2ª Edição Gente Miúda

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gentemiúda Saiba mais sobre a vacinação na infância e vacinas combinadas Chupetas e mamadeiras prejudicam a dentição? E ainda: Dicas para você escolher a escola do seu filho

O verdadeiro sentido do

Natal

2ª Edição

Dezembro/2011

R$ 8,90 gentemiúda

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carta ao leitor Mais um ano se encerra, com a sensação de dever cumprido. Neste ano de realizações, ficamos imensamente felizes com o sucesso da primeira edição da Gente Miúda. A repercussão foi tão boa, que nos empolgamos em fazer mais uma edição. Neste número, muitas dicas para os pais de primeira viagem na hora de matricular os filhos na escola no próximo ano. Além disso, a revista traz matérias de saúde, bem-estar, moda e culinária e outras dicas deliciosas. Boa leitura e até 2012 com muito mais novidades. Diretores executivos: Kamila de Alencar e Alessandro Diniz

colaboradores Alda Veloso, professora e diretora da Escola Dom Bosco.

Leila Patrícia Alves Dantas, professora, mestre em Letras, especialista em Leitura e Produção Textual

Wilker Marques músico e professor especialista em Filosofia. É formado em Direito.

Vanessa Ferry, psicóloga, especialista em Psicológia clínica, atua com Psicologia Clínica voltada para crianças no CEIR

Rosângela Gessoni, jornalista e escritora. Autora do livro “Mulher - Guia Prático de Sobrevivência”.

Layse Policarpo M. da Silva, psicóloga Clínica e Escolar Neuropsicóloga e Terapeuta Cognitivocomportamental.

Luiza Maria da C. Carvalho Neiva, especialista em fonoaudiologia hospitalar com enfoque em motricidade orofacial.

A psicóloga Ana Rosa Rebelo F. de Carvalho fala sobre os primeiros anos da criança na escola.

fotógrafa Rosilândia A Melo de Alencar Maia, faz um registro, cheio de poesia, de uma família de sabiás.

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Diretores executivos Kamila de Alencar Alessandro Diniz Diretor de arte/projeto gráfico Dijalma Pessoa Diretor criativo Márcio Rafael

Colaboradores Vanessa Ferry, Luiza Maria da C. Carvalho Neta, Layse Policarpo M. da Silva, Rosângela Gessoni, Leyla Patrícia Alves Dantas, Alda Veloso, Wilker Marques e Ana Rosa Rabelo F. de Carvalho

Redatora Daniellen Negreiros

Revisão Djanes Lemos

Editora Tatiara de França

Assessoria ad consultoria em publicidade

Publicidade Livre Comunicação Contatos 86 3231.0315 86 8837.5064 86 9988.6953 gmiuda@live.com Impressão Gráfica Halley 3000 mil exemplares

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sumário

Nossa capa

Proteção na dose certa: A importância das vacinas nos primeiros anos de vida.

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Chupetas e mamadeiras prejudicam a dentição? A Dra. Ana Érica responde essas e outras questões em relação ao uso dos utensílios

Berçário - A psicóloga Ana Rosa Rebelo F. de Carvalho fala sobre os primeiros anos da criança na escola.


15 A Família Especial: Quem cuida de quem?

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Tratamento mais que especial - Sorriso bonito para crianças com necessidades especiais é possível.

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Quando meu filho vai falar? Uma das preocupações frequentes quanto ao desenvolvimento infantil é o aparecimento da linguagem oral, ou seja, o início da “fala”.

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Possibilidades e limites das crianças portadoras de TDAH

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Música na escola: A música é uma forte aliada na educação. Conheça os muitos benefícios.

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Natal é a maior história de amor de todos os tempos

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Maison Kids: Em sintonia com as tendências da moda, saiba como as crianças de hoje gostam de se vestir.

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A busca pela escola ideal para os pequenos merece atenção, tempo e muita disponibilidade dos pais.

Um registro, cheio de poesia, de uma família de sabiás. Receitas - Sorvetone de maltine crocante

O prazer da leitura deve ser estimulado logo na infância. Veja como.

Professora e diretora da Escola Dom Bosco, Alda Veloso explica como a tecnologia pode ajudar na educação das crianças. gentemiúda

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Saúde

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Tratamento mais que especial Sorriso bonito para crianças com necessidades especiais é possível. É o que ensina a cirurgiã-dentista Aurea Dulce Caland Santos que há mais de 30 anos trabalha atendendo crianças e adultos com necessidades especiais

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á mais de trinta anos cuidando da saúde dental de crianças e adultos portadores de necessidades especiais, a cirurgiãdentista Aurea Dulce Caland Santos acumula histórias. Quando começou a atender este público, a informação era precária. “Eu tinha à disposição para trabalhar com este público, mais do que informação, porque nem existia essa formação”, relembra a profissional de odontologia, colocada a disposição da APAE e que hoje atua no CEU, mantido pela prefeitura. “Foi um aprendizado muito forte, porque era totalmente diferente do atendimento convencional. Você precisa, primeiro, de muita criatividade, dedicação e muito amor, aliás, para tudo. É um tempero para todas as profissões”. Nestes mais de 30 anos de experiência, muitas histórias provocam sorrisos ao serem relembradas por Aurea. Porém, o sorriso desaperece, dando lugar a um semblante fechado e preocupado da profissional: a falta de prevenção e cuidados com os dentes. No caso de crianças com necessidades especiais, a higienizarão é bem mais complicada e depende - e muito - dos pais e cuidadores. Por achar que o ato em si irá provocar sofrimento na criança, os pais acabam por optar pela não escovação e, consequentemente, todos os efeitos da ausência desta higiene bucal. “A mãe não quer forçar aquele filho, que ela acha que é mais delicado, que precisa de mais carinho e proteção do que os outros. Então, ela termina fazendo a coisa contrária. Não escovando os dentes, a mãe acaba provocando ou deixando que aconteça um mal maior, que é a cárie. A cárie, para que ela não exista, tem que ter a escovação”, garante a

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cirurgiã-dentista. Aliado a isso, as visitas ao dentista devem ser frequentes, em espaços bem menores. Ao invés de seis meses para o retorno, o indicado é de um intervalo de dois meses. Outro fator de grande importância é o controle da alimentação das crianças, limitando o consumo de doces. Adotar medidas simples ajuda a evitar não apenas a cárie, mas problemas como inflamação nas gengivas, comum em pacientes com necessidades especiais. E, dentre eles, a doença periodontal é a mais cruel. “A doença periodontal é, exatamente, a cárie nos elementos de sustentação dentro do osso”, explica Aurea. O resultado disso, se não tratado, é a perda total dos dentes. “Na verdade, eu digo assim, a gengiva odeia tudo aquilo que não é dente limpo. Na proporção que ela entra em contato o cálculo, com a placa, ela tenta se afastar de tudo aquilo. E o osso detesta tudo aquilo que não seja gengiva sadia, que não seja alimentos dentários sadios, ele também tende a se afastar de tudo isso. Então, o próprio organismo toma conta de se livrar daquilo e, acaba se livrando do dente junto. Aí, a pessoa acaba perdendo o dente”. Com todos estes riscos e obrigações em relação à saúde

“Mães, não tenham medo de escovar os dentes dos filhos, de limpar. Não tenham medo de investir no dentista. É necessário. É obrigatório. Tem que cuidar, tem que fazer sorrir! Sorrir sem esconder os dentes.

