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perspectiva dezembro de 2015 Ascom UFG

PUBLICAÇÃO DO CURSO DE RELAÇÕES PÚBLICAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS - Nº 05

De Facomb a FIC Prof. Magno Medeiros, diretor da FIC, explica o processo de mudança de nome / Página 04

EVENTOS

Algumas características do bom profissional de eventos. Página 3

MICROEMPRESAS

Guilherme Alf destaca as possibilidades de atuação do profissional de Relações Públicas em microempresas Página 8

Intercâmbio complementa formação

Vitor Andrade, ex-aluno do curso de Relações Públicas da UFG, conta o que aprendeu em intercâmbio na Disney World. Página 10 Opinião: Relações Públicas e Ética nas organizações A celebrização de lideranças religiosas

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EDITORIAL

O Brasil enfrenta uma delicada conjuntura econômica em 2015. Os entes federados (municípios, estados e a União) reorganizaram sua administração, promovendo cortes e alterando metas. Estas mudanças nunca são fáceis e devem envolver um diálogo com os públicos. O que havia sido planejado precisa ser rediscutido: uma notícia poucas vezes bem recebida. Este contexto influencia as organizações, que dependem da estabilidade econômica do país. Neste contexto, o profissional de Relações Públicas é um elemento essencial, assessorando a administração em suas decisões. Nesta edição, o Perspectiva apresenta entrevista com Guilherme Alf, que aponta a importância deste profissional nas microempresas. Esta edição ainda discute o panorama da organização de eventos no estado de Goiás, apontando características essenciais de quem trabalha nesta área. Nas páginas centrais, o diretor da Faculdade de Informação e Comunicação da UFG, professor Magno Medeiros, explica o processo de mudança de marca da instituição. Ainda nesta edição, informações sobre intercâmbio e estágio em Relações Públicas, artigos de opinião e muito mais. Este é o Perspectiva, publicação do curso de Relações Públicas da Universidade Federal de Goiás. Com textos produzidos por alunos do curso, procura apresentar a profissão, seu campo de formação e atuação no mercado. Esperamos que aprecie a leitura!

PERSPECTIVA nº 05 Dezembro de 2015

Universidade Federal de Goiás REITOR Prof. Orlando Afonso Valle do Amaral VICE-REITOR Prof. Manoel Rodrigues Chaves PRÓ-REITOR DE GRADUAÇÃO – PROGRAD Prof. Luiz Mello de Almeida Neto PRÓ-REITOR DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO - PRPG Prof. José Alexandre Felizola Diniz Filho PRÓ-REITORA DE PESQUISA E INOVAÇÃO – PRPI Profa. Maria Clorinda Soares Fiavoranti PRÓ-REITORA DE EXTENSÃO E CULTURA – PROEC Profa. Giselle Ferreira Ottoni Candido PRÓ-REITOR DE ADMINISTRAÇÃO E FINANÇAS - PROAD Prof. Carlito Lariucci PRÓ-REITOR DE DESENVOLVIMENTO I NSTITUCIONAL E RECURSOS HUMANOS – PRODIRH Prof. Geci José Pereira da Silva PRÓ-REITOR DE ASSUNTOS DA COMUNIDADE UNIVERSITÁRIA - PROCOM Téc de Lab. Elson Ferreira de Morais

FACULDADE DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO Diretor: Magno Medeiros Vice-diretora: Eliany Alvarenga CURSO DE GRADUAÇÃO EM COMUNICAÇÃO SOCIAL RELAÇÕES PÚBLICAS Coordenador : Prof. Dr. Claudomilson Fernandes Perspectiva PUBLICAÇÃO DO CURSO DE RELAÇÕES PÚBLICAS Endereço para correspondência: Caixa Postal: 131, Campus II – Samambaia rpufg@hotmail.com CEP : 74.001-970 – Goiânia-GO PRODUÇÃO DE TEXTO JORNALÍSTICO II Orientadores: Profª. Dra. Divina Marques e Prof ª. Ms. Gardene Leão Projeto Gráfico: Frederico Oliveira Diagramação: Frederico Oliveira Editoras: Profª. Dra. Divina Marque e Prof ª. Ms. Gardene Leão Redação: alunos da disciplina PTJII / 2013. Tiragem: 1.000 exemplares Versão on-line: http://www.fic.ufg.br/rp/ Publicado em dezembro de 2015.


