi atribuído um código que permitisse a identificação da proveniência das sementes, da data de sementeira e da respetiva espécie. Após cada sementeira, todas as caixas/cuvetes eram devidamente regadas e colocadas a germinar no interior do viveiro disponibilizado pela Fundação Mata do Buçaco para os trabalhos de investigação da Universidade de Aveiro (doravante, designado por “Viveiro UA”). O Viveiro UA (Fig. 45 e 46) pretende simular as condições naturais de temperatura, luminosidade e humidade da Mata. Está equipado com um sistema de rega (Fig. 47) que é ativado regularmente por forma a manter o substrato húmido e permitir a germinação das sementes e está coberto em todas as faces com uma tela que permite a passagem de luz, mas mantendo ensombramento e impedindo a entrada de sementes ou outros contaminantes indesejados.

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Fig. 44. Exemplo de um processo de sementeira.

Fig. 45. Viveiro UA – Aspeto exterior.

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Fig. 46. Viveiro UA – Aspeto interior.

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Fig. 47. Sistema de rega do Viveiro UA.

Ao longo do tempo tem-se monitorizado a germinação das sementes (Fig. 48 e 49) em cada cuvete semeada, registando a espécie e o número de plântulas de cada espécie que germina. Compara-se a fisionomia das plântulas que germinam com as das caixas controlo que contêm plântulas provenientes do próprio substrato, eliminando possíveis contaminantes. Este registo iniciou-se assim que surgiram as primeiras plântulas, no final do mês de janeiro, sendo que desde então quinzenalmente se registam todas as germinações que ocorrem. No caso de existirem plântulas identificadas como contaminantes do substrato, são retirados quando o substrato se encontra húmido, com o auxílio de uma pinça. Ao longo do tempo, as diversas caixas têm sido trocadas de local, dentro do Viveiro UA, para possibilitar a todas as caixas as mesmas condições (alternadas) de exposição à luz, à rega e à possibilidade de contaminação por sementes do exterior (através da tela de revestimento do Viveiro). Ao longo deste processo foram tiradas fotografias aos excrementos e às sementes neles contidas (Fig. 50), utilizando uma régua graduada como escala, sendo que este procedimento facilita a identificação de cada espécie por comparação com fotografias de sementes provenientes de plantas. Por outro lado, também nos viveiros se tiraram fotografias com regularidade às caixas e às plântulas, por forma a poder identificar com certeza a espécie de cada plântula.

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Fig. 48. Germinação de semente de azereiro (Prunus lusitanica).

Fig. 49. Plântula de azereiro (Prunus lusitanica).

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Fig. 50. Medição de sementes com régua.

3.2.3.3. Resultados De setembro a dezembro de 2012 e de fevereiro a abril de 2013 foram colhidos diversos frutos das árvores, num total de 26 espécies existentes na Mata, nomeadamente Phillyrea latifolia, Cupressus lusitanica, Ilex aquifolium, Polygonatum odoratum, Viburnum tinus, Laurus nobilis, Acacia melanoxylon, Arbutus unedo, Crataegus monogyna, Hedera hibernica, Prunus laurocerasus, Prunus lusitanica, Rubus ulmifolius e Ruscus aculeatus. Relativamente às sementes recolhidas dos excrementos foram encontradas 25 espécies, nomeadamente Rubus ulmifolius, Phoenix canariensis, Prunus laurocerasus, Secale cereale, Vitis vinifera, Arbutus unedo, Celtis australis, Ilex aquifolium, Hedera hibernica, entre outras que se encontram por identificar. Estes dados podem ser consultados no Anexo XIII.

Mamíferos carnívoros Verificou-se que a maioria dos excrementos pertencia a fuinha (Martes foina) e raposa (Vulpes vulpes), tendo-se recolhido também excrementos de aves e gineta (Genetta genetta) em menor quantidade. Foi possível verificar que algumas das sementes existentes nos excrementos não provêm da Mata, o que confirma que os carnívoros possuem um território que inclui áreas adjacentes a esta área, nas quais deverão existir espécies como Secale cereale e Vitis vinifera. Tal facto é comprovado por Pereira et al (2010), uma vez que refere que, na área de estudo, a gineta tem preferência por monoculturas de eucalipto, localizadas em áreas adjacentes à Mata, por estas lhe possibilitarem refúgio, abundância de presas e baixa ocorrência de predadores, como é o caso da raposa. Assim admite-se que seja por este motivo que este carnívoro evita um pouco a Mata, apresentando baixa abundância de excrementos. Refere também que a raposa tem preferência por florestas de coníferas, uma vez que nestas existe abundância de micromamíferos e extensas áreas abertas. Não demonstrando dessa forma grande preferência pela Mata, dada a sua pequena área e a elevada abundância e densidade de vegetação

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arbórea e arbustiva, que dificulta a captura de presas (Pereira et al. 2010). Pelos dados registados foi possível verificar que a maioria dos excrementos encontrados se relacionam com a presença de Prunus laurocerasus, indiciando o seu caracter oportunista. Por outro lado a fuinha tem preferência pela Mata uma vez que a vegetação é abundante, diversa e apresenta estruturas complexas que lhe fornecem abrigo e refúgio. Por ser um carnívoro generalista, alimenta-se de pequenos mamíferos, artrópodes e frutos (Prunus laurocerasus, Arbutus unedo, Rubus spp., Pittosporum undulatum) (Pereira et al. 2010), facto verificado pela elevada abundância de excrementos colhidos ao longo do ano. Verificou-se que nos meses quentes e secos existiam mais excrementos do que em meses chuvosos, reduzindo-se assim o número de excrementos recolhidos, em muito derivado ao facto de ocorrer escorrência de água que pode desfazer os excrementos existentes. Este fenómeno também é mencionado por Martins et al. 2008 que refere que o número de excrementos colhidos durante a estação menos chuvosa é o dobro do que ocorre em estações chuvosas. Este autor realça também o efeito da dissolução de excrementos de menores dimensões pela ação da chuva. Por outro lado segundo Cavallini & Lovari (1991) durante os meses de verão as raposas aparentam ser ligeiramente mais ativas do que durante o inverno, tal facto foi possível verificar pelo decréscimo do número de excrementos colhidos ao longo do tempo. Também a passagem do ciclone Gong levou à queda de milhares de árvores cujos troncos e ramagens tiveram de ser removidos dos caminhos, contribuindo assim para o pisoteio do solo e consequente diminuição do número de excrementos. Para além disso foi possível verificar que a partir do mês de março a maior parte dos excrementos apresentava menores dimensões e menor quantidade de sementes. Neste caso foi também percetível uma alteração da dieta dos mamíferos, que passou a ser mais carnívora, sendo que os excrementos apresentavam pelos, ossos e fragmentos de insetos. Este facto dever-se-á possivelmente ao decréscimo da disponibilidade de frutos maduros na Mata, sendo que na maioria das espécies de plantas ocorria floração ou o início da frutificação. Cavallini & Lovari (1991) confirmam a plasticidade e oportunismo adotados nas estratégias alimentares destes mamíferos referindo que entre o final da primavera e meio do verão as raposas preferem gafanhotos e besouros, dada a sua abundância, no entanto durante o inverno preferem frutos. Poderemos então considerar que as condições climatéricas (temperatura e pluviosidade) influenciam largamente o aparecimento de diferentes quantidades de excrementos, assim como a disponibilidade de recursos alimentares, nomeadamente a aglutinação de frutos e a dispersão de insetos ou micromamíferos, tal como Cavallini & Lovari (1991) referem.