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bucal dos filhos, e a dificuldade de dar essa assistência, alguns pais optam por medidas extremas. Muitos chegam a pedir ao dentista a retirada de todos os dentes do paciente, sob a alegação de evitar o sofrimento da criança ou adulto. “Mas antes, ele fez a opção pelo dente estragar daquele jeito, por uma questão de querer evitar o sofrimento do filho. Deixa o dente chegar ao ponto de ser perdido, evitando as visitas ao dentista, por pretexto de evitar o sofrimento”. Para evitar medidas como esta, existe apenas um caminho: “A prevenção para tirar a criança deste sofrimento”, ensina a dentista, acostumada a história sde pais que preferem remover todos os dentes dos filhos a tratá-los. Para ela, essa prevenção começa bem cedo, ainda quando bebê, estimulando a limpeza com fraldas umedecidas após as mamadas. Em contrapartida, a primeira consulta ao dentista também nesta idade. E isso ajuda a criança a se familiarizar com o profissional. “A nossa cultura é do medo do dentista. Aquela coisa, deixa doer para levar para o dentista”, lembra a dentista, que aconselha: “Para mim, o conselho principal é esse: mães, não tenham medo de escovar os dentes dos filhos, de limpar. Não tenham medo de investir no dentista. E quando eu falo em investir, não é só dinheiro. É necessário. É obrigatório. Tem que cuidar, tem que fazer sorrir! Sorrir sem esconder os dentes.”

Cuidando do sorriso Pacientes com necessidades especiais estão mais suscetíveis a apresentar problemas dentários. Cárie e problemas na gengiva estão no topo da lista de doenças bucais mais comuns neste público. A dificuldade na hora da escovacão está entre as queixas mais frequentes dos pais no consultório odontológico. “Às vezes a maioria não abre a boca. A história é sempre essa. É difícil!Tem que ter todo um dispositivo. Tem que ter um abridor de boca, que não é obrigado a ser um equipamento comprado, sofisticado. Às vezes, a mãe pode usar até um gargalo de garrafa pet, com uma fralda para não machucar, para abrir a boca da criança e outra pessoa pode ajudar. Então, uma coloca no colo e quando uma trabalha com o carinho, o toque e com o aconchego,


acalmando a criança, o outro faz a limpeza dos dentes”, ensina Aurea.

Acabou de chegar

Outros problemas que acometem crianças com necessidades especiais são: flacidez dos lábios, da bochechas, a língua um pouco volumosa, a boca aberta, o respirador bucal e má-formação dos dentes. “São pessoas que não têm percepção do uso da língua para a autolimpeza após comer alimentos fora de casa. Então, precisam de ajuda. Tem que ser o cuidador: mãe, pai, ou alguém que cuide da criança. Sorriso bonito para paciente especial é possível. A ida ao dentista, com muito mais periodicidade, com um tempo muito mais curto . Dessa forma, o dentista pode detectar alguma coisa ainda incipiente e parar um efeito de cárie”, frisa.

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Foto: Rosilândia Melo

Antonia Ádria Gonçalves Arrais - Síndrome de Down | Nascimento: 14/07/04 Ádria, desde bebezinho, sempre foi uma criança alegre, sorridente e divertida. Hoje com 7 anos e cada vez mais linda, continua uma garota muito meiga, simpática, inteligente e cheia de vida. Ela adora se arrumar, desfilar, dançar, cantar, fazer caras e bocas pra fotos, usar acessórios de adultos, e o seu lugar preferido é a praia, onde costuma passar alguns dias nas férias. Neste mês de dezembro será a formatura de doutora do ABC da linda Ádria, que inspira na turma todo um senso de companheirismo e solidariedade.

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A Família Especial: Quem cuida de quem? Tudo começa na constituição da família. O casal que se une, o filho que é gerado. É um novo universo que vai ser adentrado por aqueles que a partir de então serão chamados de pais. Como vai ser o rosto do bebê? O que vai fazer quando crescer?

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esde as primeiras adaptações à fase gestacional as expectativas já estão lá. Então surge uma nova informação, uma notícia de intenso teor emocional: aquela criança, tão sonhada, tem alguma deficiência.

É o momento que o clima emocional da família se transforma. Os papéis, antes definidos com firmeza, tendem a se desorganizar. A família se defronta com mudanças de sentimentos, diversidade de reações e, principalmente, com novos caminhos a serem percorridos, outras formas de cuidar. Vanessa Ferry

Psicóloga, especialista em Psicologia Clínica (FAESPI), especialista em Saúde Mental (UFRJ), atua com Psicologia Clínica voltada para crianças especiais no CEIR

A deficiência, seja motora, sensorial, de fala ou mental, traz consigo a necessidade de mobilização da família, pois é no contexto de suas relações que irá proporcionar as primeiras experiências sociais da criança. Neste processo, os diversos comportamentos influenciam na forma como a criança irá formar seus conceitos de mundo e a sua personalidade. Reações do grupo familiar podem incluir superdimensionamento dos pensamentos negativos, rejeição, negação da deficiência, postura queixosa, padrões de dependência mútua, sentimento de pena ou até mesmo de culpa. Não é raro que um membro ou todo o grupo assuma uma postura de superproteção, colocando esta criança especial como o membro mais frágil, na posição

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Foto: Rosilândia Melo

permanente de filho mais novo, mesmo que esta não seja sua ordem de nascimento. As consequências envolvem o não desenvolvimento da independência e autonomia, numa situação que pode se prorrogar até a idade adulta.

A deficiência, seja motora, sensorial, de fala ou mental, traz consigo a necessidade de mobilização da família, pois é no contexto de suas relações que irá proporcionar as primeiras experiências sociais da criança.

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A postura do cuidador direto – que na maioria das vezes é a mãe – é fator decisivo na autoaceitação da criança quanto às suas limitações e diferenças. E que o ajustamento da mãe e sua capacidade de lidar com o fato chegam a influenciar a forma como a sociedade vê e se relaciona com a criança especial. Considera-se que nos primeiros anos de vida, a criança se comporta num padrão de extensão do comportamento da mãe; logo, a aceitação da mãe facilita até mesmo a adesão da criança às terapias de apoio e/ou reabilitação. O apoio psicológico neste caso aborda o exercício dos papéis familiares, a adequação de expectativas da mãe, o estabelecimento de regras e limites para a criança e a elaboração do diagnóstico e da perspectiva posterior a ele, o


Foto: Rosilândia Melo

chamado prognóstico. Em alguns casos é necessário também trabalhar a dinâmica familiar para propiciar a independência e a autonomia da criança especial. O importante é que esta família saiba que não é a única. Dados do Censo Demográfico de 2000 do IBGE já indicavam que pessoas com algum tipo de deficiência corresponderiam a 14,5% da população nacional. O contato com outras famílias que vivenciam esta realidade permite a identificação, a troca de experiências e auxilia no estabelecimento de atitudes de enfrentamento. São diversas as constituições familiares no mundo atual. No entanto, seja em família de mãe solteira, famílias decorrentes da segunda união ou qualquer outra modalidade, a integração dos entes entre si e na comunidade auxilia na promoção de bem-estar à criança especial. E é válido ressaltar que os comportamentos da família tanto podem distorcer e servir como obstáculo à evolução da criança, como podem encorajar e estimular os seus potenciais de desenvolvimento.

