editoral
“Só pode ser por causa deste maldito preconceito” O simbolismo do “beijo gay” que tanto atormenta os reacionários disfarçados de ‘defensores da família brasileira’ tinha exibido a cena na novela Amor e Revolução (2008). 409 dias depois, o beijo gay voltou a ser tabu na televisão brasileira, no dia 16 de março de 2015, com menos de 10 minutos de estreia a ousadia, diversidade e o amor, que um simples ato propõe ao telespectador se transformou em um verdadeiro pesadelo à emissora. Em Babilônia, o beijo das personagens Teresa (Fernanda Montenegro) e Estela (Nathália Timberg), é apontado como um dos principais motivos da baixa audiência da novela, elas tiveram suas cenas reduzidas e o autor se rendeu a modificar quase que toda a novela, além de fazer a ‘cura gay’ com o personagem de Marcos Pasquim. Dentro do #OrgulhoLGBT a Parada do orgulho gay que chega em sua 19ª edição (Pág. 3) encontra dificuldades com verbas cortadas.
Desde o último capítulo da novela "América", em 2005, a principal pergunta quando estreava uma novela era: "Vai ter beijo gay?", quase oito anos de incógnita de uma emissora que estava presa aos pudores do conservadorismo e recebia críticas contundentes dos militantes LGBTs. No dia 31 de janeiro de 2014 essa polêmica chegou ao fim: Félix (Mateus Solano) e Niko (Thiago Fragoso) protagonizaram o primeiro beijo gay da história das novelas das nove da Rede Globo, mas o mérito ficou dentro da história de forma secundária, pois o SBT já
A trajetória do #BeijoGay nas novelas da Globo, passando pelo veto em 2005, na novela América, e mostrando o SBT exibindo a cena histórica (Pág. 4). O projeto de #Lei que criminaliza a homofobia no Brasil é arquivada (Pág.8). A Irlanda entra para a história por ser o primeiro país no mundo a liberar o casamento gay através de um referente e a história de Jack e Michael, que protagonizaram o primeiro casamento gay nos EUA (Pág.09). Os #FilmesGays e o documentário sobre Amy Winehouse, que não tem data de estreia e os dois documentários brasileiros em cartaz e um drama de gays da 3ª idade (Pág.10). O comercial d'O Boticário que causou grande polêmica, reascendendo a histórica guerra entre a #HomofobiaEDiversidade no Brasil (Pág. 11).
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RELAÇÃO DOS 18 TRIOS ELÉTRICOS : APOGLBT (5: abertura, festa Priscilla, festa Gambiarra, rádio Energia 97 e da boate Tunnel); Revista Junior; Prefeitura (4); Bahiatursa/GGB/Quimbanda Dudu; Governo do Estado de SP/AHF Brasil; APEOESP; ACPS/Papo Mix; Salete Campari; Sindicato dos Comerciários; ONG ABCD’s; Netflix. NÚMEROS 800 Guardas Civis 600 banheiros químicos 4 postos de saúde 100 mil pessoas em 2014 (PM)
#OrgulhoLGBT: ‘Parada Gay’ sofre corte de verba, mas será realizada no domingo, dia 7 Com 700 mil reais a menos, a Parada do orgulho LGBT será realizada neste domingo (7) na Avenida Paulista, a Prefeitura anunciou recentemente que cortaria a verba para o camarote no Conjunto Nacional (500 mil reais). A previsão da taxa de ocupação é a mesma dos anos anteriores, cerca de 85%, segundo reportagem da Folha, que entrevistou Bruno Omori da ABIH (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis), que apesar de crise econômica os números não são diferentes dos anos anteriores. "Era um ano em que esperávamos avanço, mas teve esse corte" e que dificuldade é maior "com menos dinheiro, perde a grandiosidade e a possibilidade de ajudar mais a cidade", segundo o presidente da APOGLBT, que organiza a Parada, Fernando Quaresma.
"É um dia de festa para 364 de opressão" Fernando Quaresma, presidente da APOGLBT, em entrevista ao portal Terra.
A Feira Cultural de quinta-feira (4) foi financiada pelo Governo do Estado, com valor estimado entre R$ 300 mil e R$ 400 mil segundo reportagem do UOL.
