Jornal Gazeta do Sul - Produtor de Tabaco 2016

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Gazeta do Sul

| Sexta-feira, 28 de outubro de 2016 |

Dia do Produtor de Tabaco

10 motivos para

comemorar


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Sexta-feira, 28 de outubro de 2016 | Gazeta

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Quando o

tabaco faz bem

A cultura gera empregos, renda e progresso no campo e na cidade, por vezes até para os que combatem o tabaco e que, assim, também dependem dele. É atividade formal, que paga tributos e cuida muito bem do meio ambiente

ESPECIAL DIA DO PRODUTOR DE TABACO 2016 EDIÇÃO: Igor Müller e Otto Tesche FOTOS: Inor Assmann, Lula Helfer e Divulgação/GS

TEXTOS: Cristina Severgnini/Otimiza Comunicação PROJETO GRÁFICO E FINALIZAÇÃO: Márcio Machado

Romar Beling romar@editoragazeta.com.br

Quando o assunto é produção de tabaco, sinto-me em plenas condições de opinar ou de escrever a respeito com alguma propriedade. Sou filho de produtores rurais, que se dedicaram ao cultivo dessa planta por mais de três décadas, e sempre tiveram nela a melhor fonte de receita para o seu sustento. Ainda que tivesse ido morar na cidade muito cedo, quando adulto, nas férias, e sempre que a rotina me permitia, auxiliava a família nas tarefas de colheita, com orgulho e satisfação. Que período maravilhoso da minha vida! E, a exemplo da maioria de meus amigos, filhos dos vizinhos, pude me dedicar ao estudo porque havia fonte de renda que permitia a meus pais custeálo. Tornei-me jornalista, sei bem disso, porque havia o tabaco. Meus pais, Lira e Laurindo, plantavam tabaco, mas nunca, um único ano sequer, plantaram só tabaco. Sempre tiveram várias fontes de receita, do gado de leite ao de carne, dos peixes às ovelhas, do eucalipto à eventual venda de excedentes de culturas de subsistência, caso de feijão, milho, frutas. Com todos os vizinhos ocorria a mesma coisa. A família costuma cultivar dois, talvez três hectares com tabaco, cujo ciclo se estende por cerca de quatro meses. O resto da área da propriedade, e o resto do tempo, é dedicado a outras tarefas. E meus pais só deixaram de cultivar tabaco porque, a certa altura, com alguma limitação de mão de obra (e o filho já não vinha com tanta frequência ajudar), optaram por outras fontes de receita. Estas, inclusive, o tabaco impulsionou: gado de corte, peixes, reflorestamento, soja, frutas, sempre com a área reservada à floresta nativa e aos mananciais de água. Está tudo lá, para ser visto e comprovado. Quem entende de tabaco, quem uma vez plantou, colheu, manuseou, preparou para a venda, sabe que ele se assemelha a vinho, chocolate, chá, uísque, café. Não por acaso, em todos se fala em blend, flavor, aroma, sabor. Todos estão presentes na história humana desde sempre. Os ocidentais descobriram o tabaco pelo olhar da comitiva de Colombo, quando chegou à América. Cinco séculos depois, segue bem presente, ainda fonte de aroma, sabor, relax (como um charuto, um cálice de conhaque, um bombom, uma taça de chá, um bom café), e é de duvidar que algum dia deixe de estar. Ao produtor de tabaco, na data a ele dedicado, cumpre referir que, a exemplo de todos os bens de consumo, o que determina a existência de um produto é procura, aceitação, demanda. É decisão de consumidor, de governo, de nação. Se há quem queira comprar, há quem dê um jeito de garantir a oferta. Há quem queira comprar tabaco, há quem queira consumi-lo, e inclusive não em pouca quantidade. Por quanto tempo isso durará? Bem, não há bola de cristal para descobri-lo. O futuro, a bem da verdade, ao futuro pertence. Hoje, tabaco gera emprego, renda e progresso, no campo e na cidade, por vezes inclusive para os que o combatem, e que assim, ironicamente, também dependem dele. É atividade formal, que paga tributos, cuida muito bem do meio ambiente e das pessoas, gera sempre satisfação. Além do mais, se – e quando – houver evidência clara, real, inquestionável, de que o tabaco não interessa, de que pode ser dispensado (como outras coisas na vida), e que as famílias com ele ocupadas terão seus direitos preservados (de renda e de subsistência), então, que cada família possa decidir por si, se quer sair da atividade ou seguir nela. Se decidir permanecer, que o faça, e com orgulho. O mesmo orgulho com que eu, na condição de jornalista, às vésperas da Conferência das Partes, a COP 7, em Nova Délhi, na Índia, me animo a falar muito bem dessa honesta e gloriosa atividade agrícola.


01.

