No 33 – março 2022
cultura do
automóvel
automóveis e motocicletas
lançamentos - impressões - história
Edição Especial
Grandes eventos do antigomobilismo
araxá 2010
araxá 2014
hershey
harley 110 anos
clássicos brasil harley 115 anos
carlisle
clássicos brasil
E DI TOR I
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Viva o antigomobilismo!
C
olecionar veículos não se resume em comprálos e guardá-los. E, às vezes, restaurá-los. O lado social do antigomobilismo é tão forte que eu até já ouvi falar em “amigomobilismo”. A necessidade de mostrar seus automóveis ou suas motocicletas, aproveitando para curtí-los em movimento, acabou criando os encontros, de vários tipos e de vários tamanhos. Alguns desses encontros começaram pequenos e se tornaram muito grandes, não poucos obtendo importância internacional. Quem é que não sonha em participar de um evento em Peeble Beach, em Goodwood ou Villa D’Este, só citando alguns dos mais famosos? Mas temos eventos de grande importância aqui mesmo, em nosso país, como Araxá, que considero em igualdade de importância em relação aos melhores do mundo. Para lembrar e mostrar
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Março 2022 Cultura do Automóvel
alguns desses eventos em que participei, selecionei algumas reportagens já publicadas em edições anteriores da revista Cultura do Automóvel, que resultou nesta edição especial. Alguns desses encontros até mereceram destaque na capa, ou mesmo algumas edições especiais da revista. nnn
Alguns encontros regionais já são consagrados, como o da Estação da Luz, no primeiro domingo do mês, em um local tradicional de São Paulo. Ou o encontro casual em frente ao estádio do Pacaembu, no último domingo do mês e que de casual não tem nada, pois já passou das 150 edições. O fato é que, a cada fim de semana, cada vez mais colecionadores de automóveis e motocicletas se reúnem para mostrar suas preciosidades. E isso pode acontecer tanto em um local famoso quanto na praça pertinho de sua casa.
NESTA EDIÇÃO
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No 33 - Março 2022
sumário
04 Pelo Mundo
Alguns eventos internacionais do antigomobilismo
06 Araxá
Nosso evento mais importante tem nível internacional
20 Harley-Davidson fez 110 anos
Como foi a festa da marca em São Paulo
22 Os 115 anos da Harley-Davidson
De cinco em cinco anos, a grande festa é em Milwaukee
32 Clássicos Brasil na Hípica
Um super evento só para automóveis nacionais
40 Carlisle, a tradicional feira na Pensilvânia
Conheça o Collectors Car Swap, Meet, Corral & Auction
46 Hershey National Fall Meet
A feira com sabor de chocolate é uma das grandes
Cultura do Automóvel Março 2022
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pelo mundo
quais são os mais famosos encontros de automóveis clássicos do mundo? Entre muitas, as melhores exposições de automóveis
Não dá mais para contabilizar os encontros de veículos clássicos e antigos, em qualquer lugar do mundo. A popularização da mania de colecionar coisas, que, há algum tempo era considerada um hábito muito excêntrico, ou mesmo coisa de criança, já “pegou” muita gente. E os carros e as motos são as “coisas” mais legais, no momento, para colecionar. Alguns desses eventos, no entanto, atingiram um grau de sofisticação tão grande que fazem parte de uma seleção muito especial. Entre outros, podemos citar Peeble Beach, na Califórnia, Goodwood, na Inglaterra, e Villa D’Este, na Itália. Eu imagino que o mais glamuroso de todos eles seja o da Califórnia, o Peeble Beach Concours D’Elegance, realizado no verão, no Peeble Beach Golf Club. Durante uma semana, vários eventos relativos a veículos clássicos, como gincanas e competições, formam o Monterey Car Week, que é finalizado, com toda a pompa pelo Concours D’Elegance. Nos mesmo moldes, também nos Estados Unidos, o Amelia Island Concours D’Elegance é um evento realizado sempre no mês de março, na Flórida. 4
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Na Europa, os encontros também são corriqueiros, com colecionadores se reunindo nas praças ou qualquer local público. Os salões anuais, daqueles que mostram ao público os novos modelos que vão ser vendidos, também costumam fazer uma mostra específica para antigos, a exemplo do Salão de Paris ou do Salão de Frankfurt. O mais famoso evento, no entanto, é realizado no mês de julho em Sussex, na Inglaterra. É o Goodwood Festival of Speed, corrida de montanha para clássicos que também tem concurso de elegância, com ênfase nos carros de competição. Para os clássicos, no entanto, o mais antigo dos encontros europeus é realizado na Itália, no Hotel Villa D’Este. Criado em 1929 para mostrar as novidades automobilísticas da época, o evento foi paralisado por alguns anos até ser revivido para reunir automóveis raros. Realmente não dá para citar todos, mesmo atendo-se apenas aos mais famosos e aos mais importantes. Mas não se pode esquecer o Autoclasica, em Buenos Aires, na Argentina, e o Rétromobile Exhibition, no Porte de Versailles, em Paris.