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vacina

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Proteção na dose certa! Imunizar a criança nos seus primeiros anos de vida é algo tão importante quanto a alimentação. A Crescer Vacinas garante essa proteção, com a vantagem das vacinas combinadas. Ou seja, em uma única dose garante a proteção contra várias doenças

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primeiros anos da vida de uma criança são de aprendizado intenso. Os primeiros passos, desenvolver a fala até conseguir se comunicar são algumas tarefas no processo de aprendizado nesta idade, essenciais para a toda vida. Com o corpo não é diferente. Ele precisa, desde o nascimento, criar defesas contra agentes externos e microorganismo, invisíveis ao olho humano, mas que representam uma ameaça ao crescimento saudável do bebê. E as vacinas são grandes aliadas neste processo de proteção contra uma série de doenças, comuns nos primeiros anos de vida. É nesta idade que o organismo precisa desenvolver anticorpos, ou seja, criar uma defesa contra todo e qualquer tipo de inimigo. E este escudo de defesa é criado através do cumprimento do calendário de imunizações. BCG, Hepatite B, Pólio, Tríplice, Rotavírus são algumas das vacinas que fazem parte do esquema básico do calendário de vacinação do Ministério da Saúde. De tão importante, várias empresas da área de saúde têm dedicado esforços para garantir este crescimento saudável. É o caso da Crescer Vacinas, empresa genuinamente piauiense, com 14 anos de história garantindo uma proteção mais do que especial às crianças e adultos, com todo conforto, segurança e comodidade. A Crescer Vacinas conta com instalações modernas e confortáveis, gerador próprio, atendimento qualificado realizado por uma equipe com técnicos em enfermagem, supervisão médica e de enfermagem. Os pais podem encontrar na clínica todas as vacinas que fazem parte do calendário do Ministério da Saúde, Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim) e outras até que fogem deste calendário vacinal, como a tríplice bacteriana, HPV, Meningite C, Hepatite A, por exemplo. Todas as vacinas existentes na Crescer Vacinas têm certificado de liberação da ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

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Vacinas combinadas

Um dos grandes diferenciais oferecidos pela Crescer Vacinas são as vacinas combinadas, ou seja, aquelas com vários antígenos em uma única dose. “O objetivo é combinar todas as vacinas em uma só. Vacinas combinadas contêm vários antígenos e isso quer dizer menos picadas. É o caso da Tetraviral, que protege contra Sarampo, Rubéola, Caxumba e Catapora, e a Hexa - contra Polio IPV, Difteria, Tétano, Coqueluche, Hepatite B e Haemofilus B. Neste caso, a resposta é maior e o nível de proteção também”, garante o pediatra Carlos Roberto Neiva Nunes, responsável pela Crescer Vacinas. A combinação de vacinas apresenta menos reações adversas e uma melhor resposta imunológica. “A diferença é o nível de cobertura das vacinas. Por exemplo, a vacina Rotavírus oferecida pelo Ministério da Saúde é monovalente, enquanto que na rede privada as vacinas são pentavalentes, como as oferecidas pela Crescer Vacinas. Da mesma forma a vacina contra a pneumonia, que na rede pública é 10v, já a nossa tem 13 sorotipos”, explica Carlos Roberto.

Cartão de Vacina

O pediatra Dr. Carlos Roberto chama atenção dos pais sobre um instrumento importante para as crianças nos primeiros anos de vida e que, muitas vezes, é deixado em segundo plano: o cartão de vacinação. Nesta idade, ele é o documento mais importante do bebê, por conter todos os registros de imunizações recebidas e também as vacinas que a criança terá que receber. Como todo documento, o cartão de vacinas deve ser bem conservado. Os pais nunca devem deixar de levá-lo nas visitas regulares ao médico e apresentar em hospitais, em caso de acidentes. Manter o cartão de vacinas em dia evita problemas de saúde, como a Doença Pneumocócica. “É a primeira causa de morte por doença imunoprevinível em crianças menores de 5 anos no mundo. A vacina Pneumocócica 13v (VPC13v) proporciona a mais ampla cobertura que qualquer outra. É a única VPC que inclui proteção contra sorotipos 3, 6A, 19A responsáveis pelas formas mais graves da doença”, frisa o Dr. Carlos Roberto.

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HPV

Outro problema bastante comum entre adolescentes e jovens adultos sexualmente ativos, a infecção por HPV - Papiloma Vírus Humano, pode ser evitada com doses a partir dos 9 a 10 anos de idade. A grande questão da vacina contra o HPV é a imunização antes do início da vida sexual, ainda na infância, como forma preventiva, e em ambos os sexos. “Existem duas vacinas diferentes disponíveis no mercado contra o HPV: bivalente e quadrivalente, administrada em três doses a partir de 9 - 10 anos de idade, de acordo com o fabricante”, garante o pediatra, que orienta: “É importante, antes, buscar orientação do seu médico e a maneira recomendada para uma vacinação”. Segundo pesquisas divulgadas recentemente, sem imunização mais de 50% dos adultos sexualmente ativos serão infectados pelo HPV ao longo de suas vidas. “A maioria das infecções por HPV desaparece sem sequelas. Porém, algumas evoluem para um câncer cervical”, avisa. Disponível também para o sexo masculino, a imunização contra o HPV pode evitar nos homens casos como câncer de pênis e de ânus.

Qualidade das imunizações

Para garantir a qualidade e eficiência das imunizações oferecidas, a Crescer Vacinas conta com uma moderna rede de frio, com câmaras que conservam as vacinas e, ainda, um gerador próprio, em caso de queda de energia. Lá, os pais podem encontrar a mais nova vacina contra a meningite, destinada ao público maior de 11 anos e que protege contra o Meningococo ACWY-D. Neste período de fim de ano, quando as famílias programam as férias, é essencial garantir a imunização das crianças e do próprio adulto, no caso de temporada em regiões onde haja surtos de meningite, por exemplo. Manter o seu filho protegido é um ato de amor.


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Cartão de vacinação - 0 a 10 anos

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Saúde

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Chupetas e mamadeiras prejudicam a dentição? A Dra. Ana Érica Vale, mestre e especialista em Ortodontia e Ortopedia facial dos maxilares, responde essas e outras questões em relação ao uso dos utensílios

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amadeiras e chupetas: amigas ou inimigas das crianças quando o assunto é dente? Boa parte dos médicos e dentistas desaconselham chupeta e mamadeira para o bebê. E a razão mais forte se dá porque a amamentação pode ser prejudicada com o uso da mamadeira na alimentação da criança. Por mais advertências que se façam em relação ao hábito, estes dois objetos continuam com uma presença forte na vida de bebês e mães. Isso acontece por conta do papel da mulher hoje. Diferente de outras épocas, quando poucas trabalhavam fora do lar, hoje, boa parte, após quatro meses de licença, retornam às atividades para complementar a renda familiar. E é aí que a mamadeira e a chupeta costumam entrar em jogo.

Dr.ª Ana Érica Vale

Mestre e especialista em Ortodontia e Ortopedia facial dos maxilares

Além da amamentação, o hábito de usar chupetas, mamadeiras e chupar o dedo pode interferir na dentição, na estrutura óssea da face, ocasionando também outros problemas como respiração bucal, deglutição inadequada, com repercussão negativa na estética da face e da musculatura dessa região. A boa notícia para as mamães não ficarem cheias de culpa é que, se o hábito for retirado até os dois anos de idade, não acarretará riscos para a criança, como explica a ortodontista, Dra. Ana Érica Vale, mestre e especialista em Ortodontia e Ortopedia facial dos maxilares. Ela aconselha: “Qualquer hábito instalado, se for removido até os dois anos de idade, dependendo da magnitude do problema, o próprio crescimento da criança consegue reverter. Esses hábitos devem ser removidos de forma gradativa, para que não se

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altere o equilíbrio psicológico e físico da criança”. Porém, as mães devem estar de cientes de que o uso da mamadeira e chupetas acaba por prejudicar diretamente a amamentação. “A criança com até dois anos encontrase na fase oral, em que a satisfação é encontrada com a sucção. Entretanto, em algumas crianças a necessidade de sugar é maior. É nessa hora que podem-se instalar os hábitos de sucção não nutritivos (chupeta, dedo ou mamadeiras). A prioridade para o bebê nessa idade é a amamentação, que é a fonte de nutrição, anticorpos e desenvolvimento dos próprios maxilares. Quando se põe chupeta ou mamadeira está ‘bagunçando’ aquilo para que instintivamente a criança veio preparada, que é a amamentação”, adverte a ortodontista.

