GOMES FREIRE
E OS MÁRTIRES DA PÁTRIA EXPOSIÇÃO EVOCATIVA 150 ANOS DA ABOLIÇÃO DA PENA DE MORTE 200 ANOS DA MORTE DE GOMES FREIRE CAMPO DOS MÁRTIRES DA PÁTRIA / 2017
GOMES FREIRE
E OS MÁRTIRES DA PÁTRIA O antigo Campo de Santana foi o palco da execução dos companheiros de Gomes Freire que com ele conspiraram para libertar o país do domínio inglês, em 1817. Neste período conturbado da história portuguesa, a acção de Gomes Freire e dos seus companheiros foi considerada um ato de rebelião e punida com a Pena de Morte. Não sendo um lugar habitualmente associado a execuções de penas capitais, o Campo de Santana ficou para sempre marcado por este acontecimento, e a ele se deveu a alteração do seu topónimo oficial: Campo dos Mártires da Pátria. Não só o nome, mas também o urbanismo, a arquitectura e a utilização desta zona da cidade modificaram-se ao longo dos tempos, num registo próprio, ligado à história do sítio e das gentes que o habitaram (GEO).
Gomes Freire, Tenente-General, oficial que se distinguiu pela sua bravura e feitos militares nas campanhas em que participou. Illustração Popular, 14 (1870), p. [4]. CML/DMC/DPC/GEO
Gomes Freire de Andrade nasceu em Viena de Áustria, a 27 de janeiro de 1757, filho de Ambrósio Freire de Andrade e Castro, embaixador de Portugal nessa cidade, e de uma condessa austríaca. O Occidente, A. 26, 894 (30 Out. 1903), p. 237. CML/DMC/DPC/GEO
HERÓI DA
LIBERDADE
Gomes Freire veio para Portugal (1781) e iniciou-se na carreira de armas. Sete anos depois, partiu para a Rússia para lutar pela Imperatriz Catarina II (1729-96). Regressou à Pátria (1793), seguindo para Espanha para pelejar na campanha do Rossilhão (1793-95). Na Guerra das Laranjas (1801), foi o único a conseguir defender o país dos ataques dos Espanhóis. Com um caráter impetuoso, envolveu-se em conflitos, com superiores hierárquicos e colegas, separando-se da elite governativa. Combateu no exército napoleónico (1808-13).
A Legião Portuguesa, comandada pelo Marquês de Alorna (1754-1813) e Gomes Freire, integrou o exército napoleónico (1807). A sua coroa de glória foi a batalha de Wagram, na Áustria (06-07-1809). Carga dada pela cavalaria portuguesa em Wagram. Illustração Portugueza, S. 2, 163 (5 Abr. 1909), p. 421. CML/DMC/DPC/GEO
Ingressou como Cadete no Regimento de Infantaria de Peniche (1782), nesse ano seria Alferes. Embarcou como Guarda-marinha na Armada (1784), onde alcançou o posto de Tenente de Mar (1787). Regressou ao Exército. Atingiu, sucessivamente, o posto de Major agregado (1787), Coronel (1790), Marechal de campo (1796) e Tenente-General (1807). Illustração Portugueza, S. 2, 164 (12 Abr. 1909), p. 471. CML/DMC/DPC/GEO
Gomes Freire era comandante de uma divisão militar em Setúbal quando os franceses, comandados por Junot (1771-1813), invadiram Lisboa (30-11-1807). Embarque da família Real para o Brasil em 29 Novembro de 1807. Museu de Lisboa/MC.GRA.1550
Gomes Freire foi chamado a Moscovo (1812), encontrando em Smolensko o exército napoleónico em retirada. Nesta campanha foi distinguido com a Cruz da Legião de Honra. Um episódio da retirada da Rússia. Illustração Portugueza, S. 2, 164 (12 Abr. 1909), p. 468. CML/DMC/DPC/GEO
Regressou a Lisboa (25-05-1815), e apresentou-se no Quartel-general, sendo preso como traidor. Seria declarado inocente. Reempossado no Exército, passou a residir na capital. A sua passagem por França conotou-o com os ideais revolucionários e os agraciamentos concedidos por Napoleão causaram a desconfiança de Beresford (17681854) e dos britânicos. Em maio de 1817 existiam rumores de uma conspiração, motivada pela insatisfação geral existente contra o Conselho da Regência, manietado por Beresford. Gomes Freire foi detido e acusado de ser o seu mandante. Sucederam-se as prisões de dezassete alegados conspiradores.
