Vivasonoro Project 2011

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Projeto

VIVASONORO UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI PROJETO INTERCURSOS: ARQUITETURA E DESIGN DE MODA 2011/02

INCLUSÃO SOCIAL E A DEFICIÊNCIA VISUAL: IMPLEMENTAÇÃO DE MELHORIAS E O USO DE SISTEMA PARA INCENTIVAR A INDEPENDÊNCIA PARA OS QUE ESTÃO ENTRANDO NA FASE ADULTA: PROJETO “VIVASONORO”.

Alice Marinho de Araújo¹, Amanda A. Medeiros², Feliphe Chaves², Filipe I. Lopes², Gabriela L. Santos¹, João J. Funnicheli¹, Juliana C. Casagrande², Luana S. Luz, Mariana E. Pezzuto¹, Mirella B. Chagas, Maria Eduarda A. Nunes², Raissa B. Costalonga². Instituição Padre Chico Professores Orientadores: Profa. Ms. Luciana Gragnato, Prof. Ms. Roberto Yokota, Prof. Ms. Cláudio Lima Ferreira

PÁGINA 3 CONHECENDO UMA NOVA REALIDADE

PÁGINA 4 INCLUSÃO OU EXCLUSÃO?

PÁGINA 7 PLANO DE EXECUÇÃO DO PROJETO


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PROJETO cria novo sistema para transporte público

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Fluxograma técnico do funcionamento do dispositivo desenvolvido pelo grupo em 20 de Setembro de 2011.

Fluxograma do protótipo

«VIVASONORO»

Ÿ Pesquisa de campo para entender e ver

TAG RF ID

RF ID

Micro controlador

Placa de som e alto-falante

O RF ID vai localizar a TAG RF ID e essa informação vai para o Micro controlador que vai mandar para a placa de som essa informação para ser transformada em som.

Fachada da Instituição Padre Chico em 06 de Setembro de 2011.

O projeto consiste na criação de um sistema e adaptação para auxiliar o uso do transporte público, o ônibus, para que atenda à necessidade de condições especiais de portadores de deficiência visual. As instalações devem proporcionar independência e facilitar o seu cotidiano sem ajuda de terceiros. Uma tag (dispositivo de comunicação eletrônico complementar de automação e cujo objetivo é receber, amplificar e retransmitir um sinal em uma frequência diferente ou transmitir de uma fonte uma mensagem prédeterminada em resposta à outra pré-definida “de outra fonte”) será implantada em pontos de ônibus (corredor ou comum), que acionará um dispositivo dentro do ônibus, avisando aos usuários a próxima parada. Os pontos possuirão um painel (com as linhas dos ônibus), que terá tradução em braile e uma lupa

Plano de execução do projeto

Arthur aluno da Inst. Padre Chico e sua mãe Miriam em 06 de Setembro de 2011.

integrada, que ajudará as pessoas cegas e com baixa visão, além dos pisos podotáteis direcional e de alerta, visando facilitar a locomoção dos deficientes visuais ao longo dos pontos de ônibus. O Projeto «VIVASONORO» visa auxiliar o processo de inclusão social das pessoas portadoras de alguma necessidade visual quando estas precisam se locomover com o transporte público, isto é, facilitar a leitura dos pontos de ônibus, a identificação dos veículos que se aproximam, diminuindo a dependência deles para se locomover e aumentando a segurança para seus familiares, amigos e responsáveis em relação a questão do portador se perder pelo caminho, conforme foi visto e analisado ao longo do processo de pesquisa.

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como é a vida dos pais, professores de pessoas cegas - crianças e adultos; Coleta de materiais bibliográficos; Processos de Brainstorming; Análise dos dados coletados; Compreensão dos problemas mais encontrados; Isolamento do problema principal; Análise substancial; Elaboração de possíveis soluções; Análise das soluções e de suas viabilidades; Esboços do projeto; Ideias do nome do projeto; Coleta de ideias para um formato do pdp; Construção do protótipo; Testes com o Protótipo.

Esquema plano da proposta de modificação

O ponto é feito por uma estrutura de ferro, com cobertura transparente de policarbonato.

O poste de concreto localizado a 50 metros do ponto, com uma tag (de 10x15cm) concretada na parte interna.

Dentro do ônibus terá mais 2 dispositivos (de 10x 15 cm) que avisará os usuários dentro dos mesmo qual será sua próximo ponto.


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Espaço interno do ônibus - Viabilidade

Justificativa

Painel externo informativo Lupa integrada no painel Ÿ

O painel tem como intuito informar a todos as linhas de ônibus que passam por aquele ponto, contendo uma lupa para pessoas com baixa visão e a tradução em braile.

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Pessoas com baixa visão

Material Acrílico Ÿ Lupa de apoio 28D Ÿ

(Fonte: www.bonavision.com.br. Acessado em 15 de outubro de 2011)

Mesmo com iniciativas privadas e públicas em escolas, nos projetos de urbanização e nos esportes, como a Paraolimpíadas, o preconceito ainda é perceptível tanto por parte da família (interna) do portador de deficiência visual quanto por parte dos que não estão tão próximo dele (externa). Essa análise é baseada na pesquisa de campo feita pelos integrantes do grupo que foram à Instituição Padre Chico e lá ao falarem com algumas crianças e pais verificaram que, primeiramente, o maior problema por eles enfrentado é o preconceito. Quando este vem por parte externa é mais fácil de lidar do que quando é interna, algumas crianças nos relataram que seus pais não aceitavam a necessidade que elas tinham, muitas vezes adquirida ao longo da infância, e por isso comportavam-se de forma rude, impaciente e, às vezes chamando o filho com palavrões. Por outro lado, tivemos o contato com uma criança que a mãe a apontou como “incontrolável”: Arthur, 12, nasceu cego e desde criança a mãe sempre o incentivou a fazer seus deveres, a brincar livremente, atualmente ele brinca, corre e até dirige motocicleta. Sua mãe nos relatou que ele é muito independente, faz tudo sozinho, mas ela ainda tem receio de deixá-lo sair sozinho, utilizar os transportes públicos, não por não confiar no filho, mas por não conseguir ter segurança em relação aos outros e às ferramentas que os meios de transportes utilizam como “auxílio” ao deficiente. Dessa forma o projeto visa melhorar os corredores e pontos simples de ônibus, facilitando a locomoção dos usuários, a identificação dos ônibus e assim, proporcionar segurança aos pais em relação ao meio de transporte e à independência dos filhos.

