HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL PLANEJAMENTO E ESTUDO DE IMPLANTAÇÃO Gabriela de Araújo Parreira * Patrícia Martins Oliveira
CONDICIONANTES FÍSICAS LOCALIZAÇÃO O terreno de implantação para a criação e desenvolvimento do complexo habitacional vertical de interesse social, fica localizada no Setor Central da cidade de Uberlândia, no bairro Nossa Senhora Aparecida entre as ruas Belém e Natal e as avenidas Floriano Peixoto e Cesário Alvim. O bairro Nossa Senhora Aparecida se encontra entre os limites dos bairros: Brasil, Tibery, Cazeca, Bom Jesus, Martins e o Centro. De acordo com o IBGE de 2010, o bairro abriga uma população de 11.390 habitantes em uma área de 1.71 km².
Mapa dos Setores de Uberlândia
Bairros do Setor Central
Área do Terreno: 3600 m²
Bairro Nossa Senhora Aparecida
A área possui uma localização privilegiada quando comparado às áreas destinadas a programas de habitação social, que geralmente são locadas em regiões mais afastadas do centro da cidade. Conforme o Zoneamento do Uso e Ocupação do Solo Urbano, o terreno está inserido na Zona Mista (ZM).
Terreno de Implantação do Projeto
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CONDICIONANTES FÍSICAS ACESSOS
A área do projeto se localiza em uma área bastante privilegiada em relação ao transporte público pelo fato de fazer parte da região central. No total são nove linhas de ônibus que passam próximo ao terreno de implantação da Unidade Habitacional. São elas:
A111 – TEATRO MUNICIPAL/ T. CENTRAL A112 – BRASIL/ T. CENTRAL A113 – MAKRO/ T. CENTRAL/ TIBERY A114 – TIBERY/ T. CENTRAL B904 – JARDIM IPANEMA/ CENTRO B907 – CLUBE TANGARÁ/ CENTRO/ ACLIMAÇÃO T120 – T. UMUARAMA/ LUIZOTE (VIA LUIZOTE III) T121 – TERMINAL UMUARAMA/ LUIZOTE (MANSOUR) T123 – ALGAR TECH/ T. UMUARAMA/ T. CENTRAL
O terreno está localizado em uma posição privilegiada entre grandes vias estruturais de acesso que conectam várias partes da cidade, como a Avenida Cesário Alvim, Avenida Floriano Peixoto, Avenida Afonso Pena e a Avenida Rondon Pacheco. As ruas Belém e Natal dão acesso direto ao terreno também, e são vias locais de sentido único. LEGENDA Via Estrutural Via Arterial Via Coletora Via de Transposição Pontos de ônibus: Abrigo
Em relação às calçadas, o bairro possui problemas. Em alguns lugares a falta de rampas de acessibilidade, a falta de piso tátil e o mal dimensionamento, prejudicam a circulação de pessoas com mobilidade reduzida. Verifica-se também lixo e entulhos acumulados no passeio e o mal posicionamento de lixeiras, postes e árvores. No perímetro do terreno, a calçada tem largura razoável, porém não possui rampas de acessibilidade e há arborização apenas na Avenida Cesário Alvim. Porém há sinalização e faixa de pedestres.
Nas proximidades do terreno, há ciclo faixa apenas na Avenida Rondon Pacheco, com 1,30 metros de largura e quase 15 km de extensão.
Pontalete Poste Pontalete com Marquise Principais Vias do Entorno
Ciclofaixa próxima ao Terreno
Sentido de Circulação das Vias
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CONDICIONANTES FÍSICAS ENTORNO - GABARITO
3
5
1
No bairro o gabarito é predominantemente baixo, com exceção nas vias de maior fluxo onde se encontram os maiores comércios da região. Dessa forma há uma maior permeabilidade em relação aos ventos que é mais distribuída e aproveitada se comparado à outras regiões da cidade, e não há grandes barreiras visuais. Em relação ao entorno imediato do terreno, há a predominância de edificações térreas residenciais, pequenos comércios e serviços. Nota-se também a presença de dois a quatro pavimentos em edificações de uso misto, institucionais e edifícios habitacionais, e edificações com pé direito duplo como em galpões comerciais e áreas institucionais.
4
2
Residencial Térreo
LEGENDA
Residencial, 4 pavimentos
1 Pavimento 2 Pavimentos
3 Pavimentos
1
2
Misto, 2 pavimentos
3
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Comercial, pé direito duplo
5
Gabarito do Entorno
4 ou mais Pavimentos Terreno de Implantação
Institucional pé direito duplo
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CONDICIONANTES FÍSICAS ENTORNO - USO E OCUPAÇÃO
LEGENDA Estacionamento Residencial Comercial Misto Lotes Vazios Institucional
Uso e Ocupação do Solo do Entorno
O lote do projeto sofre especulação imobiliária visto que está entre os maiores terrenos vagos da região, em ótima localização e, portanto, é muito bem valorizado. Percebe-se a alta densidade das construções na região, o que indica uma grande consolidação do uso do solo e que alguns lotes vazios são usados como estacionamentos. Por estar localizado na região central da cidade, o bairro possui grande variedade em relação a oferta de serviços e comércio. Assim, o deslocamento para outras regiões da cidade não se faz muito necessário. A partir da análise de uso e ocupação do solo, percebe-se que o entorno do terreno é predominantemente residencial, ainda mais quando se aproxima da avenida Rondon Pacheco. Já nas avenidas paralelas ao terreno como Floriano Peixoto, Afonso Pena e Cesário Alvim, há uma quantidade maior de uso comercial e misto, que garante à região um intenso fluxo de pessoas, mercadorias e automóveis durante o dia, porém o uso e fluxos noturnos caem drasticamente. Há muitas edificações de uso misto e no geral apresentam tipologias semelhantes, com o comércio no pavimento térreo e residências no pavimento superior. Por fim, percebe-se uma baixa quantidade de áreas verdes e praças.
Áreas Verdes Terreno de Implantação
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CONDICIONANTES FÍSICAS ENTORNO - EQUIPAMENTOS
Diferentemente dos bairros que normalmente recebem empreendimentos de interesse social, o bairro Nossa Senhora Aparecida está inserido no contexto urbano com diversidade de usos apropriados para suprir as diversas necessidades de seus moradores. Por estar no Setor Central, o bairro oferece uma boa infraestrutura, uma vez que os equipamentos básicos (hospitais, escolas, órgãos públicos, áreas de lazer, comércio) são facilmente acessíveis.
LEGENDA Terminal Central Center Shopping Supermercado Carrefour
UBS Corpo de Bombeiros
UFU
Centro Esportivo
Prefeitura
Praças
EMEI Oferta de Equipamentos
Conservatório Estadual de Música
Terreno de Implantação
Escola Estadual
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CONDICIONANTES FÍSICAS RESTRIÇÕES MUNICIPAIS
AFASTAMENTOS
A construção de pavimentos abaixo do nível do logradouro (subterrâneo) será permitida, desde que sejam respeitados os afastamentos, com taxa de ocupação máxima de 80%, ou seja 2.880m²; Frontal: 3 metros; Lateral e de fundo: 1,5 metros; O afastamento entre blocos deverá ser maior ou igual a 3 metros;
O terreno está inserido na Zona Mista (ZM), sendo assim, é uma região onde predominam as atividades de habitação, comércio, serviços, com expressiva densidade habitacional.
