16 a 20 de novembro Universidade Federal de São Carlos–UFSCar
16 a 20 de novembro Universidade Federal de SĂŁo Carlos - UFSCar
cinemidiaufscar.wordpress.com
Apresentação
I Encontro Internacional do Cinemídia – Grupo de Estudos sobre História e Teoria das Mídias Audiovisuais
O Cinemídia iniciou suas atividades em 2013, contando com a participação de professores e alunos relacionados tanto ao Programa de Pós-Graduação em Imagem e Som (PPGIS) quanto ao Curso de Graduação em Imagem e Som, da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Desde então, mantém vínculos com outras relevantes instâncias desta Universidade, tais como o Departamento de Artes e Comunicação (DAC), o Centro de Educação e Ciências e Humanas (CECH), a Pró-Reitoria de PósGraduação (ProPG) e a Pró-Reitoria de Pesquisa (ProPq), que muito contribuíram para a concretização de várias atividades até a realização deste Primeiro Encontro Internacional. O interesse do grupo diz respeito fundamentalmente à investigação 4
das mídias audiovisuais a partir de uma compreensão da história e da teoria como fatores dinâmicos e conjugados a produtos, processos e suas mediações, partindo de três eixos de pesquisa, a saber: os regimes do discurso audiovisual; as intermidialidades; o som e a música no audiovisual. Tal objetivo geral vem pautando as pesquisas específicas, as frequentes reuniões, estudos, participações em congressos, produção de textos, entre outras atividades dos integrantes da equipe em suas várias instâncias, que agora chegam ao momento especial de realização deste Primeiro Encontro Internacional. A proposta é reunir pesquisadores tanto do Brasil quanto de outros países para o debate sobre as intermidialidades, com a investigação sobre modos de
interação entre mídias/meios e a ativação de suas zonas fronteiriças. Assim, as conferências de professores de destaque na área abordam as potencialidades das intermidialidades enquanto lugar epistemológico e métodos de pesquisa, questionando desde gêneros até as presenças do som e da música e as características das mídias em seus discursos audiovisuais, em suas perspectivas intertextuais, interartísticas e interculturais. Além das conferências, várias comunicações serão apresentadas por pesquisadores diversos oriundos de instituições distintas, reunidos em mesas a partir de temáticas e abordagens afins, como uma constelação representativa das pesquisas em curso, em sintonia com as questões de intermidialidade. Além disso, reiterando a parceria do PPGIS com o Centro de Investigação em Artes e Comunicação da Universidade do Algarve (CIAC –
Portugal), este Encontro realiza o minicurso Interdisciplinaridade e Intermidialidades Além-mar: o Caso do Cinema Português, que parte de uma perspectiva histórica e teórica para investigar traços do cinema de Portugal, com ênfase nas relações entre cinema, literatura e outras artes. Para a concretização deste Primeiro Encontro Internacional do Cinemídia, vale destacar, com ênfase, que tem sido imprescindível, além da participação dos conferencistas e pesquisadores, o suporte do PPGIS, da ProPG e ProPq da UFSCar, e especialmente o apoio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior do Ministério de Educação (CAPES). A todos, os nossos mais sinceros agradecimentos, com a boa expectativa pela realização não só deste mas também de muitos outros Encontros!
CINEMÍDIA Coordenação do Grupo de Pesquisa Comitê Organizador do I Encontro Internacional Equipe de Produção 5
Programação 16/11 SEGUNDA-FEIRA
13:30 – Credenciamento 16:00 – 17:30 (Auditório do CECH/AT2) – Mesa 1 19:00 – 21:00 (Auditório do CECH/ AT2) – Conferência de abertura do I Cinemídia
17/11 TERÇA-FEIRA
18/11 QUARTA-FEIRA
9:00 – 10:30 (Biblioteca Comunitária – Auditório A1) – Mesa 2
9:00 – 10:30 (Biblioteca Comunitária – Auditório A2) – Mesa 6
9:00 – 10:30 (Biblioteca Comunitária – Auditório A3) – Mesa 3
9:00 – 10:30 (Teatro Florestan Fernandes) – Mesa 7
11:00 – 12:45 (Biblioteca Comunitária – Auditório A1) – Mesa 4
11:00 – 12:30 (Biblioteca Comunitária – Auditório A2) – Mesa 8
11:00 – 12:30 (Biblioteca Comunitária – Auditório A3) – Mesa 5
11:00 – 12:30 (Teatro Florestan Fernandes) – Mesa 9
12:30 – 14:00 – Almoço
12:30 – 14:00 – Almoço
14:00 – 16:00 (Biblioteca Comunitária – Auditório A3) Conferência 1 – Gêneros audiovisuais em trânsito
14:00 – 16:00 (Biblioteca Comunitária – Auditório A3) Conferência 3 – Som em contextos interartísticos
16:30 – 18:30 (Biblioteca Comunitária – Auditório A3) Conferência 2 – A TV como meio híbrido
16:30 – 18:00 (Biblioteca Comunitária – Auditório A3) – Mesa 10 16:30 – 18:00 (Teatro Florestan Fernandes) – Mesa 11 19:00 – 21:30 (Teatro Florestan Fernandes) – Conferência de Encerramento
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19/11 QUINTA-FEIRA
20/11 SEXTA-FEIRA
9:30 – 12:30 (Biblioteca Comunitária – Auditório A2) Minicurso
9:30 – 12:30 (Biblioteca Comunitária – Auditório A2) Minicurso
12:30 – 14:30–Almoço 14:30 – 17:30 (Biblioteca Comunitária – Auditório A2) Minicurso
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Conferência de abertura Intermidialidade: perspectivas
16/11 – 19:00-21:00 (Auditório do CECH/AT2) Profa. Dra. Thaïs Flores Nogueira Diniz (UFMG) Partindo da conceituação de Intermidialidade – termo recente usado para denominar o fenômeno antigo que trata das relações entre textos concebidos em sistemas semióticos distintos – a conferência pretende explorar a interrelação entre representações verbais e mídias, iniciando pelas subcategorias da intermidialidade apontadas por Irina Rajewsky – combinação de mídias, transposição (inter)midiática e referência intermidiática – e apresentando, em seguida, alguns problemas inerentes a elas.