A ideia da 19ª edição do evento é que a população LGBT resgate a alegria, em meio à violência homofóbica. "É um dia de festa para 364 de opressão" disse Quaresma, em entrevista ao portal Terra. EM 2014 O camarote custou R$ 900 mil para a Prefeitura que resolveu cortar o espaço do calendário de atribuições, ali eram recebidas 800 pessoas entre convidados dos organizadores e do órgão público. Este mesmo valor poderia financeira por seis meses o programa Transcidadania - projeto municipal que dá bolsas de estudos para travestis e transexuais. REAJUSTE Os recursos que seria repassados para a Coordenadoria LGBT teve um corte de 58% - eram R$ 8 milhões e passou para R$ 3,4 milhões, ainda segundo o UOL. Um dos patrocinadores do evento, a Netflix, informou que atrizes do seriado "Orange is the Black" irão participar do evento no trio elétrico da empresa, assim como a cantora de funk Valesca Popozuda. A Feira Cultural teve transmissão ao vivo pelo site aovivonaweb.tv e a organização convida a todos que comentem as atrações com a hashtag #OrgulhoLGBT. A boate Blue Space, uma das mais famosas boates gays de São Paulo, recebe na sexta-feira (5) das
23h a festa "Priscilla" inspirada em "Priscilla, a rainha do deserto", a boate Tunnel, a rádio Energia 97 e festa Gambiarra, também celebram o evento. Uma restrição, na minuta do termo que a APOGLBT e a Prefeitura de SP assinam todos os anos, proibia a associação de cobrar de empresas que desejam ter trio-elétrico no evento de domingo (7), foi a primeira vez que a Prefeitura determinou a proibição da taxa, mas recuou devido ao curto prazo de mudanças. A 'não cobrança' da taxa - que variava entre R$ 9 mil (à vista) e R$ 13 (parcelado), para a Prefeitura é indevida por se tratar de um evento em via pública, a Promotoria-Geral do Município via o ato, da cobrança, como uma forma de privatização do espaço público. "O uso do espaço público não pode ser cobrado" afirmou José Carlos de Freitas, da 1ª Promotoria de Habitação e Urbanismo da capital, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. A APOGLBT afirma que a cobrança da taxa é uma das principais receitas da associação. "Com o que arrecadamos na Parada, além de investir no evento, mantemos nossa entidade", disse o presidente da associação Fernanda Quaresma, ao Estadão. A Associação foi criada em 1997, após a realização da 1ª Parada de São Paulo, por ativistas, visando ter parcerias para a realização do ato nos próximos anos.
#BeijoGay: A trajetória do beijo gay nas telenovelas da Globo e o primeiro beijo da história que foi exibido pelo SBT Do primeiro personagem gay de 1970, chegando até ao decepcionante veto ao primeiro “beijo gay” Quarenta e quatro anos separa o primeiro personagem gay das telenovelas brasileiras, para a exibição do ‘beijo gay’ que sacudiu a audiência das telenovelas, na novela ”Amor à Vida” de Walcyr Carrasco, em 2014. Foi na novela “Assim na Terra Como no Céu”, de Dias Gomes, que surgiu o carnavalesco Rodolfo Augusto, interpretado pelo ator Ary Fontoura, a trama foi exibida em 1970, pela emissora que ainda não tinha a liderança de audiência. Entre 1970 e 2003 as telenovelas mostraram diversos personagens gays, a sua maioria através do cunho humorístico ou extremamente estereotipados, salvo algumas exceções. As telenovelas sempre retrataram no cunho ficção, fatos do cotidiano, alguns autores como Manoel Carlos e Glória Perez, usaram das veias dramáticas da teledramaturgia para inserir campanhas sociais em suas novelas, e os gays nunca ficaram de fora. Uma novela ou outra retratavam os homossexuais entre seus diversos personagens, na década de 1990 existem casos de grande sucesso, , como Sandrinho (André Gonçalves) e Jeferson (Lui Mendes) da novela A Próxima Vítima (1995). Na biografia "Silvio de Abreu: um homem de sorte" o novelista diz que inseriu os personagens de forma gradual, primeiro os apresentou ao público para só depois tirá-los do armário. Sandrinho e Jeferson não só foram aceitos, como fizeram grande sucesso com o público, mas como nem tudo são flores, Gonçalves chegou a apanhar na rua por causa do personagem, 16 anos depois ele voltou a viver outro personagem gay, desta vez na novela Morde e Assopra (2011) de Walcyr Carrasco, o personagem era afetado e entrou no meio da novela, teve um relacionamento com Josué (Joaquim Lopes).
Em 1995, na novela seguinte de Explode Coração, a autora Glória Perez foi além, ela colocou em cena um dos personagens de maiores sucessos daquele meio da década: Sariti Viti (Floriano Peixoto) era uma personagem de "alma feminina", entrou em cena mostrando que não levaria desaforo para casa. Sua primeira cena foi retribuir a
“Só pode ser por causa deste maldito preconceito” 4 Fala final de Rafaela Katz, antes de ser ‘explodida’ em Torre de Babel (1998)
agressão verbal de um homem em, um bar com um soco na cara. Na época, a novelista enfrentou uma pequena reação contrária à personagem, mas desta vez vindo da militância gay, "Do jeito que está, não se sabe se é um travesti ou uma 'drag queen'. Parece uma bicha principiante, que ainda se incomoda com piadas. A gente já tira isso de letra", disse o ator de transformista Norberto David, em entrevista à Folha na época. Amiga de Glória, Isabelita dos Patins - que fora contratada para orientar a produção sobre a vida de uma drag queen - disse que aprovou a cena, mas não tinha gostado dos trejeitos, "Parece uma bicha louca, está afetado demais, agressivo e grotesco. É mais um travesti, porque se veste de mulher durante o dia", também à Folha.
