Nuno Fernandes - 15 Patrícia Barão -16 Patrícia Presado – 17 6º Ano Turma G Escola Básica 2,3 de Álvaro Velho
Índice 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. 11. 12. 13. 14.
Introdução Uma Visão Geral Sobre o Egipto Uma Visão Geral Sobre o Egipto (continuação) Uma Visão Geral Sobre o Egipto (final) O Período Pré-Dinástico O Império Antigo O Império Antigo (continuação) O Império Médio O Império Médio (continuação) O Império Novo O Império Novo (continuação) A Época Baixa O Período Greco-Romano O Período Greco-Romano (continuação) A Cultura Egípcia:
15. 16. 17. 18. 19. 20.
A Organização Social A Agricultura A Pecuária A Pesca A Caça O Pão e a Cerveja
21. 22. 23. 24. 25. 26. 27.
O Artesanato O Papiro As Cidades As Casas A Roupa O Conhecimento – A Escrita O Conhecimento – As Medições, a Matemática e a Astronomia 28. A Arte 29. As Invenções dos Egípcios A Religião 30. 31. 32. 33. 34. 35. 36. 37.
A Religião A Criação do Mundo Deuses e Deusas Os Templos A Mumificação As Cerimónias Fúnebres Conclusão Bibliografia
Introdução
Voltar ao índice
Este trabalho foi realizado em Área de Projecto, sobre o tema do Antigo Egipto, pela razão de acharmos que era um assunto interessante. Aqui, apresentaremos alguns factos (nomeadamente os históricos) mais resumidamente, mas numa outra versão (e mais extensa), temos informação mais completa. Reconhecemos que alguns diapositivos estão bastante “pesados” de texto mas nós tivemos bastantes dificuldades na selecção de informação. A civilização Egípcia foi uma das mais longas da história, vindo desde os tempos pré-históricos até cerca de 50 antes de Cristo. O primeiro faraó foi Narmer (ou Menés) e o último (ou melhor, última visto que foi uma das Rainhas-Faraó) foi Cleópatra VII. Criou algumas das invenções mais importantes da história, tais como a serra de mão e o arado. Foi uma das civilizações mais potentes antes dos romanos, estendendo-se o seu império (no seu apogeu) desde a 4ª catarata do Nilo (uma espécie de falésia por onde as águas do rio caíam, formando uma catarata) até ao seu delta e desde o actual Líbano até ao oásis do Faium. Agora, vamos aprender um pouco mais sobre ela!
Uma Visão Geral Sobre o Egipto
Em cima está representada, de forma um pouco simples, a história egípcia e os seus nove períodos (Período Pré-Dinástico; Impérios Antigo, Médio e Novo; Época Baixa; Período Greco-Romano e Primeiro, Segundo e Terceiro Períodos Intermediários).
Voltar ao índice
Uma Visão Geral Sobre o Egipto (continuação)
Voltar ao índice
O Egipto encontra-se entre a Líbia e a Palestina, tendo no meio um rio: o rio Nilo. Para os egípcios, o Nilo era uma dádiva dos deuses, visto necessitarem de cultivar alimentos nas planícies que a cheia do Nilo, entre Julho e Agosto, (causada pelas monções nas montanhas onde nascia) inundava. Depois de o Nilo voltar ao seu curso habitual, deixa para trás uma camada de lama fértil, o limo (composta por terra e plantas em decomposição). Os agricultores colocavam lá as sementes e depois deixavam o gado andar à solta pelo terreno, pisando-as e enterrando-as no solo. Próximo das cheias, colhiam tudo e armazenavam.
