Parecer Mec "Eu vi mamãe nascer"

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Código Coleção: 0476L20602

Componente: Gênero: conto, crônica, novela, teatro, texto da tradição popular

Bloco I Descrição geral da Obra O livro, Eu vi mamãe nascer, foi escrito por Luiz Fernando Emediato e ilustrado por Thais Linhares, está em sua 10ª edição em 2018. Publicado pela editora Jardim dos Livros, pertence à categoria 1 (6º e 7º ano do Ensino Fundamental). Tem como temas a família, amigos e escola; autoconhecimento, sentimentos e emoções. Trata-se de uma novela em que se aborda a beleza da vida, apesar da morte - que é retratada através da ótica de um menino de 10 anos - que inicia a narrativa dizendo: "Mamãe morreu ontem" (p. 7). Nesse sentido, a narrativa é uma longa viagem pela compreensão da morte através da vida. Contudo, toda a história resgata a relação de amor do filho com a mãe, sua compreensão da vida como uma missão, onde todos têm um papel a cumprir, até chegar a morte. O texto visual é belíssimo e encanta o leitor por suas cores fortes, marcantes e com imagens oníricas que contextualizam a obra de forma primorosa. O texto verbal, apesar de abordar um assunto difícil de ser tratado com as crianças, utiliza-se de uma linguagem lírica e procura responder a algumas questões como: para que serve a vida? Ajudado pelas histórias que a mãe conta, o narrador consegue perceber que apesar da morte, assim como na natureza, sua mãe continua viva nele, como o adubo vive em cada planta morta. A despeito do tema difícil, a linguagem com que é narrado é acessível aos leitores dos 6º e 7º anos, auxiliada por uma ilustração sensível, que apresenta múltiplos sentidos, estimulando a imaginação e favorecendo a fantasia.