Conhecendo uma nova realidade

Área interna da Instituição Padre Chico em 06 de Setembro de 2011.

Na ultima visita, fomos conversar sobre os projetos com as mães pra ver o que elas acharam, elas descontaram a raiva na gente e uma disse que o projeto era bom, porem tudo que dependesse do governo, não daria certo, por falta de incentivo do mesmo, por melhor que seja o projeto. Algumas relatam o preconceito sofrido ao pegar o ônibus com seus filhos. Ela se cansou de ouvir quando entrava o trem, ”já chegou a mãe folgada” por isso, faz dois anos que ela não pega mais ônibus, ela cansou de ter que expor a deficiência dos seus filhos.

Miriam mãe do 'deficiente visual' Arthur elogiou muito e diz: “Acho muito interessante o projeto de você, pois da ao deficiente visual a alta independência, mas também serve a todos nós”. Um pai falou que uma menina passando pela sua filha (portadora de necessidades especiais visuais), chutou sem querer a bengala dela e só voltou depois de um bom tempo pra ver se estava tudo bem, mesmo com a bengala as pessoas não respeitam os deficientes, passa e nem vê.


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Conversando com os pais

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NOVA ESTRUTURA E AMBIENTE PARA PONTOS DE ÔNIBUS

Os pontos de ônibus (corredor e comum) serão de estrutura metálica perfil I na cor azul, pois a mesma não sofre alterações sobre a luz solar. Terá pisos podotátil (piso tátil) que ajudará as pessoas com deficiência visual a se locomover com segurança.

NOVA ÁREA EXTERNA DO ÔNIBUS

SUPORTE PARA O SENSOR

Dentro do ônibus terá mais dois dispositivos (10x 15 cm) que avisará os usuários dentro do veículo qual será a próxima parada.

Haverá um poste de concreto localizado a 50 metros do ponto, com uma tag (de 10x15cm) concretada na parte interna, não sendo visível e evitando o vandalismo e outras possíveis depredações.

Área interna da Instituição Padre Chico em 01 de Novembro de 2011.

O projeto partiu de uma pesquisa de campo feita dentro do Instituto para Cegos- Padre Chico, a instituição é especializada no atendimento e na educação de crianças, adolescentes portadores de deficiência visual. A pesquisa teve como foco saber as dificuldades das crianças e adolescentes ao longo do dia-a-dia. Relataram momentos tristes durante a infância como o fato dos pais não aceitarem a deficiência visual e momentos mais recentes como preconceito por parte dos colegas nas escolas. Algumas mães relataram o preconceito sofrido ao pegar o ônibus com seus filhos. “As pessoas não entendem a deficiência deles, acha

que eles são folgados, por se sentar em lugares reservados, como são criança não deveriam se sentar, não entendendo a deficiência deles”, disse uma das mães entrevistadas. Ela se cansou de ouvir, quando entrava no trem, ”Já chegou a mãe folgada” por isso, há dois anos que ela não utiliza mais os meios de transportes públicos. Cansou de ter que expor a deficiência dos seus filhos: “As pessoas não entendem a deficiência deles, acha que eles são folgados, por sentarem nos lugares reservados, como são crianças não deveriam se sentar, não entendendo a deficiência deles”. Mais adiante, notou-se que a dificuldade mais constante era a locomoção por meio de transporte público, seja porque os pais não os

Inclusão ou exclusão ? O projeto baseou-se primeiramente na dificuldade (acessibilidade) locomotiva que as crianças e adolescentes apresentaram em seus relatos, porém dentro do conceito que inclusão social abrange e compreendido pela equipe, um projeto que tem como base Inclusão

Social deve ter como uma solução que favoreça quem é excluído, mas principalmente não o excluindo ainda mais. O projeto deve facilitar a vida de todos, mas principalmente aqueles que são excluídos das melhorias feitas normalmente. Arthur aluno da Inst. Padre Chico em 06 de Setembro de 2011.

deixam utilizar em razão da falta de segurança, preconceito, seja por parte do próprio transporte público que não apresenta instrumentos que facilitem o uso e a identificação dos veículos e seu destino sem que os portadores precisem de ajuda de terceiros. O projeto foi apresentado para alguns pais, a maioria acreditou no projeto, Miriam mãe do 'deficiente visual' Arthur elogiou muito e disse: “Acho muito interessante o projeto de vocês, pois dá ao deficiente visual alta independência, mas também serve a todos nós”, porém quando foi dito que ele terá intervenção do governo, muitos desacreditaram por falta de incentivo do mesmo, por melhor que seja o projeto.

NOVAS CORES PARA OS PONTOS DE ÔNIBUS

PANTONE 102 C

AMARELO FORSYTHIA SW 6907

PANTONE 288 C

BLUEBLOOD SW 6966

Vimos que o tom amarelo é uma boa opção para pessoas com baixa visão, por ser uma cor que chama a atenção, e o azul, é a cor que tem menos alterações com a influência da luz do sol. (Fonte: http://colorschemedesigner.com/. Acesso em 12/10/2011)


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