Portfólio de Arquitetura, Urbanismo e Design_2022

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PORTFOLIO

gabriella angelucci paineli arquitetura & urbanismo

curriculum | interiores | casa RV | interiores | apto RF | interiores | sala MP | trabalho final de graduação | alexios jafet | edital CAU

ÍNDICE 04 06 10 16 22 32
007/2021

projeto para Vila Brasil Arquitetura

6
RV | 2021
CASA
SALA DE JANTAR
DESPENSA
SALA
LAVABO SALA DE TV
LAVANDERIA
COZINHA
DE MÚSICA
11 12 05 06 07 15 03 01 08 20 19 04 13 16 16 18 17 14 10 09 LEGENDA (A x L x P) VISTA SUPERIOR COZINHA sem escala 21 22 23 24 0,95 1,30 1,13 1 40 1 , 1 5 0 , 3 6 0 , 0 7 1 , 0 0 1 , 0 0 0 , 9 0 0,60 3 , 3 0 0,60 1 , 1 5 0 , 7 0 4 01 0,20 1,00 0,40 D A B C 0 , 7 0 0 , 8 1 2 , 6 0 Parede recebe Decortiles Beatles White 5 61 4 , 4 8 2,88 0,60 0,40 1,30 Prateleiras em Marmoraria 0,65 0,80 2,25
8 ELEVAÇÃO D sem escala Gaveta Gaveta Gaveta Gaveta Gaveta AMENT MAR Gra PAR Dec Whit MAR MD Crist MAR MD Esse 0 , 1 5 1 , 7 5 0 , 6 0 0 , 0 8 0,07 2,90 0 , 5 0 1 , 2 0 0 , 9 0 0,06 0,75 0,90 1,00 1,00 0,70 4,48 Fita de LED 2 , 6 2 01 07 05 06 04 13 21 22 03 02 08 10 Fita de LED 1,50 24 0 , 9 0 0 , 1 0 20 23 19 18 16 16 15 17 ELEVAÇÃO B sem esca a 14 ACABAMENTOS (SUGESTÃO) PAREDES: Decortiles Beatles White 10x20 MARCENARIA: MDF Pau Ferro Linha Cristallo Duratex Fita de LED 0 , 6 8 0 , 3 8 3,30 0 , 5 0 2 , 6 2 4,48 Vidro Jateado 13 Fita de LED LEGENDA (A x L x P) 1 2 aveteiro 7 Geladeira (Side by Side até 560L) 8 Armário 03 (1,75 x 1,00 x 0,65) 9 Painel com Porta de Correr (2,62 x 2,25) 13 Armário 04 (0,70 x 1,63 x 0,70) 14 Armário 05 (0,70 x 1,38 x 0,60) 15 Cooktop a Gás (5 bocas) 16 Banqueta Baixa 19 Prateleira 02 (1,20 x 0,35) 20 Prateleira 03 (3,30 x 0,35) 21 Bancada 02 (0,90 x 2,25 x 0,70) 22 Bancada 03 1,02
9 ELEVAÇÃO C sem escala 17 22 21 03 02 10 23 13 14 04 0 , 1 5 0 , 1 0 0 , 4 8 0 , 4 5 0 , 7 0 0,55 0,50 2 , 6 2 0 , 5 0 0 , 3 8 0 , 6 8 0 , 1 0 0 , 9 0 ACABAMENTOS (SUGES PAREDES: Decortiles, Beatles White 10x20 MARCENARIA: 1,83 LEGENDA (A x L x P) 7 Geladeira (Side by Side até 560L) 8 Armário 03 (1,75 x 1,00 x 0,65) 9 Painel com Porta de 13 Armário 04 (0,70 x 1,63 x 0,70) 14 Armário 05 (0,70 x 1,38 x 0,60) 15 Cooktop a Gás 19 Prateleira 02 (1,20 x 0,35) 20 Prateleira 03 (3,30 x 0,35) 21 Bancada 02 0 , 7 0 0 , 0 5 ELEVAÇÃO A sem escala Porta de Correr 01 07 09 20 19 08 16 0 , 9 0 0 , 1 0 0 , 7 0 0 , 4 0 0 , 5 0 1 , 9 0 0 , 7 2 2 , 6 2 0,65 2,25 0,60 1,58 0,70 ACABAMENTOS (SU MARMORARIA Granito Itaúnas PAREDES: Decortiles, Beatle White 10x20 MARCENARIA: MDF Pau Ferro, L Cristallo, Duratex MARCENARIA: MDF Cinza Sagra Essential, Duratex m fornecedor escolhido as aberturas dos armários Puxador em