RP EM EVENTOS

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O panorama da organização de eventos em Goiás

Por Lucas Matos e Monithelle Cardoso

Os eventos organizados por profissionais qualificados Arquivo pessoal Para Simone Tuzzo, profissionalismo é o diferencial na realização de um evento

são imprescindíveis no cotidiano das organizações e de profissionais liberais, pois auxiliam a promover sua imagem, seus produtos e a expor seus objetivos perante os seus públicos de interesse. “Profissionalismo. Esse é o diferencial de quem quer estar bem no mercado, porque todas as pessoas julgam que fazer evento é fazer festa e isso não é verdade. Evento requer planejamento estratégico, definição de públicos, orçamento planejado; enfim, estudos de mercado e de circunstâncias que farão do seu evento uma ferramenta de comunicação”, é o que ressalta a

professora Simone Tuzzo, doutora em Comunicação e Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, professora efetiva do Programa de Mestrado em Comunicação e professora do Curso de Relações Públicas da Faculdade de Informação e Comunicação da Universidade Federal de Goiás. Os profissionais que desenvolvem planejamento estratégico são os mais capazes de atingir bons resultados na organização de eventos. Portanto, o relações públicas, por realizar atividades de comunicação planejadas, é um dos mais capacitados para trabalhar neste ramo.

Relações públicas no mercado de eventos sociais A relações públicas Nádia Ximenes atua no mercado de eventos há mais de 25 anos. Em entrevista concedida ao Perspectiva, ela relata sua experiência nesta área:

Perspectiva: Qual profissional é mais habilitado para a realização de um evento? Nádia: Sendo o planejamento o alicerce de um evento, o Relações Públicas é o engenheiro. Portanto, um conselho aos jovens profissionais é o posicionamento de nós, enquanto profissionais de RP, como os mais indicados para exercer a prática de eventos. No entanto, não é este o cenário. Atualmente, o mercado é composto, em sua maioria, por diversos profissionais, exceto o RP. Hoje, de conhecimento geral, contamos com apenas três RP’s que trabalham na área de eventos.

Perspectiva: Quais são os principais erros ao organizar um evento? Nádia: Atualmente, percebo que o principal erro é justamente a falta de planejamento. Geralmente, erros simples são cometidos porque se esquece de mapear possíveis consequências de determinada ação. Desta forma, deve-se preocupar com desde elementos básicos, aos mais impossíveis, porque o que acreditamos ser “impossível” pode ser justamente o fator para desencadear a não efetivação das estratégias almejadas. Perspectiva: Quais são as novas tendências na realização de eventos? Nádia: O mercado de eventos se profissionalizou muito nos últimos anos. Atualmente, nos deparamos com uma gama de ferramentas e artifícios para personificar eventos. Em eventos so-

ciais, o que realizo mais durante o ano, os clientes buscam elementos mais temáticos. Casamentos com temas de rock and roll; anos 60; música; rústico; entre muitas outras ideias; afinal, sonho não tem limite, não é mesmo?! Perspectiva: Os eventos corporativos exigem mais atenção do que os eventos sociais? Nádia: Todos os eventos, independente da área, sempre requerem muita atenção e planejamento. No entanto, acredito que a carga de responsabilidade de um evento social se torna um pouco maior, por se tratar de um sonho, que muitas vezes foi idealizado desde a existência daquela pessoa. Qualquer ação que não convém com o que o cliente planejou é a decepção de uma vida. Acredito que essa responsabilidade é o fator que nos deixa apreensivos durante todos os eventos.


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ENTREVISTA

Ascom UFG

Facomb agora é FIC - Faculdade de Informação e Comunicação

Fachada do Labicom, laboratório integrado da FIC

Após dezessete anos como Faculdade de Comunicação e Biblioteconomia - Facomb, em julho de 2013, demos boas-vindas à Faculdade de Informação e Comunicação - FIC. A alteração do nome da unidade acadêmica da UFG aconteceu devido à transferência do curso de Gestão da Informação, que se integrava ao Instituto de Informática. Em entrevista ao Perspectiva, o Diretor da Faculdade de Informação e Comunicação, Profº. Dr. Magno Medeiros, explica como ocorreu o processo de mudança. Por Wanessa Teixeira Antunes

Perspectiva: Qual o motivo da mudança da sigla Facomb para FIC? Magno: O processo de mudança do nome da Faculdade de Comunicação e Biblioteconomia, sigla FACOMB, para Faculdade de Informação e Comunicação, sigla FIC, foi objeto de discussão em três sessões do Conselho Diretor, realizadas nos meses de abril, maio e junho de 2013, e pela sessão do Conselho Universitário (Consuni) do dia 5 de julho de 2013. Lembre-se que o Conselho Diretor e o Consuni são instâncias máximas de deliberação da unidade acadêmica e da universidade, respectivamente. As decisões desses colegiados gozam de total legalidade e legitimidade, respaldadas por representações das três categorias: professores, técnicos-administrativos e estudantes. Em reunião do dia 26 de abril de 2013, o Conselho Diretor aprovou a in-