"O beijo entre Felix e Niko selou uma relação que foi construída com muito carinho pelos dois personagens. Foi, portanto, o desdobramento dramatúrgico natural dessa trama” – Nota oficial da Dois anos depois Manoel Carlos foi mais sutil. Foi no final da novela Por Amor (1997) o personagem Rafael (Odilon Wagner) deixou a esposa e filhos para ir morar com outro homem no último capítulo da novela. Em 1998, Silvio de Abreu voltou a ousar, desta vez sem sucesso. As personagens Rafaela Katz (Christine Torloni) e Leila Sampaio (Silvia Pfeifer) não foram aceitas pelo público, Silvio matou Leila Sampaio, após pesquisas com o público desaprovar a dupla, em Torre de Babel. Ao contrário do que foi dito na imprensa, na época, apenas a personagem Leila Sampaio foi tirada da novela, o aturo disse que não sabia mais o que fazer com a personagem, devido à rejeição e mata-la na explosão foi uma forma de deixar o amor das duas para a eternidade, diz o autor na biografia "Crimes no Horário Nobre" de Raphael Schire, sem antes de cutucar a sociedade com a frase de extrema importância "Só pode ser por causa deste maldito preconceito". Em 1999 o autor Aguinaldo Silva, escreveu sua primeira novela
"Estou tão frustrada quanto vocês!” - Glória Perez na rede social Orkut, sobre o veto.
contemporânea e colocou em cena o vidente Uálber (Diogo Vilella), que no começo era charlatão, mas foi descobrindo o talento para a paranormalidade, formava com Edilberto (Luiz Carlos Tourinho) uma dupla de humor e sucesso. Em 2001 Silvio de Abreu voltou a tocar no assunto com a personagem Ramona (Claudia Raia), uma transexual e protagonista da novela As Filhas da Mãe, a personagem sofria em um conflito dramático sendo rejeitada pelo seu grande amor, vivido por Alexandre Borges. O BEIJO GAY Mas foi na novela Mulheres Apaixonadas, que o autor Manoel Carlos ousou muito além de personagens segregados a felicidades dentro do armário. Na cena final da novela, durante a encenação da peça Romeu e Julieta, de Shakespeare, Clara e Rafaela, interpretadas por Alinne Moraes e Paula Picarelli, trocaram um selinho, considerado por alguns como o primeiro beijo gay da história da televisão brasileira. Na época a MTV ainda usou tamanha polêmica para colocar as duas atrizes para apresentarem um prêmio no VMB - Video Music Brasil, tudo em vão, o beijo não aconteceu. Muitos não consideram o beijo entre Clara e Rafaela válido como beijo gay, por que a personagem de Rafaela, interpretando Romeu, estava vestida de homem e dentro de um personagem masculino.
Rede Globo sobre o beijo gay em “Amor à Vida” (2013)
Apesar da cena, quando as duas atrizes protagonizaram apenas um selinho, apenas dois anos depois que todo o estardalhaço em torno do beijo gay foi causado no final da novela América (2005), de Glória Perez. Apesar de gravada, por sete vezes, a cena foi dirigida pelo ator Bruno Gagliasso e vetada pela emissora, minutos antes de irem ao ar. O beijo tinha sido anunciado e virado assunto em diversas repor-tagens na imprensa e a expectativa era muito grande, diversos grupos de gays que se reuniram para ver o final da novela, em um clima de Copa do Mundo, em vão. Segundo o jornal O Estado de S. Paulo a autora "se rendeu ao conservadorismo global. O ator Bruno Gagliasso teria chorado ao saber do veto do beijo e um disse-edisse foi instaurado entre a emissora e a novelista sobre o assunto, um culpando o outro: "a versão final que recebemos não continha a cena, e por isso não houve corte", disse em nota Luis Elanger. Enquanto a autora "Estou tão frustrada quanto vocês! Escrevi [a cena], foi realizado, e tanto eu quanto Marcos S. [Marcos Schechtman, diretor da novela] brigamos muito para que fosse ao ar pelo menos o que vocês viram!", também à Folha. Em entrevista exclusiva a novelista disse: "fiquei frustrada, mas
mas a direção do SBT resolveu vetar. Lui Mendes e Carlos Arthur Thiré, gravaram a cena, que acabou não indo ao ar. NA GLOBO... O dia 31 de janeiro de 2014 entrou para a história da teledramaturgia brasileira ao exibir a cena do beijo gay entre Félix (Mateus Solano) e Niko (Thiago Fragoso) na penúltima cena da novela Amor À Vida. As redes sociais pipocaram comentando o beijo e muitas celebridades parabenizaram os autores, o novelista e a própria emissora.