Aves No que diz respeito aos poleiros foi possível verificar que utilizando como isco água, pedaços de maçã e cascas de frutos colhidos na Mata não se logravam os objetivos pretendidos. Posteriormente, no mês de outubro de 2012, com a utilização de frutos de pilriteiro (Fig. 51), verificou-se que as aves debicavam estes frutos e deixavam sobre o poleiro excrementos que continham restos da sua alimentação, incluindo sementes de frutos digeridos, tais como sementes de medronho (Arbutus unedo) e azevinho (Ilex aquifolium). Foi possível verificar que algumas destas sementes, nomeadamente de Arbutus unedo, se encontravam danificadas.

Fig. 51. Utilização de frutos de pilriteiro nos comedouros dos poleiros.

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Monitorização dos viveiros No Viveiro da UA verificou-se que tanto as sementes de excrementos como as de plantas começaram a germinar a partir do mês de janeiro de 2013. E desde então foi possível verificar que até ao final do mês de julho de 2013 já germinaram inúmeras sementes provenientes de plantas, nomeadamente de Laurus nobilis, Ligustrum lucidum, Ligustrum sinense, Lonicera periclymenum e Pittosporum eugenioides, que apresentam entre 75% a 100% de germinação. No entanto espécies como Phillyrea latifolia, Cupressus lusitanica, Deutzia crenata, Ilex aquifolium, Polygonatum odoratum e Solanum nigrum ainda não germinaram. Por outro lado, nas sementes provenientes de excrementos também é possível verificar que Celtis australis e Hedera hibernica apresentam entre 75% a 100% de germinação, para além destas também germinaram sementes cuja espécie não foi possível identificar, referenciadas pelos códigos G, H, R e U. Estas, apesar de pouco representativas, uma vez que foram semeadas apenas 1 ou 2 sementes, germinaram na totalidade, daí apresentarem 100% de germinação (Anexo XIII). Relativamente aos excrementos, a maior parte das sementes semeadas provêm de fuinha, sendo nestes onde se verifica maior quantidade de sementes germinadas. Nos excrementos não identificados, apesar do pequeno número de sementes, não se verifica qualquer germinação. Para os excrementos provenientes de aves, a germinação que se verifica é muito reduzida, tal como era de esperar tendo em conta o aspeto degradado das sementes triadas. Nos excrementos de raposa verifica-se que, apesar do pequeno número de sementes semeadas, no caso de Prunus laurocerasus ocorreu a germinação de 20% das sementes. Foi possível verificar que algumas das espécies invasoras/ infestantes têm facilidade em germinar, tais como Pittosporum eugenioides (76%), Pittosporum undulatum (38%), Phytolacca americana (34%), Acacia melanoxylon (10%), Prunus laurocerasus (em média 10%) (Anexo XIII). Para poder comparar a capacidade germinativa de sementes com diferentes proveniências podem terse em conta as seguintes 8 espécies: Acacia melanoxylon, Arbutus unedo, Hedera hibernica, Ilex aquifolium, Prunus laurocerasus, Rubus ulmifolius, Ruscus aculeatus e Cupressus lusitanica uma vez que existem em diferentes excrementos e ao mesmo tempo nas sementes colhidas das plantas (Fig. 52), desta forma permitem concluir acerca do efeito benéfico ou nefasto da passagem de sementes pelo trato digestivo de diferentes carnívoros e em alguns casos por aves.

Número de sementes

Proveniência das sementes 450 400 350 300 250 200 150 100 50 0

426 375

350

180 140

170 90 1 Ruscus aculeatus

6

14

86 12

Ilex aquifolium

Arbutus unedo

15

3 Hedera hibernica

5050 31 1

Prunus Acacia laurocerasus melanoxylon

50 1

Rubus ulmifolius

Cupressus lusitanica

Espécie Planta

Excremento Fuinha

Excremento Raposa

Excremento Ave

Fig. 52. Neste gráfico identifica-se a proveniência das sementes que permitem comparar a capacidade germinativa entre sementes de diferentes espécies e proveniências. Neste gráfico excluem-se as sementes que provêm de excrementos não identificados e de gineta, dada a sua baixa abundância.

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Tendo em conta estas 8 espécies, verificou-se que até agora em Acacia melanoxylon e Ruscus aculeatus somente germinaram sementes provenientes de plantas (Anexo XIII), não existindo germinação de sementes digeridas. Tal facto pode indicar que possivelmente a ingestão destas sementes por parte dos animais poderá ter impedido a sua germinação ou as condições de temperatura, luz e humidade talvez não fossem propícias à sua germinação. No caso de Acacia melanoxylon é bastante conhecido que o ensombramento limita a sua germinação, muitas vezes devido à folhagem que impede a obtenção de luz, impossibilitando a sua germinação (Marchante 2001). No entanto, no caso particular deste estudo, o ensombramento em que as sementes são colocadas a germinar é propositado, simulando as condições naturais do interior da MNB. Relativamente a Hedera hibernica, Arbutus unedo, Rubus ulmifolius pode-se verificar que as sementes provenientes de excrementos germinaram em maior percentagem do que as sementes provenientes das plantas (Fig. 54), concluindo-se que para estas espécies a digestão da fuinha facilita a germinação das sementes. No caso de Prunus laurocerasus, também as sementes provenientes de excrementos germinaram em maior percentagem do que as sementes provenientes das plantas (Fig. 54), concluindo-se que para estas espécies a digestão da raposa e da fuinha facilitam a germinação das sementes, especialmente na digestão da raposa (20% de germinação na raposa vs. 7% germinação na fuinha e 4% germinação plantas). Por outro lado, Ilex aquifolium e Cupressus lusitanica ainda não germinaram nem em sementes provenientes de excrementos nem de plantas, de tal forma que não é possível tirar qualquer conclusão acerca do efeito da digestão sobre as sementes destas espécies (Anexo XIII).

Número de sementes germinadas

Germinação mediante a proveniência de sementes 58

60 50 40 30 20 10 0

46

40

22 13 5

2

1

Arbutus unedo Hedera hibernicaRuscus aculeatus

11 3

6

3

Prunus Rubus ulmifolius laurocerasus

Acacia melanoxylon

Espécie Planta

Excremento Fuinha

Excremento Raposa

Excremento Ave

Fig. 53. Número de sementes germinadas, por espécies e proveniência. Excluem-se as sementes que provêm de excrementos não identificados e de gineta, dada a sua baixa germinação.

