OURO PRETO DE ARAPIRACA
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Giselle Reis • Keyla Cavalcante
OURO PRETO DE ARAPIRACA
Livro fotográfico desenvolvido para o Projeto Experimental do curso de Jornalismo da Pontifícia Universidade Católica de Campinas.
2015
Ficha Catalográfica Elaborada pelo Sistema de Bibliotecas e Informação - SBI - PUC-Campinas
“O que a Fotografia reproduz ao infinito só ocorreu uma vez: ela repete mecanicamente o que nunca mais poderá repetir-se existencialmente.” ~ Roland Barthes
INTRODUÇÃO O Ouro Preto de Arapiraca retrata a permanência da cultura do plantio do fumo de corda na cidade de Arapiraca tendo em vista a crise fumageira no país e a importância do seu papel na vida das famílias de agricultores, que apesar dos recuos significativos na produção e no comércio, ainda dependem dessa atividade para a geração de renda em um0 cenário instável, causado pelos fatores de mercado e clima desfavoráveis à essa atividade. O objetivo deste livro é reportar o empenho e a dedicação dessas famílias ao cultivo do fumo, acompanhando o dia a dia da comunidade desde a semeadura da planta de tabaco até o produto final para ser comercializado. Arapiraca tem uma população aproximada de 230 mil habitantes (IBGE 2014), sendo a segunda maior cidade do estado de Alagoas. Considerada a “Capital do Fumo” durante o século XX, foi um dos maiores centros produtores e exportadores de tabaco do Brasil neste período, tornando o fumo de corda a principal atividade econômica da região por mais de cinco décadas. O plantio do fumo de corda em Arapiraca teve início no final do século XIX, por volta de 1890 (GUEDES, 1978, p11.). No início da década de 1920 a cidade já se destacava pelo desenvolvimento intenso do fumo e a cultura dominava a cidade e seus municípios limítrofes, onde mais da metade da população produzia fumo de corda. Alguns fatores importantes impactaram negativamente o plantio e a produção de fumo de corda na região, dando início a uma 8
crise no setor fumageiro. Podem ser citados como exemplo a falta de financiamentos bancários para os agricultores, o deslocamento das novas gerações para outros fins (indústria e comércio) e a implantação da Lei Antifumo (1996) - legislação que motivou a redução de consumo do cigarro no país e foi ampliada ao longo dos últimos anos. Sem incentivos governamentais, e com campanhas contra o hábito de fumar, a cultura do fumo diminuiu, fazendo com que grande parte dos produtores passassem a investir em outras culturas, como a mandioca e o inhame. A crise do fumo em Arapiraca teve início ainda no final da década de 1990, quando frases de alerta sobre os ricos do cigarro foram obrigatoriamente inseridas nas propagandas de rádio e TV, e com a proibição da divulgação do tabaco em qualquer meio de comunicação. Segundo o Secretário de agricultura de Arapiraca, Rui Palmeira, atualmente a cidade produz apenas 25% do que já se cultivou, que equivale a aproximadamente dez mil hectares de fumo. Mas, mesmo não sendo a principal atividade econômica na região, o cultivo do fumo de corda ainda garante o sustento de muitas famílias e, apesar de existirem outros cultivos, muitos agricultores plantam apenas o fumo, pois para as outras atividades é necessário um investimento maior. Dessa maneira, o fumo de corda ainda é considerado o ouro preto de muitas famílias arapiraquenses.
