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Notícia Astor Piazzola
from BUMBO nº1
notícia
26 | BUMBO novembro 2020
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ASTOR PiazzolLa em anos de tubarão
A produção longa-metragem abre a nova temporada de documentários, que irá até dezembro.
Por Tony Goes
Astor Piazzola (19921-1992) foi o grande inovador do tango argentino e um dos maiores compositores da segunda metade do século 20.
Quase 30 anos depois dee sua morte, finalmente seus arquivos pessoais foram liberados por seu filho Daniel. O resultado é “Piazzola: Os Anos do Tubarão”, premiado documentário dirigido por Daniel Rosenfeld, que combina apresentações do bandeonista com depoimentos inéditos e filmes e áudios caseiros. A premiada produção de Daniel Rosenfeld abre a Temporada de Documentários 2020 da HBO.
O documentário foi indicado ao Grammy Latino® e recebeu diversos reconhecimentos, entre eles o Prêmio Condor de Prata e o Prêmio SUR da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas da Argentina. Com estreia marcada paraa terça-feira, 13 de outubro às 22h, na HBO e na HBO GO.
Quase 30 anos depois dee sua morte, finalmente seus arquivos pessoais foram liberados por seu filho Daniel. O resultado é “Piazzola: Os Anos do Tubarão”, premiado documentário dirigido por Daniel Rosenfeld, que combina apresentações do bandeonista com depoimentos inéditos e filmes e áudios caseiros. A premiada produção de Daniel Rosenfeld abre a Temporada de Documentários 2020 da HBO.
O documentário foi indicado ao Grammy Latino® e recebeu diversos reconhecimentos, entre eles o Prêmio Condor de Prata.
foto DIVULGAÇÃO
ASTOR piazzola vira tema de documentário
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“Todo corpo tem lágrima, suor e gozo”. É assim que começa “Letrux Aos Prantos”
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letrux AOS PRANTOS
‘Se a gente se organizasse para chorar ia ser melhor do que mentir que está transando’, afirma a cantora carioca.
Por Lucas Brêda
Se organizar direito, todo mundo chora”, canta Letícia Novaes em “Deja Vu Frenesi”, a faixa de abertura de seu novo disco, seu segundo como Letrux. Se “Em Noite de Climão”, seu trabalho anterior, era fogo, o novo, “Aos Prantos”, é água —ou, como ela canta, “lágrima, suor e gozo”.
“Escolhi essa canção para inaugurar porque resume bem. Tem gente que esconde, mas se a gente for em frente ao Congresso e fizer um flash mob com todo mundo chorando, talvez tenha força”, diz. “E nem todo mundo transa. Já saiu pesquisa dizendo que tem uma geração que não transa. Se a gente se organizasse para chorar ia ser melhor do que mentir que está transando.”
“Aos Prantos” chega ao streaming na semana que vem, três anos depois de “Em Noite de Climão”. Nesse período, Letrux deixou de ser conhecida como ex-vocalista do Letuce —banda indie do Rio de Janeiro— para se tornar uma das cantoras mais bemsucedidas da música independente.
Bem-humorado, o disco de 2017 era dançante e ficou conhecido pelos shows e pela entrega de Letrux no palco, a ponto de ter sua turnê estendida por três anos. Agora, ela está mais para o choro e para o suor do que para o gozo.
“Às vezes, é mais difícil fazer música dançante. Mas, depois do fogo, você só pode olhar para dentro. O fogo queima, mata. Acho que ‘Climão’ pôs um ponto final —e eu gosto de pontos finais. Depois, só caberia algo denso. Abandonar a ironia, o cinismo, o deboche e olhar para a emoção.”
Não por acaso, ela escolheu o mês de março para lançar o disco. Estamos na temporada de peixes, segundo ela, o signo mais sensível do zodíaco. É também um signo de água, elemento constante nas letras e até na feitura de “Aos Prantos”.
“Algumas músicas eu fiz no avião. Outras, em casa, nos poucos momentos que tinha. E tive o privilégio de ir para a Grécia, onde fiz duas músicas dentro d’água”, ela conta.
“Letrux aos Prantos” foi gravado no segundo semestre do ano passado, mas começou a ser escrito em 2018. Seu processo de composição, ela diz, foi o “contrário da fertilização humana”, em que cria as canções sozinha, a partir, das letras, e depois escolhe timbres e arranjos. “Sou o zigoto, e depois levo para as minhas parcerias fecundarem comigo.”
Musicalmente, “Aos Prantos” é mais abrangente do que seu antecessor. Vai de
“Todo corpo tem lágrima, suor e gozo”. É assim que começa “Letrux Aos Prantos”
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faixas atmosféricas (“Dorme Com Essa”, “Cuidado Paixão”) a um blues lento com Liniker (“Sente o Drama”) e até levadas de disco (“Salve Poseidon”) e synthpop (“Fora da Foda”). Músicos de sua banda, Arthur Braganti e Natália Carrera, responsáveis por sintetizadores e guitarras, assinaram a produção.
Já nas letras, o clima de festa e flerte fica de lado. Em vez de passar o dia pensando no look que usaria na festa à noite —como em “Flerte Revival”— ela confunde um “tchau” com “te amo” —em “Cuidado Paixão”.
“O ‘Climão’ era mais paquera, mais delicinha. Era flerte e, depois do tesão, ou vai ou racha. Acho que eu me aprofundei nessas paqueras”, diz.
“Aos Prantos” é sobre ter coragem para encarar os próprios sentimentos, o contato voluntário com as lágrimas. Para ser retratada chorando na capa do disco, Letrux recorreu à música de Bach, trilha para seus choros na infância. Quando contou a situação no Twitter, ela virou piada nas redes.
“Para fazer a capa, eu precisava chorar. E, criança, eu só ouvia música com letra, aquele era o momento instrumental —e era forte para mim. Acho que [essa reação] é um mix de deboche com recalque, gente que não dá chance à sensibilidade.”
Musicalmente, “Aos Prantos” é mais abrangente do que seu antecessor. Vai de faixas atmosféricas (“Dorme Com Essa”, “Cuidado Paixão”) a um blues lento com Liniker (“Sente o Drama”) e até levadas de disco (“Salve Poseidon”) e synthpop (“Fora da Foda”). Músicos de sua banda, Arthur Braganti e Natália Carrera, responsáveis por sintetizadores e guitarras, assinaram a produção.
Já nas letras, o clima de festa e flerte fica de lado. Em vez de passar o dia pensando no look