Ouro Preto de Arapiraca

Page 1

OURO PRETO DE ARAPIRACA

Giselle Reis • Keyla Cavalcante 1


2


3



Giselle Reis • Keyla Cavalcante

OURO PRETO DE ARAPIRACA

Livro fotográfico desenvolvido para o Projeto Experimental do curso de Jornalismo da Pontifícia Universidade Católica de Campinas.

2015


Ficha Catalográfica Elaborada pelo Sistema de Bibliotecas e Informação - SBI - PUC-Campinas


“O que a Fotografia reproduz ao infinito só ocorreu uma vez: ela repete mecanicamente o que nunca mais poderá repetir-se existencialmente.” ~ Roland Barthes


INTRODUÇÃO O Ouro Preto de Arapiraca retrata a permanência da cultura do plantio do fumo de corda na cidade de Arapiraca tendo em vista a crise fumageira no país e a importância do seu papel na vida das famílias de agricultores, que apesar dos recuos significativos na produção e no comércio, ainda dependem dessa atividade para a geração de renda em um0 cenário instável, causado pelos fatores de mercado e clima desfavoráveis à essa atividade. O objetivo deste livro é reportar o empenho e a dedicação dessas famílias ao cultivo do fumo, acompanhando o dia a dia da comunidade desde a semeadura da planta de tabaco até o produto final para ser comercializado. Arapiraca tem uma população aproximada de 230 mil habitantes (IBGE 2014), sendo a segunda maior cidade do estado de Alagoas. Considerada a “Capital do Fumo” durante o século XX, foi um dos maiores centros produtores e exportadores de tabaco do Brasil neste período, tornando o fumo de corda a principal atividade econômica da região por mais de cinco décadas. O plantio do fumo de corda em Arapiraca teve início no final do século XIX, por volta de 1890 (GUEDES, 1978, p11.). No início da década de 1920 a cidade já se destacava pelo desenvolvimento intenso do fumo e a cultura dominava a cidade e seus municípios limítrofes, onde mais da metade da população produzia fumo de corda. Alguns fatores importantes impactaram negativamente o plantio e a produção de fumo de corda na região, dando início a uma 8


crise no setor fumageiro. Podem ser citados como exemplo a falta de financiamentos bancários para os agricultores, o deslocamento das novas gerações para outros fins (indústria e comércio) e a implantação da Lei Antifumo (1996) - legislação que motivou a redução de consumo do cigarro no país e foi ampliada ao longo dos últimos anos. Sem incentivos governamentais, e com campanhas contra o hábito de fumar, a cultura do fumo diminuiu, fazendo com que grande parte dos produtores passassem a investir em outras culturas, como a mandioca e o inhame. A crise do fumo em Arapiraca teve início ainda no final da década de 1990, quando frases de alerta sobre os ricos do cigarro foram obrigatoriamente inseridas nas propagandas de rádio e TV, e com a proibição da divulgação do tabaco em qualquer meio de comunicação. Segundo o Secretário de agricultura de Arapiraca, Rui Palmeira, atualmente a cidade produz apenas 25% do que já se cultivou, que equivale a aproximadamente dez mil hectares de fumo. Mas, mesmo não sendo a principal atividade econômica na região, o cultivo do fumo de corda ainda garante o sustento de muitas famílias e, apesar de existirem outros cultivos, muitos agricultores plantam apenas o fumo, pois para as outras atividades é necessário um investimento maior. Dessa maneira, o fumo de corda ainda é considerado o ouro preto de muitas famílias arapiraquenses.

9


CAPÍTULO 1


O processo da semeia O primeiro estágio da produção do fumo é o plantio da semente que dá origem à planta (Nicotiana tabacum), que geralmente se semeia no mês de abril. Depois de crescidas é necessário manter as plantas sempre limpas, evitando o capim e pragas. Esse processo é chamado de Semear. Quando a planta alcança um tamanho entre 22 a 25 cm, ela sai do canteiro inicial e vai para os chamados “currais de fumo”, que são canteiros maiores, onde é feita a semeia (planta) do fumo. A roça de fumo é medida em “tarefas”, cada uma equivale a 3.052 metros quadrados. A planta do fumo necessita de muitos cuidados, para isso os fumicultores usam adubos químicos (tortas e salitre) e defensivos agrícolas, além de venenos. Quando as folhas começam a apresentar pequenas manchas amarelas significa que elas já estão maduras e prontas para a colheita (quebra da folha do fumo) processo que tem início no mês de agosto, entre 50 a 60 dias depois do plantio. Trata-se de um trabalho manual e fisicamente exaustivo que segue três principais fases: a primeira é chamada de Sapata, que é a retirada das folhas de baixo. São folhas de aspecto mais finas e leves, determinando um fumo de menor qualidade; o Baixeiro que são as folhas intermediárias; e por último, a Primeira que são as folhas de cima, caracterizadas por serem as folhas de melhor qualidade por apresentar um aspecto mais pesado. As folhas de fumo variam de 25 a 40 centímetros. O intervalo de uma fase para outra varia entre 12 a 15 dias. 11