Direcionar hábitos “Uma vez instalado o hábito bucal deletério, alguns cuidados devem ser tomados na tentativa de prevenir ou amenizar problemas orofaciais, como a respiração bucal, falta de espaço para os dentes, abertura de mordida ou estreitamento das arcadas dentárias, dentre outros. O ideal é o uso de chupeta ou do bico da mamadeira ortodônticos. Outro cuidado importante é diminuir a frequência e o tempo do hábito, como remover a chupeta assim que a criança dorme. Problemas nas arcadas dentárias, bem como nos maxilares, podem ser percebidos através das primeiras visitas ao odontopediatra. Quando, se nota que a criança é portadora de algum fator desfavorável ao desenvolvimento correto dos maxilares e da dentição, deve-se procurar o tratamento com o ortodontista”, frisa.

Mastigação e deglutição Com o passar do tempo, o uso de mamadeiras e chupetas pode interferir na mastigação e, consequentemente, na deglutição. A alimentação via mamadeira é bem mais fácil para a criança, pois o fluxo do alimento é maior, mais rápido e o coloca numa posição mais posterior da cavidade bucal. Isso pode criar um desequilíbrio neuromuscular na língua e bochechas, gerando, assim, a deglutição atípica”, garante a Dra. Ana Érica Vale. “Nesses casos, o tratamento é interdisciplinar entre a Ortodontia e a Fonoaudiologia”.

Consequências A manutenção desses hábitos após os 2 anos de idade pode instalar problemas na dentição da criança, acentuar ainda mais deformidades esqueléticas maxilares, além de prejudicar a fala, mastigação, deglutição e respiração. As bases ósseas podem ficar atrésicas e, quanto mais estreito fica o osso, mais os dentes não terão espaços”, observa a ortodontista.

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Prevenção É importante os pais procurarem o ortodontista sempre que notarem que a criança pode estar com alguma desordem dentofacial. O maior erro está na espera pelo nascimento de todos os dentes permanentes, para só então iniciar a consulta com o ortodontista, pois “as desordens esqueléticas, bem como as neuromusculares, devem ser tratadas na dentadura mista, ou seja, entre 6 a 12 anos, em média”, diz Dra. Ana Érica Vale.

Monitoramento

estão em harmonia. Também, devem procurar um dentista regularmente. Quando algum tipo de desvio é perceptível ou alertado pelo dentista, devese procurar um ortodontista para o tratamento, que vai desde o monitoramento do crescimento até o uso de aparelhagem ortodôntica, de acordo com a individualização de cada caso”, aconselha a especialista. Recomendações como essas ajudam para que no futuro problemas possam ser prevenidos ou até tratados no tempo correto e, principalmente, não se agravam com o decorrer da idade, perpetuando-se na adolescência e, em alguns caos, ficando mais difícil o tratamento.

“Os pais devem observar se os ossos da face e dentes

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Saúde

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Quando meu filho vai falar? Uma das preocupações frequentes quanto ao desenvolvimento infantil é o aparecimento da linguagem oral, ou seja, o início da “fala”.

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sse processo torna-se motivo de inquietação para os pais, e com o passar do tempo surge a preocupação: “quando meu filho vai falar?”. Embora não seja uma regra, a maioria das crianças começa a falar por volta de um ano de idade. Se isso não acontecer, é preciso ficar atento: pode ser que a criança tenha algum problema que está atrasando o desenvolvimento da fala.

Luiza Maria da C. Carvalho Neta Especialista em fonoaudiologia hospitalar com enfoque em motricidade orofacial.

Para que ocorra a aquisição e o desenvolvimento da fala, muitos fatores estão envolvidos desde o nascimento da criança. Entre eles a audição, o desenvolvimento adequado das funções estomatognáticas (respiração, deglutição, sucção, mastigação) e a estimulação global da criança. O atraso no desenvolvimento da fala é indício de problemas, que podem ter origem funcional ou orgânica. No primeiro caso, não há nenhum problema físico e a demora se deve apenas à imaturidade da criança. Quando o problema é orgânico, a causa está em alguma alteração fisiológica ou psicológica. É o caso do autismo, da dislexia ou de deficiência auditiva, entre outras. Lembre-se: os primeiros anos de vida da criança são fundamentais para o desenvolvimento da fala e da linguagem.

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Sugestões para estimular a fala da criança 1 Converse com a criança desde o seu nascimento, especialmente durante a amamentação. Na medida em que ela for crescendo, acrescente informações, de acordo com seu interesse e compreensão.

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Aproveite situações como o banho ou a troca de roupas para nomear as partes do corpo e as peças de roupas.

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Aproveite para ouvir o que a criança tem a dizer sobre o assunto. É importante que ela faça parte da conversa e não seja apenas ouvinte.

4 Converse com a criança antes de sair, sobre aonde irão, o nome do local, porque irá visitá-lo, enfim, aproveite o tema para estabelecer diálogo com seu filho. Isso deve ser feito de forma agradável e significativa para ambos.

5 Leia para a criança com freqüência, res-

peite seu limite de atenção e utilize livros e outros materiais apropriados para cada faixa etária.

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Fases do desenvolvimento da fala e linguagem 1 a 3 meses

Presta atenção aos sons e se acalma com a voz da mãe. Faz alguns sons, dá gargalhada. Observa o rosto, sorri quando alguém fala com ele.

4 a 6 meses

Procura de onde vem o som. Grita, faz alguns sons, como se estivesse conversando, e imita a sua voz.

7 a 11 meses

Localiza de qual lado vem o som. Emite alguns sons. Repete palavras. Bate palmas, aponta o que quer, dá tchau.

12 meses

Começa a falar as primeiras palavras. Imita a ação de outras pessoas.

18 meses

2 anos

Consegue dizer frases curtas com duas palavras. Já sabe falar cerca de 200 palavras.

3 anos

É possível entender tudo que ele fala, mas às vezes ele conjuga errado. Conhece cores.

4 anos

Inventa histórias. Compreende regras de jogos simples.

5 anos

Forma frases completas, fala corretamente.

6 anos

Aprende a ler e a escrever.

Pede as coisas usando uma palavra. Já sabe falar umas 20 palavras. Fonte: Boone, & plante, Elena. Comunicação humana e seus distúrbios. Ed.Artes médicas.1994; Bee, Helen. A criança em desenvolvimento. Ed. Artes médicas. 1996; Frankenburg, W.K.e cols., Manual de aplicação do teste de desenvolvimento Denver II, 1992.


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com porta mento

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Possibilidades e limites das crianças portadoras de TDAH O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade – TDAH é um problema de saúde mental frequente em crianças e adolescentes em todo o mundo. Os sintomas característicos desse transtorno apresentam-se em duas grandes áreas da atenção: na atividade motora e no controle dos impulsos.

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Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade – TDAH é um problema de saúde mental frequente em crianças e adolescentes em todo o mundo. Os sintomas característicos desse transtorno apresentam-se em duas grandes áreas da atenção: na atividade motora e no controle dos impulsos. As causas do TDAH podem estar relacionadas a aspectos orgânicos emocionais, sociais e genéticos, tornando-se um caso de difícil diagnóstico.

Layse Policarpo M. da Silva

Psicóloga Clínica e Escolar, Neuropsicóloga e Terapeuta Cognitivo-Comportamental.

