Cultura do Automóvel

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cultura do N0 13 – MAIO 2014

www. marazzi.com.br

automóvel

automóveis e motocicletas

lançamentos - impressões - história

Novo Fit Tudo novo no

Jeep cherokee

chery tiggo

jac j3 S jet flex

jeep grand cherokee

kawa ninja tourer

novo fiat linea

kawasaki z1000

ford ranger sport


E DI TOR I

AL

Enquanto o Brasil se ressente de uma possível crise, a China dá passos largos

Q

uem foi à China ver as novidades do 13o Salão de Pequim, ficou sabendo que a produção de automóveis naquele país é a maior do mundo atualmente. A grandiosidade daquele salão é um reflexo dessa prosperidade. Mas o Brasil não está tão longe, em sétimo lugar. Em poucos meses veremos o espelho da economia no nosso Salão Internacional de São Paulo. nnn

Temos muitos lançamentos importantes, como o do Honda Fit, e teremos muitas novas fábricas produzindo automóveis nacionais. nnn No mercado nacional de motocicletas, o volume é grande, mas são as motos de médias e altas cilindradas, que estão vendo um futuro promissor. A Kawasaki é um bom exemplo, com dois bons lançamentos


NESTA EDIÇÃO No 13 - Maio 2014

13 sumário

04

Pelo Mundo Um passeio pelos salões internacionais de Nova York e Pequim

08

Honda Fit O novo compacto chega todo renovado, inclusive com novo câmbio

14

Fiat Linea Para poder vender mais, sedã tem preço reduzido

18 Chery Tiggo O SUV compacto chinês agora tem câmbio automático 22

Jeep Grand Cherokee Reestilizado em fevereiro, agora ganha motor diesel

28 Ford Ranger Sport A versão mais jovem da picape média voltou em roupa nova 30

Jac J3 Jet Flex A versão mais forte do chinês agora também como sedã

32

Kawasaki Ninja Tourer Uma Ninja pronta para pegar a estrada

34

Kawasaki Z1000 A supernaked mudou completamente. Está uma fera!


pelo mundo

O Salão de Nova York celebra o 114o aniversário O New York Int’l Auto Show 2014, ou Salão de Nova York, mostrou de as principais novidades do mercado automotivo para o público norteamericano, de 18 a 27 de abril. Foi anunciado na mostra o Carro Mundial do Ano, premiação que existe há dez anos, título que ficou, pela segunda vez, para o Audi A3. O BMW i3 ficou com o título de Melhor Carro ecológico. Conheça algumas das atrações desse salão.

Sala de Estar

O novo Kia Sedona, que é conhecido no Brasil como Carnival, fez sua estreia mundial no Salão Internacional de Nova York A Kia mostrou no Salão Internacional de Nova York, que aconteceu entre os dias 18 e 27 de abril, a versão final do Kia Sedona, aqui conhecido como Carnival. Sob a direção do diretor de design da Kia,

Peter Schreyer, a minivan cresceu e ganhou muitos itens de conforto, conveniência e segurança. Com capacidade para oito ocupantes, há uma versão chamada First Class, para sete ocupantes.

O motor V6 de 3,3 litros e injeção direta de gasolina, o mesmo do Sorento e do Cadenza, tem 276 cv de potência. o câmbio é automático de seis velocidades.

challenger mais forte O Dodge Challenger recebeu alterações visuais que remetem ao modelo original de 1971, com detalhes como a grade separada, o ressalto maior no capô e o console alto no centro do painel. Mas o melhor é o novo motor HEMI 6.4 V8, que tem potência e torque estimados em 492 cv e 65,7 kgmf. O câmbio pode ser manual de seis marchas ou automático de oito. 4 Maio Março2014 2014Cultura CulturadodoAutomóvel Automóvel


pelo mundo

Ford mustang 50 anos

Em N.Y., um novo volkswagen jetta A VW mostrou no salão a versão norteamericana do Jetta em várias versões, uma delas estreiando o novíssimo motor a diesel, o TDI Clean Diesel, que tem 150 cv de potência e pode chegarà autonomia unitária de 15,6 km/litro. Os motores a gasolina têm 115 cv, 170 cv e 211 cv. Há também uma versão híbrida, com motor de 170 cv.

A Ford lançou em Nova York uma versão especial do Mustang, a 50 Year Limited Edition, criada para homenagear as cinco décadas do carro. Somente 1.964 unidades serão produzidas para venda a partir do segundo semestre. Para a apresentação, Bill Ford, presidente executivo da Ford, levou um Mustang ao topo

do Empire State Building, em Manhattan, como parte das comemorações de aniversário. As únicas cores disponíveis para o carro são o branco Wimbledon, a mesma do primeiro Mustang vendido em abril de 1964, e a azul Kona, ambas exclusivas da edição de aniversário. As janelas traseiras tê persianas internas.

BMW série 5, a nova geração no Brasil

Honda traz do japão sua custom cruiser Está chegando neste mês de maio a nova CTX 700N (Confort Technology EXperience), motocicleta que tem um estilo mesclado entre o custom e o cruiser e que pertence à mesma família da NC 700X.

A CTX 700 tem motor bicilíndrico SOHC com cilindrada de 670 cm3, com quatro válvulas por cilindro e refrigeração a água. A potência é de 52,5 cv e o torque é 6,4 kgfm. O preço será de R$ 32.400.