Gomes Freire sofreu privações horríveis no cárcere. Os outros presos militares foram para o Castelo de S. Jorge e os civis para o Limoeiro. Casamata onde ficam as prisões subterrâneas na torre de S. Julião. Archivo Pittoresco, A. 6, 39 (1863), p. 309. CML/DMC/DPC/GEO
CONSPIRAÇÃO
E PRISÃO
Na noite de 25 para 26 de maio, foi detido na sua casa, na Rua do Salitre, por um desembargador, auxiliado pela polícia. Captura do General Gomes Freire de Andrade in MARTINS, Rocha, Lisboa. História das suas glórias e catástrofes, Lisboa, Inquérito, 1947, p. 622. CML/DMC/DPC/GEO
Gomes Freire foi interrogado na Torre de Belém, sendo considerado culpado, ficou preso (29-05-1815). Um mês depois foi reabilitado. Torre de Belém. Archivo Pittoresco, A. 2, 52 (1859), p. 405. CML/DMC/DPC/GEO
Chegou à Torre de S. Julião da Barra, pelas 6 horas da manhã. Os interrogatórios iniciaram-se a 6 de junho. Declarou-se sempre inocente. Torre de S. Julião vista do mar. Archivo Pittoresco, A. 6, 36 (1863), p. 281. CML/DMC/DPC/GEO
JULGAMENTO
E CONDENAÇÃO
Gomes Freire desejava ser fuzilado, em harmonia com a sua posição social e militar. Quando lhe apresentaram a “alva” (túnica branca) dos condenados à forca, teria desmaiado. Caminhou, descalço, para o patíbulo. Execução de Gomes Freire de Andrade. [Reconstituição de Roque Gameiro]. Lisboa. Fotografias, desenhos, projectos, V. 2, p.47A. CML/DMC/DPC/GEO
O julgamento foi célere e resultou na condenação à pena de morte de Gomes Freire e de onze dos presos. A 18 de outubro de 1817, em S. Julião da Barra, Gomes Freire foi enforcado. No mesmo dia, no Campo de Santana, os seus companheiros tiveram o mesmo destino. Neste local, as fogueiras dos sentenciados arderam até às 11 horas da noite, perante a tristeza do povo de Lisboa. O sacrifício de Gomes Freire e dos Mártires da Pátria pelos ideais da Liberdade e a repressão desmedida da conspiração seriam os alicerces para a implantação, em 1820, do Liberalismo em Portugal.
Antes de ser enforcado, quis dizer algumas palavras que foram abafadas pelos padres que começaram a cantar muito alto. Suplício de Gomes Freire in MARTINS, Rocha, Lisboa. História das suas glórias e catástrofes, Lisboa, Inquérito, 1947, p. 626. CML/DMC/DPC/GEO
Às 9 horas da manhã, o corpo de Gomes Freire, com 60 anos, baloiçava na forca, depois de degolado e queimado as suas cinzas foram atiradas ao mar. Torre de S. Julião…, com a esplanada… onde foi enforcado o general Gomes Freire, e modernamente se lhe levantou o monumento que na estampa se desenha. Archivo Pittoresco, A. 6, 36 (1863), p. 285. CML/DMC/DPC/GEO
No Campo de Santana iniciou-se, à tarde, o enforcamento os onze mártires. Depois de mortos decapitaram sete. Cumprindo a sentença, queimaram-nos e deitaram as cinzas ao mar. Uma execução dos conspiradores (Mártires da Pátria) in MARTINS, Rocha, Lisboa. História das suas glórias e catástrofes, Lisboa, Inquérito, 1947, p. 628. CML/DMC/DPC/GEO
Campo de Santana, 1780. Um espaço ocupado por conventos e palácios com seus jardins e quintas. Planta topographica da cidade de Lisboa… [1780]. (Org. Augusto Vieira da Silva), Lisboa, Câmara Municipal, 1950. CML/DMC/DPC/GEO/MP00064
Campo de Santana, 1812. Mapa da cidade de Lisboa e de Belem em 1812… (Org. A. Vieira da Silva). CML/DMC/DPC/GEO/MP00057
CAMPO DOS MÁRTIRES DA PÁTRIA. EVOLUÇÃO DO ESPAÇO URBANO
A denominação de Campo evoca um local rústico. No início do séc. XVI as suas encostas estavam cobertas por um olival espesso e no seu planalto pastoreava o gado que abastecia a cidade, sendo conhecido como Campo do Curral. Porém, a fundação da ermida quinhentista dedicada a Sant’Ana e, posteriormente, o Convento, propiciariam a designação que perduraria na memória das gentes até hoje. O atual topónimo foi atribuído (1879) em homenagem a Gomes Freire e aos seus companheiros liberais aqui supliciados, em 1817.
