JORNAL FIGUEIRA ANO 2 NÚMERO 73 FIM DE SEMANA DE 21 A 23 DE AGOSTO DE 2015 FIGUEIRA DO RIO DOCE / GOVERNADOR VALADARES - MINAS GERAIS EXEMPLAR: R$ 1,00
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Programa de leitura por remição de pena faz presos da penitenciária da cidade terem esperança de um futuro melhor. Página 6
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PARLATÓRIO
EDITORIAL
Descriminalize já O Supremo Tribunal Federal (STF) começou a julgar esta semana a descriminalização do porte de drogas para uso próprio. A questão será julgada por meio de um recurso de um condenado a dois meses de prestação de serviços à comunidade por porte de maconha. A droga foi encontrada na cela do detento. O recurso é relatado pelo ministro Gilmar Mendes. O tema é polêmico cheio de discussões importantes, mas o próprio fato do julgamento de uma causa desta natureza já mostra um amadurecimento das instituições. A sociedade brasileira precisa discutir sobre as drogas e outros temas polêmicos fora do período eleitoral. Temos que participar e incentivar essa agenda como forma de resolver um problema gravíssimo em nosso país. Todos os anos milhares de pessoas morrem no Brasil em decorrência da violência gerada ao redor do tráfico de drogas. Outras milhares são vítimas de problemas de saúde em decorrência da dependência química sem tratamento adequado e outras tantas entopem as cadeias por todo pais. É um ciclo vicioso. Um desastre anunciado de uma política de repressão que só nos jogou no buraco. O presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Paulo Gadelha, é a favor da descriminalização. De acordo com ele, tratar o usuário de drogas ilícitas como criminoso faz com que o problema não seja enfrentado corretamente. “Como as drogas ilícitas estão em um circuito relacionado ao protecionismo, à exclusão e repressão, elas geraram uma questão de comercialização que está associado à violência do tráfico, discriminação à população mais vulnerável, quase um genocídio que acontece em territórios ocupados pelo tráfico. Todos esses componentes implicam problemas de saúde pública que devem ser tomados como centrais”, afirma. O médico Drauzio Varella condena o que chama de estratégia dos avestruzes. “Manter a ilusão de que a questão da maconha será resolvida pela repressão policial é fechar os olhos à realidade, é adotar a estratégia dos avestruzes. É insensato insistirmos ad eternum num erro que traz consequências tão devastadoras, só por medo de cometer outros”, explica. O usuário quase sempre é vitimizado duas vezes, já que pode sofrer de um problema de saúde, que é a dependência química, e é considerado criminoso por isso. Além disso, ele fica refém do tráfico. Ao comprar, estimula e impulsiona uma indústria que mata milhões. Temos que pensar em outra saída. O Uruguai é um exemplo importante, zerou mortes em decorrência do tráfico depois da liberação do uso. Descriminalizar o usuário de drogas é o primeiro passo para regulamentarmos e legalizarmos o uso. Seria um avanço enorme na guerra contra o tráfico e a violência. Um salto de amadurecimento para a sociedade brasileira que tem se mostrado tão conservadora e retrógada.
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POLÍTICA | ECONOMIA 3
OPINIÃO 2
FIGUEIRA - Fim de semana de 21 a 23 de agosto de 2015
É um ciclo vicioso. Um desastre anunciado de uma política de repressão que só nos jogou no buraco.
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Diretor e Jornalista Responsável Moisés Oliveira - DRT/MG 11567
Reportagem Gina Pagú - DRT/MG 013672
Colunista e Colaboradores Flávio Froés Ingrid Morhy Jaider Batista José Marcelo Júlio Avelar Marcos Imbrizi
Revisão Fábio Guedes - DRT/MG 08673
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FIGUEIRA - Fim de semana de 21 a 23 de agosto de 2015
Da Redação
Sacudindo a Figueira
Você é a favor da legalização do aborto?
A figueira precipita na flor o próprio fruto Rainer Maria Rilke / Elegias de Duino
SIM
Claramente a favor do aborto
A marcha dos Insensatos
Vladimir Safatle
Professor da Faculdade de Filosofia da USP e autor do livro “A esquerda que não teme dizer seu nome”.
T
alvez tenha chegado o momento de dizermos: Somos sim absolutamente a favor do aborto. Há aqui uma razão fundamental. Não há Estado que tenha o direito de legislar sobre o uso que uma mulher deve fazer de seu próprio corpo. É estranho ver algumas peculiaridades brasileiras. Por exemplo, o Brasil deve ser um dos poucos países onde os autoproclamados liberais e defensores da liberdade do indivíduo acham normal que o Estado se arrogue o direito de intervir em questões vinculadas à maneira como uma mulher dispõe de seu próprio corpo. Há duas décadas, a artista norte-americana Barbara Kruger concebeu um cartaz no qual se via um rosto feminino e a frase: “Seu corpo é um campo de batalha”. Não poderia haver frase mais justa a respeito da maneira com que o poder na contemporaneidade se mostra em sua verdadeira natureza quando aparece como modo de administração dos corpos e de regulação da vida. Esta é a função mais elementar do poder: fazer com que sua presença seja percebida sempre que o indivíduo olhar o próprio corpo. Nesse sentido, não deixa de ser irônico notar como alguns setores do cristianismo, como o catolicismo e algumas seitas pentecostais, parecem muito mais preocupados com o corpo de seus fiéis que com sua alma. Daí a maneira como transformaram, a despeito de outros
segmentos do cristianismo, problemas como o aborto, a sexualidade e o casamento homossexual em verdadeiros objetos de cruzadas. Talvez seja interessante lembrar que mesmo entre os cristão tais ideias são controversas. Os anglicanos não veem o aborto como um pecado e, mesmo entre os luteranos, embora se digam contrários, ninguém pensaria em excomungar uma fiel por ela ter decidido fazer um aborto. É claro que se pode sempre contra-argumentar dizendo que problemas como o aborto não podem ser vistos exclusivamente como uma questão ligada à autonomia a que tenho direito quando uso meu corpo, pois haveria outra vida a ser reconhecida enquanto tal. Esse ponto é um inacreditável obscurantismo. Uma vida em potencial não pode, em hipótese alguma, ser equiparada juridicamente a uma vida em ato. Um embrião do tamanho de um grão de feijão, sem autonomia alguma, parasita das funções vitais do corpo que o hospeda e sem a menor atividade cerebral não pode ser equiparado a um indivíduo dotado de autonomia das suas funções vitais e atividade cerebral. Não estamos diante do mesmo fenômeno. A maneira com que certos grupos políticos e religiosos se utilizam do conceito de “vida” para unificar os dois fenômenos (dizendo que estamos diante da mesma “vida humana”) é apenas uma armadilha ideológica. A
vida humana não é um conceito biológico, mas um conceito político no qual encontramos a sedimentação de valores e normas que nossa vida social compreende como fundamentais. Se dizemos que alguém desprovido de atividade cerebral está clinicamente morto, mesmo se ele conservar grande parte de suas funções vitais ainda em atividade graças a aparelhos médicos, é porque autonomia e autocontrole são valores fundamentais para nossa concepção de vida humana. Assim, quando certos setores querem transformar o debate sobre o aborto em uma luta entre os defensores incondicionais da vida e os adeptos de alguma obscura cultura da morte, vemos a mais primária tentativa de transformar a vida em um conceito ideológico. Isso se admitirmos que será necessariamente ideológico um discurso que quer nos fazer acreditar que “as coisas falam por si mesmas”, que nossa definição de vida é algo assentado nas leis cristalinas da natureza, que ela não é uma construção baseada em valores sociais reificados. Levando isso em conta, temos de saudar o fato de alguns arautos do conservadorismo pretenderem colocar tal questão na pauta do debate político brasileiro e esperar que haja algumas pessoas dispostas a compreender a importância do que está em jogo. Desativar as molas do poder passa pela capacidade de colocá-lo a uma distância segura de nossos corpos. * Texto retirado do site da revista Carta Capital
NÃO Marlene Nobre
Médica ginecologista aposentada e especialista em prevenção e câncer uterino.
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país espelha, portanto, a vocação pacífica do nosso povo, uma vez que este já se manifestou de forma majoritária contrariamente ao aborto. Ao lado dos argumentos jurídicos, existem razões científicas muito fortes contra o aborto, como analiso nos meus livros “A vida contra o aborto” e “O clamor da vida”. Aprendemos nos melhores tratados de embriologia que a vida é um continuum que vai do zigoto (célula-ovo) ao velho, sem solução de continuidade. Ainda que existam vozes discordantes, este é um forte argumento científico em favor do respeito à vida desde a concepção. Mas, não é o único, há muitos mais. Embora concordemos com alguns fundamentos da teoria neodarwinista da evolução das espécies, constatamos que ela tem muitas falhas. A principal delas é ancorar no acaso as explicações da evolução. Recentemente, estudos bioquímicos da célula revelaram que há nela um arranjo intencional das partes com indícios claros de que foi planejada. Essas e outras pesquisas científicas têm apontado para a existência de um Planejador Inteligente, o Grande Doador da Vida. E a mulher que recebeu do Ser Supremo a missão transcendente de gerar vidas, comumente, não se deixa aprisionar pela visão hedonista que impera no mundo. No caso de gestação de bebê anencéfalo, a sua tendência é a de oferecer proteção e abrigo, mas, para isso, precisa ser amparada nos seus propósitos divinos. Do que a gestante precisa é am-
Para o mundo, que eu quero descer É desesperadora, para quem confiou o voto a ele, a atuação do vereador Chiquinho do PSDB. Depois de receber do Ministério Público a resposta de que o uniforme das escolas municipais não fere a nenhum princípio legal, o vereador volta à carga com a “denúncia” do funcionamento de uma escola dentro do Parque Municipal. Falta estudo ao vereador: o Parque Municipal de Belo Horizonte tem uma escola de ensino fundamental desde a sua criação, o Parque Farroupilha, ou da Redenção, em Porto Alegre, tem três grandes escolas dentro e no entorno imediato. Escolas em parques são comuns no mundo inteiro, mas escolas provocam alergia ao vereador.
