Final project- Architecture and Urbanism

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aluna: GABRIELLA DE CARVALHO DOWLING orientadora: JOYCE DE ARAUJO MENDONÇA (FATAH) diplomação II peniténciária masculina de segurança mínima

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introdução

dedicatória............................................................ 02 contexto histórico................................................. 03 história da arquitetura prisional......................... 05 estudo de caso...................................................... 06 projetos de refêrencia.......................................... 07 a arte na vida do apenado.................................. 08

o projeto

sumário

objetivo do projeto.............................................. 10 localização............................................................. 11 levantamento de dados....................................... 12 entorno topografia vegetação condicionantes ambientais programa de necessidades................................. 14 conceito adotado................................................. 15 sistema estrutural................................................. 17 níveis e volumentria............................................. 18 situação e implantação........................................ 19 acessos................................................................... 20 planta geral........................................................... 21 planta baixa........................................................... 24 setor externo e intermediário 1 setor interno setor intermediário 2 vistas e visuais....................................................... 28 bibliografia............................................................ 30


dedicatória

Quero dedicar esse trabalho primeiramente a meus pais que sempre me apoiaram e ajudaram a dar meu melhor nesse trabalho de conclusão de curso. Agradecer à Erika Sun pelo incentivo e grande ajuda com o fornecimento de material para a realização deste trabalho. Аоs amigos, pelo incentivo е pelo apoio constante. E finalmente à minha querida orientadora, pela paciência e seu grande desprendimento em ajudar-me nessa etapa final e amizade sincera.

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contexto histórico NA GRÉCIA ANTIGA E EM ROMA, era aplicado a pena de morte ou sanções desumanas como açoites, castigos corporais, mutilações etc. A pena era um instrumento de defesa do Estado, de prevenção e até de correção do apenado. (SUN, Erika. 2008. p.22) NA GRÉCIA CLÁSSICA, a pena é comparada ao ostracismo, que era uma forma de punição política, expulsando o indivíduo, forçando-o ao exílio por um período de 10 anos ou mais. Exílio esse que a sociedade via como ato de exclusão. Vivendo na morte. (SUN, Erika. 2008. p.31) IDADE MÉDIA, a pena é vista pela exclusão do indivíduo - ou seu total esquecimento. Originado por mosteiros onde solidão e isolamento promoviam a remissão dos pecados. Ambiente de exclusão de torna um lugar de cunho religioso. Tribunais foram criados no período de inquisição para condenar e julgar “hereges” e a partir dai que a pena era sentenciada (prisão temporária, prisão perpétua, morte na fogueira, etc). Durante anos, a prisão tinha por objetivo a guarda de escravos e de prisioneiros de guerra ou a custódia de réus até o julgamento. Aqueles que eram condenados, eram punidos com morte, amputação de membros e trabalhos forçados. Com o tempo a pena de morte parou de intimidar os condenados. Foi a partir do Século XVIII que a prisão se tornou o principal castigo. A partir daí, condenados eram exilados atrás de muros de pedra e condenados a inúmeras torturas veladas. (SUN, Erika. 2008. p.31) A institucionalização da prisão ocorreu em um contexto onde estavam ocorrendo reformas da justiça tradicional, formulando novas teorias da lei e do crime, dando assim uma nova justificativa moral e política no direito de punir (SUN, Erika. 2008. p.32). Fato esse que coincidiu com o momento em que se percebeu o quão rentável a criação de novas penitenciárias poderia ser.