Enquanto isso, no Brasil, a BMW inicia as vendas do novo Série 5 2014. São duas as versões, o BMW 528i M Sport e o BMW 535i M Sport. O primeiro tem motor de quatro cilindros em linha de 245 cv, enquanto que o maior é um 6 cilindros em linha de 306 cv, ambos dotados da tecnologia TwinPower Turbo. Felizmente a BMW ainda mantém em produção seu espetacular motor de 6 cilindros em linha,

de desempenho e ronco inigualáveis. A esportividade não ficou de fora nos dois sedãs. Além de uma nova cor de carroceria, a prata Glacier, as lanternas traseiras agora são do tipo “Thin Blade” e os retrovisores externos têm repetidores para as setas. Os faróis de neblina são de led e as rodas de liga leve são da série “M” (aro 18 no BMW 535i e aro 19 no BMW 528i). Cultura do Automóvel Maio 2014 5


pelo mundo

A 13a Edição do Salão de Pequim mostra um mercado muito forte O Auto China 2014, ou Beijing International Automobile Exhibition, terminou no último dia 29 de abril. Durante 9 dias, fabricantes chineses e de outros paises expuseram suas novidades nesse país, que é o maior mercado produtor de veículos do mundo. conheça algumas novidades.

pré-estreia mundial do ford escort em pequim A pré-estreia mundial do Escort também foi uma das atrações da Ford no Salão de Pequim deste ano. O modelo faz parte do plano da marca de lançar 15 novos carros na China até 2015.

O novo Ford Escort foi desenvolvido com foco no mercado chinês, mas com plataforma global, a mesma dos carros médios da Ford. O carro tem carroceria elegante e interior e

espaçoso, tecnologias de segurança e algumas inovações, como o “dock”, uma nova forma de guardar e recarregar dispositivos como telefones celulares, tocadores de MP3 e GPS.

novo jeep cherokee A Jeep mostrou em Pequim alguns novos modelos que serão produzidos localmente e que também serão importados. O Jeep Cherokee, que chega ao Brasil no segundo semestre, antes do Salão do Automóvel, é um deles. A Fiat/Chrysler já mostrou o carro por aqui, durante o lançamento do Grand Cherokee. Apesar da ousadia estética, a grade de 7 barras não pode faltar na frente do carro. 6 Maio 2014 Cultura do Automóvel


pelo mundo

quatro apresentações mundiais da volkswagen no salão de pequim

Golf R400, que mostra no nome a potência do motor

O sedãzão vermelho é o conceito NMC, uma visão do futuro da VW. Ao lado, o novo Touareg, que será lançado na Europa

Quatro veículos dividiram as atenções no estande da Volkswagen no Salão do Automóvel de Pequim. Além da apresentação mundial do Novo Touareg, a Volkswagen exibiu três conceitos: o esportivo radical Golf R 400, o dinâmico New Midsize Coupé e o Golf Edition, modelo que celebra os 40 anos do lançamento do Golf. A nova geração do Touareg se destaca visualmente pelo novo estilo da dianteira e traseira, assim como novas cores e rodas. A versão V6 TDI a diesel tem agora a função roda-livre e novos faróis de xenônio. O novo do Touareg será lançado na Alemanha no terceiro trimestre, com opções de diesel (TDI) e híbrido (motores a gasolina TSI e elétrico). O VW Golf R 400 é extremamente esportivo. Desenvolvido pela Volkswagen R, ele tem a potência no nome: 400 cv. O motor é um 2.0 TSI derivado do motor do Polo WRC de corrida. A tração é integral 4MOTION e a cor é o “Silver Flake”, que contrasta com detalhes de fibra de carbono. O conceito New Midsize Coupé (NMC) é uma previsão do futuro. O carro conceitual mostrado em Pequim é uma combinação do mundo dos sedãs e dos carros-esporte. O NMC tem carroceria baixa (1.422 mm) e larga (1.838 mm) com baixo centro de gravidade. O carro é pintado na cor “Dragon Red”, uma tinta vermelha com efeitos brilhantes que contrasta com os elementos pretos. O 40º aniversário do Golf é comemorado com um conceito exclusivo, o Golf Edition. O modelo é equipado como uma limusine de luxo e se diferencia pela cor “Magic Morning” e pelas rodas de liga polidas “Madrid” de 19”. A pintura metálica com base branca se destaca por um brilho dourado especial que se altera conforme o ângulo de observação. O interior do Golf Edition é marcado pela forração de couro “St. Tropez” bege e preta.

Volkswagen Gol Edition, que comemora os 40 anos de vida e as 30 milhões de unidades vendidas desde 1974 Cultura do Automóvel Maio 2014 7


impressões

honda fit A terceira geração é outro carro. E volta o câmbio CVT

H

á dez anos, poucos novos automóveis nacionais chegavam surpreender. Mas o Honda Fit fez isso. Não por ser espetacularmente belo, nem tampouco por ter desempenho extraordinário, mas por ser justo. Em vários sentidos. Justo no tamanho, um compacto pequeno por fora mas ajeitadinho por dentro. Justo na dirigibilidade, com ergonomia e comandos extremamente à mão. E justo no público: as mulheres o adoraram. Só não foi justo no preço, pois custava muito mais do que deveria. O grande mérito do carrinho estava exatamente aí: mesmo custando mais que a concorr~encia, foi um sucesso de vendas. A segunda geração, que chegou há uns cinco anos, melhorou em mui-

8 Maio 2014 Cultura do Automóvel

tos pontos, inclusive na estética, mas perdeu na transmissão, que deixou de ser a eficiente CVT para ter um câmbio automático convencional. isso, no entanto, foi consertado na terceira geração, que volta a ter o câmbio continuamente variável CVT, com o adicional de ter agora um conversor hidráulico de torque, que o deixou ainda mais eficiente e fácil de ser conduzido. Não é preciso frisar que o novo Fit ficou mais bonito. E mais macho. É que as alterações visuais visaram ganhar um pouco mais de público masculino, tornando a frente mais agressiva. Além de tudo isso, o novo Fit ficou mais espaçoso por dentro, sem alterar muito as medidas externas. Apenas aumentaram a distância entre-eixos (30 mm) e o comprimento (97 mm).


impress玫es

Cultura do Autom贸vel Maio 2014 9


impressões honda fit

O painel de instrumentos está mais bonito e completo no novo Honda Fit. No EXL, a iluminação é azul