Preguiça legislativa
Favelização Ricardo do DNIT não faz jus aos seus 20 anos de Valadares. Desamor total. O juizforano assiste de braços cruzados à favelização das beiras de rodovias nas entradas da cidade.
Fora da casinha Geremias Brito reaparece depois de anos no pior estilo: batendo no Plano Municipal de Educação, embarcando no boato de que as escolas teriam banheiro comum em vez de separar meninos e meninas. Pergunta no seu Face: “o secretário tem filha?”. Brito não leu o Plano, pegou carona na onda de intolerância religiosa sem se informar, está vendo bicho papão onde não há. O sumiço não fez bem a ele, não serviu à reflexão dos comportamentos que o levaram de quase deputado com 25 mil votos a não conseguir se eleger vereador no bairro onde mora.
O mesmo vereador não faz contato com a VALE para entender o que impediu a empresa de até agora transferir o ônibus doado ao Parque para a Prefeitura. Prefere ocupar capa de um diário da cidade a espalhar ilações. A VALE informaria ao vereador a dificuldade na transferência e a opção por um comodato, de modo a agilizar agora o emplacamento do veículo, enquanto o processo interno de transferência continua. Ou seja, o ônibus ainda não é da Prefeitura e não pode ser usado.
Risco de sobrar
Cuspir no próprio prato
O vereador Chiquinho já avisou ao deputado Mourão que não fica no PSDB se o partido receber André Merlo. Mourão tem recebido pressão de todos os lados para receber Merlo no PSDB e ser o seu vice, em uma chapa puro sangue. Assim, não perde a sua condição de deputado para a campanha. No caso, sobra também Paulinho Costa que deu guarida para Merlo na tentativa de uma terceira via. No jogo de cachorro grande, sobram os desafetos do Santa Rita.
A enfermeira Yara Figueiredo, primeira secretária de Saúde no governo da prefeita Elisa Costa, do PT, é a que aparece efusiva no melhor estilo carná-golpe. Mas, Edson Vieira Silva é diretor recém-nomeado na Superintendência Regional de Ensino, pelo governador Pimentel, do PT, faz o modelo “tô nem aí”.
Relacionamento
PROS/PDT
Razões para ser contra o aborto Sabendo que o aborto, mesmo legalizado no mundo, é uma falha nossa na Terra, estamos certos de que ninguém deveria praticá-lo seja no regime das convenções humanas ou fora delas. Se há anticoncepcional, por que promover a morte de criaturas nascituras ou em formação?” Chico Xavier (“Lições de Sabedoria”). Para nós, o aborto segue sendo pena de morte para inocentes e, no caso dos anencéfalos, com um agravante, porque implica também a questão da eugenia. Esta é uma prática milenar com a qual sempre se procurou eliminar os deficientes de todos os matizes, os que são considerados pesos mortos para a sociedade. Tirar a vida de alguém é crime. A mulher, tanto quanto o companheiro, a equipe médica, o Estado, o juiz, não tem esse direito. O artigo 5º da Constituição Brasileira garante a inviolabilidade do direito à vida, defendendo-o como bem fundamental do ser humano. É certo que o artigo 4º afirma que a personalidade civil do homem começa no nascimento com vida, mas a lei põe a salvo que ela deve ser defendida desde a concepção (Código Civil, lei federal 3071). E mais, a Convenção Americana sobre Direitos Humanos, celebrada na Costa Rica, em 22 de novembro de 1969, deixou claro, no chamado Pacto de São José da Costa Rica, assinado por inúmeros países, entre os quais o Brasil, que esse direito deve ser protegido desde o momento da concepção. Assim sendo, qualquer projeto de lei em prol da legalização do aborto que tramite no parlamento brasileiro é, antes de tudo, inconstitucional. A Lei Maior de nosso
A PM contou 350 participantes na manifestação pró-golpe no domingo, 16. Desta vez, a OAB recuperou os brios democráticos e distanciou-se do evento. Aliás, vários familiares de escoteiros manifestaram-se a este jornal, exigindo respeito. Não querem que a turma folclórica da ADESG seja chamada de escoteira. Explicam que o movimento escoteiro mundo afora tem se modernizado, tem compromisso com a democracia e a diversidade. Vale ver o relato bem humorado do comentarista político Paulo de Tarso:
paro à maternidade para levá-la até ao fim e, sobretudo, diálogo terapêutico com um profissional que lhe possa dar sustentação nesse período difícil. Uma sociedade organizada segundo as leis de Deus, obrigatoriamente, deve ter o amor na sua base de sustentação. Entre outras ações, tem o dever de cuidar da educação de crianças e jovens, dar todo o apoio à maternidade e à paternidade responsáveis, além de cuidar dos deficientes de toda sorte. A sociedade que apela para o aborto declara-se falida em suas bases educacionais porque dá guarida à violência no que ela tem de pior, que é a pena de morte para inocentes. Compromete, portanto, o seu projeto mais sagrado, que é o de construir a paz duradoura e legítima. *Texto retirado do Portal Viva
RECORTE DAS REDES
O PDT de Valadares corre o risco de ficar órfão. Nacionalmente, o partido marcha para ser assumido por Ciro e Cid Gomes que arregimentam o seu batalhão Brasil afora para as eleições de 2016 e 2018. Apoio incondicional a Dilma e a aliança com o PT. O grupo sai do PROS, que sofre a sangria dos suas lideranças mais conhecidas. Em Valadares, o PROS decidiu apresentar o presidente da Câmara, vereador Adauto Carteiro, como pré-candidato a prefeito no ano que vem.
Marcelo da Projecon, bem sucedido na passagem da farda à condição de empresário da construção civil, deve contratar serviço de relações públicas se quiser mesmo firmar a sua candidatura a prefeito. No condomínio do Minha Casa Minha Vida, no bairro Atalaia, ele, a esposa e o irmão deixaram péssimas lembranças. Teve até gente comparecendo de farda para exercer pressão nas negociações.
José Marcelo dos Santos é comentarista de política e economia e apresentador da edição nacional do Jogo do Poder, pela Rede CNT. É professor universitário de Jornalismo, em Brasília.
José Marcelo / De Brasília
Fale com o José Marcelo: noticiasdopoder@uol.com.br
Ele sabia
Planalto de olho
Menos ruim
Vai ser difícil
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tinha certeza de que seria denunciado por suspeita de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, mas tentou dar ares de normalidade aos trabalhos na Câmara na terça e quarta-feira. Cunha se diz perseguido pela Procuradoria-Geral da República e nega que tenha recebido US$ 5 milhões de propina, conforme acusou o empresário Júlio Almeida Camargo em delação premiada.
Embora acompanhem a situação de Collor, assessores ligados ao Palácio do Planalto seguem mais de perto a situação de Eduardo Cunha, que na avaliação de aliados da presidente Dilma Rousseff e do vice-presidente e articulador político Michel Temer já começa a sangrar. A expectativa é de que a denúncia de Cunha ao STF enfraqueça a influência que ele tem sobre pelo menos 200 parlamentares na Câmara. Enfraquecido, Cunha não teria como pressionar deputados na hora da sessão conjunta do Congresso para votar as contas da presidente Dilma Rousseff referentes a 2014. Essa votação pode incendiar ou jogar uma pá de cal sobre a tese do impeachment, segundo um analista do Planalto.
Passado o clima de apreensão que marcou todo o primeiro escalão do governo no último domingo, a equipe de analistas do Palácio do Planalto avaliou que o saldo para a presidente Dilma Rousseff foi positivo e que o ideal, a partir de agora, é intensificar ainda mais a agenda positiva para recuperar a imagem da presidente entre a população. Na avaliação da equipe do governo, o país passa pelo momento mais delicado na economia e, ainda assim, o número de manifestantes foi a metade do de março, quando 1,7 milhão de pessoas foram às ruas.
Denúncias “maduras”
Mover a roda
Segundo uma fonte ligada ao caso, as duas denúncias são “as mais maduras” entre os políticos suspeitos de receber propina derivada de desvios de dinheiro da Petrobras revelados pela Operação Lava-Jato. Para esse investigador, isso não isentará Cunha de responder a outros inquéritos, que continuarão em aberto para apurar intimidação de pessoas que, suspeita-se, foi praticada pelo deputado. Ainda assim, o parlamentar fez questão de despachar normalmente na quarta-feira.
Foi com o discurso de que era preciso mover a roda da economia que a presidente Dilma Rousseff convenceu o ministro da Fazenda Joaquim Levy de que era preciso manter a antecipação da primeira parcela do 13º dos aposentados e pensionistas. Dilma lembrou a Levy que não se trata de despesa extra, mas de uma antecipação, e que os R$ 15,8 bilhões vão servir de refresco neste momento conturbado.
Bastou uma sondagem na Câmara e no Senado para o governo constatar o que já se imaginava: vai ser difícil passar pelo Congresso a Medida Provisória que transfere para o consumidor os riscos provocados pela seca na produção de energia. Antes, o custo era pago pelas geradoras. As empresas alegam que os prejuízos chegam a R$ 20 bilhões nos últimos dois anos. Por causa da seca, elas produziram menos que o previsto e tiveram que comprar energia no mercado livre para honrar os contratos. O resultado foi uma enxurrada de ações judiciais contra o governo. A medida provisória permite que, em anos de seca, as bandeiras tarifárias possam ser usadas para cobrir os prejuízos das empresas.