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CAPÍTULO 1
O processo da semeia O primeiro estágio da produção do fumo é o plantio da semente que dá origem à planta (Nicotiana tabacum), que geralmente se semeia no mês de abril. Depois de crescidas é necessário manter as plantas sempre limpas, evitando o capim e pragas. Esse processo é chamado de Semear. Quando a planta alcança um tamanho entre 22 a 25 cm, ela sai do canteiro inicial e vai para os chamados “currais de fumo”, que são canteiros maiores, onde é feita a semeia (planta) do fumo. A roça de fumo é medida em “tarefas”, cada uma equivale a 3.052 metros quadrados. A planta do fumo necessita de muitos cuidados, para isso os fumicultores usam adubos químicos (tortas e salitre) e defensivos agrícolas, além de venenos. Quando as folhas começam a apresentar pequenas manchas amarelas significa que elas já estão maduras e prontas para a colheita (quebra da folha do fumo) processo que tem início no mês de agosto, entre 50 a 60 dias depois do plantio. Trata-se de um trabalho manual e fisicamente exaustivo que segue três principais fases: a primeira é chamada de Sapata, que é a retirada das folhas de baixo. São folhas de aspecto mais finas e leves, determinando um fumo de menor qualidade; o Baixeiro que são as folhas intermediárias; e por último, a Primeira que são as folhas de cima, caracterizadas por serem as folhas de melhor qualidade por apresentar um aspecto mais pesado. As folhas de fumo variam de 25 a 40 centímetros. O intervalo de uma fase para outra varia entre 12 a 15 dias. 11
Vista parcial do Sítio Lagoa D’Água, local onde a maioria dos moradores são fumicultores
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A cerca delimita os cultivos dos agricultores da região de Lagoa D’Água 13
A flor do tabaco (olho) ĂŠ retirado da maioria das plantas para melhorar o desenvolvimento e crescimento das folhas
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Semente do tacabo extraĂdo do olho da planta para as prĂłximas safras
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As poucas flores que permanecem, irĂŁo gerar as futuras sementes 16
A planta do fumo é muito sensível e exige muito cuidado. O uso de defensivos agrícolas é essencial para o seu desenvolvimento
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Roça de fumo pronta para iniciar a primeira quebração (colheita) da folha 18
A chuva ĂŠ essencial para o desenvolvimento da planta do fumo em seu estĂĄgio inicial
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Cada gota de รกgua representa a expectativa dos fumicultores com o futuro da safra 20
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No mês de agosto, as chuvas são em abundância ao final da tarde. Enquanto o colorido do arco-íris, quebra a monotonia do verde
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Entre plantações de fumo existe espaço para se divertir, enquanto o verde enfeita o cenário na zona rural de Arapiraca
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O agricultor carrega adubo para a roรงa para iniciar mais um dia de trabalho
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Os produtos quĂmicos, para controle das pragas, sĂŁo passados no mĂnimo a cada quinze dias nas plantas
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Seu Manuel carrega nas mãos a experiência de muitos anos de roça 26
O uso de alguns produtos mais ofensivos exige maior proteção para o trabalhador
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Trabalhadores agachados entre os canteiros da roรงa, adubando planta a planta do fumo
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O Salitre ĂŠ o tipo de adubo mais utilizado na planta do fumo e serve para fortificar as folhas e manter o aspecto mais verde
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Depois que a planta recebe os cuidados devidos, o resultado nĂŁo demora a aparecer 32
Apesar da predominância de roças familiares na região, existem também as grandes propriedades, como a de José Lino, que demanda contratação de trabalhadores
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Perto do pôr do sol, trabalhadores no processo de quebração da sapata
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Com roupas de manga longa para se protegerem do sol ardente, mulheres quebram as folhas para serem colocadas no varal 35
A quebração das folhas é rotativa, enquanto uma fase seca no varal os trabalhadores iniciam outra etapa da quebração 36
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O agricultor JosÊ Adilson da Silva retira as folhas estragadas para que a planta cresça mais forte
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Trabalhador quebra as folhas do baixeiro, enquanto a sapata seca no varal
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O processo de quebração necessita de rapidez e agilidade adquiridas pela experiência de anos de cultivo 40
O processo de quebração das plantas causa exaustão nos trabalhadores, que reclamam de dores nas costas por passarem muito tempo inclinados
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As folhas quebradas são encaixadas embaixo do braço para depois serem levadas para o varal
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Adilson e a famĂlia conseguem realizar quatro plantios de fumo no ano
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As folhas nĂŁo podem ter muitas manchas amareladas, pois esse ĂŠ um indicativo da qualidade ruim do fumo 44
É possível achar vários tipos de insetos na roça, por isso é indicado o uso de luvas
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Adilson prefere trabalhar sem luvas, porque atrapalham na agilidade
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As folhas quebradas sĂŁo agrupadas no chĂŁo para que posteriormente sejam postas no varal
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O estágio de quebração exige que o trabalhador realize várias pausas para endireitar a coluna e aliviar as dores
