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Distribuição gratuita Ano IV - Nº 174 n Brasília, 13 a 19 de setembro de 2014
Absolvido pelo povo Seguidamente condenado pela Justiça, Arruda lidera pesquisas Páginas 4 e 5
SISTEMA PERVERSO Visitar parentes presos no sistema penitenciário brasileiro é constrangedor. Em 2012, 3,5 milhões de pessoas tiraram as roupas para terem os orifícios revistados, sob a alegação de barrar a entrada de armas, drogas e celulares. Páginas 10 e 11
Entrevista
Célia Romeiro resgata brizolismo na CLDF Páginas 7 a 9
pelaí
Aliados travam briga de foice na disputa da vaga de Arruda ao Buriti Falta metrô na saída do jogo Bota X São Paulo Páginas 2 e 3
Chico Xavier, um ser comum que se elevou Página 15
Eles enfrentam sol, chuva e as chamadas “revistas íntimas” para não perder contato com parentes presos
E
x p e d i e n t e
Diretor de Redação Orlando Pontes ojpontes@gmail.com Diretor de Arte Gabriel Pontes redacao.bsbcapital@gmail.com Diretor Comercial Júlio Pontes comercial.bsbcapital@gmail.com Contato Publicitário Pedro Fernandes pedrinhoalegria@gmail.com Cel: 61-9618-9583 Impressão Gráfica Jornal Brasília Agora Tiragem 20.000 exemplares e
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CARTAS
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Trânsito Denúncia pertinente feita pelo Brasília Capital na edição 173, relacionada ao caos em que se encontra o centro de Taguatinga e, principalmente, a intervenção do Detran na QSA 3. Moro na cidade e sei que essa iniciativa do
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Pelai
Política
Marina Silva (PSB) enviou retificação à Justiça Eleitoral acrescentando R$ 45,6 mil ao seu patrimônio. Foi uma prevenção à intenção da campanha da presidenta Dilma Rousseff (PT) de pedir ao MP investigação sobre ocultação de bens de Marina. A empresa de palestras da presidenciável faturou R$ 1,6 milhão em três anos.
Detran não foi benéfica, muito pelo contrário. Se querem melhorar a situação da rua, por que, ao invés de colocar cones, não a transformam em uma via de mão única e fazem o estacionamento de carros de um dos lados? O pior é que isso não é algo ilusório
Guerra de foice... Encerrada a sessão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), na madrugada de sexta-feira (12), teve início uma verdadeira guerra de foice entre os mandatários da coligação União e Força (PR, PTB, PMN, PRTB, DEM). O sentimento geral era de que o placar de 5 X 1 colocara uma pá de cal sobre a candidatura de José Roberto Arruda ao GDF.
... no escuro Foi intensa a troca de telefonemas entre os dirigentes das cinco legendas e a marcação de reuniões para o dia seguinte. Cada qual tentava puxar a sardinha para a sua brasa. O presidente do PRTB, Luiz Estevão, em sintonia direta com o clã Roriz, avisou que preferiria a distrital Liliane Roriz, mas se contentaria com ascensão do vice da chapa, Jofran Frejat (PR). O senador Gim Argello (PTB) deixava claro o interesse de ele mesmo ficar com a vaga.
O guiso no gato? Tudo isso foi feito sem se consultar o próprio Arruda. E aí morava o problema. Para “amansar a fera”, chegouse ao consenso de que o candidato indicaria sua mulher, Flávia Peres (PR), para vice, qualquer que fosse a escolha. O ex-governador entrou na roda de negociações na sexta-feira e, até o final do dia, a tendência era de que bateria o martelo por sua saída. E o favorito para substituí-lo era Gim.
e, muito menos difícil, pois foi aplicado com sucesso na rua de cima. Bastaria que o GDF, juntamente com a Administração de Taguatinga, começasse a pensar a questão da mobilidade urbana e soubesse ouvir as sugestões da comunidade.
nThéo Alencar – Taguatinga Roubo Águas Claras Os ladrões não estão perdoando ninguém. Depois do Lar dos Velhinhos, foi a vez da Igreja Batista Filadélfia, como o registrado no Via
Política Aderir ao PT... Na reta final da campanha eleitoral, o PT retoma seu velho estilo de arrecadação de recursos e de mobilização da militância. A venda de botons com a estrelinha do partido e outros suvenirs é praxe. Mas a moda são os almoços e jantares de adesão.
... custa caro Um desses encontros aconteceu na noite de quinta-feira (11), na churrascaria Portal Grill, na Área de Desenvolvimento Econômico de Águas Claras. Eleitores e apoiadores da candidatura à reeleição do distrital Chico Vigilante pagaram ingressos de R$ 1 mil, R$ 5 mil e até de R$ 10 mil para jantar com o parlamentar e deixar o troco para a campanha. Mesmo com preços tão salgados, a casa estava cheia...
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Cidadãos auditam transporte Na quarta-feira (17), 30 cidadãos brasilienses faão uma auditoria cívica do transporte coletivo do DF. Verificarão a frequência dos ônibus que saem da plataforma C da rodoviária do Plano Piloto e entrevistarão usuários, para saber o tempo gasto nas paradas. Coletarão, ainda, opiniões sobre as condições de limpeza, segurança e lotação dos ônibus e das paradas. Tudo coordenado pelo auditor do TCU Carlos Ferraz. A auditoria cívica é um projeto do candidato a deputado distrital Ziller (PSB).
Nova política? Na primeira prestação de contas que apresentou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o deputado José Antônio Reguffe (PDT), líder em todas as pesquisas na disputa pela vaga de senador, declarou ter recebido uma doação generosa (R$ 130.000) da banqueira Neca Setúbal, do Itaú. É a mesma que paga a maior parte das contas da presidenciável Marina Silva e defende a independência do Banco Central...
Dura pouco
Em defesa do Drive-In
Até às 13h de quarta-feira (10), estava previsto na logística do jogo entre Botafogo e São Paulo, no Mané Garrincha, a ampliação do horário de funcionamento do metrô até 1h. Porém, a Secopa cancelou a operação, apesar de, no discurso, continuar incentivando os torcedores a usar o transporte público. Só faltou dizer qual transporte público, pois ônibus também não tinha...
No domingo, 7 de setembro, ao completar um mês do início do abaixo-assinado em defesa da preservação do Cine Drive-In, o grupo Urbanistas por Brasília comemorou a marca de 18 mil brasilienses simpáticos à causa. A mobilização é acompanhada de perto pela Ouvidoria da Câmara Legislativa e conta com o apoio do Brasília Capital. Assine acessando change.
Satélites da edição 173 do Brasília Capital. Onde vamos parar com tanta violência nesse mundo? Não vejo isso como um problema exclusivo do governo, e sim, do ser humano de uma forma geral. Hoje em dia, não estamos mais pensando
no próximo e nem o respeitando. A música de Paulinho da Viola, que diz que “quando o jeito é se virar, cada um cuida de si, irmão desconhece irmão”, está realmente sendo levada à risca. nPaola Lemos – Águas Claras
Erramos As atribuições ao autor do artigo “Será que o resultado das eleições virá do tapetão?”, publicado na página 3 da edição 173 do Brasília Capital estão erradas. Wílon Wander Lopes é jornalista e advogado.