pelo mundo
Amelia Island
Villa D'Este, à esquerda, e desfile de automóveis do início do século passado, fechando o evento de Hershey
Desfile em Peeble Beach Cultura do Automóvel Março 2022
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O paraíso fica em Araxá
Texto e fotos Gabriel Marazzi
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e dois em dois anos, só há um lugar neste país onde colecionadores e aficionados por automóveis antigos desejam estar: a cidade mineira de Araxá. O XIX Encontro Nacional de Automóveis Antigos – Brazil Classics Fiat Show 2010, que aconteceu de 2 a 5 de junho –, é o evento de antigomobilismo mais esperado e já se tornou referência mundial, graças à qualidade e à raridade dos modelos expostos. 6
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Desta vez, havia 340 clássicos no pátio do Grande Hotel de Araxá, um mais deslumbrante que o outro. Veja, a seguir, uma amostra da beleza dos automóveis que participaram dessa exposição.
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Durante quatro dias, os melhores e mais raros automóveis clássicos do Brasil estiveram em exposição, no maior e mais importante evento do antigomobilismo nacional
O principal destaque do evento foi o Mercedes-Benz 540K Special de 1936, de Antonio Wagner Cunha Henriques Cultura do Automóvel Março 2022
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Único no mundo, o Willys Capeta foi desenhado e construído no Brasil em 1965 com mecânica Aero Willys
Outro brasileiro raríssimo: FNM Onça 1967 de Ricardo Oppi. Trata-se de um modelo nunca produzido em série 8
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Chrysler Town and Country 1947, “woody” de madeira de Paulo Angelo Malzoni. Ao fundo, um Cord 1937
Um dos mais antigos modelos expostos no evento, este Peugeot 1903 pertence ao acervo do Museu Matarazzo Cultura do Automóvel Março 2022
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Raro e cultuado mundialmente, o Mercedes-Benz 300SL 1955 “asa de gaivota” de Antonio Wagner da Cunha
Cadillac Eldorado 1955 conversível de Rolf Gustavo Roberto Baumgart, o ápice do luxo e da ostentação 10
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Ford Modelo T 1924 Runabolt de Pedro Luiz Martins Fúria Alfa Romeo, projetado e construído por Toni Bianco
Fiat Castagna 509 de 1919
Porsche 356 SC de 1965 Cultura do Automóvel Março 2022
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Araxá 2014: nível internacional A cada dois anos, a cidade mineira se torna palco da mais bela exposição de automóveis clássicos
Texto e fotos Gabriel Marazzi
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cada dois anos, colecionadores de Minas Gerais organizam um “pequeno encontro”, para mostrar seus itens da coleção. De preferência aqueles adquiridos mais recentemente ou, então, aqueles cuja meticulosa restauração ainda não havia sido exibida em público.
Alfa Romeo 6C 2500 Beneschi de 1950
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Peugeot Torpedo Labourdette 1908, o mais antigo do encontro. À direita, o pequeno BMW Dixi Ihle Typ 600 de 1928
Reunidos pelo principal clube de clássicos da região, o Veteran Car Club Minas Gerais, colecionadores, expositores e o público curtiram, durante três dias, a festa do 21º Brazil Classic Fiat Show, nome oficial do evento, patrocinado pela Fiat, sediada naquele estado. Já no primeiro dia, a quinta-feira de Corpus Christi, foi o público da cidade de Araxá que lotou as áreas de exposição, devido ao feriado. Logo à entrada do Grande Hotel, uma galeria de automóveis já
impressionava os visitantes. Mas a nata estava um pouco mais à frente. Neste ano a marca em destaque foi a inglesa Rolls Royce. Alguns dos mais belos RR já fabricados estavam lá, como Phantom II Sedanca de Ville 1932 com carroceria Barker. Esse automóvel, que pertenceu à atriz francesa Marie Bell, foi utilizado no filme Gnome-Mobile, de 1967, realizado pela Disney. Quem tem mais de 60 anos deverá lembrar desse carro como o “Fubecão”. Pois é, ele está agora aqui no Brasil.