Critérios da qualidade do texto verbal 1.2.1 A linguagem do texto não se restringe a palavras utilizadas no cotidiano empregadas com ênfase na função referencial? Sim 1.2.2 1.2.2 O texto verbal emprega com qualidade figuras de linguagem, como metáforas, metonímias, antíteses, hipérboles e/ou elipses, Sim entre outras? 1.2.3 1.2.3 O texto está isento de clichês que prejudiquem a qualidade estética da obra? Sim 1.2.4 O texto, caracterizado pela polissemia, permite que os alunos elaborem diferentes leituras, permitindo que o professor conduza um Sim debate sobre as diferenças entre seus pontos de vista? 1.2.5 O texto verbal está escrito em acordo com um gênero da tradição literária (caso a resposta para essa pergunta for "sim" ou Sim "parcialmente", obrigatoriamente, a resposta será "não" tanto para a pergunta 1.2.7 quanto para 1.2.8)? 1.2.6 A construção do texto corresponde de modo adequado a convenções desse gênero (questão 1.2.5), consolidando ou ampliando um Sim repertório de formas literárias do aluno? 1.2.7 O texto rompe com as convenções de gêneros da tradição literária (caso a resposta para essa pergunta for "sim" ou "parcialmente", Não se aplica obrigatoriamente, a resposta será "não" tanto para a pergunta 1.2.5 quanto para a 1.2.6)? 1.2.8 A ruptura com gêneros tradicionais, nesse texto (questão 1.2.7), contribui para a ampliação de repertório de formas literárias do aluno? Não se aplica 1.2.9 O texto verbal está isento de apologia a ideias preconceituosas e comportamentos excludentes (ou seja, racismo, fascismo, machismo Sim ou outros modos de pensamento autoritário apresentados de forma acrítica)? 1.2.10 O texto verbal está isento da exploração da violência e/ou da morte de forma acrítica (ou seja, está isento de incentivos à violência)? Sim 1.2.11 O texto apresenta um vocabulário predominantemente compreensível para os estudantes, em acordo com sua faixa etária? Sim 1.2.12 Quanto às obras em língua inglesa: o texto utiliza o tempo presente perfeito de forma apropriada? Não se aplica 1.2.13 Quanto ao livro brinquedo: o texto é apropriado ao público-alvo e assume função estética e suscita um envolvimento emocional? Não se aplica Como tratar da morte, e da morte da mãe com uma criança? Essa obra tem como base esse tema difícil, que será abordado a partir da perspectiva de uma criança de 8 anos. Ao eleger o menino como narrador, o autor opta por uma linguagem mais simples, mais próxima da realidade do leitor que se interessa pelo assunto, ou que está sofrendo uma perda. Para alcançar o equilíbrio entre o literário e a subjetividade exigida pelo livro, o autor lança mão de uma linguagem mais corriqueira, verossímil em relação ao narrador, uma criança de 8 anos. Contudo, está longe de ser clichê, como se pode observar por meio do seguinte fragmento: ?Meu pai é um homem bom. Eu sabia que ele ia ficar triste com a morte de mamãe, mesmo sabendo que a vida continuava do mesmo jeito sem ela, porque tudo o que nasce um dia tem de morrer.? (p. 12) Pode-se afirmar que a polissemia do texto está relacionada a sua estrutura narrativa que, embora comece com a frase ?Minha mãe morreu ontem?, apresenta toda a narrativa a partir da experiência desse filho com a mãe e o pai. Suas histórias alimentam a polissemia e o sentido último da obra que é a de mostrar que a morte é inevitável e que a vida, plena de histórias, de fantasia e de amor é o caminho que leva à finitude. Assim como na natureza, a vida continua na memória do filho, como se nota em: ?Mamãe estava na cama, com os olhos fechados e as mãos cruzadas no peito. Acho que dormia, de tão bonita que estava. Mamãe era uma mulher muito branca, de cabelos pretos. Mas não tinha boa saúde, dizia vovó antes de morrer também? (p.13). A obra está escrita de acordo o gênero novela, correspondendo, de modo adequado, a convenções desse gênero, sem rompê-las, e possibilitando ampliar o repertório das formas literárias do aluno. Além disso, o texto está isento de apologia a ideias preconceituosas e comportamentos excludentes; a morte se apresenta de forma sensível, com vocabulário compatível com o universo do leitor do 6º e 7º ano. A linguagem do texto não se restringe a palavras utilizadas no cotidiano e empregadas com ênfase na função referencial. O texto trabalha a polissemia e insere novas palavras que ampliam o vocabulário dos jovens leitores, como se observa nos seguintes excertos: "Eu não entendia bem, mas hoje eu sei. Dentro de cada homem, dizia papai, existem sóis, galáxias, átomos se movimentando, vivos e mortos. O mundo está dentro de cada coisa viva e morta, dizia papai, e eu ouvia tudo maravilhado" (p. 23) e "Porque o mundo está nas coisas, nos homens, nas plantas. e tudo se movimenta e tudo é muito grande, mesmo aquilo que é tão pequeno. Porque o que é pequeno está dentro do grande, da mesma forma que o grande está dentro do pequeno." (p. 23). O texto verbal emprega com qualidade figuras de linguagem, como hipérboles, antíteses, metonímias, comparações e sinestesias, possibilitando a fruição literária. O título do livro já é um eufemismo para a morte: a mãe só pode renascer depois de morrer. Outros exemplos podem ser observados nos seguintes fragmentos: "Eu só não sabia que mamãe ia terminar primeiro do que a gente" (p. 18); "Há o tempo de fazer e o de destruir, o tempo de sorrir e o de chorar, de se manchar e de se desmanchar" (p. 5); "Me pôs no joelho e olhou para mim bem nos olhos" (p. 20) e "A última lembrança que vou ter dela, para o resto da minha vida, é de uma mulher magra e boa que descansava na cama, os olhos fechados, a boca tão bonita, aqueles cabelos compridos e as mãos magrinhas cruzadas no peito" (p. 28). O texto está isento de clichês, pois se utiliza da linguagem literária com múltiplos significados que acabam por sensibilizar o leitor, fazer com que tenha empatia pela dor, pela perda e pelos sentimentos do outro, possibilitando que os leitores elaborem diferentes leituras e que o professor conduza rodas de conversas e debates sobre os diferentes pontos de vista acerca de sentimentos, emoções e perdas familiares ou não , como se nota nos seguintes fragmentos: "Era divertido imaginar essas coisas, mas às vezes eu ficava triste. Porque eu imaginava essas pessoas vivas, como gente mesmo, e não como planta, e gostaria que elas não tivessem nunca chegado ao fim do seu caminho. Porque ser gente é sempre bom, eu pensava" (p. 25); "Eu não entendi direito naquela hora, mas depois entendi. Papai não ia morrer, mas mamãe sim. Eu pensei que desde esse dia as coisas iam ficar tristes em casa, mas nada disso aconteceu. Papai continuou saindo com mamãe para o cinema, às vezes passeavam no parque e me levavam com eles" (p. 27) e "Papai chorou muito essa noite, mas hoje já está melhor. Não vamos ver mamãe nunca mais, pelo menos da forma como ela era. Já a levaram, e não fomos juntos, papai não quis, nem eu" (p. 28).