Estofamento revestido de couro na versão mais cara do Fit e regulagem dos encostos por alavanca

a favor Além da reestilização, que deixou o Fit com aparência mais robusta, não há dúvida de que o melho foi a volta do câmbio CVT. Mas o Fit continua com a sua excelente dirigibiblidade

contra

O sistema batizado de ULTRa-Seat de modulação dos bancos e encostos é o melhor do Honda Fit 10 Maio 2014 Cultura do Automóvel

Fora uma certa falta de força em algumas situações, não há ponto negativo importante no novo Fit. Mas haverá aqueles que reclamarão da falta de um simulador de marchas.


honda fit

Tela de 5 polegadas no sistema de áudio para as versões EX e EXL

O Honda Fit é vendido em 120 países, com mais de cinco milhões de unidades produzidas desde 2001. No Brasil, onde foi lançado em 2003, foram mais de 500 mil unidades produzidas na fábrica de Sumaré. Determinados a dobrar as vendas por aqui, no próximo ano a Honda iniciará a produção do Fit também na nova fábrica paulista de Itirapina. São quatro as versões do novo Fit, DX, LX, EX e EXL, todos com o motor 1.5 i-VTec flex, os dois primeiros com câmbio manual de 5 marchas

e opção do novo câmbio CVT e os dois últimos exclusivamente com o câmbio continuamente variável CVT. Visualmente, o novo Fit está estreando a nova identidade visual da marca, com o chamado conceito “Solid Wing Face”. É o que dá ao Fit essa aparência mais agressiva. E mais bonita. Internamente, o ganho em espaço provém do conceito “Máximo para o Homem, Mínimo para a Máquina”, ou seja, mais espaço para os ocupantes e menos espaço para componentes mecânicos.

impressões

O motor é único para todas as versões: 1.5 i-VTec FlexOne de 116 cv

Considerado monovolume, o Honda Fit tem a obrigação de ser versátil. para isso ele é flexível (não o motor, mas a configuração dos bancos). O conceito de flexibilidade de espaço interno ULT (Utility Long Tall) evoluiu para ULTRa-Seat, no qual a letra “R” representa o modo “Refresh”, que reclina os assentos dianteiros (veja os modos de acomodar carga na próxima página). Quanto à parte mecânica, o novo Fit adota a tecnologia Flex-One do civic, cuja maior vantagem é não precisar de

reservatório auxiliar de gasolina para partidas a frio com etanol. Em seu lugar há aquecedores elétricos nos injetores que aquecem o etanol até a temperatura ideal para a partida. Todas as versões do novo Fit 2015 têm o motor 1.5 i-VTec Flex, com abertura variável de válvulas. Isso permite que a potência chegue a 116 cv, com torque de 15,3 kgf.m. O comando de válvulas é novo e a taxa de compressão foi aumentada, o que amplia a sensação de torque em baixas rotações.

honda fit elx

Ficha técnica

Motor: 4cilindros,transv. Cabeçote: DOHC, 16V Cilindrada: 1.497 cm3 Combustível: flex Potência: 116 cv Torque: 15,3 kgfm Câmbio: CVT Tração: dianteira Pneus: 185/55-R16 Rodas: liga leve, 16x6J Compr. : 3.998 mm Largura: 1.695 mm Altura: 1.535 mm Entre-eixos: 2.530 mm Tanque: 45,7 litros Peso: 1.101 kg Porta-malas: 363 litros

A nova frente do Fit o deixou com uma aparência muito mais agressiva. Foi para conquistar os homens Cultura do Automóvel Maio 2014 11


impressões honda fit A transmissão CVT voltou a equipar o Honda Fit, agora pertencente à geração Earth Dreams. A principal novidade é esse câmbio tem agora um conversor de torque hidráulico, igual aos utlilizados em câmbios automáticos convencionais. O conversor de torque faz com que a transição entre o carro parado e em movimento seja mais suave, inclusive multiplicando a força do motor logo às primeiras rotações. O resultado prático é um carro bem mais gostoso de dirigir. Não há no novo Fit nenhum sistema que simule trocas de marchas, como se vê no novo Corolla, por exemplo. Isso seria completamente inútil, uma vez que o CVT permite que o motor fucnione sempre à sua rotação de torque máximo, o que coincide com a rotação de menor consumo específico. é o máximo de eficiência. Internamente, muitas mudanças. O painel de instrumentos foi redesenhado e ficou mais bonito, principalmente o da versão de topo, o EXL, que tem iluminação azul (as outras três versões de acabamento têm iluminação vermelha). Para as versões EX e EXL, o sistema de áudio é de dupla altura (2DIN), com rádio AM/FM, tela de 5” que integra o sistema com HFT (HandsFree Telephone), câmera de ré, leitores de arquivos no formato MP3/ WMA, entradas auxiliares P2 (tipo fone de ouvido) e USB. 12 Maio 2014 Cultura do Automóvel

Nas versões DX e LX, instrumentos com iluminação vermelha, rádio mais simples e câmbio manual

Detalhe da falsa entrada de ar nas extremidades dos para-choques dianteiros

Apenas 20% da produção terá câmbio manual, que teve as marchas aproximadas para maior agilidade


honda fit

impressões

À esquerda, o painel de instrumentos do Fit EXL, com iluminação azul. À direita, painel do DX, LX e EX