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ApĂłs retirada das trĂŞs camadas de folhas, o talo ĂŠ tudo o que resta e permanece ali para morrer e virar abudo para a terra
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O trabalho diĂĄrio termina quando as folhas quebradas sĂŁo organizadas no varal
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O varal ĂŠ feito de estacas de madeiras fincadas no chĂŁo e varas de bambu, presas uma na outra com fita
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Um suporte de madeira e ferro Ê ultilizado para deixar o espaço entre as varas iguais
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A fita deve ser bem resistente para suportar o vento e a chuva
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Um varal possui em mĂŠdia dezesseis varas e cinco estacas 54
Quando as varas ficam alinhadas, a fita Ê entrelaçada ao redor delas
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CAPÍTULO 2
Do varal à destalação Depois de coletadas, as folhas são colocadas nos varais para que sejam expostas ao sol, permitindo que sequem adequadamente. O período de secagem varia entre 8 a 12 dias. As folhas de fumo com aspecto seco significam que já estão prontas para iniciar a destalação. As folhas são retiras dos varais pela manhã, entre seis e sete horas, pois esse horário as folhas já receberão os raios do sol permitindo que elas fiquem um pouco úmidas do sereno. Esse é um aspecto importante para o fumo, já que não é adequado retirar a folha depois desse horário, uma vez que as folhas podem ficar muito secas dificultando a destalação. A destalação é a retirada do talo da folha, ou seja, a parte mais grossa do talo, para que possa ser transformada em corda. Essa etapa é feita folha a folha, e logo depois, são juntadas uma sobre a outra formando camadas de folhas, chamado de molhos de fumo. A etapa de destalar e juntar pode levar horas para ser concluída, e é considerada uma das mais cansativas. O processo de destalação é iniciado nas primeiras semanas do mês de agosto e vai até início de outubro, sendo feita nos chamados “salões de fumo”, armazéns localizados na zona rural da cidade ou na própria casa do fumicultor. Na zona rural de Arapiraca, no auge do fumo de corda, era comum encontrar salões cheios de mulheres envolvidas com a destalação. Atualmente entretanto, os grupos diminuíram drasticamente e as expectativas são outras. 59
O agricultor faz os Ăştlimos ajustes antes do varal receber as primeiras folhas 60
Depois do varal pronto, as folhas de fumo sĂŁo organizadas folha a folha
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Josefa da Silva Aprendeu o ofĂcio ainda criança, quando ajudava o pai na safra do fumo. Hoje, a professora aposentada auxilia o marido, o fumicultor Florisval nos trabalhos de cultivo.
Os varais de fumo tomam conta nos corredores da roรงa
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Um copo de ĂĄgua ĂŠ o suficiente para combater o calor por alguns segundos 65
Os tons verdes da paisagem se misturam com o azul do cĂŠu
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O fumicultor atento, organiza as folhas no varal
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No varal, as folhas do baixeiro nos primeiros dias após a quebração
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As folhas secas indicam que o processo de destalação já vai iniciar
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A secagem em dias muito quentes podem ressecar as pontas das folhas 70
Trabalhadores caminham entre os varais e a plantação para iniciarem mais um dia de trabalho
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Adilson carrega as folhas jรก quebradas para o varal no fundo de sua casa
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As folhas são colocadas no varal com o talo voltado para cima para facilitar a destalação
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Depois de organizadas as folhas são encaixadas no espaço entre as varas
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Aos poucos os varais sĂŁo preenchidos com as folhas verdes do fumo
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Nas luvas do fumicultor as marcas registradas de um dia de trabalho รกrduo
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Trabalhador rural organiza pouco a pouco os maรงos de folhas nos varais, rapidamente dominando o cenรกrio da roรงa 77
As folhas secando no varal formam paredes que podem ser vistas a quilômetros de distância
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A secagem das folhas ĂŠ feita nos meses de agosto e setembro
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As folhas secando no varal mantém viva a tradição do fumo em Arapiaraca
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Na roça é possível ver o contraste entre o verde da planta a ser colhida e o marrom daquelas já secas no varal, prontas para a destalação
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Chuvas fortes podem apodrecer o talo da folha
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Os varais têm posição estratégica permitindo exposição ideal de sol e chuva. Tal método é herança deixada por gerações passadas e utilizada até hoje 83
Dia de retirar o fumo do varal, o fumicultor Everaldo, que mora perto da roรงa, acorda bem cedo para preparar a trouxa para levar o fumo para ser destalado em casa
São feitas várias viagens até concluir o trabalho, mas logo os varais ficam vazios e é possível então, começar o processo de destalação das folhas
Ovos de insetos sĂŁo normalmente encontrados nas folhas secas
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Folhas de fumo retiradas do varal e prontas para serem destaladas
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José Adilson da Silva Fumicultor, aprendeu as técnicas de produção de fumo desde criança com seus pais. Planta junto com a esposa e o filho quatro tarefas de fumo por safra.