A criança considerada inquieta, desatenta e com dificuldade no convívio social é encaminhada para uma avaliação psicopedagógica, psicológica ou médica. É na fase pré-escolar ou escolar que essas características são mais evidentes, pois a criança não consegue prestar atenção no que lhe é ensinado, distraindo-se facilmente com qualquer estímulo ambiente. A pessoa com TDAH pode ser desatenta, hiperativa, impulsiva ou ainda apresentar todas estas características. O portador possui três tipos clínicos: predominantemente desatento; predominantemente hiperativo/impulsivo, e do tipo misto. É importante salientar que a desatenção, a hiperatividade ou a impulsividade, como sintomas isolados, podem resultar de

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problemas na vida de relação das crianças com os pais e/ou colegas e amigos, e de sistemas educacionais inadequados, ou mesmo estar associadas a outros transtornos comumente encontrados na infância e adolescência. A maioria das crianças e adolescentes apresenta o tipo misto. Existem escalas que descrevem os sintomas, mas estas não podem servir como instrumento isolado para realização do diagnóstico, que deve ser baseado nas atitudes da criança em casa, nas informações dos pais e professores e no trabalho de equipe com outros profissionais. As avaliações diagnósticas são uma das questões mais difíceis para quem lida como o problema, pois o desconhecimento que existe a respeito do TDAH tem dois motivos: a demora para se reconhecer o transtorno com um problema neuropsicológico e a controvérsia sobre o TDAH pode ser realmente reconhecido como um transtorno por si próprio. O tratamento do TDAH se dá com uma associação entre o tratamento medicamentoso e psicológico. Alguns tratamentos

Acabou de chegar Faça o Book Fotográfico do seu bebê.

podem resolver os sintomas, mas não têm influência sobre o aprendizado de uma nova habilidade, como adequação social, comportamentos e pensamentos negativos, déficit de habilidades escolares e redução do estresse dos pais e/ou da família. O tratamento é individualizado e para ter sucesso deve envolver a participação de diferentes profissionais, visto que a doença afeta os seus portadores e compromete suas habilidades cognitivo-comportamentais em diferentes níveis de intensidade e habilidades. Inclui medidas educacionais aos portadores, familiares e professores sobre como a doença os afetam e que tipo de intervenções comportamentais podem ser usadas para amenizar esse comprometimento. Também há necessidades, dependendo do tipo de comprometimento, de apoio individualizado psicológico, pedagógico e fonoaudiológico. No âmbito das intervenções psicossociais, o primeiro passo deve ser educacional, através de informações claras e precisas à família a respeito do distúrbio. Muitas vezes, é necessário um programa de treinamento para os pais, a fim de que aprendam a manejar os sintomas dos filhos. É importante que eles conheçam as melhores estratégias para o auxílio de seus filhos na organização e no planejamento das atividades. Intervenções no âmbito escolar também são importantes. O professor tem papel fundamental no processo de aprendizagem e na saúde mental do aluno com TDAH, pois o vínculo de crédito e confiança que se estabelece na díade professor-aluno pode fazer grande diferença, pois é na escola que a criança portadora de TDAH demonstra as características que definem a doença, tais como: dificuldade de concentração, não conseguir ficar envolvida com uma coisa só, movimentar-se e conversar constantemente, além de impulsividade, o que provoca situações perigosas. O perfil do professor que vai trabalhar com crianças portadoras de TDAH deve ser de uma pessoa empática, disposta, criativa, tolerante e flexível às adaptações necessárias. Os princípios acima são complementados pelas sugestões da Sociedade Americana de Pediatria para o ensino de crianças com TDAH:

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Estabelecer regras na sala de aula que estejam em exposição.

Ajudar a criança na transição das atividades, como por exemplo, dar 5 minutos de aviso antes.

Fornecer instruções claras e objetivas sobre as tarefas de casa.

Designar tutores para ajudar nas tarefas.

Dividir instruções complexas em partes. Planejar atividades acadêmicas durante as horas matinais. Dar frequentes e regulares descansos. Acomodar a criança longe das distrações e próximo a alunos que deem bons exemplos de comportamento. Formatar pequenos grupos, quando possível, porque crianças com TDAH ficam facilmente distraídas em grupos grandes. Treinar o aluno com TDAH a reconhecer pistas para começar a trabalhar. Estabelecer um sinal secreto com o aluno, que serve para relembrá-lo quando ele está se comportando mal.

Concentrar em algum tipo de comportamento que deseja mudar e reforçar a mudança com atitudes positivas. Oferecer reforços positivos, porque funcionam mais que os negativos. Explicar ao aluno o que precisa ser feito para evitar consequências negativas. Recompensar o bom comportamento imediatamente e continuadamente. Usar reforço negativo somente depois de ter dado tempo suficiente da tentativa da técnica do reforço positivo. Caso seja necessário usar reforço negativo, usar de uma maneira firme e autoritária, sem demonstrar emoções ou explicações longas.

O trabalho do professor, apesar das dificuldades e limitações, é fundamental, pois pode fazer a diferença no andamento e evolução das crianças portadoras de TDAH, obtendo, assim, um prognóstico mais satisfatório.

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Educação

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Berçário

A escola exerce uma importante função na vida de todos nós, e além da função de escolarizar, ela exerce o papel de auxiliar na socialização e na formação de cidadãos.

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radicionalmente a criança entra no mundo escolar com 2 ou 3 anos, entretanto é comum, hoje, a mulher exercer atividades profissionais e assumir cada vez mais atividades fora de casa, assim, diante da dificuldade em encontrar cuidadores para os bebês e as crianças menores, o berçário surge como uma alternativa para os pais que não podem acompanhar o dia a dia de seus filhos ou não têm com quem deixá-los.

Ana Rosa Rebelo F. de Carvalho Psicóloga, Mestre em Psicologia Clínica pela PUCSP, especialista em Psicologia Hospitalar e atendimento a pacientes em situações de perdas e lutos

Mesmo diante da necessidade é comum e esperado que os pais sofram diante da decisão de delegar os cuidados dos filhos a terceiros, como no caso do berçário, e sabemos que apesar de necessária, a separação é um processo doloroso tanto para a criança quanto para a mãe. Neste cenário é comum a mãe e/ou pai sentirem-se inseguros, além de vivenciarem sentimentos de culpa, ansiedade e ciúmes pelo “abandono” da criança, despertando questionamentos como: e se ela chorar? Lá haverá muitas crianças, será que ela vai saber se defender? Ela será bem tratada? Cuidarão bem dela? Será que ela vai se adaptar? Diante dessas dúvidas é importante realizar uma boa escolha, que atenda as necessidades da criança, ao mesmo tempo em que transmite segurança e confiança aos pais. Pois é essencial que os pais sintam-se seguros diante de sua decisão e transmitam segurança para seus filhos, pois o momento da separação é angustiante para ambos, e é importante que a criança perceba que os pais confiam em seus cuidadores.

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Para que o momento de escolha do berçário ocorra de forma mais segura, é importante que os pais busquem informações e referências sobre as possíveis alternativas, bem como conheçam as estruturas físicas do local, incluindo cozinha, área de lazer ao ar livre, dormitório e fraldário, além do nível de educação e escolaridade dos funcionários. A função primordial do berçário é o cuidar, a escolarização, neste momento, não é prioridade, entretanto compete também a função de educar e estimular o desenvolvimento infantil, levando-se em conta a idade e as características individuais de cada bebê, para tanto é essencial que os profissionais que acompanhem as crianças sejam preparados para exercer tal função. Pois além de oferecer os cuidados necessários para o bebê, o berçário exerce também a função de educar e preparar a criança para entrada na escola aos 2 ou 3 anos, através de “experiências significativas” com brincadeiras, historinhas e músicas. Para isso, é necessário que o berçário tenha um currículo estruturado, que inclui atividades físicas,

brincadeiras, tempo de descanso, atividades em grupo e individuais, ensine hábitos de higiene e boas maneiras, desenvolva habilidades cognitivas, coordenação motora, constituindo um aliado importante sempre promovendo a boa saúde. Ao entrar no berçário a criança passa a ter contato com uma rotina organizada que ao mesmo tempo que atende às necessidades individuais insere a criança num contexto coletivo, propicia a interação com outras crianças e adultos, pois ela conviverá com outras crianças da mesma faixa etária que podem apresentar comportamentos a atitudes diferentes das suas, além disso, encontrará normas e regras diferentes das que está habituada, dividirá o brinquedo com outras crianças, adquirindo novos aprendizados, constituindo uma nova etapa no processo de individuação que a acompanhará ao longo da vida. Desta forma, a socialização da criança desenvolvese harmoniosamente, adquirindo superioridade sob o ponto de vista da independência, autoconfiança, adaptabilidade e rendimento intelectual. O bom berçário é aquele que oferece oportunidades para a criança construir conhecimentos num ambiente em que sinta prazer, proporcionando um espaço educacional, afetivo e social, constituindo um lugar de cuidado, de estímulo, convivência e educação, que auxilia a criança a crescer, se desenvolver e se constituir como pessoa, para tanto deve garantir o bem-estar físico e emocional. Neste sentido a experiência no berçário contribui com o desenvolvimento infantil, estimulando a autonomia e independência essenciais para a adaptação na escola regular.