Conferência 1
Gêneros audiovisuais em trânsito Terça 17/11, 14:00 – 16:00 (Biblioteca Comunitária – Auditório A3) Mediação: Prof. Dr. Samuel Paiva (UFSCar) Propostas indisciplinares para a história e teoria do cinema e da arte – “Caverna dos Sonhos Perdidos” (2010) de Werner Herzog e “O Sal Da Terra” (2014) de Wim Wenders e Juliano Salgado Profa. Dra. Carolin Overhoff Ferreira (Unifesp) A comunicação analisará dois filmes recentes que interrogam as narrativas mestras da História da Arte e do Cinema: “A Caverna dos Sonhos Esquecidos” (2010) e “O Sal da Terra” (2014) . Embora chamados documentários, estes filmes constroem novas ficcionalidades, seja acerca da arte rupestre mais antiga jamais encontrada ou da fotografia famosa e polêmica do brasileiro Sebastião Salgado. De fato, os cineastas definem a arte no singular, isto é, não reconhecem diferenças e especificidades – seja acerca de pintura pré-histórica, imagem fotográfica ou imagem em movimento. Pelo contrário, argumentarei que os filmes oferecem abordagens indisciplinares ao teoretizarem sobre a relação entre história, pintura, fotografia e cinema.
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Mashups do horror: tendências contemporâneas de hibridação genérica no audiovisual Profa. Dra. Laura Cánepa (Universidade Anhembi Morumbi) O horror foi, durante o século XX, um dos gêneros preferidos pela indústria cultural. Com isso, legou ao imaginário contemporâneo uma grande quantidade de monstros adaptáveis a diversas situações narrativas, formando um repertório poderoso e onipresente nos produtos midiáticos. O resultado dessa onipresença se verifica em narrativas nas quais o horror se apresenta incorporado à experiência cotidiana e a outros gêneros, possibilitando combinações e mashups com diferentes resultados. Para refletir sobre esse fenômeno, será tomado como exemplo o caso da série televisiva (oriunda dos quadrinhos) “The Walking Dead”. Novos contornos para o documentário na era da imagem técnica digital Prof. Dr. Marcelo Vieira Prioste (PUC-SP) Ao pensarmos no quadro midiático contemporâneo dominado pela máquina digital, conjetura-se sobre o impacto desta imagem técnica digital, desindexada do real, nas formas do cinema documentário contemporâneo, principalmente para o docudrama e o documentário histórico. Se nos seus primórdios o documentário ambicionou reapresentar o mundo histórico, neste atual contexto, em que os videogames operam como usinas geradoras de imagens intensas e verossímeis (machinimas), desponta uma nova imagética, com o potencial até de instigar a novas representações para fatos históricos.
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Conferência 2
A TV como meio híbrido Terça 17/11, 16:30 – 18:30 (Biblioteca Comunitária – Auditório A3) Mediação: Profa. Dra. Flávia Cesarino Costa (UFSCar) Título: Imagens indisciplinadas e sons ajustados: o vídeo como dispositivo de resistência, de identidade e de documentário Prof. Dr. Gilberto Alexandre Sobrinho (Unicamp) Nos anos 1980, com a chegada das câmeras de vídeo e aparelhos de videocassete, uma geração de realizadores em vídeo iria oferecer alternativas concretas ao modelo fixado pelas emissoras comerciais. Nessa comunicação, vou me centrar nos vídeos documentários de produção independente, que se voltavam para as questões, discursos e representações de negros, indígenas e comunidades urbanas periféricas, destacando os trabalhos de Joel Zito Araújo, Eduardo Coutinho e Vicent Carelli e as experiências de TV de Rua tais como TV Viva e TV Maxambomba. Esse cenário histórico elucida sobre os desdobramentos do audiovisual, pós-digital. Gêneros televisivos em migração: formas impuras e práticas discursivas Profa. Dra. Rosana de Lima Soares (USP) / Profa. Dra. Andrea Limberto (USP) A presente comunicação pretende abordar as narrativas constituintes da chamada “reality tv”, considerada como um gênero impuro formado a partir de hibridismos estilísticos, estéticos e narrativos. Em termos gerais, investigaremos os espaços de presença/ausência de atores sociais não hegemônicos; as práticas discursivas como espaços de intertextualidade e heterogeneidade; as políticas de representação e os novos regimes de visibilidade nas mídias, especialmente aqueles relacionados a figuras de alteridade, estabelecendo as tensões entre as narrativas do mesmo e do outro nelas apresentadas. A televisão como um meio híbrido: notas a partir do pensamento de Raymond Williams Prof. Dr. Márcio de Vasconcelos Serelle (PUC-Minas) Em seu livro “Television” (1974), Raymond Williams assinalou diversos aspectos híbridos relacionados à televisão: sua constituição entre uma tecnologia e uma forma cultural, seu modo de apresentação, que reúne eventos de diferentes naturezas antes separados no cotidiano; a própria experiência do espectador, que deve ser apreendida pelo fluxo televisivo, e não por meio de programas isolados; as formas televisivas mistas. Nesta comunicação, pretendo retomar essas principais características e refletir sobre a atualidade delas em nosso contexto de interação da televisão com outras mídias. 10
Conferência 3