ENTREVISTA ficação firmada pelo CNPq e pela Capes. Quando à identidade visual da unidade acadêmica, a comissão propôs a manutenção da marca atual, com o redesign do logotipo “FIC”. Essa proposta foi levada ao Conselho Diretor e, em sessão realizada no dia 26 de junho de 2013, foi aprovada a preservação da atual identidade visual,operando-se apenas um ligeiro redesenho na logomarca com inserção do nome FIC - Faculdade de Informação e Comunicação. Finalmente, o processo foi encaminhado ao Consuni e, na sessão ordinária do dia 5 de julho de 2013, o colegiado aprovou a mudança de denominação de Faculdade de Comunicação e Biblioteconomia (Facomb) para Faculdade de Informação e Comunicação (FIC). A instância máxima de deliberação da UFG aprovou a mudança considerando-se os seguintes aspectos: 1) a relevância e a pertinência dos estudos desenvolvidos pela comissão responsável por elaborar a mencionada proposta de alteração do nome, consubstanciada pelo parecer da

direção da unidade acadêmica; 2) a legalidade da tramitação do processo de mudança, que passou por discussões em três sessões do Conselho Diretor; 3) a legitimidade da proposta, emanada do próprio colegiado, cuja composição conta com a participação dos professores e das representações dos técnicos-administrativos e dos estudantes; 4) a concepção pedagógica, técnica e estética da proposta, firmada nas áreas do conhecimento, cuja classificação é estabelecida por respeitadas instituições científicas do País. Perspectiva: Qual o conceito do nome e da marca Faculdade de Informação e Comunicação? Magno: O conceito que preside a mudança de denominação da unidade acadêmica remete à classificação das áreas do conhecimento científico. Seria inviável uma denominação presa ao nome dos cinco cursos / habilitações. O nome ficaria muito extenso. Então, melhor seria pensar em áreas, e não em cursos. FIC / UFG

dicação de membros do colegiado para compor a comissão responsável por desenvolver estudos sobre a possível mudança de nome da faculdade. A comissão, composta por seis docentes dos cursos e habilitações da unidade, desenvolveu a presente proposta, após debate sobre as diversas sugestões suscitadas à época. A motivação inicial era que o nome FACOMB já não mais contemplava a totalidade dos cursos existentes. Contemplava apenas o curso de Comunicação Social, habilitações de Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Relações Públicas e o curso de Biblioteconomia. Ocorre que, a partir de agosto de 2012, por meio da Resolução CONSUNI nº 13/2012, a sede do curso de Gestão da Informação foi transferida do Instituto de Informática (INF) para a Faculdade de Comunicação e Biblioteconomia. Com a inclusão de mais um curso na unidade, o nome passou a ser repensado, uma vez que precisaria contemplar todos os cursos e habilitações existentes, e não apenas os mais antigos. A proposta de mudança da denominação da unidade foi discutida e aprovada pelo Conselho Diretor da unidade acadêmica, em sessão ordinária, realizada no dia 21 de maio de 2013. O colegiado entendeu ser inviável, do ponto de vista estético e sonoro, uma proposição que abarcasse os cincos cursos/habilitações. Seria, então, mais adequado, pensar-se em um nome que trabalhasse as áreas do conhecimento, conforme classi-

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Marca da Faculdade de Informação e Comunicação da UFG


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ENTREVISTA

perspectiva

De acordo com tal ordenamento classificatório, estamos situados na grande área do conhecimento, denominada “Ciências Sociais Aplicadas” (código 6.00.00.00-7), dentro da qual existem as subáreas da Comunicação (6.09.00.008) e da Ciência da Informação (6.07.00.00-9). Na subárea de Comunicação, temos o curso de Comunicação Social, habilitações de Jornalismo, de Publicidade e Propaganda e de Relações Públicas. Já na subárea de Ciência da Informação, insere-se o curso de Biblioteconomia e será inserido o novo curso de Gestão da Informação, conforme indica a nova proposta de classificação das áreas do conhecimento do CNPq. Com base na classificação dessas subáreas do conhecimento, a comissão apresentou ao Conselho Diretor duas alternativas de nomes: Faculdade de Comunicação e Informação (FCI) e Faculdade de Informação e Comunicação (FIC). Considerou que essas opções contemplam a totalidade dos cursos existentes na unidade, ou seja, os cinco cursos / habilitações da graduação. E defendeu, em seu parecer, a segunda opção - FIC, cuja sonoridade é mais agradável e possui maior pregnância e empatia. Em sua avaliação, a comissão argumentou, ademais, que a sigla FIC sugere a ideia de que estudantes, professores e técnicos “fiquem” na unidade, e contribuam com o processo de construção do conhecimento. Após discussões em sessões ordinárias, essa proposta de mudança de nome foi

aprovada com tranquilidade pelo Conselho Diretor e por unanimidade no Consuni. Perspectiva: Quais as estratégias adotadas pela faculdade para consolidar a marca FIC?

campanha de popularização e valorização da nova marca. A equipe da Simetria está nos ajudando na concepção e execução dessa campanha.