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contexto histórico Naquele tempo, não havia um sistema prisional definido, presos apenas eram confinados como animais em jaulas até a instrução criminal ou execução da pena. Não havia separação por sexo, idade, ou outro critério. Apenas no fim do século XVII, a pena privativa passou a ser institucionalizada. A prisão, segundo Foucault, não deve ser vista como uma instituição inerte. Ao contrário, sempre fez parte de um campo ativo onde abundaram os projetos, os remanejamentos, as experiências, os discursos teóricos, os testemunhos, os inquéritos.¹ (SUN, Erika. 2008. p.21) Segundo Frederico Marques, o Direito Penal é um

Conjunto de normas que ligam o crime, como fato, à pena, como consequência, e disciplinam também as relações jurídicas daí derivadas, para estabelecer a aplicabilidade de medidas de segurança e a tutela do direito de liberdade em face do poder de punir do Estado.²

A prevenção especial positiva estaria relacionada à ressocialização, trazendo ao infrator penal o direito de reeducação e tratamento penal, de modo a permitir a cura ao invés do simples castigo. Esse princípio seria apropriado para o projeto que será apresentado a seguir, tendo em mente quem nenhuma manifestação hostil ou de intimidação será abordada, pois não é vista como um modo eficaz de aplicar a pena (a mesma trata como prevenção geral negativa). Assim, conforme Francisco César Pinheiro Rodrigues:

Há quem veja no medo um estímulo inferior e primitivo. Mas, na verdade, é ele o grande manancial da virtude, da democracia e do Estado de direito, tão louvado, mas tão mal compreendido. É o medo da reprovação que estimula o aluno a estudar matérias aborrecidas, mas necessárias. E com isso ganham o futuro profissional e a coletividade. É o medo da imprensa que leva os homens públicos a não ceder tanto à tentação de lançar mão do dinheiro público. É o medo da punição que leva um policial algo perverso a não torturar um suspeito antipático. É o medo da multa alta que diminui a velocidade dos carros, o que resulta em menos mortes na estrada. É o medo da não-reeleição que induz o político a caprichar na sua atuação. É o medo da concorrência que leva o industrial a melhorar ou baratear o seu produto. E por aí afora.³

¹ FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir: nascimento da prisão. Tradução de Raquel Ramalhete. 27. ed., Petrópolis: Vozes, 2003, p. 198. ² Apud. MARQUES, José Frederico. Curso de direito penal. 15. ed., São Paulo: Saraiva, 1978, v.1, p. 12. ³ Apud. RODRIGUES, Francisco César Pinheiro. Paradoxos da pena. RT 651/381-383.

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história da arquitetura prisional

A arquitetura prisional passou por diversas formas e testes até chegar no modelo mais usado atualmente: o modelo Radial. Antes deste se concretizar, o modelo penitenciário era precário, onde masmorras e grandes muros de pedra escondiam a realidade que eram inúmeras torturas veladas. Um exemplo desta arquitetura, que agora é aberto para visitas turísticas, é o House of CorrecIon, 1550 e 1552 - Londres. Onde se torturavam não só adultos, mas mulheres, crianças e animais. Tudo no mesmo espaço precário. Penitenciárias em modelo pavilhonar são as mais antigas já encontradas depois de muros e masmorras, onde todo o edifício circunda em volta de um pavilhão onde eram realizados tiros e torturas ao ar livre. Como exemplo deste modelo, pode-se citar a Penitenciária Estadual de Auburn, 1823. 100 anos se passaram com várias alterações no tocante aos projetos e mais consciência de direitos humanos e qualidade de vida e finalmente chegamos à modernidade cujo modelo Penitenciário Espinhal é empregado em larga escala no Brasil e o modelo Penitenciário Radial, empregado mais na Europa Ocidental. Outro partido adotado no planejamento do espaço de prisões foi o Panóptico, elaborado por Jeremy Bentham, em tentativa de resolver os problemas de encarceramento a partir de uma simples idéia arquitetônica. “O plano era dominado pela idéia de que seria eficiente e econômico se todas as celas pudessem ser observadas de um único ponto”. Assim, a concepção tratava de um grande edifício circular, coberto por uma cúpula, com um posto de observação para guardas no centro e ao seu redor celas. (SUN, Erika. 2008. p.42) O panóptico tornou-se, assim, o programa arquitetural da maior parte dos projetos de prisão, por se tratar da maneira mais direta de tornar a arquitetura transparente à gestão do poder, de permitir que a força ou as coações violentas fossem substituídas pela eficácia suave de uma vigilância sem falha, de ordenar o espaço segundo a recente humanização dos códigos e a nova teoria penitenciária: (SUN, Erika. 2008. p.42). Partido esse usado no projeto apresentado.

