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Distribuição gratuita Ano IV - Nº 172 n Brasília, 30 de agosto a 5 de setembro de 2014
ONG do Jardim Ingá recicla a solidariedade
conflito existencial: um dia você terá isso
Nove voluntários da Corações Amigos produzem artesanato para arrecadar dinheiro para a construção de uma creche que atenderá 200 crianças do bairro de Luziânia-GO. Página 16
agnelo manda preservar o Drive-in
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Depois de ser afastado do governo em 2010 após a divulgação de vídeos comprometedores, o candidato do PR ao Buriti, José Roberto Arruda volta a ser gravado falando inconfidências. Nova produção foi feita na casa de Eri Varela e influiu no julgamento no TSE. Aliados já disputam a vaga na cabeça de chapa. O novo imbroglio levou o ministro do TSE, Gilmar Mendes, a chamar a política brasiliense de rastaquera. No Dicionário Informal do portal R7, o verbete significa rasteiro, fuleiro, pouca porcaria, tranqueira.
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Benedito domingos é perdoado pelo TJDFT e tem bens liberados Arruda tentou manter o ânimo da militância após mais a derrota no TSE: aliados estão de olho na sua vaga
pelaí Página 2 e 3
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x p e d i e n t e
Diretor de Redação Orlando Pontes ojpontes@gmail.com Diretor de Arte Gabriel Pontes redacao.bsbcapital@gmail.com Diretor Comercial Júlio Pontes comercial.bsbcapital@gmail.com Contato Publicitário Pedro Fernandes pedrinhoalegria@gmail.com Cel: 61-9618-9583 Impressão Gráfica Jornal Brasília Agora Tiragem 20.000 exemplares e
Distribuição Plano Piloto (sede dos poderes Legislativo
Executivo, empresas estatais e privadas), Taguatinga, Ceilândia, Samambaia, Riacho Fundo, Vicente Pires, Águas Claras, Sobra-
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Colorado/Taquari, Gama, Santa Maria, Alexânia / Olhos D’Água (GO), Abadiânia (GO), Águas lindas (GO), Valparaíso (GO), Jardim Ingá (GO) e Luziânia (GO).
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CARTAS
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Drive-In Sensacional a capa da edição 172 do Brasília Capital! O Cine Drive-In é um monumento histórico de Brasília e tem que ser respeitado pela população e, acima de tudo, pelo Governo do Distrito Federal, que não pode retirá-lo para ampliar um autódromo. Não vamos deixar que qualquer
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Pelai
Política
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rês deputados federais usavam de dinheiro público para pagar canais de sexo e futebol na TV fechada. Flaviano Melo (PMDBAC), José Airton (PT-CE) e Renato Molling (PP-RS) pediram desculpas, cancelaram as assinaturas e disseram não saber do uso do dinheiro. As faturas chegavam a R$ 432,35 por mês.
estrutura histórica da nossa cidade seja um mero terreno na visão dos empresários, que não olham nada além do dinheiro. nDaiana Brum – Taguatinga Bares de Águas Claras Não consigo acreditar que fecharam o Piratas e os outros bares que ficavam
“Esse ser desprezível, essa cobra, esse verme, que está banido da minha família como amigo, não vai nos destruir”. Deputada Jaqueline Roriz (PMN), solidarizando-se a José Roberto Arruda (PR), gravado em conversa informal na casa do advogado Eri Varela. As imagens foram divulgadas pelo site da Revista Época.
Rosso deleta Codeplan Ex-presidente da Codeplan e ex-governador biônico, Rogério Rosso (PSD) esconde essas duas passagens de sua vida ao se apresentar como candidato a deputado federal no horário eleitoral gratuito no rádio e na TV.
Melhor esquecer Não é difícil entender os motivos: na Codeplan, Rosso sucedeu Durval Barbosa e deu continuidade a todos os contratos firmados por aquele que viria a ser, tempos depois, delator do esquema revelado pela Caixa de Pandora. Como governador, fez uma gestão de tal forma desastrosa que o melhor para ele e para a população do DF é não lembrar mesmo.
Um vice de confiança Com um “currículo” assim, Rosso ainda tornou-se presidente regional do PSD. O partido tem 2 minutos de tempo na TV e usou esse cacife para assegurar a vaga de vice na chapa de Rodrigo Rollemberg (PSB). E coube a Rosso indicar seu pupilo Renato Santana, administrador de Ceilândia durante os nove meses de sua gestão.
ao seu lado. Frequentava muito aquele setor e não dá para entender como os moradores conseguem ser tão intolerantes com barulho como os de Águas Claras. Se não conseguem conviver em sociedade, por que não se mudam para uma fazenda bem distante da cidade? Os bares fechavam à meia-
noite em dias normais e às 2h nos finais de semana e já não tinham a permissão de colocarem música ao vivo há muito tempo. Águas Claras, uma das cidades mais jovens do Distrito Federal, perde um grande símbolo de sua juventude. Uma pena! nJadson Guimarães – Águas Claras
Política Campanha no parque O candidato do PSB ao GDF, Rodrigo Rollemberg, foi ao Parque de Águas Claras na segunda-feira (25) pedir votos enquanto os freqüentadores praticavam exercícios físicos. O clima foi de descontração. Na manhã de terça, quem percorreu a pista de cooper montado numa biciclieta foi Charles Kireibara (PTB). Candidato a deputado distrital e morador de uma chácara vizinha da área de preservação ambiental, ele gravou locações para suas páginas em redes sociais e para a propaganda na TV.
Cuidando da mãe Ex-presidente do BRB e candidato a deputado distrital, Edmilson Gama interrompeu sua campanha pela segunda vez nas últimas três semanas e foi para São Paulo acompanhar mais uma cirurgia de sua mãe.
Uma brizolista na CLDF Nascida em Taguatinga e ex-atleta do Sesi da cidade, Célia Romeiro (foto) tenta, pela primeira vez, uma cadeira de deputada distrital. Filiada ao PDT, ela é o que se pode chamar de brizolista histórica. Ao contrário de muitos dos atuais militantes do partido, Célia Romeiro assinou a ficha nos anos 1990 por acreditar nos projetos do velho caudilho. Especialmente os voltados para a educação. Entre eles, as escolas de tempo integral, uma das bandeiras que ela pretende empunhar caso chegue à Câmara Legislativa.
Elogios A cada semana acompanho a movimentação política de Brasília pelo Brasília Capital. Confesso que passei a me considerar muito melhor informada sobre os fatos que acontecem nos bastidores, nem sempre mostrados pelos outros jornais. Aguardo sempre ansiosa a publicação da próxima edição. nClarisse Vieira – Vicente Pires
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Administradores vão depor A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, Cidadania, Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Legislativa decidiu na terça-feira (26) que ouvirá 22 testemunhas no processo que apura suposta quebra de decoro parlamentar do deputado Benedito Domingos (PP), por envolvimento em fraudes de licitações públicas. As testemunhas serão os 22 administradores regionais da época das denúncias. Os depoimentos serão tomados num prazo máximo de 30 dias.
Alívio no bolso Nem tudo foi má notícia para Benedito. Na quintafeira (28), o TJDFT perdoou a condenação de perda dos bens (que somava R$ 6 milhões) e a multa civil que o deputado distrital havia sofrido. O parlamentar não mais precisará pagar esses valores, mas continua com os direitos políticos suspensos por dez anos e terá que pagar outra multa, referente aos danos morais causados, no montante de R$ 900 mil.
ERRAMOS A edição impressa da semana retrasada do jornal Brasília Capital saiu com a numeração errada, ao invés de 170, foi publicado como 169. Agora, está em circulação nossa edição 172, informando aos leitores do nosso material a razão de se ter pulado uma edição e pedimos desculpas por qualquer confusão ocasionada por esse detalhe.