% Germinação 75

80 60 40

27 17

20

17

24

22 5

9

20 4 7

6

0 Hedera hibernica

Acacia melanoxylon

Planta

Arbutus unedo Ruscus aculeatus Rubus ulmifolius

Excremento Fuinha

Excremento Raposa

Prunus laurocerasus

Excremento Ave

Fig. 54. Comparação da capacidade germinativa de sementes de diferentes proveniências e espécies. BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 135


3.2.3.4. Discussão de Resultados / Considerações Finais O número de sementes semeadas com origem nos excrementos nem sempre coincide com o número de sementes colhidas das plantas, isto porque cada mamífero possui determinada preferência alimentar, preferindo determinados frutos em detrimento de outros, assim como a disponibilidade de frutos na Mata varia ao longo do tempo. Através da análise dos dados obtidos foi possível verificar que no caso de três espécies de plantas (Hedera hibernica, Arbutus unedo, Rubus ulmifolius) a digestão das sementes por parte da fuinha facilita a sua germinação. No caso de Prunus laurocerasus, a digestão das sementes por parte da raposa facilita ainda mais a germinação das mesmas do que a digestão por parte da fuinha. Por outro lado, no caso de Acacia melanoxylon, uma vez que apenas germinaram sementes das plantas. Aparentemente a digestão dos mamíferos pode impedir a germinação das sementes desta espécie, mas mais estudos terão de ser efetuados para se poder concluir com rigor. No que diz respeito à recolha de excrementos de aves, foi possível verificar que adicionando aos comedouros dos poleiros iscos como água, pedaços de maçã e cascas de frutos colhidos na mata não se conseguia atrair as aves o tempo suficiente para que defecassem sementes previamente ingeridas no seu meio natural. A fraca atratibilidade pelos poleiros poderá dever-se quer à fraca atratibilidade dos iscos em si, quer à elevada abundância de poleiros naturais e alimento pela Mata. Dos vários iscos utilizados, apenas os frutos de pilriteiro surtiram algum efeito, revelando-se bons atrativos para as aves, no entanto, e naturalmente, estes frutos apenas estão disponíveis num curto período do ano. Assim, a partir do mês de janeiro, atendendo aos poucos resultados obtidos face ao esforço aplicado e à destruição causada pela passagem do ciclone Gong, que destrui cerca de metade dos poleiros colocados na Mata e tornou outros inacessíveis, decidiu-se parar com o estudo da dieta das aves e do seu papel como dispersor de sementes. Assim o estudo irá prosseguir apenas com as sementes recolhidas dos excrementos de mamíferos e das plantas. No decorrer dos trabalhos foi possível verificar que os mamíferos carnívoros (designadamente fuinha e raposa), na Mata do Buçaco, possuem hábitos alimentares que se encontram em consonância com o que surge na literatura científica, que os descrevem como generalistas e oportunistas. Na Mata, em épocas em que existe maior disponibilidade de frutos maduros estes são consumidos pelos mamíferos, que assim promovem a dispersão dessas sementes pela Mata. Por outro lado, por vezes estes mamíferos deslocam-se a áreas periféricas, onde ingerem frutos inexistentes na Mata, e acabam por introduzi-los posteriormente no seu interior, podendo causar a instalação de novas espécies e constituindo uma potencial fonte de espécies indesejadas, tais como espécies invasoras. Os resultados futuros deste estudo irão certamente contribuir para um melhor conhecimento desta realidade, permitindo que se elaborem estratégias de gestão/conservação adequadas ao que se vier a saber com maior detalhe.

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3.2.4. OUTRAS AÇÕES Macrofungos da Mata Nacional do Buçaco

É sabido que a Mata do Buçaco detém um património biológico inigualável, já estudado por diversos investigadores da fauna e da flora. No entanto, até à data não existia nenhum estudo sistemático dos cogumelos da Mata, nem sequer um inventário, pelo que este estudo é pioneiro. O levantamento dos macrofungos existentes na MNB foi realizado de forma não sistemática, por toda a área da Mata, sem a utilização de meios diretamente afetos ao Projeto BRIGHT, uma vez que o bolseiro André Aguiar desenvolveu estes levantamentos no seu tempo livre, por interesse pessoal, e inicialmente apenas com um carácter lúdico. Neste momento, a Universidade de Aveiro tem ainda um aluno finalista da Licenciatura em Biologia, Eduardo Batista, a estudar os macrofungos da MNB, sem qualquer afetação ao BRIGHT, mas contribuindo para o enriquecimento das informações apresentadas abaixo. Em termos ecológicos, a diversidade de cogumelos agora revelada reforça a importância conservacionista da Mata, com as suas árvores centenárias, num ecossistema estável e maduro que possibilita o desenvolvimento de inúmeras espécies. No entanto, o conhecimento dos cogumelos da Mata reveste-se de muitas outras mais-valias, como sejam o potencial para a exploração gastronómica, fotográfica e turística, o valor estético e paisagístico e ainda as oportunidades que permite ao nível da educação ambiental. Face a estes aspetos, inclui-se neste documento a lista de cogumelos identificados até ao momento na MNB (Tabela 41).

Tabela 41. Inventário dos macrofungos (cogumelos) registados até ao momento na MNB, com indicação do tipo de ocorrência na Mata, época prefrenical de observação e comestibilidade. COGUMELOS Ordem