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estudo de caso O estudo de caso foi feito na Irlanda, na Cloverhill Prison, em Dublin. Sua planta apresenta forma radial, onde em seu centro, há um pátio colorido com piso artístico, demonstrando um ambiente menos hostil e perigoso. Em todo o partido, as cores das paredes são vivas. Um diferencial muito importante, que é comum em prisões na Europa, é que os próprios prisioneiros são os funcionários do estabelecimento. Eles são faxineiros, cozinheiros, supervisores da loja, decoradores, barbeadores, etc. Esse sistema é importante pois torna o complexo rentável além de ocupar o dia-a-dia do prisioneiro com tarefas domésticas, distraindo-o, ressociando-o, e consequentemente fazendo com que o preso tenha mais chances de entrar no mercado de trabalho, posteriormente. Cada “asa” da planta é responsável por uma função do edifício. Existe a asa de Saúde, a asa para detentos vulneráveis (dependentes químicos e lesionados), a asa de prisioneiros perigosos e a asa responsável por abrigar todos os funcionários de segurança e administração do complexo. Essa visita à Cloverhill Prison foi essencial para entender a circulação dentro da prisão, como funciona o sistema carcerário e que elementos seriam essenciais em um partido arquitetônico de uma prisão de segurança mínima masculina.

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projetos de referência Como ponto de partida do processo criativo, Brasília foi a principal inspiração, devido à sua arquitetura modernista e planejamento urbano artístico único. Seus princípios arquitetônicos rompem com os antigos estilos de arquitetura colonial, trazendo projetos mais leves, linhas “sensuais” e uma visão mais futurista da sociedade para a época. A afirmação de Oscar Niemeyer foi a base para a maior influência neste projeto. Amplamente conhecido por sua atitude inventiva e liberdade conceitual associada ao uso de superfícies curvas, incluí seu conceito em meus desenhos iniciais onde seu trabalho tem a maior influência no design atual de cada edifício. Niemeyer criou prédios únicos a partir de uma fonte muito limitada de curvas sem associá-los principalmente à formas ortogonais. Este estilo único é uma IDENTIDADE clara da arquitetura modernista de Brasília e pode ser visto nas três seções do presente projeto de complexo prisional. O principal material utilizado para essa estrutura é o concreto armado, característica do trabalho de Niemeyer: maleável, resistente a altas temperaturas e amplamente utilizado em outros países. O uso desse material foi essencial para que eu tivesse a liberdade de "brincar" com diferentes formas no projeto prisional. Por fim, trazendo as idéias de Niemeyer para o projeto, o que humaniza o ambiente para os detentos, o mesmo foi incorporado no conceito rígido que é o Sistema Prisional do Panóptico.

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a arte na vida do apenado O assunto em pauta está respaldado na Lei Nº 7.210, de 11.07.1984, art.1 conhecida como Lei de Execução Penal – LEP, onde prescreve em seu art.10 “A assistência ao preso e ao internado é dever do Estado, objetivando prevenir o crime e orientar o retorno à convivência em sociedade”. Está previsto também no Art. 83 [...], consta que - O estabelecimento penal, conforme a sua natureza, deverá contar em suas dependências com áreas e serviços destinados a dar assistência, educação, trabalho, recreação e prática esportiva. (MAIA e BERTAZZO. 2014. p.4) Assim sendo, cabe nessa perspectiva trabalhar com arte nas dependências do presídio, com o fito de evitar a ociosidade, evitar o pensamento nocivo dos apenados, mas sim envolve-los em atividades prazerosas na expectativa de reinseri-lo, reintegrá-lo a sociedade mais humanizado e valorizado. (MAIA e BERTAZZO. 2014. p.4) Como bem ressalta Maia e Bertazzo.