Opinião
Cristovam Buarque (*)
Adotem o Eduardo As palavras só têm impacto político quando assinadas por líderes. Durante o velório de Eduardo Campos, representantes do Sindicato dos Professores de Timbaúba (PE), carregavam faixa com a frase: “No dia em que os filhos do pobre e do rico estudarem na mesma escola, o Brasil será o país que queremos. Ass: Eduardo Campos”. A afirmação mostra que ele era um candidato diferente. Primeiro, por acreditar em uma meta ambiciosa para o país, que os outros não imaginaram; segundo, por propor ideia que exige planejamento de longo prazo, recusado pelos candidatos; terceiro, por acreditar que o vetor do progresso está na educação de qualidade para todos. Tivesse vivido mais alguns dias, ele possivelmente apresentaria a estratégia de como seu governo iniciaria a construção deste Brasil, dizendo: “O meu governo adotará as escolas das cidades cujas prefeituras não disponham de recursos financeiros e humanos para oferecer educação de qualidade para todas as suas crianças. Desde que o pedido venha da cidade e o processo siga um ritmo definido pelo governo federal, de acordo com a disponibilidade de recursos financeiros e humanos”. Para essas cidades, enviaria professores de uma Carreira Nacional com bom salário, selecionados com rigor, comprometidos com dedicação exclusiva e sujeitos a avaliações periódicas. Construiria escolas confortáveis e as equiparia com o que há de mais moderno em tecnologia da informação para a área pedagógica. Faria com que todas as escolas tivessem um regime de aulas em horário integral. E diria que o custo desta revolução seria de R$ 9.500 por aluno por ano, comparado com os atuais R$ 3 mil. Em 20 anos, supondo crescimento de apenas 2% ao ano para o PIB, o custo total para todas as escolas de todas as cidades ficaria em 6,6% do PIB atendendo os 46 milhões de alunos estimados para 2034. O sonho de Eduardo Campos poderia ser realizado e ainda deixariam livres 3,4%, dos 10% do PIB, previstos pela Lei nº 13.005/14 do PNE para outros gastos com educação. Sua frase contém um sonho possível para a riqueza e a capacidade técnica do Brasil. Sua realização exigiria um presidente com visão de longo prazo, capacidade de diálogo e articulação para construir a base política necessária. Sua morte deixou órfãos todos que sonham e acreditam nessa proposta e a vêm como o caminho para construir “o Brasil que queremos”. Mas um líder político não morre, ele entra na História, deixando seus sonhos e suas propostas para que outros continuem sua luta. Neste ano de 2014, seria bom se algum ou alguns dos candidatos aceitassem carregar a bandeira do Eduardo Campos exposta na faixa durante seu velório. Se, como parece provável, nenhum deles se sensibilizar, por não acreditar no sonho, considerá-lo inviável ou não o desejar por preferir manter a educação como um privilégio dos que podem pagar por ela, o Brasil não desistirá, esperará por outro candidato que, no futuro, adote o Eduardo, porque a bandeira continuará viva mesmo depois de sua morte.
(*) Professor da UnB e senador pelo PDT-DF.
Política
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Arruda ainda resiste Derrotado no TSE, candidato do PR garante que vai às últimas instâncias. Aliados já disputam a vaga Orlando Pontes
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“política rastaquera de Brasília” – como definiu o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal – produziu mais um episódio grotesco na semana que passou. Depois de ser afastado do cargo de governador, em 2010, em função da divulgação de imagens em que aparece recebendo dinheiro das mãos do delator do escândalo da Caixa de Pandora, Durval Barbosa, o ex-governador José Roberto Arruda (PR) caiu novamente na mesma armadilha. Convidado para uma reunião na quinta-feira (21) na casa do advogado Eri Varela, um aliado histórico de
Durval, Arruda esparramou-se numa cadeira para degustar doces trazidos de Fortaleza (CE) pelo anfitrião. Instigado por Varela, passou a debulhar suas expectativas em relação ao julgamento a que se submeteria no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Entre uma mordida e outra na guloseima, previu que não teria vida fácil na Corte superior. Suas esperanças eram maiores na anulação pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) da condenação em segunda instância por improbidade administrativa, no TJDFT, do que em reverter a condenação imposta pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE), onde perdeu o direito de registrar sua candidatura para participar da disputa pelo Palácio do Buriti. O encontro, aparentemente, em
nada ajudaria o candidato do PR. Eri Varela não se prontificou, durante a conversa, a mover uma palha a seu favor e tampouco sugeriu qualquer ação que pudesse contribuir na defesa de Arruda. Mas, se não ajudou, certamente atrapalhou. E muito. Formado na escola durvalina, o advogado instalara duas câmeras de vídeo no ambiente. Gravou tudo. E, a exemplo do seu mestre, tornou público um encontro particular. A fita foi entregue à sucursal de Época em Brasília e foi publicada na terça-feira (26) no site da revista. Era exatamente a data do julgamento no TSE. Os magistrados entraram no plenário sabendo o que o réu achava de cada um deles. E o resultado não poderia ser outro: por 6 votos a um, os ministros confirmaram a sentença do Tribunal Regional. Levando na boca o sabor amargo de mais uma batalha perdida na Justiça e de outra traição inesperada, Arruda convocou aliados, assessores e militantes para uma reunião, na quarta-feira (27) à tarde, no comitê de campanha do PR, na Colônia Agrícola Samambaia, às margens da EPTG. Como de outras vezes, anunciou que, mesmo ferido de morte, seguirá na guerra pelo direito de concorrer ao pleito de 5 de outubro, consciente de que a próxima e última batalha será no Supremo Tribunal Federal (STF). Enquanto ela não chega, pediu empenho a todos para continuar indo às ruas pedir votos aos brasilienses, de forma a continuar liderando as pesquisas que o apontam como favorito a suceder o atual governador, Agnelo Queiroz, do PT. E até o fechamento desta edição não havia surgido nenhum outro vídeo revelando o que espera Arruda em relação ao pronunciamento dos ministros da mais alta Corte do País...
Substituto Integrantes da coligação União e Força (PR, PTB, DEM, PRTB e PMN), mesmo torcendo pelo seu cabeça de chapa, já discutiam abertamente na quinta-feira (28) a possível troca de candidatos. O senador Gim Argello (PTB), que tenta a reeleição, é um dos mais animados a ficar com a vaga de Arruda. E conta com a simpatia de um dos mais influentes coordenadores da campanha, o presidente do PRTB, exsenador Luiz Estevão. Pessoas próximas a Arruda dizem, no entanto, que, caso precise mesmo se afastar, ele preferiria passar o bastão para o ex-deputado Alberto Fraga (DEM) ou à sua esposa, Flávia Arruda. No clã rorizista há uma torcida pelo vice na chapa, ex-deputado Jofran Frejat (PR) ou pela filha caçula do ex-governador, deputada distrital Liliane Roriz (PRTB). Quem também não perde a esperança de herdar o espólio eleitoral de Arruda é o candidato do PSDB, deputado federal Luiz Pitiman, que chegou a enviar vários sinais de solidariedade ao adversário. Sugere, por exemplo, que entre os candidatos, apenas ele e Arruda têm condições de constituir uma frente de direita para enfrentar as esquerdas, que estão divididas entre as candidaturas de Agnelo Queiroz (PT), Rodrigo Rollemberg (PSB), Toninho Andrade (PSol) e Perci Marrara (PCO).
Política
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Missão brasileira vai a Moçambique Anceabra leva empresários ao país africano em novembro Ray Cunha
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uas dezenas de empresários brasilienses e goianos, além de técnicos dos governos federal e do Distrito Federal, do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e da academia partem para Moçambique em missão empresarial de 15 a 20 de novembro, em Maputo, a capital, e Tete. O grupo será liderado pelo presidente da Associação Nacional de Empresários e Empreendedores Afro-Brasileiros (Anceabra), João Bosco Borba, consultor do mercado africano, membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social da Presidência da República. Para tratar do assunto, foi realizada terça-feira (26), na embaixada de Moçambique, no Lago Sul, reunião entre o embaixador, Manuel Tomás Lubisse, assessores, João Bosco Borba, empresários e técnicos do governo federal e da academia. Lubisse enfatizou os laços históricos e culturais entre Brasil e Moçambique, e a estabilidade democrática do seu país, juntamente com o sentimento de nação do povo moçambicano, o que oferece ambiente seguro para investidores, no contexto de um mercado consumidor crescente. A missão reúne pequenos e médios empresários, nas áreas de agricultura, especialmente a familiar; construção da casa própria e de hotéis; tratamento de lixo; turismo; e educação (a Universidade Paulista – Unip integra a missão), principalmente ensino técnico, com a perspectiva de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), tendo como agente financeiro o Banco do Brasil.
