JORNAL FIGUEIRA ANO 2 NÚMERO 78 FIM DE SEMANA DE 25 A 27 DE SETEMBRO DE 2015 FIGUEIRA DO RIO DOCE / GOVERNADOR VALADARES - MINAS GERAIS EXEMPLAR: R$ 1,00
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R O D OV I A PA R A D A
Há anos falam em duplicar a rodovia da morte. Quando a liberação por parte do governo federal finalmente sai, a obra fica parada. Que encosto é esse que tem nessa BR? Página 6
POLÍTICA | ECONOMIA 3
OPINIÃO 2
FIGUEIRA - Fim de semana de 25 a 27 de setembro de 2015
PARLATÓRIO
EDITORIAL
A edição desta semana traz como matéria principal a situação da BR 381. Há muitos anos a estrada ficou conhecida como “Rodovia da Morte” devido ao tráfego intenso, à péssima condição da pista e aos milhares de acidentes anuais. A 381 é importantíssima para a nossa economia e para a própria vida da nossa região. É ela a nossa principal fonte de abastecimento e também de saída para a nossa produção, além de ser a principal via para as idas e vindas de nossa gente. A 381 é a rodovia que nos liga a São Paulo, passando pela a capital e pelo o Vale do Aço. Circulam no trecho BH X GV quase 30 mil automóveis diariamente. A situação da rodovia nos joga no descaso e aumenta nosso afastamento de Belo Horizonte e do restante do país. Promessa de algumas campanhas presidenciais, a duplicação da estrada parece tarefa impossível. Os anos passam e a obra não é concluída, não tendo sequer sido iniciada em muitos pontos. A reportagem traz os detalhes do imbróglio. Vemos que a cobrança de nossos representantes, principalmente dos deputados da região, é discreta. A luta pela duplicação não parece ter o mesmo tamanho da importância da rodovia e nem da indignação dos familiares que perderam seus entes ali. Existe uma outra saída, pelo outro extremo da cidade. É a duplicação do trecho GV X Vitória, passando pelo extremo leste de Minas, pelo norte do Espirito Santo até chegar ao porto. Ali já se encontram duas das nossas principais empresas, a Santher e a Piracanjuba. Ao lado da indústria de laticínios existe uma área promissora para a criação de um pólo industrial. Nossas empresas ganhariam um novo mercado com milhões de pessoas empregadas. Com a grave seca e a falta de infraestrutura, a região do extremo leste ficou cada vez mais empobrecida. De São Vitor a Mantena o cenário se assemelha ao do semiárido brasileiro. Pobreza e abandono.
José Marcelo / De Brasília
SIM
Um imposto insonegável Léo de Almeida Neves - Membro da Academia Paranaense de Letras, é ex-deputado federal e ex-diretor do Banco do Brasil.
A
presidente Dilma Rousseff deve encaminhar ao Congresso a proposta de recriação da CPMF, com alíquota de 0,2%, prazo de quatro anos e destinação exclusiva ao pagamento dos aposentados, para reduzir parte do rombo da Previdência Social. Os governadores querem aumentar a alíquota para 0,38%, desde que o acréscimo seja direcionado para Estados e municípios. Quem criou o “imposto do cheque”? Foi Fernando Henrique Cardoso, por proposta do seu ministro da Saúde, o inesquecível patriota Adib Jatene. Quem é muito contra a CPMF? Os que agora não pagam imposto algum, isto é, os contrabandistas cujas receitas e lucros não são contabilizados e, portanto, não recolhem tributo, mas estariam sujeitos ao “imposto do cheque” porque atuam no sistema financeiro, ou seja, realizam recebimentos e pagamentos nos bancos. Quem mais não paga imposto? Os traficantes de drogas, cujo mister é clandestino e, por conseguinte, não é objeto de contabilidade. Está isenta também a metade da população que nem sequer
tem conta bancária. Quem mais está livre de pagar imposto? Os empresários que possuem “caixa dois” e, portanto, não fazem contabilidade de parte de suas atividades industriais, de serviços e agropecuárias. O público já ouviu falar de “caixa dois” nas ajudas para candidatos e partidos políticos efetuadas em dinheiro, sem recibo, não contabilizadas nem pelos empresários nem pelos candidatos. Outros recursos não contabilizados são os resultantes da corrupção praticada por empresas na prestação de serviços públicos nos municípios, Estados e na União – notadamente nas empresas estatais, tais como as investigadas pela Operação Lava Jato, sob a liderança do corajoso e competente magistrado Sérgio Moro. Os gigantescos recursos desviados da Petrobras por alguns diretores e funcionários desonestos nas concorrências fraudulentas, nos acertos prévios (cartel) pelas firmas empreiteiras, na intermediação de parlamentares e políticos ladrões, evidentemente não são conta-