Cunha e Collor Além do presidente da Câmara Eduardo Cunha, o senador e ex-presidente Fernando Collor de Mello também teve denúncia proposta pela Procuradoria-Geral da República. As duas denúncias, segundo uma fonte que acompanha o processo, são as mais bem fundamentadas até o momento. O Palácio do Planalto acompanha de perto o andamento dos casos porque eles interessam ao governo e podem interferir nas relações com o Congresso a partir de agora.
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INTERNACIONAL 5
Cronograma da Agenda de Renan começa a ser definido esta semana Objetivo é agilizar as votações para que as mudanças sejam aplicadas ainda em 2015 Foto: Ed Ferreira/Estadão
Renan Calheiros tenta impor sua agenda para o Brasil
Fernando Gentil
A
s votações da chamada Agenda Brasil começam a ser definidas nesta semana no Congresso Nacional. O objetivo do criador das leis, senador Renan
Calheiros (PMDB-AL), é que ela seja votada de forma rápida para que “a situação do país melhore”. A questão é: Que país? A Agenda de Renan está dividida
em quatro partes. Melhoria do ambiente de negócios e infraestrutura, equilíbrio fiscal e proteção social, reforma administrativa e estruturas obsoletas. São 43 pontos, no total, que tratam destes quatro temas-macro. A questão é que o conjunto de leis que vai salvar o Brasil, na verdade, serve para salvar a elite e afundar ainda mais a população de baixa renda e pobre. Isso porque vários pontos mostram uma austeridade contra as populações mais afetadas historicamente no país e um investimento maior nas grandes empresas e no agronegócio explorador e extrativista. O primeiro ponto polêmico diz respeito à terceirização. De acordo com a lei, o Brasil deve “regulamentar o ambiente institucional dos trabalhadores terceirizados, melhorando a segurança jurídica face ao passivo trabalhista potencial existente e a necessidade de regras claras para o setor”. Ou seja, visa à regulamentação do trabalho terceirizado, uma lei realmente necessária para que esses trabalhadores sejam menos explorados pelos seus patrões. O problema é que a lei já está sendo votada no Congresso e houve uma mudança exponencial em seu conteúdo. Em
vez de regulamentar o trabalho dos já terceirizados, o projeto quer transformar outros trabalhadores, que pertencem à CLT, também em terceirizados. É um problema real, perigoso, que pode causar inclusive o fim das leis trabalhistas em um futuro não distante. Outro ponto questionável é o fato de a Agenda ser a favor da PEC 215. Esse projeto de lei visa a dizimar o que restou das populações indígenas no Brasil. Ao passar o poder de demarcar terras para o Congresso, que tem como maior bancada a ruralista e é bastante conservador, as áreas delimitadas serão diminuídas e muitos índios serão mortos em enfrentamentos com grandes produtores rurais. A Agenda diz o seguinte: “revisão dos marcos jurídicos que regulam áreas indígenas”, visando a “compatibilizá-las com as atividades produtivas”. É um assassinato exponencial da cultura, da identidade brasileira e da vida indígena. O que já era ruim ficou pior. Ainda sobre o mesmo tema, Renan indica que quer diminuir as áreas de proteção ambiental. É uma reforma agrária às avessas. Em vez de destituir terras improdutivas e transformá-las em minifúndios produtivos para a agricultura familiar,
ele pretende destruir ainda mais o meio ambiente. O objetivo deve ser acabar de vez com as reservas de água no país porque outro sentido não faz. “Investimentos na zona costeira, áreas naturais protegidas e cidades históricas” para “incentivar novos investimentos produtivos’’. Em relação aos programas sociais, o presidente do Senado também sugere mudanças. Ele quer, por exemplo, que o SUS passe a ser cobrado. “A possibilidade de cobrança diferenciada de procedimentos do SUS por faixa de renda”. Ele também pede para “ampliar a idade mínima para aposentadoria”. Pontos que já falam por si mesmos, não sendo necessários comentários. Caso Dilma e a bancada do PT aprovem tais pontos da Agenda Brasil e use dela para fazer o país voltar a crescer, vai ficar clara a mudança de lado de um partido que se dizia dos trabalhadores. Afinal de contas, apoiar a terceirização de atividades que pertencem à CLT, destruir o que resta das florestas nacionais, dizimar indígenas, cobrar pelo SUS e aumentar a aposentadoria, não tem nada de apoio à classe trabalhadora. Trata-se, isto sim, de um governo voltado apenas para o interesse do empresariado, dos bancos e dos ruralistas.
Café com Leite Marcos Imbrizi / De São Paulo
A culpa não é de São Pedro Depois de mais de um ano desde o anúncio da “crise hídrica”, finalmente São Pedro foi isento do fato de não fornecer chuvas para o abastecimento dos reservatórios de água da Região Metropolitana de São Paulo, que atendem mais de 20 milhões de pessoas. Relatório do Tribunal de Contas do Estado (TCE) paulista divulgado na semana passada culpa o governo do Estado pela falta de água. É o que informa reportagem do Estadão, segundo a qual a falta de água é resultado da ausência de planejamento da Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos para os alertas que foram anunciados há mais de dez anos. De acordo a reportagem, o relatório, elaborado pela diretoria que analisou as contas de 2014 do governador Geraldo Alckmin, aprovadas com ressalvas pelo tribunal, indica que “outras medidas poderiam ter sido tomadas anteriormente para que a crise não chegasse ao ponto em que se encontra atualmente, ou pelo menos que seus efeitos fossem minimizados”. Entre as medidas que poderiam ter sido adotadas estão a
despoluição dos rios Pinheiros e Tietê, a recuperação da represa Billings, maior proteção aos mananciais, combate à perda de água no sistema de distribuição, a exigência de reuso de água por indústrias, comércio e condomínios e a construção de novos reservatórios. O documento do TCE cita ainda relatórios e planos do governo e de outras entidades que nos últimos dez anos indicam cenários críticos no que diz respeito à oferta de água para a Região Metropolitana de São Paulo. Ainda segundo o Estadão, a secretaria negou a existência de previsões de grave seca que atingiu a região Sudeste em 2014. A pasta informou ainda que o governo adotou medidas para minimizar os impactos da seca para a população. (In)segurança pública – Também na semana passada aconteceu a maior chacina da história do Estado de São Paulo. Em pouco mais de três horas, 18 pessoas foram mortas na noite de 13 de agosto na periferia das cidades de Osasco e Barueri, na Região Metropolitana de São Paulo. Outras seis
pessoas foram feridas nos ataques. Entre os mortos, 12 não tinham antecedentes criminais. Segundo informações divulgadas pela imprensa paulista, os crimes foram praticados por um mesmo grupo de criminosos. Há suspeita de envolvimento de policiais. As execuções aconteceram na região onde um policial militar foi morto no último dia 7. Ao jornal Estado de São Paulo o diretor executivo do Instituto Sou da Paz, Ivan Marques, informou ser necessário atentar para a gravidade dos dados. “Comemorou-se há pouco tempo a queda expressiva na quantidade de homicídios no Estado. Voltar a ter esse tipo de situação, em que 18 pessoas são assassinadas por um grupo organizado, nos remete aos anos 1980 e 1990, quando essas ocorrências eram responsáveis por nos deixar no patamar mais violento da história de São Paulo”, disse. Com isso, somente em 2015, chegam a dez o número de casos de chacina no Estado, que somam um total de 38 mortos. Até a noite de segunda-feira, quando escrevia estas linhas, nenhum culpado pelas execuções havia sido localizado.
Marcos Luiz Imbrizi é jornalista e historiador, mestre em Comunicação Social, ativista em favor de rádios livres.
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Morte em corrida de touros põe novamente em discussão os limites da cultura de um país Jovem de 18 anos sofreu uma chifrada no abdômen e não suportou Foto: Gcardinal
Fernando Gentil
M
ais um rapaz foi vítima das corridas de touros promovidas na Espanha este ano a propósito do Festival de São Firmino. Ele é o quarto morto em menos de duas semanas no país ibérico, famoso pelas touradas. O garoto de apenas 18 anos recebeu uma chifrada no abdômen e faleceu durante a transferência para o hospital. Além dele, mais sete morreram durante os meses de julho e agosto. Alguns por ataque dos touros e outros por ataques dos próprios participantes. As causas são as mesmas desde que a tradição existe. A discussão em cima disso é a seguinte: A cultura pode tudo? Uma tradição, apenas por ser tradição, pode passar por cima dos direitos e da vida? Talvez seja um questionamento que dure enquanto a humanidade existir, mas deve ser feito. Os principais argumentos de quem defende as touradas, segundo a ONG Animal Freedom, são o fato de “ela ser um componente duma cultura, uma tradição milenar. Representa o último vestígio de culturas antigas não ocidentais. Querer excomungá-la demonstra desprezo por este elemento não ocidental no seio da cultura espanhola.” A mesma ONG contesta esse argumento. Não se pode colocar o peso de uma tradição acima da ética, da moral, da vida e dos direitos. “Todas as culturas ocidentais ou não ocidentais têm tradições construtivas e destrutivas. A antiguidade duma tradição não pode servir para justificá-la moralmente.” Outro argumento é que “um touro é tratado muito melhor até ser lidado do que um boi que foi
Touros são maltratados durante os eventos
criado pela bioindústria apenas para produção de carne”. O fato pode até ser considerado real. Algumas indústrias pecuaristas de fato torturam os bovinos. Mas, não é assim que as coisas funcionam. “Pode ser verdade, mas não é um argumento válido. Por existirem condições ainda mais cruéis, não torna a outra menos cruel.” Dizem ainda tratar-se de um culto ao boi. “Uma tourada é uma prova de veneração e uma homenagem à força do animal.” Outro argumento que pode ser refutado. “Veneração e homenagens não são prestadas ou mostradas por meio de torturas.” Além disso, tratam o evento como uma exploração da arte, da dança e até mesmo da virilidade. Mas, mesmo assim, com
todos esses argumentos, nada justifica a tortura e a crueldade. Falam também que as touradas são uma forma de se livrar do estresse, descarregar os problemas do cotidiano, acabar com os sentimentos negativos e a agressividade. Mas, “existem alternativas inofensivas (por exemplo, o desporto) para uma tal descarga que não implicam sofrimentos para os animais”. O último argumento dos defensores das touradas é que elas encerram uma dimensão religiosa. Representa a lua do bem a do mal. No caso, os bois são a do mal. “Celebrações religiosas não são uma bula que permita reduzir os animais a um símbolo”, conclui a ONG. Mesmo com as questões diversas e infinitas sobre o tema, algo
Foto: Nelson Garrido
Grupos protestam contra as torturas das touradas
deve ser tratado como consensual, que é a ética, o respeito à vida e aos direitos. Torturar um animal ou matar uma pessoa não faz parte
da civilidade, da cidadania, do pensamento humanista. Tratar todos com amor é necessário para uma sociedade sadia e pacífica.