A versão LX tem rádio AM/FM 2DIN com USB de série e a DX só tem sistema de som como acessório original. O novo Honda Fit tem ainda direção elétrica EPS (Electric Power Steering) progressiva, um dos pontos altos do carro. Parado ou em baixas velocidades, a assistência é total, ficando o volante muito leve e fácil de manobrar. Em velocidades mais altas a assistência vai sendo reduzida e o volante fica firme. A sensação de carro justo, na mão, notados lá no primeiro Fit, foi aprimorada na terceira geração. É um carro que, se não entusiasma pelo desempenho, conquista pelo prazer de dirigir. Os preços do novo Honda Fit são: EXL R$ 65.900, EX R$ 62.900, LX CVT R$ 58.800, LX MT R$ 54.200, DX CVT R$ 54.500 e DX MT R$ 49.900. O único acréscimo de preço refere-se às cores metalizadas e perolizadas (R$ 990). Cultura do Automóvel Maio 2014 13


impressões

Fiat Linea

A versão 2015 tem pequenas melhorias. A melhor é o preço

14 Maio 2014 Cultura do Automóvel


impressões

D

Uma das novas combinações de cores para o painel de instrumentos do Linea: bege Sand e cobre

esde que foi lançado, em 2008, o Fiat Linea era definido de duas formas, “gostoso de dirigir” e muito caro!” Isso mesmo, com exclamação no fim da frase. Fica fácil perceber que o problema não estava no carro, mas sim no preço. Apostando mais do que seria razoável no modelo, naquela ocasião a Fiat afirmava que o Linea estaria situado no segmento dos sedãs médios, onde existem ícones como Honda Civic e Toyota Corolla. Para fazer o carro emplacar, então, bastou uma única ação: baixar o preço. Agora vai: a versão de entrada Essence, que não tem nada de básica, passa a custar R$ 55 850, com câmbio manual. Com o automatizado Dualogic, ele custa R$ 3.300 a mais. O Linea Absolute, que só está disponível com o Dualogic, custa R$ 66.450. Já chamado de “2015”, o Fiat Linea tem novos para-choques, grades e tampa do porta-malas. São novos também os desenhos das rodas de 16 e 17 polegadas. O parachoque dianteiro tem um elemento estético cromado em forma de “V” e a tampa do porta-malas agora incorpora a placa traseira (antes era no para-choque). O painel tem agora três opções de acabamento, de acordo com os painéis das portas. No Essence ele é preto com detalhes prata e no Absolute ele é bege com apliques cobre. Os bancos são de tecido no Essence e de couro no Absolute. Cultura do Automóvel Maio 2014 15


impressões fiat linea

O console central tem novo desenho e um porta-objeto em formato de rede na lateral, com porta-copo e objetos e tomada 12 V. O Absolute tem ainda apoio de braço com porta-objeto e saída do ar-condicionado na traseira (itens opcionais para o Essence). O quadro de instrumentos tem nova serigrafia de fundo e iluminação branc, a mesma para os comandos internos, quadro de instrumentos, comandos dos vidros elétricos, rádio, ar-condicionado. Essa cor oferece melhor visualização. Um detalhe interessante no interior é o Night Design, uma luz de led no painel frontal e nas portas, criando ambiente requintado. O item é de série no Absolute e opcional no Essence. 16 Maio 2014 Cultura do Automóvel

O motor do Fiat Linea 2015 é o E.torQ 1.8 16V de 132 cv, com torque de 18,9 kgfm. Entre as várias novidades do novo Linea, destaca-se o ESS, sinalização de emergência na frenagem, que é o aciona o pisca alerta ao frear bruscamente, a regulagem elétrica de faróis, o sensor de estacionamento com visualizador gráfico, que indica a distância e a posição do obstáculo, com aviso sonoro, o Lane change, que aciona o pisca do lado que se deseja virar por alguns segundos, e o travamento centralizado das portas. Há uma grande lista de equipamentos de série e opcionais para as duas versões, além de muitas opções de acessórios com a marca Mopar, a serem instalados na rede.

O atual câmbio Dualogic está muito melhor que as primeiras versões


impressões

fiat linea

As lanternas são as mesmas, mas o novo desenho da tampa do porta-malas, com a placa incorporada, deu nova vida à traseira do Linea

O porta-malas de 500 litros é uma das virtudes do Linea. A cortina no vidro traseiro é item de série no Absolute.Bom motor de 132 cv

Ficha técnica fiat linea absolute

a favor Desde a primeira versão, de 2008, o Fiat Linea sempre foi um automóvel gostoso de ser dirigido. Meio pesadão, mas estável, confortável e de funcionamento suave. O motor 1.8 é vigoroso.

contra O que o Linea tinha de ruim era o preço, o que foi resolvido na versão 2015. Sobra apenas a única opção de câmbio automatizado, não tão agradável e de preço muito alto.

A versão Absolute do novo Fiat Linea 2015 tem acabamento sóbrio

Motor: Dianteiro,transv. Cilindros: 4 em linha Cabeçote: OHC, 16V Cilindrada: 1.747 cm3 Potência: 132 cv Torque: 18,9 kgfm Câmbio: Dualogic., 5m Tração: dianteira Rodas: liga leve, 17” Pneus: 205/50 R16 Compr. : 4.578 mm Largura: 1.730 m m Altura: 1.505 mm Entre-eixos: 2.603 mm Peso: 1.340 kg Tanque: 60 litros Porta-malas: 500 litros

Cultura do Automóvel Maio 2014 17


impressões

Chery Tiggo Agora com câmbio automático. Mais comodidade para o motorista

A

febre dos SUV urbanos ainda não passou, pelo contrário, novos “jipinhos” estão para chegar ao nosso mercado. Foi assim que o chinês Chery 18 Maio 2014 Cultura do Automóvel