Nosso produto é considerado o melhor do mundo

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Lula Helfer

Sexta-feira, 28 de outubro de 2016 | Gazeta

Há mais de 20 anos o Brasil é o maior exportador da folha e está consolidado também como o segundo maior produtor do mundo. Essa posição se deve à alta qualidade e integridade de cada safra

O jovem casal de produtores Ismael Bastos Gomes e Márcia Adriana Ziebell sempre se preocupou com a qualidade, em atender às exigências do mercado. E, na safra 2014/2015, surgiu a oportunidade de comprovarem que seu tabaco é produzido de acordo com as normas de qualidade, integridade e respeito ao meio ambiente. Eles estiveram entre os 158 produtores a aderirem ao PI Tabaco (Produção Integrada do Tabaco), programa oficial do governo brasileiro estabelecido pelo Ministério da Agricultura. No ciclo atual, Ismael e Márcia novamente fizeram adesão voluntária ao programa de certificação de origem do produto.

“Não recebemos promessa de ganhos imediatos, mas vejo como uma oportunidade de nos mantermos no negócio”, comenta Ismael. No primeiro ano da experiência, ele passou por auditoria credenciada pelo Inmetro e estava em total conformidade com as premissas do PI Tabaco. Na propriedade da família, em Linha Henrique D’Ávila, Vera Cruz, poucas adequações foram feitas. Apenas passaram a anotar em planilhas todos os tratos culturais, manejo, eventos envolvendo o tabaco e datas de semeadura, plantio, desponte e colheita. E Ismael fez um curso, a convite da indústria, sobre a Norma Regulamentadora (NR 31), que trata do uso de agrotóxicos.

Permanentemente o Vale do Rio Pardo recebe clientes de todo o mundo, que visitam propriedades e indústrias para conferir o alto padrão do produto conhecido no mercado internacional por ser o melhor. Líder em exportações desde 1993, o setor busca manter a posição de produtor das folhas mais ambicionadas em todos os continentes. Uma das mais recentes medidas foi justamente a instituição do PI Tabaco, estabelecido pelo governo como uma forma de certificar a origem do produto. A chancela oficial certifica que a produção foi obtida de forma segura e sustentável, com reduzido impacto ambiental, maior responsabilidade social e rastreabilidade garantida. Instituído na

28 de outubro, Dia do Produtor de Tabaco. Uma homenagem da Philip Morris Brasil a quem está sempre ao nosso lado.

■ Ismael e Márcia anotam tudo o que se passa na lavoura de tabaco

safra 2014/2015 como um programa-piloto, o PI Tabaco teve a adesão de 158 produtores. Já na safra atual, 537 se inscreveram para a certificação. Segundo o assessor técnico do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (Sinditabaco), Darci Silva, a adesão é voluntária e, ao optar pelo sistema, empresas e produtores têm que cum-

prir rigorosamente as normas estabelecidas. “Ao final do processo, se houver conformidade por parte das auditorias, o tabaco recebe o selo Brasil Certificado, chancelado pelo Inmetro”, explica Silva. Para os produtores, as vantagens são a oportunidade para redução de custos de produção e oferecer um produto diferenciado ao mercado.


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do Sul

Temos experiência e somos referência no que fazemos

Lula Helfer

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Há mais de cem anos os produtores rurais da região produzem tabaco e aprimoraram as técnicas de cultivo na lida do dia a dia, o que os torna autoridades no assunto

Em grande parte das propriedades, a história se repete: os produtores sempre conviveram com as lidas no tabaco e aprenderam o trabalho com seus pais e avós. Não é diferente na casa de Ilária e José Alfonso Rippel, em Linha Hansel, Venâncio Aires. Ambos são filhos de fumicultores e construíram seu núcleo familiar tendo por base a lavoura de tabaco. O quadro da família evidencia o orgulho. Uma pintura de mais de dois metros quadrados em óleo sobre tela mostra a família na lavoura. Sorridentes, o casal, as duas filhas, os dois genros e a neta posam para a obra encomendada a um artista da região. As paredes da casa ostentam também diplomas que

conferem a Rippel autoridade no assunto. Alguns são os certificados de Produtor Modelo de Venâncio Aires, de Agricultor Empreendedor e pela aplicação correta de defensivos. “Fui também um dos 20 produtores convidados a apertar a mão do ministro Blairo Maggi, na metade deste ano, quando ele esteve aqui”, diz. José Alfonso e Ilária contam que começaram a ajudar os pais na lavoura ainda na adolescência (na época em que isso era permitido). Quando se casaram, eles passaram a gerenciar a própria propriedade de cinco hectares e benfeitorias acanhadas. Sempre buscaram aprimorar a lida, fazer bem feito, aprender mais e aderir às inovações. A primeira revo-

lução foi a chegada das tecedeiras. E o segundo momento marcante foi a construção das estufas elétricas, que facilitaram muito o trabalho. Hoje eles vivem em uma casa confortável e possuem mais de 50 hectares em uma das áreas rurais mais valorizadas do Estado, duas estufas elétricas e 17 convencionais, quatro carros na garagem da família, dois tratores e seis propriedades onde trabalham agregados. Agora, a experiência de José Alfonso e Ilária é transmitida para a filha Cleusa e o genro Márcio, que optaram por dar continuidade aos negócios da família. “A outra filha escolheu a graduação em Nutrição e trabalha em Porto Alegre.”