ESTACIONAMENTO
UNIDADES HABITACIONAIS
As unidades habitacionais deverão dispor de no máximo 70m² de área; O pé-direito deverá ser maior ou igual a 2,60m nos cômodos de permanência prolongada e maior ou igual a 2,40m nos demais ambientes; A área útil da cozinha deverá ser de no mínimo 4m² com dimensão mínima de 1,80m; A área de serviço deverá ter no mínimo 1,50 m²; O banheiro com vaso sanitário, chuveiro e lavatório em um único compartimento com área mínima de 1,80m², sendo a dimensão mínima de 1,00m ou área de 1,20m² e dimensão mínima de 1m quando o lavatório for externo ou quando houver mais de um banheiro; É vedada a solução de lixeiras por tubo de queda; A cobertura, paredes externas, bem como as que separam as unidades autônomas devem prever condições mínimas de isolamento térmico, condicionamento e isolamento acústico, resistência ao fogo e impermeabilidade; Nenhuma abertura da edificação poderá estar situada a distância menor que 1,50m até a divisa de outra unidade autônoma; Iluminação mínima: 1/6 (um sexto) da área do compartimento para ambientes de permanência prolongada e 1/8 (um oitavo) da área do compartimento, se de permanência transitória; A área de ventilação dos compartimentos deverá ser de, no mínimo, 50% da área de iluminação exigida; Os dormitórios deverão ter no mínimo 6m² de área quando houver mais de um quarto na unidade residencial e 7m² com 2m de dimensão mínima quando for único; As salas deverão ter no mínimo 7m² com 2m de dimensão mínima;
Dimensões mínimas da vaga: 2,4m por 5m (área mínima=12m²); A habitação multifamiliar vertical poderá ter 90% das vagas com dimensões mínimas iguais a 2,4m por 4,5m; Quando as vagas forem descobertas e houver uma quantidade superior a 20 deverá ter uma árvore para cada 4 vagas. OUTRAS ESPECIFICAÇÕES
Deverá dispor de D.M.L e banheiro para uso especial do pessoal do serviço; É obrigatório espaço de recreação infantil que deverá ter área proporcional a 2m² por unidade residencial com dimensão mínima de 3 metros, além disso, deverá também ser implantado separadamente de áreas de circulação, estacionamento e depósito de lixo; Deverá dispor de fosso de elevador com no mínimo 4m² de área; É obrigatória a ligação da edificação às redes urbanas de água e esgoto e, na falta destas, deverão ser obedecidas as regulamentações dos órgãos competentes; Portão de acesso para via deverá ter no mínimo 1,5 m de largura; A área permeável deverá ser de no mínimo 20%, ou seja 720m²;
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CONDICIONANTES FÍSICAS LEVANTAMENTO TOPOGRÁFICO
Foto satélite do terreno de implantação LEGENDA Intensidade de altitude das curvas de nível Escoamento das águas
A área a ser trabalhada possui um desnível de 3 metros, sendo a cota voltada para a Avenida Floriano Peixoto aquela de maior altitude e a voltada para a Avenida Cesário Alvim a de menor altitude. Essa declividade é devido ao fundo de vale ao qual a área está inserida onde antigamente passava-se o córrego São Bento que, atualmente, encontra-se encanado dando lugar a uma das vias mais importantes da cidade de Uberlâdia, a Avenida Rondon Pacheco. É um terreno de esquina que possui algumas árvores na calçada da Avenida Cesário Alvim e no interior do perímetro. Além disso, há a presença de um muro de alvenaria circundando todo o limite do terreno.
CORTES TRANSVERSAIS DO TERRENO
CORTE AA
CORTE BB Esquina Rua Natal/ Av. Cesário Alvim
Avenida Cesário Alvim
CORTE CC
Rua Natal
Rua Belém
Maquete eletrônica do terreno com entorno imediato
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CONDICIONANTES FÍSICAS ESTUDO DE INSOLAÇÃO E VENTILAÇÃO INSOLAÇÃO DA PROPOSTA DE IMPLANTAÇÃO
INSOLAÇÃO DO TERRENO FACHADA NOROESTE Apresenta a maior insolação em relação as outras testadas do terreno, assim, há incidência solar durante o ano todo no período da tarde e no inverno acrescenta-se o período da manhã que vai das 10h até 12h.
FACHADA NORDESTE Essa é a testada que recebe incidência solar intermediária, com presença do sol no período da manhã e no inverno acrescenta-se o período da tarde que vai das 12h até 15h40.
BLOCO 1
BLOCO 2
sol nascente FACHADA SUDOESTE Apresenta incidência solar no período da tarde, sendo mais crítica no verão. No inverno somente há insolação no período que vai das 15h40 até as 17h30.
sol poente
FACHADA SUDESTE Essa testada do terreno apresenta a menor insolação em relação as outras, desse modo, há incidência solar durante o ano todo no período da manhã.
O primeiro estudo de implantação foi pensado visando obter o melhor aproveitamento da incidência solar e ventilação, objetivando-se que o projeto gerasse o menor impacto ambiental possível e promovesse o conforto em todas as unidades habitacionais. Será previsto nas fachadas de maior insolação mecanismos de proteção solar e o cuidado com que os ambientes de maior permanência não estejam orientados para fachadas que recebem maior incidência do sol. Além disso, a utilização de sacadas e amplas aberturas serão primordiais para garantir a ventilação cruzada no interior das unidades habitacionais.
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CONDICIONANTES FÍSICAS NORMAS DE ACESSIBILIDADE BANHEIROS
PORTAS E JANELAS Os parâmetros de acessibilidade estabelecidos pela norma NBR 9050 visa proporcionar a utilização de maneira autônoma, independente e segura do ambiente, edificações, mobiliário, equipamentos urbanos e elementos à maior quantidade possível de pessoas, independentemente de idade, estatura ou limitação de mobilidade ou percepção. As edificações residenciais multifamiliares, condomínios e conjuntos habitacionais necessitam ser acessíveis em suas áreas de uso comum. As unidades autônomas acessíveis são localizadas em rota acessível.
CIRCULAÇÃO Considera-se o módulo de referência a projeção de 0,80 m por 1,20 m no piso, ocupada por uma pessoa utilizando cadeira de rodas motorizadas ou não (figura 1). Além disso, as medidas necessárias para a manobra de cadeira de rodas sem deslocamento, conforme a Figura 2, são: a) para rotação de 90° = 1,20 m × 1,20 m; b) para rotação de 180° = 1,50 m × 1,20 m; c) para rotação de 360° = círculo com diâmetro de 1,50 m.
Para a utilização das portas em sequência, é necessário um espaço de transposição com um círculo de 1,50 m de diâmetro, somado às dimensões da largura das portas (y), exemplificado na Figura 4, além dos 0,60 m ao lado da maçaneta de cada porta, para permitir a aproximação de uma pessoa em cadeira de rodas. No deslocamento frontal, quando as portas abrirem no sentido do deslocamento do usuário, deve existir um espaço livre de 0,30 m entre a parede e a porta, e quando abrirem no sentido oposto ao deslocamento do usuário, deve existir um espaço livre de 0,60 m, contíguo à maçaneta, conforme a Figura 4.1. Na impraticabilidade da existência destes espaços livres, deve-se garantir equipamento de automação da abertura e fechamento das portas através de botoeira ou sensor. No deslocamento lateral, deve ser garantido 0,60 m de espaço livre de cada um dos lados, conforme Figura 4.1.