Tiggo, que já circula há anos por nossas ruas e no ano passado ganhou uma aparência mais atual, conquistou muitos adeptos. Estes, bastante satisfeitos com o upgrade de

beleza em seu preferido, só lamentavam ainda não poderem ter o conforto de uma transmissão automática. Agora, não têm mais do que reclamar. A versão com câmbio auto-

mático do Tiggo, que já estava disponível na China e chega agora no Brasil, resolveu o dilema: já é possível conduzir o utilitário sem ter que se preocupar em mudar as


impressões

marchas. Só que em algumas situações, isso ainda será necessário. Realmente ficou bem mais fácil conduzir o Tiggo, agora com câmbio automático de quatro

marchas. Sobre esse câmbio, o importador destaca o fato de ser possível escolher manualmente qualquer uma das marchas para situações específicas, além da opção do

modo anti-patinação, que quando acionado, faz o carro sair em segunda marcha. Essa função, projetada para o inverno rigoroso, quando há neve no piso, não é tão útil

para nós, a menos que se esteja trafegando em terrenos muito escorregadios. Quando acionado, surge no painel as letras WIN (de winter, inverno em inglês). Cultura do Automóvel Maio 2014 19


impressões chery tiggo automático

O Chery Tiggo tem um bom nivel de equipamentos, como ar-condicionado e instrumentação para fora de estrada. E também é espaçoso

Junto com o câmbio automático o Chery Tiggo ganha também o controlador automático de cruzeiro que, quando acionado, mantém constante a velocidade do veículo sem precisar apertar o pedal do acelerador. Os suficientes 138 cv do motor 2.0 de 16 válvulas do Tiggo poderiam 20 Maio 2014 Cultura do Automóvel

ser melhor aproveitados caso fosse adotado um câmbio automático mais moderno, com mais marchas e com um gerenciador eletrônico mais eficiente. Do jeito que está, em muitas situações, principalmente em aclives ou quando se exige um pouco mais do desempenho, o câmbio

fica meio indeciso se engrena, por exemplo, uma segunda ou uma terceira. Para não faltar força, ou para não crescer demais a rotação do motor, nesses casos a intervenção do motorista pode resolver, escolhendo manualmente uma marcha acima ou uma abaixo. O Chery Tiggo

automático pesa 25 kg a mais que o manual. O Chery Tiggo automático é montado no Uruguai e tem preço de R$ 57.990, R$ 5.000 a mais que a versão manual. Seus concorrentes mais próximos são o Ford EcoSport, o Renault Duster e o também chinês Lifan X60.


impressões

chery tiggo automático

Com uma recente reestilização, o Tiggo automático é idêntico à versão manual. A única identificação externa é o logotipo na tampa traseira

Ficha técnica

a favor

chery tiggo autom[atico

O maior argumento de vendas do Tiggo é que se trata do primeiro veículo chinês vendido no Brasil com câmbio automático. Mas o melhor mesmo não é isso, mas sim o preço mais em conta quando comparado com os concorrentes locais.

contra Muita conversa para um câmbio defasado em pelo menos 20 anos. Apenas quatro marchas e com recursos básicos. Um veículo pesado como o Tiggo e com motor pequeno deve ter câmbio automático mais eficiente.

Um controlador de velocidade acompanha o câmbio de 4 marchas

Motor: Dianteiro,transv. Cilindros: 4 em linha Cabeçote: DOHC, 16V Cilindrada: 1.971cm3 Taxa Compressão: 10:1 Combustível: gasolina Potência: 138 cv Torque: 18,2 kgfm Câmbio: aut., 4m Tração: dianteira Rodas: liga leve, 16” Pneus: 235/60 R16 Compr. : 4.389 mm Largura: 1.765 m m Altura: 1.705 mm Altura: 1.460 mm Entre-eixos: 2.510 mm Peso: 1.400 kg Tanque: 55 litros Porta-malas: 435 litros

Cultura do Automóvel Maio 2014 21


impressões

O

novo Jeep Grand Cherokee é exatamente igual àquele que foi lançado há dois meses, em fevereiro deste ano. Ou quase igual. Por fora, apenas um pequeno logotipo na tampa do 22 Maio 2014 Cultura do Automóvel

porta-malas denuncia a novidade sob o capô: diesel. O novo motor, disponível apenas na versão topo de linha Limited, determina uma tocada um pouco diferente daquela já conhecida com

o motor a gasolina. Os números podem dizer bastante sobre o novo Jeep Grand Cherokee Limited diesel: apesar de a potência do motor cair de 286 cv para 241 cv, esse máximo é

atingido a 4.000 rpm, bem antes do motor a gasolina, que atingia o seu ponto máximo a 6.350 rpm. Em compensação, o torque, que é o que mais importa em um utilitário de peso, passou


impressões

Jeep

Grand Cherokee

Está ainda mais forte, com diesel. Mas tem menor potência dos 35,4 kgfm do motor a gasolina, a 4.300 rpm, para bons 56,0 kgfm. E antes: às 1.800 rpm. Ainda falando em números, o preço do Jeep Grand Cherokee Limited é de R$ 239.900, exata-

mente R$ 20.000 a mais do que a mesma versão a gasolina, que tem preço de R$ 219.900. Esse é o preço a pagar por quem gosta da força de um motor diesel. Quem não quer gastar tanto tem a

opção do Jeep Grand Cherokee Laredo, que só está disponível com o motor a gasolina e custa R$ 185.900. Além do maior empurrão que o motor diesel fornece ao veículo, aos

primeiros metros de aceleração, o menor consumo de combustível também pode ser um bom argumento para gastar um pouco mais na compra do utilitário esportivo. Cultura do Automóvel Maio 2014 23


impressões jeep grand cherokee

De acordo com o fabricante, o tanque de óleo diesel de 93 litros permite autonomia de mais de 1.400 km para o Grand Cherokee, considerando uma autonomia unitária de cerca de 15 km/litro. O novo motor do Grand Cherokee já tem o sobrenome Fiat, pois é produzido pela italiana VM Motori, indústria do 24 Maio 2014 Cultura do Automóvel

O motor diesel do Grand Cherokee tem menos potência e mais torque

grupo Fiat, com o objetivo de satisfazer as exigências mais rigorosas dos europeus. Muito diferente dos antigos motores diesel projetados para caminhões, fracos, fedorentos e barulhentos. Por isso não há mais porque ter preconceito contra esse tipo de motor. O do Grand Cherokee, por sinal, é extremamente


jeep grand cherokee

silencioso e de funcionamento suave, quase não dá para perceber que se trata de um motor ciclo diesel. O próprio Jeep Grand Cherokee já está muito longe daqueles primeiros que conhecemos por aqui, há cerca de 20 anos. A convivência com a Daimler fez muito bem à marca, que utiliza ainda a