■ Óleo sobre tela eterniza o orgulho do casal José Alfonso e Ilária Rippel

Um pouco de história No início do século XVI, os portugueses que desembarcaram no Brasil já encontraram o cultivo de tabaco em quase todas as tribos indígenas. As folhas eram consumidas de diferentes maneiras, mas o hábito de fumar predominava e essa forma de consumo acabou se difundindo pelo mundo. Assim, rapidamente o cultivo e o comércio da folha passaram a ter importância destacada, a ponto de, já no decorrer do século XVII, figurar entre os principais produtos exportados durante o Império. Essa importância está marcada até os dias atuais no brasão das Armas da República, em que o tabaco e o ramo de café constituem o coroamento do símbolo da nacionalidade brasileira. Na região, o cultivo comercial se iniciou há pouco mais de cem anos e rapidamente se tornou o principal núcleo produtor do País, condição que ostenta até os dias atuais.


03.

Produzimos de forma integrada e com garantias

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Lula Helfer

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História que acompanha os produtores há várias décadas, o Sistema Integrado de Produção de Tabaco apresenta vantagens para produtores e indústria e serve de modelo a outras culturas

Uma das principais características da cadeia produtiva do tabaco, o Sistema Integrado de Produção de Tabaco (SIPT) apresenta diversas vantagens e é um dos grandes diferenciais do setor. Para os produtores, os maiores benefícios são o preço mínimo, a garantia de venda de toda a produção e a assistência técnica. O produtor Sanges Alberto Klafke, de Linha Bem Feita, Venâncio Aires, aponta outras vantagens, como a aquisição dos insumos mais adequados ao produto e a possibilidade de pagamento somente depois da venda da produção. Segundo Klafke, outro benefício da parceria entre produtores e indústrias é o apoio às inovações na propriedade. Com seis estufas elétricas e sistema de irrigação por gotejamento, ele conta que cultiva 175 mil pés de tabaco com facilidade. Foi também graças ao financiamento da indústria que ele conseguiu implantar, em março de 2015, seu siste-

ma de energia solar que produz eletricidade para as estufas, iluminação, eletrodomésticos e máquinas da propriedade. “É por causa das vantagens do sistema integrado que o modelo passou a ser usado também por outras cadeias produtivas”, comenta. O setor de tabaco foi um dos primeiros a implantar o sistema integrado, atualmente adaptado a outros setores produtivos do agronegócio nacional. A boa relação entre produtores e indústrias resulta na sustentabilidade econômica, social e ambiental, fortalecendo toda a cadeia produtiva, do agricultor ao cliente final. Pela parceria, a empresa também presta assistência para a produção e ao planejamento econômico, social e ambiental da propriedade. São fornecidos insumos legais e com qualidade, e os fumicultores têm acesso a uma tecnologia de produção que atenda aos princípios de boas práticas agronômicas e de sustentabilidade.

■ Klafke: além da garantia de compra, sistema integrado viabilizou a compra de placas solares


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do Sul

■ Flávio dos Santos: patrimônio superior a R$ 2 milhões é resultado do cultivo do tabaco

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Nosso produto garante renda bem acima da média

Tabaco ocupa, em média, menos de 20% da área total das pequenas propriedades mas, ao mesmo tempo, responde por pelo menos metade do rendimento anual das milhares de famílias produtoras

Todos os produtores sabem que o tabaco é a cultura que tem mais rendimento financeiro em pequenas áreas de terra. Dados da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra) mostram que o plantio ocupa, em média, 16,6% da área das propriedades, mas é a responsável por 47,9% da renda. Nenhuma outra atividade de que se tem notícia daria o mesmo retorno financeiro ao final de cada safra. Sabendo disso, o produtor Flávio dos Santos, de Linha Estância Nova, Venâncio Aires, não pensa em abandonar o plantio de tabaco. Com produção de 450 mil pés de fumo (com oito parceiros) e um pouco de milho, ele compara: em cada hectare planta 15 mil pés de tabaco e tem renda bruta de R$ 20 mil; na mesma área, se plantar milho, a ren-

da fica em R$ 5 mil. “Mesmo com custo de produção mais alto, o tabaco é vantajoso. A renda líquida fica em torno de R$ 5 mil por hectare de tabaco e de R$ 2 mil na mesma área de milho”, explica o agricultor. Segundo Santos, foi graças aos rendimentos com o plantio de tabaco que ele construiu seu patrimônio de 80 hectares de terras e 25 estufas, além de benfeitorias, galpões, máquinas e implementos. “Quando comecei a plantar tabaco, na década de 1980, eu não tinha nada. Hoje não vendo meu patrimônio por menos de R$ 2,5 milhões”, conta. Atualmente, a renda líquida é de mais de R$ 100 mil por ano. Qualquer outra cultura em seus 80 hectares de terra não lhe daria o mesmo retorno.