Figura 4.1
Figura 4
Figura 1
Figura 2
É indispensável considerar as alturas alcançáveis pelas pessoas com necessidades especiais na produção de um desenho universal, desse modo, a NBR 9050 atribui um padrão ilustrado pela figura 3:
As portas devem ter condições de serem abertas com um único movimento, e suas maçanetas devem ser do tipo alavanca, instaladas a uma altura entre 0,80 m e 1,10 m. A altura das janelas deve considerar os limites de alcance visual (0,60m a 1,20m), exceto em locais onde devam prevalecer a segurança e a privacidade.
As dimensões do sanitário acessível e do boxe sanitário acessível devem garantir o posicionamento das peças sanitárias e os seguintes parâmetros de acessibilidade: circulação com o giro de 360°; área necessária para garantir a transferência lateral, perpendicular e diagonal para a bacia sanitária; a área de manobra pode utilizar no máximo 0,10 m sob a bacia sanitária e 0,30 m sob o lavatório; deve ser instalado lavatório sem coluna ou com coluna suspensa ou lavatório sobre tampo, dentro do sanitário ou boxe acessível, em local que não interfira na área de transferência para a bacia sanitária, podendo sua área de aproximação ser sobreposta à área de manobra; os lavatórios devem garantir altura frontal livre na superfície inferior, e na superfície superior de no máximo 0,80 m, exceto a infantil; quando a porta instalada for do tipo de eixo vertical, deve abrir para o lado externo do sanitário ou boxe e possuir um puxador horizontal no lado interno do ambiente, medindo no mínimo 0,40 m de comprimento, afastamento de no máximo 40 mm e diâmetro entre 25 mm e 35 mm; pode ser instalada porta de correr, desde que atenda às condições previstas em 6.11.2.4 e 6.11.2.11; quando o boxe for instalado em locais de prática de esportes, as portas devem atender a um vão livre mínimo de 1,00m; alcance manual para acionamento da válvula sanitária, da torneira, das barras, puxadores e trincos e manuseio e uso dos acessórios;
ACESSOS Para garantir que uma rampa seja acessível, são definidos os limites máximos de inclinação, os desníveis a serem vencidos e o número máximo de segmentos:
Alcance manual lateral
Alcance manual frontal com deslocamento do tronco
Figura 3
Alcance manual lateral com deslocamento do tronco
Figura 5.1 Figura 5
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CONDICIONANTES FÍSICAS NORMAS CORPO DE BOMBEIROS De acordo com as Leis do Estado de Minas Gerais, as edificações de uso coletivo devem possuir o auto de vistoria do corpo de bombeiros (AVCB). Este documento garante que o edifício possui condições seguras para saída dos usuários em caso de emergência, fácil acesso para os integrantes do corpo de bombeiros e também para equipamentos para combates a incêndios. As principais medidas para que a edificação seja segura em caso de incêndio são:
Acesso da viatura à edificação e áreas de risco; Segurança estrutural das edificações; Controle dos materiais de acabamento; Saídas de emergência; Elevadores de emergência; Iluminação de emergência; Controles de fumaça; Gerenciamento de risco de incêndio; Brigada de incêndio; Detector de incêndio; Alarme de incêndio; Sinalização de emergência; Extintores; Hidrantes e mangotinhos; Chuveiros automáticos; Espuma; Resfriamento; Sistema fixo de gases limpos e dióxido de carbono; Sistema de proteção contra descargas atmosféricas e Controle de fontes.
ACESSOS Sobre os acessos de viaturas nas edificações é determinado que nos condomínios com arruamento interno devem ser previstos portões de largura mínima de 4m e vias de acesso para viaturas do Corpo de Bombeiro com largura mínima de 6m.
ÁREAS DE REFÚGIO Área de refúgio é a parte de um pavimento separada do restante por paredes e portas corta-fogo, tendo acesso direto a uma escada/rampa de emergência. A estrutura dos prédios dotados de áreas de refúgio der ter resistência de 4 horas de fogo.
SAÍDAS DE EMERGÊNCIA As rotas de saída devem ter iluminação natural e/ou artificial sendo indispensável artificial noturna. As portas que abrem para dentro de rotas de saída, em ângulo de 180°, em seu movimento de abrir não pode diminuir a largura efetiva destas em valor menos que 50% e sempre mantendo largura mínima livre de 1,10m e 2,2m de altura. Os acessos às saídas de emergência devem: Permitir o escoamento fácil de todos os ocupantes da edificação; Permanecer desobstruídos em todos os pavimentos; Ter pé direito mínimo de 2.50m, exceto obstáculos representados por vigas, vergas de portas, e outros cuja altura mínima livre deve ser de 2m; Ser sinalizados e iluminados com indicação clara no sentido da saída; Ser dimensionamentos em função do número de pessoas que por ela deva transitar e do número de pavimentos.
GUARDA-CORPOS E CORRIMÃOS Toda saída de emergência, corredores, balcões, terraços, mezaninos, galerias, patamares, escadas, rampas e outros, devem ser protegidos de ambos os lados por paredes ou guarda-corpos contínuos, sempre que houver qualquer desnível maior de 19cm, para evitar quedas. A altura dos guarda-corpos, medida internamente, dever ser no mínimo de 1,05m ao longo dos patamares, escadas, corredores, mezaninos e outros, podendo ser reduzida para até 92cm nas escadas internas. A altura dos guarda-corpo em escadas externas, patamares, balcões e assemelhados, deve ser de no mínimo, 1,30m. Os corrimãos deverão ser adotados em ambos os lados das escadas ou rampas, devendo estar situados entre 80 e 92cm acima do nível do piso. Deverão ser contínuos, sem interrupção nos patamares, prolongando-se sempre que for possível, pelo menos 0,20m do início e do término da escada com suas extremidades voltadas para a parede ou com solução alternativa. No caso de seção circular, o diâmetro do corrimão varia entre 38mm e 65mm e devem estar afastados 40mm no mínimo das paredes ou guarda-corpos às quais forem fixados.
ESCADAS Em qualquer edificação, os pavimentos sem saída em nível para o espaço livre exterior devem ser dotados de escadas, as quais devem: Quando enclausuradas, ser constituídas com material incombustível; Quando não enclausuradas, além da incombustibilidade, oferecer nos elementos estruturais resistência ao fogo de no mínimo, 2 horas; Ter os pisos dos degraus e patamares revestidos com materiais resistentes à propagação superficial de chama; Ser dotada de guardas corpos em seus lados abertos; Se dotadas de corrimãos; Atender a todos os pavimentos, acima e abaixo da descarga, mas terminando obrigatoriamente no piso desta, não podendo ter comunicação direta com outro lance na mesma prumada; Ter pisos com condições antiderrapantes, e que permaneçam antiderrapantes com o uso.
ALARME DE INCÊNDIO E COMUNICAÇÃO DE EMERGÊNCIA As instalações de alarme devem obedecer à NBR 9441. Devem ser instalados alarmes de incêndio do tipo bitonal, ressalvados os casos especiais que recomendam somente luminosos, tais como nas ocupações H-2, H3 e outras.
EXTINTORES Cada pavimento deve possuir no mínimo duas unidades extintoras, sendo uma para incêndio classe A e outra para incêndio classe B e C, ou uma unidade extintora de pó ABC, sendo este último obrigatório nas garagens. Os extintores devem estar em locais visíveis, protegidos contra as intempéries, desobstruído e devidamente sinalizados e adequados à classe de incêndio.
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CONDICIONANTES ECONÔMICAS E MATERIAIS CUSTOS GERAIS ESTIMADOS
Os valores a seguir referem-se aos Custos Unitários Básicos de Construção (CUB/m²), calculados de acordo com a Lei Fed. nº. 4.591, de 16/12/64 e com a Norma Técnica NBR 12.721:2006 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e são correspondentes ao mês de Abril/2017. Assim, o valor considerado para o cálculo dos custos gerais foi de R$ 888,51 que é referente aos custos para Programa de Interesse Social (PIS).