A arte hoje tem um papel fundamental na religação da sociedade, na reorganização do tecido social desfeito pela violência, pelo ódio pela ira. A arte é uma maneira de despertar o indivíduo para que este dê maior atenção ao seu próprio processo de sentir. Através dela pode-se, então despertar a atenção de cada um para a sua maneira particular de sentir sobre o qual se elaboram todos os outros processos racionais. Encontrando nas formas artísticas, simbolizações para os seus sentimentos, os indivíduos ampliam o seu conhecimento de si próprio através da descoberta dos padrões e da natureza de seu sentir. A arte no presídio contribui sobremaneira na humanização do apenado, por meio das diversas linguagens que a mesma apresenta.

Mere também destaque suas palavras :

A arte possibilita a reconstrução e integração da personalidade e do caráter do indivíduo desfeita quando submetido ao cárcere. Assim, ela pode se constituir como catalisadoras de um processo de resgate de qualidade de vida, em seu sentido mais humano, aliviando as tensões e as ansiedades presentes e vividas nos espaços prisionais. É preciso pensar em soluções que possam sim incluir. E a proposta deste artigo enfatizar que pela arte há possibilidade de libertar/incluir. A arte tem o poder de transformar de forma radical a pessoa, para melhorá-la, torná-la mais humana, permitindo que os esses homens e essas mulheres sejam reconhecidos como sujeitos da sua história e não como meros objetos alijados da sociedade.

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objetivo do projeto O sistema prisional brasileiro, atualmente, segue o modelo arquitetônico espinhal. Este modelo, sem o necessário investimento, tornou-se obsoleto, deixando de cumprir o objetivo principal de um sistema prisional que é o de reeducar e realocar do prisioneiro na sociedade. O objetivo desde projeto é conscientizar a população de que o sistema prisional é um espaço de reeducação e recuperação do preso à sociedade, e não de castigo, tortura e repreensão. Um lugar para que os presos se conscientizem dos delitos cometidos e se responsabilizarem por esses erros. Atualmente o sistema prisional é visto como um órgão excluído pela comunidade, porém, ele deve ser tratado de uma forma especial, já que é responsável pela re-educação de pessoas que entraram pelo caminho da criminalidade. O projeto tem como foco estabelecer uma conexão forte entre apenado e sua família, além de dar qualidade de vida. Oferecendo espaços que melhorem sua saúde mental, emocional e corporal. Atualmente a maioria dos infratores não possuem uma educação de qualidade, resultando em serem facilmente influenciados por terceiros, sem saber julgar o certo do errado, além de sairem para as ruas e se envolverem, em sua maioria, com tráfico de drogas - crime esse causado pela falta de atividades extra-curriculares por parte do sistema educacional.

A escolaridade dos presidiários brasileiros

24,92%

ensino médio incompleto até acima de superior completo

Casos de prisões no Brasil tráfico de drogas

Furto 12% 25% Homicídio 20%

75,08%

até ensino fundamental completo FONTE: PNAD e INFOPEN

Roubo 21%

Outros 25% FONTE: G1

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localização O terreno se localiza em um lote perto da atual Papuda em São Sebastião. O motivo da escolha desde local foi para servir como um complexo arquitetônico de “suporte” a Penitenciária de Brasília e abrigar presos que são destinados para as divisões CDP (Centro de Detenção Provisória) e CIR (Centro de Internamento e Reeducação) recebendo detentos em periodo de julgamento (2 a 5 anos).

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levantamento de dados Um dois motivos primordiais para a instalação do novo complexo penitênciário DOME perto da Papuda foi que, além de ser um lugar fora do contexto urbano de cidade, há um proveito da atual situação de crescimento populacional de São Sebastião: a medida que os familiares dos detentos já estavam instalados nos arredores do atual presídio. Nota-se nos diagramas a influência da Papuda com o entorno:

baixa (15<50 hab/hec) média (50<150 hab/hec) alta (>150 hab/hec)

Papuda

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levantamento de dados Ao lado estão dispostos diagrama de análise do terreno. O primeiro se resume ao entorno do complexo. O segundo demonstra as curvas de níveis - mostrando que a declividade não é muito ascendente, ou seja, o terreno é praticamente plano. O terceiro é a análise da vegetação - atualmente a legenda campo não possue árvores de grande porte e o terreno não se encontra em área de reflorestamento ou proteção ambiental. O quarto diagrama são as condicionantes climáticas para saber direção dos ventos e caminho do sol - essencial para posicionar muros e aberturas.

