Revista ENGENHEIRO

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engenheiro Revista da Associação dos Ex-Alunos da Escola de Engenharia da UFMG - Dezembro de 2011 • Ano III Nº 03

Especial 100 Anos da Escola de Engenharia da UFMG Um registro da história e as comemorações do primeiro século de existência



Índice

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05 06 08 18 23 24 26 34 37 38 43 44 46 54

Editorial Entrevista Dr. Bennedicto Júlio Valladares Independência em fase final de construção Turismo: um bom negócio Brasil: país de grandes oportunidades A areia verde Guia de compras do Engenheiro Solutions: gestão de seguros Saúde Mercado de riscos: mercado de oportunidades Vidrália Opinião Especial Centenário da Escola de Engenharia da UFMG História

Participaram desta edição: Fotos: Gilson de Souza

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Engenheiro Tárcio Primo Belém Barbosa Turma UFMG 1959

Engenheiro Benedicto Júlio Valladares Turma UFMG 1960

Engenheiro Fabian Amorim Turma UFMG 2000

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38

44

Engenheiro Marcos Sant´Anna Turma UFMG 1962

Engenheiro Luiz Fernando Pires Turma UFF 1972

Engenheiro Ricardo Valadares Gontijo Turma UFMG 1974

Escultura Monumental dos 100 Anos da Escola de Engenharia Foto de Capa: Gilson de Souza

Expediente A Revista ENGENHEIRO é uma publicação da Associação dos Ex-alunos da Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais. Presidente: Tárcio Primo Belém Barbosa 1º Vice-presidente: Fábio B. Simoni 2º Vice-presidente: Geraldo Dirceu de Oliveira 3º Vice-presidente: Danilo Amaral Secretário Geral: André de Oliveira Pinto 1º Secretário: Sidon Clevio Pimenta Etrusco 1º Tesoureiro: Salomão Jorge Netto 2º Tesoureiro: Maria Consuelo B. Cardoso Máximo Diretores Técnicos: Adir José de Freitas e Sílvio Piroli Diretor Cultural: Guilherme Brandão Federman Diretor Social: Maeli Estrela Borges Diretores Adjuntos: Clovis Vaz da Costa, Olavo Aurélio P. Albuquerque, Delmiro Schmidt de Andrade, Emílio Elias Mouchrek Filho, Enid Brandão Carneiro e José Carlos Laender de Castro Superintendente do ITPD: Euller Magalhães da Rocha Conselheiro Deliberativo Presidente de Honra: Levínio da Cunha Castilho Presidente: Hilton Homem de Castro Vice-presidente: Gabriel Lustosa de Andrade Membros: Éderson Bustamante, José Ignácio Brum Ribeiro, Gilson de Carvalho Queiroz Filho, Onofre Resende, Paulo José de Lima Vieira, Fernando Amorim de Paula, Marita Areas de Souza Tavares, Edson Durão Júdice, Rodney Rezende Saldanha Endereço: Rua da Bahia, 52 • 2º Andar – Centro / Belo Horizonte – Minas Gerais CEP 30.160-090 Telefone: (31) 3273-3023 Revista ENGENHEIRO 3ª Edição • Ano III Departamento Comercial: Produtos BH Jornalista Responsável: Gilson de Souza (MG - 12.251 JP) Diagramação e Arte: Gilson de Souza (31) 3462-0515 Impressão: Gráfica EGL - Editores Ltda. Tiragem: 20.000 exemplares


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Editorial

05 Gilson de Souza

A

Acompanhando a evolução crescente da Engenharia nos dias atuais, queremos focalizar um assunto de vital importância - a falta de profissionais no mercado de trabalho. Com um período longo de estagnação que tivemos, a Engenharia brasileira sofreu um impacto ao diplomar vários profissionais. Formou-se um grande numero de engenheiros à procura de um lugar ao sol: “faltavam obras”. Hoje em dia acontece o contrário, uma explosão de atividades na Engenharia. Outro fator que teve grande influência no caos em que hoje enfrentamos, foi o desinteresse por nossa formação profissional. Segundo dados estatísticos das Escolas de Engenharia, houve queda vertiginosa de candidatos nos vestibulares; quando o jovem sempre se perguntava: formar em Engenharia para que? Ficar desempregado? Onde estão as obras? É publico e notório que os candidatos à engenharia, diante do quadro atual, ampliam substancialmente seu interesse em ingressar nesta profissão. Vem, no entanto a pergunta: mas só daqui a 5 (cinco) anos? Outra indagação: qual o curso em que devo me matricular? Teremos obras de todas as modalidades? A Associação dos Ex-Alunos da Escola de Engenharia da UFMG, mantém acesa essa chama, sempre procurando caminhar ao lado de outras entidades, objetivando sanar, em curto prazo, o impasse que hoje vivemos. Estamos convictos, de que, a união das entidades que pensam e agem com transparência, vão fazer que a Engenharia volte a ser a profissão de vanguarda. Sempre participando no desenvolvimento de qualquer nação. Tornar-se imprescindível o apoio dos órgãos governamentais como CREA, CONFEA e sindicatos. É importante o fortalecimento das entidades “Mater”, isto é, aquelas de âmbito nacional. Com esta medida teremos mais força no contato com os governos, mostrando o patamar em que deve ser mantida a Engenharia, seja de qual modalidade for. De mãos dadas venceremos esta luta. Sabemos que a caminhada é longa e exige um enorme esforço; principalmente quando se fala em competência, honestidade e muita ética. Sentimos que a bandeira que abraçamos, irá tremular no mastro, indicando o caminho certo que devemos seguir.


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Dr. Benedicto Júlio Valladares

Entrevista

Gilson de Souza

Trabalho: maior dádiva de Deus

Formado pela Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais no ano de 1960, portanto com 51 anos de formado, Benedicto Júlio Valladares, lembra com detalhes de sua turma de faculdade. Em entrevista concedida para a Revista ENGENHEIRO, ele diz que o trabalho é a maior dádiva que Deus pode dar ao homem, além de nos relatar sobre sua vida profissional.

Como era a UFMG na década de 1960? Éramos de uma época, que a Escola era pequena e todos se conheciam pelo nome. Atualmente nos encontramos, sem compromisso algum, sempre de dois em dois meses, num evento descontraído no Minas Tênis Clube. Uma reunião coordenada por mim, onde ligamos um para o outro, para lembrarmos dos nossos tempos como estudantes. Como estão hoje seus colegas de sala? Graças ao bom Deus, a maioria deles está bem, alguns muito queridos já faleceram, infelizmente. Dentre os quais, merece destaque: João Lucas Mazzoni Andrade, que foi professor da Escola de Engenharia, sendo um dos primeiros a morrer da nossa turma. Nossa turma é muito amiga, muito unida. Mantemos um relacionamento bem agradável.


Entrevista

07 E sua vida como engenheiro? Eu sou engenheiro, exerci, e ainda exerço, essa profissão desde que me formei. Tenho uma empresa de engenharia, a Andrade Valladares, a qual sou fundador e, de certa forma, essa empresa já foi muito maior do que ela é hoje. Chegamos a ter, na época áurea do BNH, 55 engenheiros. Com a queda do Banco Nacional de Habitação, fomos obrigados a nos readaptar dentro de uma nova proposta de trabalho. Bem capitalizados e muito bem estruturados, fomos obrigados a procurar novas oportunidades de trabalho. Foi quando entramos para o ramo da siderurgia. Atualmente, temos uma boa produção de ferro gusa, no eixo Carajás, no estado do Maranhão. Empresa Andrade Valladares: Apesar de hoje, o ramo siderúrgico da empresa ser mais lucrativo, a Andrade Valladares continua sendo a “menina dos meus olhos”. Assim que me formei, passei num concurso público, me tornando o Responsável Técnico da construção da nova Assembléia Legislativa de Minas Gerais. Ao encerrar a obra, procurei o presidente da casa da época explicando a ele que meu papel já estava cumprido. “Você faz muito bem”, me respondeu, num incentivo para fundar a Andrade Valladares no ano de 1967. Qual a obra mais importante que vocês estão fazendo atualmente? Não paramos nunca! Já tivemos obras em São Paulo, Rio de Janeiro, estado da Bahia. Passo a passo, nos tornamos uma empresa de nível médio e, atualmente, nossa obra mais importante é o Estádio do Independência. De grande porte, vai ficar muito bonita e ganhar visibilidade de toda Belo Horizonte. Quais os grandes desafios encontrados atualmente? Desafio para nós, é o cotidiano de uma forma geral. Enfrentamos desafios quase todos os dias, mas eu diria que nenhum deles é invencível, basta que você queira: primeiro enfrentalos e depois, lógico, vence-los. Não basta ter capacidade, é preciso ter vontade para vencer qualquer desafio à sua frente. No mercado atual, tem muito engenheiro com capacidade, mas, infelizmente, sem vontade de enfrentar os desafios. A vida é uma eterna matemática. Qual foi sua maior superação? Como incentivar uma nova geração de engenheiros? Toda empresa e todo indivíduo, precisa contar com a sorte. Muito profissional com boa capacidade, acaba sucumbindo por alguma circunstância de mercado, se enveredando por caminhos que não são os ideais. As estatísticas de mercado estão por aí para provar isso que digo. Além de contar com essa sorte, é preciso capacidade e vontade. O trabalho é primordial na vida de qualquer um. Comecei a trabalhar com 13 anos de idade, hoje estou com 75 e meu desejo é morrer trabalhando. Essa é a maior dádiva que Deus pode nos dar.

Fotos: Gilson de Souza

Nossa obra mais importante é o Estádio do Independência. De grande porte, vai ficar muito bonita, ganhando visibilidade de toda Belo Horizonte.