Vista parcial do Sítio Lagoa D’Água, local onde a maioria dos moradores são fumicultores

12


A cerca delimita os cultivos dos agricultores da região de Lagoa D’Água 13


A flor do tabaco (olho) ĂŠ retirado da maioria das plantas para melhorar o desenvolvimento e crescimento das folhas

14


Semente do tacabo extraĂ­do do olho da planta para as prĂłximas safras

15


As poucas flores que permanecem, irĂŁo gerar as futuras sementes 16


A planta do fumo é muito sensível e exige muito cuidado. O uso de defensivos agrícolas é essencial para o seu desenvolvimento

17


Roça de fumo pronta para iniciar a primeira quebração (colheita) da folha 18


A chuva ĂŠ essencial para o desenvolvimento da planta do fumo em seu estĂĄgio inicial

19


Cada gota de รกgua representa a expectativa dos fumicultores com o futuro da safra 20


21


No mês de agosto, as chuvas são em abundância ao final da tarde. Enquanto o colorido do arco-íris, quebra a monotonia do verde

22


Entre plantações de fumo existe espaço para se divertir, enquanto o verde enfeita o cenário na zona rural de Arapiraca

23


O agricultor carrega adubo para a roรงa para iniciar mais um dia de trabalho

24


Os produtos quĂ­micos, para controle das pragas, sĂŁo passados no mĂ­nimo a cada quinze dias nas plantas

25


Seu Manuel carrega nas mãos a experiência de muitos anos de roça 26


O uso de alguns produtos mais ofensivos exige maior proteção para o trabalhador

27


28


29


Trabalhadores agachados entre os canteiros da roรงa, adubando planta a planta do fumo

30


O Salitre ĂŠ o tipo de adubo mais utilizado na planta do fumo e serve para fortificar as folhas e manter o aspecto mais verde

31


Depois que a planta recebe os cuidados devidos, o resultado nĂŁo demora a aparecer 32


Apesar da predominância de roças familiares na região, existem também as grandes propriedades, como a de José Lino, que demanda contratação de trabalhadores

33


Perto do pôr do sol, trabalhadores no processo de quebração da sapata

34


Com roupas de manga longa para se protegerem do sol ardente, mulheres quebram as folhas para serem colocadas no varal 35


A quebração das folhas é rotativa, enquanto uma fase seca no varal os trabalhadores iniciam outra etapa da quebração 36


37


O agricultor JosÊ Adilson da Silva retira as folhas estragadas para que a planta cresça mais forte

38


Trabalhador quebra as folhas do baixeiro, enquanto a sapata seca no varal

39


O processo de quebração necessita de rapidez e agilidade adquiridas pela experiência de anos de cultivo 40


O processo de quebração das plantas causa exaustão nos trabalhadores, que reclamam de dores nas costas por passarem muito tempo inclinados

41


As folhas quebradas são encaixadas embaixo do braço para depois serem levadas para o varal

42


Adilson e a famĂ­lia conseguem realizar quatro plantios de fumo no ano

43


As folhas nĂŁo podem ter muitas manchas amareladas, pois esse ĂŠ um indicativo da qualidade ruim do fumo 44


É possível achar vários tipos de insetos na roça, por isso é indicado o uso de luvas

45


Adilson prefere trabalhar sem luvas, porque atrapalham na agilidade

46


As folhas quebradas sĂŁo agrupadas no chĂŁo para que posteriormente sejam postas no varal

47


O estágio de quebração exige que o trabalhador realize várias pausas para endireitar a coluna e aliviar as dores

48


ApĂłs retirada das trĂŞs camadas de folhas, o talo ĂŠ tudo o que resta e permanece ali para morrer e virar abudo para a terra

49


O trabalho diĂĄrio termina quando as folhas quebradas sĂŁo organizadas no varal

50


O varal ĂŠ feito de estacas de madeiras fincadas no chĂŁo e varas de bambu, presas uma na outra com fita