Perspectiva: Em relação aos alunos, qual a reação diante Magno: Todo processo de da mudança? mudança de nome demanda meses para ser completamente Magno: No geral, a reação absorvido pela comunidade uni- foi positiva. É claro que uma versitária. Afinal, foram dezessete mudança de denominação nunanos com o nome Facomb. Não ca agradaria a todos os estué possível apagar esse nome dantes. Sempre há resistências em alguns dias ou semanas. Por e saudosismos. Isso é normal e isso, estamos tranquilos quanto compreensível. Mas temos que ao processo gradual de absorção entender o seguinte: o nome Fada nova denominação. Como comb estava definitivamente ulestratégia, estamos divulgando trapassado e obsoleto, pois não o novo nome por meio de cir- mais contemplava a totalidade culares, informativos e material dos cursos existentes na unidade gráfico. Fizemos cartazes, mu- acadêmica. Essa obsolescência damos a logomarca, os banners tenderia a se agravar, pois o digitais dos cursos e o domínio Conselho Federal de Educação do site. Mas vamos intensificar aprovou recentemente as novas essa divulgação, criando uma Diretrizes Curriculares dos cursos de Jornalismo e de Relações Públicas. A tendência, portanto, é que não haja mais habilitações, mas cursos autônomos, como na prática já o são. Isso Em sua não significa aparta-se da subárea da Comunicação. Então, avaliação, a pergunto: como construir o nome comissão arguda faculdade com a inserção de mentou, ademais, cada um dos cinco cursos? O que a sigla FIC sugere nome ficaria muito extenso e ana ideia de que estutiestético. Com efeito, a solução dantes, professores sensata e tecnicamente aceitável e técnicos “fiquem” é trabalhar o nome a partir do conna unidade, e conceito de áreas do conhecimento tribuam com o procientífico e não do nome dos cincesso de construção co cursos existentes. E foi isso que do conhecimento” os conselhos deliberativos aprovaram. Trata-se, pois, de uma concepção moderna, afinada com os PROF. MAGNO MEDEIROS, princípios da interdisciplinaridade diretor da FIC / UFG e da efetiva articulação do ensino, da pesquisa e da extensão.


OPINIÃO

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As Relações Públicas e a eticidade nas organizações

Padre multimídia: um aliado na difusão do evangelho

Edlaine Moreira Maia

VIvian Maria de Melo Costa

A nova sociedade é competitiva e com o intuito de tornar a cumplicidade cada vez menos humana e cada vez mais voltada ao individualismo. Isso traz muitas consequências, pois cada vez menos teremos generosidades e valorização de caráter perante o próximo. Os pensamentos individuais estão tornando organizações e sociedade como um todo muito egoísta e sem criar relacionamentos. Para ter relacionamentos, é fundamental que tenha diálogos e isso é possível se houver tempo. E, em meios empresariais, ter tempo significa a perda de lucros. Hoje em dia, as organizações estão contratando máquinas de silêncio, que muitas vezes não sabem quem é o colega que está ao lado. A maioria das empresas acha que isso é bom, mas não, não é. Esse trabalho pode virar rotina, tédio e causar inquietação. Para que essas relações tomem outra proporção, é ideal que o profissional de Relações Públicas trabalhe a favor da ética e o relacionamento como todo, valorizando as condutas éticas impostas em códigos, e usando sempre a verdade e a transparência. Ao se desenvolver técnicas de Relações Públicas favoráveis ao diálogo e à transparência, haverá melhorias nos relacionamentos com todos os públicos alvos, favorecendo, consequentemente, as estratégias nos negócios. Então, podemos afirmar que as Relações Públicas estimulam e aumentam o diálogo, possibilitando o entendimento em interesses organizacionais e operacionais, mas é necessário que seja feito um diagnóstico sobre o relacionamento interno da organização e, aí, aplicar condutas éticas. E sempre trabalhar em conjunto: isso proporciona um resultado melhor.

Nos últimos anos, foram notórias as transformações que o catolicismo obteve com o movimento carismático, o que possibilitou maior aproximação dos fiéis, e garantiu à igreja católica uma fatia no meio midiático. A Igreja, que antes, era vista como rígida, agora abre espaço para novos horizontes, até mesmo para o clero. Além de cantores católicos, o mercado musical trouxe padres com cordas vocais campeãs em vendas, com presença constante na mídia e status de celebridade. Um exemplo notável é Padre Fábio de Melo, que possui outras características além do sacerdócio: é cantor, escritor, tem duas graduações, uma pós-graduação, já foi professor universitário e apresenta um programa semanal em um canal religioso. Padre Fábio de Melo ganha destaque por sua beleza física e habilidade de fazer poesia com o cotidiano em seu programa de televisão e em shows sempre lotados. E como celebridade midiática, seus suportes não se limitam à tv e shows: mantém contas em redes sociais Twitter e Instagram. Usuário assíduo do Twitter, o padre possui mais de meio milhão de seguidores em seu perfil, onde se permite postagens subjetivas do seu cotidiano e reflexões religiosas, sincronizando sua condição de padre-celebridade. É esse binômio de papéis que requer cuidados. Sempre com a aparência impecável e dificilmente com a veste sacerdotal, Padre Fábio de Melo arrasta multidões de fãs que nem sempre sabe distinguir que, atrelada à vocação, há o produto midiático para seu público selecionado. E como figura midiática, padre Fábio chama a atenção para sua postura: frequenta programas de auditório, já gravou dvd de música sertaneja, mas, ironicamente, evita ao máximo o assédio dos fãs. A parte delicada da exposição midiática de um padre com boa aparência é a possibilidade do estimulo à idolatria e a inversão de sentimentos dos fiéis. A imagem do padre multimídia deve ser cultivada como mais uma possibilidade de levar o evangelho até os católicos e não como um popstar que optou em seguir vocação sacerdotal.