Destaque

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Independência em fase final de construção

Fabian Santos Amorim é coordenador de obras da Construtora Andrade Valladares. Responsável técnico pela modernização e readequação do Estádio Raimundo Sampaio, o Estádio do Independência em Belo Horizonte, o engenheiro é formado pela UFMG na turma de 2000 e entrou para a construtora ainda como estagiário, dois anos antes de se formar. “A empresa tem a cultura de valorizar bem o funcionário. Os ‘empregados-chave’ da construtora são os mais antigos, como o mestre de obra e o almoxarife, ambos com mais de 20 anos de casa. Se o funcionário é um bom profissional, a Andrade Valladares valoriza e investe neste indivíduo”, diz o coordenador. Como estudante, chegou a pensar em largar o curso nos meados da década de 1990. Mas o amor à profissão falou mais alto. Ao começar o estágio na Empresa, resolveu dar continuidade ao curso. Atualmente é coordenador de todas as obras públicas da

empresa, sendo a principal, a do Estádio do Independência, onde disponibiliza a maior parte do seu tempo. “É uma obra relativamente rápida com algumas peculiaridades. Principalmente no campo da política: seus prazos curtos e a qualidade do material empregado na obra precisa de uma atenção específica. Além, é claro, de envolver multidões, que são os torcedores dos times mineiros e da mídia de um modo geral que nos acompanha de perto. Por isso tenho dedicado muito do meu tempo aqui no Independência, para garantir todo o cronograma”, explica Fabian Amorim. Iniciada em fevereiro de 2009, a obra se encontra em adiantada fase de finalização, dentro do prazo de entrega que será em fevereiro de 2012. Um possível amistoso da Seleção Olímpica Brasileira no dia 29, conforme já anunciado pela imprensa mineira, pode inaugurar o Estádio Raimundo Sampaio, nosso Independência.



10 História Incentivado pelo então prefeito de Belo Horizonte, Otacílio Negrão de Lima foi inaugurado para o jogo de abertura da Copa do Mundo de 1950, sediando outros dois importantes jogos no mesmo campeonato. O antigo proprietário do estádio, o “Sete de Setembro Futebol Clube”, emprestou seu nome, eternizando assim o “Independência”. Por 15 anos, entre 1950 e 1965, foi o principal estádio dos times mineiros, até que Belo Horizonte ganhou outro gigante dos gramados: o Mineirão. Após sua reforma, ficará cedido para o governo do Estado por meio da Secretaria de Esportes e, após 20 anos, será devolvido ao América Futebol Clube conforme contrato estabelecido.

Gilson de Souza

A obra A obra consistiu em toda a demolição do antigo estádio, ficando de pé somente o vestiário que foi ampliado de acordo com as novas normas da Fifa, que exige vestiários mais amplos para os atletas, além de vestiários femininos e masculinos para os árbitros. Após a demolição, toda a contenção ao redor do estádio teve que ser refeita. O gramado teve que ser deslocado, pois o antigo, não era simétrico como o atual, também sofreu um rebaixamento de 50 centímetros devido à drenagem do solo. Foi totalmente reconstruído, sendo disposto em forma de “U”, quem se assentar à direita dos vestiários terá uma vista privilegiada para a Serra do Curral enquanto espera o jogo começar. Ao todo, cerca de 700 homens trabalharam na obra, sendo que toda a contenção, estrutura de pré-moldados, estrutura do telhado já estão concluídas. Faltando para a reta final, apenas o

Destaque vestiário que vai ganhar uma lona por cima conforme ilustrado na figura da página 08. “Fizemos a demolição do que era para ser feito do vestiário e agora vamos começar a ampliação. O vestiário se encontra em fase de estrutura, colocação da laje, e alvenaria. Uma cobertura em forma de tenda com estrutura bem diferente, irá acentuar a modernidade do projeto”, ressalta Fabian Amorim. No Estádio, toda obra já tinha sido concluída até o encerramento desta revista. Aos visitarmos as obras, em meados de novembro, estava sendo feita a impermeabilização das arquibancadas, finalização de toda parte elétrica e hidráulica, além da preparação para a instalação do CFTV (circuito fechado de televisão), que será instalado por outra empresa especializada do setor, sendo primordial para a segurança dos torcedores que frequentarão o Independência. “Só na parte de instalação (elétrica e hidráulica) temos mais de cem funcionários. Estamos finalizando a parte de reboco e cerâmica de toda obra, ou seja, acabamento de um modo geral, como assentamentos de bancadas, vasos sanitários, luminárias, cabeamentos, etc. Nossa expectativa é que até o final de dezembro tudo já esteja pronto, faltando apenas alguns arremates, que fazem parte da preparação final para a inauguração em fevereiro”, diz o engenheiro. Números A obra foi toda feita em pré-moldados, como todo volume é muito grande e o prazo de finalização apertado, foi dividido simetricamente o projeto. Duas grandes empresas ficaram responsáveis, cada uma, por cinquenta por cento da obra. Premo e Precon subiram juntos os mais de 40 metros de concreto e aço em forma deslizante, trabalhando dia e noite ininterruptamente.


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Destaque

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Fotos: Gilson de Souza

O Engenheiro e Coordenador de Obras da Andrade Valladares, Fabian Amorim aponta para onde será totalmente reformado os vestiários do novo Independência, além de mostrar em detalhes a obra em sua fase final de construção.



Destaque A parte de fundação foi toda feita em “hélice”. Que são os equipamentos de perfuração em forma helicoidal, sendo injetado o concreto em forma de fluido à medida em que os equipamentos eram retirados. No cálculo de concreto é colocado cerca de 20 a 30% a mais da mistura, que vai se espalhar nas aberturas naturais do solo. O terreno é bem argiloso, não sendo propício para construções. Por essa razão, a estaca, em alguns pontos, ultrapassou a margem dos 20 metros de profundidade. Outra particularidade da obra é da utilização de “estaca-raíz”, que são equipamentos de menor porte, onde se consegue entrar em áreas mais restritas, como nos vestiários, e a diferença dessa estaca é da não utilização de concreto, mas uma mistura específica de cimento e areia. “O problema da utilização da ‘estaca-raiz’ é que todo o processo é mais lento que o padrão, sendo um equipamento pequeno para espaços restritos, muito utilizados em reformas, como é o caso do Mineirão, por exemplo”, explica Fabian Amorim.

campo e só se via máquinas funcionando”, lembra o Engenheiro. Com o mercado de construção civil aquecido, muito da mão de obra utilizada, teve que vir de fora do Estado. São funcionários que já trabalharam para a Andrade Valladares em outras ocasiões. Como homens de confiança da empresa, “nunca tivemos problemas com os empregados, a exemplo da paralisação dos funcionários no Mineirão. Aqui no Independência, ficamos muito satisfeitos com o trabalho de todos eles”, ressalta o Coordenador de Obras. Com salários iniciais no piso determinado pela categoria, recebem também prêmios por produção, além das horas-extras permitidas pelo Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil, chegando a duas horas diárias. Licitação Como todo procedimento interno da empresa, é analisado quais são as obras que estão sendo licitadas. A diretoria toma conhecimento para ver qual é do interesse da empresa e, como o Independência era uma obra que ganharia visibilidade, a Andrade Valladares entrou para o páreo. “Como estivemos por muitos anos fazendo obras em São Paulo, precisávamos voltar para o mercado mineiro em grande estilo”, acrescenta Fabian Amorim. Especializada em obras, públicas, fez cerca de vinte penitenciárias de grande porte no estado de São Paulo, além da Penitenciária de Ponte Nova e, mais recentemente, a de Itaúna, ambas em Minas Gerais. A última obra que havia sido feita em Belo Horizonte, era do Restaurante Popular na área hospitalar, além da reforma do Restaurante Popular próximo da rodoviária.

Gilson de Souza

Equipamentos Na estrutura metálica, uma viga principal que pesava mais de 150 toneladas, com imponentes 123 metros de cada lado, subiu inteira com a utilização de dois guindastes que suportavam 500 toneladas cada um. Durante uma hora e meia os dois equipamentos trabalharam interligados para que não houvesse movimento algum da viga. Esses guindastes vieram do Espírito Santo, pois não havia em Belo Horizonte, empresa que possuísse dois guindastes com essa capacidade. “Tivemos cinco guindastes trabalhando na obra com outros equipamentos dando suporte a eles. Olhávamos para o

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Como estivemos por muitos anos fazendo obras em São Paulo, precisávamos voltar para o mercado mineiro em grande estilo. Fabian Amorim



Destaque

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Independência em Números:

25.000 31.500 44 6 295 5 24 21 32 18 72 650

espectadores divididos em arquibancadas setorizadas metros quadrados de área construída metros de altura níveis de andares ambientes bilheterias vestiários masculinos sendo 20 p/ portadores de deficiência vestiários femininos sendo 16 p/ portadores de deficiência áreas de alimentação cabines de TV para imprensa escrita metros da estação mais próxima do metrô

Comunidade Para uma interação melhor com a comunidade vizinha ao estádio, foi produzido um jornal comunitário entregue mês a mês, além de reuniões quinzenais com líderes da região. “Como todos os números eram grandes em volume, houve uma parceria firmada com a BHTrans para que todo material chegasse aqui sem maiores transtornos à população. Tudo vinha da região do Aeroporto de Confins, então foi traçado uma logística perfeita, com estudo de trânsito, sem maiores complicações para que as carretas chegassem à região do Estádio. A partir do momento que se tem respeito, fomos muito bem recebidos por todos”, ressalta o Coordenador. A maior pressão sofrida pela comunidade, de acordo com o Engenheiro Fabian Amorim, foi dos times mineiros. “Infelizmente a má fase que está passando os times de Minas, tudo era culpa do Independência. Como o futebol envolve a massa, automaticamente a parte política também nos pressiona. Pois quando envolve a paixão do torcedor, tudo tende a nos pressionar”, diz.