Estudo do Núcleo de Pesquisa Social da Unisc mostra que, em uma propriedade média, lavoura de tabaco ocupa cerca de 16% da área e rende pelo menos cinco vezes mais do que uma plantação de milho, por exemplo, cultivada em uma porção de terra até 10% maior.


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Temos um parque industrial de primeiro mundo

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Junio Nunes/Divulgação/GS

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“As empresas estão constantemente modernizando os processos e as tecnologias nas suas unidades. Isso faz com que os clientes sejam atendidos de acordo com seus requisitos”, destaca Iro Schünke, presidente do Sinditabaco

De nada adiantaria produzir o melhor tabaco se a indústria não tivesse a mesma qualidade. Temos, na região, o que é considerado o maior polo de beneficiamento de tabaco do mundo, com subsidiárias das maiores empresas globais do setor. A indústria do tabaco do Sul do Brasil é composta por empresas de pequeno, médio e grande porte, que, por serem partes de grandes corporações, fornecem tecnologia de ponta para os produtores, em uma via de mão dupla. “Estas empresas estão entre as mais sofisticadas do gênero no mundo, utilizando modernos conceitos de produção e equipamentos de industrialização de última geração”, explica o presi-

dente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (Sinditabaco), Iro Schünke. Os municípios de Santa Cruz do Sul e Venâncio Aires concentram o maior número de empresas de tabaco, constituindo o maior complexo de processamento de folhas da planta no mundo. “A renda gerada a partir da indústria é decisiva nos municípios em que atua por proporcionar, além dos postos diretos em suas unidades industriais, diversos empregos indiretos”, lembra Iro Schünke. “As empresas estão constantemente modernizando os processos e as tecnologias nos seus parques industriais. Isso faz com que os clientes possam ser atendidos de acordo com seus re-

quisitos, além de comprarem um produto que permite a rastreabilidade do mesmo”, acrescenta o executivo. Na base da produção de tabaco no Brasil está uma parceria consolidada há muitas décadas, que inclui vantagens para as indústrias e para os produtores. “Essa parceria permite a troca de informações que beneficiam tanto as indústrias – no planejamento de suas safras – como os produtores que, além da garantia de venda, recebem orientações técnicas fundamentais para aumentar sua produtividade, preservando a qualidade e integridade do produto, características já reconhecidas pelo mercado mundial”, finaliza Schünke.

■ Iro Schünke: unidades no Brasil estão entre as mais sofisticadas do mundo


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Produzimos com a segurança do sistema mutualista

O sistema mutualista colocado à disposição dos produtores de tabaco foi citado como modelo pelo ministro da Agricultura, Blairo Maggi, em sua visita a Venâncio Aires e Santa Cruz do Sul em julho deste ano. Maggi, que também é um dos maiores produtores de grãos e fibras do Brasil, destacou o mutualismo como um grande diferencial do setor, que deve servir de modelo para outras cadeias produtivas. O sistema mantido pela Associação dos Fumicultores do Brasil é eficiente no auxílio econômico aos produtores de tabaco nos casos de danos nas lavouras causados por tempestades de granizo ou tufão e por incêndio que atinge estufas. Conforme o gerente técnico da Afubra, Paulo Vicente Ogliari, na safra 2015/2016 o sistema mutualista pagou R$ 132 milhões para danos em lavouras, reconstruções de estufas e auxílios-funerais, beneficiando 34.840 produtores. Euclides Nicolau Petry, de Linha Taquari Mirim, Venâncio Aires, foi um desses beneficiados. Em outubro de 2015, quando os 220 mil pés de tabaco estavam em ponto de colheita, a lavoura foi destruída por uma intensa granizada. Mas, após avaliação dos danos, ele recebeu R$ 110 mil do sistema mutualista, o que lhe permitiu cobrir todos os investimentos feitos. Ele conta que em 2015 estava indeciso sobre continuar associado ao sistema, mas, diante de uma conversa com o representante da Afubra, acabou renovando. O que foi sua sorte, pois dias depois o granizo “colheu” seu tabaco. “Nesta safra, estou colhendo os 220 mil pés e espero não ter que usar o sistema mutualista, pois as lavouras devem render mais de 2 mil arrobas”, diz.