Alguns modelos populares também são muito apreciados, como o Volkswagen Cabriolet 1959 e o Ford Opera Coupé 1940 14
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O furgãozinho é um Morris Panel 1963. Ao lado, o tcheco Tatra, que foi eleito pelo público o melhor clássico do encontro
Outras marcas de prestígio estavam bem representadas em Araxá. O raro italiano Isotta Fraschini 8A Cabriolet Dorsay 1925 atraiu a atenção, tanto do público, que certamente não está acostumado a ver uma relíquia desse porte, quanto dos conhecedores, que curtiram seu imenso motor de oito cilindros em linha de 7.370 cm3. Do mesmo calibre, um espanhol Hispano Suiza 1911 e um americano Packard 1926, do museu Roberto Lee, se destacaram por estarem
absolutamente originais, pois jamais passaram por qualquer restauração. Mas o automóvel mais antigo da mostra era o belo Peugeot Torpedo Labourdette de 1908. Ainda quase dessa época, dois Fiat, um Castagna 1919 e um 1924 preparado para competição foram motivo de orgulho para o patrocinador. As marcas italianas sempre são bem representadas em Araxá. Da Alfa Romeo, um dos mais interessantes modelos expostos era o 6C 2500 Beneschi de 1950.
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O desconhecido Armstrong Siddeley Hurricane de 1948. Com restauração impecável, um raro automóvel
Às vezes mais raros que os próprios automóveis são os adornos dos seus capôs
Rolls Royce foi a marca de destaque. O da direita é o “Fubecão”, utilizado em um filme da Disney nos anos 60 16
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Isotta Fraschini 8A Cabriolet Dorsay 1925, com carroceria Castagna e um motor 8 cilindros em linha de 7.370 cm3
Este Buick Limousine 50 LX de 1929 foi um dos premiados na categoria Vintage, de 1919 a 1930 Cultura do Automóvel Março 2022
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Barracas de peças no mercado de pulgas, algumas bem arrumadas. Acima, o Cadillac 1941 Conversível
Fiat 509 S Competizione 1924 de Mauricio Marx e o Hors Concours Ferrari 225S Barchetta Vignale 1952
Cadillac 1939 com motor V16, Aston Martin e Ford Thunderbird 18
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Esse é o automóvel que levou o prêmio máximo do evento, o Bugatti modelo 57 Cabriolet Stelvio de 1938
Quando se fala em automóveis italianos, jamais se esquece a mítica marca Ferrari. Havia muitos modelos clássicos no evento, entre antigos e contemporâneos. E o automóvel mais importante da festa nem era vermelho: o 225 S Barchetta Vignale 1952 amarelo ocupava local de destaque, bem em frente ao hotel e com direito a camarote individual e coberto. Esse carro, originalmente para competições, foi dado como destruído pela Ferrari de Modena, mas foi encontrado em péssimo estado em uma coleção paulista e levado à matriz para restauração completa. Apenas oito unidades foram fabricadas artesanalmente e algumas realmente foram destruídas em corridas. Entre as marcas menos conhecidas, a inglesa Armstrong também estava representada. Também em local privilegiado no páteo em frente ao hotel, o Armstrong Siddeley
Hurricane 1948 impecavelmente restaurado e com as antigas placas de seu país de origem só era reconhecido pelos mais profundos conhecedores do antigomobilismo. O encontro de Araxá reúne os mais importantes automóveis da história, pertencentes a importantes coleções brasileiras. Mas alguns modelos, que podem ser considerados populares mas que têm grande importância na indústria automobilística, também podiam ser vistos por lá. É o caso do Tatraplan, automóvel produzido na Tchecoslováquia nos anos 40. Este Tatra modelo 87 de 1947, que pretendia ser tão popular quanto o Fusca, também tinha motor traseiro refrigerado a ar, só que um V8 de 3 litros e 75 cv de potência. Fusca, Opala, Kombi, KarmannGhias, Dodges, Maverick e muitos outros nacionais também faziam parte da exposição e, certamente, da história e do sonho de muitos dos visitantes que visitaram o evento. l Cultura do Automóvel Março 2022
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harley-davidson, 110 anos da lenda A mais tradicional marca de motocicletas do mundo comemorou seus 110 anos de fundação em todo o mundo. No Brasil, a festa foi em São Paulo
M
ais do que fabricar motocicletas, a Harley-Davidson, que está completando 110 anos de sua fundação este ano, produz histórias. Há muito tempo que qualquer motociclista que escolha uma Harley como sua motocicleta, está escolhendo, também, uma filosofia
de vida, que envolve liberdade, amizade e aventura. Praticamente em todos os lugares do mundo as comemorações dos 110 anos de Harley estão acontecendo, sempre organizadas pela subsidiária local e supervisionadas diretamente pela H-D de Milwaukee.