Primando pela qualidade da obra, a Construtora investe em produtos de primeira linha. “Desde as empresas de pré-moldados, já citadas, como as cadeiras, luminárias, (128 refletores da Philips) recebemos elogios por toda parte, principalmente dos nossos clientes que nos visitam frequentemente”, explica Fabian Amorim. Muito da obra foi mudando, na medida em que a obra estava sendo feita. Fazendo com que o prazo também fosse prolongado de acordo com essas mudanças. Exemplo de mudanças pode-se destacar o vestiário que não seria alterado, as cadeiras que não estavam no projeto original. A cobertura inicial era somente para o fundo das arquibancadas, entre outros detalhes. Em comparação com o Mineirão, ao final de suas obras, terão sido gastos em média R$12.000 por cadeira. Ao final da obra, o Estádio do Independência deverá ser o mais barato de todo Brasil na relação “Custo da Obra X Cadeiras”. Terão sido investidos algo em torno de R$130 milhões para 25 mil cadeiras, ou seja, cerca de R$5.000 por cadeira.


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Ouro Preto, museu a cĂŠu aberto

Turismo


Turismo

19 Gilson de Souza

Turismo: um bom negócio O Turismo de Negócios na capital mineira se tornou um ótimo parceiro para as cidades históricas do entorno de BH. Soma-se também os preparativos para a Copa de 2014 onde são aguardados mais de 500 mil turistas para a região. Agora é a hora: de preparar um bom negócio para esperar essa multidão.


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Turismo Fotos: Gilson de Souza

Grande Teatro e Igreja do Ó: importantes marcos da arquitetura e engenharia de Sabará, município distante apenas 25 quilômetros da capital.

Belo Horizonte vem sendo considerada por diversos setores do turismo nacional como a promissora capital e principal pólo do Turismo de Negócios no Brasil. As melhorias são visíveis na cidade, os principais corredores e avenidas da Capital Mineira estão sendo revitalizadas, aumentando, a cada dia, o fluxo de veículos e consequentemente o fluxo de turistas. Diversos hotéis também têm investido em suas infra-estruturas, trazendo benefícios principalmente para quem vai ficar hospedado. Soma-se ainda os investimentos no trade do turismo com a Copa do Mundo que está cada vez mais próxima e toda infraestrutura que está sendo montada para receber o mundo em terras mineiras. Serão mais de 500 mil turistas circulando pela capital e, com certeza, pelas cidades próximas de BH. É necessário ainda muito trabalho, mas a beleza e a hospitalidade mineira, já estão preparados desde que Minas é Minas, uai. Pensando nisso o roteiro proposto pela Revista ENGENHEIRO, nessa edição, não vai sair de terras mineiras. Percebemos que o que faz Belo Horizonte ser um dos principais pólos do Turismo de Negócios é seu rico entorno histórico e cultural. O que atrai cada vez mais empresas, ligadas ou não ao setor de

turismo, e que vai beneficiar os turistas que procurarem roteiros para suas viagens rápidas de final de semana e que se tornem ricas em novas experiências com a vantagem de serem razoavelmente econômicas. A primeira cidade histórica e a mais próxima de Belo Horizonte é Sabará. Situada a apenas 25 quilômetros da Capital, Sabará possui diversas igrejas datadas do século XVIII. Boa referência da época áurea é a igreja de Nossa Senhora do Carmo (1763/1778) que possui um dos altares com maior quantidade de ouro em toda Minas Gerais. Outra igreja que se destaca pela simplicidade no seu exterior e do contraste com a riqueza do seu interior é a Nossa Senhora do Ó, datada de 1717 tem diversas curiosidades como as pinturas douradas com motivos orientais nas paredes. Outra cidade que não poderia faltar no roteiro é Ouro Preto. Famosa por ser Patrimônio Cultural da Humanidade, título dado pela Unesco em 1980, o município requer muito fôlego devido às suas ladeiras e grande quantidade de atrações. Ponto de partida para qualquer visita à Ouro Preto é o Museu da Inconfidência, situado na Praça Tiradentes, a principal da cidade. Antiga Casa de Câmara e Cadeia está com suas portas abertas ao público desde 1944 quan-

Primeira cidade brasileira a ser declarada pela ONU, Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade em 1980, Ouro Preto é considerada como um museu a céu aberto.



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Turismo Fotos: Gilson de Souza

Igreja de São Francisco de Assis foi construída no ano de 1774 e se destaca no centro histórico da cidade dos sinos: São João Del Rei.

do foi transformado em museu. Possui obras únicas de Aleijadinho, móveis coloniais e sepulturas dos Inconfidentes. Pouco mais distante, a cidade de São João Del Rei, situada a 185 quilômetros de Beagá é conhecida como a Cidade dos Sinos. O centro histórico pode ser facilmente percorrido a pé e a igreja mais imponente é a São Francisco de Assis (foto acima), datada de 1774. Numa viagem tranqüila feita numa Maria Fumaça, chegase a Tiradentes. São apenas 12 quilômetros feitos em pouco mais de meia hora. Se preferir pode ir de carro pela estradinha sinuosa, mas lembre-se que suas ruas de pedra dificultam, a visita na cidade, prefira as caminhadas, são mais saudáveis. A cidade de Tiradentes ficou conhecida pelas Mostras de Cinema que ocorrem em janeiro e diversos encontros ao longo do ano, como o Festival de Cultura e Gastronomia. A dica para quem procura tranquilidade é não visitar a cidade nos dias que acontecem festivais e encontros. Como Minas Gerais possui água em abundância, chafarizes são encontrados com facilidade nas cidades históricas. O Chafariz de São José em Tiradentes, datado de 1749 tem sua

Chafariz feito de terracota é parada obrigatória para hidratar-se, pois como toda cidade histórica, as ladeiras são intermináveis.

particularidade nas três imagens feitas em terracota. As viagens são sempre experiências muito boas para a vida de qualquer um. Aproveite bem o que nossa geografia e nossa cultura oferecem e faça viagens constantes. Belo Horizonte como ponto de partida para muitas aventuras e histórias, pode ser o melhor negócio para uma boa qualidade de vida.

Fotos: Gilson de Souza


Professor

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Marcos Sant´Anna

Brasil: país de grandes oportunidades

Mudanças Em 1962, logo quando se formou, diversas obras da Construtora já estava sob sua responsabilidade. Da época de seu pai, 1926, até a sua, 1962 muitas transformações haviam ocorrido na prática de engenharia. Marcos Sant´Anna diz que essas mudanças não aconteciam com tanta frequência dentro da escola. Fato que tem mudado radicalmente nos dias atuais. Acompanhando de perto a Escola de Engenharia, devido às diversas comemorações do centenário, o engenheiro fica satisfeito em ver que o aluno de hoje, está muito mais familiarizado com o mercado de trabalho que na sua época. “Hoje ocorre muito contato com outras escolas bem mais avançadas, principalmente as americanas. A direção da Escola está preparando uma atualização de currículo muito mais adequada com a nova realidade

Tenho uma relação muito próxima à Escola de Engenharia, pois fui aluno, monitor e professor

do mundo. É bem animador o que eles estão fazendo”, diz entusiasmado. “O bom engenheiro e, de um modo geral, o bom profissional de qualquer área, só terá sucesso se estiver aberto às mudanças constantes que vemos no mundo aqui de fora”, conclui. O engenheiro do passado era o profissional que se especializa em determinado assunto e se isolava do mundo à sua volta. Ficava preso à atividade exercida e não procurava novos rumos para serem seguidos. Sem perceber as mudanças que estavam acontecendo, pois o mundo está em constantes transformações. Marcos Sant´Anna fala da necessidade de mudanças progressivas da profissão: “É preciso ter uma percepção mais aberta para as coisas do mundo e é o que a Escola está procurando fazer. O Engenheiro que se forma hoje não é apenas um especialista congelado em sua atividade somente. A sociedade muda, o clima muda, a tecnologia muda, o aspecto político muda e, isso tudo, o engenheiro precisa perceber”, diz. Com 59 anos de empresa, muitas obras já foram erguidas com êxito. A Construtora Sant`Anna é uma empresa de médio porte com atuação em todos os seguimentos da engenharia. “Já fizemos de tudo um pouco, mas hoje, trabalhamos com a infraestrutura de um modo geral. São milhares de quilômetros de estradas e outros milhares de metros quadrados de pavimentação, dezenas barragens e outros tantos quilômetros de saneamento”, diz o ex-professor de Eletrotécnica. Na família, um dos filhos também resolveu seguir a carreira de engenheiro. Através de um teste psicológico, sua afinidade maior era pelos caminhos da engenharia. Apesar do pai, do avô e de dois tios serem engenheiros, escolheu o que mais teria prazer em fazer. Para Marcos Sant´Anna, todo profissional ao escolher uma profissão, precisa antes conhecer o mundo à sua volta, saber da realidade e, principalmente da necessidade que essa escolha vai acarretar na sociedade. “As fronteiras são muito mais tênues hoje e, talvez por isso, muitos engenheiros de outros países trabalham ao nosso lado o tempo todo”, destaca. Além de o Brasil ser um país que está para ser construído. O Engenheiro ressalta que a Europa e Estados Unidos, toda infraestrutura está praticamente pronta. No Brasil não, muitas são as obras a serem feitas, como estradas, saneamento básico, cidades inteiras, pelo tamanho do Brasil. “No ponto de vista da engenharia, o Brasil é o país de maior oportunidade do mundo”, finaliza. Gilson de Souza

Marcos Sant´Anna fala saudoso do convite de formatura de sua turma: “era uma revista que continha a foto de cada colega e logo abaixo da foto um mini Currículum Vitae dos recém formados engenheiros. Tenho essa revista ainda hoje e a guardo com muito carinho”, diz o formando da turma de 1962. Turma que ainda se reúne diversas vezes ao ano, e segundo o Engenheiro, “encontramos quase toda semana, devemos ser a turma que mais deu continuidade à amizade”, ressalta. Para Marcos Sant´Anna, talvez o currículo da época fosse apenas uma formalidade, pois já trabalhava com o pai, o também Engenheiro Antônio Lopes Sant´Anna, que foi o fundador da Construtora Sant´Anna. Formado na turma de 1926, fundou sua empresa, quando Marcos ainda era pequeno, no ano de 1952. Seguiu os passos do pai, com afinidade e gosto pela profissão, assumiu com maestria a construturoa, devido a problemas de saúde do pai. Enquanto aluno, nos dois últimos anos de escola, Marcos Sant´Anna assumiu a monitoria da cadeira de eletrotécnica geral. Passou a assistente e logo depois, titular da Cadeira de Eletrotécnica da UFMG, quando fez parte do Corpo Docente por quase oito anos. “Tenho, por isso, uma relação muito próxima à Escola de Engenharia, pois fui aluno, monitor e professor”, explica seu carinho especial. Passou por diversas fases da Escola de Engenharia. Começou a estudar no antigo prédio da rua Espírito Santo, com algumas aulas de elétrica no prédio onde hoje funciona o “Centro Cultural da UFMG”, na av. Santos Dumont, 174. Também no prédio, que na época estava recém inaugurado, o da rua da Bahia com Contorno, participou de muitas aulas teóricas, além das aulas práticas na oficina Cristiano Ottoni que ficava situada à rua dos Guaicurus. O Departamento de Engenharia Industrial era no prédio onde funciona hoje a Associação dos Ex-Alunos da Escola de Engenharia, também na rua da Bahia que comportava diversos laboratórios. “Frequentamos aquele complexo todo por boa parte de nossas vidas”, relembra o Engenheiro.