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RP EM MICROEMPRESAS

Os públicos das organizações encontram-se em um patamar elevado de seleção do que consomem, o que demanda um serviço de comunicação ativo. Criar planejamentos estratégicos, zelar pela imagem etc; todas essas são tarefas essenciais para maximizar a eficácia de uma empresa. E de qual profissional essas organizações necessitam? De um Relações Públicas. Segundo dados do site da Secretaria da Fazenda, o número de microempresas simples cadastradas chegou a 90.230. Este estudo mostra que, somente em 2002, eram 2,1 milhões de microempreendedores no Brasil. Esses números demonstram o crescimento das microempresas no país e a importância da comunicação neste cenário.

A atuação do RP em microempresas Divlugação

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Guilherme Alf é enfático: “todo mundo precisa de um RP!”

Todo mundo precisa de um RP! Para discutir a atuação do RP em microempresas, o Perspectiva entrevistou Guilherme Alf, graduado em relações públicas pela PUC-RS e criador do slogan “Todo Mundo Precisa de um RP”. Guilherme trabalha como Diretor de Relações Públicas na Publibrand, formou uma Agência de RP para profissionais do ramo e inaugurou seu microempreendimento, o Bar Valentina 18 +. Por Alvaro Cesar, Carlos Matheus e Stéphany Borges

Perspectiva: “Todo mundo precisa de um RP!”. Os microempresários estão conscientes disso?


RP EM MICROEMPRESAS Guilherme: Não, porque normalmente eles nem sabem o que um RP faz. Na verdade, eles sabem que precisam dos nossos serviços, porém não nos enxergam como uma solução.

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principais tarefas que o profissional de Relações Públicas realizará caso opte por atender a este mercado?

Perspectiva: O que difere as pequenas das grandes empresas quanto ao planejamento de Relações Públicas?

Guilherme: Ele precisa entender que o trabalho de RP Perspectiva: Quais as re- tem que gerar resultados para sistências encontradas ao se o cliente. Tudo precisa refletir trabalhar comunicação com nas vendas, que é quem puxa microempresários? a empresa para cima. Se o RP tiver claro que sua estratégia Guilherme: Pequenas em- vai gerar mais lucro à emprepresas têm como característi- sa atendida, a chance de prosca ter profissionais que atuam perar é grande. Mas é preciso em mais de uma função. Muitos comprometimento com os remicroempresários acham que sultados e o povo da comuniqualquer um lá de dentro pode cação muitas vezes não tem. fazer comunicação. Grande engano. Comunicação precisa ser feita por profissionais.

Guilherme: Não acho que tem a ver com tamanho da empresa e sim com os profissionais envolvidos.

Perspectiva: Como você identifica o segmento de microempresas para a participação de RPs? Guilherme: Muito promissor. Nunca as pessoas se relacionaram tanto e trocaram tanta informação. Quem melhor do que os RP para trabalhar essas relações entre públicos e empresas? Perspectiva: Hoje há cursos que garantem orientações básicas no campo da comunicação para microempresários. Como você encara esses cursos? Guilherme: Acho muito bom. Nem todo negócio tem dinheiro para bancar um profissional de comunicação, então acho ótimo que os microempresários que vão cuidar disso tenham pelo menos uma boa orientação. Perspectiva: Quais são as

Nunca as pessoas se relacionaram tanto e trocaram tanta informação. Quem melhor do que os RP para trabalhar essas relações entre públicos e empresas?” GUILHERME ALF, Relações Públicas

Perspectiva: O fator financeiro é uma barreira para a realização de boas estratégias de comunicação em uma microempresa? Guilherme: Não é não. Comunicação eficaz se faz com estratégia e não com dinheiro. Se tiver verba, melhor, mas dá pra fazer tranquilamente pensando e sendo criativo. Perspectiva: Quais as ferramentas mais utilizadas pelas pequenas empresas para se comunicar com seu público? Guilherme: Acho que são as redes sociais, por serem mídias de grande impacto e baixo custo. Perspectiva: Você considera a atuação em microempresas interessante para o RP recém-formado?