João Bosco Borba, da Anceabra, e o embaixador Manoel Tomás Lubisse O embaixador explicou que em seu país uma empresa chega a ser aberta em apenas um dia, graças ao sistema batizado de Balcão Único, órgão que congrega todas as instituições para a abertura de empresas. Segundo ele, o mercado moçambicano está integrado num bloco econômico de 14 países da África subsaariana, com 300 milhões de habitantes. O principal interesse dos moçambicanos é em investimentos em agricultura familiar, habitação, cursos técnicos e tratamento de resíduos sólidos (lixo). Lubisse manifestou o desejo de que o Sebrae passe a atuar em seu país e de que a academia brasileira ajude na instalação de uma incubadora de empresas. “Moçambique e a África subsaariana são a nova fronteira agrícola do Brasil”, profetizou João Bosco Borba, profundo conhecedor de África e do potencial técnico e tecnológico brasileiro. O PAÍS – A República de Moçambi-
que debruça-se para o oceano Índico, no sudeste da África, fazendo fronteira com Tanzânia, Malawi, Zâmbi, Zimbabwe, Suazilândia e África do Sul. A capital, Maputo, é a maior cidade do país. Originalmente, a região foi povoada por bantos, e, mais tarde, por árabes, até a chegada dos europeus, desde Vasco da Gama, em 1498. Em 1505, a região foi anexada ao Império Português. Após mais de quatro séculos de domínio lusitano, Moçambique se tornou independente em 1975, mergulhando, dois anos depois, em guerra civil, até 1992. Em 1994, foram realizadas as primeiras eleições multipartidárias. Moçambique conta com ricos e extensos recursos naturais. África do Sul, Portugal, Brasil, Espanha e Bélgica são os mais importantes parceiros econômicos do país. A população, cerca de 24 milhões de pessoas, é composta predominantemente por povos bantos, e metade dos moçambicanos comunica-se pela língua portuguesa.
Rentabilidade do BRB cai em 2014 Os indicadores de rentabilidade do Banco de Brasília (BRB) apresentaram redução no primeiro semestre de 2014 em comparação ao mesmo período do ano passado. O Retorno sobre o Patrimônio Líquido Médio (ROAE) encerrou o semestre em 7,54%, , o que significa 4,6% inferior ao alcançado em 2013. O Retorno sobre o Ativo Total Médio (ROAA) fechou o período em 0,69%, inferior 0,39 pontos percentuais ao realizado no ano anterior. Quanto aos indicadores de liquidez, a evolução patrimonial do BRB consolidado (ativo total/ passivo) preservou Índice de Liquidez Geral praticamente estável quando comparado ao mesmo período do ano anterior. Em 2013, a relação entre ativo total e passivo foi de 1,101, enquanto em 2014, a relação aumentou para 1,105, evidenciando uma situação positiva na estrutura patrimonial da Instituição. No que tange à Liquidez Imediata, a queda nos ativos de liquidez do Conglomerado em 16,71% e o aumento do saldo dos depósitos à vista em 8,02% impactaram o índice, com queda de 15 p.p. em relação ao mesmo período de 2013. Apesar da queda, a estrutura patrimonial de liquidez imediata evidencia uma relação positiva entre os ativos e passivos. Com relação aos indicadores de eficiência do Conglomerado, pode-se observar a melhora no índice de eficiência tarifária, impactado principalmente pelo aumento das receitas de prestação de serviços. Os números alcançados na primeira metade de 2014 indicam que 69,87% da folha de pagamento foi coberta por receitas de prestação de serviços, enquanto em 2013 o percentual foi de 64,88%.
Política
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Cine Drive-In vive. E não será demolido para dar lugar à expansão do autódromo Nelson Piquet, onde será disputada uma etapa da Fórmula Indy em 2015. A preservação do espaço foi decidida pelo governador Agnelo Queiroz e anunciada na segunda-feira (18) pelo secretário Cláudio Monteiro. A licitação para a obra no autódromo, estimada em R$ 150 milhões, foi adiada. A possibilidade de derrubada do Drive-In foi noticiada em primeira mão na quarta-feira (13) pelo portal www.bsbcapital.com.br, baseado no abaixo-assinado Iniciado pelo Movimento Urbanistas por Brasília. O grupo pede a análise e aprovação do Projeto de Lei 1608/2013, da deputada distrital Luzia de Paula (PEN), que torna o local patrimônio cultural material do Distrito Federal. A notícia do portal sustentou a manchete “Salvem o Drive-In” da edição 171 do jornal Brasília Capital, que circulou no sábado (16). À matéria somou-se um artigo do editor Orlando Pontes, sob o título “Respeitem a nossa História”, defendendo a preservação do espaço, por sua importância para a memória da capital da República. Na segunda-feira (18), pouco antes do pronunciamento de Cláudio Monteiro em nome de Agnelo Queiroz, o Movimento Urbanistas por Brasília divulgou um balanço de que o abaixo-assinado em defesa do DriveIn atingira a marca dos 5 mil signatários. E a adesão à iniciativa continua pelo site até que se atinja a meta de 15 mil assinaturas. “O abaixo-assinado conti-
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Vitória de Brasília
Agnelo Queiroz determina preservação do Cine Drive-In
Sensível às manifestações da sociedade civil organizada, o governador Agnelo Queiroz determinou o cancelamento da licitação do autódromo e a preservação do Cine Drive-In. O Brasília Capital teve papel importante na luta
nuará no ar. Nossa posição é que haja uma maior garantia da preservação do lugar, seja com a aprovação do Projeto de Lei declarando a importância do Cine Drive-in e a publicação de um Decreto do GDF nesse sentido, ou pela apresentação do projeto definitivo da reforma do autódromo ratificando a preservação do espaço”, disse Cristiano Nascimento, que administra a página do grupo no Facebook.
Importância - O monumento será retratado na 47ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro na ficção “Último Cine Drivein”, de Iberê Carvalho. Nela, o público poderá conferir a história de Marlombrando, que vai encarar mudanças em sua vida ao reencontrar o cinema prestes a ser demolido. O espaço também é tema do documentário “Cine Drive-in - Cinema Sob o Céu”, de Claudio Moraes.
Serviço Em cartaz, o filme “Planeta dos Macacos: O Confronto”, com sessões sábado (30) e domingo (31), às 21h, e “Aviões 2: Heróis do Fogo ao Resgate”, nos mesmos dias, às 19h30. Os ingressos custam R$ 18 (inteira) e R$ 9 (meia), de segunda-feira a quinta-feira. Nos finais de semanas e feriados, a inteira custa R$ 20 e a meia R$ 10. Estudantes, idosos e crianças (até 10 anos) pagam meia-entrada. Mais informações: (061) 3273-6255) ou no site (www.cinedrivein.com).