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Brasmic

Divulgação

A areia verde

Brasmic valoriza a harmonia com a natureza, sendo uma das poucas empresas de Belo Horizonte a ter um produto certificado com laudos e licenças ambientais

Fundada há 25 anos pelo empreendedor Neljuppe Braga e seus filhos, o administrador Márcio Mauricio Braga e o engenheiro Jose Geraldo Braga, a Brasmic Mineração Areia & Brita é fruto das experiências de mais de 20 anos de seus sócios como construtores e empreiteiros da Vale. Neljuppe Braga sentia na pele o que era trabalhar com uma areia de qualidade ruim. Observava na prática, os estragos que um produto de qualidade duvidosa fazia. Percebeu que o setor sofria com a falta de profissionalismo e poderia montar um negócio que levasse soluções aos clientes. A Brasmic Mineração nasceu com um diferencial: preocupação com o meio ambiente. Atualmente, Márcio e José Geraldo administram o negócio com sucesso e mantêm a diretriz de fornecer ao mercado a “areia verde”. Não é exagero adjetivar a areia produzida pela Brasmic como verde. Aquela imagem de rios assoreados, meio ambiente degradado e natureza morta, definitivamente, não fazem parte do trabalho da Brasmic, pelo contrário, a empresa possui todos os certificados junto aos

órgãos ambientais responsáveis: Superintendência Regional de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Supram) e (Departamento Nacional de Produção Mineral). Além disso, sua jazida localizada em Betim, região metropolitana de Belo Horizonte, conta com barragens e um controle rigoroso de resíduos. A construção de um lago artificial que armazena água de chuva simboliza o esforço em manter a atividade fora dos rios, onde habitualmente ocorre a predatória extração de areia. “A empresa utiliza-se da água armazenada no período chuvoso durante todo o ano, em processo de recirculação para beneficiar as areias produzidas sem permitir que os impactos da atividade extrapolem os limites da empresa ou influenciem as comunidades em seu entorno”, enfatiza Jose Geraldo Braga, Diretor de Produção. Além disto, mantém cinturão verde de preservação ambiental permanente em torno da jazida e unidade de beneficiamento das areias comercializadas pela empresa. Na mesma medida da preocupação ambiental, a Brasmic investe em rigorosos padrões de qualidade nos tipos de areia que pro-


Brasmic duz: média, fina, grossa, mista e extra-grossa. A variedade do material atende às diversas fases da obra agregando valor a todas elas. “Temos certeza que a sociedade e nossos clientes reconhecem, cada dia mais, o pioneirismo da Brasmic no respeito ao meio ambiente, qualidade e padronização dos produtos. Consumidor consciente não aceita um produto que maltrate a natureza”, afirma Márcio Mauricio Braga, Diretor-Presidente da empresa. O trio responsabilidade ambiental, qualidade do produto e logística eficaz fez com que a Brasmic crescesse, acompanhando o aumento do mercado e construindo uma Sede Administrativa e um Centro de Distribuição (CD) para atender ao mercado de Belo Horizonte. Tamanho profissionalismo permitiu a Brasmic estar presente nas grandes obras que aconteceram na capital mineira. No ano em que comemora suas bodas de prata, a empresa forneceu a areia que construiu o Minas Shopping, o Extra Hipermercados, o BH Shopping, o anexo da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) e também participa da reforma do estádio do Mineirão. “Somos parceiros das maiores construtoras do Brasil, como a Consórcio Construtor Nova Arena BH, Grupo Rossi, Concreto Empreendimentos, Mathos Engenharia, Construtora Habitare, Conartes Empreendimentos, Marca Brasil, Gramo Empreendimentos, Construcap, Mip Construções, Via Engenharia entre várias outras”, informa Márcio Braga. Logística A Brasmic também fornece areia para depósitos de construção e consumidores finais. Por isso, mantém uma equipe especializada de consultores para atender individualmente às necessidades de cada um. Para facilitar a relação com os clientes, montou um moderno site (www.brasmicmineracao.com.br) que permite fazer pedidos, programar a entrega da mercadoria e conhecer mais sobre esta empresa que prima pela transparência. “O cliente é nossa prioridade. Se a Brasmic marca a entrega, pode ter certeza que vai chegar”, destaca Márcio Braga. Em um negócio tão dinâmico como a construção, logística é fundamental, pois, por dia, três mil toneladas de areia precisam chegar ao seu destino. Para alcançar seus objetivos logísticos a empresa conta atualmente com 103 funcionários, 14 caminhões toco, 12 caminhões traçados e quatro carretas, carregadeira, tratores e escavadeiras. Nossa frota é constantemente ampliada e renovada para atender

25 a crescente demanda. A partir de janeiro de 2012 serão mais oitos caminhões, o grande diferencial das novas máquinas é a tecnologia Euro V, que diminui até 80% das emissões poluentes na natureza. A utilização da informação como valor estratégico é outro fator essencial para o crescimento da empresa e direcionamento de seus investimentos, neste processo, o acompanhamento e análises dos dados coletados é fundamental, principalmente na identificação de novos nichos que demandem a qualidade de nossa Areia Verde. “Adquirimos softwares que gerenciam o consumo dos clientes. Quando o material está terminando, nosso consultor já se antecipa e faz contato. Paralisar a obra por falta de material é prejuízo na certa”, diz Márcio. Transparência e honestidade fizeram com que, desde 2007, a Brasmic Mineração inovasse na forma de comercialização de seus produtos, passando a utilizar balanças para a pesagem da areia, por considerar a forma de medida em metros cúbicos passiva de fraudes e erros na cubagem por ambas as partes. A comercialização em tonelada leva em conta fatores que alteram o seu peso, como a umidade, por exemplo. Desta forma, a empresa concede abatimentos de peso referente à umidade acima do percentual estabelecido. “Queremos mudar o paradigma de que você tem que comprar areia por um preço ilusório. Ela é um produto importante para o que se destina e para o desenvolvimento social”, afirma Márcio Braga. O desenvolvimento e a melhoria de vida nos grandes centros urbanos de nosso país estão diretamente relacionados a uma produção de Areia Verde de qualidade, preço justo e respeito ao meio ambiente, não gerando passivo ambiental para gerações futuras. Seguindo a diretriz da sustentabilidade a Brasmic Mineração investe constantemente na melhoria e padronização de seus produtos, logística e consultoria mantendo rigoroso controle de qualidade e padronização de acordo com as normas técnicas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), visando proporcionar economia, valor aos empreendimentos e alto grau de satisfação de seus clientes. Como reconhecimento de nossos esforços em produzir e atender a demanda do mercado da construção civil, cada vez mais exigente e competitivo, a Brasmic Mineração recebeu nos dois últimos anos o 3º e 4º Top Engenharia ano 2010 e 2011 conferido pela associação de Ex-Alunos da Escola de Engenharia da UFMG e o Top Of Quality Brasil 2011 em reconhecimento a sua contribuição pelo desenvolvimento e melhoria da construção civil na região metropolitana de Belo Horizonte.

31 3388-3600 Fotos: Divulgação

Através de moderno site, você pode fazer pedidos e programar a entrega da mercadoria, conhecer mais sobre a Brasmic que prima pela transparência no relacionamento com seus clientes: www.brasmicmineracao.com.br


Convênios

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Índice do Guia de Compras do Engenheiro Conheça alguns parceiros da área de engenharia e serviços gerais nas próximas páginas verdes

Baterias Aluguel, Vendas de Máquinas e Fundações Construções Metálicas Controle Tecnológico e Perfuração de Concreto Equipamentos e Serviços de Pavimentação Compressores, Geradores - Aluguel e Venda Equipamentos, Venda e Locação Materiais de Segurança, Soldas e Abrasivos Vidros, Box, Espelhos, Lapidação e Serviços Diversos em Vidros Ombrelones, Guarda Sol Locações / Fotografia

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ConvĂŞnios


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Construções Metálicas

Controle Tecnológico e Perfuração de Concreto


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Convênios


Convênios

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Equipamentos, Venda e Locação

Materiais de Segurança, Soldas e Abrasivos


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Convênios


ConvĂŞnios

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Convênios

Locações

Fotografia

• Fotos aéreas e panorâmicas em Geral (atendimento em todo Brasil) • Fotografia Predial e Arquitetura e-mail: gilsonfotografia@yahoo.com.br twitter: @gilfotografia

Gilson de Souza (31) 3462-0515 / 9975-4210


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Seguros

SOLUTIONS Gestão de Seguros Corretores de Seguros e Planos de Saúde construindo soluções e gerenciando riscos