Uma Visão Geral Sobre o Egipto (final) No Período Pré-dinástico, o Egipto estava dividido em dois reinos: o Baixo Egipto (o delta do Nilo) e o Alto Egipto (o vale do Nilo). O primeiro faraó, Narmer (Menés) uniu-os sob um só reino. O Egipto foi invadido por numerosos povos, entre eles os gregos (macedónios), os hicsos, os romanos, os babilónios e mais alguns. A Paleta de Narmer, representando o mesmo a unificar o Egipto
Voltar ao índice
O Período Pré-Dinástico
Voltar ao índice
Representação de uma aldeia egípcia
Na Pré-História, o clima no Egipto não era quente como é hoje. Era mais temperado, sendo mais húmido e não havendo desertos. Em vez deles, estendiam-se florestas e pradarias. As primeiras pessoas habitavam aí e eram nómadas. Apenas se deslocavam para o Vale do Nilo com o objectivo de pescar e recolher canas e papiros. Mas, em cerca de 4.000 a.C., o clima aquece mais as pradarias e as florestas tornam-se desertos (tal como hoje). As pessoas não têm outra solução senão migrarem para o Vale do Nilo, mais húmido. Ficam principalmente caçadores de leões, hipopótamos e crocodilos. Os caçadores tornam-se agricultores, cultivando a cevada e o trigo no limo do Nilo. Domesticam, também, animais: bovinos, suínos e caninos. Vão construindo aldeias e armazenando as suas colheitas em silos. Têm um artesanato já bastante desenvolvido. Por esta altura aparecem, também, os primeiros hieróglifos. Já nesta época, os egípcios enterravam os seus mortos envoltos em ligaduras de linho e com amuletos e jóias. Faziam–no na orla do deserto. Em breve os egípcios se separarão em dois reinos (Alto e Baixo Egipto), que serão unidos por Narmer (Menés), iniciando, assim, o Egipto Faraónico! Narmer (Menés) a unificar o Egipto
O Império Antigo
Voltar ao índice
Depois de Menés (Narmer) ter unido os dois reinos, estabeleceu a capital na junção do Alto e Baixo Egipto, dando-lhe o nome de Mênfis. Os egípcios sempre acreditaram na vida após a morte e que, para o defunto a viver, é necessário o corpo ser preservado. Os primeiros Faraós eram enterrados em construções de tijolos de terra, as mastabas. Mas os egípcios mais pobres não tinham mastabas, eram simplesmente enterrados no deserto. Uma Mastaba
O Império Antigo (continuação)
Voltar ao índice
Os faraós, algum tempo depois, foram enterrados em construções de pedra – as pirâmides.
Foram construídas várias pirâmides ao longo da história do Egipto. Por exemplo, a de Sakkara ou as de Gizeh. Nesta época, os egípcios também mandam expedições comerciais para a Núbia (pouco depois da 1ª catarata), em busca de ouro e granito; ao deserto do Sinai, para cobre e turquesas e para o país de Punt (a actual Etiópia) em busca de ébano, incenso, peles de animais e marfim de elefante. O último faraó do Egipto foi Pepi II, que foi ficando com cada vez menos autoridade ao longo do seu reinado. Quando morre, os reinos estão separados. Menuhotep II reúne-os depois, iniciando o Império Médio.
O Império Médio
Voltar ao índice
Depois da reunião dos dois reinos por Mentuhotep, em 2040 a.C., inicia-se um novo período – o Império Médio. Este período foi de prosperidade e de algumas descobertas. Aqui também se mudou a capital para Tebas, mais a Sul. Nesta época, a população do Egipto aumenta. A necessidades de alimento são maiores e, para se obter a comida necessária, os camponeses desenvolvem meios de irrigarem os campos durante o período seco: escavam reservatórios para a água, fazem canais à volta dos campos de cultivo, extraem água do Nilo com a picota, etc.…
Drenam-se, também com o objectivo de obter mais comida, os pântanos do oásis do Fayyum, no deserto líbio, de modo a ficarem terras cultiváveis.
O Império Médio (continuação)
Voltar ao índice
O faraó Senuseret I conquista mais um pedaço da Núbia (até à 3ª catarata). Um sucessor seu, Amanemhat III, faz conquistas na Palestina. A partir de 1785 a.C., os faraós não conseguem impedir uns invasores, chamados Hicsos, de reinar sobre o Baixo Egipto. Eram nómadas vindos da Síria, da Arábia e da Palestina. Mas trouxeram muitas inovações desconhecidas dos Egípcios: cavalos, carros de combate, teares verticais, instrumentos de música, a maçã, a azeitona, etc.…
Enquanto isto, os Núbios aproveitam a fragilidade dos Egípcios e reconquistam as terras. É assim que termina o Império Médio, passando para o Segundo Período Intermediário. Representação dos Hicsos
Voltar ao índice
O Império Novo
Depois do faraó Ahmés ter expulso os Hicsos (em 1560 a.C.) e unificado os dois reinos (outra vez), iniciou-se o Império Novo. Este foi um período de grande riqueza do Egipto e foi quando alcançou o seu apogeu. O faraó Ahmés combateu os núbios a Sul e reconquistou quase todos os territórios perdidos no Segundo Período Intermediário (mas, no entanto, não atingindo a 3ª catarata). Sucedeu-lhe Tutmés I, que conquistou a terceira catarata do Nilo, terminando a “reconquista”. Após a morte de Tutmés II (sucessor de Tutmés I), quem lhe sucedeu não foi o seu filho Tutmés III, de tenra idade, mas a sua esposa, Hatchepsut. Esta foi a primeira Rainha-Faraó do Egipto. Aquando da sua morte, subiu ao trono um dos faraós que mais conquistou: Tutmés III. Durante o seu reinado, o Egipto fica com a sua extensão máxima: é atingida a 4ª catarata do Nilo e a Síria é “anexada” ao Egipto.