Fabulous Bandits 20
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A festa brasileira aconteceu em um sábado, 1 de junho de 2013, na Arena Anhembi, em São Paulo. Uma caravana de mais de duas mil motocicletas, na esmagadora maioria Harley-Davidson, entrou no local em uma imensa e comportada fila, para começar a festa, que durou até o fim da noite. Durante todo o dia bandas de rock, country e bluegrass se revezaram no enorme palco, como Mr. Kurk, Balance Van Halen Cover e os Fabulous Bandits, com o fechamento
mais esperado, com a banda Capital inicial. Paralelamente, havia tendas com mostras da história da HarleyDavidson, seus produtos atuais – entre motocicletas e milhares de produtos licenciados – e show de manobras radicais, que era praticado com uma Harley-Davidson Sportster XR 1200X. Uma atração à parte eram as milhares de Harley-Davidson estacionadas na entrada da arena, algumas podendo ser consideradas um espetáculo próprio. l
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Feliz aniversário,
texto e FOTOs gabriel marazzi
A comemoração dos 115 anos da marca mais querida entre os motociclistas do mundo inteiro foi uma grande festa na sua cidade natal, Milwaukee, WI
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ara uma criança, certamente a data mais esperada do ano é o dia de seu aniversário. Está bem, tem o natal, dia das crianças etc, mas o seu aniversário é o mais importante, aquela data só sua, quando você é o centro de todas as atenções. Criança, com 115 anos? Não mesmo. A Harley-Davidson vem comemorando seu aniversário 22
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durante todos esses anos com uma maturidade cada vez maior, só que a festa não é só dela, mas também dos centenas de milhares de harleyros, no mundo todo, que se transformam em crianças a olhos vistos quando o assunto é a sua marca de motocicletas mais querida. Acompanhe aqui a “festinha” dos 115 anos da marca.
harley-davidson
Harley-Davidson!
O mundo inteiro comemora o aniversário da Harley-Davidson, cuja data oficial de início das atividades é 28 de agosto de 1903. Foi quando os irmãos Arthur e Walter Davidson e o amigo William Harley fundaram a empresa que se tornaria um ícone americano e, depois, um ícone mundial. As comemorações mais
importantes, no entanto, acontecem na terra natal dos envolvidos, a cidade de Milwaukee, no estado norte-americano de Wiscosin. Foi lá que o grupo de jornalistas brasileiros, crianças de tudo quando o assunto é motocicletas, participou da festa organizada pela matriz. Foram cinco dias de eventos, festas, shows, exposições e competições. Cultura do Automóvel Março 2022
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harley-davidson Harley 115 anos
Uma réplica do galpão de onde saíram as três primeiras Harley, em 1903
Motos customizadas invadiram o local
O grupo chegou exatamente nesse dia, 115 anos após a fundação da Harley-Davidson, para as devidas acomodações, ambientação e credenciamento nas dependências do Harley-Davidson Museum. Foi difícil resistir à tentação de dar uma olhadinha no espetacular acervo da casa, que conta, com seus próprios modelos, toda a saga da marca. É que a visita oficial ao museu seria apenas três dias depois. 24
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O início oficial das comemorações de 2018, no entanto, foi no dia seguinte, quarta-feira, 29 de agosto, com um compromisso pra lá de oficial para os jornalistas de todas as partes do mundo que participaram do grande evento. Era uma coletiva de imprensa com executivos da empresa e, figuras das mais aguardadas, os bisnetos do co-fundador, Willian A. Davidson, que entrou na empresa quatro anos após a sua fundação. Bill Davidson e sua irmã Karen, assim como seu pai, William Godfrey Davidson, mais conhecido como Willy “G”, participaram de todos os eventos, durante todos os dias. A coletiva de imprensa aconteceu no escritório central da Harley, o Juneau Ave. Global Headquarters, um grande edifício que foi a primeira fábrica da empresa.
Harley 115 anos harley-davidson Depois da visita ao prédio principal, o grupo foi até a festa organizada pelo HOG, Harley Owners Group, que comemorava seus 35 anos de atividades. Em um parque público à beira do lago Michigan, o Veteran’s Park, a festa estava à la Woodstock, devido à grama molhada pela proximidade do lago. Mas as atrações compensavam: Wall Of Death, ou a “parede da morte”, onde Harleys circundam um círculo de paredes a 90o, uma roda gigante, barracas com comidas, bebidas e lojas de mercadorias alusivas ao 115o aniversário da Harley-Davidson. Passeios de helicóptero e shows de rock completavam as atrações. À noite, o encontro foi no Fuel Cafe, local descolado, logicamente com o tema motocicletas, que patrocina muitas das atividades motociclísticas em Milwaukee.
No alto do museu, a marca que se vê de longe
No Headquarter H-D, o mapa da região de Milwaukee
Na apresentação da Harley-Davidson LiveWire, elétrica, a curiosidade geral sobre a então novidade da marca Cultura do Automóvel Março 2022
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harley-davidson Harley 115 anos
Em cada uma das sete concessionárias de Milwaukee, uma festa à parte
Com tantas atividades logo no primeiro dia, o segundo não foi menos agitado. Logo pela manhã foi feita uma apresentação oficial da maior sensação atual da marca, a motocicleta elétrica LiveWire. Com previsão de comercialização para daqui cerca de um ano, essa motocicleta representa um dos aspectos em que a empresa mais ousará mercadologicamente, já que a estratégia da marca para os próximos anos é diversificar seus produtos, produzindo modelos bastante diferentes das tradicionais custom a que todos estão acostumados.