Critérios de avalição do texto visual O texto visual (imagens e/ou ilustrações) da obra: 1.3.1 O texto visual evidencia interação das imagens e/ou ilustrações com o texto verbal, contribuindo para a experiência estética do leitor. Sim 1.3.2 O texto visual explora recursos visuais (combinação de cores, volume e proporção, luz e sombra, enquadramento, entre outros) com Sim vistas à experiência estética e literária. 1.3.3 O texto visual contém imagens que sugerem múltiplos sentidos e estimulam o imaginário. Sim 1.3.4 O texto visual está isento de apologia a ideias preconceituosas e comportamentos excludentes (ou seja, racismo, fascismo, machismo Sim ou outros modos de pensamento autoritário apresentados de forma acrítica)? 1.3.5 O texto visual está isento da exploração da violência e/ou da morte de forma acrítica (ou seja, está isento de incentivos à violência)? Sim Como reproduzir em imagens uma história que trata da infância e da morte sem ser piegas, sem recair no sentimentalismo. A ilustradora conseguiu combinar a fina arte da pintura dos afrescos medievais, com o universo feérico revelado pelas histórias que a mãe, antes de morrer, contava para o filho. Os elementos visuais resultantes da combinação das cores, volume e proporção, luz e sombra favorecem a experiencia estética e literária dos leitores, evidenciando interação das imagens com o texto verbal. Molduras com as cores rosa e lilás abrem alguns parágrafos. A convivência de imagens feéricas, elementos da natureza, com objetos modernos como o relógio e os números favorece os múltiplos sentidos, estimulando o imaginário. (pp 20, 24, entre outras). Todas as páginas do livro contam com ilustração com o predomínio de muitas cores, com destaque para o azul, vermelho e verde e laranja. Algumas páginas possuem ilustração que engloba a página inteira (p. 30, 24, 8, 4). O texto visual está isento de apologia a ideias preconceituosas e comportamentos excludentes, bem como da exploração da violência ou da morte de forma acrítica. O texto visual contém inúmeras imagens que sugerem múltiplos sentidos e estimulam o imaginário do jovem leitor, possibilitando múltiplas experiências estéticas e literárias referentes ao texto. As ilustrações (re)criam um texto a parte, ou seja, permitem aos jovens leitores novas leituras e entendimentos de acordo com as suas vivências e experiências de mundo. A imagem da página das páginas 26 e 27, por exemplo, retratam um revoar de números (folhas de calendários), marcando a passagem do tempo e o progresso da doença da mãe (5 de fevereiro, 1 de março, 15 de junho, 27 de setembro, 2 de outubro, 2 de novembro, 30 de dezembro). O texto visual está isento de apologia a ideias preconceituosas e comportamentos excludentes, pois as imagens estão associadas à polissemia que reforça a interação do leitor com o texto verbal, possibilitando-lhe inferir o quão importante é conhecer e se sensibilizar diante da morte e da dor do outro e compreender que, embora cada cultura tenha um entendimento para esse fenômeno, o luto e a tristeza dele advindos são sentimentos universais. Nesse sentido, o texto visual está isento da exploração da morte de forma acrítica.

Critérios de adequação e tratamento do(s) tema(s) O(s) tratamento(s) do(s) tema(s) principal(is) da obra: 1.4.1 Está(ão) adequado(s) à categoria (faixa etária) do público a que se destina? Sim 1.4.2 Está(ão) isento(s) de abordagem(ns) simplificadora(s), superficial(is) e homogeneizante(s)? Sim 1.4.3 Possibilita(m) confronto(s) entre diferentes perspectivas ou visões de mundo? Sim 1.4.4 Está(ão) isento(s) de abordagem(s) que acentua(m) a submissão do leitor a normas sociais ou estratégias de opressão que silenciem Sim conflitos entre indivíduo e sociedade? 1.4.5 É(são) apresentado(s) de modo linguisticamente adequado, sendo utilizado um vocabulário apropriado para abordagem do tema? Sim 1.4.6 Contribui(em) para a consolidação e/ou ampliação do repertório de temas do(a) aluno(a)? Sim 1.4.7 Quanto ao livro-brinquedo: estimula(m) sentidos e sensações, aventuras e jogos? Não se aplica 1.4.8 Quanto ao livro-brinquedo: buscam surpreender, atrair a curiosidade e encantar o leitor criança? Não se aplica A morte é inevitável e não escolhe idade para que alguém tenha que lidar com ela. Assim, pode-se afirmar que o tema da morte tem o tratamento adequado à faixa etária a que se destina a obra, bem como está isento de abordagens simplificadoras e superficiais. Da mesma forma, possibilita o confronto entre diferentes perspectivas ou visões de mundo. O tema é apresentado de forma adequada linguisticamente e auxilia na ampliação do universo imagético do leitor, contribuindo para a ampliação de sua subjetividade e ajudando-o a lidar com o medo da morte e sua inevitabilidade. O livro desperta no leitor sentimentos e emoções relacionadas às perdas de familiares e de amigos, possibilitando-lhe a compreensão da morte como algo inerente à vida, como se pode observar por meio dos seguintes fragmentos: "Eu sei que vai ser difícil, mas sei também que vamos acabar nos acostumando com a ausência dela e um dia vamos até ser felizes de novo. Porque é sempre assim que acontece" (p. 29) e "Porque a vida continua, e nós dois juntos saberemos como lembrar as boas coisas que vivemos e viveremos juntos com as lembranças de mamãe" (p. 31). Nesse sentido, os temas estão isentos de abordagens simplificadoras, superficiais e homogeneizantes, possibilitando o diálogo e o debate entre os jovens leitores que podem expor seus pontos de vista diante de situações que, supostamente, podem parecer distantes de sua realidade ou que já tenham vivenciado e confrontos entre diferentes perspectivas ou visões de mundo. A troca de informações, sensações e emoções possibilita o autoconhecimento, a mudança de postura e a empatia para com o outro, como demonstrado nos seguintes excertos: "Porque papai tinha me dito outro dia que temos em nós, em nosso corpo, tanta coisa maravilhosa que bem podíamos ter em nosso braço, em nossa perna, os restos de uma planta muito antiga, que um dia cumpria o seu destino na terra? (p. 25); "Eu não entendi direito naquela hora, mas depois entendi. Papai não ia morrer, mas mamãe sim" (p. 27) e "- Pai! Mãe! olha aqui, ela está nascendo de novo! Era verdade. Tinha duas folhinhas saindo de um caule muito pequeno escondido no meio do capim. Papai olhou e riu. Mamãe riu também e olhou para papai com o riso parado no rosto. Então os dois se abraçaram e começaram a se beijar" (p. 28). A abordagem temática não estimula ainda a submissão do leitor a normas sociais ou estratégias de opressão que silenciem conflitos entre indivíduo e sociedade, como se observa em: "Quando a mãe de mamãe morreu eu tinha cinco anos. Agora eu tenho dez. Naquele tempo papai ainda não tinha me falado sobre a morte, e por isso eu tive muito medo quando fiquei sabendo que aquela mulher estendida na mesa, vovó morta, nunca mais ia se levantar dali para brincar conosco" (p. 10). O livro em questão contribui também para a ampliação da discussão sobre o tema, uma vez que traz à tona uma variedade de sentimentos relacionados à dor, à perda da mãe e ao luto. Falar da morte para crianças ainda é um tabu. Os adultos não sabem como fazer ou abordar o tema de maneira a torná-lo natural e humanizado.