51


Um suporte de madeira e ferro Ê ultilizado para deixar o espaço entre as varas iguais

52


A fita deve ser bem resistente para suportar o vento e a chuva

53


Um varal possui em mĂŠdia dezesseis varas e cinco estacas 54


Quando as varas ficam alinhadas, a fita Ê entrelaçada ao redor delas

55


56


57


CAPÍTULO 2


Do varal à destalação Depois de coletadas, as folhas são colocadas nos varais para que sejam expostas ao sol, permitindo que sequem adequadamente. O período de secagem varia entre 8 a 12 dias. As folhas de fumo com aspecto seco significam que já estão prontas para iniciar a destalação. As folhas são retiras dos varais pela manhã, entre seis e sete horas, pois esse horário as folhas já receberão os raios do sol permitindo que elas fiquem um pouco úmidas do sereno. Esse é um aspecto importante para o fumo, já que não é adequado retirar a folha depois desse horário, uma vez que as folhas podem ficar muito secas dificultando a destalação. A destalação é a retirada do talo da folha, ou seja, a parte mais grossa do talo, para que possa ser transformada em corda. Essa etapa é feita folha a folha, e logo depois, são juntadas uma sobre a outra formando camadas de folhas, chamado de molhos de fumo. A etapa de destalar e juntar pode levar horas para ser concluída, e é considerada uma das mais cansativas. O processo de destalação é iniciado nas primeiras semanas do mês de agosto e vai até início de outubro, sendo feita nos chamados “salões de fumo”, armazéns localizados na zona rural da cidade ou na própria casa do fumicultor. Na zona rural de Arapiraca, no auge do fumo de corda, era comum encontrar salões cheios de mulheres envolvidas com a destalação. Atualmente entretanto, os grupos diminuíram drasticamente e as expectativas são outras. 59


O agricultor faz os Ăştlimos ajustes antes do varal receber as primeiras folhas 60


Depois do varal pronto, as folhas de fumo sĂŁo organizadas folha a folha

61


62


Josefa da Silva Aprendeu o ofício ainda criança, quando ajudava o pai na safra do fumo. Hoje, a professora aposentada auxilia o marido, o fumicultor Florisval nos trabalhos de cultivo.


Os varais de fumo tomam conta nos corredores da roรงa

64


Um copo de ĂĄgua ĂŠ o suficiente para combater o calor por alguns segundos 65


Os tons verdes da paisagem se misturam com o azul do cĂŠu

66


O fumicultor atento, organiza as folhas no varal

67


No varal, as folhas do baixeiro nos primeiros dias após a quebração

68


As folhas secas indicam que o processo de destalação já vai iniciar

69


A secagem em dias muito quentes podem ressecar as pontas das folhas 70


Trabalhadores caminham entre os varais e a plantação para iniciarem mais um dia de trabalho

71


Adilson carrega as folhas jรก quebradas para o varal no fundo de sua casa

72


As folhas são colocadas no varal com o talo voltado para cima para facilitar a destalação

73


Depois de organizadas as folhas são encaixadas no espaço entre as varas

74


Aos poucos os varais sĂŁo preenchidos com as folhas verdes do fumo

75


Nas luvas do fumicultor as marcas registradas de um dia de trabalho รกrduo

76


Trabalhador rural organiza pouco a pouco os maรงos de folhas nos varais, rapidamente dominando o cenรกrio da roรงa 77


As folhas secando no varal formam paredes que podem ser vistas a quilômetros de distância

78


A secagem das folhas ĂŠ feita nos meses de agosto e setembro

79


As folhas secando no varal mantém viva a tradição do fumo em Arapiaraca

80


Na roça é possível ver o contraste entre o verde da planta a ser colhida e o marrom daquelas já secas no varal, prontas para a destalação

81


Chuvas fortes podem apodrecer o talo da folha

82


Os varais têm posição estratégica permitindo exposição ideal de sol e chuva. Tal método é herança deixada por gerações passadas e utilizada até hoje 83


Dia de retirar o fumo do varal, o fumicultor Everaldo, que mora perto da roรงa, acorda bem cedo para preparar a trouxa para levar o fumo para ser destalado em casa


São feitas várias viagens até concluir o trabalho, mas logo os varais ficam vazios e é possível então, começar o processo de destalação das folhas


Ovos de insetos sĂŁo normalmente encontrados nas folhas secas

86


Folhas de fumo retiradas do varal e prontas para serem destaladas

87


88


José Adilson da Silva Fumicultor, aprendeu as técnicas de produção de fumo desde criança com seus pais. Planta junto com a esposa e o filho quatro tarefas de fumo por safra.