Com 10 anos de experiência de mercado, a Solutions Gestão de Seguros é uma corretora de seguros e planos de saúde que tem como objetivo principal assessorar empresas e pessoas na transferência de seus riscos. Atuando de forma independente - sem vínculo societário ou contratual com as seguradoras com as quais se relaciona - tem a liberdade de oferecer soluções e serviços que se adaptam ao perfil de cada empresa / pessoa com total isenção. Desta forma, a empresa busca no mercado as melhores condições de coberturas, limites, franquias e preços, de acordo com as necessidades de cada cliente. Com uma sólida carteira de clientes em vários segmentos da economia, a Solutions procura entender a fundo o trabalho e os riscos envolvidos nas atividades de cada um de seus clientes. Nos últimos anos, inclusive, seu crescimento foi impulsionado pelo setor da Construção Civil. A expansão ocorreu, em grande parte, pelas obras no parque industrial mineiro, hotéis, prédios comerciais e empreendimentos imobiliários. Atualmente, a empresa presta seus serviços a construtoras em Minas Gerais e em São Paulo. No segmento de Riscos de Engenharia, negocia e administra os seguros de grandes obras industriais e imobiliárias. Para os profissionais da Solutions, está claro que os diferentes tipos de seguros para a Construção Civil resguardam a saúde financeira das construtoras. No caso de acidentes em obras, por exemplo, o seguro garante que os prejuízos resultantes sejam devidamente ressarcidos sem prejudicar o resultado da construtora ou inviabilizar a continuidade de execução. Neste sentido, obras que envolvem fundações em encostas e barragens são as que oferecem mais riscos. Os seguros oferecidos pela Solutions também viabilizam o atendimento de exigências de coberturas de riscos por parte do proprietário da obra junto ao construtor ou agente financeiro. O reconhecimento deste trabalho junto às empresas da área veio em julho de 2011, pela segunda vez consecutiva, através do Prêmio Top Engenharias, promovido pela tradicional Associação dos Ex-Alunos da Escola de Engenharia da UFMG (AEAEE). A empresa foi apontada por engenheiros associados de diversas áreas, além de diretores de empresas líderes, notáveis e formadores de opinião na categoria Prestadores de Serviços às Engenharias – Seguro de Riscos em Engenharia. Além disso, em reconhecimento à excelência na prestação de serviços ao mercado segurador, a Solutions recebeu em outubro deste ano do Jornal Primeira Linha o Prêmio Primeira Linha Especial 2011 na categoria Prata. Ao todo foram premiadas cerca de 80 empresas, indicadas por uma comissão formada por representantes de

instituições como a Assembléia Legislativa de Minas Gerais, Academia Mineira de Letras, Liga da Cultura e Federação do Comércio. O objetivo do prêmio é valorizar o trabalho de empresas e instituições que mais se destacam em Minas Gerais. PRINCIPAIS TIPOS DE SEGUROS PARA CONSTRUÇÃO CIVIL SEGURO GARANTIA Utilizado para garantir os riscos de cumprimento da execução de um empreendimento ou para adiantamento de pagamentos efetuados antecipadamente pelo proprietário da obra a uma empreiteira. No caso de licitações, este seguro garante o pagamento de indenização ao órgão do Governo caso o licitante se recusar a assinar o contrato nas condições e prazos propostos. Para o ramo imobiliário, há garantia quanto às falhas na execução ou no projeto dos empreendimentos e até permuta de terrenos. SEGUROS DE RISCOS DE ENGENHARIA E DE RESPONSABILIDADE CIVIL Cobrem os riscos de acidentes durante construções ou reformas. Geralmente, protegem contra incêndios, roubo de materiais, erros de execução da obra etc. SEGURO DE RISCOS DIVERSOS Cobrem equipamentos, seguros de vida e de assistência médica para os trabalhadores e proteção para veículos. SEGURO DE VIDA E ACIDENTES PESSOAIS Oferece garantia de morte e invalidez das pessoas envolvidas nos empreendimentos. SEGURO DE SAÚDE / ASSISTÊNCIA MÉDICA / ODONTOLÓGICA Oferece garantia de assistência médica e/ou odontológica às pessoas envolvidas nos empreendimentos. SAÚDE E SEGURANÇA OCUPACIONAL Por meio do produto “SAÚDE E SEGURANÇA OCUPACIONAL”, a Solutions oferece proposta de gestão integrada para atendimento de todas as NR´s – em especial o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional – PCMSO e o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA.




Saúde

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Fotos: Marketing Aliança

Profissionais do CREA-MG ganham vantagens na hora de escolher um plano de saúde

Os filiados à Mútua-MG poderão escolher entre os planos de saúde Unimed-BH, que disponibilizam planos regionais e estaduais, além de opcionais como planos odontológicos e serviço de transporte aeromédico

Os profissionais do CREA-MG têm muito mais vantagens planos de saúde oferecem condições e serviços elaborados espepara cuidar da saúde e garantir qualidade de vida. A parceria entre cialmente para os profissionais do CREA-MG. “Os planos foram a Aliança Administradora de Benefícios de Saúde e a Mútua-MG – desenvolvidos levando em conta as características dos ProfissioCaixa de Assistência dos Profissionais do CREA-MG oferece aos nais do CREA-MG, portanto, esperamos que os filiados à MutuaMG tenham suas necessidades plenamente profissionais filiados à entidade o direito de adeatendidas.” rir aos planos da Unimed-BH, uma das maiores Via Internet www.aliancaadm.com.br/mutuamg Os planos de saúde da Unimed-BH ofecooperativas médicas do Brasil. recidos pela Aliança Administradora são extenPor Telefone: sivos aos cônjuges, filhos sem limite de idade e 0800 283 1950 Soluções em saúde e (Posto de atendimento pais e mães com comprovação de dependência qualidade de vida da Mútua-MG) econômica dos titulares. Além disso, os profisA Aliança Administradora é uma das Horário de atendimento: sionais do CREA-MG têm à sua disposição a Segunda à sexta-feira empresas do Grupo Aliança que possui 29 anos Horário: 8h às 18h comodidade dos planos com coparticipação. de experiência comprovada em seguros e plaOs planos disponíveis possuem ainda nos de assistência à saúde. Com a missão de 0800 ALIANÇA (0800 254-2622) Horário de atendimento: ampla rede credenciada e abrangências difeoferecer qualidade de vida por meio da gestão Segunda a sexta-feira rentes. Nos planos regionais, o beneficiário terá especializada de benefícios de saúde, a AlianHorário: 8h35 às 21h20 atendimento ambulatorial e hospitalar em mais Sábados: 9h40 às 16h ça Administradora foi a primeira operadora na de 20 cidades mineiras. Já no plano estadual, modalidade administradora a obter o registro Pessoalmente: o atendimento é em todo o território de Minas definitivo da Agência Nacional de Saúde SuplePosto de Atendimento Mútua-MG Gerais. Av. Álvares Cabral nº 1600 mentar – ANS sob o número 416771. B. Santo Agostinho Além dos planos de saúde, os ProfisCom filiais em Brasília-DF, LuziâniaBelo Horizonte/MG sionais do CREA-MG também podem fazer a GO, Santos-SP, São Paulo-SP e Belo Horizonte, Horário de atendimento: Segunda a Sexta-feira: adesão a planos odontológicos e ao serviço de representações em diversas capitais e atuação Horário: 8h às 18h. transporte aeromédico. Esses opcionais ficam em todo o Brasil, a Aliança Administradora faz a disponíveis para contratação no ato da adesão Filial da Aliança gestão dos benefícios de saúde dos servidores Administradora em BH do plano de saúde. dos principais Órgãos da Administração PúbliRua Gonçalves Dias, 89, sala 702, Os profissionais interessados em aderir ca e de Entidades Profissionais de todo o país, 7º andar, Ed. Delacroix a um dos planos disponíveis podem fazer via inBairro Funcionários como a Mútua-MG. Belo Horizonte / MG ternet, telefone, ou pessoalmente, no Posto de Horário de atendimento: Atendimento ou na Filial da Aliança AdministraVantagens exclusivas De segunda a quinta-feira, de 8h30 às 18h30. dora, em Belo Horizonte, desde que associados O presidente da Aliança AdministradoSexta-feira, de 8h30 às 17h. da Mútua. ra, Elon Gomes de Almeida, destaca que os


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MBR

Gilson de Souza

Mercado de riscos: mercado de oportunidades

É preciso atender bem ao cliente além de favorecer a empresa construtora. Mas o principal é o foco direcionado ao cliente. Luiz Fernando Pires

Engenheiro formado na turma de 1972 da Universidade Federal Fluminense, no Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pires é acionista controlador da Mascarenhas Barbosa Roscoe: a MBR Construções e da empresa de locação ETS Equipamentos. Ao se formar, o país vivia o auge da ditadura militar com o milagre econômico e, segundo historiadores, foi denominado “Brasil Grande”. Por este fato, não era difícil conseguir emprego logo depois da formatura. Luiz Pires destaca que “a turma de faculdade é formada por contatos e relacionamentos que irão te ajudar no futuro”, daí a importância dessa fase da vida. “Tive colega de turma, que arranjei estágio para ele e, mais tarde, ele próprio me arrumou um segundo emprego. Inclusive, estou em Belo Horizonte desde 1994, por indicação de um grande amigo, quando me tornei Executivo da Mascarenhas”, explica sobre sua vinda para capital mineira.

Luiz Pires, foi uma época em que os estudantes de Engenharia partiram para outros segmentos, principalmente para o setor financeiro. “Por isso vemos hoje tantos engenheiros trabalhando em bancos ou instituições financeiras”, explica. “De 2004 para cá, o ritmo de crescimento na área da construção civil aumentou significativamente, com grandes oportunidades de emprego, o aluno já sai da faculdade com várias alternativas e bons salários. O mercado tem absorvido com facilidade esses novos profissionais”, diz com expectativa. O crescimento da carreira desse novo profissional só vai depender dele próprio. Para Luiz Pires “formação e conseguir um emprego é uma coisa, ser bem sucedido necessita de outros parâmetros que o novo engenheiro precisa cultivar. Se aplicar na atividade a qual está exercendo é primordial para quem quer fazer uma carreira de sucesso”, explica.