Lula Helfer

Na safra 2015/2016, sistema mutualista socorreu 34.840 produtores e pagou R$ 132 milhões em auxílios por danos em lavouras e estufas e auxílios-funerais a seus associados e familiares

História A criação de um sistema que pudesse socorrer fumicultores com lavouras destruídas por granizo foi um dos objetivos da criação da Afubra. Um grupo de produtores sondou instituições financeiras para saber do interesse em oferecer seguro rural, mas as respostas foram negativas, com a alegação de alto risco. Por isso, foi criada a associação dos fumicultores, uma entidade com plano próprio baseado no sistema mutualista, que veio a se tornar uma das maiores organizações mundiais do gênero. O sistema mutualista para danos com granizo existe desde 1957. Em 1962 passaram a ser concedidos auxílios para reconstrução de estufas. E em 1967 foi instituído o auxílio-funeral.

■ Euclides Nicolau Petry recebeu R$ 110 mil do sistema mutualista, o que cobriu todas as despesas, livrando-o do endividamento


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do Sul Banco de Imagens/GS

Como funciona o sistema mutualista ■ Os produtores fazem seus pedidos de inscrições até

31 de outubro de cada ano e têm a cobertura de suas lavouras até o término da colheita. A quitação do débito do produtor com a entidade ocorre apenas no momento em que ele comercializa o tabaco. ■ O produtor atingido pela intempérie avisa a unidade da Afubra mais próxima e um avaliador vai até a propriedade e faz o levantamento dos estragos, que é assinado por ambas as partes. O valor a ser recebido pelo produtor é pago a partir de fevereiro. ■ O auxílio de reconstrução de estufas contempla um valor para reerguer a estrutura destruída e uma porcentagem sobre o tabaco que estava sendo curado no momento do sinistro. Este percentual e valores são definidos anualmente em assembleia dos produtores associados. ■ No auxílio funeral, mediante apresentação do atestado de óbito, o valor – que também é definido anualmente em assembleia – é pago na hora aos familiares. ■ O gerente técnico da Afubra, Paulo Vicente Ogliari, lembra que, a partir de 60 anos de idade, a inscrição anual para auxílio funeral não pode ser interrompida, sob risco de perder o direito ao benefício. “É importante frisar que todas as regras do sistema mutualista estão no regulamento da entidade, modificadas e aprovadas anualmente na assembleia da entidade”, explica Ogliari.

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Cuidamos cada vez mais da água, do solo e da mata

O setor do tabaco é referência na área ambiental. Isso porque, em geral, os fumicultores cuidam do solo, da água e da mata. Alguns produtores inclusive são referência quando o assunto é meio ambiente. Um deles é Fabius Marcos Jung, de Travessão Schoenfeldt, Candelária. Jovial e criativo, ele constantemente busca novidades para aplicar na propriedade. Uma dessas inovações é o uso de combustível alternativo na cura do tabaco. Há 17 anos, ele usa resíduos de serrarias, como serragem, cavacos e maravalha e, mais recentemente, também pellets. E, para aumentar a eficiência, adaptou máquinas às fornalhas, invenção que permite abastecer a estufa com o combustível alternativo apenas a cada oito horas. Por causa dessa iniciativa, Jung se tornou conhecido e sua propriedade passou a ser alvo de pesquisa da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), que já comprovou que a emissão de gases na queima dos resíduos é menor do que na combustão de madeira maciça. Agora, junto com os pesquisadores da universidade, ele estuda formas de promover modificações nas fornalhas para consumir ainda menos materiais. Jung também deverá testar uma novidade desenvolvida pelos acadêmicos: o uso de pellets feitos com cascas desidratadas de frutas. O produtor também foi pioneiro na sua comunidade na realização do plantio direto. Há dez anos, quando ninguém da localidade utilizava o sistema de cultivo, ele já plantava tabaco na palha. Também mantém dois dos seus 7,8 hectares com mata nativa, especialmente nas margens dos cursos de água, nas nascentes e áreas com declive. Além disso, Fabius resolveu fazer uma fonte drenada em uma nascente da propriedade. Após se informar em programas de televisão e sites especializados, ele construiu a fonte que abastece sua propriedade, o pavilhão da comunidade e mais cinco vizinhos. Para a edificação foram usadas pedras de areia, vigas, brita, areião e areia fina.

Agrotóxicos Ações de pesquisa e desenvolvimento do setor reduziram o uso de princípios ativos em 83,3%. Hoje, apenas 1,1 quilo de ingrediente ativo é usado por hectare, índice que tornou o tabaco o produto agrícola comercial que menos usa agrotóxicos no Brasil.

Lula Helfer

Perfil do fumicultor mostra que 16% das propriedades são cobertas por mata nativa e 11,2% por mata reflorestada, somando 27,2% de área composta por floresta

Outras conquistas

■ Fabius Marcos Jung: nada de lenha, mas sim combustível alternativo para a cura do tabaco, sistema que ele começou a utilizar há 17 anos

E:CH6G CD 8G:H8>B:CID 8DA:I>KD w D FJ: CDH BDK:

Boqueirão do Leão - Candelária Encruzilhada do Sul - Gramado Xavier - Herveiras - Mato Leitão - Pantano Grande Passo do Sobrado - Rio Pardo Santa Cruz do Sul - Sinimbu Vale do Sol - Vale Verde Venâncio Aires - Vera Cruz

Galvão Costa, 755 Santa Cruz do Sul (51) 3711-2867


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Pragas O Manejo Integrado de Pragas (MIP) promove controle biológico pelo monitoramento da ocorrência de pragas e preservação de seus inimigos naturais. Segundo os últimos dados, o MIP é aplicado em 54,5% do total de lavouras com tabaco.