Nome científico

Ocorrência na Mata

Época

Comestibilidade

Notas

1

Sphaeriales

Xylaria hypoxylon

Pouco Frequente

2

Sphaeriales

Xylaria polymorpha

Pouco Frequente

Todo o ano

Não

Espécie pouco comum

Outono-Primavera

Não

3

Pezizales

Helvella lacunosa

4

Pezizales

Helvella crispa

Pouco Frequente

Primavera a outono

Sim

Pouco Frequente

Verão-Outono

Sim

5

Pezizales

6

Pezizales

Helvella elastica

Pouco Frequente

Verão-Outono

Sim

Aleuria aurantia

Pouco Frequente

Primavera-Outono

Sim

7 8

Pezizales

Sarcoscypha coccinea

Frequente

Inverno a primavera

Não

Pezizales

Tarzetta catinus

Pouco Frequente

Primavera-Outono

Não

Espécie pouco comum

Espécie pouco comum

9

Helotiales

Leotia lubrica

Frequente

Verão-Outono

Não

10

Helotiales

Bisporella citrina

Pouco Frequente

Verão-Outono

Não

11

Dacrymycetales

Calocera cornea

Frequente

Todo o ano

Não

12

Dacrymycetales

Calocera viscosa

Frequente

Outono-Primavera

Não

13

Auriculariales

Auricularia auricula-judae

Pouco Frequente

Todo o ano

Sim

14

Tremellales

Tremella mesenterica

Frequente

Todo o ano

Não

15

Tremellales

Exidia glandulosa

Pouco Frequente

Outono

Não

Espécie pouco comum

16

Cantharellales

Cantharellus cibarius

Pouco Frequente

Verão-Outono

Sim

Comestível bem cohecido

17

Cantharellales

Cantharellus tubaeformis

Pouco Frequente

Verão-Outono

Sim

18

Cantharellales

Craterellus cornucopioides

Pouco Frequente

Verão-Outono

Sim

19

Cantharellales

Sparassis crispa

Pouco Frequente

Verão-Outono

Sim

20

Cantharellales

Clavulina rugosa

Frequente

Outono

Não

21

Cantharellales

Clavulina cristata

Frequente

Outono

Não

22

Cantharellales

Clavulinopsis helvola

Pouco Frequente

Outono

Não

Comestível bem cohecido

Comestível bem cohecido

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23

Cantharellales

Clavulinopsis corniculata

Frequente

Outono

Não

24

Cantharellales

Clavulinopsis fusiformis

Frequente

Outono

Não

25

Cantharellales

Hydnum repandum

Frequente

Verão-Outono

Sim

26

Cantharellales

Hydnum rufescens

Muito Frequente

Primavera-Outono

Sim

27

Gomphales

Ramaria gracilis

Pouco Frequente

Outono

Não

28

Gomphales

Ramaria formosa

Frequente

Verão-Outono

Tóxico

29

Gomphales

Ramaria flavescens

Muito Frequente

Verão-Outono

Sim

30

Telephorales

Sarcodon imbricatum

Muito Frequente

Outono

Não

31

Telephorales

Sarcodon scabrosus

Pouco Frequente

Outono

Não

32

Schizophyllales

Schizophyllum commune

Pouco Frequente

Todo o ano

Não

33

Hymenochaetales

Inonotus hispidus

Pouco Frequente

Outono

Não

34

Ganodermatales

Ganoderma applanatum

Pouco Frequente

Todo o ano

Não

35

Ganodermatales

Ganoderma lucidum

Pouco Frequente

Outono

Não

Espécie pouco comum

36

Fistulinales

Fistulina hepatica

Muito Frequente

Verão-Outono

Sim

Comestível bem cohecido

37

Poriales

Phaeolus schweinitzii

Muito Frequente

Verão-Outono

Não

38

Poriales

Laetiporus sulphureus

Pouco Frequente

Primavera-Verão

Não

39

Poriales

Fomes fomentarius

Muito Frequente

Todo o ano

Não

40

Poriales

Fomitopsis pinicola

Frequente

Todo o ano

Não

41

Poriales

Trametes versicolor

Muito Frequente

Todo o ano

Não

42

Poriales

Trametes hirsuta

Pouco Frequente

Todo o ano

Não

43

Poriales

Stereum rugosum

Frequente

Todo o ano

Não

44

Tricholomatales

Panellus serotinus

Pouco Frequente

Primavera-Outono

Não

45

Tricholomatales

Pleurotus ostreatus

Pouco Frequente

Outono

Sim

46

Tricholomatales

Hygrocybe conica

Muito Frequente

Verão-Outono

Não

47

Tricholomatales

Hygrocybe chlorophana

Pouco Frequente

Outono

Não

48

Tricholomatales

Hygrocybe coccinea

Frequente

Verão-Outono

Não

49

Tricholomatales

Hygrocybe psittacina

Pouco Frequente

Verão-Outono

Não

50

Tricholomatales

Leucopaxillus gentianeus

Frequente

Outono

Não

51

Tricholomatales

Pseudoclitocybe cyanthiformis

Pouco Frequente

Outono-Inverno

Não

52

Tricholomatales

Clitocybe gibba

Muito Frequente

Outono

Não

53

Tricholomatales

Clitocybe nebularis

Pouco Frequente

Outono-Inverno

Sim

54

Tricholomatales

Clitocybe odora

Muito Frequente

Verão-Outono

Não

55

Tricholomatales

Armillaria mellea

Frequente

Outono-Inverno

56

Tricholomatales

Tricholoma sulphureum

Pouco Frequente

Outono

Tóxico

57

Tricholomatales

Laccaria amethystina

Muito Frequente

Outono

Não

58

Tricholomatales

Laccaria bicolor

Frequente

Primavera-Outono

Não

59

Tricholomatales

Laccaria laccata

Muito Frequente

Primavera-Outono

Não

60

Tricholomatales

Lepista inversa

Muito Frequente

Verão-Outono

Sim

61

Tricholomatales

Lepista nuda

Muito Frequente

Outono-Inverno

Sim

62

Tricholomatales

Marasmius oreades

Pouco Frequente

Primavera-Outono

Sim

63

Tricholomatales

Collybia dryophila

Muito Frequente

Primavera-Outono

Não

64

Tricholomatales

Mycena acicula

Frequente

Verão-Outono

Não

65

Tricholomatales

Mycena epipterygia

Muito Frequente

Verão-Outono

Não

66

Tricholomatales

Flammulina velutipes

Frequente

Outono-Inverno

Não

67

Agaricales

Coprinus disseminatus

Frequente

Primavera-Outono

Não

68

Agaricales

Coprinus micaceus

Pouco Frequente

Primavera-Outono

Não

69

Agaricales

Coprinus lagopides

Frequente

Outono

Não

70

Agaricales

Psathyrella velutina

Pouco Frequente

Outono

Não

71

Agaricales

Agaricus campestris

Pouco Frequente

Primavera-Outono

Sim

72

Agaricales

Macrolepiota procera

Muito Frequente

Outono

Sim

Tóxico comum

Espécie pouco comum

Comestível bem cohecido

Não

Comestível bem cohecido

Comestível bem cohecido

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73

Agaricales

Amanita vaginata

Pouco Frequente

Primavera-Outono

Sim

74

Agaricales

Amanita battarae

Pouco Frequente

Outono

Sim

75

Agaricales

Amanita caesarea

Frequente

Verão-Outono

Sim

76

Agaricales

Amanita gemmata

Muito Frequente

Verão-Outono

Não

77

Agaricales

Amanita muscaria

Muito Frequente

Outono

Não

78

Agaricales

Amanita pantherina

Muito Frequente

Outono

Tóxico

79

Agaricales

Amanita rubescens