entendi: em todo lugar do mundo as emissoras tomam decisões assim, avaliando o perfil do seu público." A novela seguinte, Belíssima, estreou em meio a um protesto: "Queremos prejudicar a emissora por ter agido com preconceito", disse em entrevista a Folha (07/11/2005), Márcio Caetano, diretor do grupo Arco-Íris, organizador da Parada do Orgulho GLBT do Rio de Janeiro, na época. Um novo veto, em 2011, durante a exibição da minissérie Clandestinos O Sonho Começou, reascendeu a polêmica do beijo gay, a cena foi gravada e vetada pela emissora. Toni Reis, presidente da ABGLT (Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais), escreveu uma carta cobrando explicações da emissora sobre o veto à cena. A emissora respondeu aos questionamentos de Reis, alegando que a "emissora entendeu que a classificação estabelecida pelo Ministério da Justiça para a programação televisiva não se limita a ser indicativa, uma vez que efetivamente proíbe a veiculação de programas que apresentem conteúdo considerados 'sensíveis', fora das faixas horárias determinadas, e que, inclusive, substitui o poder parental, uma vez que não há a possibilidade de que os pais autorizem a exibição para seus filhos, como ocorre no cinema para sessões de filmes classificados".
Reis disse, em entrevista ao UOL, na época, que pediu á emissora que 'desempenhe um papel ainda mais significativo no processo da promoção do respeito à diversidade sexual'. A polêmica fora interessante, pois a emissora, assim como em 2005, quis se livrar das acusações de veto jogando a culpa desta vez no Ministério da Justiça. O autor Thiago Santiago entrou para a história e emplacou o primeiro beijo gay nas telenovelas brasileiras, não foi selinho como em Mulheres Apaixonadas,. nem beijo roubado, como em Meus Queridos Amigos, mas sim um beijaço e bem demorado. Protagonizado por Gisele Tigre e Luciana Vendramini (abaixo) na novela Amor e Revolução, a sua primeira novela no SBT após deixar a Record, por desentendimentos internos. Na mesma novela outro beijo gay foi anunciado, desta vez com dois homens,
O autor recebeu o "OK" da emissora, para escrever o beijo gay, com um mês de antecedência da exibição, os atores foram avisados e o beijo foi gravados no dia anterior de sua exibição. Foi na penúltima cena da novela que Félix e Niko ao se despedirem, para Niko ir trabalhar, que rolou o beijo, que foi gravado em três tomadas diferentes. Um beijo selinho, outro mais ousado e um terceiro mais contido, que foi ao ar, causando grande repercussão nas redes sociais e nas rodas de conversa de todo o país. Em nota a emissora, disse na época, que “Toda cena de novela é consequência da história, responde a uma necessidade dramatúrgica e reflete o momento da sociedade. O beijo entre Felix e Niko selou uma relação que foi construída com muito carinho pelos dois personagens. Foi, portanto, o desdobramento dramatúrgico natural dessa trama", e que "A pertinência desse desfecho foi construída com muita sensibilidade pelo autor, diretor e atores e assim foi percebida pelo público. É importante lembrar que o relacionamento homossexual sempre esteve presente nas nossas novelas e séries de maneira constante, responsável e natural. A cena esteve de acordo com essa premissa e com a relevância para a história", completou a emissora. Uma semana antes da exibição da cena, todo o burburinho estava montado em torno da real possibilidade de sua exibição. O pastor Silas Malafaia disse que "A Globo tenta abrir um canal com os evangélicos por um lado e fecha por um lado. A Rede Globo é a emissora campeã no país de promoção da causa gay", em entrevista a Lauro Jardim, da revista Veja.
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O pastor Marco Feliciano, em seu perfil no Twitter disse que o beijo 'já era esperado' e que ficaria preocupado
de enorme sucesso. Já no primeiro capítulo, com menos de 10 minutos de novela no ar, a emissora colocou o beijo gay Fernanda Montenegro e Nathália Timberg, que vivem Teresa e Estela, protagonizaram então o beijo da discórdia, que fora apontado como principal motivo do fracasso de audiência que a novela enfrenta, com 70 capítulos no ar, a novela entra para a história como piro audiência.
e natural. A cena esteve de acordo com essa premissa e com a relevância para a história", completou a emissora. Uma semana antes da exibição da cena, todo o burburinho estava montado em torno da real possibilidade de sua exibição. O pastor Silas Malafaia disse que "A Globo tenta abrir um canal com os evangélicos por um lado e fecha por um lado. A Rede Globo é a emissora campeã no país de promoção da causa gay", em entrevista a Lauro Jardim, da revista Veja. O pastor Marco Feliciano, em seu perfil no Twitter disse que o beijo 'já era esperado' e que ficaria preocupado se fosse em um programa destinado à crianças: "Eu teria algo a dizer caso fosse exibido numa programação infantil, pois com estes me preocupo, mas pelo horário exibido só adultos viram". A resposta de Feliciano foi, segundo ele, após receber vários telefones da imprensa, pedindo que comentasse o assunto.
"As mulheres "tinham tesão pelo Pasquim e lamentaram o fato de ele ser gay" – Gilberto Braga em entrevista ao jornal O Globo.