Mapa da extensão máxima do Egipto. A verde escuro o território do Império Antigo; A verde mais claro a do Império Médio e a verde claro acastanhado a do Império Novo.
Voltar ao índice
O Império Novo (continuação)
Um faraó, Amen-hotep IV, sobe ao trono em 1350 a.C.. Este faraó revolucionou a religião Egípcia. Substituiu o culto do deus Amon-Ré pelo do deus disco solar, Aton, e não permitiu culto a mais nenhum deus. Em honra de Aton, muda o seu nome para Akhenaton (significa “Esplendor de Aton”). Também abandona a capital, Tebas, visto que tinha muitos templos dedicados a Amon-Ré, e cria uma nova capital mais a Norte, a que chama Akhetaton (cujo significado é “Horizonte de Aton”).
Amen-hotep IV ou Akhenaton.
Depois da morte de Akhenaton, sucede-lhe o filho, o muito famoso faraó Tutankhamon. Foi apelidado de “O Menino-Rei” porque quando subiu ao trono, era apenas uma criança de 10 anos. Morreu jovem, com 20 anos, e inexplicavelmente.
O Império Novo terminou com (mais) uma separação dos reinos (em 1069 a.C.) e, como é óbvio, com o Terceiro Período Intermediário. Um século depois da fragmentação, um general de origem líbia consegue reunir os dois reinos e torna-se o primeiro faraó não-egípcio a reinar. Faz conquistas na Núbia e Palestina. Mas, após este breve reencontro do seu poder, há de novo um período de desordens.
A máscara funerária de Tutankhamon.
A Época Baixa
Voltar ao índice
Os Núbios, aproveitando a fraqueza dos faraós egípcios, conquistam o Egipto. São chamados de faraós negros porque eram de pele negra. Aqui inicia-se o penúltimo período do Antigo Egipto: a Época Baixa. O facto mais importante deste período é a conquista pelos Persas. Os egípcios discordavam do domínio dos Núbios e, por isso, aliam-se aos Assírios e derrubam-nos. Os Assírios devolvem, depois, o poder aos egípcios. Pouco tempo depois, os Persas conquistam os egípcios e fazem-se coroar faraós. Mas os egípcios conseguem repeli-los uma vez. Mas, algum tempo depois, regressam e derrubam Nectanebo II. Mas, pouco tempo depois, chega Alexandre o Grande e liberta os egípcios do domínio persa. Inicia-se, assim, o Período Greco-Romano!
Representação de Alexandre o Grande
O Período Greco-Romano
Voltar ao índice
Depois de Alexandre o Grande ter invadido o Egipto, fundou-se uma dinastia de helénicos e iniciou-se um novo período, o último – o Período Greco-Romano. Alexandre o Grande foi proclamado faraó. Depois da morte dele, sucede-lhe um dos seus generais, Ptolomeu. Este fundou uma nova capital, Alexandria, em honra de Alexandre o Grande. Lá, Ptolomeu constrói um farol para guiar os barcos em segurança até ao porto (a torre de Pharos) e uma biblioteca onde arquiva todos os papiros egípcios. Entretanto, os faraós vão-se sucedendo e chega a um (em 51 a.C.) que, na verdade era uma (era uma Rainha-Faraó). Esta foi uma das mais famosas: Cleópatra VII. Foi também a última. Esta era casada com o seu irmão Ptolomeu XIII, nessa altura com dez anos! Ela desejava restaurar a grandeza do Antigo Egipto. Pouco tempo depois, Júlio César desembarca no Egipto e apodera-se do palácio de Ptolomeu XIII. Cleópatra, quando sabe disto, regressa a Alexandria, escondida num tapete, para seduzir César com o objectivo de ele lhe restaurar os poderes.