Campo de Santana, 1844. Lissabon (Lisboa) 1844 (Org. A. Vieira da Silva). CML/DMC/DPC/GEO/MP00060
CAMPO DOS MÁRTIRES DA PÁTRIA. EVOLUÇÃO DO ESPAÇO URBANO
Campo de Santana, [c. 1809]. Na retaguarda dos palácios Setecentistas e casas aristocráticas vê-se o convento de Santo António dos Capuchos (1707). Museu de Lisboa/MC.D.1632.076
A sua génese urbanística foi conventual e aristocrática, mas depois da extinção das ordens religiosas (1834) adquiriu um novo estatuto ligado à educação e assistência hospitalar e beneficente, não perdendo a sua característica de residência da elite social, a par de uma existência residual de habitações populares. Nos séculos XIX-XX o Campo adquiriu caráter urbano.
Vista do Campo de Santana, [antes de 1889]. Vê-se o Campo já arborizado e a praça de touros demolida neste ano. Lisboa. Fotografias, desenhos, projectos, V. 8, p. 29.CML/DMC/DPC/GEO
Freguesia de Nª Srª da Pena, 1888. A paróquia de Santana foi criada em 1569 (Pena, 1705). Novos limites geográficos com a anexação (1780) de parte da freguesia do Coração de Jesus. Foi extinta (2012), integrando a freguesia de Arroios. NEWTON, Isaías, Plantas das Freguesias de Lisboa, [S.l., s.n.], 1888. CML/DMC/DPC/GEO/IMC10P6
Primeiro Monumento a Sousa Martins, [1900]. Inaugurado em 7 de março de 1900. Foi alvo de críticas e chacota dos lisboetas, devido à sua fraca qualidade. Seria demolido 9 meses depois. Arquivo Municipal de Lisboa. PT/AMLSB/CMLSBAH/ PCSP/003/FAN/002952
Maqueta da praça de touros do Campo de Santana. No local onde seria erguida a Escola Médica existiu esta praça de touros (1831-1889). Album de Bilhetes Postaes. Vistas de Lisboa, V. 2, p. 63, nº 125 e 126. CML/DMC/DPC/GEO
Feira da Ladra, [1882]. Transferida da Praça da Alegria para o Campo de Santana em 1836. Seria deslocada, definitivamente, para Santa Clara em 1882. O Occidente, A. 6, 145 (1 Jan. 1883), p. 5. CML/DMC/DPC/GEO
CAMPO DOS MÁRTIRES DA PÁTRIA.
HISTÓRIA E QUOTIDIANO
O Campo, em hexágono irregular, é cercado por palacetes e habitações residenciais, sendo dominado pela Escola Médico-Cirúrgica (atual Faculdade de Ciências Médicas/ NOVA Medical School), que tem defronte o Monumento a Sousa Martins (1843-1897), médico e professor da antiga Escola Médica. Olhemos concisamente o Campo dos Mártires da Pátria através da sua história, seu património e suas gentes.