60 unidades habitacionais 27 apartamentos de 70m² 21 apartamentos de 60m² 12 apartamentos de 50m² Total de 3.750 m²
R$ 3.331.912,5
O Sinduscon do estado de Minas Gerais indica que na formação destes custos unitários básicos não foram considerados os seguintes itens, que devem ser levados em conta na determinação dos preços por metro quadrado de construção, de acordo com o estabelecido no projeto e especificações correspondentes a cada caso particular: fundações; submuramentos; paredes-diafragma; tirantes; rebaixamento de lençol freático; elevador(es); equipamentos e instalações tais como: fogões, aquecedores, bombas de recalque, incineração, arcondicionado, calefação, ventilação e exaustão, outros; playground (quando não classificado como área construída); obras e serviços complementares; urbanização, recreação (piscinas, campos de esporte); ajardinamento, instalação e regulamentação do condomínio; outros serviços como: impostos, taxas e emolumentos cartoriais; projetos: projetos arquitetônicos, projeto estrutural, projeto de instalação, projetos especiais; remuneração do construtor; remuneração do incorporador.
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CONDICIONANTES ECONÔMICAS E MATERIAIS METRAGENS E DENSIDADE APROXIMADAS PERFIS FAMILIARES
Levando em consideração a Avaliação Pós-Ocupação (APO) que realizou-se no Residencial Tocantins, pode-se observar que há uma demanda maior por residências que atendem a famílias nucleares e monoparentais, visto que, esses perfis lideraram nos resultados gerais dos questionários. Em contrapartida, nota-se que, em relação a idade dos entrevistados os grupos em maior quantidade foram o de 20 a 30 e 31 a 40 anos, assim, faz-se necessário a adequação das unidades habitacionais a possível evolução da família, visando a flexibilidade e mutabilidade.
IDADE LEGENDA
APROXIMADAMENTE 225 MORADORES
LEGENDA
PESSOA SOZINHA
CASAL
MONOPARENTAL
50 m²
APROXIMADAMENTE 3.750 m²
COABITAÇÃO
Com o objetivo de solucionar a habitação para 60 famílias e com a premissa de tentar atender a demanda expressiva por unidades para famílias nucleares e monoparentais, obtêm-se que: de 60 unidades, 27 (45%) apartamentos serão de 70 m², atendendo aproximadamente 122 pessoas. Enquanto 21 apartamentos (35%) terão 60 m², resultando em aproximadamente 73 moradores. Por fim, 12 (20%) unidades serão destinadas aos apartamentos de 50 m², atendendo aproximadamente 30 pessoas.
NUCLEAR EXPANDIDA
MONOPARENTAL EXPANDIDA
NUCLEAR
60 m²
70 m²
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CONDICIONANTES ECONÔMICAS E MATERIAIS MATERIALIDADE CONSTRUÇÃO SECA Atualmente, na construção civil tem-se a necessidade de se construir de maneira mais rápida e com menos desperdício considerando-se uma crescente conscientização sobre a importância da conservação do meio ambiente. Construção seca é um tipo de construção amplamente utilizada na Europa e Estados Unidos e que chegou ao Brasil há aproximadamente uma década. Diferentemente das construções convencionais, onde se utilizam elementos como os tijolos e os blocos de concreto assentados com argamassa e peças de concreto, a construção seca é composta por perfis metálicos, chapas que utilizam um gesso especial, chapas cimentícias, madeira e outros componentes.
VANTAGENS Velocidade na execução das paredes em fechamentos externos ou internos, tendo como consequência, um aumento de produtividade; As placas são leves e de fácil manuseio; Ganho de área útil, em função da menor espessura das paredes; As instalações são executadas no interior das paredes e antes do fechamento das mesmas, facilitando e agilizando este trabalho e eliminando a perda de materiais; Elevada resistência a impactos e ação da umidade; Redução de cargas nas estruturas e fundações, devido ao menor peso por m² de parede acabada, resultando em economia na fundação.
VANTAGENS PARA O MEIO AMBIENTE Não produz entulho; Utiliza água somente nas fundações; Reduz em 80% a utilização do cimento; Possibilita a reciclagem da estrutura em 100%; Reduz em 90% o consumo de matéria-prima natural; A produção do aço reciclado consome aproximadamente 70% da energia gasta para a produção a partir de matérias primas naturais; Utiliza somente produtos certificados.
STEEL FRAME
Pode ser definido como um “esqueleto” estrutural em aço composto por diversos elementos individuais ligados entre si. Estes passam a funcionar como um conjunto resistente às cargas solicitadas na edificação e dão forma a mesma. É um sistema construído em perfis de aço galvanizado formado a frio, projetados para suportar as cargas da edificação para garantir todos os requisitos de funcionamento desta. Classificado como um sistema construtivo aberto, permite a utilização de diversos materiais. Sendo flexível, não apresenta grandes restrições aos projetos, racionalizando e otimizando a utilização dos recursos e o gerenciamento das perdas. É customizável, sendo assim, permite total controle dos gastos já na fase de projeto, além de ser durável e reciclável.
Como a construção em steel frame é rápida, os projetos, planejamento e cotações devem ser feitas na fase de projeto, pois existe a necessidade de que todos os materiais sejam comprados de acordo com o cronograma da obra, que é muito preciso. Apesar da obra ser industrializada, a arquitetura pode ser concebida em qualquer estilo, em qualquer tamanho, e com diferentes distribuições internas, com ou sem desníveis obedecendo, é claro, as características técnicas dos materiais utilizados.
TELHA TERMOACÚSTICA É uma telha capaz de refletir ou bloquear os raios solares ao mesmo tempo em que é capaz de impedir a passagem do som de um ambiente externo para um ambiente interno e vice-versa. Podem ser fabricadas em aço galvanizado, alumínio, aço inox ou galvalume em diversos formatos (liso, ondulado, trapezoidal etc.) e há a possibilidade de serem pintadas Também são chamadas de telhas sanduiches pois possuem uma camada interna de poliuretano, poliestireno (isopor), lã de vidro ou lã de rocha com espessuras variadas, nos quais são materiais que cumprem bem as funções térmicas e acústicas.
DRYWALL São placas de gesso produzidas industrialmente com gipsita (matéria-prima) envoltas em papel-cartão parafusadas em uma ou mais camadas sobre uma estrutura de aço galvanizado, composta por montantes e guias. Em cada montante parafusam-se duas placas, uma oposta a outra, o que forma um colchão de ar. O drywall permite fazer diversas configurações: placas simples ou duplas em várias opções de espessuras, com enchimentos que proporcionam maior conforto térmico e acústico, e alternativas específicas para áreas úmidas ou que precisam de proteção contra fogo.
Uma das principais vantagens do sistema é permitir construir paredes a partir de apenas 7,3 cm de espessura, assim, em 100 m² ganham-se 4% de área útil, que é de grande relevância para unidades habitacionais de interesse social. Além disso, esse sistema de vedação que dispensa vigas e pilares, pesa bem menos do que a alvenaria, o que corta custos nas fundações. Outro aspecto que deve ser levado em consideração é de que tanto as placas de gesso como a parte metálica são 100% reaproveitáveis e a matéria-prima do gesso não gera resíduo tóxico. Sem contar que o sistema possibilita plantas flexíveis com maior facilidade de reformas e manutenção e não gera significativo volume de entulho. Existem diferentes tipos de placas que se adequa as funções específicas de cada ambiente. No caso de paredes de drywall por onde passa a tubulação, indica-se o uso das placas verdes que ganham tratamento contra umidade. Entretanto, pode-se optar por utilizar placas cimentícias sobre a estrutura metálica no caso das paredes externas que estão expostas à intempéries.