Direitos Humanos Flávio Fróes
Repensando a Política As ideias políticas – que muitos especialistas acreditam ter início na Academia de Platão (427-347 a.C.) – estão presentes em importantes construções teóricas do Ocidente de meados do século 16 aos dias atuais. As obras de Nicolau Maquiavel (1469-1527), em Florença, Thomas More (1478-1535), na Inglaterra, e Tomás Campanela (1568-1639), na Itália, demarcam o campo de trabalho para os pensadores do século 18 delinearem o mapa político da Europa e das Américas. Seus seguidores na França, Suíça, Inglaterra e Alemanha – como se fosse possível citar numa linha os inúmeros lugares onde mentes brilhantes discutiram Política durante aqueles séculos – contribuíram em muito para mudar o mundo desde então. Outros participantes das lutas por justiça social empregaram sua arte para expressar ideias políticas. Exemplo sempre lembrado tem sido Pablo Picasso (1881-1973), que pintou a tela “Guernica” para testemunhar o horror da Guerra Civil Espanhola (1936). Contando quase oitenta anos, a obra supera, em força de convencimento, a enxurrada de palavras vãs de quem se
decide por guerras fratricidas. Até mesmo a música – de modo surpreendente para muitas pessoas – tem sido utilizada como forma de expressão de ideias políticas. Do compositor russo Tchaikovsky (1840-1893) ao poeta paraibano Geraldo Vandré, música instrumental ou vocal tem sido usada para celebrar a conquista da liberdade num cenário político de morte e sofrimento. O russo legou aos compatriotas o bombardeio orquestral da “Abertura 1812” e o paraibano, aos brasileiros, “Pra não dizer que não falei das flores”. Consta que a melodia assobiada dessa composição, nos anos 1970 – auge da repressão – já era o bastante para levar o assobiador para as masmorras do regime. O teatro e o cinema têm sido instâncias privilegiadas para a discussão de ideias políticas, a denúncia das situações de opressão, a pregação da liberdade e a exigência de plenitude de direitos. Ideias políticas, contudo, nem sempre dão certo quando expressas em audiências ditas conservadoras. A cátedra e o púlpito, por exemplo, reservam-se a competência para selecionar os temas tratados nesses ambientes.
Parece lógico, então, eleger os espaços dos Legislativos – municipais, estaduais e federal – como locais de exercício de discussões políticas por excelência. Feita essa escolha, contudo, é possível um certo desapontamento, uma vez que, relembrando a anedota sobre manicômios, nem todos os que ali estão se interessam por ideias propriamente políticas, enquanto que nem todos que se interessam por ideias políticas estão ali. Leis e regimentos determinam os rumos das políticas sociais, mas brechas deixadas na estrutura dos textos legais, bem-administradas por pessoas pouco escrupulosas, podem resultar em desvios e outros eufemismos. Ora, uma vez que a Política para os primeiros helenos, que a praticaram quinhentos anos antes de Cristo, era a administração dos recursos para benefício dos habitantes da cidade (“pólis”) e que as assembleias que decidiam sobre temas políticos ocorriam em plena praça (“ágora”), todo o processo decisório era transparente. Não será esse um bom motivo para estudar Política?
FIGUEIRA - Fim de semana de 21 a 23 de agosto de 2015
CAPA 6
CAPA 7
Projeto de leitura alcança metade dos presos de Valadares Penitenciária tem 553 leitores assíduos e tenta atingir os mais de mil internos
“
Fernando Gentil
Dom Casmurro”. A obra clássica do imortal Machado de Assis conta a história da oblíqua e dissimulada Capitu e seu romance com o ciumento Bentinho. O enredo perpassa sobre o momento histórico da época e trata de temas considerados bem atuais. O feminismo, por exemplo. É uma das obras-primas do autor. É esse livro que Luiz Carlos Machado, 39 anos, tem como seu preferido. O olheiro e agora encarcerado sempre gostou muito de ler. “Desde novo eu gosto de ler. Cresci com esse hábito. Desde livros literários até religiosos. Quando entrei na unidade busquei me envolver com isso e consegui o trabalho de administrador do acervo da biblioteca”, conta o também estudante de turismo. Luiz lembra das conquistas obtidas graças aos livros. “O programa trouxe um diferencial muito grande e, com a leitura, muitas portas se abriram. Pude tentar o Enem e hoje tenho a oportunidade de fazer faculdade de turismo a distância”, conta. Sobre o futuro pós-prisão, o sonho dele é ter uma vida normal, sem precisar mais passar pelos apertos e pela vida do crime. “Pretendo realizar um projeto dentro da área de turismo. Já estou fazendo graduação e, se eu puder, quero fazer um mestrado, doutorado. A porta foi aberta. Agora depende de mim”, relata. Ele tem visto várias mudanças nas vidas dos colegas de penitenciária. Além da leitura, há vários outros projetos em andamento: curso de corte e costura; ensino fundamental, médio e superior; trabalho com limpeza e obras. “Com certeza teve mudança no comportamento dos colegas. Todo mundo que entra para o sistema prisional chega aqui sem esperança. Mas, quando a pessoa acha algo para se apegar, ela acaba se envolvendo com aquilo e passa a ter esperança de novo. É como se a pessoa estivesse no fundo do poço e aparecesse uma cordinha para ela segurar com toda a força e não soltar mais. A leitura educa, melhora a parte moral e ética da pessoa. A gente vê mudança nas pessoas”, diz Machado, que tem como personagem favorito um garoto de sete anos que busca uma chave que estava no seu próprio bolso. Bruno, do livro “A Chave de Casa”, de Ivan Jaf, descobre junto com sua irmã que ter o controle de tudo é bom, mas também bem complicado. O mecânico Gerry José da Silva, 28 anos, também participa do programa de leitura da penitenciária. Ele acredita que ler é um hábito muito bom e que pode trazer transformações na vida pessoal e profissional. “Aprende a escrever melhor, melhora a nossa cabeça. Além de ganhar a remissão, que pode fazer com que a gente saia mais cedo da prisão”, conta o estudante de corte e costura. De acordo com Gerry, muitas mudanças ocorreram após ele começar a praticar o ato da leitura. “Aprendi a viver a vida de uma forma diferente de como vivia lá fora. É uma busca por conhecimento. Muita coisa que antes eu nem sabia, hoje sei por causa da leitura.
Foto: Fernando Gentil
E, além de ler, faço o curso de corte e costura, como alfaiate. Minha intenção é sair daqui, comprar umas máquinas e trabalhar de forma correta, dentro da lei”, explica o jovem. Ele concorda com Luiz e acredita que a leitura mudou os hábitos dos colegas de penitenciária. “Todo mundo está doido para fazer o programa. Além da questão da remissão, é mais aprendizado para as pessoas. Vi muitos colegas, que antes não tinham interesse por nada, lendo, aprendendo e, consequentemente, reduzindo a sua pena”, conclui. Conheça o programa No mês de maio de 2015, a Penitenciária Francisco Floriano de Paula, em Governador Valadares, juntamente com o Poder Judiciário, transformou um programa que era apenas para estudantes da escola da unidade para todos os alfabetizados da prisão. O objetivo é fazer uma troca entre os presos e o sistema prisional. Eles leem livros, fazem uma prova e, se tirarem 60%, no mínimo, tem direito de diminuir alguns dias da pena. Isso fez com que 553 presos passassem a participar do programa. Em abril, eram apenas 55. Um número bem alto, quase 50% da unidade prisional, que abriga pouco mais de mil pessoas. “Todos os presos alfabetizados que tiverem interesse podem participar do programa. A ideia é que consigamos fazer com que absolutamente todos os alfabetizados participem”, diz o diretor da penitenciária, Danilo Marcos de Almeida Silva Gomes. De acordo com o diretor, o programa é novo, mas já vem gerando resultados. “O projeto foi feito em 2013. Em 2014, iniciamos o processo para os estudantes da escola estadual e, em 2015, para toda a unidade. O resultado é muito interessante. Quando vamos ao pavilhão, nós vemos que o preso não está ocioso. Aquele que quer trabalhar, trabalha. O que quer estudar, estuda. E o que quer ler, lê. Eles conversam sobre isso, interagem. É um novo mundo que está surge na cabeça deles”, explica Danilo. O programa é uma iniciativa do Judiciário que foi acolhida pela diretoria do sistema priFoto: Fernando Gentil
Gerry tem aprendido muito com o programa de leitura da penitenciária
Luiz é responsável por cuidar do acervo da biblioteca Foto: Fernando Gentil
FIGUEIRA - Fim de semana de 21 a 23 de agosto de 2015
Qual é a cor do seu coração?