Construção do Monumento a Sousa Martins, [Fev. 1904]. Esc. Costa Motta (tio). Inaugurado em 7 de março de 1904. Arquivo Municipal de Lisboa. PT/AMLSB/CMLSBAH/PCSP/004/BAR/000116
Escola Médico-Cirúrgica, 1906. Inaugurada quando do XV Congresso Internacional de Medicina deste ano. Abertura regular das aulas em 1911. Arquivo Municipal de Lisboa. PT/AMLSB/CMLSBAH/PCSP/004/CRU/000602
Habitações Setecentistas demolidas, 1907. No local (atual CMP, 11), existe o edifício residencial de cariz classizante do séc. XX, Arq. Norte Júnior. Arquivo Municipal de Lisboa. PT/AMLSB/CMLSBAH/PCSP/003/FAN/000568
Campo dos Mártires da Pátria, 1907. Edifício demolido (CMP, 14-18). Arquivo Municipal de Lisboa. PT/AMLSB/CMLSBAH/PCSP/003/FAN/000622
Palácio Silva Amado, 1961 (CMP, 1). Preexistência Setecentista. Remodelado no séc. XIX para residência do Dr. Silva Amado, 1.º diretor da Morgue. Adquirido pelo Estado (1928), sofreu alterações para a instalação da Secretaria da Instrução (1931). Arquivo Municipal de Lisboa. PT/AMLSB/CMLSBAH/PCSP/004/ARM/I01614
CAMPO DOS MÁRTIRES DA PÁTRIA.
HISTÓRIA E QUOTIDIANO
Edifício do séc. XIX, em 1907 (CMP, 29-35). Em 1874 alojou o Colégio Francês de Madame Norton Duarte, para meninas. Arquivo Municipal de Lisboa. PT/AMLSB/CMLSBAH/PCSP/003/FAN/000663
Edifício de finais do séc. XIX (CMP, 22-24). Na fotografia, datada de 1968, vê-se o lanternim demolido em 1985. Arquivo Municipal de Lisboa. PT/AMLSB/CMLSBAH/PCSP/004/SER/S05244
CAMPO DOS MÁRTIRES DA PÁTRIA.
HISTÓRIA E QUOTIDIANO
Professores e estudantes da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa no Campo de Santana, [1928-1930]. A presença destes discípulos e dos alunos da Escola Médica caracteriza esta zona como uma memória da vivência académica da capital na 1.ª metade do séc. XX. Arquivo Municipal de Lisboa. PT/AMLSB/EFC/000834
Campo Mártires da Pátria, 1953. Edifícios demolidos nos anos 50 do séc. XX (CMP, 57-59). Arquivo Municipal de Lisboa. PT/AMLSB/CMLSBAH/PCSP/004/EDP/001167
Escola primária oficial do sexo feminino da paróquia da Pena, 1908 (CMP, 60-65). Arquivo Municipal de Lisboa. PT/AMLSB/CMLSBAH/PCSP/003/FAN/000569
Palácio do Patriarcado [Legação da Alemanha, 1898-1908] (CMP, 44-46). Erguido em 1730, Arq. João F. Ludovice (1673-1752). Remodelações (1857). Residência do Cardeal Patriarca Mendes Belo (1842-1929), depois do seu regresso do exílio (1914). Arquivo Municipal de Lisboa. PT/AMLSB/CMLSBAH/PCSP/004/JBN/003129
Palácio Valmor, [1898-1908] (CMP, 36-39). Edificado no séc. XVIII pelo visconde de Valmor. Faculdade de Direito de Lisboa (1914-1963). Alberga a Embaixada da República Federal da Alemanha e o Instituto Goethe, desde 1964. Arquivo Municipal de Lisboa. PT/AMLSB/CMLSBAH/PCSP/004/JBN/001336
Panorâmica sobre o Castelo, Largo do Mastro e Campo Mártires da Pátria, [antes 1940]. Arquivo Municipal de Lisboa. PT/AMLSB/004/PAG/000719
Edifício da Farmácia Coelho, da Tabacaria M. A. dos Santos e da Tabacaria Couto, [1907] (CMP, 115-120). Arquivo Municipal de Lisboa. PT/AMLSB/CMLSBAH/PCSP/003/FAN/000494
CAMPO DOS MÁRTIRES DA PÁTRIA.