Após a apresentação, o ponto de encontro era uma das sete concessionárias da marca que também fazem sua festa quase que particular. Na revenda Milwaukee Harley-Davidson, além da loja oficial de mercadorias havia muitas barracas externas, com produtos de todos os tipos. O mais interessante é que a revenda estava com muitos itens oficiais em promoção, com descontos que chegavam a 75%. Foi ótimo poder comprar produtos com a marca H-D que não encontramos por aqui.
No museu, um dos primeiros modelos de sucesso, uma Harley-Davidson monocilíndrica de 1951 26
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Harley 115 anos harley-davidson A revenda Harley ficava no meio do caminho para a fábrica de motores, a Pilgrim Road Powertrain Operations. Lá foi possível conhecer um pouco da linha de montagem dos famosos V2 que equipam as HarleyDavidson. Na volta ainda houve tempo para voltar ao espaço principal da grande festa, em frente ao museu, para participar do Event Kick-Off, que é a abertura oficial das comemorações pelo 115o aniversário da HarleyDavidson. À noite, o encontro dos jornalistas foi o Stella Van Burren, um restaurante alemão. A sexta-feira estava marcada como o dia mais “puxado” da agenda oficial. Isso porque chegaria a oportunidade de fazer uma visita demorada e exclusiva ao Harley-
Davidson Museum, antes que o local abrisse ao público pontualmente às 9h00 da manhã. Isso significava acordar por volta das 5h00, hora local (duas horas antes do horário de Brasília). Mas valeu a pena, a quantidade e a qualidade das motocicletas expostas é tamanha que foi possível vivenciar, em poucas horas, a saga dos modelos, apenas acompanhando a sequência das motocicletas. Claro que, para conhecer todos os detalhes, seria necessário, no mínimo, um dia inteiro. Com os horários apertados, após o museu foi necessário pular uma programação, a competição de habilidades de policiais e civis em cima de uma Harley, no Miller Park. Fica para o próximo aniversário.
Um dos pontos altos das comemorações foi a exclusiva visita ao Harle-Davidson Museum
Acima, uma 125 monocilíndrica de 1951. Ao lado, a versão 250 da “nossa” Harley Motovi 125 de 1975 Cultura do Automóvel Março 2022
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harley-davidson Harley 115 anos
Alguns dos modelos mais icônicos da marca expostos no museu
Após o almoço, mais uma atração interessante. No Great Lakes Dragaway, motociclistas de todos os tipos, como todos os tipos de motocicletas, podem alinhar suas máquinas e participar de uma prova de arrancada, ao estilo dragster. O nome da atração é Run What You Brung e a pista é conhecida como “a maior pequena pista de
arrancada do mundo”. Por US$ 35, qualquer um pode arrancar quantas vezes quiser. À sequência de luzes, os pilotos partem lado a lado, dois a dois, em uma disputa contra o cronômetro. Um pequeno show de acrobacia do Twin Stunts All-Harley Show entretem o público entre uma arrancada e outra.
Run What You Brung no Great Lakes Dragaway e o Flat Out Friday, no Phanter Arena 28
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Harley 115 anos harley-davidson Próxima atração: Panther Arena. Em um ginásio de esportes muito semelhante ao nosso Ginásio do Ibirapuera, o programa foi dos mais divertidos. Em meio ao campeonato indoor flat-track, o Flat Out Friday reuniu grupos de pilotos em busca da vitória na pista oval e também amadores e comediantes que faziam brincadeiras simulando provas. Esse é um interessante espetáculo que poderíamos ter por aqui. O sábado amanheceu nublado e um pouco chuvoso. Tudo a ver com a atração que estava programada para aquela manhã, a subida de montanha na estação de ski Little Switzerland. Onde normalmente se desce a montanha coberta de neve, com esquis, as motocicletas se alinham ao pé do morro para subir a montanha, cujo piso estava bastante
escorregadio devido à chuva. Para participar do Hill Climb, algumas motocicletas têm sua balança traseira alongada, para facilitar a subida, mas a maioria delas sobe com a mecânica original mesmo. Para os expectadores da atração, o teleférico de cadeirinhas era a maneira mais confortável de subir até o topo, além de proporcionar uma visão privilegiada das provas. Ainda no sábado, ocorria o evento talvez o mais interessante de todos eles, o Bradford Beach Brawl, corrida de motocicletas na areia da praia de Bradford, à margem do Lago Michigan. Correram na praia motocicletas Harley-Davidson novas e antigas, algumas delas dos anos 20 e a muitas ainda com a alavanca de câmbio no tanque.