Guilherme: Sim! Muito. O RP recém-formado pode Perspectiva: O que é mais experimentar suas estratégias dispendioso ao se trabalhar sem ser tão pressionado em em uma pequena organização, uma microempresa que ainda planejar ou executar as ações não tem um plano de comunide comunicação? cação. Portanto, é uma oportunidade para que o relações públicas Guilherme: Planejar, recém- graduado apure suas técniporque para isso é preciso cas e aumente a sua criatividade tempo, dedicação e paciência de forma empírica. A particie esses três ingredientes mui- pação desse profissional nesse tas vezes não são possíveis na nicho ascende pelo país. Só resta “vida real”. aos futuros alunos aproveitarem.


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INTERCÂMBIO

A experiência do intercâmbio no Curso de Relações Públicas da UFG Dentre as experiências oferecidas para os acadêmicos de RP, uma das mais procuradas é o intercâmbio. A Universidade Federal de Goiás oferece alguns programas deste tipo; entretanto, nem sempre há vagas para o departamento de comunicação. Uma opção encontrada pelos alunos de relações públicas foi a experiência no Walt Disney World. O programa, com duração de três meses, seleciona universitários que estejam cursando entre o segundo e o penúltimo período e que saibam falar uma segunda língua. A inscrição é feita pela internet e, depois de realizada, o candidato deverá comparecer a uma palestra coletiva e a uma entrevista. Essa primeira etapa é realizada por representantes brasileiros da Disney. Caso aprovado, o inscrito fará uma segunda entrevista individual com funcionários da Disney dos EUA. O Perspectiva convidou o ex-aluno de relações públicas, Vitor Andrade, graduado em Relações Públicas, que frequentou o programa duas vezes, para relatar sua experiência.

Arquivo pessoal

Por Ana Carolina Lima, Augusto César e Carolina Ugiete

Vitor Andrade durante intercâmbio na Walt Disney World

Perspectiva: O que o motivou a se inscrever no programa de intercâmbio da Disney? Vitor: A motivação partiu da oportunidade de trabalhar em uma empresa reconhecida e ter uma experiência internacional. Perspectiva: Quais atividades você realizou no programa? Você teve oportunidade de aplicar técnicas de Relações Públicas? Vitor: No primeiro programa, participei do grupo de operações dentro das atrações do parque. Uma dessas atrações é considerada uma das mais

queridas. Ser RP nessas horas era basicamente controle de crise e atendimento ao público. Já no segundo programa, eu tinha mais responsabilidades. Trabalhei no departamento de entretenimento e tinha como função informar sobre shows e personagens, o que nós chamamos de “meet and greet”. As famílias conhecem o personagem, tiram foto, abraçam e, às vezes, pedem autógrafos. Meu trabalho era mais delicado, pois envolvia uma expectativa grande por parte dos turistas. Felizmente eu não tive problemas com estrangeiros em relação a esse tipo de atendimento, mas, com brasileiros, era uma


INTERCÂMBIO relação de amor e ódio. Então, basicamente fui RP o tempo todo na Disney, trabalhando essencialmente com o atendimento ao público e controle de crises. Havia vezes que participávamos de eventos, esses eram bem mais estressantes, mas muito gratificantes, nós os chamamos de DCE - Disney Character Events. Eles aconteciam das mais diversas formas, desde reuniões executivas, até celebração de datas específicas.

A experiência internacional lhe ensina a diversificar o comportamento e a aprender a se relacionar com pessoas de outras nacionalidades e culturas. Para mim, ser RP é conseguir achar um jeito de todas essas culturas coexistirem em harmonia e poderem se relacionar abertamente” VITOR ANDRADE, Relações Públicas

Perspectiva: Como a sua experiência acadêmica contribuiu para a realização de suas atividades na Disney? Vitor: A experiência acadêmica foi como um guia. Algumas situações que aconteceram por lá já haviam sido exploradas na teoria, então

era mais fácil de lidar com elas. Principalmente, as maneiras de dirigir o discurso; como analisar o público e o que esperar do mesmo. Claro que houve alguns casos que aprendi lá primeiro para depois vir a estudar na teoria. Eu sou daqueles que acredita que a teoria sem a prática é inútil e a prática sem a teoria é vago. Perspectiva: Como foi conciliar a vida acadêmica do Brasil com o programa de intercâmbio? Vitor: Nada disso teria sido possível sem o apoio da FIC. Os professores tiveram que me liberar das atividades, adiantando provas e trabalhos. Tive que trocar algumas disciplinas e bagunçar meu fluxo. Mas faria tudo de novo.