O som em contextos interartísticos Quarta 18/11, 14:00 – 16:00 (Biblioteca Comunitária – Auditório A3) Mediação: Profa. Dra. Suzana Reck Miranda (UFSCar) A canção e o cabaré – estratégias de nação no cinema mexicano dos anos 1940 Prof. Dr. Maurício de Bragança (UFF) Nesta comunicação, pretendemos apresentar uma discussão em torno dos processos de negociação cultural presentes nos melodramas cabareteros do cinema mexicano. Para isso, enfatizamos o papel que a canção popular mexicana desempenha nestas narrativas fílmicas, através de estratégias de adesão nacional e das dinâmicas de reconhecimento por um público massivo, dando destaque para o circuito cultural musical que se organizou no cenário midiático mexicano nos anos 1940. Found footage e sonoridades Prof. Dr. Rodrigo Carreiro (UFPE) Graças ao avanço tecnológico experimentado nos últimos 40 anos, as fronteiras entre a produção profissional e a criação amadora de produtos audiovisuais tem sido tensionada. Atualmente, não são poucos os exemplos de filmes que circulam com razoável visibilidade, apesar de produzidos com orçamento reduzido. Muitos dos títulos ligados ao gênero do found footage de horror são realizações amadoras, concebidas por cineastas sem experiência profissional. O objetivo da apresentação é discutir os impactos dessa onda de produções amadoras no som dos filmes. RÁDIO NOVO: critica social e experimentação estética no radiodrama paulistano Prof. Dr. Eduardo Vicente (USP) Este trabalho busca demonstrar que uma produção radiofônica mais autoral e engajada chegou a ser desenvolvida no Brasil, especialmente no rádio paulistano, ao longo dos anos 1950. Sintonizados com a efervescência política e cultural do período, autores como Túlio de Lemos, Dias Gomes e Walter George Durst, entre outros, representaram um importante momento de renovação estética e de politização da ficção radiofônica nacional. Desse momento, definido aqui como o da emergência de um “rádio novo” paulistano, iremos analisar a série radiofônica “A História de Zé Caolho” (1952), de Dias Gomes. 11
Conferência de encerramento O Cânone Literário no Cinema Português
Quarta 18/11, 19:00 – 21:30 (Teatro Florestan Fernandes) Profa. Dra. Ana Isabel Soares (CIAC/UAlg) Haverá uma tendência literária no cinema português? Um tanto já afirmei acerca de filmes documentais e de um certo modo poético. Será que se verifica o mesmo em filmes não documentais? A ficção, feita quer em longa, quer em curta metragem, tende acima de tudo para a prosa literária. Por buscar enredos que adaptar, talvez. Posto o reflexivo ato teórico, indago: Que obras da literatura atraem a atenção dos realizadores portugueses? Que cânone literário se forma ou repercute no cinema português? Um olhar rápido, nada exaustivo, conta para cima de 250 filmes (portugueses, mas não apenas) adaptados de obras literárias portuguesas. Mas um cânone não se faz de contagens: mais nasce do incontável, até do que não chegou a existir, e pode até incluir projetos que, não terminados, revelem a cumplicidade entre autores de literatura e criadores de cinema.
Minicurso
Interdisciplinaridade e Intermidialidades Além-mar: O caso do cinema português 19 e 20 de novembro Docente: Profa. Dra. Ana Isabel Soares EMENTA 1) Panorama do Cinema Português, da criação à contemporaneidade. Os inícios. Os modernismos. O cinema clássico. As novas vagas. Cânone do cinema português. 2) O Cinema Português e a Literatura. Adaptações. Cinema-poesia (ficção e documentário). 3) O Cinema Português e outras Artes. Criações mútuas.
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OBJETIVOS Pretende-se, com estas panorâmicas, disponibilizar aos alunos uma perspectiva histórica que revele traços persistentes nos filmes do cinema português. A ênfase principal será nas obras que se relacionem quer com a literatura quer com outras artes, não só daquele, como de outros países. A contiguidade de estudo de exemplos das cinematografias apresentadas poderá conduzir a uma comparação e a eventuais propostas de identificação ou identidade. Serão abordados filmes de ficção, documentários e de genologias híbridas, sempre na procura de um entendimento enriquecedor e abrangente. 19 de novembro – Quinta-feira 9:30 – 12:30 (Biblioteca Comunitária – Auditório A2)
20 de novembro – Sexta-feira 9:30 – 12:30 (Biblioteca Comunitária – Auditório A2)
O Cinema Português e a Literatura (I) 1. Adaptações e outras relações 2. Estilo poético (ficção e documentário)
O Cinema Português e outras Artes. Criações mútuas 1. Intersecções 2. As artes como objeto cinematográfico 3. Videoarte e exercícios de estilo
12:30 – 14:30 – Almoço 14:30 – 17:30 (Biblioteca Comunitária – Auditório A2) O Cinema Português e a Literatura (II) 1. O escritor no cinema 2. O caso de Manoel de Oliveira