LÉSBICAS Se o beijo gay, entre homens, foi comemorado em todo país, as lésbicas ficavam na expectativa para serem retratadas nas novelas. Apesar do primeiro beijo gay, ter sido entre lésbicas, na novela Amor E Revolução, não tinha acontecido na principal emissora do país. A cobrança foi tamanha, que Manoel Carlos escreveu a cena, que pode ser considerada a mais bela cena de amor entre iguais da teledramaturgia brasileira, não só pela beleza do ato do beijo, considerado sutil, mas pelo contexto romântico de toda a cena.
Uma verdadeira campanha foi promovida pelo senador Magno Malta (PR - ES) e o deputado federal João Campos (PSDB - GO) pedindo boicote à trama das 21h. A "nota de repúdio" datada de 17 de março, dia seguinte à estreia da novela, afirmava que o folhetim é uma afronta à família brasileira, "A Frente Parlamentar Evangélica convoca todos os evangélicos, todos os cristão bem como as pessoas que se sentem violentados por estes constantes estupros morais impostos pela mídia liberal, a não assistirem a novela Babilônia", na nota.
"Tudo o que era rejeitado foi mudado." – Gilberto Braga ao ser questionado se acredita que “Babilônia” ainda fará sucesso, no jornal O Globo.
No dia 30 de junho de 2014, em uma cena anunciada três dias antes Clara (Giovanna Antonelli) e Marina (Tainá Müller) protagonizaram a cena, na novela Em Família, e não ficou só por aí. O autor foi além deste primeiro beijo e elas passaram a trocar carícias públicas, tudo aprovado pelo público.
Menos de dois meses no ar a novela passou a sofrer uma série de modificações, situações como prostituição, ninfomania e personagens gays, que foram apontados como motivo da queda de audiência e crescimento da concorrência começaram a sair de cena.
Nos últimos capítulos, as duas celebraram o casamento com um beijo mais demorado, o mesmo não iria acontecer oito meses depois na estreia de Babilônia.
Na sequência do casamento de Teresa e Estela, por exemplo, que após 30 anos juntas resolveram regularizar a união, o beijo gay - nem mesmo um selinho - foi permitido. A emissora antecipou a discussão em torno do andamento da novela, como de praxe faz com as produções, e ficou entendido que as personagens não iriam mais 'trocar carinhos', segundo o jornalista Daniel Castro. Em entrevista ao Notícias da TV, Ricardo Linhares, coautor da novela disse que a reação dos políticos religiosos "Não tem qualquer amparo legal. Os deputados estão fazendo barulho na tentativa de se promover às custas do sucesso da
CRISE A novela Babilônia, de Gilberto Braga, Ricardo Linhares e João Ximenes Braga, estreou em dia 16 de março com grande barulho, a trama foi anunciada como grande marca em nome da comemoração dos 50 anos da emissora, trazendo de volta em cena Glória Pires, Adriana Esteves e um elenco que muito lembrava as grandes novelas de Braga
promover às custas do sucesso da novela" e de "se exibir nos seus redutos eleitorais". Linhares ainda taxa da reação dos políticos de "intenção meramente política e oportunista, e não de crença", lamentando que "a motivação seja obscurantista e ditatorial, promovendo a discriminação e a intolerância". Não só as personagens Teresa e Estela foram, praticamente limadas, da novela, mas também outros personagens homossexuais tiveram seus perfis mudados. O mais radical foi quanto aos rumos do personagem Carlos Alberto (Marcos Pasquim) que fora anunciado como um homossexual sem dar bandeira e que teria um romance com Ivan (Marcelo Melo Jr.), este gay assumido que teve até uma cena de sexo casual mostrada na novela. Em entrevista ao jornal O Globo, Gilberto Braga, levantou uma série de discussões em torno da aceitação do beijo gay. Para ele os personagens Sandrinho e Jeferson, de A Próxima Vítima, foram aceitos por não se tratar de atores famosos "não houve problema porque pegou dois atores que não eram ídolos. Se fosse o Fábio Assunção de gay namorando o Marcos Palmeira iriam chiar", disse também que o beijo que escreveu era um selinho, mas a atriz Fernanda Montenegro sugeriu ao diretor Dennis Carvalho, um beijo mais longo "não chegou a ser chupão, mas ficou um beijo". Os autores mudaram os rumos dos personagens, Carlos Alberto virou heterossexual, passando então a paquerar a protagonista Regina (Camila Pitanga), vivendo um triângulo amoroso ao lado de Vinícius (Thiago Fragoso). Sobre e que para atender um pedido do grupo de discussão da novela, em São Paulo, as mulheres "tinham tesão pelo Marcos Pasquim e lamentaram o fato de ele ser gay" e que teve "pena das mulheres e botou ele para ser hetero". O autor ainda disse que é otimista, quando foi questionado se ainda acredita no sucesso da novela, e que "tudo o que era rejeitado foi mudado." MAIS: Assista aos vídeo dos beijos gays e da morte de Rafaela e Leila em Torre de Babel em bit.ly/gepost_beijos.