O processo de destalação é exaustivo e pode demorar horas para ser concluído mesmo em mãos experientes 90
A destalação é uma tarefa predominante da mulher, e por causa da liberação de gases nocivos, algumas delas optam pelo uso de máscaras
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As mulheres se dividem entre a casa e a roรงa
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Destaladeira acomoda os pÊs na roda do carrinho para aliviar o cansaço
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Na destalação, a folha do fumo é enrolada na mão para impedir que esta se rasgue na retirada do talo
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A destaladeira se acomoda como pode para prosseguir com o trabalho
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As destaladeiras ganham por quilo de fumo destalado e juntado
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E logo o salĂŁo ĂŠ preenchido de talos, fumo para destalar e folhas para juntar
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Talo de um lado e a folha do outro, assim se compõe o cenário no salão
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Dona Dalva não planta mais fumo, mas ajuda os vizinhos na destalação
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Genir da Silva Foi criada pelos pais na cidade de Arapiraca cultivando o fumo. Casada com o fumicultor Adilson, ajuda ao lado do filho, o marido no cultivo das quatro tarefas da famĂlia.
Genir utiliza luva em sua mĂŁo, para evitar que a faca machuque seu dedo
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O fumicultor Adilson organiza as folhas destaladas na mĂŁo para facilitar o processo
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Um sorriso discreto e um olhar atento nas folhas de fumo
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A tradição do fumo em relação às novas gerações também não está definido
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As mĂŁos experientes guiam a faca diretamente no talo 106
Atualmente, a quantidade de destaladeiras reunidas nos salĂľes ĂŠ pequena comparado Ă s 30 mulheres que se reuniam antigamente
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O fim da destalação conclui mais um estágio da produção do fumo de corda
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Depois de retirar o talo, as folhas uma sobre as outras formam os molhos de fumo. Nas mãos é possível ver a cor que estas deixam ao manuseá-las sem luva
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Cunhada de Genir, Neide Salustiano aos poucos monta os molhos de fumo
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No chĂŁo, as folhas sĂŁo organizadas ponta com ponta
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Sempre se mantem o cuidado em deixar as folhas bem abertas
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E logo os primeiros molhos vĂŁo surgindo
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CAPÍTULO 3
Formando a bola de fumo Depois de destaladas, as folhas são empilhadas em molhos e então enroladas para formar a corda, onde esta, forma depois a bola de fumo dando início ao último estágio de produção. A corda é montada com pequenos molhos de folhas, tendo as pontas molhadas com um mel para que a corda não fique ressecada e para conservar a qualidade do fumo. O mel utilizado no fumo é composto de água e açúcar, que depois de pronto apresenta uma coloração escura de aspecto grosso. A bola de fumo tem em média de 80 a 100 quilos, variação que depende do tipo da folha, já que o fumo baixeiro é mais leve que a primeira. A bola de fumo fica exposta ao sol, e são torcidas diariamente em um período de 50 a 90 dias, processo determinado como curação, que serve para conservar o aspecto e a qualidade do fumo e preparar a corda para venda. Esse processo necessita de três pessoas para manusear os “macacos”, que são equipamentos de ferro ou madeira onde é encaixado o sarilho (pau onde o fumo fica enrolado), permitindo que a corda seja transferida para um outro sarilho. Depois de curadas, as bolas de fumo estão prontas para serem comercializadas nas “feiras de fumo”. A venda é também destinada para empresas locais, onde o fumo de corda é picado e serve para a fabricação manual de cigarros. Segundo o Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) atualmente o fumo de corda de Arapiraca é exportado para países como os Estado Unidos, China e África. 115
Depois de destalar e juntar, aos poucos os molhos de fumo dĂŁo origem Ă corda
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No chĂŁo ĂŠ colocado o tacho com o mel para molhar as pontas das folhas. Os molhos sĂŁo emendados e torcidos 118
O ambiente para a enrolação é improvisado e sem preocupação com o conforto
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Gidean Barros Paixão Fumicultor, também herdou a cultura dos pais, o contato com a roça começou quando criança. Mora com a esposa e filho, e tem o fumo como a principal fonte de renda.