Muito Frequente

Verão-Outono

80

Agaricales

Amanita citrina

Muito Frequente

Outono

Não

81

Agaricales

Amanita phalloides

Muito Frequente

Outono

Tóxico

82

Cortinariales

Bolbitius vitellinus

Pouco Frequente

Outono

Não

83

Cortinariales

Pholiota squarrosa

Pouco Frequente

Verão-Outono

Não

84

Cortinariales

Stropharia aurantiaca

Muito Frequente

Verão-Outono

Não

85

Cortinariales

Hypholoma fasciculare

Muito Frequente

Todo o ano

Não

86

Cortinariales

Crepidotus variabilis

Frequente

Outono-Inverno

Não

87

Cortinariales

Gymnopilus spectabilis

Muito Frequente

Outono

Não

88

Cortinariales

Galerina marginata

Pouco Frequente

Outono

Tóxico

89

Pluteales

Entoloma serrulatum

Frequente

Verão-Outono

Não

90

Russulales

Russula cyanoxantha

Frequente

Verão-Outono

Sim

91

Russulales

Russula torulosa

Muito Frequente

Outono

Não

92

Russulales

Lactarius deliciosus

Pouco Frequente

Outono

Sim

93

Russulales

Lactarius necator

Frequente

Verão-Outono

Não

94

Russulales

Lactarius chrysorrheus

Frequente

Outono

Não

95

Russulales

Lactarius aurantiacus

Muito Frequente

Outono

Não

96

Boletales

Hygrophoropsis aurantiaca

Frequente

Outono

Não

97

Boletales

Paxillus involutus

Muito Frequente

Verão-Outono

Tóxico

98

Boletales

Chroogomphus rutilus

Frequente

Verão-Outono

Não

Espécie pouco comum

Sim

99

Boletales

Suillus luteus

Frequente

Outono

Sim

100

Boletales

Suillus bovinus

Pouco Frequente

Outono

Sim

101

Boletales

Xerocomus badius

Frequente

Verão-Outono

Sim

102

Boletales

Xerocomus chrysenteron

Frequente

Verão-Outono

Sim

103

Boletales

Xerocomus rubellus

Frequente

Verão-Outono

Não

104

Boletales

Boletus edulis

Pouco Frequente

Verão-Outono

Sim

105

Boletales

Boletus pinicola

Pouco Frequente

Verão-Outono

Sim

106

Boletales

Boletus erythropus

Pouco Frequente

Verão-Outono

Sim

107

Phallales

Phallus impudicus

Muito Frequente

Verão-Outono

Não

108

Phallales

Clathrus ruber

Pouco Frequente

Primavera-Outono

Não

109

Sclerodermatales

Astraeus hygrometricus

Pouco Frequente

Primavera-Outono

Não

110

Sclerodermatales

Pisolithus arhizus

Muito Frequente

Primavera-Outono

Não

111

Sclerodermatales

Scleroderma citrinum

Frequente

Verão-Outono

Não

112

Lycoperdales

Geastrum triplex

Muito Frequente

Verão-Outono

Não

113

Lycoperdales

Calvatia utriformis

Pouco Frequente

Primavera-Outono

Não

114

Lycoperdales

Lycoperdon perlatum

Muito Frequente

Primavera-Outono

Não

115

Lycoperdales

Lycoperdon molle

Frequente

Primavera-Outono

Não

116

Pezizales

Helvella queletii

Pouco Frequente

Primavera

Sim

117

Pezizales

Helvella acetabulum

Pouco Frequente

Primavera

Sim

118

Pezizales

Scutellinia sp.

Pouco Frequente

Primavera-Outono

Não

119

Tricholomatales

Mycena pelianthina

Pouco Frequente

Primavera-Outono

Tóxico

120

Cortinariales

Tubaria hiemalis

Pouco Frequente

Outono-Primavera

Não

121

Cortinariales

Inocybe lacera

Pouco Frequente

Primavera-Outono

Tóxico

Tóxico comum

Tóxico comum

Espécie pouco comum

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 139


3.2.5. Referências bibliográficas Barataud, M. 1996. Ballades dans l'Inaudible - sound guide. Sittelle Publishers, Mens, France. Barataud, M. 2002. The world of bats. Sittelle Publishers, Mens, France. 44 pp. Cabral, M. J. c., Almeida, J., Almeida, P. R., Dellinger, T., Ferrand de Almeida, N., Oliveira, M. E., Palmeirim, J. M., Queiroz, A. I., Rogado, L. and Santos-Reis, M. 2005. Livro Vermelho dos Vertebrados de Portugal. Instituto de Conservação da Natureza, Lisbon. 660 pp. Cavallini, P. and Lovari, S. 1991. Environmental factors influencing the use of habitat in the red fox, Vulpes vulpes. Journal of zoology, 223: 323-339. Dias, S. C. 2004. Planejando estudos de diversidade e riqueza: uma abordagem para estudantes de graduação. Ata Scientiarum, 26: 373-379. Heleno, R., Lacerda, I., Ramos, J. A. and Memmott, J. 2010. Evaluation of restoration effectiveness: community response to the removal of alien plants. Ecological applications, 20: 1191-1203. Lopes, L. 2012. Flora e Vegetação da Mata Climácica do Buçaco. Universidade de Aveiro, Aveiro. Magurran, A.E., 1988. Ecological diversity and its measurement. New Jersey: Princeton University Press. Matos, M. 2011. Vertebrate diversity in the Bussaco Mountain and surrounding areas. University of Aveiro, Aveiro. Matos, M., Lopes-Pinto, N. and Fonseca, C. 2011. Os morcegos da Mata Nacional do Bussaco, centro de Portugal. Galemys, 23: 57-62. Marchante, H.S.D.C. 2001. Invasão dos ecossistemas dunares portugueses por Acacia : uma ameaça para a biodiversidade nativa. Dissertação de Mestrado. Universidade de Coimbra. Pereira, P. 2010. Seleção de habitat por carnívoros na Serra do Bussaco. Universidade de Aveiro. Dissertação de Mestrado. Universidade de Aveiro. Pereira, P., Alves da Silva, A., Alves, J., Matos, M. and Fonseca, C. 2012. Coexistence of carnivores in a heterogeneous landscape: habitat selection and ecological niches. Ecological Research, 27: 745753. Reid, A. M., Morin, L., Downey, P. O., French, K. and Virtue, J. G. 2009. Does invasive plant management aid the restoration of natural ecosystems? Biological conservation, 142: 2342-2349. Ruiz‐ Jaen, M. C. and Mitchell Aide, T. 2005. Restoration success: how is it being measured? Restoration Ecology, 13: 569-577. Russo, D. and Jones, G. 2002. Identification of twenty-two bat species (Mammalia : Chiroptera) from Italy by analysis of time-expanded recordings of echolocation calls. Journal of Zoology, 258: 91-103. Santos, A. 1993. Caracterização da Mata Nacional do Buçaco. Ediliber Gráfica, Coimbra. 146 pp. Vieira, J.N. 2007. Árvores e Florestas de Portugal. Floresta Portuguesa ‐ Imagens de tempos idos. Público, Comunicação Social SA & Fundação Luso‐ Americana para o Desenvolvimento. 236 pp. Zar, J.H. 1999. Biostatitical Analysis. 3. ed. New Jersey: Prentice Hall. Zavaleta, E. S., Hobbs, R. J. and Mooney, H. A. 2001. Viewing invasive species removal in a wholeecosystem context. Trends in Ecology & Evolution, 16: 454-459.

BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 140


3.3. Progresso Esperado

Tabela 42. Síntese dos desenvolvimentos das ações do projeto, incluindo identificação do progresso previsto em candidatura (P) e execução verificada (E), desvios temporais associados, respetiva relevância, correção e efeitos no projeto. 2012

2013

Ação A

S

O

N

D

J

F

M

A

M

J

J

A

E.2_Flora P E

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

E.2_Fauna P E

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

X

Desvio

Relevância / Solução

Efeitos no Projeto

Alguns atrasos devidos ao ciclone.

Não aplicável.

Não aplicável.

Ajuste de algumas metodologias.

Não execução – até ao momento – da monitorização das aves através de caixas-ninho e atrasos na monitorização de mamíferos carnívoros através de fotoarmadilhagem. Prevê-se que estas metodologias sejam retomadas ainda em 2013.

Alguns atrasos e prejuízos devidos ao ciclone.

Os trabalhos da Ação E.2 decorrem com algumas alterações face ao previsto, conforme explicado anteriormente, sendo que no próximo período se continuarão as metodologias em curso.

1) Monitorização de fauna: - Invertebrados, periodicidade mensal (sempre que possível), várias metodologias; - Peixes, periodicidade mensal, contagem exaustiva; - Anfíbios, periodicidade mensal, várias metodologias; - Répteis, periodicidade mensal, busca ativa; - Aves, periodicidade fenológica, censos em ponto fixo; - Mamíferos carnívoros, fotoarmadilhagem (15 dias consecutivos por época do ano) e busca mensal de indícios de presença; - Micromamíferos, periodicidade fenológica, amostragem com armadilhas tipo Sherman; - Morcegos, periodicidade mensal, amostragem de ultrassons. - Colocação de 250 caixas-ninho na Mata, com estratificação por unidades de paisagem e monitorização da ocupação das mesmas durante a época de reprodução (março a julho) – 60 caixas-ninho, 20 por cada unidade de paisagem (Arboreto, Pinhal do Marquês e Floresta Relíquia). - De forma complementar: avaliação da dispersão de sementes por vertebrados, recolha mensal de sementes digeridas por vertebrados frugívoros e sementes não digeridas, disponíveis na Mata, plantação em viveiro e monitorização da germinação. Após a obtenção dos dados, serão calculados índices de biodiversidade para avaliação da situação faunística nos vários habitats da Mata do Bussaco, quando aplicável. Nos grupos taxonómicos em que seja possível, será efetuada uma comparação com dados ae situação de referência pré-intervenção BRIGHT para avaliação dos efeitos do projeto sobre as diversas comunidades faunísticas. 1) Monitorização da flora e habitats:

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As amostragens de monitorização serão realizadas em modo contínuo de forma a obter dados antes e após as intervenções florestais, e para obter levantamentos comparáveis nas diferentes estações do ano. Com o objetivo de avaliar os efeitos das ações previstas pelo BRIGHT na flora e nos habitats, serão efetuadas ainda análises comparativas da evolução das comunidades florísticas tendo em conta a situação de referência pré-definida e as áreas de controlo representativas de cada habitat. Assim, serão aplicadas diversas metodologias de monitorização consoante a espécie invasora: - Acacia dealbata, periodicidade contínua de comparação sazonal, com diversas metodologias de monitorização. - Acacia longifolia, periodicidade contínua de comparação sazonal, com diversas metodologias de monitorização. - Acacia melanoxylon, periodicidade contínua de comparação sazonal, com diversas metodologias de monitorização. - Ailanthus altíssima, periodicidade contínua de comparação sazonal, com diversas metodologias de monitorização. - Fascicularia bicolor, periodicidade contínua com monitorização cartográfica. - Phytolacca americana, periodicidade contínua com monitorização cartográfica. - Pittosporum undulatum, periodicidade contínua de comparação sazonal, com diversas metodologias de monitorização. - Prunus laurocerasus, periodicidade contínua de comparação sazonal, com diversas metodologias de monitorização. - Robinia pseudoacacia, periodicidade contínua de comparação sazonal, com diversas metodologias de monitorização. - Tradescantia fluminensis, periodicidade contínua de comparação sazonal, com aplicação do método do quadrado. Para além das diversas técnicas de monitorização a aplicar consoante a espécie invasora, será realizada em paralelo a monitorização cartográfica com recurso a ArcGis para análise da evolução das áreas ocupadas por espécies invasoras e progressão dos habitats naturais. - Edição de cartografia em ArcGis com a evolução/progresso a partir da situação de referência. - Inventariação das espécies disseminadoras de sementes por época/estação de ano. - Análise das técnicas de intervenção aplicadas e investigação/ensaio de novas técnicas – melhoria continua. Serão elaborados cálculos e análises estatísticas para efeitos de avaliação das intervenções previstas em projeto, a partir de um ciclo bienal de dados sazonais. A comparação de dados dos períodos antes e após intervenção para cada espécie invasora a monitorizar, bem como a análise da evolução dos habitats intervencionados ou com introdução de espécies autóctones, será realizada em paralelo com as ações no terreno tendo em conta a evolução florística temporal das parcelas a amostrar.

3.4. Impacto do Projeto Atendendo a que o trabalho de campo já decorre há mais de um ano, não se verificam quaisquer efeitos nefastos do Projeto sobre a biodiversidade ou outros elementos. Ao nível da flora, o conjunto de dados apresentado permite realizar algumas análises comparativas de referência, que indiciam que o projeto está a ter resultados positivos ao nível da restauração de habitats previamente degradados pela presença de espécies invasoras, principalmente no que respeita à remoção de Tradescantia fluminensis. Ao nível da fauna, de um modo geral, não foram detetadas diferenças entre a situação de referência e a situação atual, o que não é, de todo, de estranhar, uma vez que os efeitos sobre a fauna demoram vários BRIGHT – Bussaco´s Recovery of Invasions Generating Habitat Threats (LIFE10/NAT/PT/075) Relatório de Arranque p. 142


ciclos de vida a revelar-se.O facto de não ter havido resultados de algum modo prejudiciais à funa, é um excelente indicador de que os trabalhos decorrem de forma correta. Quanto ao impacto do projeto ao nível da população local, verifica-se que alguns proprietários de propriedades locais procuram orientação não formal para combater o problema das espécies invasoras nessas suas propriedades, fruto da visibilidade e projeção que o projeto BRIGHT está a alcançar. Verifica-se ainda a ‘replicação’ de algumas das técnicas de controlo de invasoras, aplicadas nas propriedades privadas afetadas com o mesmo problema. A imagem social positiva que o projeto está a ter tem também despertado o interesse do tecido empresarial, que tem procurado os parceiros do projeto para estabelecer parcerias, formações, etc.