O processo de destalação é exaustivo e pode demorar horas para ser concluído mesmo em mãos experientes 90


A destalação é uma tarefa predominante da mulher, e por causa da liberação de gases nocivos, algumas delas optam pelo uso de máscaras

91


As mulheres se dividem entre a casa e a roรงa

92


Destaladeira acomoda os pÊs na roda do carrinho para aliviar o cansaço

93


Na destalação, a folha do fumo é enrolada na mão para impedir que esta se rasgue na retirada do talo

94


A destaladeira se acomoda como pode para prosseguir com o trabalho

95


As destaladeiras ganham por quilo de fumo destalado e juntado

96


E logo o salĂŁo ĂŠ preenchido de talos, fumo para destalar e folhas para juntar

97


Talo de um lado e a folha do outro, assim se compõe o cenário no salão

98


Dona Dalva não planta mais fumo, mas ajuda os vizinhos na destalação

99


100


Genir da Silva Foi criada pelos pais na cidade de Arapiraca cultivando o fumo. Casada com o fumicultor Adilson, ajuda ao lado do filho, o marido no cultivo das quatro tarefas da famĂ­lia.


Genir utiliza luva em sua mĂŁo, para evitar que a faca machuque seu dedo

102


O fumicultor Adilson organiza as folhas destaladas na mĂŁo para facilitar o processo

103


Um sorriso discreto e um olhar atento nas folhas de fumo

104


A tradição do fumo em relação às novas gerações também não está definido

105


As mĂŁos experientes guiam a faca diretamente no talo 106


Atualmente, a quantidade de destaladeiras reunidas nos salĂľes ĂŠ pequena comparado Ă s 30 mulheres que se reuniam antigamente

107


O fim da destalação conclui mais um estágio da produção do fumo de corda

108


Depois de retirar o talo, as folhas uma sobre as outras formam os molhos de fumo. Nas mãos é possível ver a cor que estas deixam ao manuseá-las sem luva

109


Cunhada de Genir, Neide Salustiano aos poucos monta os molhos de fumo

110


No chĂŁo, as folhas sĂŁo organizadas ponta com ponta

111


Sempre se mantem o cuidado em deixar as folhas bem abertas

112


E logo os primeiros molhos vĂŁo surgindo

113


CAPÍTULO 3


Formando a bola de fumo Depois de destaladas, as folhas são empilhadas em molhos e então enroladas para formar a corda, onde esta, forma depois a bola de fumo dando início ao último estágio de produção. A corda é montada com pequenos molhos de folhas, tendo as pontas molhadas com um mel para que a corda não fique ressecada e para conservar a qualidade do fumo. O mel utilizado no fumo é composto de água e açúcar, que depois de pronto apresenta uma coloração escura de aspecto grosso. A bola de fumo tem em média de 80 a 100 quilos, variação que depende do tipo da folha, já que o fumo baixeiro é mais leve que a primeira. A bola de fumo fica exposta ao sol, e são torcidas diariamente em um período de 50 a 90 dias, processo determinado como curação, que serve para conservar o aspecto e a qualidade do fumo e preparar a corda para venda. Esse processo necessita de três pessoas para manusear os “macacos”, que são equipamentos de ferro ou madeira onde é encaixado o sarilho (pau onde o fumo fica enrolado), permitindo que a corda seja transferida para um outro sarilho. Depois de curadas, as bolas de fumo estão prontas para serem comercializadas nas “feiras de fumo”. A venda é também destinada para empresas locais, onde o fumo de corda é picado e serve para a fabricação manual de cigarros. Segundo o Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) atualmente o fumo de corda de Arapiraca é exportado para países como os Estado Unidos, China e África. 115


Depois de destalar e juntar, aos poucos os molhos de fumo dĂŁo origem Ă corda

116


117


No chĂŁo ĂŠ colocado o tacho com o mel para molhar as pontas das folhas. Os molhos sĂŁo emendados e torcidos 118


O ambiente para a enrolação é improvisado e sem preocupação com o conforto

119


Gidean Barros Paixão Fumicultor, também herdou a cultura dos pais, o contato com a roça começou quando criança. Mora com a esposa e filho, e tem o fumo como a principal fonte de renda.