Opinião Cristovam Buarque (*)
Paz nas escolas Recente estudo da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e nossos jornais no dia a dia mostram o Brasil como o país com maior violência na escola. O futuro de um país tem a cara de sua escola no presente. Por isso, é urgente entender as causas da violência e como corrigi-las. A primeira causa é a pouca valorização do professor. Em uma sociedade movida pelo consumismo e renda, ao perceberem que os professores têm baixos salários, os alunos valorizam mais outras profissões, não espelham seu futuro nos professores. Todas as categorias profissionais são mais reconhecidas do que o magistério. Os professores, ao não serem reconhecidos, justificadamente, diminuem a dedicação, criando um circulo vicioso de desrespeito mútuo, mesmo implícito. Este sentimento se agrava quando os alunos ficam semanas ou os meses sem aulas por causa das greves nas quais os professores são jogados em busca de aumentos mínimos nos salários. Se as escolas podem ficar meses sem aulas, é porque não são vistas com importância pela sociedade, o que leva os alunos a também não darem importância a ela. Nem sentem amor por uma instituição na qual percebem que estão por poucos anos, antes de abandoná-la sem concluir os estudos, como fizeram seus pais e irmãos mais velhos. Acostumados a ver o conforto nos demais prédios da cidade, os alunos sentem a degradação que vai dos banheiros às salas de aulas e adquirem o indecente direito de depredar o que a sociedade não valoriza. Acostumados aos modernos equipamentos de tecnologia da informação, sentem-se torturados pelas aulas em arcaicos quadros-negros. Soma-se a isto a realidade social, na qual a violência obscena ficou banal, com a mídia passando violência inclusive em programas infantis. Sentindo-se violentados pela escola degradada, os alunos ficam violentos, pois vítimas de violência reagem com violência. A escola brasileira é tão violenta com os alunos que não há razão para surpreender-se com a violência dos alunos contra ela, mas há para assustar-se com as consequências trágicas da violência na depredação do futuro. É difícil resolver a causa externa da violência escolar, que vem da sociedade violenta. Mas não seria difícil quebrar as causas internas com um programa pelo qual nossos professores sejam valorizados e, em consequência, dedicados, competentes e admirados pelos alunos; em prédios bonitos, confortáveis, equipados ao gosto dos jovens; e com as instalações necessárias para escola em tempo integral, longe das tentações e ameaças da violência das ruas. É suicídio esperar o fim da violência urbana para só então termos escolas pacíficas, mas a valorização da escola vai colaborar para pacificar a sociedade. O Brasil dispõe dos recursos para mudar esta maldita realidade da violência nas escolas e, com uma escola pacificada, construirmos a paz na sociedade ao redor. Mas ainda não temos a mentalidade social e política necessária. Ainda preferimos as UPPs aos CIEPs e tentamos corrigir a violência de fora, deixando a violência dentro das escolas.
(*) Professor da UnB e senador pelo PDT-DF.
Política 4 n Brasília, 13 a 19 de setembro de 2014 - redacao.bsbcapital@gmail.com
Candidato do PR tem até segundafeira (15) para decidir se continua ou não na corrida ao Buriti. Mas a campanha já o fez vitorioso Orlando Pontes
A
migos, inimigos, aliados, adversários e até a Justiça acusam o exgovernador José Roberto Arruda de muitas coisas: autoritário, arrogante, trabalhador, corrupto ou ímprobo. No entanto, ninguém nega que ele seja persistente e determinado na busca de seus objetivos. Mais do que isso. A campanha deste ano para o Palácio do Buriti confirma a inquestionável capacidade desse mineiro de Itajubá de se reinventar e reverter situações difíceis. Aos 60 anos, ele pode ser considerado, sem favor, a Fênix brasiliense, por sua capacidade de renascer das cinzas. A última grande enrascada em que Arruda se envolveu começou no dia 27 de novembro de 2009, quando a Polícia Civil deflagrou a Operação Caixa de Pandora. O escândalo foi denunciado pelo então secretário de Assuntos Institucionais, Durval Barbosa. O assessor entregou à Justiça cópias de fitas em que Arruda e outras pessoas recebiam de suas mãos dinheiro público desviado de contratos superfaturados na Codeplan. Era o melhor momento da carreira política do ex-governador. A gestão Arruda obtinha altos índices de aprovação popular e o nome dele era cotado, inclusive, para compor a chapa presidencial no ano seguinte, numa possível coligação entre o PSDB e DEM, partido ao qual estava filiado naquele ano. O mesmo DEM que o execrou, dando início à derrocada que culminou com sua prisão, em fevereiro de 2010, por suposta
Arruda, a Fênix brasiliense
obstrução ao trabalho da polícia. Aquele não foi, de qualquer forma, o primeiro episódio a arrastar Arruda para o epicentro do furacão de um grande escândalo político. No ano 2000, quando ocupava a liderança do governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) no Senado, ele participou, junto com o então presidente da Casa, o já falecido Antônio Carlos Magalhães (BA), da violação do painel após a sessão que cassou o mandato do ex-senador Luiz Estevão (DF). A crise fez Arruda renunciar ao mandato, para escapar da cassação. Ali ele já precisou mostrar sua capacidade de recuperação. Nos dois anos subsequentes, percorreu
todas as cidades do DF. De porta em porta, conversava com as pessoas, dava sua versão ao ocorrido e pedia desculpas pelo erro cometido. E a população respondeu com a maior votação proporcional em todo o país obtida por um deputado federal: de cada quatro eleitores brasilienses, um cravou o nome de Arruda na urna. De volta ao Congresso, Arruda voltou a pavimentar o caminho para atingir sua grande meta, que era governar Brasília. A primeira tentativa foi em 1998, quando obteve 18% dos votos e não passou para o segundo turno, no qual se manteve neutro na disputa entre
Joaquim Roriz e o então petista Cristovam Buarque, hoje senador pelo PDT. O objetivo finalmente foi alcançado em 2006, numa vitória consagradora, em primeiro turno. Tomou posse em 2007 e três anos mais tarde acabou apeado do cargo pelo qual tanto lutou. Ficou preso durante dois meses na carceragem da Polícia Federal. Ao sair, optou por um longo período de exílio político. Chegou a morar sem São Paulo. Aos poucos, retornou para Brasília e retomou os contatos com aliados, até se filiar ao Partido da República (PR), em outubro do ano passado. Era a senha para mais uma etapa da reconstrução de sua imagem. Mas isto
despertou a sanha dos adversários. Os processos decorrentes da Caixa de Pandora passaram a ganhar celeridade. Em 9 de julho, quatro dias após o encerramento do prazo para registro de candidaturas no Tribunal Regional Eleitoral (TRE), foi condenado em segunda instância pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), por improbidade administrativa. Abriuse nova celeuma. Sua defesa alega ter cumprido os prazos previstos em lei, mas o Ministério Público e partidos adversários contestam seu direito de participar do pleito, por considerá-lo ficha suja. Derrotado seguidamente no TRE
Ao sair da carceragem, em 2010, Arruda era a imagem da derrota. Durante a campanha, o perdão e a redenção nos braços do povo