Representação de Ptolomeu
Representação de Cleópatra
O Período Greco-Romano (continuação)
Voltar ao índice
César concorda com o que Cleópatra pede e, juntos, têm um filho. Dão-lhe o nome de Cesarião. Depois, voltam a Roma e César é assassinado. Cleópatra volta para o Egipto. Depois de César morrer, dois generais partilham o Império Romano. Um, Marco António, reina na parte este do Império e outro, Octaviano, reina na oeste. Acontece que Marco António está no Egipto. Cleópatra desposa-o e ficam a viver em Alexandria. Ambos ambicionam governar todo o Império Romano através do Egipto. Cleópatra, em 34 a.C., passa a designar-se de “Rainha das Rainhas”.
Júlio César
Octaviano discorda dos planos de Cleópatra e Marco António. Por isso, declara guerra ao Egipto e invade-o. Em 30 a.C., entra em Alexandria. Marco António e Cleópatra suicidam-se. Cleópatra, segundo a lenda, faz-se picar por uma serpente. Octaviano manda assassinar Cesarião e regressa a Roma. É assim que termina a história de uma das mais longas civilizações da Mundo: a egípcia!
Octaviano ou Augusto
A Cultura Egípcia
Voltar ao índice
A Organização Social Os egípcios estavam divididos em várias classes, sendo as mais populosas as de menor condição. Da de maior condição à de menor, as classes eram: O faraó Os nobres – a corte do rei. São a família real, os vizires e os ministros. Os sacerdotes – quem cuida dos templos e realiza os cultos. Também sabem ler e escrever. Os escribas – os instruídos. Sabem ler e escrever os hieróglifos e são os “secretários” desse tempo. Os artesãos e artistas – quem constrói o mobiliário, decora os monumentos, etc.. Os camponeses Os servos – egípcios pobres que têm como emprego trabalhar para os egípcias ricos. Podem deixar o seu dono, mas na maior parte dos casos não têm capacidade financeira para o fazerem. São livres. Os escravos – prisioneiros de guerra. Basicamente o mesmo que os servos (se bem que, por vezes, eram alistados à força no exército), à excepção de poderem deixar o seu dono. Não são livres.
A Cultura Egípcia
Voltar ao índice
A Agricultura Os Egípcios eram um povo que muito dependia da agricultura e do rio Nilo. Isto porque quando as monções em África chegavam (em Julho ou Agosto), a chuva caía abundantemente na nascente do Nilo. O volume das águas subia e o rio inundava as planícies próximas. Quando as águas voltavam ao seu volume habitual (mais ou menos em Outubro), revelavam uma camada de plantas em decomposição e lama (que o rio tinha arrastado na sua torrente) chamadas limo. Este limo tornava as terras férteis e, por isso, os egípcios aproveitavam para cultivar cereais, legumes e frutos. Também cultivavam o linho para têxteis e cordas. Nos terrenos mais húmidos, os egípcios semeavam as terras usando o seu gado que enterrava as sementes, pisando-as. Nos outros terrenos, mais secos, passavam um arado puxado por bois. Já irrigavam os campos, escavando diques enchidos com água retirada do Nilo com a picota.
Representações egípcias de agricultores a semear.
Representação da Agricultura no Antigo Egipto. No canto superior esquerdo encontra-se uma picota.
A Cultura Egípcia
Voltar ao índice
A Pecuária Os egípcios, para obterem comida, também criavam gado. Principalmente: • Cabras (e bodes)
• Carneiros (e ovelhas) • Porcos • Bois e vacas de duas espécies: magros para o transporte e mais gordos para alimentação propriamente dita
• Cavalos (só no fim do Império Médio/início do Império Novo porque foram trazidos pelos Hicsos) para os carros de combate • Aves (patos, pombos e gansos) Os egípcios também eram apicultores, colocando enxames de abelhas em potes de barro de forma alongada. Recolhiam o mel e a cera. O mel era utilizado para adoçar os alimentos e na confecção de poções medicinais e de cosméticos (perfumes). A cera já era utilizada para velas.
