Redação de estudante

Nome: Joana de Souza Lopes

1Ano/Turma: 1T3

Disciplina: Ens. Religioso

MEMORIAS DA QUARENTENA 2021 Todas as Joanas que eu fui Quando a quarentena começou, eu fui a Joana que achava que você Covid duraria apenas alguns meses. Não durou apenas alguns meses.

Eu fui a Joana cozinheira, que se apossou da cozinha para criar diversos pratos diferentes.

Fui a Joana leitora, a que queria ler uma biblioteca inteira.

Eu fui a Joana estudante, a que queria começar a se preparar para o Enem desde já, a que estudou feito uma máquina, essa particularmente não durou muito tempo.

Fui a Joana maquiadora, a que se inscreveu em vários cursos de maquiagem, mas não terminou nenhum.

Fui Joana que ligava para os amigos todos os dias por chamada de vídeo, para falar sobre tudo e nada a mesmo tempo.

Fui a Joana palhaça, a que tentava quebrar aquele clima pesado que se instalava depois que víamos o jornal.

Eu fui a Joana nostálgica, a que via as fotos da família e amigos todos reunidos a que sentiu falta das conversas sobre o jogo de quarta durante os churrascos, dos jogos de fim de noite, das piadas sem sentido que fazia todos rirem.

Fui a Joana ansiosa a que chorava durantes algumas noites com medo de você, com medo que a próxima vítima fosse alguém que eu amasse.

Eu fui a Joana que vibrou quando o aniversário de 15 anos finalmente chegou, a que ficou encantada com a festa de aniversário surpresa.

Nome: Joana de Souza Lopes

1Ano/Turma: 1T3

Disciplina: Ens. Religioso

Fui a Joana fotografa a que queria registrar na lembrança desde um dia com o céu nublado, á dias ensolarados.

Fui a Joana que não acreditou quando recebeu um e-mail dizendo que tinha se graduado no ensino fundamental.

Eu fui a Joana que se assustou com a ideia de ir para o ensino médio, a que viu que ele não seria como os filmes adolescentes que via quando pequena, que eu não dançaria em cima das mesas do refeitório ao som de Britney Spears.

Fui a Joana que viu todas manifestações do movimento antirracismo, a mesma que se chocou ao ver que em pleno século 21 o preconceito se faz tão presente.

Eu fui a Joana que se indignou com as atitudes que o governo teve, indignada com a situações que muitas famílias e crianças infelizmente passam.

Fui a Joana que por um instante perdeu as esperanças que um dia você embora.

Eu fui a Joana que teve um crush platônico no Harry Stiles, A Joana que decorou um álbum do Artic Monkeys inteiro, a que sabe do wanna no de frente pra trás, e de trás para frente.

Eu não sei que Joana eu serei amanhã, mas sei qual eu sou hoje Sou a Joana que começou a dar mais valor as risadas em família, aos abraços da minha mãe, a felicidade da minha irmã, dar mais valor a cada dificuldade escolar e pessoal que meus irmãos me ajudam a driblar, a cada áudio de Bom dia que a minha avó, cada piada idiota que meus amigos contam Sou a Joana que vai aproveitar todos os dias, horas, segundos da vida, a mesma que vai se tornar médica e ajudar muita gente, que viver sem se importar com julgamentos ou padrões.

Não posso dizer, você Covid veio para o bem, porque não veio, você machucou e ainda machuca muitas pessoas, leva ainda muitas outras. Espero ansiosamente o dia que você não passará apenas de uma história.