e no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o candidato do PR também viu seu recurso negado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), onde tentou a anulação das condenações no TJDFT. Na quinta-feira (11), o TSE re-
afirmou, por 5 X 1, sua impossibilidade de manter-se candidato, numa sessão em que apenas o ministro Gilmar Mendes acolheu as alegações da defesa do ex-governador. Mesmo com todo o cenário aparentemente contrário às suas pretensões, o mundo político e os eleitores da capital da República passam o fim de semana na expectativa de um pronunciamento de Arruda quanto a manter-se candidato ou indicar um substituto para a encabeçar a chapa majoritária da coligação, que, além do PR, tem PTB, PRTB e PMN. No horário eleitoral gratuito de quarta-feira (10), ele reiterou que não desistirá. Mas as pressões de
aliados crescem a cada momento. Ainda na quinta-feira à tarde, os advogados de Arruda ingressaram com novo agravo na mais alta Corte do País – o Supremo Tribunal Federal –, última instância para tentar livrá-lo das condenações. Enquanto isso, os partidos coligados e os coordenadores de sua campanha amanheceram, na sextafeira (12), discutindo abertamente os cenários com a iminente saída de Arruda do páreo. No mais simples, o vice Jofran Frejat (PR) subiria um degrau, tendo a mulher de Arruda, Flávia Peres, como vice. Flávia, aliás, era dada como “pule de dez” para o papel de coadjuvante, como representante do marido na nova composição. Mas o presidente do PRTB, empresário Luiz Estevão, e o ex-governador Joaquim Roriz faziam pressão para emplacar a distrital Liliane Roriz. Por fora, mas não menos cotado, corria o senador Gim Argello (PTB). Nesse caso, faltaria escolher seu substituto na disputa pelo Senado. O presidente do DEM, Alberto Fraga, era o mais lembrado, mantendo-se Weslian Roriz como primeira suplente. Certo, no entanto, é que, qualquer que venha a ser sua decisão, Arruda já se considera vencedor. Depois de passar por tudo que enfrentou nos últimos três anos, ele está de alma lavada. Afinal, embora sistematicamente condenado pela Justiça, obteve o perdão do tribunal que mais importa a qualquer político: o julgamento popular, pois saiu do jogo quando liderava todas as pesquisas de intenção de voto com ampla maioria e com o dobro das intenções de voto dos segundos colocados (Agnelo Queiroz, do PT, e Rodrigo Rollemberg, do PSB). E aquela imagem triste, de um homem barbudo, abatido e decadente, feita no dia em que foi solto da carceragem do DPF, ficou definitivamente no passado. Arruda é, novamente, um homem alegre, na intimidade até brincalhão, um cidadão livre, absolvido pelo povo de Brasília. Isto, para ele, talvez seja o que mais importa...
Política
6 n Brasília, 13 a 19 de setembro de 2014 - redacao.bsbcapital@gmail.com
DataFolha: Rollemberg vence Arruda no 2º turno Agnelo está empatado na segunda colocação com o candidato do PSB
CNPJ: 20.608.985/0001-40 BONIFICAÇÃO DE ANÚNCIO VEICULADO NA EDIÇÃO 167, DE 26/7 A 1/8 CNPJ JORNAL BRASÍLIA CAPITAL: 16.598.599/0001-47 | COLIGAÇÃO A FORÇA DO TRABALHO PR (22) E PTB (14)
O candidato José Roberto Arruda (PR) segue na frente na corrida eleitoral pelo Buriti, de acordo pesquisa do instituto Datafolha, encomendada pela TV Globo, divulgada na quartafeira (10). O levantamento trouxe também uma mudança com relação ao segundo turno, que é cada vez mais provável, visto que Arruda tem 8 pontos percentuais a menos que a soma de todos os outros candidatos (45%). O segundo turno ocorre sempre que nenhum dos candidatos alcança mais do que a soma dos demais concorrentes. No primeiro turno, o candidato do PR tem 37%, contra 19% de Agnelo
Queiroz (PT) e 18% de Rodrigo Rollemberg (PSB). Entre os que correm por fora, tanto Toninho (PSOL) quanto Luiz Pitiman (PSDB) têm 4% das intenções de voto. Os brancos e nulos foram 8% e os que não sabem, ou não opinaram, somaram 10% das 765 entrevistas feitas entre os dias 8 e 9 de setembro. A margem de erro é de quatro pontos percentuais, para mais ou para menos. Num cenário contra Agnelo, em um suposto segundo turno, Arruda segue liderando. O atual governador tem 30% e o ex tem 49%. Votariam branco ou nulo, 15% dos entrevistados, e não sabem ou não opinaram,
Distrital
GOVERNADOR
Vice JOFRAN FREJAT
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6%. A surpresa aparece quando Arruda vai para o segundo turno com Rollemberg. O candidato do PSB tem 43% e o do PR caiu para 30%, com 10% de votos brancos e 6% de indecisos. O Datafolha também apontou a rejeição dos candidatos. A maior é do atual governador, Agnelo Queiroz, com 47%. Em seguida, aparecem Arruda (33%), Toninho (17%), Luiz Pitiman (17%), Perci (14%) e Rollemberg (10%). Avaliação - Se de um lado o risco de sequer chegar ao segundo turno assombra Agnelo Queiroz, de outro, a avaliação do governo melhorou. Depois do início do horário eleitoral gratuito, 40% dos entrevistados consideram a gestão regular. Outros 39% reprovam e 20% aprovam. Nas primeiras pesquisas, apenas 10% da população aprovavam o petista. A taxa de reprovação também oscilou sete pontos para baixo. Foi de 46% para 39%. A aprovação, apesar de baixa, também subiu de 15% para 20%. A parcela que avalia como regular a gestão subiu 4% (de 36% para 40%). Se fosse dar uma nota de 0 a 10 para o governo petista, a população, de acordo com o DataFolha, daria 4,6, o que significa 0,4 a mais que a nota anterior, que era 4,2. Senado - A corrida pelo senado segue com o deputado Antônio Reguffe (PDT) muito a frente dos demais. O aliado de Rollemberg está com 37%, contra 18% de Geraldo Magela (PT) e 10% de Gim Argello (PTB). Brancos e nulos somam 10% e não sabem ou não responderam outros 22% dos entrevistados. O nível de confiança da pesquisa é de 95%, a margem de erro de quatro pontos para mais ou para menos. A pesquisa está registrada no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) sob o protocolo número DF-00040/2014 e no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob protocolo número BR-000584/2014.
IBOPE
Dilma tem 8% à frente de Marina e Aécio patina A pesquisa Ibope, encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), realizada entre os dias 5 e 8 de setembro, mostra a candidata à reeleição Dilma Rousseff (PT) à frente na disputa presidencial, com 39% das intenções de voto. Na sequência, aparece Marina Silva (PSB), com 31%. Aécio Neves (PSDB) foi citado por 15% dos entrevistados. Pastor Everaldo é mencionado por 1%, enquanto os demais candidatos (Eduardo Jorge, do PV; Eymael, do PSDC; Levy Fidelix, do PRTB; Luciana Genro, do PSOL; Mauro Iasi, do PCB; Rui Costa Pimenta, do PCO e Zé Maria, do PSTU) somam, juntos, 1% das intenções de voto. Brancos e nulos são 8% e indecisos totalizam 5%. Considerando que Dilma tem 39% das intenções de voto, contra 48% da soma dos demais candidatos, as eleições para presidente iriam para segundo turno entre a atual presidente e Marina Silva. Segundo turno - Foram simulados três cenários de segundo turno. Dilma venceria Aécio com 48% contra 33% do candidato do PSDB. Em junho, eles tinham, respectivamente, 43% e 30%. Entre Marina e Dilma, há empate técnico (43% a 42%). Contra Aécio, Marina venceria por 51% a 27% do tucano. AVALIAÇÃO - A administração Dilma é avaliada como ótima ou boa por 38% dos brasileiros, como regular por 33%, e ruim ou péssima por 28%. Em junho, eram, respectivamente, 31%, 34% e 33%. Confiam na presidente 45% e 50% não confiam. Em junho, eram, respectivamente, 41% e 52%).