O porta-malas leva um volume entre 457 litros e 1.554 litros

impressões

tecnologia alemã herdada da época de parceria com a Mercedes-Benz. Com os principais componentes feitos de alumínio, o motor diesel do Grand Cherokee é um V6 a 60° com cilindrada de 2.987 cm³. O sistema de injeção common-rail, que trabalha com pressão de 1.800 bar, emprega tecnologia Cultura do Automóvel Maio 2014 25


impressões jeep grand cherokee percorreria em comboio, com o líder passando as recomendações pelo rádio. Mas uma daquelas “perdidas” de navegação fez com que nosso Grand Cherokee enfrentasse sozinho os maus caminhos. Olhando para as erosões e grandes defeitos do piso de terra, a

primeira impressão é que ninguém passaria por lá. Mas o Jeep Grand Cherokee passou por tudo sem qualquer hesitação. Nem a programação mais adequada para cada trecho foi selecionada, dentre as várias disponíveis na central de controle no console.

O logotipo em letras verdes é a única diferença externa

potência do motor diesel não é percebida no asfalto, graças ao câmbio de 8 marchas. Para uma tocada mais esportiva, basta colocar o seletor de marchas na posição Sport, para que as trocas aconteçam em rotações mais altas. Dotado de uma infinidade de auxílios eletrônicos, quase não é necessário se preocupar com o tipo de estrada que se percorre. A trilha escolhida pela equipe que montou o teste para a imprensa previu que nos trechos mais difíceis o grupo a

a favor

Ficha técnica

Além do câmbio de 8 marchas, deve-se bater palmas para a estabilidade do Grand Cherokee, que nem de longe lembra a daqueles primeiros de 20 anos atrás

contra Com o banco traseiro montado (5 pessoas), o porta-malas é menor do que muito sedãzinho por aí. E o câmbio às vezes empaca na posição “P” (parking), no meio de uma manobra 26 Maio 2014 Cultura do Automóvel

jeep grand cherokee diesel

Multijet II, da Fiat Powertrain, e a pequena turbina da Garrett tem geometria variável. O novo câmbio automático de 8 marchas é alemão, da marca ZF, e o veículo é produzido em Detroit, nos Estados Unidos, Ao volante, a comparação com aquele velho e robusto Grand Cherokee dos anos 90 fica ainda mais interessante. Nada daquele movimento lateral da carroceria mesmo em linha reta. O Grand Cherokee atual é muito estável. Mesmo a menor

Motor:Dianteiro,longitudinal Cilindros: V6 Cabeçote: DOHC, 24V Cilindrada: 2.987 cm3 Potência: 241 cv Torque: 56,0 kgfm Câmbio: aut., 8m Tração: 4x4 Rodas: liga leve, 20” Pneus: 265/50 R20 Compr. : 4.828 mm Largura: 1.943 m m Altura: 1.802 mm Entre-eixos: 2.915 mm Peso: 2.393 kg Tanque: 93,1 litros Porta-malas: 457 litros

Com sistema eletrônico de controle da tração 4x4, nada para o Jeep


jeep grand cherokee

impressões

O interior do Jeep Grand Cherokee é espaçoso, ergonômico e de muito luxo. Para quem o dirige, todos os comandos estão bem à mão

O visor dos relógios é digital e fornece muitas informações

Não faltam euipamentos de conforto e conveniência no Jeep

O novo câmbio automático de 8 marchas é a grande estrela nesse show de automóvel. Mas ao acionar a ré em uma manobra, engata-se P Cultura do Automóvel Maio 2014 27


impressões

Ford Ranger

Sport

Tem mesmo “cara” esportiva. Mas só com cabine simples

S

e é que se pode chamar uma picape média de esportiva, essa é a Ford Ranger Sport. Disponível apenas com cabine simples e com motor flex de 4 cilindros, a Ranger Sport

28 Maio 2014 Cultura do Automóvel

tem vários diferenciais estéticos e uma boa lista de equipamentos funcionais e de conforto. A picape Ranger Sport vem com aplique frontal no para-choque, santantônio, faixas laterais nas

portas e na caçamba, adesivo e soleiras exclusivas, rodas de liga leve de 17”, pneus de uso misto 265/65 R17, faróis de neblina, retrovisores elétricos, travas elétricas com controle remoto e

diferencial traseiro deslizante. Tem também arcondicionado, comandos de áudio no volante, CD/ MP3-player com USB, Bluetooth e tela LCD. A Ranger Sport tem ainda controlador de


impressões

Painel de instrumentos bastante arrojado

a favor

contra velocidade de cruzeiro, direção hidráulica, vidros elétricos, computador de bordo, freios ABS com EBD, alarme volumétrico e regulagem de altura na coluna de direção. O motor Duratec 2.5

16V é flex (com reservatório auxiliar), tem bloco de alumínio, comando variável iVCT, potência de 173 cv e torque de 24,8 kgfm. O preço da picape Ford Ranger Sport é de R$ 67.990.

A falta de opções de equipamentos, como câmbio automático, é um fator restritivo. Mas tem também o alto consumo e as suspensões duras.

Ficha técnica ford ranger sport

O melhor mesmo da Ranger Sport, além do visual esportivo, é a enorme caçamba, que permite transportar motos.