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1. Entre imagens: fotografia e cinema Coord. Cristiano F. Burmester (PUC-SP) 16/11 – 16:00 – 17:30 (Auditório do CECH/AT2) Os fenômenos intermidiáticos em “Diários de motocicleta”: a fotografia como propulsora da leitura documentarizante na ficção – Sancler Ebert (UFSCar) A proposta desta comunicação é refletir sobre como o uso da fotografia numa sequência de “Diários de motocicleta” (Walter Salles, 2004) permite uma leitura documentarizante (ODIN, 2012) dentro de um filme de ficção. Para a análise, usamos dois fenômenos intermidiáticos propostos por Rajewsky (2012): combinação de mídias (fotografias still emuladas na imagem fílmica) e referências intermidiáticas (no caso a obra do fotógrafo americano Walker Evans). Fotografia – do estático para o movimento. Um estudo sobre as transformações das Narrativas fotográficas – Cristiano F. Burmester (PUC-SP) A pesquisa investiga as transformações do campo da fotografia em função das intensas transformações decorrentes das inovações tecnológicas provocadas pela digitalização dos meios. A tecnologia da informática tem estimulado um intenso processo de convergência tecnológica, e decorrente deste processo, aparatos fotográficos de alta qualidade estão aptos a registrar imagens estáticas, bem como em movimento. Agora, não somente na pós-produção, mas também na captação de imagens, ocorre uma aproximação entre a fotografia e o audiovisual. A questão central de pesquisa assim se coloca: o que estas transformações podem significar e possibilitar nos termos da renovação das narrativas fotográficas? Narrativas autobiográficas no documentário: fotografias e vídeos domésticos na composição do filme – Eliane Vasconcelos Diógenes (PUC-SP) e Raphaela Areias da Silveira (UFU) O trabalho se propõe a examinar os modos de apropriação da fotografia e vídeos domésticos nos documentários, nos quais o diretor, sob efeito do impacto da morte ou da ausência de uma pessoa do seu complexo familiar (pai, mãe, irmão, tio), busca resgatar sua história. Investigamos a intencionalidade e a forma de apoderamento destes recursos estilísticos midiáticos na construção da memória através da linguagem cinematográfica. Revisitamos a história do cinema documental para observar a emergência deste modo de narrativa e seus desdobramentos contemporâneos no cenário brasileiro.
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2. Entre afetos: imaginários e fronteiras do horror Coord. Baldomero Ruiz Ortiz (UAM/México) 17/11 – 9:00 – 10:30 (Biblioteca Comunitária – Auditório A1) Filmes de epidemias: misturas da ficção científica, horror e melodrama – Baldomero Ruiz Ortiz (UAM/México) As epidemias no cinema constituem uma temática transgenérica. Porém nas ficções científicas, as epidemias têm um papel central nos relatos porque frequentemente adquirem uma dimensão catastrófica e apocalíptica. Além disso, as misturas genéricas da ficção científica permitem observar diversas manifestações dos imaginários sociais que propiciam as doenças epidêmicas. Nosso trabalho tem o propósito de apresentar duas faces das fantasias em torno das epidemias. A primeira delas manifesta-se em filmes de ficção cientifica e horror; a segunda, em produções de ficção cientifica melodramática. A franquia “Pânico” como espaço de entrecruzamentos midiáticos e negociações de representação – Lihemm Farah (UFF) e Mariana Ramos (UFF) A franquia cinematográfica “Pânico” apresenta um diálogo autorreflexivo sobre o gênero horror, na medida em que a metatemática se volta para as convenções do gênero cinematográfico e da subcultura jovem, através da intertextualidade com a cultura pop. Desse modo, sua reatualização estipula um formato que, quando deslocado para o gênero televisivo, se reapropria de estratégias de engajamento afetivas. O horror como um espaço de representação dos jovens também possibilita discussão a respeito do imaginário construído em cima das final girls, que servem como meio de reflexão sobre como os discursos sobre gênero e sexualidade foram se desenvolvendo através dos anos e das mídias. A mudança da posição do zumbi: comparação entre os filmes de George Romero e Bruce LaBruce – Thales Figueiredo da Silva (UFSCar) Os filmes de zumbi, um subgênero do filme de terror, passaram por muitas transformações ao longo dos anos e sua maior mudança de paradigma se deu com “Noite dos Mortos-Vivos” (1968), de George Romero. Com a trilogia dos mortos de Romero, os filmes começaram a retratar as opressões presentes nas sociedades que os produziam e o protagonismo recaiu sobre representantes oprimidos. Como no segundo filme da trilogia de Romero, o cineasta queer Bruce LaBruce utiliza um personagem gay em “Otto; or Up with the dead people” (2008), porém ele avança nas questões ao colocar um zumbi gay como protagonista e criar sua reflexão a partir desse posicionamento marginal. 15