Perspectiva: O que a experiência na Disney acrescentou em sua vida pessoal e acadêmica? Vitor: Pessoalmente, eu gosto de dizer que a Disney me ensinou a dizer “não” com classe e me ensinou que responsabilidade é um fator individual, mas que só funciona se todos os membros da equipe entenderem isso. Aprendi a importância de ser líder quando era co-capitão em eventos. E, acima de tudo, me fez ser capaz de criticar o atendimento ao cliente, a psicologia do consumidor e a análise dos públicos.

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Perspectiva: Qual a importância da experiência internacional para o estudante de Relações Públicas? Vitor: Desde o primeiro período, todos sabemos que as RPs são interdisciplinares. A experiência internacional lhe ensina a diversificar o comportamento e a aprender a se relacionar com pessoas de outras nacionalidades e culturas. Para mim, ser RP é conseguir achar um jeito de todas essas culturas coexistirem em harmonia e poderem se relacionar abertamente. Onde procurar intercâmbio: CAI Coordenadoria de Assuntos Internacionais da UFG https://www.cai.ufg.br/ Prédio da Reitoria, 2º andar É o órgão responsável por firmar convênios de cooperação internacional entre UFG e outras instituições. Existem diversos editais de intercâmbio, cada um com regulamento próprio. A coordenadoria ainda dispõe de um programa de hospedagem de estudantes estrangeiros da UFG. AISEC http://www.aiesec.org.br/ Faculdade Alfa, 5º andar, rua 3, Centro. Trata-se de uma entidade estudantil que coordena diversos programas de intercâmbio.


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ESTÁGIO

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O Estágio em Relações Públicas na UFG

Por Dalila Rodrigues Matias e Núbia Jerônima Arantes

A maioria dos estudantes entra na universidade pensando no estágio. Uns consideram a questão profissional, aprendizado, reconhecimento e outros possuem a intenção de conseguir auxílio financeiro. A pergunta é: ao ingressar na universidade, você já consegue estágio imediatamente? A resposta é não, pois geralmente, nos primeiros dois períodos, as matérias ofertadas são de conteúdo teórico e não dão embasamentos para a prática. Por isso, muitas universidades não permitem o ingresso ao estágio nos primeiros períodos, como, por exemplo, a UFG, que só autoriza estágio para os graduandos de Relações Públicas a partir do 3° período. Em entrevista ao Perspectiva, a professora Ms. Lutiana Casaroli, Coordenadora de Estágio de Relações Públicas na UFG, explicou como o Estágio de RP é realizado na UFG. Segundo ela “as empresas determinam quais os critérios necessários para a competência do cargo e a coordenação de estágio faz a seleção dos candidatos aptos ao processo”. Lutiana explicou que as vagas de estágio são ofertadas durante todo o ano, em um número razoável. “O que nos causa um desconforto maior é ter que assinar, em alguns casos, contratos de estágios em que está titulada a área de comunicação - habilitação em relações públicas, mas que, na verdade, o aluno não desenvolve nenhuma atividade relacionada ao curso, mas atua como auxiliar administrativo ou em outras funções”. Ela ainda explicou como funciona a liberação do estágio para alunos de Relações Públicas na UFG: “A coordenação de relações públicas alterou o período mínimo para estágio do 3º período recentemente. A decisão foi tomada em comum acordo com os professores e profissionais da área, com a justificativa de que nos primeiros dois períodos, o aluno só tem acesso a matérias de conteúdo teórico, que não dão embasamento para prática. Assim, os alunos têm a oportunidade de aproveitar as possibilidades que a universidade oferece, como bolsas científicas e outras, podendo,

MEU ESTÁGIO

Maira Machado fez estágio no Ministério Público do Estado de Goiás. Segundo ela, não foi muito difícil conseguir o estágio, que tem vínculo com o CIEE. A aluna relatou que exerceu a função de relações públicas em seu estágio: “entre algumas das atividades de RP, eu criava material de divulgação para a superintendência de informática e desenvolvia ações internas no departamento. Nós, alunos de relações públicas, devemos correr atrás, pois temos muitas oportunidades. Cabe a nós nos posicionarmos e mostrar o nosso diferencial”. Já a aluna Júlia Silveira, quando cursava o 6° período de RP, procurou estágio durante um bom tempo. Segundo ela, a falta de vagas ofertadas para a área é o que mais dificultou o seu ingresso. De acordo com a estudante: “as empresas exigem cursos além dos ofertados na nossa grade curricular, como cursos de web design, por exemplo, assim também acaba dificultando”. Ela ainda acrescentou que “infelizmente, a profissão de Relações Públicas tem ainda muito a ser reconhecida e em Goiás e, por isso, a maioria das empresas ainda não entendem a necessidade da nossa profissão”.


ESTÁGIO então, adquirir mais conhecimento. Além disso, estes alunos dos períodos iniciais estão imaturos para assumir um cargo. Muitas empresas deixaram de ofertar vagas de estágio porque vários estudantes não levavam a sério tanto o trabalho exercido, como a faculdade”. Lutiana ressaltou que os graduandos que atualmente fazem estágio atendem aos requisitos exigidos pelas empresas, já que os professores indicam os que mais se destacam na área a ser contratada.