A Cultura Egípcia
Voltar ao índice
A Pesca Os egípcios também aproveitavam as águas ricas em peixe do rio Nilo para pescar. Por vezes, pescavam com linha e anzol e, por outras, pescavam com a chamada rede de arrasto: uma rede presa a dois barcos que era puxada e ia apanhando peixe. Por vezes, ser pescador era perigoso: no Nilo abundavam hipopótamos e crocodilos! Os egípcios pescavam em barcos feitos de papiros que, muitas vezes, eram voltados por hipopótamos ou crocodilos. Já conservavam o peixe salgando-o.
Um barco feito de papiro muito utilizado pelos pescadores egípcios.
A Caça Os egípcios também caçavam alguns animais, principalmente nos pântanos. Lá, conseguiam apanhar algumas aves, nomeadamente patos, gansos, garças e mais alguns. Os caçadores, para as apanhar, lançam uma espécie de boomerang quando estas estão em pleno voo. Este acerta-lhes e mata-as. Assim, conseguem reunir mais uns alimentos.
Representação egípcia da caça
A Cultura Egípcia
Voltar ao índice
O Pão e a Cerveja A dieta egípcia era muito baseada em pão e em cerveja, especialmente a dos mais pobres. Estes eram geralmente preparados juntos, isto porque, depois de a cerveja estar pronta e em contacto com o ar, forma-se uma espuma à superfície, que era recolhida e posta a secar, sendo depois utilizada como levedura para fazer levedar o pão. O pão era feito diariamente pelas donas de casa. Primeiro, moíam-no com rolos de pedra. Depois, peneiravam a farinha e misturavam-na com água e a levedura obtida da cerveja. De seguida, a massa era amassada e separada em pequenas bolas. Eram também adicionados outros ingredientes à massa para dar sabor. Depois, eram postos a cozer. A cerveja, no principio, era basicamente igual ao pão. A cevada era moída, amassada e acrescentavamse tâmaras (para fermentar). A massa era posta a cozer mas pouco tempo, só o suficiente para alourar. Depois, era posta em cubas com água com tâmaras. O cervejeiro entrava na cuba e esmagava a massa com os pés. Filtravam o líquido restante e punham-no em jarros. E assim era feita a cerveja egípcia, menos alcoólica e um pouco mais espessa que a actual.
Representação egípcia do fabrico da cerveja e do pão
A Cultura Egípcia
Voltar ao índice
O Artesanato No Antigo Egipto, haviam milhares de artesãos que faziam tudo o que era necessário: móveis, sarcófagos, roupas, etc.…
Eram os curtidores, as fiadeiras, as tecelãs, os marceneiros, os cesteiros, os oleiros, os pedreiros, os ferreiros e os talhadores de pedra. Os curtidores, preparavam e utilizavam as peles e o cabedal. As fiadeiras preparavam novelos de linho e as tecelãs usavam-nos para criarem vestuário, lã para agasalhos e cânhamo para sacos e velas de navios. Os marceneiros construíam móveis, arcos, lanças, carros de combate, sarcófagos, estátuas e navios em madeira. Os cesteiros construíam, como o próprio nome indica, cestos. Os oleiros faziam, com o limo, cerâmicas em geral. Os pedreiros também utilizavam o limo e faziam tijolos com que depois construíam os edifícios. Os ferreiros tinham uma função tripla, fundindo os metais, trabalhando-os e ainda criando joalharia com ouro. Finalmente, os talhadores de pedra talhavam todos os tipos de pedras, sendo preciosas ou não.
Uma peça de artesanato
Voltar ao índice
A Cultura Egípcia O Papiro Os egípcios utilizavam bastante o papiro, uma planta que cresce nos pântanos do Delta do Nilo. Com ele, faziam papel, barcos, as velas dos anteriores, alimentavam fogueiras, construíam cabanas, cestos, móveis, vestuário … e o papiro é comestível!