Hill Climb no Little Switzerland Ski Area: onde descem os esquis, sobem as motos. Ao lado, a corrida na praia Cultura do Automóvel Março 2022
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harley-davidson Harley 115 anos Ufa! Quanta coisa! Mas isso foi apenas da quarta-feira até sábado, dia em que, logicamente, acontece a “esticadinha” para uma agitada noite. O passeio dessa vez foi até a famosa Brady Street, rua cheia de bares para a qual as pessoas vão justamente para curtir a noite. O agito é mesmo no meio da rua, fechada para automóveis pela polícia local. Motocicletas podem entrar e são guiadas por balizadores com lanternas que vão abrindo o caminho com bastante segurança. Os bares, para facilitar a venda das bebidas, montam balcões na calçada. Para o domingo, último dia da grande festa do 115o aniversário da Harley-Davidson, estava programada a H-D 115th Anniversary Parade, com a participação de 6,5 mil pessoas com suas motocicletas em um percurso repleto de expectadores que garantiram seus lugares pelas
calçadas da Wiscosin Avenue. Era motocicleta que não acabava mais, algumas delas realmente antigas e, aparentemente, rodando como se fossem novas. Pelas bandeiras fincadas nas traseiras de cada motocicleta, foi possível reconhecer motociclistas do mundo todo, como México, Canadá, Reino Unido, Coréia, França, Indonésia, Japão e até do Brasil. Em uma das Harley, além da bandeira, a placa cinza do Brasil. Sim, Edinho, um carioca bastante corajoso, foi rodando com sua motocicleta até Milwaukee, para participar da festa. E Flavio Villaça, gerente de marketing da Harley-Davidson para a América Latina, que acompanhou o grupo de jornalistas em todos os eventos, declarou para um jornal local que “é muito bom ver todas essas pessoas celebrando e relembrando as origens da companhia”.
À frente da parada, os batedores da polícia. Participaram do desfile 6.500 motociclistas 30
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Harley 115 anos harley-davidson
Matt Levatish, CEO da Harley-Davidson, desfilou com a motocicleta elétrica LiveWire
Jornalistas brasileiros literalmente na sarjeta
A passagem das motos durou horas. No meio de todas as motos, uma quase passou despercebida: a Harley-Davidson elétrica LiveWire, com um piloto para lá de especial, o CEO da Harley Matt Levatich. E o final, no Veteran’s Park, foi o momento em que todos os participantes dessa belíssima festa puderam se despedir, a maioria deles
Motocicletas antigas rodando como se fossem novas
lotando com suas Harleys as estradas norte-americanas a caminho de suas casas e alguns deles voando de volta para seus países de origem. Foram mais de 100 mil pessoas que participaram das comemorações em Milwaukee. Festa igual, só em 2023, quando a Harley-Davidson comemorará 120 anos de sua fundação. l Cultura do Automóvel Março 2022
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Clássicos Brasil Só automóveis nacionais O sucesso da primeira edição indica que será mais um grande evento anual da cidade de São Paulo
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O
campo de polo da Sociedade Hípica de Santo Amaro, localizada na zona sul da cidade de São Paulo, voltou a ser o palco de um desfile que atrai mais do que amantes dos puros-sangues de raça que lá costumam desfilar. Resgatando uma tradição de décadas, foi lá que aconteceu o primeiro Clássicos Brasil, evento que reuniu os automóveis que já são, ou ainda vão ser, considerados os clássicos da indústria brasileira.l
José Ricardo de Oliveira, o organizador, e o Monarca
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clássicos brasil clássicos Brasil 2015
À esquerda, a Romi-Isetta, primeiro automóvel fabricado no Brasil. À direita, a perua DKW Universal, de 1956
À esquerda, o esportivo Uirapuru, e à direita, a perua Volwswagen Kombi 1960
Feiro artesanalmente, o Monarca usa uma plataforma VW de 1954. O jipe Candango tinha mecânica DKW
Duas faces do potente Dodge Charger R/T e, à direita o Simca Chambord 34
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clássicos brasil 2015
clássicos brasil
O Willys Itamaraty Executivo foi a primeira limusine nacional. À direita, uma pick-up Ford F-100 Twin-I-Beam