Política
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Entrevista / Célia Romeiro Por Orlando Pontes Gustavo Goes
Uma brizolista na corrida à CLDF Candidata a deputada distrital quer resgatar os compromissos históricos do PDT com a educação
U
ma das responsáveis pela implantação da Carreta da Mulher no Distrito Federal, brizolista de carteirinha e exatleta do Sesi de Taguatinga durante 18 anos, Célia Romeiro disputa pela primeira vez uma cadeira de deputada distrital pelo PDT. Quer levar para a Câmara Legislativa o ideal de lutar de implantar, de fato, a escola de tempo integral em toda a rede pública de Brasília. Casada, dois
filhos e dois netos, ela acumula experiências profissionais como assessora do ex-ministro Ronaldo Sardenberg, do Metrô, da multinacional Nestlé e da Câmara dos Deputados. Nesta entrevista ao Brasília Capital ela revela que, se eleita, formará um gabinete de assessores especializados nas áreas de Segurança, Educação, Saúde e Direitos do Consumidor, para apresentar projetos que resolvam as demandas da população.
BC – O governo Agnelo tem usado a Carreta da Mulher na campanha do ex-secretário de Saúde como um grande avanço. Porém, recebe críticas dos adversários. Dizem que é um paliativo, pois o ideal seria construir hospitais. Qual a sua visão a respeito? CR – A Carreta da Mulher é uma solução. Primeiro que, quem é contra, precisa conhecer. Quando se fala “A Carreta da Mulher”, imagina-se uma simples carreta. Mas a Carreta da Mulher do Distrito Federal é bem superior ao consultório ginecológico particular que eu pago uma consulta de R$ 300. No consultório particular tem uma salinha pequena, onde faço o exame Papanicolau e, saindo de lá, terei que marcar outra consulta particular para fazer os demais exames. Ou seja, tenho que me ausentar do trabalho um dia para fazer consulta, outro dia para fazer outros exames, e ainda retornar outro dia ao médico. Já a Carreta vai praticamente à cassa da mulher. Eu fui atendida. Lá encontrei uma mulher de 64 anos que nunca havia feito o exame Papanicolau e nem mamografia. Ela me explicou que para fazer uma consulta tinha que gastar o dinheiro com transporte e, assim, deixaria de comprar o pão. Logicamente, optou pelo pão. BC – Então, sua candidatura é puxada pela Carreta da Mulher? CR – Não, ela não é puxada pela Carreta da Mulher. BC – O que puxa a sua candidatura? CR – A indignação e o amor pela cidade. BC – Indignação com o quê? CR – Com tudo. Nós temos o costume de ficar em casa, na vida boa e reclamando dos serviços. Eu, como gestora, gosto de olhar as coisas mais à frente. Tenho certeza de que precisamos repensar Brasília para daqui a 5, 10 anos. As pessoas
a
Política 8/9 n Brasília, 13 a 19 de setembro de 2014 - redacao.bsbcapital@gmail.com
Entrevista / Célia Romeiro andam de carros novos, mas está todo mundo indignado com o governo, porque os serviços públicos não funcionam. BC – Você acha que eleger o senador Rodrigo Rollemberg para governador será a solução para a sua indignação? CR – Eu, como eleitora, ainda não fui conquistada por nenhum dos candidatos ao GDF. Estou esperando ser conquistada. Existe o Agnelo que pegou uma Brasília de 10 anos de corrupção, que tem muitas falhas e poderia estar bem melhor. Mas o Rollemberg não me conquistou. BC – Onde que está sua falta de convencimento com o Rollemberg, já que ele é candidato majoritário da sua chapa? CR – Ele não me conquistou porque ele já está na política há muito tempo e os problemas que vivenciamos hoje na política brasiliense não são responsabilidade apenas de governadores. Eles passam por quem estava nos representando na Câmara Legislativa, na Câmara Federal e no Senado. Então, quem esteve nas casas legislativas não fica de fora dessa crítica. Eles estão diretamente ligados à ineficiência que a gente vive hoje no serviço público. BC – Então o seu candidato ao Senado também não te conquistou? CR – Não. A fala do Reguffe condiz muito com sua ação. E eu dou esse crédito a ele. Ele é uma pessoa que, se prometeu fazer, “A”, ele fez. Ele tem que fazer mais? Tem. Ele pode fazer mais? Pode. BC – É exatamente a suposta inação no mandato dele a principal crítica dos principais adversários. O Magela, como ex-secretário de Habitação, diz ter entregue 100 mil moradias. O Gim fala ter trazido R$ 20 bilhões do orçamento do governo federal para Brasília. O Reguffe só economizou o dinheiro do corte de gastos no gabinete. Este é o perfil ideal para um senador? CR – Dentro dos meus princípios de vida, a desonestidade tem que estar fora. Começa por aí. O desonesto uma
vez, vai ser desonesto sempre. Eu não acredito nessa recuperação de pessoas como o senador Gim. Isso está na índole. Agora, o executor pode ser melhorado. O Reguffe mantém uma postura ética. Mas, que ele tem que fazer mais, tem. Cabe a nós cobrarmos essa postura dele. Aí entra o papel da população. A gente não tem boas informações do Gim quanto ao caráter. Para mim, não tem como recuperar. BC – No debate promovido pelo Correio Braziliense, chamou a atenção uma denúncia do governador Agnelo de que o Rollemberg entrou no Senado sem concurso. Você tem informação de que o Reguffe foi assessor do então senador Arruda? CR – Ele não foi assessor efetivado, foi um cargo comissionado. Eu trabalhei minha vida inteira como um cargo comissionado. BC – O fundador de seu partido, Leonel Brizola, era comprometido com o discurso da educação. No DF, esta bandeira sempre foi defendida pelo senador Cristovam Buarque. Qual o compromisso da Célia Romeiro como deputada distrital para a educação? CR – Nossa bandeira para a educação é o ensino integral. Só que os muitos que falam sobre ensino integral não desenham muito essa metodologia. Eu sou a prova de que isso dá certo – o esporte junto com a educação. Esporte é educação, esporte é saúde, esporte é cidadania.Você aprende que está mais forte quando está unido. Isso é cidadania. BC – Uma coisa corriqueira na política são pessoas que adotam um discurso para se eleger e depois mudam a postura. O PT tinha minoria na Câmara Legislativa no início do governo Agnelo e em pouquíssimo tempo já contava com o apoio de 21 dos 24 distritais, vários deles eleitos por partidos de oposição. Se você for eleita e o Rollemberg perder, você vai aderir ao governo ou vai ficar na oposição? Ou, ao contrário, você
pode estar defendendo hoje uma candidatura e, após eleita, passar para a oposição. Qual será sua postura como deputada? CR – Adorei sua pergunta, porque isso vai me dar espaço para dizer o que penso sobre a Câmara Legislativa. Eu quero levar para meu gabinete um especialista em educação, um em segurança pública, um em saúde. Quero contar com especialistas em todos os serviços públicos prestados pelo governo. Quero que essas pessoas façam um estudo desses serviços prestados à cidade e quero que elas fiquem responsáveis por propor. Sou candidata porque quero melhorar minha cidade.