#LEI: Projeto que criminaliza a homofobia foi arquivado, segundo jornal
O projeto de Lei que Criminaliza a Homofobia (PL 122/2006) no Brasil foi arquivado em janeiro, pelo Senado, após tramitar por mais de oito anos no Legislativo, segundo o jornal Folha de S. Paulo. Pelas regras da casa as propostas que não foram julgadas por duas legislaturas seguidas devem ser arquivadas, porém podem voltar à pauta caso 27 senadores se manifestarem pedindo seu retorno de tramitação. SEMELHANTE Existe um projeto de lei parecido com a lei que criminaliza a homofobia, de Maria do Rosário (PT-RS) é um projeto que tipifica crimes de ódio e intolerância, neste projeto da deputada petista não é exclusivo destinado á comunidade LGBT e pode ser usado por grupo religiosos e imigrantes, por exemplo. A discussão não segue "porque o Congresso Nacional está movido por uma onda de preconceito muito grande", disse Maria do Rosário à revista FÓRUM em Maio de 2014. Para a bancada evangélica o projeto 'viola a liberdade de expressão', pois temem que pessoas que se manifestem contra relações homoafetivas possam pegar até cinco anos de prisão. Recentemente o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) desarquivou um projeto o "estatuto da Família - PL 6.583/2013" que "cria" um conceito de família no Brasil: entre homem e mulher. EXEMPLO O Brasil deveria ter a Irlanda como exemplo, o país recentemente colocou para aprovação de plesbicito o casamento entre pessoas do mesmo sexo, aqui no Brasil seria ótima discutir a criminalização da homofobia de forma mais abrangente. O primeiro-ministro da Irlanda, o democrata-cristão Enda Kenny, elogiou a atuação dos jovens emigrantes deslocados, que votaram em massa no plesbicito, Kenny ainda fez campanha a favor do "SIM" (leia mais na página 10). Analistas políticos concluem que o voto de jovens contribuiu de forma decisiva para a vitória do "SIM", elevando para aproximadamente 60% a participação da população em atos públicos como o atual - fato histórico, em comparação a outros plebiscitos. No Brasil a polêmica é ainda maior quando se trata de um produto cultural como telenovela, onde já se viu um projeto ser tão influenciador de massas como na verdadeira deveria ter como ponto de partida apenas na arte do entretenimento. A cultura de se ver novela é antiga no país, que é um dos maiores produtores do gênero, no mundo. Mas o assunto não pode ser deixado de lado, é preciso ser discutido amplamente, mas não adianta ser discutido apenas por um ‘lobby fundamentalista’. 8
#Lei: Irlanda é o 1º país no mundo a aprovar casamento gay em referendo
#Lei: Advogado deu um jeito de casar com o seu grande amor em 1967, nos Estados Unidos "É isso que os advogados fazem: fazem a lei funcionar para eles" Casamento gay em 1967, é isso mesmo!! Jack Baker e Michael McConnell se casaram há 44 anos atrás em Minneapolis, cidade do estado americano Minnesota, a homossexualidade ainda era doença nos Estados Unidos, enquanto homens e umlheres viviam anos terríveis.
A Irlanda foi o primeiro país no mundo a aprovar o casamento gay através, de um referendo público. Com mais de 60% de aprovação o "sim" entrou para a história, o secretário de Estado para a Igualdade, da Irlanda, Aodhan O Riodain, disse que "hoje estou muito orgulhoso de ser irlandês". Estima-se que 3,2 milhões de cidadãos foram às urnas, há registros de votos de irlandeses que moram em outros países, que foram à terra natal especialmente para o referendo. POLÊMICA A Igreja Católica pediu publicamente que os eleitores votassem no "não", por considerar que “o casamento homossexual atenta contra os valores da família tradicional”. "Não foi uma derrota para os princípios cristãos, foi uma derrota para a humanidade", disse o secretário do Estado do Vaticado, o cardeal Pietro Parolin (foto) à Rádio do Vaticano, na terça-feira (27), segundo o G1. PAPA FRANCISCO A frase entra na contradição das mensagens acolhedoras do Papa Francisco, desde que assumiu a Igreja Católica, em março de 2013. A aprovação do casamento gay é uma vitória da comunidade LGBT em um país conservador e tradicionalmente católico. O país foi o último, da Europa Ocidental, a descriminalizar a homossexualidade, há 20 anos. Para o ministro da saúde, Leo Varadkar, o "sim" tem o peso de uma "revolução social".