O papiro era transformado em papel (do mesmo nome) da seguinte forma:
Retira-se a casca. Corta-se a medula em tiras. Molham-se as tiras em água para amolecerem e, depois, são dispostas horizontalmente e cobertas com uma segunda camada vertical. De seguida, o conjunto de tiras é molhado e martelado para a seiva do papiro colar as tiras entre si. Deixa-se secar e temos uma folha de papiro! Na maior parte das vezes, estas “folhas” são repetidamente juntadas de forma a fazer rolos. Como esta folha demorava um pouco a fazer, os escribas só lá escreviam textos importantes. A planta do papiro
A Cultura Egípcia
Voltar ao índice
As Cidades Das cidades egípcias, restam poucos vestígios porque eram construídas em tijolos de terra seca que não eram lá muito resistentes. Mas os (escassos) vestígios demonstram que as cidades eram protegidas por uma muralha e que, no interior as pessoas viviam em bairros por profissão e/ou estatuto social. Por exemplo, havia um bairro para as mansões dos nobres e outro para as modestas casas dos artesãos. Nas cidades (excepto a capital, que tinha praça pública), as pessoas reuniam-se perto dos templos. Quando a população aumentava, eram construídas casas sem planeamento nenhum fora das muralhas. Os habitantes da cidade eram maioritariamente famílias de nobres e servos, escribas, sacerdotes, artesãos e comerciantes.
A Cultura Egípcia
Voltar ao índice
As Casas Os egípcios tinham casas com o mínimo de aberturas, para o calor não entrar. Os pobres tinham casas de um andar com terraço. O terraço era um sítio onde se juntavam à noite para se refrescarem. O rés-do-chão tinha dois ou três compartimentos. Os móveis eram escassos. Dormiam em esteiras de junco pousadas sobre o chão. Os ricos tinham casas grandes, de um ou dois andares, com grandes jardins e edifícios anexos para os servos e/ou escravos. Eram protegidas por um muro alto. A nível de compartimentos, tinham diversos: uma sala de recepção, uma espécie de casas de banho com sanita, quartos, cozinha, etc.… Havia, como já referimos, um grande jardim e outros edifícios para albergar os servos. Geralmente, havia também um poço e silos para armazenar os cereais. Representação de uma casa de pobres.
Representação de uma casa de ricos.
A Cultura Egípcia
Voltar ao índice
A Roupa Os egípcios vestiam-se principalmente de linho branco. Branco porque, na opinião egípcia, o branco era sinal de pureza. Geralmente também usavam joalharia para alegrar o vestuário. Os homens usam uma saia ou uma túnica e as mulheres usam vestidos justos com alças mas, no Império Novo, os vestidos ficam mais largos e são cobertos por uma túnica.
A Cultura Egípcia O Conhecimento – A Escrita Os egípcios tinham uma escrita da qual todos já ouvimos falar: os hieróglifos! Esta não foi a primeira escrita (na verdade, a primeira foi inventada pelos Sumérios, na Mesopotâmia, aproximadamente em 3300) a ser inventada. Esta era apenas uma das três escritas egípcias, sendo esta a mais complicada. Os seus símbolos eram retirados do quotidiano. Uma pequena curiosidade é que a escrita hieroglífica tanto se podia ler da direita para a esquerda, de cima para baixo, de baixo para cima ou da esquerda para a direita. Outra curiosidade é que os hieróglifos podiam significar um som, uma palavra ou uma expressão. Para outros perceberem o significado, os escribas colocavam um bastão à frente do símbolo para este representar o que ilustra. Havia outra escrita, mais simples, chamada hierática, que era uma versão simplificada da hieroglífica. E, finalmente, criou-se uma outra escrita, a chamada escrita do povo ou demótica. Esta era a hierática ainda mais simples.
Voltar ao índice
Voltar ao índice
A Cultura Egípcia O Conhecimento – As Medições, a Matemática e a Astronomia
Os egípcios já tinham conhecimentos avançados, mais do que a maioria dos povos dessa altura. Um exemplo disso é que o seu calendário já tinha 365 dias, em vez dos 354 dos outros povos dessa altura. Isto explica-se pela razão de os egípcios basearem-se no Sol e os outros povos basearem-se na Lua para estipular o calendário. Uma curiosidade é que, para os egípcios, o ano começava a 19 de Julho! Os egípcios também tinham maneira de medir o tempo: tinham quadrantes solares e clepsidras (relógios de água). A matemática egípcia era composta por 7 sinais diferentes. Na imagem estão representados e o seu valor específico. Os egípcios também observavam o céu. Identificaram algumas estrelas e constelações. Também conseguiram observar os planetas visíveis a olho nu: Mercúrio, Vénus, Marte, Júpiter e Saturno. Também repararam nos eclipses solares e lunares, mas não conseguiam prevê-los ou explicá-los.
