Revista Gente Muito Importante - 192-B

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SAÚDE

Osteoporose x Pandemia Idosos devem se movimentar mesmo em isolamento doméstico. É importante controlar a osteoporose e evitar situações que levem a fraturas Com o envelhecimento, os ossos que nos sustentam se tornam mais frágeis. Isso é resultado da perda progressiva de massa óssea (osteoporose), que deixa o esqueleto mais suscetível a fraturas. E diante da pandemia de Covid-19, cuidar dos ossos e controlar a osteoporose é uma questão de qualidade de vida.

Dra. Lays Fernandes Mesquita Especialista em Reumatologia CRM-MG 57805 | RQE 38955

Para as pessoas que já têm o diagnóstico de osteoporose, nada de abandonar o tratamento em meio à pandemia. Continue em contato com seu médico, ajuste a rotina para se exercitar e ter uma alimentação equilibrada e jamais interrompa os medicamentos prescritos sem orientação. Prevenir fraturas é um assunto urgente. Elas derrubam a qualidade de vida e trazem complicações como restrições de mobilidade, internação e até óbito.

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No período sem precedentes que estamos vivendo, precisamos pensar nos riscos a que estão expostos os idosos. Além de terem de permanecer mais tempo em casa por estarem no grupo de risco do coronavírus, eles precisam continuar tomando os devidos cuidados dentro de seus lares a fim de evitar fraturas ósseas — muitas vezes um sinal de osteoporose . Atitudes simples fazem total diferença para prevenir fraturas especialmente neste momento. Uma das nossas prioridades é evitar quedas. Então livre-se dos tapetes que podem deslizar, não coloque móveis em áreas de grande circulação, mantenha os cômodos bem iluminados. Essas precauções reduzem o risco de tombos e fraturas. Mesmo antes da pandemia, as fraturas por osteoporose já eram trágicas. Apresentam alta taxa de mortalidade e são a principal causa de perda de independência funcional entre os idosos. É uma situação que se agrava

com o distanciamento social e com o cancelamento de consultas médicas e exames. Enquanto muitas pessoas não podem fazer a densitometria em função da pandemia, existe uma alternativa para identificar o risco de fraturas. Trata-se da aplicação, no consultório ou via telemedicina, de uma metodologia conhecida pela sigla FRAX, de Ferramenta de Avaliação do Risco de Fratura. Por meio de um questionário, ela estima a probabilidade de o paciente sofrer uma fratura nos próximos dez anos. Para tanto, se vale de informações sobre fatores de risco como baixo peso, tabagismo, ingestão excessiva de álcool etc. A ferramenta avalia tudo isso e identifica rapidamente aquelas pessoas que precisam de mais atenção e tratamento específico. O importante nesse momento é se cuidar!


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