Cava 2,88 Fita de LED Fita de LED LEGENDA (A x L x P) eteiro mbutido do 7 Geladeira (Side by Side até 560L) 8 Armário 03 (1,75 x 1,00 x 0,65) 9 Painel com Porta de Correr (2,62 x 2,25) 10 Prateleira 01 (2,08 x 0,35) 11 Calha Úmida (conferir medidas no local) 12 Cuba Dupla (Cuba Inox Dupla Acetinada Fosca Tramontina Isis 2C 34 28 BS) 13 Armário 04 (0,70 x 1,63 x 0,70) 14 Armário 05 (0,70 x 1,38 x 0,60) 15 Cooktop a Gás (5 bocas) 16 Banqueta Baixa (0,55 x 0,45 x 0,40) 17 Bancada 01 (0,90 x 3,30 x 0,60) 18 Coifa (0,90 x 0,60) 19 Prateleira 02 (1,20 x 0,35) 20 Prateleira 03 (3,30 x 0,35) 21 Bancada 02 (0,90 x 2,25 x 0,70) 22 Bancada 03 (0,90 x 0,81 x 0,65) 23 Prateleira 04 (1,15 x 0,35) 24 Torre Quente (1,75 x 0,90 x 0,65)
10 APTO RF | 2021 projeto para Vila
SALA DE TV SALA DE JANTAR 0,45 2,30 0,70 0 , 4 0 1 , 2 0 1,80 1,80 2,70 0 , 9 5 0,60 0,50 1,20 1,10 5,00 0 , 5 0 0,85 1 , 1 7 0 , 4 0
Brasil Arquitetura
11 F O L H A D t d ã A M B E N T E :
Luminária Abajur de Chão Trilho de Iluminação Spot LED Luminária Pendente
F O L H A
SUVINIL PAPEL PICADO CIMENTO QUEIMADO DURATEX NOGUEIRA CAIENA
TV 65 F O L H A
ESPELHO SUVINIL PAPEL PICADO CIMENTO QUEIMADO DURATEX NOGUEIRA CAIENA
F O L H A P r o j e t o d e I n t e r i o r e s R A P H A E L F E R R E I R A D a t a d e m p r e s s ã o A M B E N T E : SUVINIL PAPEL PICADO
1 3 O L H A O B S : P
ã
a l 3
DURATEX NOGUEIRA CAIENA
a r a e x e c u ç
o c o n f e r i r m e d i d a s n o o c
CIMENTO QUEIMADO
S a l a J a n t a r e T V
DURATEX NOGUEIRA CAIENA
1 3 F O L H A P r o j e t o d e I n t e r i o r e s R A P H A E L F E R R E I R A R 0 0 D a t a d e I m p r e s s ã o a g o s t o 1 1 , 2 0 2 1 O B S : P a r a e x e c u ç ã o , c o n f e r i r m e d i d a s n o l o c a l A M B I E N T E : E S C A L A S I N D I C A D A S M E D I D A S E M M E T R O S 0 7 S a l a J a n t a r e T V
PLANTA PAVIMENTO TÉRREO LAYOUT sem escala D A B C 3 , 3 5 3,20 0 , 8 0 0 , 8 0 0,75 0 , 4 5 2 , 4 0 0 , 5 0 0,50 1,00 0,80 2,40 0,80 2,30
sem escala
VISTA SUPERIOR
ELEVAÇÃO A sem escala
O L H A
B sem escala
HOUSED AZULEJO CINZA
ELEVAÇÃO
CORAL BRANCO ARTESÃO
ELEVAÇÃO D sem escala DURATEX BRANCO DIAMANTE GRANITO BRANCO SIENA DURATEX NOGUEIRA THAR ELEVAÇÃO C sem escala
1 1 F O L H A e s s ã o : 2 2 c a l 0 9
22 ESCRITÓRIO J.A | 2022 projeto autoral 0,90 m 1,10 m 2,07 m 0 , 6 0 m 0 , 1 6 m 0,55 m 0 , 7 2 m 0 , 1 2 m 0,40 m A B C D 3,40 m 1 , 1 0 m 1 , 0 5 m 0 , 4 1 m
23 ELEVAÇÃO B Escala 1:25 ELEVAÇÃO A Escala 1:25 2,23 m 0 , 6 0 m 1 , 1 6 m 0 , 7 5 m 0,42 m 2,43 m 0,55 m 0 , 5 0 m 1 , 3 5 m 0 , 6 0 m 0,56 m 0 , 1 0 m 0,61 m 3,40 m 2 , 6 0 m 0 , 6 0 m 1 , 1 6 m 0 , 7 5 m 0,40 m 0,72 m 1,28 m 1,20 m 0 , 1 0 m 0 , 6 0 m 1 , 9 0 m 0 , 5 0 m 0,16 m 1,76 m