Três Willys feitos sob licença da Renault, o Dauphine, o Teimoso e o Gordini. E um belo Karmann Ghia conversível
Os esportivos nacionais, Willys Interlagos e Puma GT. O da foto à direita é um Shark
Ford Maverick GT e uma réplica do Porsche 356 Cultura do Automóvel Março 2022
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clássicos brasil
Clássicos Brasil A vez dos nossos clássicos A segunda edição da exposição de automóveis nacionais marcou 60 anos da indústria brasileira
Bino 36
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Chevrolet Opala Las Vegas 1972
clássicos brasil
O
2º Clássicos Brasil reuniu no Clube Hípico de Santo Amaro, entre outros. Quem ficou em São Paulo durante o final de semana e feriado de aniversário de São Paulo pode conferir de perto o maior encontro de carros clássicos nacionais do Brasil, com a exposição de 120 automóveis, no Clube Hípico de Santo Amaro. l
Furia
Copersucar Fittipaldi FD-01 Cultura do Automóvel Março 2022
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clássicos brasil
clássicos Brasil 2016
Puma 1969, Puma 1975 Spyder com capota rígida e um Ford Galaxie 1973
Chevrolet Opala Las Vegas , exposto no Salão do Automóvel de 1972. Ao lado, dois Willys Interlagos
Dodge Dart 1970 e Chrysler Esplanada 1969. Ao lado, Furia com motor Alfa Romeo 2.000, criação de Toni Bianco
GT Malzoni 1966 e, ao lado, a última carroceria arredondada do Aero Willys, de 1962
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clássicos Brasil 2016 clássicos brasil
Time de especiais com motor três cilindros dois tempos: DKW Pracinha 1962, DKW Fissore 1965 e 1966
Uma adaptação muito especial de um Ford Maverick, transformado de um sedã para uma perua, e um FNM 2000
O belíssimo Dodge Charger R/T 1971, um Karmann-Ghia TC 1974 e um Volkswagen Brasília Dacon
Ford Corcel GT 1973, Belina 1970, Volkswagen Kombi 6 portas e Volkswagen Kombi Standard Cultura do Automóvel Março 2022
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conheça carlisle no outono Onde é Carlisle? E quem quer ir para a Pensilvânia no outono? Esse é um tipo de turismo que só interessa aos apaixonados por automóveis antigos
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m conselho: jamais tente convencer a sua família de que fazer turismo pelo interior do bucólico estado da Pensilvânia, nos Estados Unidos, é uma boa idéia para as férias. Principalmente no outono. A menos que seus parentes também sejam fanáticos por objetos motorizados antigos e coisas enferrujadas, assim como você certamente é. Caso contrário não estaria lendo esta reportagem. Como você continuou a leitura, vamos lá. Neste caso, o nome Carlisle deve ser bem conhecido, provavelmente ouvindo falar de seus amigos que lá foram e voltaram com suspeita de tétano. Ou porque os agentes da alfândega abriram a mala de um sujeito e fecharam correndo, para não contaminar todo o ambiente de graxa. Foi nesse local que, há exatos 40 anos, os irmãos Bill e Chip Miller montaram a feira ‘Post War’ 1974, com a área em questão alugada para o evento. O nome “pós guerra” não era à toa: tanto eles quanto outros entusiastas de automóveis antigos se ressentiam da escassez de evento que priorizassem automóveis dos anos 50 e 60. Grandes feiras como Hershey, também na Pensilvânia, era e é até hoje uma feira mais voltada para veículos pré guerra. Em sua primeira edição, a feira reuniu 600 expositores e 13 mil visitantes pagando um dólar pelo ingresso. Cultura do Automóvel Março 2022
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Com aumento do interesse nos carros antigos mais recentes, em poucos anos Carlisle se tornou a meca dos colecionadores de todo o mundo e é a maior feira do mundo em locação própria. Após alugar por 6 anos a área de 350 mil m2, eles compraram o terreno e se estabeleceram definitivamente. O sucesso da feira de outono levou a outra edição, na primavera, e a outros 12 eventos mais específicos durante o ano,
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como o Corvettes At Carlisle, sempre em agosto. Atualmente, só a feira de outono reune quase 10 mil expositores, 2 mil veículos para venda e atrai 100 mil visitantes. Por ano, Calisle movimenta cerca de US$ 100 milhões.