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CONDICIONANTES SOCIOCULTURAIS PÚBLICO ALVO E ABRANGÊNCIA O projeto em questão tem como objetivo beneficiar à população com renda familiar mensal até R$4.000,00, que contempla a faixa II do programa Minha Casa Minha Vida. Segundo a FGV, Essa população é classificada como classe C e corresponde a 29,1% da população brasileira. Apesar da predominância de famílias nucleares, o Brasil tem tido mudanças na constituição dos perfis familiares, dessa forma a proposta é atender essa diversidade de usuários com unidades de 50, 60 e 70 m². Diante das possibilidades da constituição familiar dos possíveis moradores, objetiva-se propor unidades habitacionais flexíveis afim de atender às diversas particularidades de cada morador. Por fim, o projeto visa atender pessoas que se encontram à margem de uma segregação social, possibilitando o acesso à serviços e equipamentos urbanos e à casa própria.
PESSOA SOZINHA
CASAL SEM FILHOS
A proposta tem como base o programa Minha Casa Minha Vida do governo federal implantado em todo território brasileiro. Assim, o conjunto habitacional terá uma abrangência local afim de atender a população inserida na faixa II da cidade de Uberlândia. Terá impacto principalmente na região onde será locado, buscando potencializar a dinâmica do bairro de forma a dialogar com seu entorno imediato, ao mesmo tempo em que busca se destacar das outras tipologias arquitetônicas da entorno como sendo modelo de qualidade habitacional. Busca-se com a implantação do projeto criar uma integração entre as pessoas, o bairro e a cidade com a diversificação de usos e a inserção de moradores que geralmente estão habituados a morar em bairros mais distantes do centro da cidade, carentes de equipamentos de educação, saúde e lazer.
FAMÍLIA NUCLEAR
FAMÍLIA MONOPARENTAL EXPANDIDA
CASAL DE IDOSOS
FAMÍLIA MONOPARENTAL
FAMÍLIA NUCLEAR EXPANDIDA
COABITAÇÃO
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CONDICIONANTES SOCIOCULTURAIS PERFIL SOCIOCULTURAL DO ENTORNO
A população do bairro Nossa Senhora Aparecida representa 1,9% da população de Uberlândia.
O bairro Nossa Senhora Aparecida surgiu em 1940 com objetivo de atender a demanda provocada pela instalação de uma fábrica de fósforos. Os loteamentos eram construídos com a finalidade de implantação de vilas operárias. Com a criação da Paróquia Nossa Senhora Aparecida em 1945, houve um adensamento e desenvolvimento da cidade nessa direção. O bairro possui uma forte conexão com o entorno. Mesmo com um caráter residencial o bairro conta com uma grande variedade de comércios e serviços, principalmente nas avenidas de maior fluxo. Tal aspecto reflete na vida social dos moradores, e na qualidade física e econômica do local. Segundo dados do censo do IBGE de 2010 predomina a renda de domicílios que recebem de 2 a 5 salários mínimos e em seguida de 5 a 10 salários mínimos.
4.932 domicílios
5.195 homens 11.390 moradores 6.195 mulheres
46%
54%
Faixa Etária Menos de 1 ano
1a4 anos
5a9 anos
10 a 14 anos
15 a 19 anos
20 a 24 anos
25 a 29 anos
30 a 34 anos
35 a 39 anos
40 a 44 anos
45 a 49 anos
50 a 54 anos
55 a 59 anos
60 a 64 anos
65 a 69 anos
70 a 79 anos
80 a 89 anos
90 a 99 anos
100 anos ou mais
77
355
445
647
869
1.176
1.011
837
754
781
821
753
677
563
476
742
346
65
4
Fonte: IBGE, 2010.
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CONDICIONANTES SOCIOCULTURAIS LISTA DE ATIVIDADES
COMER COZINHAR CONVIVER TRABALHAR RECEPCIONAR ESTOCAR
BRINCAR EXERCITAR CONVIVER LAZER RECEPCIONAR
HABITAR
HIGIENIZAR-SE ESTOCAR LER
DORMITÓRIO
LAVAR SECAR PASSAR ESTOCAR
DORMIR ESTUDAR LER DESCANSAR OUVIR MÚSICA TRABALHAR CONVIVER ESTOCAR
É comum em ambientes residenciais a sobreposição de atividades do cotidiano, porém, é de extrema importância prever as relações entre as mesmas na etapa de projeto para que não haja conflito quando exercidas em um mesmo espaço. Assim, identifica-se algumas atividades que necessitam de maior privacidade e que podem gerar conflito com outras ações de caráter mais público como: dormir, estudar, ler e higienizar-se. Entretanto, há algumas atividades que se relacionam e que não causam divergências entre si, como: comer e assistir TV; comer e conviver; estudar e ler; cozinhar e ouvir música.
CONVIVER ESTUDAR RECEPCIONAR ASSISTIR TV LER DESCANSAR OUVIR MÚSICA TRABALHAR
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CONDICIONANTES CONCEITUAIS REFERÊNCIAS PROJETUAIS O conjunto habitacional projetado pelos arquitetos Joan Nogué , Txema Onzain , Félix López em 2009, possui área de 10,613.17 m² e está localizado em Barcelona, Espanha. O projeto realoca as habitações desapropriadas para a ampliação do Equipamento Ferial, buscando gerar um espaço interior protegido entre os novos pavilhões e o conjunto plurifamiliar. Na composição volumétrica os arquitetos decidiram separar em 5 blocos adjacentes, dispondo de uma base que fornece a maior fachada comercial possível e para servir também como uma barreira visual e sonora ao jardim interno. Além disso, buscou-se orientar as tipologias de modo que as cozinhas e os espaços de estar se voltassem para o sul. A partir disso, o projeto apresenta uma forma urbana contundente do edifício na rua e uma fachada mais agradável A imagem do edifício é coerente com as e doméstica no interior. Conjunto habitacional, ONL Arquitetura
intenções projetuais citadas, sua pele leve e vazada vincula-se à zona de estar das habitações e permite o controle desta solução ao longo do dia e das estações do ano, enquanto que a mais isótropa e maciça é vinculada à zona de descanso. O edifício provoca a sensação da conformação de uma nova cidade que se procura transmitir, muito vinculada ao entorno o qual está inserida, não só com a imagem, mas também com a escolha dos sistemas construtivos utilizados.
O edifício (2007) de 5.848,27 m² está inserido na cidade do Porto em Portugal e foi realizada pelos arquitetos Carlos Jorge Coelho Veloso, Gil Miguel Monte Gonçalves, Hélder Manuel Reis Coelho (AVA Architects). O motivo principal pelo qual o conjunto habitacional se destaca é devido a sua adaptação ao preencher o vazio urbano ao qual foi implantado, buscando uma unidade urbana composta por fragmentos novos e antigos, produtos de diferentes momentos, desse modo, evidencia o fato de que fragmentos não podem ser reduzidos a uma unidade imediata, mas devem coexistir como realidades paralelas. Além disso, a edificação consegue se adequar ao local de maneira a preservar a estrutura urbana circundante que foi uma diretriz importante para os arquitetos na realização do projeto.