HISTÓRIA E QUOTIDIANO
Edifício do Café de Sant’Anna, [1907] (CMP, 121-123). Arquivo Municipal de Lisboa. PT/AMLSB/CMLSBAH/PCSP/003/FAN/000565
Prédios demolidos (c.1940) na esquina com a R. Gomes Freire. Arquivo Municipal de Lisboa. PT/AMLSB/POR/051872
Campo dos Mártires da Pátria, 1940. Arquivo Municipal de Lisboa. PT/AMLSB/POR/056882
Campo de Santana, [1856-1858]. Ajardinamento de 1852. O topo Norte já estava ajardinado dois anos antes. Levantamento Engº Filipe Folque (1856-1858). CML/DMC/DPC/GEO//MC-27-28
JARDIM
BRAAMCAMP FREIRE
Este Jardim foi assim intitulado (1925) em homenagem ao presidente do Município Anselmo Braamcamp Freire (1849-1921). O traçado que ainda hoje se identifica no corpo principal data de 1906. A alameda central então instituída foi sendo, com o tempo, progressivamente suprimida. Apresenta, praticamente, o seu atual desenho desde os anos 60 do séc. XX, quando foi eliminada a rotunda central. Possui espécies botânicas muito antigas, destacando-se um Cedro-dos-Himalaias, conhecido pela Árvore dos Namorados.
Ajardinamento, [1906]. Arquivo Municipal de Lisboa. PT/AMLSB/CMLSBAH/ PCSP/004/PAG/000471
Campo de Santana, 1871. Novo ajardinamento com fiadas múltiplas na parte central. Levantamento-1871. CML/DMC/DPC/GEO/RCC/4479.
Campo dos Mártires da Pátria, [1906-1911]. No ajardinamento de 1906 uma alameda central partia do monumento de Sousa Martins, articulando-se as duas partes numa rotunda central ajardinada. Levantamento Engº Silva Pinto (1904-1911). CML/DMC/DPC/GEO/11-H-MC-29.67
Campo dos Mártires da Pátria, [depois 1944]. Arquivo Municipal de Lisboa. PT/AMLSB/POR/013778
Lançamento da 1.ª pedra do monumento aos «Mártires da Liberdade», cerimónia presidida pelo ministro da Guerra, Hélder Ribeiro (1883-1973), no Campo dos Mártires da Pátria, [26-09-1920]. Illustração Portugueza, S. 2, 763 (4 Out. 1920), p. 221. CML/DMC/DPC/GEO
PLACA EVOCATIVA
AOS MÁRTIRES DA PÁTRIA A lápide evocativa do suplício dos Mártires da Pátria foi descerrada na fachada do palácio Silva Amado, em 18 de outubro de 1917. Defronte, foram martirizados os onze liberais companheiros de Gomes Freire. Seria retirada no final dos anos 30 do século passado. Foi colocada no Jardim, na sequência de um abaixo-assinado dirigido à CML, no ano de 1992. É requalificada, em 2017, pelo município de Lisboa, em parceria com a Junta de Freguesia de Arroios.
João Costa Gomes (1868-1929), presidente da CML, lendo o auto de descerramento da lápide que perpetua a memória dos Mártires da Pátria, colocada no palácio Silva Amado. Illustração Portugueza., S. 2, 611 (5 Nov. 1917), p. 368. CML/DMC/DPC/GEO
Cortejo cívico em memória de Gomes Freire, descendo a Rua Braamcamp, dirigindo-se ao Campo dos Mártires da Pátria, no I Centenário do seu último suplício, [28-10-1917]. Arquivo Municipal de Lisboa. PT/AMLSB/CMLSBAH/PCSP/004/JBN/001418
Gomes Freire e os Mártires Da Pátria Organização Gabinete de Estudos Olisiponenses Junta de Freguesia de Arroios Coordenação Anabela Valente Eunice Relvas Textos/Selecção de imagens Eunice Relvas Digitalização de imagens António Vilhena Manuela Chirôndio Margarida Bobone Grafismo e tratamento de imagem João Rodrigues Divulgação Vanda Souto Joana Martins
organização
apoio
parceiros
A Junta de Freguesia de Arroios, no âmbito da evocação dos 150 Anos da Abolição da Pena de Morte, recorda o motivo da denominação atual deste local, Campo dos Mártires da Pátria, lembrando que há 200 anos morreram Gomes Freire de Andrade mais onze homens ao lutarem pelas suas crenças. Foram condenados por acreditarem em valores como a liberdade, a igualdade e a fraternidade, assim como na luta em nome dos povos e dos valores cívicos. (Margarida Martins)