PROJETO URBANO CIDADES NOVAS

ENTRE A UTOPIA E A DISTOPIA DOS ESPAÇOS DO VIVER trabalho final de graduação

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2019
|

“A questão de que tipo de cidade queremos não pode ser divorciada do tipo de laços sociais, relação com a natureza, estilos de vida, tecnologias e valores estéticos desejamos. O direito à cidade está muito longe da liberdade individual de acesso a recursos urbanos: é o direito de mudar a nós mesmos pela mudança da cidade. Além disso, é um direito comum antes de individual já que esta transformação depende inevitavel mente do exercício de um poder coletivo de moldar o processo de urbanização. A liberdade de construir e reconstruir a cidade e a nós mesmos é, como procuro argumentar, um dos mais preciosos e negligencia dos direitos humanos.”

25
David Harvey.
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27

Como preceitua Raquel Rolnik, a cidade significa ao mesmo tempo, maneira de organizar o território e uma relação política. De modo que, através da exploração do trabalho e corpos, a cidade sempre foi palco da centralização do poder para a imposição de hierarquias sob interferência na vida cotidiana dos indivíduos. Assim, através do estudo sobre o Direito à Cidade, pode-se compreender o controle e distribuição da propriedade privada no sistema capitalista como resultado de uma relação dialética entre estrutura econômica e atores sociais.

Em ‘‘A Questão Urbana’’, Castells explora a ligação entre capitalismo e produção urbana para afirmar que a cidade, tanto em sua forma quanto em suas funções, resulta das relações sociais ou de classes. Neste sentido, verifica-se que papel desempenhado pelo Estado nos processos espaciais urbanos consiste direta ou indiretamente na acumulação de capital. Neste contexto, o domínio e disposição da propriedade privada são utilizados como condição de ma nutenção do poder, a fim de ampliar a divisão social imposta através dos processos históricos de col onização e escravização dos povos africanos e indígenas. Assim o espaço urbano brasileiro não apre sentou mudanças significativas em relação à sua estrutura fundiária, expressando uma distribuição da terra altamente concentradora, desde a formação da propriedade.

Como reflexo do êxodo rural e do início da industrialização houve a ocupação desordenada das ci dades. Isto ocorreu principalmente em razão da omissão do Poder Público no exercício de sua atividade fiscalizadora e promotora do desenvolvimento urbano e habitacional, contribuindo de forma decisiva para a situação de injustiça social vivenciada em inúmeros núcleos habitacionais. Deste modo, ocorreu a valorização das áreas providas de infraestrutura urbana, ou seja, aquelas áreas com investimento público, o que veio a acarretar o aumento do valor de mercado dos imóveis e con sequentemente do custo de vida na “cidade formal”. Tal condição obrigou a população de baixa renda a encontrar abrigo na periferia, onde as propriedades são mais baratas, justamente por se localizarem distantes dos centros, bem como, serem carentes de infraestrutura e serviços públicos. Desta maneira, a expansão urbana seguida do crescimento exponencial e desordenado da cidade, promoveu a proliferação dos vazios urbanos, frutos do estoque de terras especulativas, com finalidade única de valorizar o capital, se tornando locus da desigualdade sócio espacial e da segregação. Assim, o crescimento demográfico localizado e a escassez da habitação levaram ao surgimento de bairros distantes, implicando em deslocamentos maiores, caracterizando o predomínio do padrão de urban ização disperso.

À vista disso, o processo de urbanização brasileiro se estruturou através concentração de riquezas, o que estabeleceu a desigualdade social como fator determinante na conformação do seu tecido urbano e instaurou a segregação sócio espacial em seu território.