Critérios de avalição do projeto gráfico-editorial O projeto gráfico editorial: 1.5.1 Contém prefácio e/ou apresentação e/ou orelha/paratexto que contextualize brevemente autor e obra (Lembrete: este item não se aplica para a Ed. Infantil, categorias 1, 2 e 3)?

Sim


1.5.2 Favorece a leitura (diagramação, relação texto e imagens; escolha da fonte e corpo; espaçamento entre linhas; as ilustrações são Sim legíveis para o público-alvo, entre outros)? 1.5.3 A capa e/ou contracapa e/ou orelha da obra contribui(em) para a mobilização do interlocutor à leitura? Sim 1.5.4 Quanto ao livro brinquedo: permite interação entre a criança e o texto, viabilizando o alcance aos temas desde a abertura convencional Não se aplica à abertura súbita de páginas (em 3D, por exemplo), giros, trilhos e animações? 1.5.5 Quanto ao livro brinquedo: oferece materialidade objetal para a ação brincante? Não se aplica 1.5.6 Quanto ao livro brinquedo: traz efeitos de inventividade gráfica, disposição dos elementos, sensorialidades, montagens bi e Não se aplica tridimensionais e diversidade de junção multimeios? 1.5.7 Quanto ao livro brinquedo: é resistente ao manuseio direto e lúdico? Não se aplica A obra apresenta um prefácio - "Contextualização da obra" - que a situa historicamente, uma vez que o livro tem mais de 40 anos, explicando um pouco do seu sentido. Exemplos: "Uma criança de oito anos começa sua narrativa com uma frase extremamente forte e dolorida: "Mamãe morreu ontem". Foi escrito no final dos anos 70. A literatura infantil brasileira ainda engatinhava. Com exceção de Monteiro lobato, no passado, e Ruth rocha, naqueles tempos e na atualidade, entre outros poucos - os livros tratavam mais de temas leves, de fantasia. É nesse contexto que o autor, aos 26 anos de idade, decide entrar no delicado tema da morte" (p. 3) e "Emediato tornou-se depois escritor conhecido e jornalista de prestígio, seu livro "O outro lado do paraíso" foi adaptado para o cinema pelo diretor André Ristum" (p. 3). A ilustração favorece a leitura, dialogando com o texto verbal, em total consonância, possibilitando a multiplicidade de sentidos e o exercício da imaginação. A leitura é favorecida pela diagramação (relação texto e imagens; escolha da fonte e corpo; espaçamento entre linhas e as ilustrações. Apresenta letras em preto sobre um fundo branco em sua maioria, o que facilita a leitura. Quando há imagens no fundo, essas são de cor bem clara - azul - (p. 16-17), o que não interfere na leitura do texto. As imagens do miolo são desenhadas com cores fortes (predomínio do azul, verde, vermelho, marrom e laranja) e ricas em detalhes. Há imagens que envolvem toda a página (p. 30, 24, 8, 4) e outras que aparecem em apenas parte da página (p. 12, 13, 15, 22, entre outras). A capa assemelha-se a um vitral de uma flor. No centro há uma flor, com cores suaves - azul e verde -, cujo caule desce em direção à base como se brotasse, dando origem a uma nova vida. A contracapa possui pequeno texto de Tatiana Belinky com um resumo da obra.

