Lúcia Pimentel Góes Ilustrações de
Theo Siqueira
Lúcia Pimentel Góes Ilustrações de
Theo Siqueira
Olá! Quer conhecer Maldita e Benedita? As pulguinhas birrentas e ardidas que adoram aprontar? Então, eis a canção delas:
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Fui na cozinha fazer meu feij達o. Pulga Maldita mordeu Benedita!
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Benedita pegava o pão para comer com caldo de feijão! Maldita queria só o feijão para tomar com suco de melão!
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Benedita pediu p達o pra comer com feij達o; Maldita pediu mel達o pra tomar seu suco com feij達o.
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As duas pulgas ardidas, mais ardidas que pimentas, eram duas pulgas briguentas, que valiam por setenta! E, começaram a confusão!
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Eu vi Maldita e Benedita entrarem na casa dos Sete Anões e pularam, que azar, bem no cão do Zangado. Aquele anão, muiiito zangado, que não gosta de confusão e aquelas pulgas arteiras...
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Foi aí, que sem querer, Maldita mordeu Benedita, que mordeu o cão, que rosnou de dor e que mordeu o dedão do Zangado!
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E ent達o, o an達o Zangado, mais zangado ficou, e empurrou o Atchim, que derrubou o Soneca e Feliz, que caiu em cima do Dunga, que chateado sapateou forte, batendo para valer os p辿s no ch達o!
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— Que barulhão danado! — falou o MESTRE. Então, as pulgas, medrosas, calçaram seus tamanquinhos, e desceram na carreira, fugindo do tam, tam, dos pé do Dunga, e de toda aquela barulheira!
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Mas como “desgraça pouca é bobagem”, diz o dito popular, Zangado gritou e apontou: — Olhem todos para o portão da nossa casa! Olhando para o portão, e arregalando bem os olhos, o que os anões viram? Viram um Batalhão de Pulgas! O Batalhão de Pulgas, comandado por Benedita e sua irmã Maldita, entrava pelo portão, aos pulos, pulinhos e pulões e cantavam a plenos pulmões: 20
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Eu vou, eu vou! pra festa agora eu vou! Eu Vou, Eu Vou! encher a panรงa de comida, eu vou, eu vou!
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Os Sete An천es correram ladeira acima, e derramaram melado, super-melado, no Batalh찾o de Pulgas, e muitas ficaram grudadas no mel derramado.
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Pulga Maldita viu a Benedita, que deu um pulo e caiu, esborrachada no melado, e tambĂŠm grudada estava parte do BatalhĂŁo revirado no chĂŁo!
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O Batalhão de Pulgas ria da Benedita… a Benedita ria do Batalhão e a pulga Maldita puxava Benedita, conseguindo desgrudá-la do chão.
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Benedita e Maldita ficaram para sempre amigas e pararam de se morder. Continuaram apenas mordendo os outros, claro.
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E nunca mais quiseram saber de mel!
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Editora Evoluir Cultural Título Original
Pulga Maldita, pulga Benedita
Autora
Lúcia Pimentel Góes
Ilustrações
Theo Siqueira
Conselho editorial
Chico Maciel, Fernando Monteiro, Flávia Bastos, Lilian Rochael e Uriá Fassina
Projeto gráfico
Gabriela Ferreira
Revisão gráfica
Chico Maciel
Revisão de Texto
Lilian Rochael
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Góes, Lúcia Pimentel Pulga Maldita e Pulga Benedita / Lúcia Pimentel Góes ; ilustrações Theo Siqueira. — São Paulo : Evoluir, 2014 1. Poesia — Literatura infantojuvenil I. Siqueira, Theo. II. Título. ISBN 978-85-87420-70-1 14-10132 CDD-028.5 Índice para catálogo sistemático: 1. Literatura infantil 2. Literatura infantojuvenil
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Este livro atende às normas do acordo ortográfico em vigor desde janeiro de 2009.
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Edição Fonte Tiragem Papel capa Papel miolo Gráfica
1ª edição/impresssão, 2014 Din next rounded 3.500 exemplares Triplex 250g/m2 Alta alvura 120g/m2 Melting Color (São Bernardo do Campo/SP)
Você já sentiu aquela coceirinha ardida como pimenta? Tenho certeza que sim. Então venha se divertir com a história de duas pulgas, a Benedita e a Maldita. Aqui elas já fizeram uma combinação: ninguém escapa de suas peraltices.