1980 – Década Perdida Tanto as escolas, quanto o próprio mercado brasileiro viveu uma grande recessão, principalmente na década de 1980. Para a engenharia essa depressão ocorreu, principalmente, entre os anos de 1982 e 2003 com muito pouco, ou nenhum crescimento. Para

Sustentabilidade Com a explosão econômica pós-revolução de 1930, preocupações com o meio ambiente, saúde e segurança dos funcionários estava longe de ser prioridade para a maioria das empresas. Isso mudou e tem mudado radicalmente quando o homem descobriu



MBR Divulgação MBR

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O viaduto situado em Nova Era / MG, é uma homenagem do governador Magalhães Pinto ao fundador da MBR, como homenagem à sua última obra: ‘Antônio Mascarenhas Barbosa’

que, se não cuidasse do meio onde estivesse inserido, não mais poderia usufruí-lo, devido à degradação constante que vinha acontecendo ao longo dos anos. Todas as atividades exercidas no mundo hoje, têm suas atenções voltadas para estas três principais áreas de destaque da sustentabilidade: meio ambiente, saúde e segurança de todos que estão inseridos em meio à empresa, seja empregado, cliente ou pessoas que residem próximas. Para Luiz Pires, toda essa transformação gerada é um fator positivo para a Mascarenhas. “A desatenção com esses fatores começou a destruir de forma significativa as reservas do planeta em todos os aspectos: poluição, não reciclagem, não tratamento de resíduos e da própria água. As pessoas trabalhavam sem o cuidado para evitar acidentes durante um período muito longo. Hoje o cenário empresarial e industrial é muito mais exigente na área da saúde, segurança e meio ambiente”, explica o empresário como parte dos desafios atuais cobrados pela sociedade às empresas ditas como sérias. Universo de competição Hoje, vivemos num mundo com constantes desafios, para o CEO da MBR, Luiz Pires, “no universo, constantemente acontecem competições, onde quem vence é o mais forte. E essa força não precisa ser necessariamente a força bruta, mas a inteligência. Vivemos numa lei de seleção permanente, que obriga às empresas que desejam continuar atuando no mercado, ações constantes de sustentabilidade. E isso também vale para o profissional, pois o mercado é formado por um conjunto de profissionais. É preciso cultivar princípios, pois as circunstâncias são transformadas a cada momento, os princípios não, são sempre os mesmos. Sou um profissional do ramo da construção civil, mas se estivesse em qualquer outro ramo, meus princípios seriam os mesmos. Se a empresa não tivesse princípios, dificilmente ela conseguiria se manter de pé, isso é sustentabilidade”, explica. Desafios Permanecer no mercado por muitos anos, é viver constantemente em desafios. Para a MBR, talvez um grande desafio dos últimos vinte anos, tenha sido aquele enfrentado por Luiz Pires logo quando ingressou na Mascarenhas. “Participei e vi de perto a transição acionária de geração”, diz. A primeira geração da empresa era formada por dois colegas da turma de 1933 da UFMG, Antônio Mascarenhas Barbosa e João Roscoe. Já em 1934, a Mascarenhas Barbosa Roscoe foi fundada dentro de uma garagem da casa de um deles. Permaneceram por muitos anos na MBR: Antônio Mascarenhas ficou enquanto era vivo, de 1934 a 1966 quando faleceu ainda jovem. Sua última obra, o viaduto situado em Nova Era / MG (foto acima), obra do DER, leva seu nome por decreto do então governador do Estado, Magalhães Pinto. João Roscoe continuou na empresa até 1990 quando vendeu suas ações para os herdeiros do amigo sócio. Em 1º de julho de 1994, dia em que foi instalado no Brasil, o Plano Real, a MBR foi vendida e Luiz Fernando Pires assu-

mia o cargo de Diretor Executivo e, em 1999 tornava-se Presidente ao adquirir o controle acionário total da Mascarenhas. “A empresa nesse período, completava 60 anos. Tínhamos grande credibilidade no mercado, mas a MBR passava um período financeiro ruim. Meu maior desafio foi o de voltar a capitalizar a empresa, aumentar o número de clientes e manter-se de pé”, explica Luiz Pires. “Foram gastos quase 10 anos para reerguer a empresa e estabelecer, ainda mais, o relacionamento com o mercado mineiro. Hoje, me considero mineiro de coração, apesar de ter trabalhado muito pelo Brasil afora, meus pais e minhas netas são mineiras, por isso me considero também de Minas Gerais”, conclui. Obras Perguntado sobre como é executar uma obra de grande porte, Luiz Pires enfatiza que “toda obra precisa de equilíbrio, precisa atender bem ao cliente além de favorecer a empresa construtora. Obedecer a cronogramas, atender custos e prazos e ser rentável para quem está trabalhando na obra, buscar o compromisso de remuneração dos empregados, gerar riqueza, entre tantas outras metas; mas o principal é o foco direcionado ao cliente. É preciso incentivar o compromisso do ‘ganha-ganha’, ou seja, o cliente precisa ter sua obra bem feita, mas a empresa precisa do resultado”, responde. Dessa forma, muitas siderúrgicas foram erguidas. Com destaque para, como a Aciaria - TKCSA - Thyssen Krupp Companhia Siderúrgica do Atlântico no Rio de Janeiro e a Implantação Laminação e Fábrica de Luvas - VSB - Vallourec & Sumitomo Brasil, este uma obra de 150 mil metros cúbicos de concreto, além da expansão da área dos fornos, obra da Mineração Belocal em Arcos / MG. Além de obras em Carajás, na Amazônia, Goiás, Pará e em outros estados. “Vencendo o desafio da engenharia, a MBR tem evoluído tecnicamente, utilizando a mecanização com a optimização de processos, mas o principal é unir todo esse aparato à sustentabilidade: conseguir entregar uma obra, deixar o cliente satisfeito e, você como prestador de serviços, sentir-se bem remunerado.”, explica Luiz Pires.


Divulgação MBR

MBR

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Expansão da Área dos Fornos - Mineração Belocal em Arcos / MG

Com cerca de 4 mil funcionários, oscilando de empreitada a empreitada, a Mascarenhas completa 77 anos com muitas obras concluídas, de tamanhos bem diversos e, espalhadas por todo Brasil. Sua sede, situada próxima à região do Zoológico na Pampulha, conta atualmente com um efetivo de 200 funcionários, entre engenheiros, administradores e técnicos. Faturando na ordem de 350 a 400 milhões de Reais por ano, a MBR aproxima dos 80 anos com expectativa de manter-se viva, estando saudável e com boa proje-

ção de futuro. “As oportunidades existem sempre. Existe um pensamento chinês do ‘risco e oportunidade’: todo risco que se corre é uma oportunidade de crescimento. Passamos pela crise de 2008 sem problemas, pois estávamos preparados com boa estrutura, foco nos negócios e sabendo passar pelas dificuldades do mercado externo, pois tudo isso é parte de um processo que precisamos buscar continuamente. Para mim, tudo isso é parte integrante do sucesso iminente”, conclui animado o presidente da Mascarenhas.

Sinduscon / MG Como profissionais, é preciso também contribuir com a sociedade da melhor maneira possível. Como construtora, contribuímos de muitas maneiras: empregamos muitos profissionais dos diversos segmentos da construção civil, fazemos trabalhos sociais entre outros. Participando de entidades de classe interagimos melhor com os colegas de profissão de outras empresas atuantes, naquilo que é assunto de interesse comum. Como presidente do Sinduscon, buscamos juntos de forma organizada, atuar frente ao governo federal, estadual e municipal, no sentido de melhorar a atividade. O Brasil não possui políticas para facilitar o empreendedorismo. São muitos obstáculos, como burocracia e amarras desnecessárias que atrapalham o desenvolvimento normal do país. Com a entidade

de classe, unimos forças, juntamente com os empresários e profissionais, para remover obstáculos que prejudiquem a todos que atuam no mercado formal. O Sinduscom mineiro atua em mais de 600 municípios com número superior a 6 mil empresas sindicalizadas. São cerca de 300 associados que participam e contribuem voluntariamente. É uma boa oportunidade para interagir com um número grande de pessoas. Como empresa, não teria oportunidade de relacionar com governador, prefeitos de diversos municípios, secretários de estado, Assembléia Legislativa, etc. Mas como presidente de Classe, a interação é obrigatória em todo setor. É uma forma de contribuir na solução de problemas e, faço isso, com muito afinco. Luiz Fernando Pires


A A.R.G. parabeniza todos os profissionais que com sua dedicação ajudam a construir um grande futuro.

11 de Dezembro Dia do Engenheiro Av. Raja Gabaglia, 1.255 - BH/MG - 55 (31)2103 7000

www.grupoarg.com.br


Vidrália

43 Fotos: Arquivo Vidrália

Fechamento em cristal verde e tampo de mesa: algumas das artes feitas em vidro desde 1982 para o acabamento de qualquer obra

Vidrália: bom gosto e qualidade em espelhos e vidros temperados Fundada em 1982 por Wellerson Rezende Pereira, a Vidrália tem-se consolidado no setor de Construção Civil, oferecendo ao mercado um trabalho diferenciado com vidros e espelhos. Sua infraestrutura, variedade e funcionários especializados, conferem aos produtos, acabamento refinado e durabilidade para atender às exigências dos engenheiros, arquitetos, decoradores e também para construtoras no atacado e no varejo. Em Belo Horizonte, firmou-se nos acabamentos dos Shoppings, tendo entregue mais de dois mil metros quadrados de espelhos para o BH Shopping em sua terceira ampliação. No Big Shopping, teve seu papel fundamental na sua própria construção,

com a colocação de vidros no seu teto. Além do Shopping Del Rey com todo o desenvolvimento de sua estrutura e colocação dos vidros na cobertura. Buscando sempre funcionabilidade e praticidade, a Vidrália procura estudar todo o projeto elaborado pelo cliente e executar de forma clara, assessorando o profissional e finalizando a obra. Em constante aprendizagem e modernização, procura ter maquinários de beneficiamento de vidro atuais com relação ao mercado, além de, nos últimos quatro anos, pular de 3 para 15 equipamentos numa forma de melhor atender o crescente e aquecido mercado mineiro.