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Olha eu aqui!

A Gente Miúda abre espaço para os cliques da garotada! Quem quiser participar, basta mandar a foto para o e-mail: gmiuda@live.com. Não esqueça de colocar o nome completo e a idade. www.facebook.com/revistagentemiuda

Isadora

Hemilly Giovanna Juarez Neto Giovana, Guilherme e Giuliano Duda

Yasmin Ana Emília Guilherme

Pedro Lucas

Moara

Fernando de Alencar

Lucas Gabriel

Isabella Diógenes

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Educação

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A escola ideal para o seu filho Matricular o filho pela primeira vez na escola pode se transformar em uma aventura aos pais de primeira viagem. A busca pela escola ideal para os pequenos merece atenção, tempo e muita disponibilidade de pais e mães.

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as, quais os critérios necessários para saber se a escola é adequada ao seu filho? Para responder essas e outras perguntas, a gente conversou com a jornalista e escritora Rosângela Gessoni, autora do livro “Mulher - Guia Prático de Sobrevivência”, lançado pela editora Baraúna. No livro, Rosângela detalha em 13 capítulos informações essenciais para facilitar esta ‘procura’, além de reunir temas de relevância para o público feminino.

Rosângela Gessoni Jornalista e escritora

Em entrevista exclusiva à Gente Miúda, a escritora tira algumas dúvidas dos pais e dá dicas importantes, como conversar com os pais de outros alunos. “Ter boas referências da escola por parte de outros pais traz uma segurança muito grande. Entretanto, é indispensável buscar outras formas de conhecer a instituição de ensino. Afinal, o que é bom para uma criança pode não ser positivo para outra”, frisa a jornalista, que reúne também na publicação 25 dicas para ajudar os pais neste momento. “Insisto que o mais importante são os fatores ligados à segurança. Afinal, do que adiante ter ótima estrutura, metodologia reconhecida e outras coisas positivas, se o aluno não estiver seguro ali dentro?”.

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Quais são os erros mais frequentes que os pais cometem na hora desta escolha? Rosângela Gessoni -Deixar de buscar informações. É preciso ter claro o objetivo do ano letivo escolar. A impressão que fica durante uma visita à escola conta muito. Porém, é muito importante checar todos os detalhes sobre o que a criança vivenciará naquele ambiente. Por exemplo, às vezes os pais reclamam que a escola sobrecarrega o aluno. É possível checar se vai haver ou não o que eles consideram sobrecarga questionando a escola sobre as atividades diárias que o aluno terá que cumprir dentro e fora da instituição. Outra queixa comum é sobre os gastos que a escola exige. Ao questionar a parte financeira, a preocupação deve ir além das mensalidades. Mesmo considerando que dinheiro não é o que mais conta quando o assunto é educação, não é saudável assumir um compromisso que desestabilize o orçamento familiar. Assim, é importante saber quanto a escola vai custar considerando matrícula, gastos com passeios, eventos, uniforme, mensalidades, material escolar e atividades extras.

É importante que a criança acompanhe os pais na hora da escolha da escola ou essa é uma decisão unicamente dos pais? Rosângela Gessoni - Acho importantíssimo ter a participação da criança. Os pais devem verificar toda a segurança que a escola garante aos alunos e tudo o que a escola pode acrescentar na formação e educação dos filhos. Porém, o fato de a criança gostar do ambiente, se identificar com professores e demais funcionários e desejar estar naquele local contribuirá

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para o bom desempenho dela em todos os aspectos e para a segurança da família.

Em relação à segurança, o que os pais devem levar em consideração? Espaço físico e boa conservação dos brinquedos? Rosângela Gessoni -Espaço físico e boa conservação dos brinquedos, mas também a segurança na entrada e saída dos alunos e de demais pessoas na escola. É importante saber, por exemplo, quais os critérios para entregar a criança a uma outra pessoa , caso haja um imprevisto com quem habitualmente vai buscá-la na escola.

Geralmente, as escolas mais caras são as melhores? Como saber se uma escola oferece uma boa educação para o seu filho? Rosângela Gessoni - O conceito de melhor escola depende do que os pais querem para seus filhos. Uma escola tradicional pode ter um preço elevado pelo nome e credibilidade que conquistou. Uma escola menor, mas também digna de credibilidade, pode ter um preço inferior pela localização e baixo custos com espaço físico, podendo oferecer ótima estrutura, ensino de qualidade e dedicação aos alunos. É importante buscar referências, visitar a escola com a criança sem ter agendado horário e observar se alunos e funcionários parecem felizes e motivados ali dentro. Nessa ocasião, deve-se visitar todos os ambientes da escola e conhecer a estrutura – se há brinquedoteca, laboratórios de idiomas, informática e de ciências, quadra de esporte, biblioteca, salas de aula bem iluminadas e arejadas, etc. A ausência de alguns desses ambientes não será, necessariamente, motivo


para descartar a escola, mas é importante que o aluno encontre ambientes motivantes e espaço físico adequado para o aprendizado com prazer. Depois dessa visita, será positivo ter um horário exclusivo com a direção ou coordenação da escola para esclarecer todas as dúvidas e se informar sobre o método de ensino e como serão os dias das crianças ali dentro, do horário de entrada à saída. Com todas essas informações, observando a reação da criança naquele ambiente e usando o instinto materno, a mãe terá subsídios para concretizar sua escolha.

contínuo e deve ser feita também no dia a dia.

Tem pais que sofrem bastante ao colocar o filho na escola, logo não quer se afastar da criança, teme o perigo e algo do gênero. O que dizer a esses pais?

Rosângela Gessoni -Devem passar segurança às crianças em relação à escolha feita e estar sempre atentos às reações dos filhos em relação à nova rotina. Vale lembrar que a avaliação da escola é algo

Por outro lado, devem aproveitar o período em que os filhos estão na escola para realizar as tarefas que necessitam de maior concentração, cuidados pessoais e trabalho.

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E os pais, como eles devem se organizar a partir da nova rotina dos filhos?

Rosângela Gessoni -Após fazer a escolha da escola considerando também os fatores de segurança, deve-se passar essa segurança aos filhos e pensar no lado positivo da convivência da criança com amigos da mesma faixa etária, no desenvolvimento que a nova rotina vai proporcionar e na importância da socialização.

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Educação

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É preciso despertar o prazer pela leitura Antes de apontar algumas discussões, inicio perguntando a você, caro(a) leitor(a), quantas horas diárias você dedica à apreciação de um bom livro, revista ou jornal, na frente de seu filho(a)? Quantas vezes por semana senta-se com ele(a) para juntos lerem um pequeno conto, crônica, poesia ou outro gênero qualquer? Quantas vezes por ano presenteia-o com livros ou revistas em quadrinho?

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arece fácil, mas não é. Em meio ao bombardeamento instantâneo de informações, vindas principalmente da tv e da internet, fazer as crianças gostarem de ler (falo da leitura vinda do papel, do formato de livro, revista, jornal, embora haja outros suportes) não é tarefa fácil para pais e professores; no entanto, essa é uma missão que devemos encarar não apenas com vontade, mas muita responsabilidade.

Profª Msc. Leila Patrícia Alves Dantas Msc. em Letras; Especialista em Leitura e Produção Textual; Professora de língua portuguesa do IFPI.