Habitação Social Salgueiros
O projeto da Habitação Social Salgueiros buscou garantir que as fachadas externas reproduzissem uma imagem artística resultante da articulação e integração do entorno, de modo que a proposta se coloca nos limites do lote, adaptando o edifício à rua e afirmando o reconhecimento de importantes aspectos da realidade urbana. Por razões econômicas, aplicou-se uma racionalidade tipológica na distribuição das unidades habitacionais, pois as características morfológicas do lote impediam qualquer outra tipologia.
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CONDICIONANTES CONCEITUAIS REFERÊNCIAS PROJETUAIS SEHAB Heliópolis
Possui 420 unidades habitacionais disponíveis em duas tipologias, ambas com dois dormitórios, um banheiro e uma sacada. O sistema construtivo adotado foi a alvenaria estrutural de blocos de concreto pintado com diferentes cores, que foram usadas para garantir a singularidade de cada bloco. As janelas são bem amplas que se estendem do chão até a altura da portar, sendo só a parte superior possível de ser aberta e a parte inferior funciona como parapeito, ajudando na iluminação natural dos ambientes.
Esse projeto em São Paulo, faz parte do programa de Reurbanização de favelas da Prefeitura, e foi desenvolvido pelo escritório Biselli Katchborian Arquitetos. O espaço disponível era uma quadra retangular de 32.000m². Para abrigar todas as unidades necessárias a tipologia escolhida foi a de prédios de até oito pavimentos sem a necessidade de elevadores já que foi aproveitado a topografia do terreno, criando acessos diferentes para os andares superiores e inferiores. Os blocos foram dispostos no contorno da quadra, criando um pátio interno, voltado ao lazer dos moradores, mas com acesso público para que possa ser usado como praça e passagem. Existem também as áreas cobertas de lazer que ficam nos próprios blocos e passarelas metálicas que fazem a ligação entre os edifícios.
O projeto de moradia coletiva foi desenvolvida por Thomas Lademaine dentro de um local excepcional em uma área industrial cuja arquitetura está marcada pelo estilo moderno. A fim de trabalhar com peças existentes, optou-se por integrar e reinterpretar alguns dos elementos arquitetônicos existentes no lugar da estética do edifício. Marcar as esquinas pareceu maneira interessante de reforças a geometria do projeto e ao mesmo tempo, delimitar elementos. A parte superior, com 5 apartamentos com dupla orientação, é coberta de madeira e composta por pequenos volumes. A composição está assentada sob uma base mineral. No térreo existem dois espaços públicos: um centro de impostos e um posto policial. O uso da madeira acentua uma sensação de interioridade, mas sobretudo permite o controle de opacidade e transparências e atua como filtro.
Habitação Social em Aigues-Mortes
A principal dificuldade deste projeto foi conciliar custo, comodidade, estética social e ambiental. Mas o elemento envoltório assume um papel primordial garantindo à edificação proteção solar. A materialidade juntamente com a geometria do projeto proporcionam espaços íntimos ao ar livra para cada habitação. O edifício promove volumes diferentes dentro do terreno, variando no número de pavimentos e se mesclando a casas individuais, o que torna o espaço menos monótono, pois traz diferentes formas de espaços internos.
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CONDICIONANTES CONCEITUAIS REFERÊNCIAS CONCEITUAIS Estratégias de Flexibilidade na Arquitetura Doméstica Holandesa: da conversão à multifuncionalidade – Rita Abreu e Teresa Heitor É questionado, nos últimos anos frente a diversidade dos modos de vida da população somado a diversidade de hábitos e a pluralidade de necessidades e de preferências no espaço doméstico, os processos convencionais de produção de habitação em série que justificam a exploração de modelos de habitação alternativos. Nesse sentido, o artigo aborda um tema interessante em relação a habitação de interesse social, que diz respeito a flexibilidade dos ambientes na arquitetura doméstica, tendo em vista que este assunto está estritamente ligado aos processos dinâmicos e mutáveis que o uso do espaço doméstico sofre ao longo dos anos. São apresentados estudos de caso holandeses e a partir desses é possível entender que a modificação do espaço surge como uma necessidade natural das pessoas ligado ao desenvolvimento da vida familiar. Para isso foi utilizado o método de avaliação de pós-ocupação (APO). É indispensável pensar a habitação como um sistema aberto à mudança, logo mais adaptável a uma maior diversidade sociocultural, mais durável e mais rentável, através de estratégias que visam a flexibilidade na arquitetura doméstica, tomando como exemplo os projetos holandeses inovadores em processos construtivos flexíveis com recurso a sistemas pré-fabricados e modulares, como a utilização de divisórias flexíveis não estruturais. Reflexões sobre o futuro da sustentabilidade urbana com base em um enfoque socioambiental – Laura Machado de Mello Bueno O artigo apresenta um panorama sobre os impactos ambientais e mudanças climáticas que o mundo vem sofrendo nas últimas décadas, além disso, a autora coloca que as aglomerações nos espaços urbanos concentram diferentes condições sociais –riqueza e pobreza- e representam um desafio para as políticas públicas (Maricato, 2001). Destaca-se a gravidade da situação sanitária e habitacional nas cidades pela presença de grande parte das populações metropolitanas vivendo em favelas. Laura Machado ainda indica que nossas cidades são resultado da estrutura social, caracterizada por diferentes condições de vida e de acesso a serviços e equipamentos urbanos. A crise habitacional brasileira é caracterizada pela existência de assentamentos irregulares com grande coabitação, geralmente com ausência de saneamento ambiental, nos quais as áreas mais precárias se localizam em faixas marginais a córregos e em encostas, que apresentam grandes riscos de vida para as famílias que habitam nessas condições, assim, nesse quadro soma-se a crise ambiental presente no ambiente urbano. Portanto, o artigo apresenta algumas propostas para planejamento, gestão e execução de intervenções em áreas urbanas e periurbanas, utilizando da implementação de princípios de desenvolvimento sustentável para a melhoria de aspectos ambientais e de desenvolvimento humano que se aplicam no contexto contemporâneo. Com base em pesquisas e atividades profissionais realizadas entre 1999 e 2007, o artigo apresenta a causalidade das formas de construção de nossas cidades em relação à crise ambiental, à crise social, à identificação dos atores políticos sociais, constrangimentos tecnológicos e econômicos envolvidos e propõe mudanças que objetivam alcançar a justiça social e a qualidade ambiental. Tipos arquitetônicos e dimensões dos espaços da habitação social – Antônio Tarcísio e Maria Cristina O artigo discorre sobre o dimensionamento de ambientes enquanto a flexibilidade de usos diferentes em um mesmo espaço, assim como a possibilidade de diversos arranjos mobiliários, além disso, enfoca o estudo em avaliar a satisfação dos usuários em 374 unidades habitacionais na região metropolitana de Porto Alegre, ocupados por uma população de renda média/baixa durante as décadas de 80 e 90, a pesquisa se deu por meio da coleta de dados, aplicação de questionários e entrevistas com os moradores de 12 conjuntos habitacionais de diferentes configurações. Os autores apontam a relevância da avaliação pós ocupação de espaços habitacionais como forma de produzir informações sobre os efeitos das diferentes áreas dos espaços ou peças constituintes das unidades, possibilitando a formulação de parâmetros baseados em evidências reais para servir de orientação e referência mínima no dimensionamento adequado das unidades habitacionais. Ademais, o estudo permitiu avaliar o grau de adequação dos espaços internos da habitação de acordo com as atividades que são desenvolvidas dentro da moradia, ao tamanho e a forma dos espaços constituintes da habitação em função dos equipamentos/mobiliários, revelando as adequações e inadequações de projeto. Por fim, conclui-se que nos tipos arquitetônicos analisados, houve um aumento das áreas totais construídas, consideravelmente nas casas, e uma diminuição nas áreas de espaços abertos privados, no caso das casas e sobrados, e espaços semiprivados, no caso de apartamentos, porém, não foi encontrada uma relação entre a área de espaço aberto privado ou semiprivado e a satisfação com a moradia. Além disso, pôde-se perceber que há uma tendência na alteração do uso de alguns dormitórios, a incluir um segundo estar ou jantar, uma área de serviço, garagem nos espaços privados das casas e nos espaços semiprivados ou semi-públicos dos blocos de apartamentos, outro aspecto importante levantado nos resultados foi que os dormitórios 1 e algumas cozinhas são espaços com áreas originais mais problemáticas, onde mostra que em muitos casos, o funcionamento das peças é prejudicado pela falta de espaço. Portanto, os resultados da pesquisa sugere que independente do tipo arquitetônico adotado, é possível projetar unidades que sejam considerados e dimensionados de forma a responder satisfatoriamente aos seus moradores.