Se eu posso contratar 25 assessores, não farei como o Reguffe. Quero esses 25 na rua, para saber o que está acontecendo nos quatro cantos do DF” E se eu quero melhorá-la, tenho que propor mudanças. Se eu posso contratar 25 assessores, não farei como o Reguffe. Quero esses 25 na rua, para saber o que está acontecendo nos quatro cantos do DF. Eu, Célia, não pretendo
ser oposição e nem governo, mas sim uma defensora da população da minha cidade. BC – Costumam dizer os mais experientes que político tem que ter lado, tem que ter cor. Lado ou é oposição ou é situação. CR – O meu lado é o da cidade, o meu lado é o dessa população que está esquecida. A Câmara Legislativa, hoje, é um ambiente de classes. Lá tem representantes da Polícia Civil, da PM, dos Bombeiros, sindicalistas, empresários e servidores públicos. Já o cidadão comum não tem representante no parlamento. Eu serei a representante dessa população. Porque eu, com os meus assessores, vamos ter o desenho das demandas da cidade e vamos propor soluções. Com os estudos que faremos, é aonde vamos colocar as emendas parlamentares. Se eu quero melhorar a educação, é lá que vou colocar dinheiro. BC – Mas você sabe que não é tão simples assim. Muitas vezes, o deputado apresenta o projeto e até aprova a emenda, mas o governo não repassa o dinheiro para a execução. Aí, passa a depender de um bom “diálogo” com o governo... CR – Diálogo é uma coisa, já negociar é outra. O diálogo é fundamental na vida do cidadão. Nós temos que dialogar 24 horas por dia. É por meio do diálogo que conseguimos resolver nossas demandas e nossos anseios. Sou uma pessoa que tem uma relação boa com todo mundo. Por exemplo, se for eleito o Agnelo ou o Rollemberg e a proposta for boa para a cidade, terá o meu apoio. O que eu quero é o bem da cidade. BC – Construção de um estádio como o Mané Garrincha é bom ou ruim? CR – Como atleta, defendo o Mané Garrincha. Brasília sempre ficou distante dos grandes shows e dos grandes jogos. Agora, ele tem que ser utilizado. BC – Você acha que os custos da obra ficaram dentro dos padrões?
Ninguém pensa Brasília para o futuro. Precisamos de planejamento para a cidade. Antes de chegar em um nível tão absurdo, já tinha que ter existido um grupo para planejar a cidade, mas ninguém se preocupou com isso”. CR – Acho que tem muita falação em torno disso e nada ficou comprovado. Falaram que foi o estádio mais caro, que o custo aumentou bastante. O nosso estádio é o mais ecológico do Brasil e o mais bonito. Porém, precisamos que ele seja mais utilizado, pois somos carentes de grandes shows e de grandes festas. Brasília é o centro do país. Se fizermos grandes shows e grandes jogos, temos condições de absorver o Brasil inteiro. BC – UPAs, hospitais ou Saúde em Casa. Qual seria a sua política de saúde? CR – Minha mãe tem 83 anos e é deficiente física. Gostaria muito que ela recebesse o médico em casa, porque, para ela, o deslocamento é muito difícil. Igual a ela, existem milhares de pessoas. Somos oito filhos, todos possuímos carro e condições de leva-la onde for necessário. E ela tem convênio médico. Imagina pessoas de baixa renda que estão na mesma condição dela, dentro de casa. O ideal é a gente recuperar essa relação boa entre médico e família, e trabalhar a prevenção. A prevenção tem que se iniciar desde o bebê e não pode ser interrompida. BC – Como defensora do ensino integral, você acha que os professores estão remunerados a contento, as escolas estão estruturadas, tanto para receber esses alunos, quanto para dar aos professores as condições de trabalho necessárias para que se dediquem à profissão? CR – De jeito nenhum. A gente sabe que é por isso que faltam professores. BC – Qual seria a sua proposta para os professores? CR – O professor tem que estar bem remunerado. Isso não se discute. Agora, ele tem que estar bem preparado. Eu sou favorável a que se tenha um professor e um ajudante em sala de aula. É impossível que um professor sozinho tome conta de uma turma de 35 a 40 alunos. Existe isso nos Estados Unidos e na Europa. Um professor não vai sozinho para a sala de aula. Deveria
ter um estagiário remunerado da área da educação para fazer este auxílio. BC – Brasília está com os padrões de segurança ideais? Na sua visão, melhorou ou piorou nos últimos anos? O que tem que ser feito para que se atinja o ideal? CR – Se existem falhas, tanto no Governo do Distrito Federal quanto no brasileiro, elas estão, principalmente, na segurança pública. A impressão que eu tenho é que são acéfalos, pois ela praticamente não existe. É incrível como as pessoas foram para as ruas há um ano e três meses e uma das principais reivindicações foi essa. Hoje, não podemos sair de casa. Sou favorável que a cidade seja totalmente monitorada. Claro que não estaríamos trabalhando a prevenção, mas, a partir daí, estaríamos fazendo a leitura da situação real da cidade. Agora, médicos e policiais têm que sair dos escritórios. Médico tem que sair do hospital e policial tem que voltar para as ruas. BC – Como você trabalharia o corporativismo da segurança, como a jornada de trabalho? O PM, hoje, trabalha 24h/72h. A mesma coisa ocorre na Polícia Civil e nos bombeiros. E o efetivo aproveita essas folgas para fazer bicos. Você brigaria, como deputada, contra esse corporativismo da segurança pública de Brasília? CR – É uma das coisas que eu já falei aqui. A Câmara Distrital, hoje, se dividiu em classes e só quem perde com isso é a população. Eles se juntam, votam leis que beneficiam só aqueles grupos e a população vai ficando abandonada. Então, nós temos que voltar com esses policiais para a rua, porque o policial fala que tem uma carga muito puxada, mas, se você trabalhar de maneira efetiva e preventiva, você vai ter uma relação boa com a comunidade. Tem que aumentar a carga de trabalho e reduzir a folga. BC – A pessoa que você contrataria para o seu gabinete seria orientada por você a propor medidas nesse sentido, para fazer um estudo para
reformular essa jornada? CR – Se for para o bem da população, eu faço. BC – A droga é um problema de saúde ou de segurança pública? CR – É um problema geral. É um problema de saúde, de segurança, de família, de educação, da falta do esporte. Acho que esse tema está bem atrasado, pois há dez anos já existia essa perspectiva de que iríamos perder o domínio. E nós perdemos. As famílias estão perdendo os seus filhos e seus irmãos. O número de viciados está muito grande e o custo para recuperar é muito maior. As fronteiras estão abertas. Temos que fiscalizar mais. As esco-
Temos que voltar com esses policiais para a rua. Tem que aumentar a carga de trabalho e reduzir a folga” las estão abertas. Temos que fiscalizar os aeroportos. Precisamos fazer uma força-tarefa para tirar das ruas aqueles que já entraram na droga, mas, mais do que isso, temos que fazer uma força-tarefa para que novos jovens não