3. Entre espaços: documentário, fronteiras e mediações Coord. Bráulio de Britto Neves (PUC-Minas) 17/11 – 9:00 – 10:30 (Biblioteca Comunitária – Auditório A3) Doc -Trans – transmedialidade documentária e representação política artefactual – Bráulio de Britto Neves (PUC-Minas) Proteiforme, deliberadamente dirigido à instauração de espaços de visibilidade, o documentário atual – cibertextual, interativo e colaborativamente produzido – nos instrui sobre o compromisso público-político do documentário, ao longo de toda sua história. Propomos tratar a sucessão histórica de “modos” ou “campos éticos” do documentário, demarcando “conjuntos ético-estilísticos”, distinguidos como estágios de um “progresso moral” no qual se entrelaçam os processos de emancipação de apreciadores, produtores e atores sociais. Frontier Zones: documentários para ler a cidade – Luciana Roça, Maria Julia Stella Martins, José Calijuri Hamra, Nayara Araujo Benatti e Marcelo Tramontano (USP) A comunicação irá debater usos do audiovisual, especificamente produções relacionadas ao documentário, para fins de pesquisa e reflexão sobre a cidade contemporânea e os discursos que a constituem. Para tanto, a reflexão é baseada na experiência desenvolvida na Frontier Zones International Summer School, que teve como objetivo explorar fronteiras concretas e simbólicas presentes na cidade através da produção de documentários curtos. As atividades ocorreram nas cidades de São Carlos e São Paulo, realizadas pelo Instituto de Arquitetura e Urbanismo da USP, através do Nomads.usp, em parceria com quatro universidades alemãs e participação de 17 estudantes de diferentes regiões do Brasil. Conversações: cultura popular em Lina Bo Bardi e os documentários de Paulo Gil Soares na Caravana Farkas – Joyce Cury (UFSCar) A fim de explorar inter-relações do cinema brasileiro com outros campos culturais, artísticos ou midiáticos, refletirei sobre o diálogo entre o pensamento da arquiteta italiana Lina Bo Bardi acerca da cultura popular e documentários realizados por Paulo Gil Soares no Nordeste brasileiro, na década de 1960, na Caravana Farkas. Traçarei intersecções entre ambos a partir do filme “A mão do homem” (1969-70), que explicitamente é dedicado à arquiteta. Observarei como a temática, narração em voz over, personagens e trilha musical deste filme reverberam o pensamento de Bo Bardi sobre cultura popular. 16
4. Entre tecnologias e imagens expandidas Coord. Cristina Barreto de Menezes Lopes (Unicamp) 17/11 – 11:00 – 12:45 (Biblioteca Comunitária – Auditório A1) Tecnologias e narrativas audiovisuais – Do Hales Tours ao Cinema Locativo – Cristina Barreto de Menezes Lopes (Unicamp) Propomos analisar o cinema locativo, através do projeto “A machine to see with”, produzido pelo grupo inglês Blast Theory. Nesse cinema, ao invés de assistir a um filme dentro de uma sala de projeção, o espectador agora pode interagir e além de escolher o trecho que quer ver (o que já vinha sendo experimentado em projetos que pensam a interatividade no audiovisual), deve também se posicionar geograficamente, o que permite incluir outras informações sensoriais à narrativa. Corpo-tela, corpo-sonoro: outras formas de pensar/fazer cinema – Marina Mapurunga de Miranda Ferreira (UFRB) A comunicação discute as produções do Laboratório de Pesquisa, Prática e Experimentação Sonora – Sonatório, projeto de extensão da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, que vai propor um corpo-tela/corpo-sonoro, nos quais samples visuais são projetados em corpos por meio da técnica de video mapping. O som é realizado em tempo real pelos corpos-telas a partir da linguagem de sinais soundpainting regida por um painter (compositor-regente). Estas apresentações audiovisuais ocorrem tanto em espaços fechados quanto abertos e se adaptam aos espaços da cidade. Indie Games: O movimento independente dos jogos eletrônicos; suas inovações técnicas e narrativas e seu sucesso no mercado de games – Denner Hall (UFSCar) A comunicação visa analisar as estruturas narrativas e produtivas na criação de jogos eletrônicos independentes ou como são conhecidos indie games. Para isso serão discutidos os bem-sucedidos jogos “Fez” (2012), “Journey” (2012), “Child of Light” (2014) para contextualizar e exemplificar o universo dos indie games. Também conceitualizaremos os indie games dentro de um gênero próprio. O Congueiro – documentação audiovisual coletiva do congo capixaba – José Otavio Lobo Name (UFES) O Congueiro é o portal de internet de apresentação pública das produções audiovisuais do projeto de pesquisa Holoteca Etnográfica, e pretende se consolidar 17
como um espaço de divulgação e compartilhamento de imagens, vídeos, pesquisas e debates acerca do congo do Espírito Santo. A pesquisa parte da premissa de que, com a popularização das formas de produção e compartilhamento em audiovisual, novas formas de documentação das práticas e saberes tradicionais e populares podem ser desenvolvidas pelos próprios integrantes dos grupos sociais.
5. Entre memórias, poéticas e afetos Coord. Cyntia Gomes Calhado (PUC-SP/FIAM-FAAM) 17/11 – 11:00 – 12:30 (Biblioteca Comunitária – Auditório A3) Pontos de contato entre a estética maneirista e a poética de Walter Salles – Cyntia Gomes Calhado (PUC-SP/FIAM-FAAM) Este trabalho busca apresentar os pressupostos teóricos que sustentam uma aproximação entre a estética maneirista e a poética do cineasta brasileiro Walter Salles. Situaremos a obra de Salles na proposta de Gilles Deleuze (2013) do terceiro estado da imagem. Propomos estudar o maneirismo como um gesto estético que tem origem nas artes plásticas e é adotado por cineastas de diversas épocas, a partir da perspectiva da “sobrevivência das imagens” de Aby Warburg, via leitura de DidiHuberman (2013). “Corpo Presente”, de Paolo Gregori e Marcelo Toledo – Renato Coelho Pannacci (Unicamp/UAM) Durante a comunicação será apresentada uma análise fílmica do longa-metragem “Corpo Presente (2013)”, dirigido por Paolo Gregori e Marcelo Toledo. Serão também abordados o histórico dos realizadores, anteriormente membros das produtora independente Paraísos Artificiais, bem como questões relativas ao processo de produção da obra. Memória afetiva na obra de Wenders – Ricardo Tsutomu Matsuzawa (UAM/PUC-SP) A pesquisa busca analisar as relações da cinefilia dos realizadores em suas obras. Os elementos fílmicos que são reapropriados de acordo com a memória afetiva em produções/reproduções que organizam um novo sentido ou uma outra perspectiva. Esta reflexão tem como objetivo apontar as convergências entre elementos formais estabelecidos, a apropriação de cenas emblemáticas, as releituras e a constituição da subjetividade dos modos autorais em uma nova configuração da referência apropriada. 18
6. Entre artes: cinema, dança, pintura e videoclipe Coord. Tamara Vivian Katzenstein (CAV) 18/11 – 9:00 – 10:30 (Biblioteca Comunitária – Auditório A2) Um estudo sobre a Dança e o Cinema através do trabalho de Pina Bausch – Tamara Vivian Katzenstein (CAV) A comunicação analisa as relações entre cinema e dança a partir dos trabalhos da coreógrafa, diretora e dançarina alemã Pina Bausch, que relacionou-se com o audiovisual em inúmeras de suas possibilidades. Para a análise, utilizam-se os conceitos de Chiel Kattenbelt (2007) que cita a multimídia, a transmidialidade e a intermidialidade. Bressane/Godard, Rio/Paris: cinema e pintura – Fabio Camarneiro (UFES/USP) Jean-Luc Godard na França e Júlio Bressane no Brasil são dois cineastas que dialogam constantemente com a pintura. No caso do brasileiro, a pintura aparece de maneira incontornável em “Filme de amor” (2003). Bressane cita pinturas do Renascimento ao Surrealismo, tendo o Rio de Janeiro como cenário, que se transforma no “espaço” para que essas imagens coexistam. Da relação entre os cenários do Rio (o “cotidiano como impenetrável”) e a tradição da pintura (o “impenetrável como cotidiano”), Bressane abre mão de pensar o que há de certa tradição pictórica na formação das artes brasileiras, para se concentrar no que haveria de Brasil na tradição pictórica universal. Itinerários na exposição ‘Björk’ (2015), do The Museum of Modern Art: o videoclipe musical entre a indústria cultural e as instituições de arte – Liene Nunes Saddi (Unicamp) O trabalho tem como ponto de partida um relato de visita da pesquisadora à exposição “Björk: mid career retrospective with new commisioned piece for MoMA”, realizada pelo The Museum of Modern Art (MoMA NY) durante o primeiro semestre de 2015. A partir de análise da mostra retrospectiva, do catálogo organizado pelo curador Klaus Biesenbach e da instalação audiovisual “Black Lake” dirigida por Andrew Thomas Huang, procurar-se-á observar como os itinerários do videoclipe musical vêm se multiplicando através de ações curatoriais, das trocas interdisciplinares entre equipes criativas e da circulação em rede das obras.
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7. Entre escutas: sons, espaços e reverberações Coord. Damyler Ferreira Cunha (USP) 18/11 – 9:00 – 10:30 (Teatro Florestan Fernandes) Uma análise sobre as dimensões diegéticas do ruído no filme “O Moinho e a Cruz” – Roberta Ambrozio de Azeredo Coutinho (UFPE) O presente estudo parte da análise do filme “O Moinho e a Cruz” (“The Mill and the Cross, Lech Majewski”, 2011) para propor uma reflexão acerca das funções diegéticas do ruído. A problemática da pesquisa se desenvolve a partir da concepção de que este elemento sonoro é predominantemente explorado nas produções contemporâneas como um acessório figurativo da imagem o que acaba por subjugar sua potencialidade expressiva a um papel passivo na produção do sentido fílmico. Assim, por meio do diálogo com o conceito de hiper-realismo sonoro e do estudo analítico desta obra a qual subverte tal tendência dominante, procuramos compreender e problematizar as dimensões diegéticas que o ruído é capaz de assumir em uma produção de cinema. A escuta intimista e o uso da música concreta no curta-metragem “O Pátio”, de Glauber Rocha – Damyler Ferreira Cunha (USP) Este trabalho propõe uma breve reflexão sobre a tensão existente entre uma dimensão racional, presente no visual geométrico da proposta cenográfica do curta-metragem “O Pátio” (Glauber Rocha, 1957-59) em relação a uma dimensão mais corporal e intimista, relação que é intensificada pela presença de sons vocálicos corporais na banda sonora e pela própria movimentação dos atores. A construção da paisagem sonora através de aparelhos: o objeto sonoro e a gravação observados no filme “Pólis” – Raphaela Benetello Marques (UFJF) A comunicação busca trazer para o campo do audiovisual os conceitos de imagem técnica e caixa preta de Vílem Flusser, paisagem sonora de R. Murray Schafer e objetos sonoros de Pierre Schaeffer. Além disso, trabalhar alguns conceitos que envolvem o som no audiovisual através de Michel Chion. A partir disso, o trabalho objetiva também exemplificar uma possível quebra do modelo de dependência entre áudio e vídeo, fazendo com que o som adquira um significado próprio e único, diferente da imagem, a partir do documentário “Pólis” (35mm, 2009).