121


Depois de enrolado, o fumo ĂŠ transferido para o sarilho

122


Bolas de fumo no processo de curação, expostas à luz do sol

123


A curação também elimina substâncias que podem apodrecer as folhas 124


A curação é feita com o nascer do sol para que as bolas de fumo recebam todo o calor do dia

125


126


Florisval Caetano da Silva Começou ainda criança a trabalhar nas roças de fumo ajudando os pais. Atualmente planta cerca de quatro tarefas de fumo na roça ao redor de casa com a ajuda da esposa Josefa. Seu Florisval já plantou outros cultivos, como a mandioca, mas prefere investir na plantação de fumo.


Processo de transferĂŞncia da corda de um sarilho para outro

128


A curação é um trabalho braçal e exige muita agilidade e força

129


O manuseio do macaco necessita de experiĂŞncia e cuidado

130


A corda precisa ser torcida com muita força para não afrouxar as folhas 131


Depois de torcida, a bola de fumo ĂŠ levada com a ajuda de um carrinho, para ser exposta ao sol

132


A bola de fumo nesse estรกgio apresenta cheiro forte

133


ApĂłs curadas, as bolas de fumo sĂŁo mais escuras e mais finas

134


Bolas de fumo curadas siginifica que o “ouro preto” está pronto para ser comercializado

135


No Mercado Municipal de Campinas, ĂŠ possĂ­vel encontrar o fumo produzido na cidade de Arapiraca sendo vendido

136


O fumo, para consumo próprio, é vendido a quilo ou por pedaço

137


O preço do fumo de corda de Arapiraca Ê determinado pela espessura

138


Antes do primeiro trago 139


140


141



AS AUTORAS

Neide Salustiano, Keyla Cavalcante , Genir da Silva, Adilson da Silva e Giselle Reis

Keyla Cavalcante nasceu

Giselle Reis nasceu em Belo

em Arapiraca, onde passou parte de sua infância e trouxe a ideia deste Projeto Experimental. Hoje jornalista, pensa que o mundo é o limite. Já a coragem, fundamental para poder desbravá-lo sem medo do futuro.

Horizonte e partiu em busca de novas ideias para sua vida. Hoje se diz jornalista, fotógrafa e escritora, mas ainda não sabe ao certo o que quer fazer. Este Projeto é apenas o primeiro passo do que pode vir a ser. 143


AGRADECIMENTOS Agradecemos primeiramente a Deus pela força para realização desse projeto, as nossas famílias pelo amor, compreensão e apoio, a todos os professores do curso de Jornalismo da PUC-Campinas, principalmente ao nosso orientador Nelson Chinalia pelo incentivo e contribuição com o desenvolvimento do livro. Agradecemos as famílias de Arapiraca que abriram as portas de suas casas e nos receberam com muito carinho, em especial ao Florisval da Silva e sua esposa Josefa da Silva, ao José Adilson e sua esposa Genir da Silva, ao Luiz Salustiano e sua esposa Ivaneide Salustiano e ao Gidean Paixão que contribuíram com informações e compartilharam suas experiências. Agradecemos também ao Secretário de Agricultura de Arapiraca, Rui Palmeira e toda sua equipe pela recepção e contribuição, ao professor de história na Universidade Federal de Alagoas (UFAL), José Roberto Santos Lima pelas informações que foram essenciais no desenvolvimento do livro e a todos que tornaram possível a realização desse trabalho.

144


CRÉDITOS pág. 12 - Keyla Cavalcante pág. 13 - Giselle Reis pág. 14 - Giselle Reis pág. 15 - Giselle Reis pág. 16 - Giselle Reis pág. 17 - Giselle Reis pág. 18 - Keyla Cavalcante pág. 19 - Giselle Reis pág. 20 e 21 - Giselle Reis pág. 22 - Keyla Cavalcante pág. 23 - Giselle Reis pág. 24 - Giselle Reis pág. 25 - Giselle Reis pág. 26 - Keyla Cavalcante pág. 27 - Keyla Cavalcante pág. 28 e 29 - Keyla Cavalcante pág. 30 - Keyla Cavalcante pág. 31 - Giselle Reis pág. 32 - Giselle Reis pág. 33 - Keyla Cavalcante pág. 34 - Giselle Reis pág. 35 - Keyla Cavalcante pág. 36 e 37 - Keyla Cavalcante pág. 38 - Keyla Cavalcante pág. 39 - Giselle Reis pág. 40 - Keyla Cavalcante pág. 41 - Giselle Reis pág. 42 - Giselle Reis pág. 43 - Keyla Cavalcante pág. 44 - Keyla Cavalcante pág. 45 - Keyla Cavalcante pág. 46 - Keyla Cavalcante