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Depois de enrolado, o fumo ĂŠ transferido para o sarilho
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Bolas de fumo no processo de curação, expostas à luz do sol
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A curação também elimina substâncias que podem apodrecer as folhas 124
A curação é feita com o nascer do sol para que as bolas de fumo recebam todo o calor do dia
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Florisval Caetano da Silva Começou ainda criança a trabalhar nas roças de fumo ajudando os pais. Atualmente planta cerca de quatro tarefas de fumo na roça ao redor de casa com a ajuda da esposa Josefa. Seu Florisval já plantou outros cultivos, como a mandioca, mas prefere investir na plantação de fumo.
Processo de transferĂŞncia da corda de um sarilho para outro
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A curação é um trabalho braçal e exige muita agilidade e força
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O manuseio do macaco necessita de experiĂŞncia e cuidado
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A corda precisa ser torcida com muita força para não afrouxar as folhas 131
Depois de torcida, a bola de fumo ĂŠ levada com a ajuda de um carrinho, para ser exposta ao sol
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A bola de fumo nesse estรกgio apresenta cheiro forte
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ApĂłs curadas, as bolas de fumo sĂŁo mais escuras e mais finas
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Bolas de fumo curadas siginifica que o “ouro preto” está pronto para ser comercializado
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No Mercado Municipal de Campinas, ĂŠ possĂvel encontrar o fumo produzido na cidade de Arapiraca sendo vendido
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O fumo, para consumo próprio, é vendido a quilo ou por pedaço
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O preço do fumo de corda de Arapiraca Ê determinado pela espessura
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Antes do primeiro trago 139
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AS AUTORAS
Neide Salustiano, Keyla Cavalcante , Genir da Silva, Adilson da Silva e Giselle Reis
Keyla Cavalcante nasceu
Giselle Reis nasceu em Belo
em Arapiraca, onde passou parte de sua infância e trouxe a ideia deste Projeto Experimental. Hoje jornalista, pensa que o mundo é o limite. Já a coragem, fundamental para poder desbravá-lo sem medo do futuro.
Horizonte e partiu em busca de novas ideias para sua vida. Hoje se diz jornalista, fotógrafa e escritora, mas ainda não sabe ao certo o que quer fazer. Este Projeto é apenas o primeiro passo do que pode vir a ser. 143
AGRADECIMENTOS Agradecemos primeiramente a Deus pela força para realização desse projeto, as nossas famílias pelo amor, compreensão e apoio, a todos os professores do curso de Jornalismo da PUC-Campinas, principalmente ao nosso orientador Nelson Chinalia pelo incentivo e contribuição com o desenvolvimento do livro. Agradecemos as famílias de Arapiraca que abriram as portas de suas casas e nos receberam com muito carinho, em especial ao Florisval da Silva e sua esposa Josefa da Silva, ao José Adilson e sua esposa Genir da Silva, ao Luiz Salustiano e sua esposa Ivaneide Salustiano e ao Gidean Paixão que contribuíram com informações e compartilharam suas experiências. Agradecemos também ao Secretário de Agricultura de Arapiraca, Rui Palmeira e toda sua equipe pela recepção e contribuição, ao professor de história na Universidade Federal de Alagoas (UFAL), José Roberto Santos Lima pelas informações que foram essenciais no desenvolvimento do livro e a todos que tornaram possível a realização desse trabalho.