Para representar 332, os egípcios escreviam: | |
ou seja 100 + 100 + 100 + 10 + 10 + 10 + 1 + 1.
A Numeração Egípcia
A Cultura Egípcia
Voltar ao índice
A Arte Os egípcios eram um povo que já tinha grandes obras de arte. As paredes dos túmulos e dos templos estavam cobertas de frescos maravilhosos. Como todos já ouvimos falar, os egípcios tinham uma forma estranha de representar as pessoas: a cabeça, o tronco e as pernas são representados de perfil e e os ombros e a barriga, de frente. Também esculpiam grandes e delicadas estátuas, como por exemplo em Abu Simbel. Uma pequena curiosidade é que a arte egípcia mudava um pouco consoante as épocas. Por exemplo, os artesãos do Império Antigo e do Império Médio representam as pessoas muito rígidas e, no Império Novo, são representadas mais humanamente.
Arte egípcia – Representação de trabalhos rurais.
A Cultura Egípcia
Voltar ao índice
As Invenções dos Egípcios Os egípcios inventaram algumas coisas importantes para a sociedade actual. Algumas delas foram: O arado puxado por animais
Clepsidra
As clepsidras (relógios de água) Os quadrantes solares As picotas
O fio de prumo A serra de metal A verruma de arco O espelho (de cobre) O vidro A balança Os barcos de madeira à vela
Quadrante Solar Verruma de Arco (canto superior direito)
A Religião
Voltar ao índice
Os egípcios eram politeístas, ou seja, veneravam múltiplos deuses, alguns deles até eram animais. Um exemplo de um era Bés, o mais engraçado. Era um macaco ou anão! Era o deus que protegia as mães enquanto tinham os filhos. Esta multiplicidade de deuses complicava um pouco as orações, visto que era difícil rezar a 20, 30 ou mais deuses. Por isso, cada região apenas venerava alguns deuses. Por exemplo, a região de Tebas e arredores, venerava principalmente Amon-Ré, o deus do sol e de certa forma o deus dos deuses (tal como Zeus, para os gregos). Bés.
Outra “inconveniência” era que, mudando de região, as crenças também mudavam ligeiramente. Por exemplo, alguns egípcios acreditavam que tinha sido Khnum a criar os humanos e outros não acreditavam nisso.
A Criação do Mundo Segundo as lendas egípcias, foi o deus do Sol, Ré (Amon-Ré, a partir do Império Médio), que criou o Mundo. Fê-lo ordenando ao mar gigantesco que existia, Nun, que se retirasse. Nun retirou-se e, então, surgiu uma ilha: o Mundo. Ré foi para lá e, cuspindo, criou duas divindades: Chu, deus do Ar e Tefnut, deusa da Humidade. Depois criou os seres vivos apenas pronunciando o seu nome. Depois, Chu e Tefnut tiveram dois filhos, também eles deuses: Geb, a deusa da terra e Nut, deus do Céu.
A Religião
Voltar ao índice
Deuses e Deusas Como já referimos, os egípcios eram politeístas, ou seja, veneravam múltiplos deuses. Alguns deles são: Amon – deus da fertilidade
Ptah – deus dos artesãos
Ré – deus do Sol e criador do Mundo
Sobek – deus dos rios, pântanos, fecundidade e fertilidade
Anúbis – deus da mumificação
Tot – deus da sabedoria, escribas e Lua
Ápis – deus da força, fecundidade e renascimento
Ísis – deusa que simbolizava as mães
Bés – deus protector das grávidas a parir
Bastet ou Sekhmet – a mesma deusa, a dos efeitos do Sol, sendo Bastet a dos benéficos e Sekhemet a dos maléficos
Hapi – deus do Nilo Hórus - deus do equilíbrio e da harmonia
Hathor – a deusa do amor, alegria e música
Ma’at – deusa da ordem, da justiça e da verdade Khnum – deus das profissões ligadas ao limo Tuéris – deus protectora e ajudante das grávidas (exceptuando agricultura) Osíris – deus do Além e da Agricultura
A Religião
Voltar ao índice
Os Templos Os egípcios construíam enormes templos para abrigar os deuses. Eram geralmente construídos na margem direita do Nilo e tinham diversos pátios e salas hipostilas (com o seu tecto apoiado em colunas). Os templos eram “geridos” por sacerdotes que lá habitavam. Os templos também possuíam longas propriedades agrícolas e artesãos, para que nunca lhes falte nada. Haviam múltiplas salas anexas: para armazenar as roupas e o tesouro do deus (os egípcios vestiam o deus); uma biblioteca para armazenar papiros; uma sala chamada sala das vitualhas para os sacerdotes cozinharem as refeições; uma sala para ensinar os jovens sacerdotes; um observatório no telhado para se prever as datas das festas e mais algumas. Uma pequena curiosidade é que os templos eram construídos de uma forma estranha: à medida que vamos avançando no templo, o chão sobe e o tecto baixo, chegando a tocar-se na ponta do templo, no chamado santuário.