Critérios eliminatórios A obra: 1.6.1 A obra é literária (não se caracteriza como didática)? Sim 1.6.2 Apresenta texto de qualidade estética e literária que contribui para a formação do leitor? Sim 1.6.3 Está isenta de erros crassos e/ou recorrentes de revisão (para obras em língua portuguesa, considerar o acordo ortográfico vigente). Sim 1.6.4 Está isenta de apologias a preconceitos, moralismos e/ou estereótipos que contenham, por exemplo, teor doutrinário, panfletário ou Sim religioso? 1.6.5 Apresenta correspondência com a categoria declarada no ato da inscrição? Sim 1.6.6 Apresenta correspondência com o(s) tema(s) declarado(s) no ato da inscrição? Sim 1.6.7 Apresenta correspondência com o(s) gênero(s) literário(s) declarado(s) no ato da inscrição? Sim 1.6.8 Apresenta prefácio e/ou apresentação e/ou orelha/paratexto que contextualize brevemente autor e obra? (Lembrete: este item não se Sim aplica para a Ed. Infantil, categorias 1, 2 e 3) A obra é literária, apresenta texto de qualidade estética e literária e contribui para a formação do leitor. Trabalha a palavra em seu sentido conotativo e o lirismo perpassa a narrativa, despertando uma variedade de emoções (tristeza, medo, perda, solidão) no jovem leitor. Exemplo: "Mamãe morreu ontem, ninguém me diz por quê. Mas meu pai me contou como seria, e agora eu procuro entender. Mamãe morreu ontem, ninguém me diz por quê. Mas meu pai me contou como seria, e agora eu procuro entender" (p. 7) e "Mas agora mamãe morreu, e eu nunca mais vou ouvir essas histórias tão velhas. e eu gostaria muito de escutar outra vez essas histórias. É verdade que eu sentia muito sono quando mamãe me contava tudo isso, mas é muito mais importante ter uma mãe viva para nos contar essas histórias do que não ter mãe nem histórias para ouvir" (p. 10); "Quando a mãe de mamãe morreu eu tinha cinco anos. agora eu tenho dez. naquele tempo papai ainda não tinha me falado sobre a morte, e por isso eu tive muito medo quando fiquei sabendo que aquela mulher estendida na mesa, vovó morta, nunca mais ia se levantar dali para brincar conosco" (p. 10). Está isenta de erros, apologias e preconceitos ou qualquer tipo de moralismo. Apresenta correspondência com a categoria (6º e 7º ano do Ensino Fundamental ? Categoria 1), temas (Família, amigos e escola, Autoconhecimento, sentimentos e emoções) e gênero literário (novela), declarados no ato da inscrição Apresenta prefácio e uma orelha que contextualiza a obra, sem que haja apresentação da biografia do autor, cuja biobibliografia será retomada no material dedicado ao professor. Trata-se, portanto, de um livro apropriado para os jovens do no tocante à linguagem verbo-visual e aos temas.

Bloco II Material de Apoio ao Professor O material PDF 1 (GERAL) apresenta informações que: 2.1.1 Contextualizam o autor e a obra? Sim 2.1.2 Auxiliam o trabalho do professor para motivar o estudante a conhecer o texto literário, valorizando suas características formais e Sim temáticas, e propondo desafios para reflexão? 2.1.3 Fornecem subsídios, orientações e propostas de atividades para a abordagem da obra literária com os estudantes? Sim 2.1.4 Expõem, com clareza, possibilidades de trabalho com o texto, em uma gradação de elementos mais simples para aspectos mais Sim complexos? 2.1.5 Apresentam diferentes perspectivas de compreensão do texto, respeitando sua polissemia e evitando restringir a leitura? Sim 2.1.6 Justificam a associação da obra à categoria e gênero literário indicados pela editora, bem como explicitam a associação da obra com Sim o(s) tema(s) indicado(s) pela Editora no momento da inscrição? O material do professor apresenta uma contextualização completa que envolve obra, autor e ilustradora, além da autora do material, como se observa em: "Uma criança de oito anos começa sua narrativa com uma frase extremamente forte e dolorida: "Mamãe morreu ontem" [...] Cheio de poesia e sentimentos, de uma dor aguda amenizada aqui e ali por cenas de grande alegria e lirismo, o livro que aborda o tema de autoconhecimento, sentimentos e emoções, centra-se em apenas três personagens, a mãe que vai morrer, o pai que sofre e a criança que pouco a pouco toma consciência - delicadamente - do que está por vir" (PDF 1, p. 3); "Luiz Fernando Emediato nasceu em 1951 em Belo Vale, cidadezinha mineira próxima de Congonhas do Campo, MG. Em 1978 mudou-se para São Paulo, onde vive desde então. Aos 19 anos, em maio de 1971, ganhou o prêmio -Revelação de Autor- no então famoso Concurso