bilizados e sim remetidos aos bancos localizados nos paraísos fiscais. Todas essas falcatruas são realizadas na surdina, escondidas, e os beneficiários dessa roubalheira não declaram os valores para o Imposto de Renda, engordando suas contas correntes secretas no exterior. Outros opositores da CPMF integram a burocracia governamental que opera na área da arrecadação tributária e a multidão de escritórios e contadores que as empresas são obrigadas a contratar para desvendar a infinidade de taxas, impostos e contribuições que incidem sobre a iniciativa privada. O imposto sobre o cheque, isto é, sobre as operações financeiras, é insonegável e todo mundo paga automaticamente ao emitir um cheque ou operar nos bancos. Há outros tantos, que compõem a maioria da população, cuja opinião merece meu respeito, e combatem convictamente a CPMF. Mas minha esperança é de que seja aprovado o imposto e que sua continuidade nos leve para o imposto quase único, elevando-se as alíquotas com a eliminação de outros tributos.
A situação da rodovia nos joga no descaso e aumenta nosso afastamento de Belo Horizonte e do restante do país. Promessa de algumas campanhas presidenciais, a duplicação da estrada parece tarefa impossível.
EXPEDIENTE Av. Minas Gerais, 700/601 Centro CEP 35010-151 Governador Valadares - MG Telefone (33) 3021-3498 E-mail: redacao.figueira@gmail.com
O Jornal Figueira é uma publicação da MPOL Comunicação e Pesquisa. CNPJ 16.403.641/0001-27. Em parceria de conteúdo com a Fundação Figueira do Rio Doce. São nossos compromissos: - a relação honesta com o leitor, oferecendo a notícia que lhe permita posicionar-se por si mesmo, sem tutela; - o entendimento da democracia como um valor em si, a ser cultivado e aperfeiçoado; - a consciência de que a liberdade de imprensa se perde quando não se usa; - a compreensão de que instituições funcionais e sólidas são o registro de confiança de um povo para a sua estabilidade e progresso assim como para a sua imagem externa; - a convicção de que a garantia dos direitos humanos, a pluralidade de ideias e comportamentos, são premissas para a atratividade econômica.
Diretor e Jornalista Responsável Moisés Oliveira - DRT/MG 11567
Reportagem Gina Pagú - DRT/MG 013672
Colunista e Colaboradores Flávio Froés Ingrid Morhy Jaider Batista José Marcelo Júlio Avelar Marcos Imbrizi
Revisão Fábio Guedes - DRT/MG 08673
Diagramação Stam Comunicação - (33) 3016-7600
Editor Fernando Gentil - DRT/MG 18477
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Melhor que o esperado 1
Responsabilidade e medo
Notório
Nem os assessores mais próximos e mais otimistas da presidente Dilma Rousseff acreditavam que o governo teria uma vitória tão significativa na sessão conjunta do Congresso realizada na terça-feira e que invadiu a madrugada de quarta-feira. Foi durante a apreciação dos vetos que Dilma impôs a 32 projetos que aumentavam os gastos públicos. A manutenção dos 26 vetos foi vista pelos aliados do Planalto como uma vitória pessoal da presidente. Conforme a coluna antecipou na semana passada, Dilma passou a receber parlamentares individualmente, como que a fazer negociações a fim de evitar novas derrotas na Câmara e no Senado.
Na avaliação de dois líderes de partidos da base aliada, um na Câmara e outro no Senado, a manutenção dos vetos não pode ser considerada apenas uma vitória do governo. Boa parte dos deputados e senadores que votaram pela manutenção dos vetos estavam com medo e assustados com a repercussão que o aumentos dos gastos públicos vem gerando. Na avaliação dos parlamentares, o termo “pauta-bomba” pegou e gerou desgaste principalmente para a Câmara, que ficou como irresponsável perante a opinião pública ao aprovar projetos que aumentam gastos.
Cada passo de Michel Temer, segundo um parlamentar insatisfeito do PMDB, confirma aquilo que o PT vem dizendo há tempos: o vice-presidente não quer ser responsabilizado por eventuais desastres no governo porque sabe que corre o risco de assumir a cadeira de Dilma Rousseff em caso de impeachment.