C
arinhoso é o título de uma canção muito importante do repertório de músicas populares brasileiras. Já dizia o poeta: “Meu coração, não sei por quê / Bate feliz quando te vê.” Usando esse trecho da música do saudoso Alfredo da Rocha Viana Filho, também conhecido como Pixinguinha, convido os leitores a refletir um pouco sobre a profundidade de sua letra.
“Meu coração, não sei por quê Bate feliz quando te vê E os meus olhos ficam sorrindo E pelas ruas vão te seguindo Mas mesmo assim foges de mim Ah, se tu soubesses Como sou tão carinhoso E o muito, muito que te quero E como é sincero o meu amor Eu sei que tu não fugirias mais de mim Vem, vem, vem, vem Vem sentir o calor dos lábios meus À procura dos teus Vem matar essa paixão Que me devora o coração E só assim então serei feliz Bem feliz.” Tal composição retrata com poesia uma perseguição romântica, com detalhes pessoais do autor, que não se sabe se foi correspondida, mas que é condicionante para a felicidade do autor. Importante pensar que o coração é um órgão oco de tecido muscular estriado cardíaco que tem como função bombear o sangue de forma que circule por todo o sistema vascular sanguíneo. Curioso é que em animais vertebrados o sangue é tipicamente ver-
melho e geralmente produzido na medula óssea. O coração possui uma estrutura que pode variar entre as diferentes classes do reino animal e, em geral, o coração humano tem uma massa entre 250 e 350 gramas, e aproximadamente o tamanho de uma mão adulta fechada. Então, se são assim o coração e o seu componente principal, o sangue, o que nos diferencia enquanto seres humanos? As histórias de vida, as oportunidades, os aprendizados, as crenças, as decepções, as conquistas, as fantasias, a forma de enxergar a vida, as estruturas familiares, o conhecimento, as escolhas, nada além do que acabei de citar deveria nos tornar diferentes, já que somos seres humanos vertebrados e por isso possuímos um coração que bombeia sangue vermelho. Assim, continuemos a pensar nesse tão importante órgão que mantém a vida em funcionamento. Ele é representante do que, juntamente ao nosso consciente, o cérebro, conseguimos produzir, ou seja, os mais variados sentimentos, como amor, ódio, alegria, tristeza, saudade, medo, gratidão e tantos outros sentimentos atingem também o nosso coração. Importante pensar que numa sociedade em que somos diferentes em todos os sentidos, desde o físico até a forma de vestir e pensar, pois tudo está intimamente relacionado com o aprendizado e a apreensão da realidade, a cor da pele não deveria ganhar nenhum destaque, salvo pelas orientações de saúde e beleza. Viver num país de misturas étnicas me faz questionar todo o tempo de que cor é o meu coração? Isso é que importa. Se nos ativermos a pensar na constituição, funcionamento e estrutura dos nossos corações, a cor da pele deixará de ser debate e instrumento de discriminação, de morte, de prisão, de tortura, divisão, humilhação, de solidão e
fuga, e passará a ser o que realmente é: apenas e tão somente o revestimento externo do corpo, embora seja o maior e mais pesado órgão do corpo humano. Que em 2016, quando Carinhoso completar cem anos, possamos nos recordar do seu autor: homem negro, filho de um funcionário dos Correios e flautista, que aprendeu música em casa, fazendo parte de uma família de vários irmãos músicos, tendo durante sua vida, trabalhado e encantado multidões como flautista, saxofonista, compositor e arranjador brasileiro – como já dito um dos maiores compositores da nossa música popular.
Que nós possamos, a exemplo das composições de Pixinguinha, olhar o outro buscando enxergar a cor do coração que nos faz iguais e nos aproxima. Deixando de lado as diferenças que nos dividem e enfraquecem. Ana Afro e Coletivo Abayomi Negras e negros em movimento pela identidade e autoestima
Jacqueline Françoa Rodrigues Silva de Moura Assistente Social e membro do Coletivo Abayomi
O pedagogo Paulo Sérgio, a diretora de atendimento e reintegração Renata Araújo, o diretor da penitenciária Danilo Gomes e a pedagoga da Seds Edilene de Almeida são os responsáveis pela produção do programa de leitura
sional da cidade. “A ideia surgiu a partir de uma orientação do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Daí, o juiz da Vara de Execuções Penais de Valadares, Thiago Colnago Cabral, fez uma portaria que liberou a realização do programa aqui na penitenciária. Com essa possibilidade de remissão de pena por leitura, procuramos a Academia Valadarense de Letras para fazer uma parceria. Esse auxílio é tanto no fornecimento de livros quanto na correção das provas. Começamos na escola e, agora, todos os presos do regime fechado podem participar do programa”, explica o diretor. De acordo com Danilo, todo um processo foi feito para a implantação do programa na penitenciária. “Primeiro, foi feito um trabalho de conscientização do preso. Todos já sabiam que, a cada três dias de trabalho, eles ficam um dia a menos na prisão. Na escola também ocorre esse tipo de diminuição de pena. Agora, foi a vez de explicar que com a leitura aconteceria algo parecido. A cada livro lido e com acerto de 60% na prova, eles ganham
quatro dias a menos para ficar na penitenciária. Depois disso, fizemos a socialização dos livros, mostrando e distribuindo nas celas. Eles podem ficar com cada obra por 30 dias e depois têm que fazer a prova. Em todas as etapas a Academia Valadarense de Letras está presente. Desde a conscientização até a correção das provas”, conta. Ele acredita que a mudança no hábito do preso torna a volta do encarcerado à sociedade mais tranquila e com mais possibilidades. Esse é apenas um programa dos vários outros já existentes da unidade. “A leitura foi mais um investimento feito no sistema prisional. Temos vários tipos de trabalho para os presos, curso de corte e costura e também de marcenaria. Temos pocilga, galinheiro. Já dávamos muita ênfase ao trabalho e à profissionalização. Também já havia a escola estadual de alfabetização, ensino fundamental e médio, além de conseguirmos trazer o ensino superior à distância. A leitura foi mais uma opção para que o preso possa agregar valor e diminuir a pena”, completa.
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CIDADES 8
FIGUEIRA - Fim de semana de 21 a 23 de agosto de 2015
CIDADES 9
Júlio Avelar
Foto: Divulgação
BRAVA GENTE
AEROPORTO
MELHORANDO – E MUITO
POR QUE NÃO TODOS OS DIAS?
Governador Fernando Pimentel esteve na cidade e não soube responder nada sobre o aeroporto Cel. Altino Machado, que há anos funciona muito precariamente e por qualquer coisinha os voos têm que descer em Ipatinga. Como pode um governador ir a uma cidade e não saber dos problemas que ela tem na pendência do Estado que ele governa? A imprensa perguntou e ele nada soube responder. Isso sim é uma vergonha!
Com a nova dinâmica da presidente Cinira Santos Neto, da Academia Valadarense de Letras, que está no seu segundo mandato, a maior entidade de cultura do Leste mineiro já ganhou pintura nova, telhado novo e a ampliação da biblioteca já está quase terminando.
É impressionante como os cemitérios de Valadares sempre foram colocados em último plano pela limpeza pública. Sempre sujos, entra governo e sai governo. Sempre cheios de entulho, restos de caixões e outras coisas, como coroas secas horríveis. A limpeza é feita no Santo Antônio todo final de semana somente; nos demais, provavelmente uma vez por mês. Ora, bolas, se todos os dias há enterros, por que que o caminhão que passa nas ruas destes cemitérios não pegam os entulhos ali colocados? Falta administração, falta interesse público.
DE HOMENAGENS Esta semana quero prestar homenagens a três senhoras que atendem na portaria da Policlínica: Efigênia Maria Gonçalves, Cacilda Lopes Resende e Érica Bezerra. Pela educação, pelo respeito humano com as pessoas que lá vão todos os dias em busca de consultas e de alívio. Pois é, se você está mal e encontra quem te trate pelo menos com educação, as coisas melhoram. E como melhoram! Aliás, pessoas que se sentirem maltratadas por funcionários públicos têm mais é que gravar a conversa, fotografar a agressão verbal e soltar nas redes sociais – ou mandar pra mim, que medo é coisa que desconheço.
MAIS VITÓRIA O jovem Leopoldo Delazari, estudante do Colégio Modelo e da academia do Jackson Moura, ganhou mais uma medalha de prata, além das muitas de ouro que já conquistou no jiu-jitsu. O pai Dorval está numa alegria só! Além de estudar e lutar, Léo está sempre ao lado do pai na Churrascaria do Dorval, na Ilha, e agora mais do que nunca. Garoto de ouro!
TUDO PRONTO Sayonara Calhau está com os seus 30 homenageados já prontos para a grande noite do dia 25 de setembro no Ilusão, que não é de esporte, mas de clube de grandes festas. Uma noite de encantamento e de muita elegância e charme: “Aplauso”, em jantar com baile e muito requinte. Presença confirmada!
TODO CUIDADO É POUCO Creuza Gualberto incrementando o Lions Clube. Aliás, este clube já foi um dos mais respeitados do Brasil e chegava a ter suas reuniões festivas disputadas a tapa, com jantares que reuniam cerca de 500 convidados no Ilusão Esporte Clube. Creuza sempre dinâmica em tudo!
É incrível como até hoje a Empresa Valadarense não colocou para rodar nos bairros da cidade ônibus com ar condicionado como já existe em Ipatinga há mais de dez anos. A empresa fatura alto, as passagens não são baratas e mesmo assim as melhorias são raras. Foi um custo colocarem elevadores. Lembro que foi uma exigência contínua do então prefeito João Fassarella. De lá pra cá já se passaram 12 anos e nadica de nada!