entrem nesse mundo. BC – Brasília precisa de obras estruturantes no campo da engenharia? CR – Precisamos melhorar várias coisas. Dentro do que vem sendo feito nos últimos anos, ninguém pensa Brasília para o futuro. Hoje, abre-se uma pista para que se passe mais carro, mas ela acaba sendo obsoleta em menos de um ano. O que precisamos é de planejamento para a cidade, pois ela foi planejada para um número X de habitantes e esse número, hoje, é quatro vezes maior. Antes de chegar em um nível tão absurdo, já tinha que ter existido um grupo para planejar a cidade, mas ninguém se preocupou com isso. Isso é o que mais me dói. Nós estamos aqui há anos reclamando, vendo que a cada ano que passa,a cidade perde em qualidade de vida e ninguém fez nada. Todos os governadores que aqui passaram fizeram o mesmo tipo de trabalho. Até a recuperação do asfalto é feita da mesma maneira. Vai ali, tapa um buraco e está tudo bem. Ninguém chegou ali e disse: “chega de tapar todo dia o mesmo buraco, algo tem que ser feito para acabar com isso, pois precisamos de algo duradouro”. BC – A solução seria mais metrô e trem? CR – Metrô. Nós temos que copiar o que dá certo no mundo e o que dá certo é metrô. Menos poluente, mais barato e mais rápido. BC – Qual é sua mensagem para as 15 mil pessoas que você espera que votem em você para lhe assegurar a cadeira de deputada? CR – Eu sou uma cidadã como todos vocês, indignada e triste com o rumo que tomou nossa cidade. O que me fez sair do sofá foi querer entregar uma Brasília melhor para as futuras gerações. Nasci aqui, meus filhos e meus netos nasceram aqui Não posso me acovardar e continuar sentada. Tenho a obrigação de trabalhar e entregar uma Brasília melhor para as futuras gerações. n
Cidades 10 / 11 n Brasília, 13 a 19 de setembro de 2014 - redacao.bsbcapital@gmail.com
Gabriel Pontes
“V
ocê tem que tirar toda a roupa e agachar três vezes de frente, três vezes de costas. Um dia a funcionária me fez agachar quase 15 vezes. Ela disse que não estava conseguindo me ver. E falava: ‘faz força, abre essa perna direito’”, conta a manicure F.M., 41 anos, que visita o filho todos os finais de semana no presídio da Papuda. “Sem contar quando pedem para você abrir seus órgãos genitais com as mãos. Tem lugar que tem até espelho. Tudo para humilhar, para constranger”, afirma F.”. Este medieval procedimento ainda é, infelizmente, uma prática comum nas penitenciárias brasileiras. Recorde-se que eram os padres inquisidores, da Idade Média, que vasculhavam as vaginas das “bruxas” para achar sêmen do diabo. O método atual, no Brasil, quando usado fora da estreita e absoluta necessidade, é constitucional e internacionalmente vedado. A Conectas afirma que, em 2012, cerca 3,5 milhões de pessoas tiraram as roupas e abriram seus órgãos genitais nas penitenciárias do País para terem seus orifícios revistadas, sob a alegação de barrar a entrada de armas, drogas e celulares nas celas. São milhares de mães, filhas, esposas, tias e avós que se submetem regularmente a tal humilhação para visitar os parentes presos. Funcionários do Estado, travestidos de homens da lei e da ordem, realizam o procedimento, que já é considerado natural. Bebês de colo, idosas, mulheres com dificuldades de locomoção são todas massacradas da mesma forma. Independentemente da cor, credo ou crime que não tenham cometido. Não são apenas as mulheres parentes de presos que sofrem com os maus tratos no interior das penitenciárias. E.R. foi funcionário de carreira de uma empresa de transporte público de Brasília e é pai de cinco
Humilhação em dobro
Parentes são submetidos a revistas degradantes durante as visitas aos presos nos presídios brasileiro
E
m resposta à denúncia investigada pelo Brasília Capital, a Secretaria de Segurança Pública garante que os servidores dos presídios do DF não fazem revistas íntimas há cerca de um ano, desde a compra de scanners de corpo para as unidades prisionais. Os equipamentos ficam na entrada de cada unidade e todos os visitantes passam pelo aparelho. “Tratase de uma forma mais humanizada de atender aos visitantes, que ficam livres das revistas íntimas e, ao mesmo tempo, evitase a entrada de objetos como armas e drogas nos presídios”, diz a Secretaria.
filhos. Quatro deles são graduados, sidade; inexistência de nenhuma dois concursados e um mora no ex- outra alternativa; ordem judicial; terior. O caçula, porém, não seguiu concretização unicamente por proo caminho trilhado pela família. Se fissionais de saúde pública. Definitivamente, nenhuma delas envolveu com droga e acabou preso é respeitada dentro dos presídios. por tentativa de latrocínio. Há um ano e meio, toda semana, E.R. vai à Papuda encontrar com o Esperança - O Conselho Naciofilho. E, provavelmente, precisará nal de Política Criminal e Penitenrepetir esse ritual pelos próximos ciária publicou na terça-feira (2) no dois anos. “Ele tem que pagar pelos Diário Oficial da União, a resolução atos dele. Errou e deve responder que recomenda o fim da revista por isso. Mas, nós, pais, quando re- íntima no ingresso nos estabelesolvemos visitá-los, também somos cimentos penais de todo o Brasil. tratados como criminosos”, afirma. O texto veda quaisquer formas de “Lá dentro, me sinto pagando pelo revista vexatória, desumana ou demesmo crime que meu filho come- gradante, como desnudamento parcial ou total, introdução de objetos teu. Ou talvez pior”, lamenta. O tratamento dado aos familia- nas cavidades corporais da pessoa revistada, uso res dos presos é de cães ou anirealmente subumais farejadomano. “Lá denres, ainda que tro, se a gente treinados para quiser saber as esse fim, ou pehoras e pergundidos para que ta a algum ageno visitante dê te, ele finge que saltos ou faça não escutou. agachamento. Olha pro lado ou A solução empurra a gente seria usar a tecpara continuarnologia para mos andando”, evitar o consconta F. trangimento De acordo do cidadão. com a DefensoMáquinas de ria Pública, apeRaios-X cornas em 0,02% poral seriam das revistas foMinistério Público Federal instaladas nas ram encontraentradas dos dos materiais presídios, assim proibidos. “Esta como scanner é mais uma forma de punição aos presos”, diz o corporal, dentre outras tecnologias e equipamentos de segurança órgão. capazes de identificar armas, ex O que diz a lei - A Constitui- plosivos, drogas ou outros objetos ção Federal, artigo 5º, inciso II, diz ilícitos, ou, excepcionalmente, de que “ninguém pode ser submetido forma manual. O maior problema da norma a tortura ou a tratamento cruel ou desumano”. A dignidade humana, é o custo dos equipamentos, que de outro lado, é o valor-síntese do podem chegar a R$ 2 milhões por nosso Estado constitucional de di- presídio. A resolução do Ministério da Justiça não tem força de lei, mas reito (art. 1º, II da CF). Para se estabelecer a inspeção deverá orientar as autoridades pevaginal, diz a jurisprudência inter- nitenciárias estaduais a acabar com nacional, deve o Estado cumprir os procedimentos de revista vedaquatro condições: absoluta neces- dos pelo Conselho.
“Esta é mais uma forma de punição aos presos”
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águas claras
TAGUATINGA
Esgoto a céu aberto na Alameda das Acácias
Detran persiste no erro
Durante quatro dias os moradores da Quadra 107 tiveram que conviver com a sujeira e o mal cheiro de um esgoto que corria a céu aberto na avenida Alameda das Acácias. A Caesb foi acionada na terça-feira (2), mas só resolveu o problema na sexta-feira (6). Crianças e cachorros precisavam atravessar a rua no colo dos adultos que saltavam por cima da lama, nem sempre com sucesso.