Baker e McConnell são personagens da vida real de uma reportagem do The New Yorke Times, de 25 de maio. O casal foi o primeiro a pedir uma 'habilitação de casamento', segundo o jornal. Baker diz que "nunca tinha ouvido falar em algo parecido". Baker e Jack fazendo pose atrás do bolo de 7 O pedido de 'habilitação' foi andares (Paul R. Hagen via The New York negado pela Suprema Corte Times) dos Estados Unidos através de uma frase de uma única linha, o que pode ter influenciado, mesmo que indiretamente a mesma Suprema Corte, este ano. Mas os dois não desistiram e conseguiram, através de mudança de nome que serve para os dois gêneros, eles conseguiram a certidão de casamento e se autodenominam como o primeiro casal gay a conseguir o casamento gay nos Estados Unidos. A PAIXÃO Em entrevista o casal conta que se conheceram em uma festa em Normal, Oklahoma, em 1966. McConnel diz que sentiu uma atração imediata e passou a convidar Baker a ir ao cinema e ao teatro. Em 1969 Baker se matriculou em uma escola de direito e manteve a promessa que fez ao amado de 'descobrir uma maneira de se casarem', lá se tornou o primeiro Presidente da FREE (Fight Repression of Erotic Expression - Lute Contra a Repressão da Expressão Erótica, em tradução livre) e é considerada uma das primeiras organizações em prol dos direitos gays, organizando bailes gays e lésbicas. MANOBRA Baker descobriu que, a lei de casamento do Estado, não mencionava gênero, então em 18 de maio de 1970, de camisa e gravatas brancas, combinando e uma taxa de U$ 10, eles avisaram os jornalistas e entraram para a história ao terem o pedido de habilitação negado. No dia 10 de outubro de 1972 o tribunal emitiu a declaração de "por falta de uma questão federal relevante." A LEI Baker desconversa quando comentam a manobra na lei, mas diz que não sente remorsos "É isso que os advogados fazem: fazem a lei funcionar para eles", há esperança de que a decisão saia em Junho e disse que vai entrar na justiça após descobrir que a certidão emitida em 1971, assinado por um pastor e testemunhas nunca foi oficialmente registrada: "Pretendemos buscar reparação na Justiça."
#FilmesGays: Filmes e documentário, com temáticas gays estreiam ainda este ano nas telas dos cinemas Um documentário, uma filmografia e dois filmes com temática gays estreiam ainda este ano nas telas dos cinemas, o documentário que retrata a vida de Amy Winehouse tem estreia confirmada para Julho, na Inglaterra, mas não tem previsão de estreia no Brasil. AMY foi exibido no Festival de Cannes, fora da disputa oficial, teve seu trailer divulgado recentemente, de Asif Kapadia, o documentário retrata a origens da cantora, que virou um dos maiores fenômenos musicais do mundo, sua origem, início de carreira, sucesso e morte, sem deixar de lado o relacionamento com Blacke Fielder-Civil, as participações no Grammy e os escândalos que nortearam sua vida, até a sua morte em 2011. A família diz que o documentário tem algumas 'inverdades', apesar de ter colaborado no início da produção.
CAROL –Carol Aird (Cate Blanchett) esta vivendo o término de seu relacionamento e ao conhecer Therese Belivet (Rooney Mara), sente-se atraída. A atração é correspondida e elas vivem uma relação cada vez mais próxima e um grande romance. De Toody Raines. Sem data de estreia. THE DANISH GIRL - Lili Elbe (Eddie Redmayne) nasceu Einar Mogens Wegener a pri-meira pessoa a fazer a cirurgia de mudança de sexo, no mundo. A cinebiografia conta a descoberta de Lili como mulher. BOULEVARD - Robin Willians, um homem casado por conveniência, mantém uma vida secreta gay e acaba se apaixonando por um garoto de programa.
#EMCARTAZ: Cauby Peixoto sai do armário em documentário e um drama do amor na 3ª idade estão em cartaz CAUBY - COMEÇARIA TUDO OUTRA VEZ Documentário sobre um dos maiores nomes da música brasileira, com depoimento de Maria Bethânia, Emílio Santiago, Agnaldo Rayol e outros. 90 minutos. Espaço Itaú de Cinema - Frei Caneca, Terça e Quarta: 16h20, 18h e 19h50 (digital). Iguatemi Cinemark, Terça: 18h25. Interlar Aricanduva Cinemark, 20h15. GRAVATA E UNHA VERMELHA Documentário mostra o estilista Dudu Bertholini entrevistando nomes consagrados do circuito gay do brasil, como Ney matogrosso, Laerte e Rogéria, além de outras personalidade sobre o respeito na construção do próprio corpo. Espaço Itaú de Cinema Augusta, Terça e Quarta 14h. Reserva Cultural, Terça e Quarta às 13h. O AMOR É ESTRANHO (cartaz ao lado) Filme mostra a vida de um casal homoafetivo, Ben e George, que juntos há 40 anos decidem oficializar a união, após problemas financeiros decidem morar em casas separadas e vivem novos dramas. 94 minutos. Caixa Belas Artes. Terça e Quarta, 13h50.
O Cine Caixa Belas Artes recebe desde o dia 28 de maio a té 10 de junho (Rua da Consolação, 2423. Consolação. Tel.: 2894-5781) mostra de cinema New Queer Cinema com diversos filmes e debates pertinentes à comunidade LGBT.