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8. Entre atos: palcos, telas e escrituras Coord. Rodrigo Fontanari (Unicamp) 18/11 – 11:00 – 12:30 (Biblioteca Comunitária – Auditório A2) A transposição das rubricas da peça teatral “Boca de Ouro” ao filme homônimo: Um olhar quantitativo-descritivo para o processo de transmidialidade – Álvaro Dyogo Pereira (UFJF) Através de uma metodologia desenvolvida para pesquisar o processo que Kattenbelt (2008) chama de transmidialidade, ocorrido na adaptação de um texto teatral para o cinema, com olhar sobre as rubricas teatrais e sua transposição à obra fílmica, apresentaremos os resultados da coleta de dados feita a partir de análise do filme “Boca de Ouro” (1963), realizando inferências de ordem quantitativodescritivas. As categorizações e tipificações utilizadas foram desenvolvidas por nós, através do estudo das rubricas da peça “Boca de Ouro”, de Nelson Rodrigues (2012). Para rever “O Ano Passado em Marienbad” – Alain Robbe-Grillet cineasta segundo Roland Barthes – Rodrigo Fontanari (Unicamp) Esta comunicação busca estabelecer possíveis nexos entre a obra cinematográfica e a literária de Alain Robbe-Grillet a partir da noção de “literatura literal” ou “literatura objetiva”, que Roland Barthes cunhou para as primeiras obras romanescas desse romancista transformado em cineasta. Hibridismo no cinema popular e de diáspora da Índia – Juily Manghirmalani (UFSCar) Esta pesquisa se propõe a detectar no cinema popular e de diáspora da Índia, mais especificamente nos filmes “Lajja” (2001, de Rajkumar Santoshi) e “Fogo e Desejo” (1996, de Deepa Mehta), características híbridas de diferentes artes que compõem a narrativa e estética de filmes indianos. Grande parte da cinematografia indiana possui influências das narrativas presentes nos teatros folclóricos e clássicos da Índia, como também nas morais dos dois grandes contos literários Mahabharata e Ramayana. E em sua face estética e estilística, possui influências de Hollywood, MTV e da Internet. Os filmes propostos para esta análise abrem discussões através de críticas sobre a interligação entre o hinduísmo e a cultura indiana sobre a mulher.
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9. Entre conceitos: historiografia e teorias intermidiais Coord. Arthur Autran (UFSCar) 18/11 – 11:00 – 12:30 (Teatro Florestan Fernandes) Terra prometida: os estrangeiros nos cinemas da Argentina e do Brasil (1930-1942) – Arthur Autran (UFSCar) A presente comunicação integra a pesquisa “Sonhos industriais: o cinema dos estúdios na Argentina e no Brasil (1930-1942)”, na qual se busca comparar o desenvolvimento desigual dessas cinematografias. Uma das diferenças mais notáveis entre os dois países é a contribuição dos técnicos de origem estrangeira. A comunicação busca indicar os principais profissionais estrangeiros atuantes nas duas cinematografias, as contribuições para o desenvolvimento de ambas e as motivações pelas quais o técnico estrangeiro encontrou mais espaço na Argentina. As comédias musicais de Luiz de Barros e seu diálogo com outras mídias – Evandro Gianasi Vasconcellos (UFSCar) A comunicação pretende apresentar algumas características das comédias musicais carnavalescas realizadas por Luiz de Barros, demonstrando como esses filmes dialogavam intensamente com um amplo contexto artístico e cultural. Quando analisadas através de uma noção do cinema clássico narrativo, as comédias musicais apresentam diversos problemas, porém tal análise acaba sendo limitada. As teorias da intermidialidade surgem, então, como uma ferramenta importante para compreender esses filmes a partir de uma lógica diferente, levando em consideração sua relação com outras mídias, como o teatro, o rádio e a música, entre outros. A declaração sobre o futuro do cinema sonoro e os primeiros filmes sonorizados dirigidos pelos defensores do som como contraponto – Fabiano Pereira (UAM) Este trabalho tem o intuito de apresentar os conceitos publicados pelos cineastas russos que defenderam a polifonia, contraponto sonoro e assincronismo, no início do que se convencionou chamar de cinema sonoro, a partir de 1927. Serão analisados os escritos e os primeiros filmes sonoros dos cineastas e teóricos russos Sergei Eisenstein, V. I. Pudovkin e G.V. Alexandrov, e Dziga Vertov. Serão consideradas obras dirigidas por eles nos primeiros cinco anos do cinema sonoro soviético, de 1930 a 1934.
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10. Entre mídias, redes e plataformas Coord. Vicente Gosciola (UAM) 18/11 – 16:30 – 18:00 (Biblioteca Comunitária – Auditório A3) Transmídia, a forma narrativa da sociedade em rede – Thiago Falcão (UAM), Vicente Gosciola (UAM) e Matheus Tagé (UAM) Com base numa reflexão que se apoia na proliferação de uma forma narrativa que se prolifera por vários canais e em um olhar que busca compreender a arquitetura material desta forma narrativa, este trabalho propõe uma discussão epistemológica sobre o conceito de transmídia que atenta não apenas para sua composição ideal – sua estrutura abstrata – mas para a práxis deste, para sua contextualização em meio à cultura audiovisual contemporânea. Convergência ou Preponderância: Os desafios da Marvel Entertainment frente aos fãs da Marvel Comics e do Universo Cinematográfico Marvel – André Emilio Sanches (UFSCar) O grande sucesso do Universo Cinematográfico Marvel, iniciado em 2008, tem causado reflexos nas demais produções do grupo de entretenimento e dividido as opiniões tanto de fãs antigos quanto recentes acerca dos rumos que ambos os universos irão tomar. Faz-se aqui uma análise do ponto de vista da convergência de mídias e da cultura de fãs se tais mudanças, em ambos os universos narrativos, têm sido mais no âmbito da convergência dessas mídias ou da preponderância de uma delas, a cinematográfica, sobre as outras, e quais seus efeitos tanto nos fãs mais antigos, oriundos dos quadrinhos, quando nos fãs mais recentes, conquistados com o universo cinematográfico. O protagonismo estratégico-mercadológico da dramaturgia televisiva – Renato Tavares Junior (UAM) O trabalho apresenta uma evolução histórica da dramaturgia na televisão brasileira relacionando a concepção artística com as estratégias de programação e os modelos de negócio a fim de compreender como a ficção televisiva se consolidou como produto cultural televisivo capaz de agregar interesses das emissoras, do público e dos anunciantes. Realiza-se um estudo de mapeamento da relevância atual da dramaturgia televisiva no país evidenciando as decisões e estratégias mercadológicas que viabilizaram e legitimaram a teledramaturgia brasileira. No contexto contemporâneo aborda as diferentes estratégias narrativas e mercadológicas entre crossmídia e transmídia e entre cultura participativa e cultura colaborativa na produção audiovisual ficcional.