Melhor que o esperado 2
Lavar as mãos?
Esta é a primeira vez que a presidente Dilma assume, de verdade, o corpo a corpo com parlamentares. Até então, ela se reunia apenas com as lideranças da bancada. Por orientação do ex-presidente Lula, passou a dar atenção às bancadas e principalmente ao chamado baixo clero – aquele grupo de parlamentares sem muito prestígio, mas com poder de voto. Um assessor do Palácio informou que, depois da manutenção dos vetos, a presidente ficou tão feliz que já na quarta-feira pela manhã decidiu que faria uma exceção e, ao menos por um dia, quebraria a dieta.
Se oficialmente, e perante a opinião pública, o vice-presidente Michel Temer não quis fazer indicações de nomes para compor o novo ministério da presidente Dilma Rousseff, o mesmo não pode ser dito sobre as articulações dele nos bastidores. Um parlamentar do PSDB na Câmara garantiu a este colunista que Temer não quer fazer indicações para não se comprometer com o governo, mas andou articulando com o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani (RJ). O líder, nesse caso, faria a indicação dos nomes defendidos por Temer sem expor o vice-presidente.
Verba olímpica Em meio a tantos cortes de gastos e anúncio de redução da máquina pública, ao menos um ministério respira aliviado: o do Esporte. O governo não mexeu na verba das Olimpíadas do Rio de Janeiro até o momento e aposta no evento para tentar aquecer a economia.
Financiamento Já que o Supremo Tribunal Federal foi mais rápido ao proibir o financiamento público de campanha, a Presidência do Senado avalia a possibilidade de nem colocar em votação o projeto que passou pela Câmara e que permitia que empresas continuassem a financiar partidos e políticos. Com a situação dada por encerrada, a principal dúvida dos partidos é a respeito de como financiar a disputa nas eleições municipais ano que vem. O aumento do fundo partidário já foi descartado.
Da Redação
Sacudindo a Figueira
*Texto retirado do site Gazeta do Povo
A duplicação desta via ligaria as indústrias de confecção de São João do Manteninha, Itabirinha e Mantena ao Porto de Vitória, gerando riqueza e integração para toda essa região. Caminharíamos na direção de um novo modelo de produção, reduzindo a dependência da agropecuária devastadora vivenciada nos últimos tempos. O norte do ES já experimenta um novo momento de prosperidade puxado pela exploração do granito, pela indústria de máquinas e pelo agronegócio. Com a duplicação desta via, Governador Valadares estaria mais conectado com esta região, recebendo e enviando riquezas. Uma invertida de olhar pode nos conectar ao Porto e nos colocar de frente com o mundo. Valadares precisa superar o acanhamento industrial e encontrar nova rota de comercio e produção. Será que não é hora de pensarmos grande?
José Marcelo dos Santos é comentarista de política e economia e apresentador da edição nacional do Jogo do Poder, pela Rede CNT. É professor universitário de Jornalismo, em Brasília.
Você é a favor da volta da CPMF?
Uma outra saída
“
FIGUEIRA - Fim de semana de 25 a 27 de setembro de 2015
NÃO
A figueira precipita na flor o próprio fruto Rainer Maria Rilke / Elegias de Duino
Proposta funesta Paulo Rabello de Castro - Doutor em economia pela Universidade de Chicago, é coordenador do Movimento Brasil Eficiente. É autor de “O Mito do Governo Grátis”.
A
dmiro a perseverança do colega Marcos Cintra, que insiste, há décadas, na tese de um único imposto para o Brasil. Ao indicar, entretanto, a adoção de um tributo sobre movimentações financeiras – que entre nós é conhecido pela repudiada sigla CPMF –, o colega economista se atrapalha e confunde a todos na sua bem intencionada ideia de simplificar a tributação no Brasil. A razão da trapalhada é fácil de enxergar: basta calcular qual seria o tamanho da alíquota dessa tal CPMF para ela se tornar o único tributo a ser pago pelos brasileiros. A conclusão é de que seria uma alíquota tão alta que destruiria qualquer incentivo ao uso de transações bancárias, motivando fuga em massa para o uso de dinheiro vivo e até para moedas de emissão privada, do tipo bitcoin. Portanto, reviver a CPMF como meio de se atingir a necessária e urgente simplificação tributária no país é como entrar numa rua sem saída. Mais ardilosa é a proposta de alguns parlamentares de ressuscitar o monstrengo da CMPF, não mais para a utópica eliminação de todos os demais tributos, e sim para passar a ser mais um tributo empurrado sobre o castigado lombo dos burros de carga desta República. Falo de todos nós, que pagamos a carga tributária mais esdrúxula e menos eficiente do planeta, mais do que 35% do PIB – maior do que a norte-americana e quase igual à alemã – e, pior, que nos retorna com serviços públicos abaixo da crítica, uma governança pública inconfiável e numa fraqueza de investimentos em infraestrutura que nos condena à estagnação permanente.