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Com números tão expressivos de tamanho e quantidade de pessoas e coisas, fica fácil perceber que um “passeio completo” pela feira de Carlisle demanda tempo e boa disposição. Dividida em ruas e passagens transversais, os expositores, chamados pelos organizadores de “vendors”, alugam um espaço por US$ 105 e fazem dele o que quiser, colocando seus carros,
motocicletas ou objetos para vender ou apenas mostrar. A maioria deles monta uma barraca para pernoitar ou engata seu motohome ou trailer, para passar até seis dias no local. Os dias oficiais da feira de outono são de terça a domingo, pelos quais o visitante paga US$ 10 por dia ou US$ 30 para todas os dias. Os visitantes mais habituados levam um carrinho para transportar suas compras, vale de radio fliers até carrinhos de feira, mas é possível comprar um por US 15 logo na entrada. 44
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collector car swap meet, corral & auction carlisle O extenso nome da feira de Carlisle é justificado: swap meet é a feira de peças e bugigangas, que inclui automóveis, motocicletas, bicicletas, placas, componentes mecânicos e qualquer coisa para a qual seja possível encontrar um interessado. Os americanos também chamam de feira de pulgas, ou flea market, denominação que nós já estamos habituados. Em outra parte da feira há o corral, ou curral mesmo, daqueles para cavalos. Nessa área apenas os veículos podem ser expostos e colocados à venda. Diferentemente
dos carros à venda no swap meet, no corral eles geralmente são impecáveis, ou, pelo menos, devem entrar e sair por conta própria. No máximo, em uma carreta. É a parte preferida de quem não gosta muito da ferrugem, prefere os carros bonitos e customizados. Por fim, há o leilão de automóveis (auction), onde é possível colocar seu veículo para venda pela melhor oferta ou então comprar um, dando o lance vencedor. Os carros para leilão ficam em uma parte coberta da feira e se deslocam para outro local próximo, para os lances. A feira termina no domingo, quando logo pela manhã muitos já se pôem a caminho de casa. Eles vêm de todas as partes do país para passar essa semana. Alguns ainda vão para a feira de Hershey, a umas 50 milhas dali, para mais uma semana de graxa e ferrugem. l
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Hershey, um imenso
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magine um imenso parque de diversões cujo divertimento é garimpar raridades. Assim é Hershey, local onde, uma vez por ano, aficionados por automóveis e objetos antigos e raros se reúnem, para ampliar as suas coleções. O primeiro encontro de veículos antigos de Hershey, o National Fall Meet, aconteceu em 1955. Em poucos anos, passou de um pequeno local com alguns espaços para carros e mercado de pulgas para a maior exposição de automóveis clássicos do mundo. As pessoas vêm de todas as partes do mundo para expor, comprar, vender, fazer amigos, comer guloseimas ou simplesmente olhar e passar um tempo agradável. 46
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Existem aproximadamente 9.000 espaços ocupados por expositores e vendedores de peças antigas de automóveis, motocicletas, tratores, bicicletas e até aviões. São 3.000 vendedores e representantes de peças e componentes e mais 1.000 carros antigos expostos para venda no curral de automóveis. A área ocupada é de 3,5 milhões de metros quadrados, o equivalente a 3,5 autódromos de Interlagos, ou o dobro da área do Parque do Ibirapuera. A feira é montada nos estacionamentos do Parque Hershey, da famosa fábrica de chocolates, e do Giant Center, um enorme estádio de múltiplas funções que abriga o time de hóquei no gelo Hershey Bears.
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o mercado de pulgas
Três milhôes e meio de metros quadrados com automóveis, motocicletas, barcos e aviões, além de milhares de objetos que fariam a felicidade de qualquer colecionador Cultura do Automóvel Março 2022
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Este senhor passeava tranquilamente com sua picape Ford 1913, como se estivesse no século passado
Essa picape Chevrolet Gigante 1946 provavelmente trabalhou a vida toda. Agora merece aposentadoria
Studebaker Jr. Uma relíquia datada do início de vida da marca norte-americana, que foi fundada em 1852
Locomobile 1901, à venda por US$ 35.000. Não parece ser muito original, não?
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Um raríssimo Buckmobile 1903, com motor monocilíndrico, à venda por US$ 8.900
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Uma motocicleta BMW R35 de 1948, com motor monocilíndrico longitudinal e eixo-cardã
Este Studebaker de 1922 estava à venda por US$ 2.500. Certamente vai precisar de muito WD40
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O Plymouth Businesman era utilizado por caixeiros viajantes em viagens solitárias. Era só porta-malas
Mas não é a motoneta do Jambo e Ruivão? É uma Motorette Yardman 1959 com motor Continental
O público estimado para os principais quatro dias do evento (quarta, quinta, sexta e sábado) é de aproximadamente 300 mil pessoas, coroado por um desfile no último dia de 1.400 veículos antigos de fabricação entre 1900 até 1989. Com exceção dos veículos de competição, todos os veículos que participam do desfile devem obrigatoriamente, entrar funcionando, movidos por 50
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É, este Ford Modelo T realmente não estava mesmo à venda
Reo 1906. Nessa época, os carros de Henry Ford ainda não eram muito populares
conta própria. independentemente do ano e do tipo de veículo. É comum participarem desse desfile automóveis a vapor do século 19. l
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Esta picape não é muito conhecida fora dos Estados Unidos: Mack Jr., da linhagem dos enormes caminhões
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Alguém conhecia esta Indian? Uma Brave 1951 monocilíndrica de 250 cm3
A traseira do mais belo automóvel de todos os tempos: Chevrolet 1959. Sem mais palavras
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