Política
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Entrevista / Eduardo Brandão Por Orlando Pontes Gustavo Goes
Um verde na Câmara Candidato do PV-DF a deputado federal defende conciliação entre desenvolvimento e preservação
O
engenheiro civil Eduardo Brandão, 54, é militante do Partido Verde há 23 anos. Ele vive a ideologia do PV desde que começou a participar de movimentos históricos, como o abraço à Lagoa, no Rio de Janeiro. Em 2010, foi candidato ao Governo do Distrito Federal e este ano, por orien-
BC - Em campanhas passadas, o sr. foi candidato a outros cargos e a governador em 2010. Por que concorrer a federal? EB - Eu sempre me pauto pelo projeto partidário e, principalmente, pelo projeto nacional. Hoje, a grande meta do PV é conseguir, no mínimo, dobrar nossa bancada. Elegemos 14, mas três deles saíram
tação do comando nacional da legenda, disputa uma das oito cadeiras de Brasília na Câmara dos Deputados, com 36 candidatos a deputado distrital o apoiando, entre eles o Professor Israel, que tenta a reeleição. Nesta entrevista ao Brasília Capital, Brandão fala de preservação ambiental, desenvolvimento sustentável e da aliança com o PT do governador Agnelo Queiroz.
para fundar novos partidos. Então, entendemos que é necessário aumentar a nossa representatividade no Congresso Nacional, até porque a mudança majoritária é como se você mudasse só a cabeça. Se mudar só a cabeça e mantiver o mesmo corpo doente, pode até pensar melhor, porém vai executar do mesmo jeito. Acreditamos que a
mudança do Brasil passa por um novo Congresso, comprometido com as causas importantes e com as grandes reformas que o país necessita. BC - Qual o eixo da sua plataforma de trabalho, caso se eleja deputado federal? EB - Temos três grandes reformas em discussão. A reforma po-
lítica é uma delas. O modelo atual está falido. Por mais que o deputado queira realizar, fica muito complicado, porque acaba trabalhando em cima dos processos de votar medida provisória. Hoje o Executivo manda uma medida provisória para o Congresso, tranca a pauta, começa a discussão, aí vem tem todo tipo de lobby e passa a medida provisória. Com isso, as grandes discussões muitas vezes não prosperam. BC - Quais as outras duas? EB - A segunda é reforma tributária, também muito necessária e urgente. Sou da iniciativa privada e sei que a carga tributária para o pequeno e médio empresário e empreendedor brasileiro é absurda. O brasileiro é o empresário e empreendedor que mais sofre no mundo. Os grandes empresários não sofrem tanto por conseguir embutir os custos e repassá-los. Sempre falo que o pequeno e médio empreendedor no Brasil é um empregado sem renda e sem nenhuma garantia. BC - Qual a solução para isto, na sua opinião? EB - Só sei que não dá pra colocar todo mundo na estrutura de governo. Vamos estatizar tudo? Isso é o fim. Vejo isso refletido na juventude. O grande objetivo dos jovens é passar em um concurso, em busca de garantias e estabilidade. Mas isso, para o país, é perder grandes valores e talentos. Estamos canalizando tudo para essa questão e inchando a máquina. Aí não temos investimentos e perdemos os talentos dos jovens empreendedores. Enfim, é outra reforma que vemos como urgente. BC - E a terceira? EB - Sem dúvida, a do Judiciário. Hoje a gente não consegue visualizar o limite entre um poder e outro, principalmente a influência do Executivo sobre os outros poderes. Penso que a próxima
Política 8/9 n Brasília, 30 de agosto a 5 de setembro de 2014 - redacao.bsbcapital@gmail.com
Entrevista / Eduardo Brandão Legislatura tem que ter, no primeiro ano, o compromisso de abrir o processo de uma Constituinte. Já conversei com alguns juristas e eles me falam que não há uma Constituinte exclusiva. Creio que alguns avanços aconteceram na Constituição de 1988 e eles têm que ser mantidos. Muitas vezes falam que a Constituinte é um retrocesso, mas essa é a conversa do status quo que está aí estabelecido. Sou a favor do mandato de cinco anos para o Executivo, sem reeleição. Para deputado federal, dois mandatos consecutivos seria o máximo. E a suplência de senadores é uma vergonha. Vemos parlamentares sem votos, que, geralmente, bancaram a campanha daquele que tem voto. BC - Como evitar isso? EB - Sou a favor do financiamento público de campanha. É lógico que existe um lobby da população que acha que vai gastar mais dinheiro com político. Esse é o primeiro sentimento da população e eu acho correto, mas ela precisa entender que precisamos caminhar por um processo transparente e que, depois, fica muito mais barato para a população. É um investimento. BC - Mesmo entendendo que não dá para mudar a cabeça sem renovar o corpo, o PV lançou candidato a presidente da República. EB - Nós apresentamos um excelente candidato, com um currículo fantástico, com conhecimento nas questões de sustentabilidade e ambientais. Mas sabemos que esse projeto é para nos mostrarmos e fortalecer nossas bandeiras. O básico para o primeiro turno seria que cada partido oferecesse à população o seu projeto e os dois melhores fossem para o segundo turno. Mas na realidade isso não acontece. Até por uma falta de estrutura e de espaço de mídia. O tempo de tevê é leonino, onde muitos partidos não têm chances. Esse critério tem que ser profundamente discutido. Para não ser incoerente, devo
dizer que lutamos contra a cláusula de barreira, que era de 5%. BC - É razoável a existência de mais de trinta partidos? Existem 33 correntes ideológicas? EB - De fato, não existem 33 correntes ideológicas. Mas não é só uma questão de número e nem só de ideologias. Temos que fazer uma discussão ampla no Congresso, com a sociedade, em audiências públicas, e buscar o que temos de inteligência, absolutamente dispersos pelas nossas cidades. BC - No plano nacional o PV tomou rumo próprio. Porém, no DF ficou na coligação do PT. O que levou o partido a esta opção? Como está a campanha do Agnelo? Como vê os altos índices de rejeição à gestão dele? EB - Quando acabou o primeiro turno da eleição de 2010, fiquei muito honrado por ter quase 8% dos votos para governador, em uma campanha que o partido inteiro gastou R$ 300 mil. Tínhamos três caminhos: apoiar Agnelo; apoiar dona Weslian; ou simplesmente ficar neutros. Nunca houve a possibilidade de estarmos na coligação da dona Weslian, pela trajetória política e história do PV. Ficar neutro significava falar para os 8% da população que votaram no PV que sairíamos do jogo. Então, fizemos uma carta de compromisso com o governador Agnelo e ele se comprometeu com as questões de sustentabilidade e ambientais no Distrito Federal. BC - Ele cumpriu todas? EB - Lógico que nem tudo é possível. Mas ele foi coerente e honrou esse compromisso. Passados três anos e meio, não seria coerente e nem ético nós virarmos as costas e lançarmos outra candidatura, ou estarmos em uma outra coligação. Existia um compromisso neste sentido, que foi muito importante para o PV, pois no DF ele foi uma oposição sem voz durante muitos anos. Durante o pe-
ríodo em que havia uma polaridade entre Roriz e PT, nós tínhamos “algo de esquerda”, de oposição aos governos Roriz. Então, não tinha o menor sentido estarmos em outro processo. Na Secretaria do Meio Ambiente, fomos eficientes e éticos. Isso se reflete em todas as políticas. Entendo que a população dá esse retorno com muita força, porque, se voltar antes de 2010, a pauta ambiental praticamente não existia no DF, pouco se discutia. BC - O sr. não considera a Sematec, criada em 1991 pelo ex-governador Roriz, e dirigida pelo jornalista e ambientalista Washington Novaes, como um marco da pauta
Não seria coerente e nem ético nós virarmos as costas e lançarmos outra candidatura, ou estarmos em uma outra coligação” ambiental no DF? EB - Sem dúvida. Eu quero dizer que não foi na amplitude que o processo merece. Não quero dizer que os que militaram na área ambiental no DF não fizeram nada. Reconhe-