Motor: Diant., longit. Cilindrada: 2.488 cm3 Potência: 173 cv Torque: 24,8 kgfm Câmbio: manual, 5 m Tração: traseira 4x2 Rodas: liga leve, 17” Pneus: 265/65 R17 Compr. : 5.351 mm Largura: 1.850 m m Altura: 1.806 mm Entre-eixos: 3.220 mm

Cultura do Automóvel Maio 2014 29


impressões

Jac J3 Jet Flex

Volta a versão esportiva com motor Jet Flex mais potente. Também no sedã

T

anto o Jac J3 hatch quanto o sedã Turin já haviam recebido um “tapa” estético no ano passado, o que resultou em um real ganho visual em ambos. Antes disso, foi introduzida uma versão do hatch, chamada de esportiva, que era equipada com o motor do J5, maior e mais potente. O Jac esportivo ganhou o nome de J3 S e ainda não estava disponível com a carroceria reestilizada. Mas agora está. Trocando o motor 1.3 (1.332 cm3) de 108 cv a 6.000 rpm pelo 1.5 (1.499 cm3) de 127 cv à mesma rotação, o chamado J3 Sport passava a ter, também, a tecnologia bicombustível Jet Flex, 30 Maio 2014 Cultura do Automóvel

que no lugar do injetor de gasolina para partidas frias com o carro abastecido de etanol, tem um aquecedor de bicos injetores para auxiliar na partida com esse combustível. Ou seja, eliminou o tanquinho auxiliar de gasolina. Agora, já com a linha reestilizada, o Jac J3 volta a ter o motor 1.5 Jet Flex, desta vez equipando também o sedã Turin, que até agora só estava disponível com o motor 1.3 a gasolina. São os novos Jac J3 S 1.5 Jet Flex e J3 Turin S 1.5 Jet Flex. Os motores Jet Flex passarão a equipar toda a família de veículos da marca a partir deste ano. A linha J3 passa a ter agora quatro versões,

hatch e Turin 1.3 a gasolina e hatch e Turin 1.5 Jet Flex. As novidades visuais do Jac J3 já eram conhecidas desde a reestilização, como os novos faróis e grade dianteira e o novo painel de instrumentos com iluminação vermelha, mais bonito e de leitura mais fácil. Ainda seguindo o apelo esportivo que o motor mais potente sugere, o Jac J3 s Jet Flex, tanto o hatch quanto o sedã Turin, têm a costura dos bancos e do volante feita com linha vermelha. O acabamento interno, de uma forma geral, melhorou. O melhor do carro, no entanto, é o motor 1.5 VVT, que fornece potência de 127 cv a 6.000 rpm

(125 cv com gasolina) e torque de 15,7 kgfm a 4.000 rpm (15,5 kgfm com gasolina). Isso, é claro, comparado com o motor 1.3, de 108 cv, que deixava o carro “manco”. E ainda deixa, pois a versão continua a ser comercializado.. O comando de abertura variável VVT, Variable Valve Timing, permite que se obtenha mais potência sem sacrificar o torque em baixas rotações, favorecendo o consumo de combustível em baixas rotações. Para se tornar bicombustível e resistir à ação oxidante da água do etanol, o motor do J3 S teve componentes substituídos em relação ao motor 1.5 original. E o sistema


impressões jac j3 jet flex

Ficha técnica

a favor O J3 ganhou muito em dirigibilidade com o motor mais potente e isso agora abrange também o sedã Turin. O espaço no banco traseiro também é um item de destaque

contra Itens como visual e acabamento estão melhorando muito nos Jac, mas falta ainda aquele acerto fino para que o carro tenha uma guiada mais justa e prazerosa

Jet Flex, que tem bicos injetores maiores para acomodarem os circuitos elétricos de aquecimento do etanol, foi desenvolvido pela Delphi. O melhor desempenho desse motor pode ser facilmente notado ao volante, principalmente no hatch, que é 40 kg mais leve que o sedã Turin. Relativamente silencioso, o motor VVT acelera firmemente até altas rotações, quando começa a ficar um pouco barulhento. As cinco marchas do câmbio manual estão adequadamente escalonadas. No geral, o carro é bom de ser dirigido, exceto em algumas situações, quando a direção fica muito leve, passando para o

Painel e posição de condução melhoraram muito na reestilização

Motor: 4 cil. VVT 16V Cilindrada: 1.499 cm3 Combustível: flex Potência: 127 cv Torque: 15,7 kgfm Câmbio: manual, 5m Tração: dianteira Comprimento:3.965mm Largura: 1.650 mm Altura: 1.465 mm Entre-eixos: 2.400 mm Peso: 1.060 kg Tanque: 48 litros Porta-malas: 350 litros

Motor 1.5 VVT 16V Jet Flex tem potência de 127 cv. Detalhes têm bom acabamento e há espaço atrás

condutor muito das irregularidades do piso, ou quando as macias suspensões permitem rolagem excessiva em curvas. O carro é bem equipado, com ar-condicionado, sistema de áudio com MP3 e comandos no volante, sensor traseiro de estacionamento, alarme, chave tipo canivete com abertura remota das portas e rodas de liga leve de 15 polegadas. O Jac J3 S 1.5 Jet Flex tem preço sugerido de R$ 39.990, enquanto que o sedã J3 Turin S 1.5 Jet Flex tem preço sugerido de R$ 41.690. O único item opcional é a central multimídia, que pode ser instalada no lugar do rádio, por um acréscimo de R$ 1.000 no preço.

O sedã Turin ainda não tinha a opção do motor mais potente

Com projeto convencional, os compactos da Jac têm visual agradável Cultura do Automóvel Maio 2014 31


impressões

Kawasaki NINJA TOURER

A Ninja está pronta para sair para a estrada. Por milhares de quilômetros

P

rovavelmente os jovens lá pelos idos dos anos 80 nunca haviam ouvido a palavra ninja, até que a Kawasaki resolveu chamar a sua GPZ 1000 com esse nome. Um guerreiro milenar do Japão? Não importava, era a motocicleta que todos queriam ter, principalmente porque era proibida (estavam fechadas as importações). Ficou marcada, então, a saga da Kawasaki Ninja. Está certo que hoje existem Ninjas de todos os tamanhos, mas esta Ninja Tourer é uma legítima descendente daquela que todos queriam.