1. 3.

2.

curvas de níveis 5 em 5 metros

1. Penitênciária Federal de Brasília 2. Papuda 3. Projeto DOME

ventos nordeste

18:09 ventos leste

reflorestamento mata cerrado campo

5:51

ventos sudeste

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programa de necessidades setor externo

setor intermediário

setor interno

módulo de guarda externa

• 70,5m²

triagem

• 71,3m²

módulo de visitas íntimas

módulo de agentes penitênciários

• 222,5m²

saúde

• 195m²

módulos de educação

módulos de recepção e revista • 236,4m² de visitantes administração

• 112,25m²

tratamento penal • 173,65m²

módulos de oficinas

módulo de serviços • 456,30m²

módulos de vivência coletiva módulos vivencia individual módulos de tratamento para dependentes químicos módulos de esportes

• 29,3m²

{

• 236m²

{

• 1 648m² • 822m²

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conceito adotado Para este projeto, adaptei o modelo do Panóptico, considerado por Foucault como o melhor modelo arquitetônico para uma prisão, e implementei elementos de arquitetura moderna e leve de Niemeyer.

mais o ambiente para os internos e incorpora bem esse modelo do Panopticon.

Basicamente, este projeto consiste em uma estrutura circular e uma torre de inspeção em seu centro , sendo uma experiência bem sucedida em muitos países. Exemplos deste modelo podem ser encontrados em muitas prisões nos EUA, como no Estado de Virgínia e Pensilvânia.

Depois de muita pesquisa e discussão com os professores, o projeto original era para 300 presos, mas no final foi acordado que a prisão abrigaria apenas 180 presos provisórios. De acordo com a lei brasileira, todas as prisões devem ser divididas em três setores: Setor Externo, Setor Intermediário e Setor Interno. Esses três setores estão refletidos nos desenhos iniciais a seguir:

Nos desenhos iniciais, nota-se a forma de circular e esboços de curvas suaves, trazendo as idéias de Niemeyer para o projeto, o que, humaniza

1

2

3

1. Setor Externo: área de recepção, seção administrativa e segurança 2. Setor Intermediário: área jurídica, área educacional, área de eventos, área de saúde, área para esportes e área para serviços 3. Setor Interno: celas, barbearia, loja.

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conceito adotado O Setor Intermediário é responsável como elemento integrador desta prisão. Para cumprir esse objetivo, essa estrutura foi subdividida em três outros conceitos que humanizam o projeto, trazendo qualidade de vida ao detento. Para se chegar à “cura” da pessoa que cometeu o crime é preciso estar atento não apenas educá-lo com livros e trabalho, mas se atentar em salvar sua MENTE, sua ALMA e seu CORPO. Isso é refletido no meu esboço inicial. Tudo isso objetivou atender a necessidade do usuário do projeto: Homens adultos entre 18 e 65 anos. As 3 áreas do edifício são:

MENTE

ALMA

CORPO

-O setor responsável por cuidar da MENTE e da educação do preso consiste nas áreas Jurídica e Educacional. -O setor responsável por atender a ALMA une todas as áreas de eventos polivalentes e visitas íntimas para reunir reclusos com a família e amigos. -Os setores responsáveis por cuidar do CORPO e dar mais qualidade de vida são os esportes e a área de saúde. Além disso, adicionei mais um corpo semelhante ao setor intermediário para abrigar área de serviços como a cozinha industrial, lavanderia e área de plantão da guarda interna