ço que fizeram muito. Até porque o carro-chefe, na nossa gestão é um programa intitulado “Brasília Cidade Parque”, que era o conceito de Lúcio Costa, que pensou Brasília como um grande parque. E o que fazer com os nossos 72 parques e 20 Unidades de Conservação, todos jogados ao Deus dará, à própria sorte? Nós só temos 72 parques e 20 UCs porque os que vieram antes os criaram e delimitaram essas áreas. Por isso, aqui eu presto uma homenagem a todos que militaram nessa área. Nós assumimos e recriamos a Secretaria do Meio Ambiente, porque ela tinha sido extinta – isto mostra a importância que tinha a área ambiental – e sido absorvida pela Secretaria de Urbanismo, a antiga Seduma. Então, quando foi recriada a Secretaria, nós tínhamos esse desafio de transformar esse legado em algo real para a sociedade. Este é um processo que nós temos muito orgulho, porque o programa Brasília Cidade Parque é inovador, não só no DF, como no Brasil. Quando assumimos a Secretaria, tínhamos R$ 1,5 milhão de recursos para os 72 parques e 20 UCs no ano inteiro. Ou seja, nada. BC - Como são essas parcerias com a comunidade e as medidas de compensação ambiental adotadas pelo atual governo? A sensação é de que as construtoras aterram nascentes, agridem a natureza e, depois, plantam algumas mudas e fica tudo bem... EB - Foi exatamente isso que a gente colocou como a grande questão. Foi isso que passou a ser um modelo para Brasília e mais de sete estados vieram nos visitar, e eu fui visitar e fazer palestras para mostrar o que Brasília estava fazendo. Primeiro, porque é normal, em todos os estados brasileiros investimentos baixíssimos em questões ambientais. Nossa sociedade ainda carece do básico, como saúde, educação, transportes e segurança. Ou seja, os grandes te-
Chamei muitos empreendedores grandes e falei que seria 1,5% que teria que pagar, e isso seria muito mais barato que qualquer propina, que, porventura, ele pudesse estar pagando”. mas, que afligem as pessoas naquele momento, acabam consumindo todos os recursos de investimentos. E pouco sobra para o ambiental. Esses desafios estão sendo vencidos por uma gestão inovadora. Pegamos esse mecanismo de compensação ambiental e florestal, normatizamos e o aplicamos de imediato. Começa no conceito básico do poder do pagador e nós aplicamos isso de uma forma muito forte. Quando é feito um empreendimento que causa impacto ao meio ambiente, e muitas vezes é necessário, você tem um cálculo da compensação ambiental que é feito na hora de tirar a licença ambiental. BC - Essa cobrança é efetiva. As construtoras de fato pagam as taxas? EB - Sem dúvida. Fizemos todos esses cálculos nos empreendimentos e passamos a cobrar. Cobramos isso para que não tivesse a possibilidade de o empreendedor pagar para os cofres públicos e o dinheiro caísse no orçamento e se perdesse. Nós calculamos o empreendimento com um menu de serviços que precisava fazer naquelas áreas de conservação. Então, eles não pagam aos cofres públicos e executam os serviços nessas UCs. Quando acaba, fazemos uma auditoria para ver se o valor investido é coerente com o valor da compensação e se foi feito corretamente. Com isso, saímos de R$ 1,5 milhão orçamentários contingenciados – porque nunca nem recebemos – e hoje temos investimentos nos nossos parques e Unidades de Conservação de R$ 100 milhões, tudo vindo da iniciativa privada. Criamos uma estrutura de Câmara de Compensação Ambiental, formada por dez pessoas, 80% servidores de carreira, técnicos ambientais. BC - E que tipo de investimento passou a ser feito nessas UCs? EB - O conceito da implantação dos parques foi de criar alguns equipamentos, nada mega, mas que fizessem que a população usufruísse des-
se parque, mesmo quando ele tem mais restrições. A gente sempre busca achar um espaço para a população desempenhar a prática esportiva. Todo conceito começa assim. Chamamos de cerco horizontal, que é uma pista de Cooper ou de caminhada, no perímetro da área do parque. Quando a pessoa começa a andar, sabe que, para dentro da pista, é parque, para fora, não. Então, ela começa a cuidar do parque. Se vê uma invasão, como vários parques sofreram invasão, o usuário é o primeiro a delatar. Quando vê jogar lixo, é o primeiro a nos chamar. BC - Então, a ideia é de que a comunidade assuma a preservação das UCs? EB - Exatamente. Esse é um conceito construtivo. Aí a gente constrói um PEC (Ponto de Encontro Comunitário), uma sede. Cada parque foi desenvolvendo suas próprias características. BC - O governo também é obrigado a fazer essas compensações? EB - Claro. O Estado também tem que pagar. É interessante que quando uma empresa tem que pagar uma compensação ambiental, ela entra no programa Brasília Cidade Parque, paga e executa no parque, como expliquei. Mas ela pode usar isso no seu institucional, passa a ser parceira do meio ambiente e daquele parque. Nós fomos muito rigorosos nisso. Havia um empreendimento em Taguatinga embargado e já vendido. Imagine o nível de pressão que sofremos. O mesmo ocorreu em Sobradinho e no Riacho Fundo. Implantamos um parque dentro da Cidade Estrutural, numa compensação florestal da Inframérica, que fez o aeroporto. Ali, formamos um tripé da sustentabilidade, que tem o social, o ambiental e o econômico. Teve ainda o Parque Dom Bosco, que a Inframérica revitalizou e está um espetáculo. Hoje, temos dentro do parque, além da Ermida, uma capela do Oscar Niemeyer,
uma sede com espaço para casamento, com vista para o lago. Também implantou o parque do Riacho Fundo I. BC - Pelo visto, a Secretaria deu um drible na burocracia do GDF.... EB - Quando começamos essa compensação ambiental, enfrentamos uma dificuldade muito grande. O empreendedor falava: “tem que pagar mais isso”. Mas isso gira em torno de 1,5% do valor do empreendimento. Eu falo que tem que ter diálogo e gestão com a porta aberta. Chamei muitos empreendedores grandes e falei que seria 1,5% que teria que pagar, e isso seria muito mais
Para nós, a defesa da família é defender a qualidade de vida do cidadão e ter melhoria nas condições do Estado” barato que qualquer propina, que, porventura, ele pudesse estar pagando. Aqui não tem propina. É jogo de ganha-ganha. Por ser construtor, ele está pagando ao meio ambiente com o preço de custo dele. Tivemos rea-
ção. Mas num determinado momento eu plantei na mídia: quem não quiser pagar não tem problema, mas nós vamos fazer um cadastro ambiental, e quem não estiver em dia com as compensações, não vai entrar com outro empreendimento aqui. No dia seguinte, fez fila. BC - Uma fatalidade levou à morte Eduardo Campos, um socialista, cuja substituta, Marina Silva, é ambientalista. Como o sr. vê o debate da visão ambiental de Marina com a do PV? BC - Na questão da área ambiental, a nossa agenda e a de Marina são absolutamente convergentes. Outras agendas nos afastaram um pouco. BC - Além do Código Ambiental, também discute-se o ambientalismo urbano... EB - O ambientalismo urbano é nosso grande desafio. Não vamos conseguir conviver nesses imensos formigueiros que estão se formando, sem ter a organização das saúvas. Como vamos fazer isso? Com a política de vender carro e financiar automóvel para todo mundo? Não é. Isso não é cidade sustentável. O conceito básico de cidade-sustentável é aquela cidade onde você mora, tem lazer e estuda perto de sua casa. Hoje, o cidadão de Brasília e dos grandes centros do Brasil, e dos BRICS, perde quatro horas por dia no deslocamento casa-trabalho-casa. Aí, ele trabalha oito horas, com mais duas de almoço. Admitamos que o cidadão durma de sete a oito. Então só sobram de duas a três horas para ele cair em cima de uma poltrona, quase morto, ligar a televisão e fingir que é um zumbi. Não dá tempo para namorar e nem para estudar. Aí os políticos tradicionais saem em defesa da família. Ora, para nós, a defesa da família é defender a qualidade de vida do cidadão e ter melhoria nas condições do Estado, porque aí a família vai conseguir, no mínimo, se encontrar. Hoje, não se encontra.
Cidades
10 n Brasília, 30 de agosto a 5 de setembro de 2014 - redacao.bsbcapital@gmail.com
GUARÁ
gabriel Pontes
GAMA
Reivaj Orafla
BRT às moscas Na sexta-feira (22), nosso leitor Reivaj Orafla fotografou a situação das paradas do BRT no horário das 17h30, quando já deveria estar bem movimentado. “Isso não é inovação nenhuma”, alerta ele. Tatiana Nunes, compartilhando da indignação de Reivaj, afirma que “o BRT deve ter sido feito para os turistas, porque nunca ajudou os moradores, muito pelo contrário”.
Maratona do metrô à rodoviária Explosão no Conjunto Nacional deixa dois feridos Uma explosão na estação transformadora da Companhia Energética de Brasília, segundafeira (25), no subsolo do Conjunto Nacional, provocou ferimentos em dois funcionários da empresa. Um deles teve 90% do corpo queimado. O incidente também causou o desligamento de energia em parte da Asa Norte e na área central de Brasília. Os dois trabalhadores foram socorridos pelos bombeiros e encaminhados ao Hospital Regional da Asa Norte (Hran). A companhia informou está prestando assistência aos trabalhadores e seus familiares.