Nacional de Contos do Paraná. Sua carreira de escritor começou aí" (PDF 1, p. 3); "Thais Linhares atua como repórter e cartunista no coletivo de comunicação da "Revista Vírus", é a vice-presidente a AEILIJ - Associação de Escritores e Ilustradores e Literatura Infantil e Juvenil, comunicadora e Diretora Adjunta Administrativa do DDH - Instituto de Defensores de Direitos Humanos. Nascida carioca, atua na área editorial e de cinema de animação. São diversos os trabalhos publicados como ilustradora, escritora e quadrinista" (PDF 1, p. 4). O material do professor inova ao apresentar um projeto pedagógico, cuja execução envolve sequências didáticas. O projeto, dividido em três fases (pré-leitura, leitura e a pós-leitura), apresenta objetivos, que exploram várias competências relacionadas ao tema central: Autoconhecimento, sentimentos e emoções; Família, amigos e escola. Todas as fases apresentam questões e propostas para a leitura efetiva da obra. O material fornece subsídios e propõe várias atividades que abordam a compreensão da obra em vários níveis. Apresenta um roteiro de questões que iniciam com a compreensão dos vocabulários desconhecidos, desenvolvendo vários graus de compreensão da obra: ?Como o personagem se sentiu quando descobriu que sua mãe havia morrido? Quem eram as pessoas que estavam na casa dos personagens? O que eles sentiam? Como o pai do personagem se sentia? Como era o relacionamento dos pais dos personagens em vida?? (p. 17) Existem ainda propostas de atividades de recontagem da história, com modificação e teatro de fantoches. Apresenta diferentes perspectivas de compreensão do texto, respeitando sua polissemia e evitando restringir a leitura. Há momentos em que se abre a possibilidade de discussão com o objetivo de o professor ouvir e acolher o que pensam os alunos acerca da obra, como mostram os seguintes fragmentos: "Possibilite que os alunos deem sua opinião sobre o título que imaginam ter o livro, de forma espontânea, justificando-o. Os títulos dados pelos alunos podem ser anotados na lousa. O intuito não é perceber quem mais se aproximou do título original, mas verificar os conhecimentos das crianças e as possibilidades de estabelecimentos de relações entre a imagem e o título pensado por elas" (PDF 1, p. 13-14) e "Ao final da leitura, incentive as crianças a expressarem o que sentiram, se gostaram ou não da história, que trechos mais gostaram, a que outra história esta lhes remete (caso tenham alguma lembrança de histórias semelhantes) ou outro comentário que desejem fazer. Esse momento é importante para os alunos posicionarem-se oralmente, explicitarem seus pensamentos e gostos literários, além de verbalizarem sentimentos e mostrarem identificação com o estilo literário do autor ou empatia em relação às personagens. Inicialmente, deixe que os alunos falem espontaneamente, sem obrigatoriamente todos contribuírem oralmente e sem que haja tantas intervenções de sua parte" (PDF 1, p. 17). A obra é justificada e amplamente trabalhada em relação à categoria e ao gênero literário indicado. Exemplo: "A obra é recomendada ao público infantil, mais especificamente às crianças entre 11 e 12 anos de idade (6.º e 7.º ano do Ensino Fundamental), devido à pertinência do tema e à possibilidade de compreensão e estabelecimento de relações por parte dessa faixa etária" (PDF 1, p. 6). Contudo, neste material, não há menção de que a obra pertença ao gênero "novela". O material PDF 2 (para os professores de língua e literatura) apresenta orientações para o trabalho com a obra literária em aulas de Língua Portuguesa e/ou Literatura ou Língua Inglesa (conforme o idioma original da obra) que: 2.1.8 Evidenciam que se deve estudar o texto literário respeitando suas particularidades e não como qualquer outro gênero discursivo? Sim 2.1.9 Respeitam a polissemia, permitindo que leitores possam desenvolver diferentes compreensões do texto que leem e/ou escutam? Sim 2.1.10 Abordam especificidades da linguagem no texto literário? Sim 2.1.11 Respeitam a(s) escolha(s) linguística(s) feita(s) pelo(a) autor(a) e não tomam a linguagem literária como exemplo de correção Sim gramatical ou de emprego adequado de uma norma linguística? Embora a editora não tenha enviado o material de apoio ao professor, PDF 2, os itens relacionados a esse material, quais sejam, o destaque para que o texto literário seja estudado, respeitando suas particularidades e não como qualquer outro gênero discursivo; o respeito à polissemia, permitindo que leitores possam desenvolver diferentes compreensões do texto; a abordagem das especificidades da linguagem no texto literário e o respeito às escolhas linguísticas feitas pelo autor, não tomando a linguagem literária como exemplo de correção gramatical ou de emprego adequado de uma norma linguística, estão contemplados no PDF 1. O material PDF 3 (para os professores de outros componentes ou áreas) apresenta orientações gerais que: 2.1.13 Expõem maneira(s) de abordar o texto literário que possibilita(m) ou viabiliza(m) a realização de debates capazes de articular o texto com desafios sociais contemporâneos, incluindo outros componentes ou áreas do conhecimento, com vistas a uma abordagem Sim interdisciplinar? Embora a editora não tenha enviado o material de apoio ao professor, PDF 3, o item relacionado a esse material, qual seja, a apresentação de maneiras de abordar o texto literário que possibilitem ou viabilizem a realização de debates capazes de articular o texto com desafios sociais contemporâneos, incluindo outros componentes ou áreas do conhecimento, com vistas a uma abordagem interdisciplinar, está contemplado no PDF 1.