Reflorestamento A produção de tabaco alcançou um dos mais elevados índices florestais da agricultura brasileira, com 27% da área das propriedades coberta por florestas, sendo 16% por mata nativa e 11,2% por mata reflorestada.

Inor Assmann/Editora Gazeta

Embalagens O setor do tabaco promove o recolhimento das embalagens de agrotóxicos para que sejam descartadas corretamente. Em 16 anos, já foram recolhidos mais de 13,4 milhões de recipientes usados, inclusive em outras culturas. O Programa de Recebimento de Embalagens Vazias de Agrotóxicos percorre anualmente 550 municípios gaúchos e catarinenses para a coleta em 2,6 mil pontos de recebimento no meio rural nos dois Estados, beneficiando um universo de 130 mil produtores de tabaco.

■ Programa de Recebimento de Embalagens Vazias de Agrotóxicos beneficia um universo de 130 mil produtores de tabaco gaúchos e catarinenses

do Sul

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Conservação do solo A preservação do solo têm aumentado significativamente entre os produtores de tabaco. Na última década, o uso de práticas conservacionistas de solo nas propriedades produtoras de tabaco aumentou em mais de 50%. Devido ao crescente uso do plantio direto e do cultivo mínimo, dos 144 mil produtores de tabaco da Região Sul do País, mais de 68% já utilizam práticas de conservação em suas lavouras. Com isso, o sistema convencional que em 2007 era realidade em 83% das propriedades produtoras de tabaco, caiu para 32% em 2015. No cultivo mínimo, o produtor mobiliza o mínimo possível o solo, protegendo parcialmente a sua superfície com resíduos da cultura anterior ou a biomassa dos cultivos de cobertura. Já o plantio direto na palha consiste em evitar o revolvimento do solo, preservando integralmente a palhada dos cultivos de cobertura. Alguns produtores que continuam utilizando o sistema convencional de preparo do solo adotam outras práticas conservacionistas como terraceamento, cultivos de cobertura e plantio em nível, que funcionam como mecanismo de proteção reduzindo a erosão.


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Preparamos nossos jovens para o futuro

Inor Assmann/Editora Gazeta

Etapa inicial do Programa de Aprendizagem Profissional Rural está beneficiando cem adolescentes rurais com curso no contraturno escolar. Para frequentar as aulas, eles são contratados como jovens aprendizes

Os jovens rurais de hoje estudam e têm garantido seu tempo lúdico importante para o pleno desenvolvimento intelectual e físico. Foi-se o tempo em que era permitida a presença de crianças e adolescentes nas lavouras. Entre os produtores de tabaco, isso é resultado de um intenso trabalho de conscientização envolvendo diversos segmentos da sociedade. A mais recente das ações foi a implementação do programa-piloto de oferta de cursos de aprendizagem profissional rural a filhos de produtores, no qual são incentivados a estudar o gerenciamento de uma propriedade rural. Gustavo Fassbinder, de 16 anos, é um deles. Frequenta o Curso de Aprendizagem Profissional Rural do Programa Crescer Legal, oferecido de segunda a sexta, à tarde, nas instalações da Escola Municipal São Paulo, em Linha do Rio, Candelária, localidade onde mora com os pais Márcio e Vanusa, dois irmãos menores, a avó e um tio. Os pais e o tio de Gustavo produzem tabaco, milho, feijão e outros produtos de subsistência. Enquanto isso, ele estuda, junto com outros 19 adolescentes da comunidade, conteúdos relacionados à gestão da atividade rural, que incluem diagnóstico regional com estudos dos arranjos produtivos locais, possibilidades de parcerias locais e alianças estratégicas e faz estudos de viabilidade de desenvolvimento de produto. “O curso incentiva a ver as possibilidades de lucro e investimento na propriedade”, conta Gustavo. Segundo ele, os pais são os maiores incentivadores para que ele frequente o curso no contraturno das aulas e vibraram ao saber da aprovação na seleção. O jovem, que durante as manhãs é aluno do 1º Ano do Ensino Médio na Escola Estadual Guia Lopes, na sede do município, ainda não tem certeza sobre o que deseja para o futuro, mas conta que, no curso, aprendeu a valorizar a propriedade da família e sabe que deverá continuar produtiva.