3.5. Para além do LIFE+ No âmbito do pós-doutoramento em Promoção e Administração de Ciência e Tecnologia, de Milene Matos (equipa UA), têm sido desenvolvidas muitas ações e atividades na MNB que, embora não sejam financiadas pelo LIFE, acabam por ser complementares à missão de envolvimento da sociedade nas ações de conservação e transmissão de conhecimento técnico à população em geral. É quase inevitável nestas atividades mencionar o projeto BRIGHT, referir a sua importância em termos de conservação, o enquadramento e objetivos do mesmo, sensibilizando os participantes e gerando consciencialização ambiental. Algumas destas ações incluem: oficinas pedagógicas, workshops, cursos de formação, atividades de sensibilização ambiental intergeracionais, entre outras. (Os anexos mencionados neste ponto encontram-se na Pasta ‘ANEXO - Deliverables e Marcos’.)

Alguns exemplos são: - Curso de formação do projeto nacional “Charcos com Vida” – 1ª parte “Curso de monitores Charcos com Vida”. 20 e 21 de outubro de 2012. Fundação Mata do Buçaco, CIBIO – Universidade do Porto e Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro. (CARTAZ EM ANEXO) - Curso de formação do projeto nacional “Charcos com Vida” – 2ª parte “Curso de construção e manutenção de charcos”. 28 de outubro de 2012. Fundação Mata do Buçaco, CIBIO – Universidade do Porto e Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro. (CARTAZ EM ANEXO) - Workshop “Pirilampos e outros insetos”, 24 maio 2013, Mata Nacional do Buçaco. Fundação Mata do Buçaco e Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro. (CARTAZ EM ANEXO – Buçaco ao Luar) - Workshop “Os anfíbios da Mata”, 21 junho 2013, Mata Nacional do Buçaco. Fundação Mata do Buçaco e Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro. (CARTAZ EM ANEXO – Buçaco ao Luar) - Minicurso de Botânica. 29 e 30 de junho 2013, Mata Nacional do Buçaco. Fundação Mata do Buçaco e Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro. (CARTAZ EM ANEXO) - Workshop “Os morcegos da Mata Nacional do Buçaco”, 26 julho 2013, Mata Nacional do Buçaco. Fundação Mata do Buçaco e Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro. (CARTAZ EM ANEXO – Buçaco ao Luar)

No âmbito do Sement Event (Evento anual BRIGHT), a equipa do DBio-UA teve a cargo o fim de semana de formação em “Recolha e Propagação de Espécies Autóctones”. 17 e 18 novembro 2012 – Fundação Mata do Buçaco, assim como o programa social (Passeio Noturno - A Fauna da Mata Nacional do Buçaco) do fim de semana de formação em “Controlo de Invasoras”. 24 e 25 de novembro 2012.

Em 2012 foi criado e organizado o Serviço Educativo da Mata do Bussaco, com coordenação geral e científica do Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro, que disponibiliza também oficinas didáticas para escolas, grupos e famílias, por marcação e com agenda regular. (BROCHURAS EM ANEXO)

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É digno de menção que a Fundação Mta do Buçaco ganhou o prémio “Entidade do Ano 2012”, atribuído pelo Lions Clube da Mealhada, pelo Serviço Educativo (instituído e coordenado pelo DBio-UA), nomeadamente pelo “trabalho na promoção científico-pedagógica do património da Mata Nacional do Buçaco”.

Sempre que possível e adequado, são realizadas na MNB as aulas práticas e ações de voluntariado do Departamento de Biologia da UA, sempre com a realização de atividades de formação-ação acerca do controlo de espécies exóticas invasoras, respetivo enquadramento, problemática e ecologia. No período a que se refere este documento foram realizadas as seguintes aulas de campo, com menção ao BRIGHT: - 28 novembro 2012, Ação de Voluntariado com Caloiros UA - 11 maio 2013, aula Gestão e Conservação de Recursos Silvestres - 18 maio 2013, aula Biodiversidade e Ecologia Terrestres.

No âmbito da divulgação e disseminação de resultados do projeto BRIGHT, foram realizadas três saídas técnicas, organizadas pelo Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro: - Academia de verão da UA, 10 de julho de 2012, com ação de voluntariado junto à Cruz Alta. - Academia de verão da UA, 17 de julho de 2012, com ação de voluntariado junto à Cruz Alta. - Ciência Viva - Biologia no verão, 30 de agosto de 2012.

Os técnicos do DBio-UA colaboraram ainda na organização e formação do Campo de Trabalho Científico sobre Controlo de Plantas Invasoras (CTC 2013), que decorreu na MNB de 29 de julho a 4 de agosto de 2013, promovido pela FMB; Escola Superior Agrária (U. Coimbra) e Centro de Ecologia Funcional (U. Coimbra), no âmbito do Projeto BRIGHT. A cargo do DBio este a formação sobre ecologia de morcegos e sobre o património histórico-botânico da MNB.

Foram efetuadas as seguintes comunicações em encontros científicos, tendo sido mencionado o projeto BRIGHT: - Milene Matos, Paulo Trincão, Amadeu Soares e Carlos Fonseca. “Investigação e Inovação em Educação Ambiental: alguns casos de estudo.” XX Jornadas Pedagógicas de Educação Ambiental. Associação Portuguesa de Educação Ambiental. 17 a 19 janeiro 2013. Leiria. (Comunicação oral). - Comunicação “O Serviço Educativo da Mata Nacional do Buçaco”, no Seminário Nacional Eco-Escolas 2013, organizado pela Associação Bandeira Azul da Europa. Águeda, 25 a 27 de janeiro 2013. - Comunicação “Contos e ditos sobre bichos que andam por aí”, 21 fevereiro 2013, Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental de Matosinhos. - Sónia Guerra, Rosa Pinho e Lísia Lopes. “Monitorização da Flora e Vegetação no Controlo de Espécies Invasoras - Mata Nacional Do Buçaco“. 9 a 12 maio 2013. IX Encontro Internacional de Fitossociologia promovido pela Associação Lusitana de Fitossociologia (ALFA). Parque Biológico de Gaia, Avintes. (Comunicação oral). - Milene Matos, Joana Alves, António Alves da Silva, e Carlos Fonseca. “Gestão florestal e agricultura: que lugar para a conservação da biodiversidade?” 7º Congresso Florestal Nacional. Sociedade Portuguesa de Ciência Florestais Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e Escola Superior Agrária de Bragança. 5 a 8 de junho de 2013, Vila Real e Bragança (Comunicação oral). - Ricardo Mocito Santos, Milene Matos, Tatiana Moreira e Carlos Fonseca. “Caracterização da comunidade entomológica de um ambiente rural no mosaico agroflorestal do Centro de Portugal”. Congresso Sociedade Portuguesa de Ecologia (SPECO), 17 a 19 junho 2013. Bragança. (Comunicação em painel). - Milene Matos, Nelson Matos e José Carlos Mota. “Biodiversidade: que lugar na agenda territorial do futuro.” Conferência Internacional ‘Europa 2020: retórica, discursos, política e prática’. 5 e 6 de julho 2013. Universidade de Aveiro (Comunicação oral).