Tutorial/Vídeo-aula/Audiovisual O tutorial/vídeo-aula apresenta informações que: 2.2.1 Contextualizam o autor e a obra? Parcialmente 2.2.2 Auxiliam o professor a motivar o estudante para a recepção do texto literário? Parcialmente 2.2.3 Justificam a associação da obra à categoria e gênero literário indicados pela editora, bem como explicitam a associação da obra com Parcialmente o(s) tema(s) indicado(s) pela editora no momento da inscrição? 2.2.4 Apresentam subsídios, orientações e propostas de atividades para a abordagem da obra literária com os estudantes? Não 2.2.5 Estão isentas de apologias a preconceitos, moralismos e/ou estereótipos que contenham, por exemplo, teor doutrinário, panfletário ou Sim religioso? 2.2.6 O tutorial possui entre 5 a 10 minutos? Sim A apresentação e a contextualização da obra são realizadas pelo próprio autor Luiz Fernando Emediato que relata tê-lo escrito há 41 anos (00 min 09 s). Nesse período, segundo o autor, havia poucos escritores nacionais (com destaque para Monteiro Lobato) e muita polêmica acerca de temas realistas como morte, política, violência, questões de raça e gênero para que pudessem fazer parte das obras literárias infantojuvenis (00 min 38 s). Havia uma corrente mais tradicional e conservadora que defendia a ideia de a criança estar apta apenas para ler histórias de príncipes e princesas (00 min 47 s), ideia, felizmente, já superada nos dias atuais. Como desafio, na época, o escritor aceitou a incumbência de escrever, por encomenda, sobre a morte (1 min 07 s). Afinal, qual é o sentido da existência senão nascer, crescer e morrer? (3 min 14 s). Contextualiza a obra ao dizer que a história se inicia quando um garoto de 8 anos diz "Mamãe, morreu ontem" (3 min 19 s). Ressalta que o livro possui dois versículos de Eclesiastes (4 min 06 s), um no início e outro no final, contudo, não fala de religião e nem se trata de um livro religioso. Pode ser lido por todos de todas as religiões (4 min 11 s). Da mesma forma, o livro não trata da morte, mas da vida. O final é poético, pois relata a conversa entre pai e filho, reforçando a ideia de que a vida continua, mesmo sem a presença da mãe (5 min 24 s). Para finalizar, Emediato diz que, nesses anos todos, o trabalho com o livro e sua recepção por parte das crianças sempre foi tranquilo. O que antes os surpreendia, agora não os surpreende mais, pois o tema já faz parte das suas vidas (6 min 05 s). Destaca-se que esse material, que se propõe como de "apoio" às atividades do professor em sala de aula, pode ser considerado como uma conversa do


autor com o docente, na qual ele explica o sentido profundo do texto, seu caráter, ao mesmo tempo, religioso e não dogmático, associando a obra à categoria e gênero indicados pela editora. Contudo, faltam ao tutorial aspectos mais pedagógicos, tanto no que concerne a sua produção, quanto na proposição de atividades para a abordagem com os estudantes.