32 Maio 2014 Cultura do Automóvel

A Tourer é a versão estradeira da supebike, que já vem equipada com duas malas laterais de 29 litros cada, controle eletrônico de tração, controle eletrônico de potência e última marcha alongada, própria para longas viagens. O motor da Kawasaki Ninja Tourer é o mesmo da Z1000, com 142 cv de potência e 11,3 kgfm de torque. Só que essa potência não é assim tão perceptível quanto na outra moto, devido ao maior peso, a menor agilidade e ao controle de tração da Tourer.

No sistema de controle de tração KTRC (Kawasaki Traction Control), a combinação dos três modos ajustáveis oferecem algumas configurações à escolha do piloto, para utilização mais esportiva ou então para pilotagem mais tranquila. Já o sistema de controle de potência PMS (Power Mode Selection) oferece dois modos de potência a ser entregue, com aceleração total ou então com apenas 70% da potência. Os vários modos são exibidos no painel de instrumentos, o que facilita a

escolha sem tirar a atenção da pilotagem. Também são mostradas no display a indicação de modo de pilotagem econômica (ECO) e as informações sobre o sistema ABS de freios. A suspensão dianteira tem garfo invertido de 41 mm e a traseira é totalmente ajustável na pré-carga e retorno, inclusive com o novo ajuste remoto, ideal para mudanças rápidas de configuração ao carregar passageiros ou bagagem extra. Com aspecto elegante e envolvente, as formas da carenagem foram projeta-


impressões das com alusão aos modelos mais esportivos, a ZX-10R e a ZX-6R 636. De ajuste manual fácil, o para-brisas oferece três posições de altura diferentes, permitindo o acerto ideal para cada uso e tipo físico de piloto. A Kawasaki Ninja 1000 Tourer ABS 2015 está disponível na rede da marca exclusivamente na cor Candy Lime Green, com preço público sugerido de R$ 56.990.

É uma esportiva autêntica, que não nega a descendência Ninja. Mas oferece conforto em longas viagens

As malas laterais são de série na Kawasaki Ninja Tourer. Cada uma pode levar até 29 litros de bagagem

KAWASAKI NINJA TOURER

Ficha técnica

Motor: transversal,4T Cilindros: 3 em linha Cilindrada: 799 cm3 Refrigeração: a água Potência: 142 cv Torque: 11,3 kgfm Câmbio: 6 marchas Transmissão: corrente Partida: elétrica Pneu (d): 120/70 ZR 17 Pneu (t): 190/50 ZR 17 Compr. : 2.105 mm Largura: 790 m m Altura: 1.170 mm Entre-eixos: 1.445 mm Altura do banco: 820 mm Peso: 231 kg Tanque: 19 litros

a favor Mesmo preparada para longas viagens, a Ninja Tourer é ágil e fácil de ser pilotada. E que não nega desempenho quando necessário. Os controles eletrônicos de potência são muito oportunos.

contra Nada a reclamar. Bem, já que estamos aqui, sabemos que o verde é a cor oficial da marca, inclusive existindo o “verde Kawasaki”, mas, e se alguém desejar uma Ninja Tourer de outra cor? Cultura do Automóvel Maio 2014 33


impressões

kawa Z1000

Uma supernaked. Para honrar a tradição das Z

Futurista, mas com uma excelente posição de pilotagem

Freio diianteiro com dois discos de 310 mm

As ponteiras de escape são uma obra de arte

A

nova Kawasaki Z1000 deverá se tornar a principal estrela da marca no Brasil. E olha que a Kawasaki só tem fera à 34 34Maio Maio2014 2014Cultura Culturado doAutomóvel Automóvel

venda por aqui. Não é à toa que ela é chamada, internamente, de supernaked. Seguindo a tradição da saga Z da marca, que já tem mais de 40

anos desde o lançamento da Z1 em 1972, a nova Z1000 é a essência da esportividade. Leve e compacta, a supernaked tem motor de 142 cv e

não conta com controle de tração, como há em outros modelos da marca. É muito arisca, mas pode-se dizer que ela melhorou sensivel-


impressões

a favor Primeiro é o visual. Linda, agressiva, futurista. A posição de pilotagem é outro ponto a favor. Mas é o motor de 142 cv e as suas respostas ao acelerador que fazem da Z1000 um espetáculo Conta-giros tem duas escalas, de alta e de baixa

contra Apenas a falta do controle de tração, que poderia ter sido incluido no modelo. Poderia ser oferecido como uma opção, como os freios com ABS

kawasaki z1000

Ficha técnica

mente em relação à versão anterior, em termos de estabilidade. Ainda em relação à anterior, a Kawasaki Z1000 ganhou faróis de leds, novas

carenagens de tanque e motor, guidão mais reto e tanque mais ergonômico, apesar da maior capacidade (passou de 17 para 19 litros). Com isso tudo, e Z1000

está mais fácil de ser pilotada, principalmente em tocadas extremas. O painel de instrumentos, todo novo, tem o detalhe do contagiros em duas partes, para

Motor: 4cil.,transversal Cabeçote: DOHC, 16V Cilindrada: 1.043 cm3 Potência: 142 cv Torque: 11,3 kgfm Câmbio: 6 marchas Pneus D: 120/70 R17 Pneus T: 190/50 R17 Cáster: 24,5° Trail: 101 mm Compr. : 2.045 mm Largura: 790 mm Altura: 1.055 mm Entre-eixos: 1.435 mm Peso: 220 kg (SE) Tanque: 17 litros

baixas e para altas rotações. A Kawasaki Z1000 custa R$ 48.990 na versão standard (laranja) e R$ 49.990 na versão SE (verde). Com ABS, mais R$ 3.000 cada. Cultura do Automóvel Maio 2014 35



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