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Foram, ainda, efetuadas as seguintes publicações científicas e de divulgação: - Milene Matos, Paulo Trincão, Amadeu M.V.M. Soares e Carlos Fonseca. Mata Nacional do Buçaco: a natureza escondida. Revista Patrimónios. (In press). - Jorge Gomes e João L. Teixeira, com colaboração de Milene Matos. “Mata do Bussaco – adernal único na Europa.” Revista Parques e Vida Selvagem. março 2013. (PDF EM ANEXO) Com enquadramento na temática do projeto, foi ainda organizada a exposição fotográfica “Floresta Portuguesa – um olhar mais atento”, da autoria de Lísia Lopes, com textos de flora de Rosa Pinho e Lísia Lopes e texto de fauna de Milene Matos. Esta exposição esteve patente na Sala das Pedrinhas do palace Hotel do Buçaco, de 7 de junho a 5 de julho de 2012, tendo recebido cerca de três mil visitantes oriundos de vários países, com destaque para: Portugal, França, Inglaterra, Espanha, Alemanha, Brasil, Itália e Holanda. (CARTAZ EM ANEXO) No âmbito desta exposição foi também realizada uma coleção de 22 marcadores de livros com imagens e informação sobre a fauna e a flora da floresta portuguesa, que gratuitamente foram distribuídos aos visitantes, sensibilizando-os para a importância da proteção dos valores naturais (FOTOGRAFIA DOS MARCADORES EM ANEXO)

Os diversos membros da equipa da UA colaboraram/colaboram intensivamente na redação e elaboração de conteúdos dos seguintes produtos BRIGHT: - Brochura sobre a fauna da MNB. (PDF EM ANEXO) - Brochuras sobre a flora autóctone e invasora da MNB. - Placards e informações diversas.

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4. ASPETOS FINANCEIROS 4.1. Sistema Contabilístico. POC E

4.2. Disponibilidade do Cofinanciamento -

4.3. Execução Financeira

Tabela 43. Síntese da Execução Financeira do projeto até31/08/2013

Orçamento do Projeto (€)

Rubrica de Despesa Pessoal Viagem e Estadia Assistência Externa

Despesas € 60,572.29

0.00

0.00

6,240.00

3,103.77

50%

7,804.16

38%

21,280.00

3,500.14

16%

0.00

0.00

12,288.00

5,248.00

43%

189,855.00

80,228.36

42%

0.00

Equipamentos

20,750.00 0.00

0

Aquisição de Terrenos/Direitos

0.00

0

Despesas Gerais TOTAIS

%

47%

0

Protótipos

Outros Custos

%

129,297.00

Infraestruturas

Consumíveis

Adjudicações

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ANEXOS Acordos de Parceria Acordo de parceria entre a FMB e UA.

Deliverables e Marcos Como referido no ponto 3.5. “Para além do LIFE+”, entre outras atividades, o Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro, através do pós-doutoramento em Promoção e Administração de Ciência e Tecnologia, de Milene Matos (em curso), tem organizado inúmeros eventos formativos em parceria com a Fundação Mata do Bussaco. Embora estas atividades não sejam financiadas pelo LIFE, acabam por ser complementares à missão de envolvimento da sociedade nas ações de conservação e transmissão de conhecimento técnico-científico à população em geral. É quase inevitável nestas atividades mencionar o projeto BRIGHT, referir a sua importância em termos de conservação, o enquadramento e objetivos do mesmo, sensibilizando os participantes e gerando consciencialização ambiental. Não sendo financiadas pelo LIFE, não apresentam os logos e as referências imediatas ao projeto, mas são ações, por assim dizer, complementares ao projeto, pois disseminam-no e publicitam a sua importância, objetivos e resultados. As demais atividades realizadas pela equipa da UA, ou com a colaboração da mesma, já foram listadas no Ponto 3.5. “Para além do LIFE+”. Os anexos são apresentados conforme indicado no ponto 3.5. “Para além do LIFE+”, ou seja, constam da pasta anexa ao documento: Pasta ‘ANEXO - Deliverables e Marcos’.

As atividades mencionadas ou outros assuntos decorrentes do trabalho da equipa do DBio-UA no projeto BRIGHT por vezes resultam em notícia em alguns media nacionais e regionais, dando visibilidade ao projeto e contribuindo para a disseminação de conhecimentos gerado pelo mesmo. De seguida apresenta-se uma seleção abreviada destas notícias. - Diário de Aveio. 02-05-2013. “Mais de uma centena de espécies de cogumelos registadas no Buçaco”. Disponível em: http://www.diarioaveiro.pt/noticias/mais-de-uma-centena-de-especies-de-cogumelosregistadas-no-bucaco (PDF EM ANEXO) - Diário As Beiras. 26-07-2012. “Peixe endémico ibérico em extinção existe na Mata do Buçaco”. Disponível em: http://www.asbeiras.pt/2012/07/peixe-endemico-iberico-em-extincao-existe-na-mata-dobucaco/ (PDF EM ANEXO) - Antena 1. 25-05-2013. Programa “Click”. (FICHEIRO AUDIO – MP3 – EM ANEXO) - Local.Pt. 21-05-2013. “Alunos da Universidade de Aveiro em voluntariado na Mata do Buçaco”. Disponível em: http://local.pt/alunos-da-universidade-de-aveiro-em-voluntariado-na-mata-do-bucaco/ (PDF EM ANEXO)

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Fotografias Estes anexos encontram-se na pasta “ANEXOS – fotos” do CD anexo.

Mapas, Shapefiles e outros Estes anexos encontram-se na pasta “ANEXOS – mapas e outros” enviada em conjunto com o relatório. Anexo I. Inventário de Invertebrados da Mata Nacional do Buçaco (até 31.08.2013 – em atualização). Anexo II. Arvoredo derrubado na Floresta Relíquia pelo ciclone Gong. Anexo III. Monitorização de habitats naturais (controlo) na Floresta Relíquia. Método do Quadrado (100m2) em comunidades florestais Anexo IV. Monitorização de espécies invasoras na Floresta Relíquia. Método do Quadrado (1m2) com 3 réplicas por parcela em Tradescantia fluminensis. Anexo V. Monitorização de espécies invasoras na Floresta Relíquia. Método do Quadrado (100m2) em comunidades florestais. Anexo VI. Monitorização de espécies invasoras no Pinhal do Marquês. Método do Quadrado (100m2) em comunidades florestais. Anexo VII. Inventário Florístico Genérico para Projeto “Potencial da fauna para a dispersão de sementes”. Anexo VIII. Inventário Florístico Genérico para Projeto “Invertebrados”. Anexo IX. Localização e Identificação dos plots de monitorização de controlo FRAde, FRCar, FRLou. Floresta Relíquia - Mata Nacional do Buçaco Anexo X. Localização e Identificação dos plots de Amostragem de Monitorização. Floresta Relíquia e Pinhal do Marquês - Mata Nacional do Buçaco. Anexo XI. Comunicação efetuada no Congresso da ALFA, Maio 2013. Anexo XII. Calendário de Floração e Frutificação de Flora, na Mata Nacional do Buçaco. Anexo XIII. Dados completos de Sementeira e Germinação.

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