Os dedilhados de um violão Foto: Arquivo Pessoal
Júlio Avelar é jornalista, apresentador na TV Rio Doce e membro da Academia Valadarense de Letras
Quer falar com este colunista? zapzap 33-99899200 ou julioavelargv@gmail.com Avenida Minas Gerais, 700 sala 610 após 14h.
TI-TI-TI NO HOSPITAL REGIONAL E no Hospital Municipal, que é mais regional do que valadarense, a classe médica não está nada satisfeita com o andar da carruagem e dois deles estarão, em nome dos tantos outros, no Programa Júlio Avelar (TV Rio Doce) desta segunda-feira, a partir das 10h30, para falar o que quiserem. Imperdível com certeza! Pra assistir e gravar.
JOTA QUEST EM VALADARES A FIEMG, presidida aqui pela competência de Rosana Azevedo, traz pela segunda vez a Valadares a banda mineira (e bem brasileira) Jota Quest, que, de novo será, sucesso. Ingressos esgotados e camarotes lotados. Agradeço os nossos! No Filadélfia. Não perco por nada!
JÁ PASSOU DA HORA
Casamento de Nasser Nacif e Samilla Avelar
FIGUEIRA - Fim de semana de 21 a 23 de agosto de 2015
ELE É BOM NISSO!
Rosana Azevedo a grande anfitriã da FIEMG no Filadelfia
Jovem, cheio de garra, de experiência, sempre procurou modernizar e se aperfeiçoar no que sabe fazer para fazer bem feito. Formado em fisioterapia pela nossa Univale, o Dr. Fábio Ribeiro Augusto Jr. foi além do que aprendeu e vem se dedicando a osteopatia – que vai além das articulações e do relaxamento do corpo. É um tratamento corporal que busca tratar disfunções no aparelho esquelético e que causam dor. Ele é muito bom nisso!
Jovem músico faz sucesso na noite valadarense Fernando Gentil
J
ovem valadarense de apenas 18 anos, André Santos descobriu sua paixão pelo violão muito cedo. Apesar de já ter passado por vários outros instrumentos musicais durante a infância e adolescência, o rapaz é apaixonado pelas seis cordas. “Apesar de ter experiência em baixo, bateria e outros instrumentos de percussão, o violão foi o meu primeiro instrumento e o que está comigo há mais tempo. Ele me fez ter grande interesse pela música e me levou a aprender os outros”, conta o estudante. A vontade de seguir a paixão pela música ocorreu ainda na escola. Ele relembra os festivais e eventos em que tocou antes de se profissionalizar no ramo. “Sempre gostei de tocar. Toco violão desde os sete anos, se não me engano. Minha primeira apresentação foi em 2011, em um evento de escola; eu tinha 13 anos e fazia a oitava série; fiz guitarra solo e não cantava na época. Foi aí que eu peguei gosto pela coisa toda: o público, entrosamento e sincronia, dança, combinação de sons”, afirma o jovem. Ainda na adolescência, André passou pelo processo evolutivo na carreira. Parou de tocar de forma amadora e começou a se profissionalizar. “E, então, depois de mais de um ano fazendo apresentações na escola, comecei a
tocar profissionalmente. Com 16 anos tive minha primeira banda, a Ohana, composta por mim na percussão, meu irmão Willan Neves no violão e minha irmã Clarissa Neves no vocal. Então, a partir dessa idade, posso dizer que estou nesse ramo”, relembra o artista. Mesmo com a pouca idade, André já toca em bandas e tem também seu projeto solo. “Eu sempre gostei de todo estilo musical, nunca fui preso a um gênero específico. Tanto que, atualmente, além de tocar na banda Ohana, que faz nacionais e internacionais, pop, reggae e rock; e tenho duas bandas que foram formadas em 2014: uma de samba-rock, reggae e funk apenas nacionais, O.L.A Soul Rock, composta por Otávio Cirílo na voz e guitarra, Lucas Gonçalves na bateria e eu no baixo; a outra faz apenas internacionais, rock, blues. O nome é GAG Trio, composta por Guilherme Bispo como vocalista e guitarrista, Gustavo Freitas como baterista e eu como baixista. Pouco depois disso comecei meu projeto solo “André Santos”, apresentando e compondo somente com voz e violão, MPB, samba e reggae”, explica o violonista. O artista relembra a primeira vez que tocou profissionalmente e nunca mais parou. “Foi em um casamento de uma familiar, com a Ohana. A noiva sabia que tínhamos influência e nos pediu para indicar alguém pra música ao vivo – e acabou nos contratando”, diz o jovem. Sobre o momento mais marcante, André lembra de um grupo musical que muito o inspira. “Em um evento organizado por mim e uns amigos, formamos uma banda e fizemos um cover da banda Los Hermanos, no Soul Rock Pub. Foi uma noite muito linda, pois Los Hermanos é uma banda que aprecio
André Santos é multi-instrumentalista. Mas prefere o violão.
muito e há muito tempo, e que, a propósito, serve muito de inspiração para tocar e compor”, conta o músico. Apesar disso, não tem uma apresentação favorita. “Cada show que eu faço é uma energia diferente, cada banda tem um sentimento diferente uma da outra. O importante é que me sinto livre quando estou no palco com Ohana, O.L.A, GAG e sozinho também”, afirma o músico. Além do violão, ele também tem apreço pelas artes plásticas. Principalmente o desenho, o qual praticava, mas há um tempo “está parado”. André também teve apoio da
família antes de iniciar a carreira. Ele possui tios e primos músicos, o que ajudou bastante. Sobre quem o inspira, ele cita um professor muito especial. “Tenho muita referência e inspiração nas bandas Los Hermanos e O Teatro Mágico, mas aprendi muito com meu pai, Isac André, ótimo musicista, professor, compositor e poeta”, conta o artista. Sobre novos projetos, André Santos Neves de Oliveira tem um que parece não estar tão distante assim. “Quero gravar meu CD com apenas autorais, voz e violão e, futuramente, com uma banda também”, conclui o jovem.
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Continuamos avançando em direção ao futuro. Divulgamos o Plano de Negócios e Gestão 2015-2019. Diante do cenário atual da indústria mundial de óleo e gás revisamos nossas metas para gerar valor aos acionistas. Vamos investir US$ 130,3 bilhões até 2019 e chegar à produção de 2,8 milhões de barris de petróleo por dia no Brasil em 2020. Estabelecemos prioridades, otimizamos investimentos e estamos focados nos resultados. Seguir em frente é o que a gente faz. Todos os dias.
CIDADES 10
FIGUEIRA - Fim de semana de 21 a 23 de agosto de 2015
ESPORTES 11
Casamentos ainda superam divórcios no Brasil Segundo IBGE, em 2012, as uniões foram o triplo das separações Gina Pagú
O
amor ainda vence o ódio. Parece novela, mas é a realidade. Os brasileiros ainda se casam mais do que se separam. E os valadarenses não são diferentes. A administradora Rossana Bárbara, 30 anos, namora o representante de vendas Tiago Rezende, 31, há quase três. Eles já pensam em móveis, alianças, aluguel e algo além disso: oficializar a união em cartório. “Selar esta união é firmar um compromisso com o outro, com Deus e com o amor. Isso se torna um compromisso chamado união e família. Casar ainda é uma prova de amor, é sinal de que queremos ficar com essa pessoa pelo resto da vida.” Foto: Arquivo Pessoal
Rossana e Tiago resolveram oficializar a relação
O casal ajuda a engordar a pesquisa Estatísticas do Registro Civil, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Segundo o Instituto, em em 2012, houve mais de 1 milhão de uniões, contra 341.600 separações no país. Os cartórios registraram 1.041.440 casamentos no Brasil no ano passado, enquanto a quantidade de divórcios chegou a 341.600. Isso quer dizer que, para cada separação registrada no país em 2012, houve
pelo menos três casamentos. E, para contrariar o que muitos dizem, o casamento não é uma instituição falida. Rossana explica que as pessoas se equivocam ao pensar sobre o que é o casamento. “Muitos entram em um relação pensando em ser feliz e não em fazer o outro feliz. Acho que o modo de pensar sobre os relacionamentos é que faz a maioria achar que o casamento é algo falido. O casamento é para mim sinônimo de felicidade, entrega, respeito. Eu não vejo outros motivos para as pessoas se casarem senão esses.” Para o psicólogo Henrique Oliveira, o casamento também não é considerado uma instituição falida. “Essa união não é mais a mesma. Aliás, todas as nossas instituições, há algum tempo, vem passando por modificações. O início da distinção entre casamento civil e o sacramento religioso do matrimônio acontece quando o Estado se torna laico e isso quebra a aura de sagrado que o casamento tinha. Começa a ruir a obrigação moral de se casar. E se estiver casado e quiser se divorciar, hoje é possível fazer isso em um único dia. Outras áreas da vida começam a ocupar o lugar daquilo que nos ‘realiza’ como pessoas: estudos, emprego, filhos fora do casamento, a vida de solteiro, enfim. O casamento, não sagrado, sofre os efeitos das mudanças históricas. Entretanto, há famílias em que o casamento ainda é um valor importantíssimo.” Rossana argumenta que o amor deveria ser o principal motivo das uniões. “Às vezes, um casamento não dá certo porque as pessoas dão esse passo tão importante com propósitos muito distantes do verdadeiro motivo, o amor. Umas por dinheiro, outras somente para sair da casa dos pais ou ainda por medo de ficarem solteiras.” Sobre a importância da instituição dos casamentos para a sociedade brasileira, o psicólogo explica. “Nas festas de família, há sempre
alguém perguntando pro outro se está namorando, quando vai casar etc. Vimos recentemente a comunidade LGBT lutar bastante pelo direito de se casar no civil – o que só é possível com o casamento civil separado do religioso. Então, ainda é um ponto importante pra algumas pessoas. Essa é a parte curiosa e, talvez por isso, seja um pouco forçado anunciar a falência do casamento. Não é preciso casar pra ter filhos, pra sair da casa dos pais e pra ter uma família sua. Mas, essa fantasia de que é possível uma relação que estabelece um (re) encontro entre duas pessoas, almas gêmeas, tem ainda uma predominância muito forte.”