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CONDICIONANTES CONCEITUAIS REFERÊNCIAS CONCEITUAIS Habitação Social em Áreas Centrais – Ermínia Maricato Com base em observações feitas por Ermínia Maricato em dados sobre o déficit habitacional nacional, o acesso à moradia no Brasil é estritamente restrito em detrimento da demanda e, portanto, as políticas sociais são irrelevantes perante à demanda total. Nem os programas públicos nem o mercado privado produtor conseguiram atender à procura e prover habitações que fossem suficientes para atender a população de baixa renda nem sequer aquela dos trabalhadores do mercado formal e com renda média. A habitação social é encarada apenas como mais um produto do sistema capitalista, idealizado por empreendedores e construtoras onde se tem a cidade como mercado comercial e o morador como cliente. Maricato reitera ainda que os governos (em toda sua hierarquia) são tomados pelos agentes privados e juntos orientam o crescimento, desenvolvimento e planejamento urbanos. A população enquanto dependente direta desse sistema não é levada em consideração, e como ônus urbano ocorrem os mais diversos fenômenos como a periferização, o espraiamento urbano e a favelização contribuindo para a segregação espacial e social. Maricato defende também a ideia de que caso a habitação social em áreas centrais seja um partido escolhido pelo poder público, devem ser discutidas, criadas e implementadas legislações urbanísticas específicas junto a linhas de financiamento pois o discurso deixa de ser apenas a provisão de moradia para a população e se direciona à criação de parâmetros que auxiliem na resolução de um problema de subutilização de edifícios e lotes urbanos junto a uma demanda enorme de espaço e moradia. A Ineficiência de um Modelo de Morar Mínimo: Análise Pós-Ocupacional em Habitação de Interesse Social em Uberlândia/MG – Simone Villa, Rita Saramago, Karen Bortoli e Michelle Pedrosa Os programas habitacionais de acesso à moradia promovem a construção de novas unidades habitacionais voltadas às camadas da população com menor renda. Porém, infelizmente a proposta consiste em oferecer uma habitação econômica que garanta o mínimo nível de vida digna e de qualidade para os futuros moradores, a partir de “modelos de morar” mínimos e padronizados, cuja a eficiência há muito tem vem sendo questionada em pesquisas. As moradias são inspiradas em paradigmas da modernidade que se referia à oferta de casas menores e com baixo custo de produção no contexto europeu de recessão econômica do período entre guerras. Tal tipologia foi concebida quando predominavam as famílias nucleares e continua sendo repetida até hoje, porém, a sociedade se transformou e suas necessidades são completamente diferentes. Assim, busca-se através expor resultados obtidos em análises de pós-ocupação em habitações de interesse social em Uberlândia afim de aprimorar e conhecer as reais necessidades da população de baixa renda que são beneficiadas pelo programa nacional Minha Casa Minha Vida e que as problemáticas levantadas sejam evitadas em projetos futuros.
CONDICIONANTES CONCEITUAIS RESULTADOS DE APO Com base na Avaliação de Pós Ocupação(APO) no Residencial Tocantins I e II pôde-se perceber que apesar das problemáticas . existentes os moradores se sentem privilegiados pela conquista da casa própria e consideram incluídos na cidade. Em contrapartida, identifica-se algumas deficiências que abarca o Residencial como um todo. A padronização das unidades . habitacionais não leva em consideração a diversidade das tipologias e a evolução familiar, prejudicando a flexibilidade dos ... ambientes que também é resultante do sistema construtivo rígido adotado. O mau planejamento da implantação dos blocos ocasiona . . .... ............................. ...problemas de insolação, ventilação, circulação, gera espaços residuais entre os blocos e também acarreta conflitos de privacidade. . Em relação a área externa observa-se que a falta de arborização e de cuidados com as áreas de convivência e lazer resulta em um espaço pouco ...........................aproveitado pelos moradores e insuficiente, visto que não atende a demanda existente. Portanto, é importante levar em consideração todos os aspectos levantados na APO para que se possa criar espaços que cada usuário se identifique e que atenda a todas as suas particularidades, afim de promover a melhoria da qualidade de vida.
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CONDICIONANTES CONCEITUAIS PARTIDO A SER ADOTADO O que se vê sendo produzido no Brasil nos últimos anos no campo habitacional de interesse social se refere a um modelo que exige que sejam gerados produtos padronizados de baixa qualidade de desenho, de baixa funcionalidade e baixa qualidade de materiais e com nenhuma preocupação com o conforto e bem estar do morador. Tratam-se de conceitos de produção em massa e de economia de recursos para a geração exclusiva de lucro a todo custo. OBJETIVO: a proposta para o projeto de habitação social pretende se contrapor ao que têm sido oferecido pelo mercado tanto em tipologias padronizadas em áreas periféricas, quanto no se refere ao direito a moradia digna e ao direito à cidade. Deve ser prevista a integração entre os usos coletivos e usos privados propiciando espaços de encontro e convívio, mas dosando a privacidade necessária para as unidades habitacionais. Os espaços livres deverão ser os estruturantes fundamentais na composição dos espaços destinados ao uso comum. Estas áreas permitirão que moradores do complexo e habitantes do entorno utilizem o espaço e serviços, afim de propiciar que em um único ponto possam ocorrer as mais variadas manifestações humanas.
Buscar atender a demanda de novas unidades habitacionais na cidade de Uberlândia e favorecer na construção de uma nova urbanidade. DENSIDADE DIVERSIDADE
MATERIALIDADE
IDENTIDADE
ACESSIBILIDADE
IMPLANTAÇÃO
IMPACTO AMBIENTAL
HABITAR
Qualidade Flexibilidade e
Melhor custo benefício, otimização no canteiro de obras e facilidade da manutenção Valorizar e potencializar a convivência entre os moradores e a relação com o entorno com o objetivo de reforçar a identidade do edifício e sua apropriação pelos usuários – espaço de convívio, possibilitar atividades coletivas e relações de amizade. Permitir que todo o complexo seja acessível à todas as pessoas
Qualidade
Estética e
Possibilidade
Construtiva
de Expansão
HABITAÇÃO DE Acessibilidade
INTERESSE
Universal
Inovação
Integração com a Cidade
SOCIAL
Aproveitar o máximo potencial construtivo do terreno, atendendo os parâmetros da legislação local. Proposta para reduzir a aparência monolítica e monótona da edificação – elaboração de jogo de cheios e vazios, adição e subtração. Implantação que crie “olhos para a rua” em todas as fachadas afim de estabelecer diálogo e permeabilidade visual com o entorno imediato. Uso de cores, texturas e posicionamento de esquadrias com a intenção de criar maior dinamismo.