Crescer Legal

■ Gustavo Fassbinder: aprendendo a ser gestor da propriedade rural com os estudos oferecidos de segunda a sexta-feira em Linha do Rio

Com quatro turmas em atividade – nos municípios de Candelária, Vale do Sol, Venâncio Aires e Vera Cruz – e uma a ser implantada em novembro em Santa Cruz do Sul, o Programa de Aprendizagem Profissional Rural tem o objetivo de combater o trabalho infantil e oferecer profissionalização aos jovens rurais. A proposta da formação está voltada para o desenvolvimento de um empreendedor em agricultura polivalente, que planeja e administra unidades de produção. Nesta fase piloto, serão atendidos 100 adolescentes com idade entre 14 e 18 anos. O curso tem duração de 11 meses e os adolescentes são contratados como jovens aprendizes e recebem salário proporcional a 20 horas semanais, além de certificação e demais direitos de acordo com a Lei de Aprendizagem (lei 10.097/2000 e decreto 5598/2005).


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Plantamos muito mais que tabaco

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Lula Helfer

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Levantamento da Afubra mostra que 22,8% da área das propriedades fumicultoras é ocupada por milho, 16,6% é destinada ao tabaco, 7,9% à soja, entre outras atividades

Nas propriedades rurais onde se cultiva o tabaco, a monocultura nunca existiu. Por tradição, são agricultores diversificados, que têm na lavoura de fumo uma das culturas entre diversas outras. Em geral, além do tabaco se produz, no mínimo, alimentos para o consumo próprio. Mas nos últimos anos isso começou a mudar e até mesmo a soja, grão produzido por grandes fazendeiros, entrou no radar dos fumicultores. Em Linha Passa Sete, Candelária, o produtor Adair Osvaldo Knies produz de tudo um pouco, desde tabaco e grãos para venda, até horticultura e frutas para subsistência. A renda da propriedade tem três fontes: 65 mil pés de tabaco (4,5 hectares), mais 15 hectares de milho e 20 hectares de soja. Assim, no começo do ano, em janeiro, entra o dinheiro do tabaco e do milho e, em maio, recebe pela venda da soja. Na conta-

bilidade, a cultura principal é o tabaco, em segundo lugar está a soja e, em terceiro, o milho. “É importante diversificar para ter mais de uma renda. Se uma cultura vai mal, tem as outras”, explica Knies. Na promoção da diversificação da propriedade de Adair Knies, o solo é bem aproveitado durante o ano todo. Após a colheita do tabaco e do milho, geralmente no mês de dezembro, as mesmas lavouras são aproveitadas para a semeadura da soja, usufruindo da adubação residual e com a realização pelo sistema de plantio direto. Dessa forma, nas mesmas áreas ocorrem duas safras a cada ano. Ele conta também que já foi produtor de leite, atividade que lhe possibilitou renda por algum tempo, mas há 3 anos parou a produção e iniciou os negócios com milho e soja, grãos que são vendidos para uma cooperativa regional.

■ Adair Osvaldo Knies: tabaco, milho e soja para ter renda diversificada e em vários períodos

O Centro de Pesquisas Florestais da Universidade Federal de Santa Maria desenvolve e apoia ações que garantam um futuro melhor, com qualidade de vida, geração de emprego e renda para a agricultura familiar. Entre suas linhas de pesquisa e de extensão constam as seguintes áreas: ATIVIDADE FLORESTAL NO CONTEXTO DA FUMICULTURA: oportunidade de desenvolvimento regional, diversificação, geração de emprego e renda;

Promover o desenvolvimento sustentável a partir da conservação e uso dos recursos florestais do Bioma Mata Atlântica;

Avaliar o potencial de crescimento e produção de espécies florestais de rápido crescimento visando atender a demanda energética e processamento mecânico da madeira;

Sistemas Agroflorestais como estratégia de conservação dos remanescentes de florestas nativas.

Centro de Pesquisas Florestais – Departamento de Ciências Florestais Universidade Federal de Santa Maria – UFSM Fones: (55) 3220 9564 / (51) 9997 1597 / (55) 9994 7903 www.ufsm.br/cepef


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Sexta-feira, 28 de outubro de 2016 | Gazeta

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do Sul

Apostamos em novas tecnologias para melhorar a produção

O trabalho dos produtores de tabaco está se tornando menos árduo graças às inovações e tecnologias difundidas por empresas ligadas ao setor. Na propriedade de Izaias e Daniela Krug, uma novidade está fazendo parte da lida: a máquina para auxiliar na colheita do tabaco. Adquirido há poucas semanas,o equipamento foi usado pela primeira vez em meados de outubro e teve aprovação total dos usuários. Puxada por pequeno motor a diesel e conduzida por um dos trabalhadores, a máquina tem acomodação para três pessoas, que podem colher tabaco simultaneamente, sentadas e sob a sombra de um toldo. “Achei confortável, não precisamos mais nos agachar”, conta Daniela Krug, comparando com a colheita tradicional. Outra vantagem é a rapidez. “Essa inovação foi importante para nós, pois é caro contratar mão de obra e, com a máquina, menos pessoas conseguem colher mais quantidade”, explica Izaias. Mas Krug já tratou de promover melhorias. Inventou estruturas no formato de caixas (usando canos de metal) que, através de um guincho acoplado à máquina de colher tabaco, facilita a colocação dos feixes colhidos no reboque ou carroça para transporte da lavoura até a estufa. A soldagem e o dimensionamento foram feitos por ele e o invento deverá ser testado nos próximos dias, quando será dada continuidade à colheita de tabaco.