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PROJETO PÉ NO CHÃO

DIREITO À CIDADE DIGNA trabalho final de graduação

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30 0m 100m

gabaritos principais fluxos

10 pavimentos

1-3 pavimentos 6 pavimentos 20 pavimentos

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A Declaração de Vancouver sobre Assentamentos Humanos (Habitat I) de 1976 e designada Agenda Habitat II realizada em Is tambul no ano de 1996, promoveram o reconhecimento e proteção do direito à moradia, bem como, passaram a indicar as diretrizes para viabilizar o desenvolvimento dos assentamentos humanos.

Conforme entendimento global, o direito à moradia digna se refere não só à ocupação de um lugar no espaço, mas às condições que tornam este espaço um local próprio para habitação. Assim, é necessário que este ‘‘morar’’ esteja estruturado por condições mín imas e cercado de serviços públicos básicos, de modo a respeitar a dignidade humana. Sendo assim, este direito caracteriza-se de extrema importância para o exercício da cidadania que, uma vez garantido, acaba por contribuir também, para o acesso a outros di reitos fundamentais sociais como educação, saúde e lazer.

O Direito à Moradia foi expressamente instituído como Direito Fundamental Social através da Emenda Constitucional nº 26/2000 que o inseriu no artigo 6º da Constituição Federal de 1988. Ante sua dimensão positiva prestacional, exige a atuação ativa do Estado na composição de políticas públicas capazes de apresentar soluções para os problemas da regularização fundiária urbana e do acesso à moradia por todas as camadas da população.

Assim, cabe destacar que, com finalidade de viabili zar a implementação desse direito, houve a elaboração de vári os instrumentos normativos por parte do legislador pátrio com o propósito de facilitar o acesso à moradia e reduzir o déficit habitacional. Dentre eles, cabe destacar a Lei nº 10.257/01 (Es tatuto das Cidades), qual regulamenta os artigos 182 e 183 da Constituição Federal e estabelece as diretrizes gerais da políti ca urbana. A Lei nº 11.481/2007 que prevê medidas voltadas à regularização fundiária de interesse social em imóveis da União e a lei nº 11.977/09 que dispõe sobre o Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV) e a regularização fundiária de assentamentos localizados em áreas urbanas.

Contudo, em decorrência do desinteresse estrutural do Es tado na promoção de políticas habitacionais visando à implemen tação desse direito em melhores condições existe um choque de larga escala entre a letra da lei e a realidade social imposta.

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PICO DO JARAGUÁ | SÃO PAULO

edital 007/2021 CAU/SP

O projeto Alexios Jafet tem seu inicio em 2010 quando 3 en tendidades da sociedade civil de luta por moradia se unem para consquistar o direito básico à moradia digna. Ao longo dos anos e com a extinção do programa governamental Minha Casa Minha Vida Entidades, o projeto passou por muitas dificuldades financeiras o que atrasou em 3 anos sua conclusão. Apesar das adversidades, o projeto seguiu.

Com a abertura do edital 007/2021 financiado pelo Con selho de Arquitetura e Urbanismo do estado de São Paulo (CAU/ SP), foram selecionados 20 arquitetos e urbanistas para compor a equipe que atuaria na pós ocupação do empreendimento. E assim foi, foram 2 meses visitando a fase final da obra, entrevistando cada morador que se inscrevesse e pensando, juntos, a melhor forma de ocupar o que seria suas futuras casas. Todos os finais de sema na, nós, arquitetos e urbanistas de dentro e fora da cidade de São Paulo, atendemos as familias das 7h às 13h e no dia seguinte, en tregamos à eles uma planta base pensada para suas necessidades individuais.

Tanto os líderes da comunidade quanto o escritório Ambi ente Arquitetura, escritório de Acessoria Tecnica voltada a Habi tação Social e os arquitetos selecionados pelo edital acreditaram e acreditam nesse projeto como revolução, pois serão 1.350 familias em situação de vulnerabilidade que atraves de politicas afirmativas alcançaram a tão sonhada casa própria.

O projeto em si consiste no conjunto de 15 torres, cada uma com 15 andares com 6 apartamentos por andar. Os apartamentos foram pensados a priori com dois dormiórios sala de estar e jan tar conjugadas, cozinha e varanda, onde alguns apartamentos per mitem a divisão do segundo dormitório em dois, dependo da ne cessidade da familia. Todo projeto foi pensado em assembléia, junto aos futuros moradores e grande parte da obra construída em forma de mutirão, onde os próprios moradores se organizavam em frentes de trabalho para erguer os edifícios.

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ALEXIOS JAFET
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imagens: gabriella angelucci paineli

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