União faz a força no Parque No domingo (14), acontece no Parque Ecológico de Águas Claras a primeira assembleia pública dos moradores da cidade. Acostumados com reuniões de condomínios, os moradores terão a oportunidade de discutir os problemas e as soluções em um espaço público aberto. Os organizadores prometem comunicar à Administração e aos órgãos responsáveis as demandas da comunidade.
Pelo menos no sábado (6) o clamor dos comerciantes da C-8, em Taguatinga Centro, e da QNA 3 foram atendidas. Os cones colocados pelo Detran foram retirados. Os carros voltaram a estacionar dos dois lados da pista, retomando ao antigo problema. A denúncia foi apresentada na edição 173 do Brasília Capital. E a solução apresentada pelos próprios frequentadores da área é transformar a via em mão única e criar vagas de estacionamento apenas de um lado. O Detran informou que durante a semana retornaria com os cones.
Calote padrão Fifa Dezessete pessoas que trabalharam na organização do Fifa Fan Fest, no Taguaparque, durante a Copa do Mundo, alegam que ainda não receberam o pagamento referente aos 35 dias de trabalho – em torno de R$ 2.500 por pessoa. De acordo com a denunciante, que não quer se identificar, a Star, empresa que contratou o serviço, diz ainda não ter recebido a verba da Secretaria de Cultura do DF. A Star foi procurada, mas não respondeu as ligações.
Valesca não vai à Parada Gay
Calçadas invadidas na Rua das Paineiras Na Rua das Paineiras, o pedestre não tem vez. Entre os edifícios Via Por do Sol e o Via Club Residence as calçadas perderam a função de proteger os pedestres dos carros e se transformaram em depósito de lixo, garagem ou jardim. “Não tem outra saída. O jeito é se arriscar andando no meio da rua e dividindo o espaço com os carros”, conta a moradora Larissa Oliveira. nFaça você também sua denúncia! Viu alguma coisa errada, mande para o email redacao.bsbcapital@gmail.com, em nosso perfil no facebook, ou na página Acorda Águas Claras.
A novela envolvendo a confirmação da Valesca Popuzuda e sua apresentação na 9ª Parada Gay de Taguatinga chegou ao fim. A funkeira não irá se apresentar na festa, que tinha como grito de guerra “Beijinho no Ombro para a homofobia passa longe”, devido a problemas contratuais com os organizadores. Mas a Parada Gay vai rolar, será domingo às 14hna QNE, em Taguatinga Norte.
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Tradição renovada Venâncio 2000 será revitalizado 40 anos depois Da Redação
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governamentais federais e distritais. No momento, mais de 6 mil pessoas trabalham no empreendimento. Entre as operações disponíveis, o local oferece serviços essenciais para atendimento ao cidadão como Procon, cinco cartórios, Centro de Atendimento ao Solicitante de Visto (EUA), duas faculdades, um hospital-dia, a Defensoria Pública e, em breve, a Delegacia Regional do Trabalho (DRT), vinculada ao Ministério do Trabalho.
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Shopping Venâncio 2000 é bem familiar dos brasilienses. Localizado em área nobre no centro do Plano Piloto, com mais de 120 mil m² de área construída, o prédio, inaugurado em 1976, representou mudanças significativas nos hábitos e padrões de consumo na capital federal. Passadas quatro décadas, os empreendedores
André e Rafael Venâncio, filhos do patriarca da família, Antônio Venâncio da Silva, e motivados pela expansão imobiliária e de shopping centers, decidiram empreender num projeto de revitalização arquitetônica, comercial e tecnológica. Assim, o tradicional Venâncio 2000 vai ganhar novas atividades de varejo e alimentação, além de manter a vocação no segmento de prestação de serviços, como cartórios, instituições
Tele-Entrega
3551-2261 3047-5656 3551-2262 3301-4356
Aberto das 18:30h às 23:00h
QE 25 LOTE 38 PARTE 02 - SETOR DE INDÚSTRIA DE TAGUATINGA
Crônica Fernando Pinto*
Meu pedido de perdão ao poeta da MPB Aos 84 anos de idade cronológica, Josemir Barbosa (o maior seresteiro que conheço) mostrou que continua com a voz mais rica do que nunca, ao ouvi-lo numa festa aqui em Brasília. Sobre esse barítono fora de série, que continua subvivendo com salário mínimo, somado às apresentações em bares e festas comemorativas particulares (raras), já escrevi uma crônica aqui neste cantinho de página, intitulada O Nosso Frank Sinatra, comparando a pobreza material do brasileiro com o crooner norte-americano, que se aposentou milionário. Em seu variado repertório da MPB, JB incluiu músicas de Sérgio Bittencourt, misto de jornalista e compositor de mesmo nível de Vinícius de Moraes e Tom Jobim, mas que ficou esquecido pela mídia. Mesmo quando se encontrava no auge da glória efêmera de artista, SB não gozava da estima de seus coleguinhas jornalistas, devido ao seu tipo arrogante. Também me inclui nesta lista de desafetos gratuitos, com agravante de que certa madrugada lhe disse alguns desaforos, a troco de nada. Só depois de sua morte precoce, aos 38 anos, todos nós que demonstrávamos antipatia explícita, ficamos sabendo o tamanho da generosidade de Sérgio. Simplesmente, ele sustentava um hospital para crianças hemofílicas, até porque ele também sofria desta traiçoeira doença. e ninguém sabia. Até hoje, 35 anos depois, não consegui exorcizar o arrependimento por minha intransigência, agravada pelas palavras grosseiras à queima roupa. Por isso, peço perdão póstumo a esse poeta da Música Popular Brasileira, se é que ele possa me ouvir no patamar em que se encontra no Oriente Eterno, porque praticava o Bem sem alarde, uma atitude verdadeiramente cristã. Movido por esse ato de contrição tardio, não resisti à enxurrada de lágrimas, no show de emoções que Josemir proporcionou, na última terça-feira, dia 05, no 32º Aniversário da minha filha Fernanda. Ao ouvi-lo interpretar Naquele Mesa, homenagem que SB fez ao seu famoso pai Jacó do Bandolim, principalmente nas duas últimas estrofes: ...”Eu não sabia que doía tanto / Uma mesa no canto, uma casa e um jardim / Se eu soubesse quanto dói a vida / Essa dor tão doída não doía assim... Agora resta uma mesa na sala / E hoje ninguém fala no seu bandolim. / Naquela mesa tá faltando ele / E a saudade dele tá batendo em mim.”.
"Antiga pizzaria Manollo’s" *Fernando Pinto é jornalista e escritor
Geral
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divulgação
PSDB paga R$ 2,5 mi por ações de ‘militância’ Estadão – 9.9
Thaísa com a dona do dinheiro devolvido. Orgulho do pai Fernando
Bom exemplo de pai influencia filha G1 – 9.9 Thaísa Salustino voltava do trabalho quando encontrou duas contas para pagar e R$ 100 no piso de um ônibus, em Natal (RN). A estudante de Pegagogia, que tem 18 anos, até pensou em ficar com o dinheiro, mas
Não consigo acreditar num partido que coloca por 12 anos um diretor para assaltar os cofres da Petrobras” Disse a candidata à presidência Marina Silva ao se referir ao PT em sabatina do jornal “O Globo”.
decidiu fazer diferente: usou a quantia para pagar os boletos de água e luz e devolveu o troco para a dona. Um bom exemplo já conhecido na família. O pai de Thaísa é Fernando Salustino, taxista que no ano passado devolveu R$ 15 mil achados dentro de uma mochila.