pág. 47 - Giselle Reis pág. 48 - Keyla Cavalcante pág. 49 - Giselle Reis pág. 50 - Keyla Cavalcante pág. 51 - Keyla Cavalcante pág. 52 - Keyla Cavalcante pág. 53 - Giselle Reis pág. 54 - Keyla Cavalcante pág. 55 - Giselle Reis pág. 56 e 57 - Giselle Reis pág. 60 - Keyla Cavalcante pág. 61 - Keyla Cavalcante pág. 62 e 63 - Keyla Cavalcante pág. 64 - Giselle Reis pág. 65 - Giselle Reis pág. 66 - Keyla Cavalcante pág. 67 - Giselle Reis pág. 68 - Giselle Reis pág. 69 - Giselle Reis pág. 70 - Giselle Reis pág. 71 - Keyla Cavalcante pág. 72 - Giselle Reis pág. 73 - Giselle Reis pág. 74 - Keyla Cavalcante pág. 75 - Giselle Reis pág. 76 - Keyla Cavalcante pág. 77 - Giselle Reis pág. 78 - Giselle Reis pág. 79 - Keyla Cavalcante pág. 80 - Giselle Reis pág. 81 - Keyla Cavalcante 145


CRÉDITOS pág. 82 - Keyla Cavalcante pág. 83 - Keyla Cavalcante pág. 84 e 85

pág. 113 - Giselle Reis

1

2

5

6

3

4

7

8

pág. 116 - Giselle Reis pág. 117 - Giselle Reis pág. 118 - Giselle Reis pág. 119 - Giselle Reis pág. 120 e 121 - Giselle Reis pág. 122 - Keyla Cavalcante pág. 123 - Giselle Reis pág. 124 - Giselle Reis pág. 125 - Keyla Cavalcante pág. 126 e 127 - Keyla Cavalcante pág. 128 - Keyla Cavalcante pág. 129 - Keyla Cavalcante pág. 130 - Keyla Cavalcante pág. 131 - Keyla Cavalcante pág. 132 - Keyla Cavalcante pág. 133 - Giselle Reis pág. 134 - Keyla Cavalcante pág. 135 - Keyla Cavalcante pág. 136 - Keyla Cavalcante pág. 137 - Giselle Reis pág. 138 - Giselle Reis pág. 139 - Giselle Reis pág. 140 e 141 - Keyla Cavalcante pág. 143 - Emanuely Gumarães dos Santos

- 1; 4; 5; 8 - Giselle Reis - 2; 3; 6; 7 - Keyla Cavalcante pág. 86 - Giselle Reis pág. 87 - Giselle Reis pág. 88 e 89 - Giselle Reis pág. 90 - Keyla Cavalcante pág. 91 - Keyla Cavalcante pág. 92 - Giselle Reis pág. 93 - Giselle Reis pág. 94 - Giselle Reis pág. 95 - Giselle Reis pág. 96 - Keyla Cavalcante pág. 97 - Giselle Reis pág. 98 - Giselle Reis pág. 99 - Keyla Cavalcante pág. 100 e 101 - Keyla Cavalcante pág. 102 - Giselle Reis pág. 103 - Giselle Reis pág. 104 - Keyla Cavalcante pág. 105 - Giselle Reis pág. 106 - Keyla Cavalcante pág. 107 - Giselle Reis pág. 108 - Keyla Cavalcante pág. 109 - Giselle Reis pág. 110 - Giselle Reis pág. 111 - Giselle Reis pág. 112 - Giselle Reis

Capa e versos de capas: Keyla Cavalcante Contracapa: Giselle Reis

146





150


Vista parcial da cultura de fumo, vendo-se parte da cidade de Arapiraca 151


O Ouro preto de Arapiraca é um projeto experimental da faculdade de Jornalismo da PUC-Campinas que mostra a resistência da produção de fumo de corda em Arapiraca AL e o esforço das famílias fumageiras no cultivo do tabaco. Cada uma ao seu estilo e com suas convicções, as jornalistas Giselle Reis e Keyla Cavalcante mostram o trabalho e a experiência das famílias arapiraquenses nas roças de fumo. A realização desse livro proporcionou uma enriquecedora oportunidade de aprendizado ao longo dos cinco meses de produção e dedicação. A viagem para o estado de Alagoas durou vinte e um dias, sendo quatorze dias em Arapiraca acompanhando de perto o trabalho das famílias fumageiras.

152


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.