Em tal cenário de desperdícios e incúria administrativa, que moral teria o governo ou o Congresso para ao menos cogitar de uma nova CPMF, seja por que motivo for? O ajuste fiscal correto deveria ser dentro do governo, “cortando na própria gordura” (nem precisa chegar na carne). Nos últimos 20 anos, a despesa do governo tem crescido sempre acima do PIB. A sociedade paga a conta indigesta com mais carga tributária, também crescente todos os anos pós-Real. Portanto, é rematada mentira que será com um próximo imposto, seja ele sobre cheques ou sobre heranças ou grandes fortunas ou sobre novos serviços, como se especula em alguns meios, que iremos recuperar o perdido equilíbrio fiscal. O desequilíbrio tem origem exclusiva no excesso de despesa pública e na má gestão financeira e orçamentária, como está configurado no sóbrio (e sombrio) relatório do Tribunal de Contas da União sobre as contas do governo em 2014. O que ali se aponta, de modo já ad-
mitido até pelos próprios gestores fazendários sob investigação, é um buraco de despesa pública em nível superior ao que ensejaria a nova arrecadação via CPMF. Propor qualquer inovação tributária nesse momento, muito mais a de um tributo repudiado como a CPMF, é um afronta ética aos brasileiros. Equilibrar receitas e despesas por meio de uma nova governança pública e mediante uma radical simplificação do nosso manicômio tributário é a tarefa que nos cabe implantar com urgência. Esse paradigma de eficiência nos gastos exige lei de contenção explícita do crescimento do gasto público acompanhado por um conselho de gestão fiscal, prescrito no artigo 67 da Lei de Responsabilidade Fiscal. Adiar a criação desse conselho antidesperdício e anticorrupção é falta grave por omissão. Mais funesto ainda seria empurrar a conta da quizumba fiscal para uma nova CPMF, zumbi tributário no filme de horror da política financeira. *Texto retirado do site da Folha de S. Paulo
Campanhas impossíveis
Preço tucano
Conforme o TSE, em 2002 a campanha eleitoral em todo o país custou R$ 792 milhões. Em 2014, para os mesmos cargos, a campanha custou R$ 5,1 bilhões. Se os valores de 2002 tivessem sido corrigidos pela inflação, teriam alcançado R$ 1,3 bilhão. A diferença foi o encarecimento das campanhas, o que torna impossível a representatividade do eleitorado. Só podem se candidatar os que têm muito dinheiro.
Mesmo que seja reconhecido como tucano de berço, um estranho à cartilha do PDT que o abriga, o apoio do PSDB a André Merlo na disputa da Prefeitura de Valadares em 2016 vem acompanhada de uma exigência: a filiação ao partido. Sem a filiação, não há apoio. A condição foi discutida em Belo Horizonte, com o dono do cofre tucano em Minas, Danilo de Castro, nesta semana.
8x3 Os três votos no STF a favor do financiamento das empresas nas eleições, curiosamente, vieram dos ministros que podem se beneficiar com a PEC da Bengala, que permite a eles ficarem no Supremo até os 75 anos: Gilmar Mendes, Teori Zavascki e Celso de Mello.
Ato falho Gilmar Mendes disse que a falta de financiamento privado enfraquece a oposição. Mas, não era o PT que se aproveitava desses financiamentos?
Para roubar mais Em temporada de duas semanas em Portugal, o humorista do Porta dos Fundos, Gregório Duvivier, fez a declaração que mais repercutiu nas redes sociais nesta semana: “Querem tirar a Dilma para roubar mais, é óbvio”.
RECORTE DAS REDES
Mais repercussão “Antes cursavam universidade para terem direito a cela especial. Agora, filiam-se ao PSDB e nem vão presos. Bem melhor”. “Grande parte da reação contra a CPMF é muito menos pelo efeito do custo tributário e muito mais pelo cruzamento de dados e pela fiscalização”.