Principais normas do Estágio de RP na UFG -Entrega de quatro vias assinadas originais do termo de compromisso assinada pelo contratante (Empresa/Organização), pelo agente de integração (IEL/CIEE) e pelo aluno interessado. O coordenador de estágio é o último a assinar o termo de compromisso para reter o mesmo com as devidas assinaturas na UFG. - O Curso de RP considera aptos a estagiar alunos a partir do 3º período de Relações Públicas, já as atividades exigidas no estágio devem pertencer ao quadro de funções de Relações Públicas; - O Curso de RP considera aptos a estagiar alunos a partir do 3º período de Relações Públicas, já tendo concluído todos os créditos referentes ao primeiro e segundo períodos. A carga horária máxima permitida é de 20 HORAS SEMANAIS. - Somente serão aceitas as renovações de alunos que não tiverem nenhuma reprovação em seu histórico escolar no período de realização do estágio, podendo este perder o vínculo do estágio caso seja reprovado. Documentos exigidos - Cópia do histórico escolar atualizado; - Comprovante de matrícula do semestre em curso; - Entrega de quatro vias originais do termo de compromisso, devidamente assinadas, conforme apontado no primeiro item.

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Você conhece a Atlética de Comunicação? Por Franciane Gomes, Karolina Honorato e Luana Müller Conhecida como “Atlética de Comunicação”, a Associação Atlética Acadêmica de Comunicação Social da UFG – AACCS, foi fundada em 2010, como entidade básica de organização de atividades esportivas e eventos universitários dos cursos de Comunicação Social e Gestão da Informação da UFG. É constituída por tempo indeterminado, sem fins econômicos, sem cunho político ou partidário, visando à integração dos estudantes através dos esportes e de outros eventos. Para ser um associado da Atlética, o aluno deve estar regularmente matriculado em um dos cursos de Comunicação Social ou de Gestão da Informação da FIC-UFG. Para a entidade, participar do InterUFG - evento realizado visando a integração na UFG - é a oportunidade de representar os cursos de comunicação e mostrar a potência esportiva que os alunos da FIC possuem. Além de participar do Inter UFG, a Atlética de Comunicação também organiza eventos voltados para o público interno, entre eles, a CALOUCOM – CALOURADA DE COMUNICAÇÃO, que acontece no começo do ano letivo para recepção e integração dos calouros. Outro acontecimento é o TIFFU, um evento esportivo interno. Na Associação Atlética Acadêmica de Comunicação Social, há liberdade de expressão. A entidade é muito mais que uma associação ou só uma atlética, é onde se compartilham emoções, abraços, sentimentos.


Um dia sem WhatsApp

A decisão judicial que bloqueou o acesso ao WhatsApp por dois dias causou espanto e teve grande repercussão em outras mídias sociais. No Facebook e no Twitter, usuários reclamavam dos prejuízos da indisponibilidade do app, assim como questionavam a legitimidade da sentença. Haviam também dicas de como driblar o bloqueio, a partir do uso de redes virtuais privadas (VPN). Mas, o que não faltou, foi o bom humor: memes se proliferaram, apontando como o aplicativo tornou-se parte do cotidiano. Tudo começou quando a polícia paulista prendeu preventivamente um suspeito de tráfico, latrocínio e associação ao Primeiro Comando da Capital (CPP). Durante o inquérito, a Justiça determinou que o Facebook, proprietário do app, enviasse dados pessoais do investigado. No entanto, a empresa não obedeceu a determinação judicial e não foi possível levantar provas que mantivessem a prisão preventiva. Para punir o Facebook, a Justiça determinou que operadoras de telefonia deviam impedir o acesso ao WhatsApp. Neste interim, o Telegram se fortaleceu no Brasil. O aplicativo russo, que tem funções similares ao WhatsApp, ganhou mais de 1,5 milhão de usuários brasileiros em cinco horas. Coube ao proprietário do Facebook e do Whatsapp, Mark Zuckerberg, lamentar o bloqueio, que taxou, em nota, de “decisão extrema de um único juíz”. A decisão também foi criticada em diversos sites, que alegam que a punição agride os princípios do Marco Civil da Internet. Diante da ordem judicial de bloquear o WhatsApp, a operadora Oi impetrou recurso para que a decisão fosse revista. Em liminar concedida no início da tarde da quinta-feira, 17 de dezembro, o bloqueio foi cancelado. De acordo com o desembargador Xavier de Souza, impedir acesso ao WhatsApp não era uma decisão razoável, tendo em vista princípios da Constituição Federal. O bloqueio havia prejudicado também moradores de países vizinhos, que reportaram instabilidade no sistema.

Facebook

Por Frederico Oliveira

INTERNET

Twitter

perspectiva

Facebook

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