TAGUATINGA
Divulgação
Para visitar seus parentes em Unaí-MG, Dona Ninuca vai de metrô com seu genro Paulo Silva até a estação Shopping, de onde segue a pé até a rodoviária interestadual para embarcar no ônibus que à leva à cidade mineira. Dona Ninuca, que tem 80 anos, reclama da distância entre o metrô e o terminal rodoviário. Segundo ela, são inúmeras ladeiras e escadas que ela precisa superar, carregando mala e bagagens. A queixa de Dona Ninuca é comum nos arredores da rodoviária. A grandeza do terminal e as longas distâncias incomodam até os passageiros mais novos, como Luciana Trindade (foto).
distrito federal
Licenciamento 2014 começa em outubro A partir de 1° de outubro, os condutores devem portar o Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV) de 2014, informa o Detran. Os prazos de vencimento da taxa de licenciamento, conforme o número final da placa de identificação de veículo, terminaram entre os dias 16 e 24 de junho. Até o momento, 652.131 veículos já estão licenciados, mas ainda restam 825.050 sem o licenciamento deste ano. Segundo a legislação, além do pagamento da taxa de licenciamento anual, do
IPVA e do DPVAT, o motorista precisa quitar os débitos de multas vencidas para receber o CRLV de 2014. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), conduzir veículo que não esteja devidamente licenciado é infração gravíssima, com multa de R$ 191,54, sete pontos na CNH e remoção do veículo. Mesmo que o veículo esteja licenciado, não portar o documento também é considerado infração. Neste caso, o CTB prevê multa de R$ 53,20 e três pontos na CNH.
Esquecida até pela reforma A QNL tem recebido da Administração de Taguatinga várias obras de revitalização. Foram feitas roçagens, poda de árvores, recapeamento de algumas vias e iluminação de outras que ainda viviam no escuro. Portanto, a quadra poliesportiva localizada entre a 21 e a 23 não parece nem perto do ideal. Segundo o morador Nivaldo Junior “há muitos anos a quadra não recebe manutenção”. Crianças, jovens e os alunos da Escola Classe 46 são os mais prejudicados com o estado do local. Segundo a Administração, a obra faz parte do projeto de revitalização e deve acontecer em breve.
Cidades
11 n Brasília, 30 de agosto a 5 de setembro de 2014 - redacao.bsbcapital@gmail.com
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Crônica Fernando Pinto*
O Rei que estava faltando
A problemática do lixo urbano João Batista Pontes (*)
H
á pelo menos três décadas, o Brasil luta para organizar a problemática relacionada aos resíduos sólidos urbanos, na busca de eliminar os “lixões”, locais onde o lixo é depositado sobre o solo, sem nenhum cuidado com os graves danos ambientais e sociais que esta prática acarreta: poluição do solo, do ar, das águas superficiais e do lençol freático. A questão do lixo é muito complexa e o seu adequado equacionamento exige atitudes corretas de todos os geradores e gestores: cidadãos, empresários, governos municipais, estaduais e federal. O aterro sanitário, ainda que não seja uma solução definitiva, mitiga substancialmente os problemas ambientais, uma vez que são adotados mecanismos técnicos para evitálos, tais como: forro de manta impermeável para evitar a contaminação do solo e das águas pelo chorume e permitir o seu tratamento; captação e queima do gás metano – ou até
mesmo o seu aproveitamento para geração de energia, nos aterros de maior porte. Em 2010, após um longo período de debates e esforços para conscientização da população, dos empresários e dos governantes quanto à premente necessidade de se solucionar os problemas do lixo urbano, foi legalmente instituída a Política Nacional de Resíduos Sólidos por meio da Lei nº 12.305/2010. A Lei previa um prazo para o fim dos lixões no Brasil – 2 de agosto de 2014 -, além de definir diversas outras ações, como a implantação da reciclagem, reuso, compostagem, tratamento do lixo e coleta seletiva. Vencido este prazo, verifica-se que poucos avanços foram conseguidos. Em mais da metade dos municípios brasileiros, a destinação final do lixo urbano ainda está sendo feita nos “lixões”. E o mais vergonhoso exemplo é o de Brasília, que possui ainda em operação o maior da América Latina – o lixão da Estrutural. Transparece a necessidade de uma profunda reanálise
da questão, com o diagnóstico dos principais entraves que impediram a concretização dos objetivos almejados pela Lei, uma vez que é inadmissível a convivência com os problemas originados pela gestão inadequada de toda a problemática relacionada com a produção, coleta, transporte, tratamento e destinação final dos resíduos sólidos urbanos. Os prefeitos alegam falta de recursos e de capacidade técnica para a implantação de aterros sanitários e demais ações preconizadas pela Lei, o que pode ser real, em muitos casos. No entanto, há muito de falta de consciência e vontade dos governantes para melhorar, pelo menos parcialmente, essa questão, especialmente no caso de Brasília que, na condição de capital federal, deveria ser exemplo para as demais cidades. Sem dúvida, sobram-nos recursos e capacidade técnica. Mas falta muita vontade política. (*) Geólogo e consultor legislativo inativo do Senado Federal
O médico Roger Abdelmassih, 70, ocupou as manchetes dos jornais locais e internacionais quando foi preso, em janeiro de 2010, por ter cometido 56 estupros contra 39 jovens senhoras casadas, que sonhavam em ter filhos, engravidando por meio de um sistema científico de fertilização, a especialidade do acusado, que à época ficara famoso como o “Papa da reprodução assistida”. Condenado em outubro do mesmo ano a 278 anos de cadeia (record mundial), por mais incrível que pareça, o Doutor Vida, como também era conhecido, obteve o privilégio de responder o processo em liberdade, graças a uma liminar do Superior Tribunal de Justiça, exceções judiciais que só acontecem no Brasil em favor de criminosos. Curtindo a vida em plena liberdade, o estuprador desapareceu misteriosamente, ao ser decretada sua prisão, em janeiro de 2011, quando tentava renovar o passaporte. Mesmo procurado pela Interpol desde então, três anos e sete meses se passaram, com Roger Abdelmassih ficando quase esquecido. Convém esclarecer: quase esquecido da mídia, mas não das 39 senhoras que estuprou, além de outras que só o denunciaram após sua condenação. E de repente o ex-médico voltou, sensacionalmente à cena, ao ser preso pela Polícia Federal em Assunção, Paraguai, e desembarcar na tarde da última quarta-feira (20), no aeroporto de Guarulhos, São Paulo, devidamente algemado. Recepcionado aos gritos de cinco de suas vítimas, xingando-o de “monstro, maníaco, safado, bem-vindo ao Inferno!”. Revoltadas, elas não se importaram com os flashes dos fotógrafos, simplesmente porque perderam seus maridos, quando denunciaram à polícia o autor da violência sexual, um homem de aparência respeitável e já quase septuagenário. Sem se identificar, uma senhora grisalha lembrou a um repórter, em meio às lágrimas, detalhes do que lhe aconteceu: “Na minha terceira tentativa de engravidar, na hora de receber o embrião, dopada, preparei meu coração para um momento divino. Quando acordei, estava melada do esperma dele, com aquele cheiro horroroso. E o pior é que nos contatos vaginal e anal, esse monstro me passou uma bactéria, que me causou uma grave infecção. E tive que perder as trompas!” Realmente, num país onde há uma relação enorme de reinados em vários setores profissionais, Rei disso e Rei daquilo, o ex-médico Roger Abdelmassih acaba de conquistar mais um trono, que se encontrava vago: o Rei dos Tarados! *Fernando Pinto é jornalista e escritor
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Jorge Paulo Lemann é o homem mais rico do Brasil Época – 28.8 A revista americana Forbes divulgou quarta-feira (27) uma nova lista com os maiores bilionários do Brasil em 2014. No topo, de novo, está Jorge Paulo Lemann, o homem mais rico do país. O empresário, que possui uma fortuna avaliada em R$ 49,85 bilhões, criou o fundo de private equity 3G Capital. Em segundo e terceiro lugares estão Joseph Safra, co-fundador do Banco Safra, com uma fortuna avaliada em R$ 35,98 bi, e Marcel Herrmann Telles com R$ 25,58 bilhões.