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Opinião

Do BNH ao “Nossa Casa Nossa Vida”: O brasileiro está vivendo bem melhor Por Ricardo Valadares Gontijo*

Participei do primeiro vestibular único da Universidade Federal de Minas Gerais no ano de 1969. Tenho um enorme orgulho de ter passado pela Escola, de ter trilhados os caminhos como aluno. Fiz um belo curso nessa instituição e, tenho certeza que a Engenharia Civil da UFMG, está facilmente colocada entre os três melhores cursos de engenharia de todo Brasil. Minha formação foi bem consistente e sou muito grato ao Governo Federal, pois nunca paguei um centavo para estudar lá. O que só me aumenta o carinho que tenho pela escola. Participei, tanto eu como minha empresa, das comemorações do centenário, através do monumento que foi erguido no gramado frontal. O que pude aproveitar da escola, aproveitei. Sendo o primeiro aluno da minha turma no ano de 1974, recebendo inclusive uma medalha de ouro pela minha média de 94% nos cinco anos de curso, sendo um fato bem marcante de toda minha vida; um bom curso, só faz bem para o indivíduo. Comecei a trabalhar muito cedo. Já no curso científico, me tornei professor. Sou de família simples, meu pai era um pequeno fazendeiro em Bom Despacho / MG e, por isso, sempre precisei trabalhar. Já no segundo ano de engenharia, entrei para a área da construção civil, na empresa Santa Bárbara Engenharia. A partir do terceiro ano, me tornei fiscal de obras da Prefeitura de Belo Horizonte, onde fiquei por três anos. Lembro que na época, os fiscais da Prefeitura, responsáveis pela “Baixa e Habite-se” em toda capital eram estudantes da Federal que cursavam terceiro, quarto e quinto anos de Engenharia Civil. Paralelo à Prefeitura, éramos obrigados a fazer estágio, foi quando trabalhei na Santa Bárbara Engenharia, na Engenal, empresa de um primo, o Paulo Gontijo e a Andrade Valladares, empresa onde fiquei pelos meus primeiros doze anos de formado. Foi lá que desenvolvi um trabalho junto ao BNH (Banco Nacional de Habitação), entregando 40 mil unidades habitacionais de baixa renda. Até 1994, diziam na Escola, que minha nota era a maior da história da Engenharia. Fui superado, 30 anos depois, pelo meu próprio filho, Ricardo Ribeiro Valadares Gontijo, atual Diretor Comercial da Direcional Engenharia. Ele obteve média de 96,5 ao se formar em 2004. Ganhou a mesma medalha de ouro que havia ganhado alguns anos antes e para mim foi uma honra ter sido superado por ele. No ano em que ele nasceu, eu fundava a Direcional. Minha empresa nasceu em fevereiro e o Ricardo nasceu em agosto do ano de 1981. No início, fizemos várias empreitadas para o Governo do Estado e prefeitura de Belo Horizonte sempre no segmento residencial. Na década de 1990, Minas Gerais estava com o mercado em baixa, foi quando parti para Brasília, passando por Campinas, Rio de Janeiro. Após 2003, começamos várias obras no Norte do Brasil, como Amazonas, Pará, Rondônia, Amapá, Acre. Hoje, com o advento do “Minha Casa Minha Vida”, programa residencial do Governo Fede-

ral, muito se encaixou com o nosso DNA, foi esse o início de minha carreira junto ao BNH. A empresa que mais fez apartamento para baixa renda no antigo programa do Governo Federal foi a Andrade Valladares e, na época, eu era o diretor de obras, responsável por desenvolver todos esses processos da empresa. Com o Programa “Minha Casa, Minha Vida”, estou muito feliz em ver um projeto federal que eu nunca imaginaria sair do papel. Achava que seria inatingível fazer na minha empresa, as mesmas 40 mil unidades que fizemos na época. Mas superamos esses números e só no ano de 2010, entregamos 12 mil unidades. Nosso desafio é de nos próximos dois anos, atingir a meta de 50 mil unidades num período de doze meses, ou seja, o que a Andrade fez em 13 anos através do BNH, deveremos fazer em menos de um ano com o “Minha Casa, Minha Vida”. Fico muito alegre em ver o Brasil com essa prosperidade, numa equação viável que a conta fecha ao final do processo. Na época do BNH, quem comprava esse apartamento de dois quartos, com 45 metros quadrados, não tinha condições de pagar, pois a inflação corroía os salários. Hoje, quem compra esse mesmo apartamento, é um indivíduo de baixa renda, cuja parcela não vai comprometer seu orçamento. Vai apertar um pouco, mas o sujeito vai sair do aluguel, que é o ponto chave do projeto. O enriquecimento da classe C e D hoje é palpável, sendo visível em shoppings populares. Todos hoje podem comprar bicicletas, motocicletas, eletrodomésticos e o principal: sua própria moradia. Estamos entregando em Manaus, 9 mil novas moradias, sendo considerado o maior empreendimento habitacional do mundo, no seguimento de 0 a 3. Na oportunidade da assinatura, falei isso diretamente ao então presidente Lula que ficou muito emocionado ao mostrar-lhe o diferencial entre o BNH e o “Minha Casa, Minha Vida”. Para explicar melhor, as pessoas sairão de palafitas situadas em beiras de rios, pessoas sem endereço que hoje estão numa casa improvisada e amanhã podem estar mortos dentro de um rio, terão moradias em lugares com escolas próximas, prontosocorro, comércio, comando da Polícia Militar, ônibus. O indivíduo terá segurança, educação para os filhos, saúde, sendo o projeto muito positivo para a sociedade como um todo. Hoje o Brasil está virando a mesa, transformando-se nessa potência visível, enchendo nosso coração brasileiro, de alegria. Não sou político, mas reconheço e sei dar valor a quem merece. O governo do Estado, desde a gestão de Aécio Neves, Anastasia, o prefeito Márcio Lacerda e o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes têm feito um excelente trabalho, mas eu credito toda essa mudança ao próprio Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Um estadista nato que fez um plano nacional para a habitação excelente, através de um subsídio de 75 milhões de Reais do Governo Fe-


Opinião

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deral, onde serão entregues nos próximos três anos, duas milhões de unidades residenciais para baixa renda. Dentro do que isso irá trazer para a população, no quesito segurança, educação, saúde e tantos outros detalhes, não sairá caro, pois dará dignidade para o cidadão que terá moradia própria. Podendo erradicar totalmente as favelas nos próximos 20 anos, onde poderemos bater no peito e dizer que não existe mais miséria do Brasil. Todos os conjuntos que temos entregado têm estação de tratamento de água, esgoto, sendo uma mini-cidade com total infraestrutura, nós participamos da concepção do programa desde o início. Fazíamos reuniões mensais com a ex-ministra Dilma Roussef, que hoje é a Presidente da República. A Direcional foi uma das empresas convidadas e, por isso, dávamos sugestões para elaboração de todo o projeto do “Minha Casa, Minha Vida”. Outro mérito do Governo Lula: ouvir o setor privado. Hoje tenho acesso na Caixa Econômica de conversar com o próprio presidente da instituição. Continuamos com reuniões mensais com os Ministérios da Fazenda, das Cidades, sendo que isso nunca aconteceu em governo nenhum. É um avanço enorme na política do Brasil e não podemos nunca, perder esses acessos, pois é essa democracia que constrói uma nação. Mostramos o lado “empresário” e eles têm as concepções formadas com seus procedimentos próprios para verbas, adoção de ideias, fazendo com que a máquina funcione. Hoje a Direcional tem 100 mil unidades dentro do Programa “Minha Casa, Minha Vida”, contratadas ou a serem contratadas e não vemos desvio de nenhum centavo. O Programa

é sério, pois está inserido numa instituição séria que é a Caixa Econômica Federal. O que se pode dizer, são apenas elogios à política que está dando certo. Sou contemporâneo da Presidente Dilma, quando estava no meu primeiro ano científico, ela estava no terceiro ano no Colégio Estadual Central. Conheço a Dilma desde aquela época, não tínhamos tanta convivência, mas a via sempre nos corredores. A minha admiração por ela é muito grande, sei de sua seriedade, da forma com que ela desenvolve esse Projeto, conheço todo seu pragmatismo e sei que, como gestora, estamos na mão da pessoa certa. O Brasil felizmente está no caminho certo, pois vemos o mundo todo em crise e nosso país relativamente bem. Vamos continuar crescendo, com uma economia interna estável, pois temos hoje o que o mundo precisa continuar comprando sempre, que é o alimento: grãos produzidos em larga escala. Por mais otimista que fôssemos a uns vinte anos, jamais vislumbraríamos um panorama tão positivo como o que estamos vivendo hoje. Posso falar, como otimista que sou, que nos próximos quinze anos seremos a terceira maior potência do mundo. Teremos os Estados Unidos, a China e depois seremos nós. Já estamos passando a Inglaterra e a França, vamos superar a Alemanha, passando em seguida o Japão. Como disse o presidente Lula, “esse país nosso é muito bom, quando precisa chover, chove; encontramos petróleo na hora certa, pré-sal, o que temos de natureza, de solo, de água é um total espetáculo esse país nosso”.

Gilson de Souza

* Ricardo Valadares Gontijo é graduado em Engenharia Civil pela Universidade Federal de Minas Gerais, tendo recebido menção honrosa no curso. É sócio fundador da Direcional Engenharia, onde atua como Diretor Presidente desde 1981.