Lula Helfer

Tudo o que possa facilitar o trabalho e melhorar a qualidade do produto é visto com bons olhos pelos agricultores. Estufas elétricas já são realidade em boa parte das propriedades. E agora, a novidade é a máquina para auxiliar na colheita do tabaco

■ Izaias Krug: máquina auxiliar para colher tabaco trouxe mais conforto, porque não é mais necessário se agachar para a realização do trabalho na lavoura

O esforço da Agricultura Familiar no campo é a engrenagem que move o país!

Fone 51 3393-4866 | Fax 51 3393-4871 Rua Santo Antônio 121 | Bairro: Floresta | Porto Alegre www.fetagrs.org.br

DIA 28 DE OUTUBRO DIA DO PRODUTOR DE TABACO


Produção forte apesar das

restrições

do Sul

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Afubra/Divulgação/GS

Sexta-feira, 28 de outubro de 2016 | Gazeta

Presidente da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Benício Albano Werner, fala sobre a atuação da entidade representativa dos produtores e implicações da COP 7 para os trabalhadores rurais O que temos a comemorar neste dia 28 de outubro? Benício Werner – Um motivo para comemorar é que, mesmo com tantas restrições impostas contra o cigarro, continuamos produzindo tabaco e tendo resultados satisfatórios para os produtores. Ao contrário do que se ouvia, de que a produção ia terminar, continuamos produzindo. De fato, o consumo de cigarros reduziu. Mas as exportações brasileiras são um alento para os produtores, uma vez que somos os maiores exportadores do mundo. Também vemos investimentos industriais do setor em diver-

sas partes do mundo. Nessa conjuntura, sabemos que a produção de tabaco no Brasil está longe de ter um final.

Como entidade representativa dos produtores, quais os objetivos que têm norteado a atuação da Afubra neste momento? Benício Werner – Na atualidade, a Afubra tem buscado informações para transmitir aos produtores, especialmente para poder antever os negócios com tabaco. Isso dá uma segurança maior sobre os volumes de produção, pois precisamos estar

atentos ao equilíbrio entre procura e demanda para poder manter a lucratividade do produtor. Estamos também procurando transmitir orientações aos produtores sobre a legislação para a contratação de mão de obra e em relação ao trabalho de adolescentes nas lavouras, entre outros temas relacionados à saúde, segurança e meio ambiente.

De que forma o resultado da 7ª Conferência das Partes pode interferir na atividade dos fumicultores? Benício Werner – Todos os temas da COP interferem na ati-

■ Benício Werner: produção de tabaco no Brasil está distante de ter um final

vidade dos fumicultores porque somos a base da cadeia produtiva. Na medida em que vão implementar mais restrições ao consumo de cigarros, interferem na produção rural. Os aumentos de tributos são preocupantes porque estimulam a sonegação e o contrabando. Isso é preocupante porque não se sabe o tipo de tabaco usado nesses cigarros ilegais, enquanto o nosso produto é

de qualidade. Outra preocupação é o fato de a OMS (Organização Mundial da Saúde) querer interferir nos negócios bilaterais entre países, pelos quais são firmados compromissos de compra e venda de produtos. Se infringir essa livre negociação, estarão indo contra os termos constantes na Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (artigo 2), ratificada pelo Brasil em 2005.

PRODUTORES JOEL E ALEXANDRA JUNKHERR, LOCALIDADE DE SÃO JOSÉ DA RESERVA, SANTA CRUZ DO SUL/RS.

ANO

APÓS ANO, REFORÇAMOS A CRENÇA ENÇA DE QUE A GRANDE RESPONSÁVEL RESPONSÁVE ÁVELL

PELO DESENVOLVIMENTO DA CULTURA DO TABACO É ESSA PALAVRA E O QUE ELA REPRESENTA PARA NÓS.

E SÃO OS NOSSOS PARCEIROS, PRODUTORES DE POR ISSO, HOJE, NADA MAIS JUSTO DO QUE PRESTARMOS UMA HOMENAGEM A ELES, QUE SÃO OS ALICERCES DA EMPRESA DESDE O SEU INÍCIO. TABACO, QUE REFORÇAM ESSE SIGNIFICADO ATRAVÉS DO TEMPO.

28/10 - DIA

DO

PRODUTOR

DE

TABACO.

WWW.PRODUTORSOUZACRUZ.COM.BR



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