Marina Silva encosta em Dilma e venceria no 2º turno Carta Capital – 26.8 Marina Silva (PSB / foto) encostou na presidenta Dilma Rousseff (PT) na disputa pela presidência da República em pesquisa Ibope divulgada na terça-feira (26). Dilma tem 34% das intenções de voto contra 29% de Marina. Como a margem de
Eu tenho orgulho de ter um pai negro” Disse o enteado do goleiro Aranha, que sofreu xingamentos racistas por parte de torcedores gremistas no jogo entre Santos e Grêmio, na quinta-feira (28).
erro é de dois pontos percentuais, a petista segue à frente. Aécio Neves (PSDB) perde a segunda colocação e aparece em terceiro lugar, com 19%. Luciana Genro (PSOL) e Pastor Everaldo (PSC) têm um por cento cada. Outros sete por cento dizem votar em branco ou nulo e outros nove por cento estão indecisos.
Brasil tem 202.768.562 habitantes G1 – 28.8 O Brasil tem 202.768.562 habitantes, estima o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento foi publicado no Diário Oficial da União na quinta-feira (28), e a data de referência usada é 1º de julho de 2014. Segundo o IBGE, desde a última estimativa, de julho de 2013, o Brasil tem mais 1.735.848 habitantes — um aumento de 0,86%. O texto também traz as estimativas populacionais de cada município do país.
Correios estudam compra de aviões da Embraer Blog Coluna Esplanada – 28.8 Depois de anos de negociação dentro do governo federal sobre a importância do investimento em logística aérea, os Correios terão sua própria companhia aérea. A empresa também iniciou conversas com a fabricante franco-brasileira Embraer sobre potencial compra de aviões adaptados para carga, revela o presidente dos Correios, Wagner Pinheiro, em entrevista ao Esplanada WebTV.
Governo propõe salário mínimo de R$ 788 para 2015 R7 – 28.8 O salário mínimo vai passar de R$ 724 para R$ 788,06 em 2015, informou a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, quinta-feira (28) ao entregar ao Congresso Nacional a previsão de gastos do governo para o ano que vem dentro da Lei Orçamentária Anual.
MARCELO RAMOS
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O REPÓRTER DO POVÃO
Programa O Povo e o Poder de segunda a sábado das 8h às 10h
Rádio Bandeirantes - AM 1.410 Ligue e participe: 3351-1410 / 3351-1610 www.opovoeopoder.com.br
Geral
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José Matos
Dr. Inácio – Conflito Existencial
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r. Inácio Ferreira, psiquiatra e conhecido ex-diretor do Sanatório Espírita de Uberaba, atravessa a crise mais difícil e mais importante de sua vida. Crise que todos nós, se ainda não passamos, passaremos. Sobre ela escreveram os expoentes de diversas religiões e filosofia. O mais notável talvez tenha sido João da Cruz, um dos pais das Igreja. De tão importante ganhou nomes: “a longa noite escura da alma, momento de ouro, momentos
de decisão”, etc. É aquele momento em que você para e descobre uma insatisfação imensa provocando um grave conflito existencial. Você não é o que pensava que era e não é mais o que foi. Por isso o conflito. São Paulo, quando alcançado pelo conflito, foi para o deserto e lá ficou três anos em estudo, trabalho e meditação. Buda foi atrás dos grandes mestres até iluminar-se. São Francisco abandonou a casa dos pais e foi realizar seu sonho. Os três entenderam a mensagem
embutida no conflito: você é único. Tem uma programação existencial única. Conheça-se. Cresça. Escute seu coração. Torne-se o que você é em potencial, e deixe o futuro por conta de Deus. Mas o que teria acontecido com Dr. Inácio para entrar nessa crise? Uma frase e um olhar penetrante de Chico Xavier para ele: “Mais amor, por favor”, disse o Mestre Chico, referindo-se à franqueza contumaz do Dr. Inácio, até então motivo de orgulho. Só então Dr. Inácio ficou sabendo que sua franqueza estava sendo usada como munição para criar divisão dentro das casas espíritas,
Áreas de atuação do nutricionista
D
ia 31 de agosto é comemorado o Dia do Nutricionista. Em homenagem à minha profissão, escrevo esta semana sobre as nossas áreas de atuação, para que os leitores tenham noção da dimensão da nossa atuação. Vale ressaltar que é uma profissão em ascensão. Por lei, apenas o nutricionista tem prerrogativa legal para prescrever dietas e realizar orientação alimentar e nutricional aos indivíduos. Deste modo, a presença do nutricionista em uma equipe de saúde torna-se imprescindível para que esse
direito seja garantido. Atualmente, são sete áreas de atuação do nutricionista: 1. Alimentação Coletiva – engloba desde os restaurantes comerciais, lanchonetes até as unidades de produção de alimentos dentro de um hospital. Envolve também a alimentação escolar e do trabalhador; 2. Nutrição Clínica – assistência dietética em nível hospitalar, ambulatorial, domiciliar e em consultórios. 3. Saúde Coletiva – políticas e programas institucionais, atenção
Caroline Romeiro
Sáude e Nutrição básica em saúde e vigilância em saúde (como a vigilância sanitária de
fato relatado no excelente livro recém-lançado, “Amor Além de Tudo”, de Wanderley Oliveira. É um perigo achar-se autossuficiente. É importante conhecer a opinião dos outros sobre nós mesmos. Perguntar-se se trata e faz aos outros como gostaria que nos fosse feito. Agora é hora de tirar o S de crise e, só restará CRIE. Crie, e siga em frente até acostumar-se ao novo degrau da escada evolutiva que trará uma paz de qualidade diferente até que seja preciso subir novo degrau, para, no final, com as asas do amor e da sabedoria, sentir a paz prometida por Jesus.
alimentos). 4. Docência – instituições públicas e privadas de graduação e pósgraduação. 5. Indústrias de Alimentos – desenvolvimento de produtos alimentícios, treinamento especializado em alimentação e nutrição, controle de qualidade de gêneros e produtos alimentícios. 6. Nutrição em Esportes – clubes esportivos, academias e similares. 7. Marketing na Área de Alimentação e Nutrição – divulgação de informações e materiais técnicocientíficos acerca de produtos ou técnicas reconhecidas.
Lazer
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ENTRETENIMENTO tirinhas
Cruzadas
Respostas
Piada nEm uma aula sobre o sistema reprodutor, no ensino fundamental, a professora pede aos alunos que desenhem o órgão sexual feminino. Nisso, uma aluna, sentindo-se incapaz de fazer o desenho, abriu as pernas e espiou por baixo da saia... Nesse momento, o Joãozinho grita: - Professora, ela tá colando! nEm turismo pelo Brasil, o Manuel e a Maria
resolvem assistir a um dos jogos da Copa do Mundo. Por culpa da Maria, que demorou uma eternidade para se arrumar, chegam com quase meia hora de atraso ao estádio. Assim que se senta, ela pergunta o placar ao vizinho de arquibancada. - Zero a zero! – responde o sujeito. - Tá vendo – diz ela, virando-se para o Manuel. – Eu não te disse que íamos chegar a tempo?!
nUm garotinho folheia a bíblia da família. De repente, um objeto cai de dentro do Livro Sagrado. O menino pega o objeto e dá uma olhada nele: Trata-se de uma folha seca que estava pressionada entre as páginas. - Mãe, olhe só o que eu achei! - O que é, meu filho? Maravilhado, o menino responde: - Acho que é a cueca do Adão!
Lazer
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Programação
Filme
Bem-vindo a Nova York / Abel Ferrara
divulgação
F
ilme sobre o escândalo sexual envolvendo Dominique Strauss-Kahn, economista e político francês, que foi acusado de abuso sexual por uma camareira de seu hotel, em Nova York. Ele acabou detido nos Estados Unidos e outras acusações anteriores foram levantadas. Ao mesmo tempo, contou com o apoio permanente da esposa Anne Sinclair. O caso vez com que deixasse o cargo de diretor geral do FMI e desistisse de concorrer ao governo da França.