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11. Entre melodias: jazz, samba e vanguardas sonoras Coord. Gustavo Rocha Chritaro (UFES) 18/11 – 16:30 – 18:00 (Teatro Florestan Fernandes) Alex North e Miles Davis – Estudo comparado de duas propostas para o jazz no cinema – Gustavo Rocha Chritaro (UFES) O presente trabalho apresenta o resultado de um estudo comparativo em vários níveis das técnicas de construção da dimensão musical do discurso audiovisual referenciadas no domínio musical do jazz. A partir do trabalho de Alex North e Miles Davis para trilha musical de filmes. Como a abordagem adequada das técnicas em questão depende da compreensão da fluidez semântica que é característica do termo “jazz”, associamos a análise do discurso audiovisual a uma propedêutica de ajuste histórico, estilístico e conceitual, dos procedimentos ligados a este domínio. Cidade do samba, do asfalto e do morro. As relações entre a música popular e o cinema no filme “Cidade Mulher” (1936) – Afonso Felipe G. L. Romagna (UAM) O objetivo deste trabalho é demonstrar como a música popular se relaciona com o cinema no filme “Cidade Mulher” (1936), cuja trilha musical foi composta em quase sua totalidade pelo sambista Noel Rosa – sendo o único filme musicado por este compositor. Estas canções trazem elementos significativos que refletem questões sociais e culturais da época. Desta maneira propomos efetuar um resgate de partes deste filme através de seu repertório musical, valorizando seus aspectos sonoros e sua relação com a imagem, o enredo, a cultura e a sociedade na qual está imerso. Walter Ruttmann e as primeiras experiências de filme-rádio na República de Weimar – Jonathan Estevam Marinho (UFSCar) Esta comunicação pretende expor algumas relações simbióticas entre as mídias rádio e cinema, presente nos primeiros filmes sonoros do cineasta vanguardista alemão Walter Ruttmann (1887-1941). Neste particular, nosso recorte histórico restringe-se ao cinema no período entreguerras, na República de Weimar (Alemanha, 1919-1933), observando especificamente o momento de transição do cinema silencioso para o sonoro. Nosso intuito é esclarecer de que modo Ruttmann incorporou esteticamente essas primeiras experiências intermidiáticas à sua linguagem audiovisual, e como essa relação o levou ao caso limite do ‘filme sem imagens’ “Weekend” (1930).
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Cinemídia Coordenação do Grupo de Pesquisa Profa. Dra. Flávia Cesarino Costa (UFSCar) Prof. Dr. Samuel Paiva (UFSCar) Profa. Dra. Suzana Reck Miranda (UFSCar) Comitê Organizador do I Encontro Internacional Prof. Dr. Fábio Raddi Uchôa (UFSCar) Profa. Dra. Flávia Cesarino Costa (UFSCar) Prof. Dr. Samuel Paiva (UFSCar) Profa. Dra. Suzana Reck Miranda (UFSCar) Prof. Ms. Wiliam Pianco (CIAC/UAlg) Comitê Organizador Discente Debora Taño Juily Manghirmalani Moema Pascoini Sancler Ebert Coordenação Transmissão Online Pedro Dolosic Cordebello Equipe de Produção Ana Julia Lima Anna Carolina de Assis Pereira Beatriz Oliveira Bianca Brauer Danielle Ribeiro Gabriel Scarpa Gabrielle Araujo Isabella Herling Joyce Cury Laís Lima Larissa Bela Fonte Leticia Gomes Michele Delbon Pedro Oliveira Victoria Gregoire C. S. A. de Magalhães
Comitê Científico Alessandro Gamo (UFSCar) Alfredo Suppia (Unicamp) Ana Isabel Soares (CIAC/UAlg) Arthur Autran Franco de Sá Neto (UFSCar) Antônio Carlos Amâncio da Silva (UFF) Carlos Roberto de Souza (UFSCar) Carolin Overhoff Ferreira (UNIFESP) Cecilia Antakly de Mello (ECA/USP) Eduardo Simões dos Santos Mendes (USP) Eduardo Vicente (USP) Fabio Raddi Uchôa (UFSCar) Felipe de Castro Muanis (UFF) Flávia Cesarino Costa (UFSCar) Gilberto Alexandre Sobrinho (Unicamp) Gustavo Souza da Silva (UNIP) João Carlos Massarolo (UFSCar) Josette Monzani (UFSCar) Laura Cánepa (UAM) Leonardo Antonio de Andrade (UFSCar) Luciana Sá Leitão Corrêa de Araújo (UFSCar) Márcio de Vasconcellos Serelle (PUC-Minas) Margarida Maria Adamatti (UFSCar) Maurício de Bragança (UFF) Mirian Tavares (CIAC/UAlg) Rodrigo Carreiro (UFPE) Rogério Ferraraz (UAM) Rosana de Lima Soares (USP) Rubens Machado Jr (USP) Samuel Paiva (UFSCar) Sheila Schvarzman (UAM) Suzana Reck Miranda (UFSCar) Wiliam Pianco dos Santos (CIAC/UAlg) Identidade Visual Gelson Pereira
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