área jurídica e educacional

área para visitas e eventos

área de saúde e esportes

cozinha industrial

lavanderia

área de segurança e guarda interna

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sistema estrutural Ao entrar no complexo, o detento entra pela triagem até o pátio central onde pode observar a cúpula monumental onde se localizam as celas. As células são individuais para que os detentos consigam reconstruir suas próprias identidades – reconstruindo assim sua consciência - não se deixando influenciar por revoltas e gangues. No centro da cúpula, no entanto, se encontra uma torre de observação para que o prisioneiro seja vigiado para fins de segurança. De acordo com os projetos de Niemeyer, o concreto reforçado é bastante utilizado. O sistema construtivo do setor intermediário foi pensado de maneira tradicional, ou seja, as paredes estruturais e alvenaria de concreto suportam a cobertura de telha metálica termo-acústica e a malha estrutural é de forma radial.

A cúpula principal segue um conceito estrutural diferente. As vigas saem do chão para a torre central que funciona como uma coluna que mantém toda a casca do projeto. Para sustentar o peso do primeiro e segundo andar, as paredes são todas estruturais e pilares são colocados no chão para sustentar o peso dos 150 presos. O último andar da cúpula abriga mais 30 presos, o piso é atirantado por cabos de aço que se prendem na concha da cúpula deixando esse ultimo pavimento suspenso - embora as paredes também sejam estruturais.

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níveis e volumetria O projeto se resume predomenantemente no nível térreo. O unico elemento que eleva mais dois pavimentos é a cúpula com as celas, para abrigar mais prisioneiros dentro do complexo. Reservatório Superior 13.02 2º Pavimento 8.46 1º Pavimento 4.26 Térreo 0.00 Reservatório Inferior -2.35

Triagem

Celas Individuais

Lavanderia

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situação e implantação

Planta de Situação

Planta de Implantação 19/30


acessos O projeto DOME possue três acessos diferentes: O primeiro é a entrada de veículos para o estacionamento exclusivo de funcionários além de ser área onde se destinam os onibus que transportam detentos. O Segundo acesso de veículos se destina ao estacionamento de visitantes onde se tem uma praça para aguarde de familiares para dentro da recepção. Nessa praça possue murais expostos com os desenhos e artes que os detentos fizeram em seu dia-a-dia. O motivo de oferecer essa área de estar ao ar livre é para que os familiares possam se informar do progresso do preso dentro do complexo. O terceiro acesso de veículos é exclusivo para caminhões de carga que irão fornecer produtos e alimentos para a penitênciária. Essa área em específico é destinado para carga e descarga apenas.

entrada de veículos autorizados (estacionamento de onibus dos detentos e veiculo de funcionários) entrada de veículos visitantes entrada de veículos (estacionamento de caminhões de alimentos e produtos) acesso de visitantes (entrada e saída) acesso de funcionários acesso de detentos (entrada e saída) carga e descarga

Planta de Implantação 20/30


planta geral A malha estrutual do projeto é predominantemente concêntrica, onde seu centro se localiza no na torre de observação da cúpula, fazendo assim com que os edificios tenham a mesma linguagem arquitetônica. Diagramas a seguir irãodemonstrar malha estrutural, setores, áreas e circulação.

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planta geral

estrutura

setores

Setor Externo Malha estrutural

Setor Intermediรกrio Setor Interno

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planta geral

MÓDULOS

fluxos

Recepção

Módulo vivência individual

Módulo educacional

Refeitório

Módulo de visitas

Cozinha industrial

Módulo jurídico

Nutricionista

Triagem

Lavanderia

Módulo de saúde

Módulo da guarda interna e segurança

Módulo de Esportes

Área comum coberta

Circulação de visitantes e representantes jurídicos Circulação professores Circulação mista (visitas + detentos) Circulação funcionários (médicos, guardas, nutricionistas, etc) Circulação mista (médicos +detentos) Circulação de detentos

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planta baixa 1. Recepção 2. Biblioteca 3. Área de trabalho

11. 12. 13. 4. Sala de aula 14. 5. Sala dos professores 15. 6. Área de visitas 16. 7. Eventos polivalentes 17. 8. Visitas intímas 18. 9. Depósito 19. 10. DML 20.