Resultado Resultado da Avaliação 3.1.1 Recomenda-se que a LIVRO seja: Aprovada O livro, Eu vi mamãe nascer, foi escrito por Luiz Fernando Emediato e ilustrado por Thais Linhares. Em 2018, foi publicada sua 10ª edição pela Editora Jardim dos Livros. Pertence à categoria 1 (6º e 7º ano do Ensino Fundamental) e tem como temas a família, amigos e escola; autoconhecimento, sentimentos e emoções. Trata-se de uma novela em que se aborda a beleza da vida, apesar da morte - que é retratada por meio da ótica de um menino de 10 anos - que inicia a narrativa dizendo: "Mamãe morreu ontem" (p. 7). "Embora bastante triste, como não poderia deixar de ser, o livro conseguiu, segundo os críticos, manter a dose certa de dor e tranquilidade, tanto que ao longo dos últimos 40 anos foi adotado em várias escolas" (Tatiana Belynky, Contextualização da Obra, p. 3). A construção do texto corresponde de modo adequado a convenções do gênero novela, consolidando e ampliando um repertório de formas literárias do aluno. O livro possui 34 páginas. Embora não apresente sumário, pode-se inferir, com a ajuda das ilustrações de relógios que marcam o ciclo da vida (nascer-viver-morrer-renascer), que possui 4 capítulos: o 1º quando os relógios marcam 9h (p. 5); o 2º quando o relógio aponta 12h07 (p.7-18); o 3º quando o relógio marca 4h (p. 19-28); e o 4º quando o relógio não marca hora nenhuma. É como se estivesse fechado para a vida (p. 29 até o final). O tempo é cronológico e a linguagem segue um padrão de simplicidade e clareza para adequar-se a seu público-alvo, como se observa em: "Mas ele me disse, e não era nenhuma novidade. Mamãe já tinha me falado que as coisas vivas sobre a terra têm todas o seu dia de terminar. E papai um dia ia terminar, ela ia terminar, eu ia terminar, porque nada dura neste mundo e isso tudo é assim mesmo, porque assim tem de ser" (p. 17) e "Papai nunca me falou de outra coisa além disso: que existe a vida e existe a morte, mas não a morte como o fim da vida, e sim como fim de um caminho no qual andamos durante algum tempo e depois fim, acabou. Porque tudo então começa de novo de outra forma" (p. 18). O texto visual é marcado por cores fortes e imagens oníricas que ajudam a contextualizar a obra. Contém inúmeras imagens que sugerem múltiplos sentidos e estimulam o imaginário do jovem leitor. Reitera-se que os recursos visuais abrem possibilidades para múltiplas experiências estéticas e literárias referentes ao texto. As ilustrações (re)criam um texto a parte, ou seja, permitem aos jovens leitores novas leituras e entendimentos de acordo com suas vivências e experiências de mundo. A imagem da página 24, ao invés de causar medo no leitor, pois a árvore tem uma aparência fantasmagórica, leva-o a compreender que as flores, as demais árvores, os pássaros e os são ou eram pessoas que ao virar adubo renasceram na natureza. O mesmo se dá com a imagem da página 25. Nas páginas 26 e 27, observa-se um revoar de números (folhas de calendários) que denotam a passagem do tempo e o progresso da doença da mãe (5 de fevereiro, 1 de março,15 de junho, 27 de setembro, 2 de outubro, 2 de novembro, 30 de dezembro). 3.1.3 Recomenda-se que o MATERIAL DO PROFESSOR (PDF 1, 2 e 3) seja: Aprovada O material do professor apresenta uma contextualização completa que envolve obra, autor e ilustradora, além da autora do material. Inova ao apresentar um projeto pedagógico, cuja execução envolve sequências didáticas. Dividido em três fases (pré-leitura, a leitura e a pós-leitura), o projeto apresenta objetivos que exploram várias competências relacionadas ao tema central: Autoconhecimento, sentimentos e emoções; Família, amigos e escola. Fornece subsídios e propõe várias atividades que abordam a compreensão da obra em vários níveis, apresenta um roteiro de questões que iniciam com a compreensão dos vocabulários desconhecidos e se desenvolve explorando vários graus de compreensão da obra, como se observa a seguir: ?Sobre os sentimentos das personagens... Como o personagem se sentiu quando descobriu que sua mãe havia morrido? Quem eram as pessoas que estavam na casa dos personagens? O que eles sentiam? Como o pai do personagem se sentia? Como era o relacionamento dos pais dos personagens em vida? (p. 17). Existem ainda propostas de atividades de recontagem da história, com modificação e teatro de fantoches. 3.1.5 Recomenda-se que o material audiovisual (tutorial/vídeo-aula) seja: Aprovada A apresentação e a contextualização da obra são realizadas pelo próprio autor Luiz Fernando Emediato que relata tê-lo escrito há 41 anos (00 min 09 s). Nesse período, segundo o autor, havia poucos escritores nacionais (com destaque para Monteiro Lobato) e muita polêmica acerca de temas realistas como morte, política, violência, questões de raça e gênero para que pudessem fazer parte das obras literárias infantojuvenis (00 min 38 s). Havia uma corrente mais tradicional e conservadora que defendia a ideia de a criança estar apta apenas para ler histórias de príncipes e princesas (00 min 47 s), ideia, felizmente, já superada nos dias atuais. Como desafio, na época, o escritor aceitou a incumbência de escrever, por encomenda, sobre a morte (1 min 07 s). Afinal, qual é o sentido da existência senão nascer, crescer e morrer? (3 min 14 s). Contextualiza a obra ao dizer que a história se inicia quando um garoto de 8 anos diz "Mamãe, morreu ontem" (3 min 19 s). Ressalta que o livro possui dois versículos de Eclesiastes (4 min 06 s), um no início e outro no final, contudo, não fala de religião e nem se trata de um livro religioso. Pode ser lido por todos de todas as religiões (4 min 11 s). Da mesma forma, o livro não trata da morte, mas da vida. O final é poético, pois relata a conversa entre pai e filho, reforçando a ideia de que a vida continua, mesmo sem a presença da mãe (5 min 24 s). Para finalizar, Emediato diz que, nesses anos todos, o trabalho com o livro e sua recepção por parte das crianças sempre foi tranquilo. O que antes os surpreendia, agora não os surpreende mais, pois o tema já faz parte das suas vidas (6 min 05 s). Destaca-se que esse material, que se propõe como de ?apoio? às atividades do professor em sala de aula, pode ser considerado como uma conversa do autor com o docente, na qual ele explica o sentido profundo do texto, seu caráter, ao mesmo tempo, religioso e não dogmático, associando a obra à categoria e gênero indicados pela editora. Contudo, faltam ao tutorial aspectos mais pedagógicos, tanto no que concerne a sua produção, quanto na proposição de atividades para a abordagem com os estudantes. 3.1.7 Recomenda-se que a OBRA LITERÁRIA (Livro, Material do Professor Digital, Material do Professor Audiovisual) seja: Aprovada

Assinado eletronicamento por SONIA REGINA VICTORINO FACHINI, comissão técnica de Obras literárias do PNLD 2020 - Obras Literárias - Anos Finais do Ensino Fundamental, 17/04/2019 23:37

Assinado eletronicamento por DANIELA MARIA SEGABINAZI, comissão técnica de Obras literárias do PNLD 2020 - Obras Literárias - Anos Finais do Ensino Fundamental, 24/04/2019 15:52

Assinado eletronicamento por ANDERSON CARNIN, comissão técnica de Obras literárias do PNLD 2020 - Obras Literárias - Anos Finais do Ensino Fundamental, 24/04/2019 17:35


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