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Especial Centenário da Escola de Engenharia da UFMG Fonte: Projeto Centenário da Escola de Engenharia

Gilson de Souza

Uma equipe de profissionais da área de comunicação, formados recentemente na UFMG, desde fevereiro de 2011 tem trabalhado com afinco para registrar o Centenário da Escola de Engenharia. À pedidos do professor Benjamim Rodrigues de Menezes, Diretor da Instituição, o grupo encerra seus trabalhos, de forma satisfatória com diversas publicações que vão registrar por gerações essa data de extrema relevância.

Da esquerda para direita: Ricardo Lopes e Amanda Armond, Relações Públicas; Bernardo Almeida, Jornalista e Alessandra Souza, Auxiliar Administrativo

Uma das mais antigas e tradicionais instituições de ensino de Belo Horizonte, a Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais, UFMG, comemorou 100 anos em 2011. Uma trajetória com cerca de 30.000 pessoas, entre alunos, professores e funcionários que já passaram pela Escola. Atualmente, cerca de 6.500 estudantes estão matriculados nos 11 cursos de graduação e nos

20 cursos de pós-graduação (stricto e lato sensu). A comemoração dos 100 anos marca, acima de tudo, a celebração do legado deixado a todos que fizeram ou ainda fazem parte desta vasta comunidade acadêmica. A Escola de Engenharia se orgulha de ter contribuído com a formação educacional, profissional e mesmo pessoal de cada integrante desta história.



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Palavra do Diretor: A engenharia nacional é reconhecida hoje como um dos principais pilares de sustentação da destacada posição econômica, tecnológica e política ocupada pelo Brasil. A Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais (EEUFMG) tem a missão de ser uma das principais protagonistas dos novos tempos e tem a consciência de que no futuro deve estar preparada para as mudanças sistemáticas, e que a reinvenção das soluções antigas é um exercício diário e, que a opção pela inovação, é uma questão de sobrevivência. A Escola de Engenharia sempre teve e se compromete a prosseguir na sua missão de oferecer à sociedade o melhor e mais moderno padrão acadêmico e contribuir, decisivamente, para o desenvolvimento científico, tecnológico, econômico e social do Brasil, e em especial do estado de Minas Gerais. O século XX foi o século das grandes transformações tecnológicas, dos grandes conflitos mundiais e do reordenamento das grandes potências. Apesar dos percalços inerentes à profissão e pelas crises que nosso país passou, saímos do patamar de nação subdesenvolvida para virarmos uma nação em desenvolvimento, e a engenharia brasileira se destacou pela qualidade de suas obras. Ao final do século, a nossa escola já se tornava reconheci-

da nacionalmente e internacionalmente pela alta qualificação dos seus engenheiros e por sua postura comprometida com a geração do conhecimento, com o desenvolvimento tecnológico do País e com uma atuação participativa e socialmente responsável para com a sociedade. As comemorações do Centenário da Escola foram realizadas durante todo o ano de 2011. Os eventos programados relembraram a sua história ao longo de seus 100 anos, reverenciando a sua trajetória e sua inserção cada vez maior no desenvolvimento econômico e social do Brasil. Com isso, a Escola de Engenharia reforçou o seu papel enquanto unidade da UFMG e aproveitou a oportunidade para registrar e organizar, em várias publicações, seu vasto acervo. Toda a comunidade acadêmica foi convidada, empresas e entidades parceiras, ex-alunos que fizeram parte deste século de excelência, a também fazerem parte dos eventos de comemoração do centenário. Como diretor e representante da Escola de Engenharia, agradeço a participação de todos vocês que prestigiaram esses eventos.

Gilson de Souza

O Diretor Benjamim Rodrigues de Menezes apresenta ao Dr. Tárcio Primo Belém Barbosa, presidente da Associação dos Ex-Alunos da Escola de Engenharia da UFMG, o Livro de Ouro do Corpo Docente, um livro sobre os professores que passaram pela Escola entre 1911 e 2009.

Gilson de Souza

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História A Escola de Engenharia da UFMG (EEUFMG) foi fundada no dia 21 de maio de 1911, a partir da reunião de 15 intelectuais, a maioria engenheiros formados pela Escola de Minas de Ouro Preto. O encontro, realizado na Sociedade Mineira de Agricultura, também celebrava a data do aniversário de 100 anos do nascimento de Christiano Benedicto Ottoni, pioneiro da engenharia nacional, que foi escolhido patrono da instituição que estava sendo criada. Coube ao Secretário de Agricultura do estado, o advogado José Gonçalves de Souza, presidir a reunião que decretou a criação da então Escola Livre de Engenharia de Belo Horizonte. Além do Secretário, o encontro também contou com a participação de 14 profissionais, em sua maioria engenheiros formados pela Escola de Minas de Ouro Preto. A primeira Congregação da Escola Livre de Engenharia foi constituída, então, por seus 15 fundadores, e sua primeira assembleia estabeleceu José Gonçalves de Souza como o primeiro

diretor da nova instituição. A data da fundação está relacionada à transferência política da capital mineira. Em 1897, Ouro Preto deixou de ser o centro administrativo do estado e a recém construída Belo Horizonte tornou-se a capital do estado de Minas Gerais. Com isso, criou-se a necessidade de estabelecer centros de formação profissional na nova capital, no início do século XX. Assim como a Escola de Engenharia, outras instituições de ensino de Belo Horizonte tiveram sua origem neste mesmo período: a Faculdade de Direito, transferida de Ouro Preto em 1898, a Faculdade de Odontologia inaugurada em 1907 e a Faculdade de Medicina, também fundada em 1911. As quatro escolas serviram de alicerce para a criação da Universidade de Minas Gerais em 1927, federalizada em 1949 e, desde 1965, denominada Universidade Federal de Minas Gerais, UFMG.

Localização Hoje totalmente integrada ao Campus Pampulha da UFMG, a Escola de Engenharia já teve outras duas sedes ao longo de sua história. Fundada no edifício Alcindo da Silva Vieira, na avenida Santos Dumont, n°. 174 – chamada avenida do Comércio à época – a Escola de Engenharia deu seus primeiros passos neste, que era o primeiro edifício do hipercentro da capital. Diante do crescimento da escola e da necessidade de receber cada vez mais alunos, professores e funcionários, a primeira transferência de sede ocorreu em 1959. Mas a Escola de Engenharia não foi para tão longe de sua primeira casa: se deslocou apenas um quarteirão e passou a ser sediada no edifício Arthur Guimarães, na rua Espírito Santo, n° 35. Em abril de 2011, o complexo de prédios

da segunda sede da Escola foi entregue à União. O local sediará o Fórum da Justiça do Trabalho de Belo Horizonte. No quarteirão da segunda sede, funciona a Associação dos Ex-Alunos da Escola de Engenharia da UFMG (AEAEEUFMG). Em 1998, o Projeto Campus 2000 da UFMG estabeleceu a construção, ampliação e reforma de sete unidades da universidade. Uma das medidas previas a construção do novo prédio da Escola de Engenharia no campus Pampulha, começou a ser erguido em 2004. Em 2010 o processo de transferência da Escola de Engenharia para o campus terminou. A nova sede possui uma área aproximada de 65.000 m2, a maior de uma instituição pública de ensino em engenharia da América Latina.

Fotos: Projeto Centenário da Escola de Engenharia

À esquerda, o edifício Alcindo da Silva Vieira funciona hoje o Centro Cultural UFMG. À direita, segunda sede da EEUFMG, futuro Fórum da Justiça do Trabalho.



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Foca Lisboa

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Nova sede da EEUFMG, complexo com área de cerca de 65.000 m²

A Associação dos Ex-Alunos Uma das maiores fontes de memória dos 100 anos de história da Escola de Engenharia é a Associação do Ex-Alunos da Escola de Engenharia da UFMG (AEAEEUFMG). A entidade foi criada no dia 20 de dezembro de 1959, com o nome de Associação dos Antigos Alunos da Escola de Engenharia, da então Universidade de Minas Gerais (UMG). No dia 13 de maio de 1960, o então diretor da Escola de Engenharia, professor Mário Werneck de Alencar Lima, presidiu a primeira assembleia da nova associação. Nesta reunião, foi desenvolvido o estatuto da Associação dos Antigos Alunos. Com isso, a assembleia também realizou as primeiras eleições para a presidência e para o Conselho da entidade. Entre as medidas tomadas para preservar a história da Escola, uma das principais foi a criação do Centro de Memória da Engenharia, nos anos 90. A iniciativa partiu de um convênio estabelecido com a UFMG, no dia 9 de fevereiro de 1993, cujo regulamento foi aprovado pela Congregação da Escola de Enge-

nharia. O patrono do Centro da Memória é o professor Hugo Luiz Sepúlveda, que foi diretor da Escola entre os anos de 1971 e 1975. No mesmo ano de 1993, a Associação também criou uma biblioteca própria, com um acervo de mais de 25.000 volumes, doados pelos próprios ex-alunos. Em 2006, a AEAEEUFMG desenvolveu a produção de um livro com a relação de todos os alunos formados pela Escola entre 1911 e 2005 - Livro de Ouro da Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais. Já em 2009, a associação produziu um livro sobre os professores que passaram pela Escola entre 1911 e 2009 – o Livro de Ouro do Corpo Docente da Escola de Engenharia da Universidade Federal de Minas Gerais. Desde 1993, a Associação dos Ex-alunos da UFMG é presidida pelo engenheiro Tárcio Primo Belém Barbosa. A sede da AEAEEUFMG fica na Rua Bahia, n°. 52, e faz parte do conjunto arquitetônico da Praça Rui Barbosa, tombado pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais-IEPHA/MG, em 1988.


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História

a o d r u a t z u f e t o d r e a i c t a garan

Arquivo Público Mineiro

é a i r ó t s i h a r a v r e Pres

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Na construção da nova capital das Minas Gerais era necessário construir um imponente palácio que se chamaria Palácio da Liberdade e ficaria numa praça de mesmo nome. (Foto: Palácio da Liberdade sendo construído em 1895)


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