Apple lança iPhone 6, iPhone 6 Plus e Watch
Apartamento mais caro do mundo custa R$ 1 bi Casa e Jardim – 9.9 Ficou ainda mais difícil tornar-se proprietário do apartamento mais caro do mundo. O imóvel foi anunciado em abril deste ano pelo valor de US$ 250 milhões, mas agora passou a custar a bagatela de US$ 475 milhões,
O comitê financeiro da campanha presidencial de Aécio Neves (PSDB) pagou, em agosto, cerca de R$ 2,5 milhões a uma empresa de eventos por um serviço descrito como “atividades de militância e mobilização de rua”. Com sede no Rio de Janeiro, a Entreter Festas e Eventos “forneceu” para a campanha do tucano 1.112 cabos eleitorais. As candidaturas de Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB) não registraram o mesmo serviço em suas prestações de contas com essa descrição. Segundo a campanha tucana, as despesas pagas para a Entreter são de serviços de “adesivação de veículos” e o custo total engloba gastos com gasolina, transporte e outros itens. “Não são apenas salários”.
pouco mais de um bilhão de reais, de acordo com o Huffington Post. A construção do edifício Tour Odéon começou em 2009 e ainda está em andamento. A localização é privilegiada: o prédio fica no Principado de Mônaco e oferece uma vista panorâmica para o Mediterrâneo.
TechTudo – 9.9 O iPhone 6 e o iPhone 6 Plus são realidade. A Apple lançou na terça-feira (9) novos modelos de smartphones, confirmando o que especulações nos últimos meses. Os aparelhos foram lançados por preços a partir de US$ 199, no modelo simples, e US$ 299, para o iPhone Plus, com contratos com operadoras. Eles chegam ao mercado no dia 19 de setembro, mas sem data confirmada para o Brasil. Além dos aparelhos, a companhia ainda apresentou o novo iOS 8, além do relógio Apple Watch.
MARCELO RAMOS
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O REPÓRTER DO POVÃO
Programa O Povo e o Poder de segunda a sábado das 8h às 10h
Rádio Bandeirantes - AM 1.410 Ligue e participe: 3351-1410 / 3351-1610 www.opovoeopoder.com.br
Geral
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José Matos Chico Xavier – Um ser comum que elevou-se
Q
uem não conhece a história de Francisco Cândido Xavier imagina que ele sempre foi um iluminado. Mas não é assim. Chico era uma pessoa comum que aceitou a disciplina imposta por um Mestre desencarnado chamado, Emmanuel. Vidente desde os quatro anos de idade, Chico Xavier mantinha diálogo com a mãe desencarnada. Com mais idade, conheceu seu Mestre, que se
apresentou como guia e exigiu dele três qualidades: disciplina, disciplina, disciplina. Por muito tempo, Chico demonstrou ser uma pessoa frágil e insegura, mas pouco a pouco, o Mestre conseguiu fazer com que ele se tornasse forte, sábio e amoroso, assombrando o cientista Waldo Vieira, que afirmou: “Chico foi a pessoa mais sábia que conheci na minha vida”. O médium repetia que até aula de gramática recebeu dos espíritos.
Termogênese
Muitos alimentos apresentam efeito termogênico. Isso quer dizer que auxiliam nosso corpo para maior produção de calor, ou produção de energia. O tecido adiposo marrom é o grande responsável pelo processo de termogênese, mas nós adultos quase não temos esse tipo de tecido adiposo. O que podemos fazer é uma adaptação do nosso tecido adiposo branco, aumentando o número de mitocôndrias nesse tecido. As mitocôndrias são organelas celulares responsáveis pela queima de gordura. Como fazer isso? Respirando mais, ou fazendo exercícios que te façam respirar mais, aqueles chamados de aeróbios, que demandam mais oxigênio. Isso faz
N
osso corpo produz calor quando produz energia a partir dos nutrientes que comemos e também quando gasta energia para realizar suas atividades basais ou outras atividades facultativas, como exercícios físicos. Esse calor produzido é para manutenção da temperatura corporal, que deve estar em torno de 37 ºC para que nossas reações bioquímicas ocorram. Quando estamos em ambiente frio, nosso corpo produz mais calor. Quando comemos, nosso corpo produz calor. Esse processo chama-se termogênese.
Ser guiado por mestres encarnados é comum no Hinduísmo e no Budismo. Mas é possível o mestre ser desencarnado. Foi o caso de Chico. Por sofrer desde os quatro anos de idade, quando perdeu a mãe, e por ser muito pobre, havia a possibilidade de desenvolver o “complexo de coitadinho” e não lutar para progredir. Talvez tenha sido essa a razão mais forte para Emmanuel ter sido tão duro com ele. Chico passou incólume pelas quatro provas principais que atormentam os iniciados: dinheiro, sexo, vaidade e vaidade. Como
Caroline Romeiro
Sáude e Nutrição com que você tenha termogênese, gaste mais energia. Nós podemos contar com a ajuda de alimentos que estimulam nosso sistema nervoso simpático
médium, recebeu mais de 400 livros e doou todos os direitos autorais. Não se tem notícias de desvios na área sexual. Não aceitava elogios que pudessem despertar a vaidade. E, no final da vida, não deu mostras que terminasse fracassando na última prova: a segunda vaidade, a de ter superado as dificuldades, conhecida nos meios iniciáticos como Última Tentação. Se Chico Xavier foi uma pessoa comum e venceu, é prova de que também somos capazes, porque todos, ao nascermos, ganhamos mestres desencarnados para nos guiar pelas portas da consciência e da intuição.
e, com isso, teremos aumento de batimentos cardíacos. Mobilizamos gordura do tecido adiposo e fazemos termogênese. Entre os alimentos que aceleram este processo estão a pimenta, por conter capsaicinoides; o chá verde, pelas catequinas; a cafeína, presente no café e em muitos chás ou no chocolate amargo; o alho e gorduras de cadeia média, como a gordura do coco. Portanto, para aumentar a termogênese corporal, o segredo continua sendo a alimentação e os exercícios físicos. Procure um nutricionista para saber quais as combinações e concentrações necessárias dessas substâncias aumentam a termogênese.
Lazer
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ENTRETENIMENTO tirinhas
nA professora combina com as alunas que, quando Joãozinho chegasse e falasse alguma besteira, todas as meninas sairiam da sala. Joãozinho chegou atrasado e a professora indagou: - Por que você se atrasou? - Estava vendo a construção de um puteiro lá perto de casa – respondeu Joãozinho. Nesse momento, todas as meninas saíram correndo da sala. Então,
Cruzadas
Piada
Joãozinho gritou: - Calma putaiada! Estão construindo ainda e não contratando! nTinha um papagaio muito abusado que ficava na porta da barbearia. Sempre que Selminha passava por lá, ele exclamava: - Oi, puta! Ela, já farta, queixou-se ao dono da barbearia, que resolveu dar um castigo no papagaio: pintou a ave de preto.
Respostas Dias depois, Selminha passou na porta e o papagaio, pintado de preto, não disse nada. No dia seguinte, ela passou mais duas vezes e o bicho quieto... Ela começou a rir e falou: - Bem feito. E aí mané, não vai dizer nada? Tranquilamente, o papagaio respondeu: - Quando estou de smoking, não falo com puta.