Divórcios Em 2012, segundo o IBGE, de cada mil casais, 2,5 se separam. A taxa é quase a mesma de 2011, quando o índice registrou 2,6 divórcios para cada mil brasileiros casados. Pela pesquisa, conclui-se que a mudança na legislação brasileira, em 2010, sobre a dissolubilidade do casamento civil pelo divórcio, facilitou a separação, não existindo mais o requisito de prévia separação judicial por mais de um ano ou de comprovada separação de fato por mais de dois para a realização do divórcio. Isso reduziu a ação do Estado na vida privada das pessoas com relação à dissolução do casamento, uma vez que se suprimiu a necessidade de apresentar um motivo para o divórcio, tornando o processo de divórcio e, consequentemente, impulsionado as taxas, que passaram a um novo patamar. No entanto, ainda não superam os casamentos civis.
Casamento comunitário E para facilitar a vida de quem quer oficializar a união e não tem recursos finan-
ceiros para uma festa de casamento, há o casamento comunitário. Em Valadares, o próximo será realizado no dia 26 de setembro deste ano, para os casais que desejam converter a união estável em casamento, de forma gratuita. As inscrições estão abertas e podem ser feitas durante todo o mês de agosto, nas terças e quartas-feiras, de 13 às 17h, no Escritório de Assistência Judiciária - EAJ, no Bloco C1, do campus 2 da Univale, situado na rua Israel Pinheiro, 2000, bairro Universitário. A cerimônia coletiva será realizada no Balcão da Cidadania, às 9h, no campus 1, localizado na rua Coronel Roberto Soares Ferreira, s/nº, bairro Vila Bretas. Mas, para validar a união, serão necessárias duas testemunhas que não sejam parentes dos futuros cônjuges. Eles devem comparecer tanto no dia da inscrição, levando duas cópias do documento de identidade, CPF e comprovante de endereço; e, no dia da cerimônia, para serem ouvidas pelo juiz para comprovar que o casal vive em união estável, devendo conhecê-los desde o início da união. Os casais devem entregar, no ato da inscrição, duas cópias do documento de identidade e CPF, comprovante de residência do casal e certidão de nascimento dos filhos em comum, se houver. Os que nunca se casaram devem levar certidão de nascimento original ou cópia autenticada com o prazo máximo de três meses de emissão. Os que já se divorciaram precisam entregar: certidão de casamento original ou cópia autenticada com divórcio averbado, com o prazo máximo de três meses de emissão e comprovação de partilha/inexistência de bens; certidão fornecida pelo escrivão da secretaria onde tramitou o processo de divórcio ou cópia da sentença do divórcio. E os viúvos: certidão de casamento original ou cópia autenticada, certidão de óbito original ou cópia autenticada do cônjuge falecido e comprovação de inventário/inexistência de bens; certidão fornecida pelo escrivão da secretaria onde tramitou o processo de inventário ou cópia da sentença do inventário. Do outro lado, para aqueles que querem se separar, o Núcleo Jurídico da Faculdade de Direito do Vale do Rio Doce (Fadivale), atende gratuitamente cônjuges que queiram se divorciam. Todo o processo de acompanhamento com advogados é feito gratuitamente pelos alunos e professores da faculdade, no endereço: rua Dom Pedro II, 244 – Centro.
Por Gláucia Camila Valverde e Cleston Alexandre dos Santos
O
s parques nacionais têm, segundo o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), potencial para gerar anualmente entre 1,6 e 1,8 bilhão de reais em turismo para as regiões, considerando as estimativas de fluxo de turistas projetadas para o país até 2016. Seguindo esse pensamento, é possível afirmar que o turismo exerce grande influência econômica em um país e que o investimento nesse setor deve ser mais levado em conta no plano de desenvolvimento de um país. A falta de estrutura de muitos parques em determinadas cidades do país, e por serem estas pouco conhecidas, tornam-nas, porém, abandonadas. O lazer traz em sua essência diversos benefícios, dentre eles a saúde das pessoas, constituindo-se assim um pilar insubstituível à saúde pública e ao desenvolvimento das pessoas e das cidades. Um dos fatores que impulsionam a falta de investimento nos parques nacionais é o alto custo de manutenção envolvido, composto pelo gasto para manter as estruturas funcionando e para o pagamento de funcionários. Parte desse capital necessário pode ser público e completado com patrocínio de empresas privadas e outras instituições. Aí surge um ponto chave e determinante do sucesso ou insucesso do investimento nesse setor no Brasil: conseguir patrocínio de empresas privadas. Isso porque muitos desses parques não têm visibilidade.
Caso receba maior atenção, esse tipo de investimento torna-se algo extremamente importante para cumprir a função de possibilitar maior integração entre as pessoas e a natureza. Ademais, a visitação aos parques possibilita o desenvolvimento do turismo e o conhecimento da biodiversidade. Por outro lado, é até uma ironia dizer que um país tão rico em biodiversidade gaste exorbitadamente em projetos que muitas vezes não têm o real potencial de desenvolver um país. Ao serem colocados na balança, os benefícios que traz a implantação de parques nas cidades brasileiras tornam-se maiores que os gastos e outros malefícios. Com essa iniciativa, a saúde da população pode melhorar por se oferecerem exercícios e lazer à população, como também o relacionamento social, pois é um meio de ligar as pessoas. Além disso, está relacionado com a cultura, o que faz melhorar significativamente a qualidade de vida da população. As políticas de desenvolvimento de jovens e adolescentes são também um tema muito discutido na atualidade, e o lazer e esporte certamente são capazes de trazer a essas pessoas uma opção no lugar de procurarem o uso de drogas, crimes, de terem obesidade, depressão e outros malefícios que atingem a geração Y. O potencial turístico dos parques conservados do Brasil, somado aos benefícios do lazer, pode resultar em grandes benefícios e oportunidades, tanto de visibilidade do país no
mundo, quanto de qualidade de vida de sua população. Países desenvolvidos colocam a questão da conservação de parques como prioridade – e, nessa situação, o governo cumpre seu papel de reverter impostos em qualidade de vida e benefícios à população. Muitos brasileiros sonham com quando terão reconhecidas e recompensadas suas obrigações, que são muitas vezes arduamente cumpridas, e o investimento em turismo e lazer certamente está ligado a esse sonho, o que pode tornar possível que todo cidadão tenha direito de usufruir sua plena cidadania. O benefício de reaproveitar espaços de propriedade pública é uma das outras vantagens proporcionadas com o investimento em lazer por meio de parques. Esses locais, muitas vezes ocupados por moradores de rua ou usuários de drogas, ou mesmo abandonados, passariam a ser reaproveitados ou reestruturados para um uso saudável do ambiente, aproveitando sua biodiversidade e paisagem e usando o local como um bem cultural público. Em um país onde tanto se arrecada com tributação, torna-se justo reverter esse recurso à população em forma de benefícios. A população carece desse tipo de obras públicas e, com bons e corretos investimentos, o turismo e a economia se desenvolvem e consequentemente o país cresce, não só em níveis populacionais, mas também em qualidade de vida.
Gláucia Camila Valverde
Acadêmico do curso de Administração da UFMS – Campus de Três Lagoas/MS. E-mail:glaucia_c.v@hotmail.com
Cleston Alexandre dos Santos
Campanha contra pólio começou há uma semana e já atingiu 30% das crianças em Valadares
Professor do curso de Ciências Contábeis da UFMS – Campus de Três Lagoas/MS e doutorando em Ciências Contábeis Administração na Fundação Universidade Regional de Blumenau (FURB). E-mail:cleston.alexandre@ufms.br
Gina Pagú
SEMENTES
Poliomielite
JARDINAGEM
Rua José Luís Nogueira, 443 Centro - GV Fone: (33) 3021-3002
A poliomielite ou “paralisia infantil” é uma doença infectocontagiosa viral aguda, caracterizada por um quadro de paralisia flácida. Acomete em geral os membros inferiores, tendo como principal característica a flacidez muscular. A transmissão ocorre via fezes de pessoas contaminadas, vias respiratórias ou alimentos e água contaminada. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), dez países registraram casos de poliomielite em 2013 e 2014, sendo que três deles são considerados endêmicos – Paquistão, Nigéria e Afeganistão. Embora o Brasil esteja livre da paralisia infantil desde 1990, a
continuidade das campanhas é fundamental para evitar a reintrodução do vírus no país. Somente por meio da prevenção é possível evitar a poliomielite. A vacina protege contra os três sorotipos do poliovírus 1, 2 e 3. A eficácia da imunização gira em torno de 90% a 95% e é recomendada mesmo para crianças que estejam com tosse, gripe, coriza, rinite ou diarreia.