Sexta, 05. 16h, 18 anos. URINAL/PISSOIR (1989, 100m) de John Greyson. 18h30, 18 anos. NATION (1992, 1min) de Tom Kalin. SWOON - COLAPSO DO DESEJO (1992, 93min) de Tom Kalin. Sábado, 06. 16h, 18 ANOS. THE LIVING END (1992, 92min) de Gregg Araki. 18h30, 12 anos. DOCTORS, LIARS & WOMAN (1988, 23min) de Jean Carlomusto, Maria Maggenti. THE MAKING OF MONSTERS (1991, 35min) de John Greyson. 23h30, 18 anos. NA SUA COMPANHIA (2012, 22min) de Marcelo Caetano. NO SKIN O MY ASS (1991, 73 min) de Bruce LaBruce. Domingo, 07. 16h, 16 anos. ESTUDO EM VERMELHO (2013, 16min) de Chico Lacerda. VENENO (1991, 85min) de Todd Haynes. 18h30, 14 anos. PACIÊNCIA ZERO. (1993, 97min) de John Greyson. Segunda, 08. 16h, 18 anos. THE LIVING END (1992, 92min) de Gregg Araki. 18h30, 16 anos. YOUNG SOUL REBELS (1991, 105min) de Isaac Julien. Terça, 09. 16h, 16 anos. ESTUDO EM VERMELHO (2013, 16min) de Chico Lacerda. VENENO (1991, 85min) de Todd Haynes. 18h30 - URINAL (1989, 100m) de John Greyson. Quarta, 10. 16h, 16 anos. YOUNG SOUL REBELS (1991, 105min) de Isaac Julien. 18h30, 14 anos. PACIÊNCIA ZERO10(1993, 97min) de John Greyson.
#HomofobiaEDiversidade: ‘O Boticário’ faz comercial com casais gays e mulher faz reclamação no ‘reclame aqui’ Ela diz que tem o direito de “preservar a instituição família” dentro da casa dela A rede de perfumaria O Boticário resolveu inovar na peça publicitária do Dia dos Namorados, três são protagonistas da peça publicitária, até aí tudo bem. Mas o que tem chamado a atenção foi a inserção de dois casais homossexuais, um de homens e outro de mulheres. A peça de 31 segundos foi vista 1.922.273 vezes, até a tarde de quarta (3). Uma reportagem da revista "Veja SP” do dia 1º relata que o comercial fora visto por 620 mil vezes, recebendo a aprovação de 124 mil pessoas e outras 65 mil pessoas aprovaram. RECLAMAÇÃO Uma mulher que não gostou da peça foi até o site "reclame aqui" e abriu um 'chamado' de uma reclamação sobre a propaganda dizendo que "ficou insatisfeita em assistir a um comercial onde ocorre a banalização das famílias no modelo tradicional" e "não concordo com uma empresa desse tamanho, onde inclusive já prestei serviços [...] banalizar o assunto" e que não quer que "os filhos assistam a propaganda. Tenho o direito de preservar a instituição familia (sic) dentro da minha casa, e infelizmente (sic) o comercial do Boticário está ferindo esse meu direito." No site a rede O Boticário respondeu dizendo que "acredita na beleza das relações, presente em toda sua comunicação" e que a peça tem intuito de "abordar, com respeito e sensibilidade, a ressonância atual sobre as mais diferentes formas de amor" e concluir dizendo que "O Boticário reitera, ainda, que valoriza a tolerância e respeita a diversidade de escolhas e pontos de vistas." A consumidora, Luciana, fez uma réplica dizendo que "o problema" é que os filhos "menores de 6 anos assistam ao comercial, pois eles também frequentam a loja" e reiterou
que não concorda com "a exibição do mesmo em qualquer horário". Segundo reportagem do G1 o Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) recebeu 20 reclamações de consumidores "que consideram a peça 'desrespeitosa à sociedade e à família'", mas O Boticário informa em nota que não "recebeu, até o momento, nenhuma notificação" do órgão. Cerca de 90 reclamações foram abertas no site Reclame Aqui, 84 reclamações contra e seis a favor. O Conar não tem autoridade em tirar a propaganda do ar e sim notificar a empresa se achar que a peça desrespeite o consumidor, em casos de danos morais o
“Abordar, com respeito e sensibilidade, a ressonância atual sobre as mais diferentes formas de amor" O Boticário em nota respondendo a reclamação de cliente no “Reclame Aqui”
órgão informa ser mais cauteloso. No instagram a cantora Daniela Mercury postou uma foto falando que já tinha recebido o seu presente do dia dos namorados, elogiando a campanha d’O Boticário. Aproveitando a polêmica a Motorola lançou uma campanha nas suas redes sociais com a frase: “Escolha amar quem te completa, quem te faz feliz. Escolha amar da sua maneira, pode ser de um jeito intenso ou sereno. #EscolhaOAmor e prepare-se para celebrar a diversidade das escolhas!”.
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