LITERATURA
Getúlio / Lira Neto Na terceira e última parte da série biográfica sobre Getúlio Vargas, Lira Neto reconstitui os acontecimentos políticos e pessoais mais importantes dos anos finais do expresidente. Entre a deposição por um golpe militar, em outubro de 1945, e o suicídio, em agosto de 1954, o livro revela como a história do Brasil se entrançou com a vida de Getúlio, inclusive enquanto afastado do poder.
divulgação
Domingo (31/9) n Porão do Rock, com Marcelo D2, Raimundos e Titãs, às 17h, noEstádio Nacional Mané Garrincha – Eixo Monumental. Ingressos R$ 20. Classificação 16 anos nGozados, às 18h, no teatro Brasil 21 Cultural – SHS Quadra 6. Ingressos R$ 70 (inteira) e R$ 35 (meia). Classificação 14 anos nFestival de Comédia Canal Só 1 Minuto, com o espetáculo “Não Durma de Conchinha”, às 20h, no teatro dos Bancários – 314/315 Sul. Ingressos R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia). Classificação 14 anos nRecreio no Pátio, com o espetáculo “Batman e os vilões”, às 16h, no Pátio Brasil – SCS Quadra 7. Entrada franca e classificação livre Quinta-feira (4/9) n Projeto João Donato, com Paulo Sergio Santos & Grupo Choro Livre, às 21h30, no Clube do Choro – Eixo monumental. Ingressos R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia). Classificação 14 anos n Brasília Jazz Masters, com Bruno Gafanhoto Quarteto, das 20h30 às 23h30, no Quituart – Lago norte, Canteiro Central, QI 9/10. Couvert artístico R$ 9,50. n Afronoite, com Som Afro Brasil, às 21h30, no Feitiço Mineiro – 306 Norte. Classificação 10 anos n Projeto Jaime Ernest Dias Convida, com Márcia Tauil, às 20h, na BSB Musical – 712/713 Norte. Ingressos R$ 20 e 1 Kg de alimento não-perecível Sexta-feira (5/9) n Fusion Stage, com Steve Aoki (8º Melhor DJ do Mundo), às 22h, no Estádio Nacional Mané Garrincha – Eixo Monumental. Ingressos R$ 90 (feminino) e R$ 110 (masculino) nA Banda Mais Bonita da Cidade, às 20h, no Teatro dos Bancários – 314/315 Sul. Ingressos R$ 25 n Exposição Cerrado - Uma Janela para o Planeta, das 9h às 21h, no CCBB – SCES Trecho 2. Entrada franca e classificação livre Sábado (6/9) nOrla Folia, com Bloco Santo Pecado, Não Seja Por Isso e DJ’s Gusttavo Carvalho, Higor Touret e Phelipe Polux, às 22h, no Espaço Orla Club – SCES Trecho 2. Ingressos masculinos R$ 20 e feminino de graça, até às 23h. n Cúpula, com DJ’s Diego Falleiros, Caique Senna, Sergio Blake, Gustavo Carvalho, Allan Blue e Fabinho Spank, às 23h, no Clube Almirante Alexandrino - SCEN Trecho 2. Ingressos R$ 40. Classificação 21 anos n Maracutaia, com Marginal Men (RJ), Ahmed, Miguel Elefunk e DJ A, às 22h, no Club 904 – 904 Sul. Ingressos R$ 30. Classificação 18 anos n Let’s Go! Alternativa, com Kellison Daniel, Lucas Nunes e Daniel Holanda, às 23h, no Espaço Galleria – SDS. Ingressos R$ 10 até às 23h30. Classificação 18 anos n Calourada WelcoMED, com Doppler Effect, Thales & Netto e DJ Edu Nova, às 16h, no Clube do Congresso – Lago Norte. Ingressos masculinos R$ 25 e femininos R$ 20. Classificação 18 anos
Esportes
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CORAÇÕES AMIGOS
Fazendo o bem com as próprias mãos ONG vende artesanato para arrecadar dinheiro para construir uma creche no Jardim Ingá. Ajude!
Dona Ailde (esq.) é uma das voluntárias da ONG. Dário (dir.) faz palhaços e exercícios fonoaudiológicos no ateliê
Gabriel Pontes
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tampinhas de garrafa pet, duas de amaciante, uma embalagem de iogurte, paciência e vontade de ajudar o próximo. Esta é a receita que nove pessoas encontraram para construir uma creche que atenderá 200 crianças do bairro Jardim Ingá, em Luziânia-GO. Os voluntários formam a Instituição Corações Amigos e usam o material reciclado para produzir palhaços de brinquedo, que são vendidos em vários pontos do Distrito Federal e Entorno. Com o dinheiro arrecadado eles finan-
ciam a construção da creche, que já está com 50% da obra concluída. A cada dez palhaços, cinco são vendidos e cinco são doados a escolas e hospitais do DF. “O que nos move é o sorriso das crianças”, conta a voluntária Clara Regina. A instituição não tem apoio do governo. Trabalha com ajudas particulares e com o suor dos voluntários. Além dos palhacinhos, são produzidos panos de prato, materiais de garrafa pet, regalos, marca-páginas, entre outros produtos. Tudo para arrecadar fundos para a construção da creche. Os ateliês funcionam na casa de Dona Ailde, em Águas Claras, e na casa de Clara, na Arniqueiras. “Aqui a gente transforma tudo em arte para ajudar ao
próximo. Não temos vínculo religioso nem político”, enfatiza a Ailde Boundes. A creche, ainda em construção, fornecerá às crianças atendimento socioeducativo, médico, ambulatorial, refeições e, o mais importante: um teto. O projeto pretende ajudar os pais, dandolhes acompanhamento, condições de trabalho fixo e mão de obra local. “É um jeito simples de fazer alguma coisa pelo povo tão sofrido do Entorno. Lá, ninguém quer ter responsabilidade: nem o governo do DF, nem o de Goiás, tampouco o federal. Nosso trabalho é ensinar a comunidade a não esperar nada de fora e encontrar caminhos para sobreviver por conta própria e com dignidade”, afirma Clara.
JÁ COMEÇOU - O trabalho do Instituto Corações Amigos com a comunidade de Luziânia já começou. Há cinco anos, a ONG leva médicos e dentistas para atender os moradores e promove eventos em datas comemorativas, como o Dia das Crianças e o Natal. Mesmo assim, a instituição não consegue escapar da violência presente na região. Por três vezes a obra da creche já foi assaltada. Foram levados materiais de construção- alguns doados. Mas a maioria foi comprada a partir da venda dos artesanatos do grupo. HAITI-Dentre as ajudas que já receberam de instituições para a obra da creche, a Corações Amigos destaca a empresa Bounge e o Exército Brasileiro. Em uma parceria com as Forças Armadas, cerca de 300 palhacinhos foram trocados por material de construção. Os bonecos foram levados para a missão de paz do Brasil no Haiti. “É muito bom saber que estamos ajudando não só as crianças necessitadas do nosso país, mas também as de outro tão pobre como o Haiti. É um incentivo para continuarmos trabalhando em busca dos nossos objetivos”, orgulha-se Dona Ailde. ESPECIAL - O ofício de produzir os palhaços tem sido passado por Dona Ailde a jovens especiais, como Dário (foto). Ele trabalha com a produção das peças e recebe R$ 0,50 por boneco entregue. Além de aprender a trabalhar, Dário está tomando lições de fonoaudiologia e educação alimentar. “Perdi 20 kg desde que comecei a fazer os palhaços. Dona Ailde só me deixa lanchar fruta”, conta, sorridente, o garoto. CASA DO VOVÔ - No lote ao lado da creche, a ONG pretende construir, em um futuro infelizmente distante, a Casa do Vovô. A unidade atenderá idosos do Jardim Ingá. Mas o objetivo no momento é concluir a primeira parte do projeto que receberá as crianças. Para isto, a instituição pede a ajuda da comunidade. A contribuição pode ser em material de construção (tijolos, cimento, areia, ferro...) ou doações em dinheiro na Conta Corrente 9430-7 do Banco do Brasil. Agência 2883-5. Faça a sua parte!