Gostar de ler e fazê-lo habitualmente é, sem dúvida, a única maneira de se alcançar o sucesso na escola, futuramente, no trabalho, e por que não, nas relações sociais e até pessoais; daí a preocupação tão exagerada que ainda se tem em relação a esse assunto. Ler é preciso. Gostar de ler também é preciso. De um lado, professores, coordenadores e pedagogos desesperam-se sem saber mais que projeto aplicar para desenvolver nas crianças o gosto pela leitura; do outro, pais e mães enlouquecem na luta diária contra a programação colorida, envolvente e alienante da televisão, mas se esquecem de que atitudes simples, como aquelas apontadas nas perguntas que deram início a este texto, podem amenizar o problema. Como mediadores no processo de leitura das crianças, pais e professores precisam estar atentos a fatídicas narrativas

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que outrora eram indispensáveis aos pequenos e principiantes leitores. Para isso, é preciso conhecer o que as crianças estão lendo.

exclusiva de todas as sensações do leitor); o direito de ler em qualquer lugar; o direito de ler uma frase aqui e outra ali; o direito de ler em voz alta ou apenas para si.

O professor de literatura e escritor francês Daniel Pennac, no livro “Como um romance”, trata clara e concisamente da dura tarefa de se formar bons leitores, discutindo alguns fatores desmotivadores no processo de leitura e ainda de alguns direitos e deveres do leitor.

Os problemas envolvidos nessa discussão não terminam aí. Os pais têm ainda uma significativa parcela de responsabilidade no processo de leitura dos filhos , seja para o sucesso ou para o fracasso. O contador de histórias que há neles (quando há), durante os primeiros anos de escola da criança, perde muito cedo o fôlego, alegando falta de tempo, e o momento do “conto de fadas” é substituído por outras atividades “mais importantes”.

Segundo o autor, e cito-o aqui por acreditar nesses fatores e direitos, o primeiro e desmotivador fator é a imposição da leitura; se um adulto, que conhece as regras do bem viver em sociedade, não gosta de receber ordens, imagine uma criança!!! Infelizmente, esse não é o único fator. Não é raro, hoje, presenciarmos crianças de 4, 5, 6 anos dedicando boa parte do tempo à programação da tv, acesso à internet e outras atividades totalmente desvinculadas de uma boa leitura. Infelizmente, o problema parece agravar-se ao chegar à escola, posto que esta instituição, se cumpre, não é mais do que a função de “ensinar a ler”, quando o que a criança precisa é “aprender a gostar de ler”; sentir prazer e felicidade no ato de ler; ter os seus direitos de leitor respeitados, segundo Pennac: o direito de ler uma história e não precisar comentar; o direito de não lê, quando se quer apenas olhar as ilustrações, por exemplo; o direito de pular páginas; o direito de não terminar um livro; o direito de reler; o direito de ler qualquer coisa (ainda que disfarçadamente vigiado, é claro); o direito ao bovarismo (satisfação imediata e

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Quem sabe, um dia, quando pais e professores derem um pouco mais de atenção à leitura e à importância que ela pode ter na vida dos seus filhos e alunos, sobretudo em seus primeiros passos nessa empreitada, e por que não até antes, eles não troquem os videogames supermodernos ou o salão da Barbie por um livro ou um gibi de presente de aniversário?! Não há mágica para isso. Trata-se de um processo histórico-cultural, no qual somos os principais sujeitos transformadores, desejosos urgente de mudanças. Precisamos iniciar e alavancar o prazer de ler que já existe em nossas crianças, mas que está adormecido. É preciso ler! Mas, antes, é preciso despertar o prazer de ler, propagar o amor pela leitura. E nada melhor do que ensinar pelo exemplo, sejam os pais, os professores ou qualquer outra pessoa diretamente responsável pela vida e a educação de uma criança.


Dicas de Leitura

A obra que traz em suas páginas um diálogo entre mãe e filha permeado com os questionamentos da pequena sobre a vida diferente vivida pelos animais.

Na cozinha da Rebeca Neste lançamento da Editora Alaúde, a chef mirim Rebeca Chamma, de 9 anos, apresenta 30 receitas de dar água na boca, entre sanduíches, patês, saladas, pratos quentes, sucos, bolos e guloseimas com frutas. Tudo saudável e gostoso.

História do Piauí

História regional - 4º/5º ano. Livro volume único de autoria das escritoras Maria Cecília de Almeida Nunes e Shara Jane Holanda Costa Adad

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Mamãe, por que os dinossauros não vão à escola?

Os livros são sempre uma boa companhia e uma opção divertida de presente que estimula a imaginação e o gosto pela leitura!

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música

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Música na escola

Sabe de uma coisa? Platão dizia que a educação do cidadão deveria incluir o estudo de música. Somente com o acesso à música poderíamos formar “cidadãos ideais para um Estado ideal”.

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esmo após tanto tempo que nos separa do velho Platão, a música continua sendo um elemento importante da nossa formação intelectual e emocional. Aliás, a vida de muitas pessoas é repleta de lembranças musicais: “essa música me lembra uma amiga; aquela me traz uma época; e tem uma música doida que me mata de rir...”.

Wilker Marques

Músico, professor especialista em Filosofia e formando em Direito.

Se aprendemos com a música, se ela é importante para nos tornar pessoas equilibradas, então onde é o seu lugar? No teatro, na igreja? Na verdade a música está – e deve estar – em todo lugar. Especialmente na Escola! É... na Escola! Lá, ela será uma forte aliada das demais disciplinas. Foi nesse sentido que os legisladores brasileiros, aquelas pessoas responsáveis por fazer as nossas normas, incluíram o ensino de música como “um conteúdo obrigatório” das escolas no texto da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9394/96). O ano de 2011 é um marco nessa história. A partir de agora, toda escola, seja pública ou privada, deverá mesmo cumprir a exigência legal e adotar a música como parte de seu programa de disciplinas. gentemiúda

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Não significa, entretanto, que as pessoas terão que se tornar músicos profissionais. Ou que, todo mundo, mesmo quem não gosta, terá que tocar, por exemplo, uma flauta-doce. Significa tão somente que as crianças e adolescentes terão o direito de trabalhar a coordenação motora, o senso rítmico e melódico através desse contato com o maravilhoso mundo das notas musicais, desenvolvendo sua sensibilidade, criatividade e capacidade de concentração. Também não significa – ainda bem! – que a aula de música precise ser uma aula tradicional, com o professor ao quadro e os alunos sentadinhos. Ela pode acontecer com a formação de um coral, de uma banda de música, de uma fanfarra, de um grupo de percussão, um grupo de flauta-doce, etc. São muitas as possibilidades de trabalhar a música com a garotada, desde que se observe a lei: o professor deve ser alguém habilitado para esta tarefa. Em todo o nosso imenso Brasil, e especialmente no Piauí, os esforços para incluir a música na escola pública e privada já começaram, mas ainda estamos longe de atingir o que determina a lei. E até lá, precisamos continuar trabalhando com afinco para que isso se realize. Na verdade, o grande Platão é que estava certo: “ginástica para o corpo... e música para a alma”.

Na verdade a música está – e deve estar – em todo lugar. Especialmente na Escola! É... na Escola! Lá ela será uma forte aliada das demais disciplinas.