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CRÉDITOS pág. 12 - Keyla Cavalcante pág. 13 - Giselle Reis pág. 14 - Giselle Reis pág. 15 - Giselle Reis pág. 16 - Giselle Reis pág. 17 - Giselle Reis pág. 18 - Keyla Cavalcante pág. 19 - Giselle Reis pág. 20 e 21 - Giselle Reis pág. 22 - Keyla Cavalcante pág. 23 - Giselle Reis pág. 24 - Giselle Reis pág. 25 - Giselle Reis pág. 26 - Keyla Cavalcante pág. 27 - Keyla Cavalcante pág. 28 e 29 - Keyla Cavalcante pág. 30 - Keyla Cavalcante pág. 31 - Giselle Reis pág. 32 - Giselle Reis pág. 33 - Keyla Cavalcante pág. 34 - Giselle Reis pág. 35 - Keyla Cavalcante pág. 36 e 37 - Keyla Cavalcante pág. 38 - Keyla Cavalcante pág. 39 - Giselle Reis pág. 40 - Keyla Cavalcante pág. 41 - Giselle Reis pág. 42 - Giselle Reis pág. 43 - Keyla Cavalcante pág. 44 - Keyla Cavalcante pág. 45 - Keyla Cavalcante pág. 46 - Keyla Cavalcante
pág. 47 - Giselle Reis pág. 48 - Keyla Cavalcante pág. 49 - Giselle Reis pág. 50 - Keyla Cavalcante pág. 51 - Keyla Cavalcante pág. 52 - Keyla Cavalcante pág. 53 - Giselle Reis pág. 54 - Keyla Cavalcante pág. 55 - Giselle Reis pág. 56 e 57 - Giselle Reis pág. 60 - Keyla Cavalcante pág. 61 - Keyla Cavalcante pág. 62 e 63 - Keyla Cavalcante pág. 64 - Giselle Reis pág. 65 - Giselle Reis pág. 66 - Keyla Cavalcante pág. 67 - Giselle Reis pág. 68 - Giselle Reis pág. 69 - Giselle Reis pág. 70 - Giselle Reis pág. 71 - Keyla Cavalcante pág. 72 - Giselle Reis pág. 73 - Giselle Reis pág. 74 - Keyla Cavalcante pág. 75 - Giselle Reis pág. 76 - Keyla Cavalcante pág. 77 - Giselle Reis pág. 78 - Giselle Reis pág. 79 - Keyla Cavalcante pág. 80 - Giselle Reis pág. 81 - Keyla Cavalcante 145
CRÉDITOS pág. 82 - Keyla Cavalcante pág. 83 - Keyla Cavalcante pág. 84 e 85
pág. 113 - Giselle Reis
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pág. 116 - Giselle Reis pág. 117 - Giselle Reis pág. 118 - Giselle Reis pág. 119 - Giselle Reis pág. 120 e 121 - Giselle Reis pág. 122 - Keyla Cavalcante pág. 123 - Giselle Reis pág. 124 - Giselle Reis pág. 125 - Keyla Cavalcante pág. 126 e 127 - Keyla Cavalcante pág. 128 - Keyla Cavalcante pág. 129 - Keyla Cavalcante pág. 130 - Keyla Cavalcante pág. 131 - Keyla Cavalcante pág. 132 - Keyla Cavalcante pág. 133 - Giselle Reis pág. 134 - Keyla Cavalcante pág. 135 - Keyla Cavalcante pág. 136 - Keyla Cavalcante pág. 137 - Giselle Reis pág. 138 - Giselle Reis pág. 139 - Giselle Reis pág. 140 e 141 - Keyla Cavalcante pág. 143 - Emanuely Gumarães dos Santos
- 1; 4; 5; 8 - Giselle Reis - 2; 3; 6; 7 - Keyla Cavalcante pág. 86 - Giselle Reis pág. 87 - Giselle Reis pág. 88 e 89 - Giselle Reis pág. 90 - Keyla Cavalcante pág. 91 - Keyla Cavalcante pág. 92 - Giselle Reis pág. 93 - Giselle Reis pág. 94 - Giselle Reis pág. 95 - Giselle Reis pág. 96 - Keyla Cavalcante pág. 97 - Giselle Reis pág. 98 - Giselle Reis pág. 99 - Keyla Cavalcante pág. 100 e 101 - Keyla Cavalcante pág. 102 - Giselle Reis pág. 103 - Giselle Reis pág. 104 - Keyla Cavalcante pág. 105 - Giselle Reis pág. 106 - Keyla Cavalcante pág. 107 - Giselle Reis pág. 108 - Keyla Cavalcante pág. 109 - Giselle Reis pág. 110 - Giselle Reis pág. 111 - Giselle Reis pág. 112 - Giselle Reis
Capa e versos de capas: Keyla Cavalcante Contracapa: Giselle Reis
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Vista parcial da cultura de fumo, vendo-se parte da cidade de Arapiraca 151
O Ouro preto de Arapiraca é um projeto experimental da faculdade de Jornalismo da PUC-Campinas que mostra a resistência da produção de fumo de corda em Arapiraca AL e o esforço das famílias fumageiras no cultivo do tabaco. Cada uma ao seu estilo e com suas convicções, as jornalistas Giselle Reis e Keyla Cavalcante mostram o trabalho e a experiência das famílias arapiraquenses nas roças de fumo. A realização desse livro proporcionou uma enriquecedora oportunidade de aprendizado ao longo dos cinco meses de produção e dedicação. A viagem para o estado de Alagoas durou vinte e um dias, sendo quatorze dias em Arapiraca acompanhando de perto o trabalho das famílias fumageiras.
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