A Religião
Voltar ao índice
A Mumificação Os egípcios acreditavam numa vida após a morte e que, para o falecido a alcançar, o corpo deveria ser preservado. Para o objectivo, inventaram a mumificação, processo através do qual se desidratava o corpo e, portanto, o conservava. As suas etapas eram: Primeiro, o embalsamador extrai o cérebro com um ferro curvado introduzido pelas narinas, liquefazendo-o até sair pelas narinas. Faz um corte no ventre e, através daí, retira os pulmões, o fígado, o estômago e os intestinos. Cada um destes órgãos era envolto num pano de linho e colocado num vaso chamado Canopo, para o guardar. O coração, que para os egípcios era muito importante, é retirado do peito, embalsamado e recolocado lá. Depois, deixam o corpo estar em natrão (um sal bastante abundante no Egipto), a desidratar, durante 70 dias. Assim, a água da carne é evaporada. Depois, o embalsamador limpa o corpo e enche o corpo com serradura e linho e fecha o corte feito no ventre. Depois, o corpo é envolto em tiras de linho e são colocados amuletos entre as camadas. Uma curiosidade é que, por vezes, o sacerdote que chefiava a embalsamação usava uma máscara de Anúbis.
A extracção do cérebro
Vasos Canopos
A Religião
Voltar ao índice
As Cerimónias Fúnebres Depois de o faraó ser mumificado, há um cortejo fúnebre que o segue até ao seu túmulo, na margem esquerda do Nilo (considerado o mundo dos mortos pelos egípcios). Este é composto por parentes, amigos e carpideiras profissionais contratadas pela família. Quando o cortejo chega perto do túmulo, o sacerdote ou o filho mais velho toca na boca e outras partes do corpo, para restaurar os órgãos para a vida no Além, com um objecto com forma de peixe com uma enxó. O faraó vinha num sarcófago, tal como todos os outros egípcios. No Império Antigo, estes são de madeira para as pessoas em geral e de granito para o faraó e têm forma rectangular; mas, a partir do Império Médio, têm a forma de um corpo humano, para as pessoas em geral, são feitos com folhas de papiro e para o faraó, são cobertos com folha de ouro. Uma pequena curiosidade é que os familiares colocavam objectos de uso diário no túmulo do faraó (alimentos, vestuário, móveis, etc.…).
Conclusão
Voltar ao índice
Depois desta apresentação, esperamos que todos tenham aprendido mais alguma coisa sobre esta civilização. Nós tentámos descrever da melhor forma tudo o que conseguimos recolher sobre os egípcios, a mais bela civilização do mundo.
Tentámos descrever tudo em termos acessíveis e dar a conhecer esta civilização, uma das que mais contribuíram para o mundo actual. Tentámos aprender e transmitir da melhor forma os acontecimentos, as tradições, etc. desta civilização. Esperamos que tenham gostado e que todos saiamos daqui um pouco mais cultos, pois a cultura geral é uma coisa importante de ter. Aqui, tentámos cativar todos para os mistérios, as curiosidades e as maravilhas desta bela civilização, a egípcia. Esperamos que não tenha sido uma “seca” e que o nosso trabalho todo não tenha sido em vão.
Obrigado por nos ouvirem.
Os Autores… Nuno Fernandes, Patrícia Barão e Patrícia Presado
Bibliografia
Voltar ao índice
Wikipédia
Livro “Egiptologia – Em Busca do Túmulo de Osíris”, Diário de Emily Sands, 2005, Livros Horizonte Livro “Uma pequena história do Mundo”, Ernst H. Gombrich, 2006, Edições Tinta-da-China DVD “Colecção Antigo Egipto ” 2005, National Geographic Google - Imagens
Terminar apresentação
Voltar ao índice