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Natal é a maior história de amor de todos os tempos

U Pr. Georgivaldo

Pastor da Segunda Igreja Batista de Teresina

ma história que começa na manjedoura, passa pelo calvário e pela cruz, atinge o seu clímax na tumba vazia e aguarda o desfecho maravilhoso da volta triunfal de Jesus, o presente do amor de Deus para nós. Quem poderia imaginar que um bebezinho, nascido em Belém, mudaria toda a história a humanidade? Quem poderia imaginar que o Rei dos reis, o Soberano e Todo Poderoso Deus estava ali? Não em um palácio, rodeado de riquezas, e sim em uma humilde manjedoura, mas revestido de toda a majestade e glória! Não rodeado de súditos ou de serviçais, mas na companhia de pequenos e singelos animais. Não um rei grande e poderoso, mas um pequenino e frágil bebê que cumpriria toda a promessa que Deus havia feito por meio dos seus profetas. Quem poderia imaginar ser este o desejado das nações, a Redenção prometida, o Salvador do mundo, o Deus conosco? Sim, um menino nos nasceu, um filho se nos deu, porque Deus amou o mundo, amou a mim e a você. E este é o verdadeiro significado do Natal: Cristo, a revelação do amor de Deus que veio a nós. Mas, quando Ele veio, sem trono, sem exército, sem ouro, sem rumor, nada mais que um menino, decepcionou a muitos. É certo que os anjos cantaram e que uma estrela diferente brilhou no céu, mas os homens estavam muito ocupados na terra para olhar o céu. Poucos o reconheceram e o receberam. Assim, a estrela percorreu o seu caminho e desapareceu no tempo; os anjos terminaram seu canto e voltaram para o céu. Só o menino ficou. Ficou para crescer e para amar, para compreender e para lançar os alicerces do seu incompreendido reino de paz. Muitos vêem o Natal como festa, oportunidade comercial, símbolo religioso, reunião e confraternização familiar, etc. Mas, Natal é sacrifício. É uma vida que nasceu com a finalidade de morrer. É cruz. A cruz da rejeição, do amor, do perdão, da reconciliação com Deus. Natal é Cristo, o “Verbo que se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade”. Sim, Natal é a verdade. A verdade única e absoluta. Verdade para ser crida e vivida. Verdade que desafia a prática da fé e da obediência a Deus em detrimento da nossa. Verdade que também é caminho e vida: caminho único, vida plena e abundante.

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Cuca maluca

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Tecnologia a favor da educação

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rimeiro vieram os laboratórios de informática, as lousas eletrônicas, as consultas aos sites especializados em educação, a formação de professores a distância e agora os tablets, que estão substituindo os livros na rotina escolar. A presença dos recursos tecnológicos nas diversas frentes da área educacional - qualificação profissional, pesquisa escolar e ensino - é mesmo irreversível. Ainda bem.

Professora Alda Veloso

Diretora da Escola Dom Bosco

O quanto, afinal, as inovações em tecnologia influenciaram os processos de aprendizagem, ampliaram as visões de mundo dos alunos e professores e aceleraram a troca de informações entre pesquisadores, culminando em boas experiências na trajetória de formação de milhões? São muitas as tecnologias aplicadas na educação. E além de variadas, são imprescindíveis à condução da rotina escolar, até porque estão presentes na vida de nossos alunos de uma forma especial: são portas de informação cruciais para o seu engajamento social e construção de suas identidades. Traduzidas em celulares, iPods, iPads, tablets e no que mais for inventado e disponibilizado no mercado nos próximos tempos, elas geram tanto a solidificação da formação destes alunos quanto abrem chances para o alheiamento à rotina escolar e à falta de dedicação aos estudos. No entanto, para cada argumento que acusa os danos provocados pela soberania da tecnologia na vida de nossas crianças e jovens, há de se ter uma reflexão. Em geral, o problema não é o avanço técnico, mas o mau uso deste por nós mesmos. Ao tempo em que estabelecimentos de ensino renovam suas salas de informática, assumem tablets como substitutos para os livros,

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expõem resumos de aulas nos seus sites institucionais e criam departamentos inteiros para gerar e distribuir informações (incluindo a expedição de boletins, ocorrências e até boletos de pagamentos) nos ambientes virtuais, pergunto se o investimento nos recursos humanos está sendo renovado à altura. Nossos professores e pais de alunos estão em condições de supervisionar e orientar o uso das tecnologias, ou ainda cristalizam os avanços tecnológicos em educação numa tela de computador olhada à distância e de modo enviesado? O compromisso no ambiente doméstico com uma rotina de estudos que inclua o acesso guiado aos sites de pesquisa e ensino está sendo realidade? Nossos pais, mães e professores estão no esforço de construir no estudante o sentimento de uso responsável de qualquer ferramenta encantadora que surgir no futuro? Essas perguntas precisam de respostas que passam pelo grau de comprometimento humano com a educação. Ou seja, nossa maior necessidade continua sendo obter recursos humanos qualificados e comprometidos com

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a construção de um aluno com autonomia responsável (sendo esta sinônimo de capacidade gradativa de escolher o melhor para sua própria formação). Melhorar o ser humano é um desafio que só cresceu em importância diante da disseminação de maravilhosas tecnologias de educação. Sozinhas, afinal, elas não fazem milagres.


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Maison Kids

Não somente os adultos querem vestir-se em sintonia com o mundo da moda, as crianças também. Cada dia que passa elas nos surpreendem mais, demonstrando autoconfiança e habilidade para decidirem o que querem.

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Maison Kids já virou ponto de encontro dessa turminha ligada na moda e no conforto. Lá você vai encontrar uma variedade em roupas e acessórios para crianças de 0 a 16 anos. Marcas que fazem o estilo baby, kids e teen: Calvin Klein, Diesel, VR,Tommy, Um mais Um e outras que vestem todos os looks, do despojado ao social. A moda infantil 2011 procurou ser eclética, não somente para agradar aos pais, mas principalmente as crianças, por isso abrangeu temas como o mundo ECO, com preferência pela cor verde e estampas de animais. O floral também foi muito marcante. As cores vibrantes como o azul céu, laranja e amarelo foram os tons em destaque. Raquel Sampaio

Proprietária da loja Maison Kids

O diferencial que marcou as roupas femininas mais sofisticadas foram os cortes a laser que assumiram diversos formatos como geométricos e florais. Para os meninos, o destaque foi a camisa manga longa listrada. Estas tendências ainda continuam com tudo para este final de ano. Na moda infantil, não podemos esquecer que independente da tendência, o primordial é o conforto. As roupas devem respeitar os movimentos da criança e os tecidos devem ser condizentes com o clima local em cor e textura. Em 2012, o que percebemos, até o momento, é que a moda se lança com cores mais escuras como o roxo, preto, vermelho, azul e caramelo, mas, na maioria das vezes em alternância com detalhes em tons mais claros. Nas estampas, predomina o floral para as meninas e desenhos para os meninos, como os de edífícios, carros, etc. O xadrez será bem quisto para ambos os sexos. Para Teresina, que é uma cidade de clima quente, para adequar as estampas escuras, o ideal é apostar em roupas sem mangas, vestidos mais soltos e com menos babados para as meninas e bermuda e camiseta para os meninos. A Maison Kids estará cheia de novidades para 2012, com looks imperdíveis, escolhidos com todo carinho, pensando em fazer o estilo do seu filho.

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Av. Homero Castelo Branco, 1220 | Loja 08 | Jóquei | 86 3231.3658

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rosadacaatinga.blogspot.com

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Receitas

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Sorvetone de maltine crocante

Ingredientes: 01 chocotone ½ litro de sorvete de maltine crocante Nutri Sorv Calda anticongelante Cobertura Modo de preparo da calda anticongelante: Em uma panela coloque 250ml de água, ½ xícara de açúcar e 3 colheres de sopa de chocolate em pó. Leve ao fogo e quando ferver baixe o fogo e deixe por mais 1 minuto. Retire do fogo e deixe esfriar. Modo de preparo da cobertura: Coloque em uma panela 200g de chocolate ao leite e leve ao fogo em banho-maria até dissolver. Modo de preparo: Corte a parte superior do chocotone como se fosse uma tampa, retire o miolo, deixando uma borda de 1cm de massa e umedeça a parte interna e a tampa, com a calda anticongelante. Leve ao freezer por 15 minutos. Acrescente o sorvete dentro do chocotone e coloque a tampa. Leve novamente ao freezer e deixe por 20 minutos. Retire e cubra com a cobertura e retorne ao freezer até o momento de servir. gentemiúda

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