Ambiental
Baixo Custo Satisfação dos Moradores
DIREITO À HABITAÇÃO E À CIDADE
Fragmentação volumétrica: Promoção de espaços ventilados e ensolarados Unidades habitacionais em todas as faces – “olhos pra a rua” Criação de espaços de convívio Potencializar a dinâmica interna do edifício Aproveitar iluminação e ventilação natural, energia solar, armazenamento e uso da água de chuva.
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CONDICIONANTES CONCEITUAIS ESTUDO DE IMPLANTAÇÃO PROPOSTA 01
A proposta inicial consiste em dois blocos. O bloco 1 distribui no térreo os apartamentos acessíveis e as áreas comercias e de serviço. Já no bloco 2, há a área de estacionamento coberto sob pilotis. Nos demais pavimentos em ambos os blocos distribuiu-se as três tipologias residenciais, totalizando em 68 unidades. Com o intuito de promover uma área mais privativa às unidades residenciais do térreo, implantou-se as áreas comerciais e de serviços voltadas para as vias de maior fluxo afim de criar uma barreira visual e favorecer áreas coletivas mais reclusas. LEGENDA
Térreo
1º, 2º, 3º Pavimentos
4º Pavimento
Tipologia 70 m²
Circulação Horizontal
Tipologia 60 m²
Circulação Vertical
Tipologia 50 m²
Área de Atividades Físicas
Comércio
Playground
Serviço
Espaço de Convivência
Estacionamento Coberto
Salão de Festas/ Sala de Jogos/ Churrasqueiras
Estacionamento Descoberto
PROPOSTA 02
Concepção
Partindo da ideia de promover um espaço mais privativo para as unidades habitacionais do térreo, evoluiu-se para uma nova distribuição modular das tipologias para os apartamentos, prevendo espaços para expansões futuras. Os módulos possuem áreas distintas que atendem à diversidade de perfis familiares com áreas de 50, 60 e 70 m². O encaixe entre os apartamentos promove espaços privativos para o acesso às unidades residenciais. Além disso, a disposição dos módulos articulam cheios e vazios que rompe com a aparência monótona da fachada.
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CONDICIONANTES CONCEITUAIS ESTUDO DE IMPLANTAÇÃO INSERÇÃO DOS BLOCOS Acessos LEGENDA Acesso de Pedestres Acesso de Veículos
Relação Público, Coletivo e Privado A disposição dos blocos gera a possibilidade de acesso por todas as faces do terreno. Ademais, a localização do ponto de ônibus na rua Belém influenciou diretamente o acesso de pedestres no conjunto habitacional. Já o acesso de veículos foi locado separadamente dos acessos de pedestres e das áreas centrais de recreação, prevendo a segurança dos usuários. Além disso, a entrada de automóveis pela Rua Natal é devido ao fato da via ser de menor fluxo e não conter trajeto de ônibus, assim, não gera conflitos em horários de muito movimento.
A implantação dos blocos permitiu a criação de amplos espaços públicos voltados para a face externa do terreno, na Avenida Cesário Alvim onde se concentra o maior fluxo de pessoas e de automóveis. As áreas coletivas entre os blocos permite a criação de espaços recreativos e de convivência para os usuários, afim de valorizar as relações sociais e de promover a permeabilidade no terreno. Nas unidades térreas são previstos jardins privativos, já que estão voltadas para o limite do terreno e recebem muita incidência solar em períodos críticos.
LEGENDA Área de Uso Misto Área Pública Área Coletiva Área Privativa
O térreo abriga os seis apartamentos acessíveis com duas unidades de cada tipologia, além das áreas previstas para comércio e serviços, estacionamento coberto sob pilotis, área de convivência coberta e áreas livres. Os demais três pavimentos possuem a mesma disposição das unidades habitacionais, de modo a facilitar a execução da obra através de um pavimento tipo. A circulação vertical ocorre através de uma única caixa de escada localizada estrategicamente que distribui o fluxo de pessoas. A circulação horizontal é responsável pela unidade do conjunto que permite a comunicação entre todos os blocos e o convívio dos moradores.
Distribuição das Tipologias
Topografia
O desnível do terreno é de aproximadamente três metros. A cota mais alta abrange uma área de aproximadamente 1003 m², a intermediária 1424m² e a mais baixa 600m². A implantação dos blocos acontecerá de forma que o volume de terra para o nivelamento, será aproximadamente o mesmo para o corte e o aterro, de modo a reduzir custos.
LEGENDA
Térreo
Pavimento Tipo
Tipologia 70 m²
Circulação Horizontal
Tipologia 60 m²
Circulação Vertical
Tipologia 50 m²
Jardim Privativo
Comércio/Serviços
Estacionamento Coberto
Área de Convivência (pilotis)
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CONDICIONANTES CONCEITUAIS ESTUDO DE IMPLANTAÇÃO Volumetria e Gabarito
Através das análises do entorno, optou-se por organizar o conjunto em quatro pavimentos para que deste modo não se destoasse dos demais edifícios da paisagem, porém é de interesse que o complexo se destaque tornando-se atrativo para os moradores do bairro por meio de uma linguagem distinta das existentes. A volumetria foi concebida através da fragmentação e deslocamentos das tipologias fornecendo avanços e recuos resultando em uma fachada dinâmica, garantindo que todas as unidades tivessem “olhos para a rua” e ambientes ensolarados e ventilados. Além disso, foi pensado espaços que valorizam as visadas da paisagem, servindo como mirantes e espaços atrativos para convívio social.
MAQUETE VOLUMÉTRICA
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CONDICIONANTES CONCEITUAIS REFERÊNCIAS MARICATO, Ermínia. Habitação Social em Áreas Centrais. Oculum (Campinas), Campinas – FAU/PicCamp, n.1, p. 13-24, 2000. VILLA, S. B.; et al. A Ineficiência de um Modelo de Morar Mínimo: Análise Pós-Ocupacional em Habitação de Interesse Social em Uberlândia/MG. OBSERVATORIUM: Revista Eletrônica de Geografia, v.5, n.14, p.121. BUENO, L. M. M. Reflexões sobre o futuro da sustentabilidade urbana com base em um enfoque socioambiental, Cadernos Metrópole, n. 19, 2008. p.99-121 LAY, M. C. D.; REIS, A. T. L. Tipos arquitetônicos e dimensões dos espaços da habitação social. AMBIENTE CONSTRUÍDO, Porto Alegre: ANTAC – Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído, v. 2, n. 3, p. 7-24, 2002. LEI COMPLEMENTAR Nº 524, DE 08 DE ABRIL DE 2011 – O CÓDIGO MUNICIPAL DE OBRAS DO MUNICÍPIO DE UBERLÂNDIA E DE SEUS DISTRITOS LEI COMPLEMENTAR Nº 525, DE 14 DE ABRIL DE 2011 – ZONEAMENTO DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO DO MUNICÍPIO DE UBERLÂNDIA.
IBGE – pesquisa de informações básicas municipais - PERFIS DOS MUNICÍPIOS BRASILEIROS. NORMA ABNT 9077 Saídas de emergência em edifícios. NORMA ABNT NBR 9050 Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Plano Nacional de Habitação – Ministério das Cidades – Secretaria Nacional de habitação, 2009. http://www.bricka.com.br/construcao-seca/ http://www.au.pini.com.br/arquitetura-urbanismo/215/conheca-as-principais-tipos-de-telhas-metalicas-e-suas-aplicacoes-250179-1.aspx
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