Dados Segundo o Ministério da Saúde, até a primeira metade da década de 1980, a poliomielite apresentou alta incidência no Brasil, contribuindo, de forma significativa, para a elevada prevalência anual de sequelas físicas observadas naquele período. Em 1994, a Organização Pan-americana de Saúde (OMS), certificou a eliminação da transmissão autóctone do poliovírus selvagem nas Américas. Desde então, todos os países da região assumiram o compromisso de manter altas e
Foto: Divulgação
Equipe do professor Jackson Moura é vitoriosa em campeonato mundial
O
Gina Pagú
s treze atletas que conseguiram ir até o Espirito Santo disputar o Campeonato Mundial de Jiu-Jitsu Profissional, comandados pelo professor de artes marciais e faixa preta Jackson Moura, trouxeram sete medalhas: dois ouros, quatro pratas e um bronze. O Mundial foi disputado no Estádio Tancredão, em Vitória (ES), e organizado pela Confederação Brasileira de Lutas Profissionais (CBLP), com apoio do X-Combat TV News, nos dias 15 e 16 de agosto. Os pódios de ouro vieram da atleta Sarah Louren na categoria azul adulto pena. Após essa vitória, recebeu a faixa roxa das mãos do seu mestre, Jackson Moura. A outra medalha de ouro, do atleta Arthur Augusto, na categoria branca/verde infanto-juvenil leve. Com as pratas, foram premiados: Tarso Mattos, na categoria branca/amarela infantil pena; Alicia Mattos, na branca/amarela mirim médio; Leopoldo Delazeri, na branca/verde infanto-juventil meio pesado; e Augusto Lessa, na preta adulto superpesado. O atleta Elton Afonso conquistou a única medalha de bronze da equipe. Moura, que foi homenageado durante o campeonato e diplomado com a faixa preta quatro graus pela CBLP, disse estar muito feliz com os resultados dos alunos. “Esse foi um campeonato de altíssimo nível e saímos vitoriosos, apesar de alguns atletas não terem conseguido vir para essas disputas. Mas foi muito positivo. Agora vamos treinar para o pan-americano, o sul-americano e o brasileiro com muita garra.”
GOVERNADOR VALADARES, EM PARCERIA COM ESTADO E MUNICÍPIOS
Zona rural A vacinação na zona rural será realizada nos dias úteis pelas equipes da Estratégia Saúde da Família (ESF) que foram implantadas. Sendo assim, cada equipe vai agendar a vacinação nas localidades que não possuem sala de vacina. Nos dias de mobilização nacional, estarão abertas as unidades de saúde de Baguari, São Vítor, Pontal, Xonin de Baixo e de Xonin de Cima.
A equipe de jiu-jitsu de Valadares faturou pódios no Mundial que aconteceu em Vitória (ES)
homogêneas coberturas vacinais, bem como uma vigilância epidemiológica ativa e sensível para identificar, imediatamente, a reintrodução do poliovírus selvagem em cada território nacional e adotar medidas de controle capazes de impedir a sua disseminação. No Brasil, o último caso de infecção pelo poliovírus selvagem ocorreu em 1989, na cidade de Souza (PB). A estratégia adotada para a eliminação do vírus no país foi centrada na realização de campanhas de vacinação em massa, com a vacina oral contra a pólio (VOP). Essa vacina propicia imunidade individual e aumenta a imunidade de grupo na população em geral, com a disseminação do poliovírus vacinal no meio ambiente, em um curto espaço de tempo.
Imagens de programas e ações do Governo Federal no estado.
RAÇÃO
FERRAMENTAS
Jackson Moura Team é campeão com sete medalhas
Ausência de parques no Brasil: falta de qualidade de vida, lazer e esporte
É dia de ver o Zé Gotinha A Campanha Nacional de Vacinação contra Poliomielite (paralisia infantil) começou no último sábado (15) e vai até o dia 31 de agosto. Nesta primeira etapa, os pais e responsáveis, que devem procurar os pontos de vacinação mais próximos, terão a oportunidade de colocar em dia o cartão de vacinas das crianças de seis meses até quatro anos. Todas as vacinas disponíveis no calendário do Ministério da Saúde serão aplicadas durante esta campanha. Na primeira semana foram vacinados 4.997 pequenos, o que significa 30.3% das doses da vacina. A meta estabelecida pelo Ministério da Saúde é de proteger, pelo menos, 95% das crianças. Em Governador Valadares há 16.498 meninos e meninas nesta faixa etária.
FIGUEIRA - Fim de semana de 21 a 23 de agosto de 2015
O Minha Casa, Minha Vida já realizou o sonho da casa própria de mais de 7.700 famílias na cidade.
Na saúde, com o Mais Médicos, 47 profissionais beneficiam 160 mil pessoas que antes não tinham atendimento básico de saúde. E mais de 70 mil moradores recebem medicamentos gratuitos para asma, hipertensão e diabetes.
Na educação, estão garantidos recursos para 7 creches; uma já foi construída.
CULTURA 12
FIGUEIRA - Fim de semana de 21 a 23 de agosto de 2015
“Stiletto dance” Mais que dançar de salto alto
Novidade chama a atenção de homens e mulheres e conquista alunos em Valadares Gina Pagú
U
m novo estilo de dança mistura a sensualidade feminina e o empoderamento da mulher aos movimentos sutis de mãos, quadris e pés calçados com sapatos de saltos altos. Há pouco menos de dois meses, a “stiletto dance” é ensinada em uma escola de dança em Governador Valadares. A bailarina Débora Salviano foi quem trouxe a novidade para as alunas da cidade. “Embora acanhadas, já são dez alunas que fazem aulas todas as quintas-feiras à noite. A maioria chega com medo e receio, mas, com o tempo, vão pegando confiança e se envolvendo com as músicas, como das divas Rihanna e Beyoncé. Essa dança resgata a autoestima das alunas, além, é claro, de fazer bem ao corpo e à mente.” A stiletto mistura hip hop e jazz, com o professor ensinando movimentos leves com mãos, pés, ombros e quadris. Também há as jogadas de cabelo, olhares sensuais e também explora a sensualidade sem deixar transparecer nuances de vul-
garidade. Surgiu na Broadway Dance Center, em Nova Iorque, porque as dançarinas profissionais precisavam aprender um novo jeito de dançar de salto alto em apresentações de clipes, shows e comerciais de TV. Débora explica que tem sido uma febre a busca por aprender essa nova modalidade e que tanto homens quanto mulheres podem aprender a dançar e se divetir. “Todos adoram, principalmente os homens, mas há aqueles que gostam de ver as alunas dançando e os que já querem praticar. A princípio, temos uma turma de alunas, mas pretendo abrir uma só para o sexo masculino, afinal, temos que acabar com o preconceito. Quase todos os dias recebo mensagens de rapazes que querem fazer aulas de stiletto dance.”
Aulas As aulas são divididas em duas etapas. Na primeira, chamada “high heels”, ensina-se o equilíbrio para se manter dançando no salto alto. Com
técnicas de jazz e balé, descobrem-se muitas possibilidades e o equilíbrio físico por meio da prática de caminhadas e movimentos corporais nos saltos de pelo menos dez centímetros. Na segunda parte, chamada “femmology”, ensina-se a mulher a explorar a própria essência da sen-
Agenda 10 Ingrid Morhy
Para dúvidas, críticas e sugestões, vamos interagir nas redes facebook.com/ingridmorhy twitter.com/ingridmorhy ingridmorhy (33) 9155-5511 ingridmorhy@gmail.com
E aí? Sem saber aonde ir? Seguem as opções:
21/8 (sexta) Calourada Entorta Bixo, com Christian Sullywan + Banda Puro Luxo, na Monalisa.
21/8 (sexta) Banda OXY (BH) mandando
Creed, Audioslave, R.R.C.P., Stone Temple Pilots etc., no Oficina´s Pub.
21/8 (sexta) Super Groove, no Soul Rock Pub. 22/8 (sábado) De 15 às 18h, acontece
o Festival de Açaí da galera do colégio Clóvis Salgado. Apenas R$ 10, com adicionais inclusos. O local é o próprio Colégio Clóvis Salgado. Compareçam!
CINEMA Missão Impossível - Nação Secreta Ethan Hunt (Tom Cruise) descobre que o famoso Sindicato é real e está tentando destruir o IMF. Mas como combater uma nação secreta, tão treinada e equipada quanto eles mesmos? O agente especial tem que contar com toda a ajuda disponível, incluindo de pessoas não muito confiáveis.
SOCIAL
22/8 (sábado) Banda FESTINA LENTE (ES) mandando FOO FIGHTERS, PEARL JAM, ROLLING STONES, GARY CLARCK Jr., KINGS LEON, RAMONES e muito mais. No Oficina´s Pub 22/8 (sábado) Tributo The Beatles e Pink
Floyd, com banda Revolution9, no Soul Rock Pub.
22/8 (sábado) Quarto aniversário da
MC Delano usando acessório Folheados e CIA (Mercado Municipal). Todo mundo usa!
Estereótipo Fitness, com show da Pietra Melo, na Monalisa.
22/8 (sábado) Aloow, Era Nova! Aqui coladinho em Gevê! Eu, DJ Ingrid Morhy + Erika Santos, vamos invadir a cidade. Preparemse para uma noite superanimada no Felipe Lanches, em frente à pracinha. 29/8 (sábado) A diva vem aí! Valesca
Popozuda, a partir das 21h, na Monalisa, com open bar.
Vem aí: A semana da diversidade! Aguardem...
Ninguém entende... Mônica Xavier e Deliana Alves O fotógrafo Ramon Dias, de Nanuque, está sempre acompanhando as proprietárias das lojas Hering
sualidade e feminilidade. E, assim, finalmente aprende-se a stiletto dance, que, segundo Débora, melhora a postura e o equilíbrio, além dos benefícios físicos. “Esse estilo promove um trabalho muscular intenso em todo o corpo; deixa bumbum, pernas e panturrilhas durinhas, além de marcar
a cintura, trabalhar a autoconfiança. Essa nova modalidade de dança pode gastar até 600 calorias em uma aula. No entanto, não é aconselhável para pessoas que tenham lesões nas pernas ou coluna cervical. Todos são bem-vindos, embora tenhamos que prestar atenção a esses detalhes.”