WC PNE WC feminino WC masculino Área de espera Defensoria pública Sala de interrogatório/audiência Atendimento jurídico Área de espera para detentos Triagem (entrada e saída) Sala de pertenses

21. 22. 23. 24. 25. 26. 27. 28. 29. 30.

Biometria Chuveiros Área de revista íntima Sala de espera Área de ponto Vestuário de médicos Cela enfermaria Depósito Psicólogo Urologista

31. 32. 33. 34. 35. 36. 37. 38.

Clínico geral Dentista Sala multiuso Área de espera e lazer Apoio administrativo e educador físico Almoxarifado Depósito de bolas Vestuário de detentos 12

1

13

28 25

19

20 21

27

29 31 33 34

35 37

32

19

16

15

11 10

14

22 23 18

12

8

13

30 26

24

17

8 9

7 5 6 3

36

4 3

38

2

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planta baixa 1. 2. 3. 4. 5. 6.

Barbearia Loja Cela individual Acesso para torre de observação Quadra de Basquete Quadra de Futebol

2 3

Rasgo para entrada de ventilação e insolação para dentro da cúpula

1 3

3

3

3

3 3

3

5 3

3

3

3

4

3 6

3

3

3 3

3 3

3 3 3

3

3

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planta baixa 1. Refeitório 2. Cozinha industrial 3. Recebimento e distribuição de alimentos 4. Lixo e Lavagem de carrinhos 5. WC detentos 6. Vestuário masculino 7. WC PNE 8. Sala da nutricionista 9. Vestuário feminino 10. Secretaria e Chefia

11. 12. 13. 14. 15. 16. 17. 18. 19. 20.

Lavanderia Depósito WC PNE Sala de controle e segurança Sala de armas Sala de plantão Copa Vestuário masculino Vestuário feminino Área comum coberta

20

1

18

12

17

2 14

19

9 6

16 13 15

11

5 3

7 10

8

4

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vistas e visuais

Entrada de visitantes - Recepção

Acabamentos - Concreto Aparente

Entrada de funcionários/detentos

Quadras Poliesportivas

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vistas e visuais

Área de espera para Setor de Saúde

Biblioteca

Área de visitas

Refeitório

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vistas e visuais

Interior da CĂşpula

Interior de uma cela

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SUN, Érika Wen Yih. Pena, Prisão, Penitência. Dissertação (mestrado) – UnB, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Programa de Pós-Graduação. Brasília, 2008. FOUCALT, Michel. Vigiar e Punir. Histórias da violência nas prisões. 27º Edição. Petrópolis. Editora Vozes, 1987 MAIA, Maria Linduina Mendes. BERTAZZO, Anagali Marcon. Arte no Cárcere: Instrumento de (Re)Integraçao Social e Humanizaçao da Pena. Dissertação (mestrado) - UEA, Curso de Segurança Pública, Cidadania e Direitos Humanos. Amazônas, 2014 SÁ, Alvino A. Prisionização: Sugestão de um esboço de bases conceituais para um sistema penitenciário. Disponível em: <http://www.sap.sp.gov.br/download_files/reint_social>. 2005

bibliografia

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA: Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária. Diretrizes básicas para arquitetura prisional. Brasília, 2011 CASTRO, Orlando Gomes de. Ressocialização de Detentos da Prisão Provisória de Curitiba Estimulada pela Arte-Educação: Relato de Experiência. Monografia - Faculdade de Artes do Paraná, Programa de Pós-Graduação. Curitiba, 2004

Sites consultados: CORDEIRO, Suzann. Arquitetura penitenciária: a evolução do espaço inimigo. Arquitextos, São Paulo, ano 05, n. 059.11, Vitruvius, abr. 2005 <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/05.059/480>. Acesso: Setembro 2017 Disponivel em: <http://www.erikasun.com/2010/12/01/colonia-penal-agricola/> Acesso: Outubro 2017



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