Sindicato busca aparelhar Conselho do Fundeb O Sindicato dos Servidores Municipais pautou com o Conselho do Fundeb local – o Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica uma agenda em que aponta entre outras coisas, desvio de recursos pelo secretário da educação. Oscilando entre a ignorância voluntária e a difamação, ambas de alto risco, dirigentes do Sinsem buscam contaminar o Conselho do Fundeb com a agenda eleitoral de 2016. O denso apoio popular à escola de tempo integral os desespera. Terão os fatos: cada centavo dos 66 milhões de reais do Fundeb dirigidos à educação municipal em Valadares neste ano é aplicado na manutenção das atividades que a legislação prescreve.
Tecnologia social No aniversário de Edvaldo Soares, o presente foi da educação municipal. Ele convidou a empresa americana de tecnologia social Endless para entregar à Escola Municipal Zumbi de Palmares, no Distrito Industrial, 12 computadores com alta capacidade de armazenagem de dados, que funcionam com a internet ou desconectados dela. Um banco de dados amplo, para a pesquisa escolar, é acessível mesmo sem a internet. Viviane e Camila Soares, filhas de Edvaldo, são pesquisadoras e sócias da empresa. Camila chegou a Valadares diretamente da Faixa de Gaza, na Palestina, onde estava instalando os equipamentos em uma escola de acampamento de refugiados.
Arquivado processo que descaracteriza a Univale
Pirraça e biquinho no IFMG
O novo conselho da Fundação Percival Farqhuar, presidido pelo médico Rômulo Coelho, mostrou respeito à academia ao autorizar a Univale a arquivar no MEC o processo pelo qual ela seria reduzida a Centro Universitário. O processo já foi arquivado e a Univale mantém o seu estatuto universitário e os compromissos de alta qualidade no ensino, intervenção social e liberdade acadêmica.
Um grupo de professores do IFMG tem mais razões para manter a greve que as revindicações trabalhistas: acreditam piamente que a greve ajuda a desestabilizar o governo da presidenta Dilma. O sindicato nacional já aceitou a proposta do governo e recomendou o fim da greve, mas a turma aqui entende que precisa da publicação oficial do acordo para que eles se decidam. Os adolescentes que assistem a tudo e veem o ano correr sem aulas desistem de ter os seus professores como profissionais exemplares. Para a garotada, estão diante de adultos dados a pirraça e mimimi.
Aeroneves O Galo venceu todos os times do Rio no Campeonato Brasileiro e poderia ser Campeão Carioca deste ano. A revelação de que Aécio fez 124 voos no jato oficial para o Rio durante o seu governo fez o jornalista da Folha, Jânio de Freitas, concluir que apenas por essas viagens Aécio passou mais de um ano do seu governo no Rio.
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POLÍTICA | ECONOMIA 4
INTERNACIONAL 5
Restaurante Popular completa um ano desde reabertura
É dia de morte no país do Seppuku Foto: BBC
Refeições completas de almoço são servidas por R$ 3 Gina Pagú
A
pós cinco meses de portas fechadas, o Restaurante Popular reabre as portas, completou um ano de retorno às atividades no dia 19 de agosto e agrada os clientes. Com bandejão vendido por R$ 3 e o marmitex por R$ 4, atende hoje até 800 pessoas por dia, mas com capacidade para 1.200 refeições diárias. Basicamente, o prato do dia a dia do brasileiro é composto por arroz, feijão, carne e legumes, sem muito sal ou gordura. E esse é o prato preferido da dona Benedita e do esposo Antônio, que frequentam o restaurante pelo menos três vezes por semana. “Gostamos daqui principalmente porque nem o tempero nem a comida são carregados no sal ou óleo. Tudo é balanceado e saudável. Para nós é prático, pois não precisamos fazer almoço todos os dias em casa. Aprovamos a alimentação oferecida e o atendimento dos funcionários.” Os estudantes do Colégio Imaculada, Lucas, Francisco e Guilherme não perdem a oportunidade de almoçar na bandejão. O que é motivo de preconceito para algumas pessoas, para eles é como ir a um restaurante qualquer. “Estamos finalizando o ensino médio, nos preparando para o vestibular em faculdades federais e lá, provavelmente, também almoçaremos no bandejão. Então, vamos nos acostumando com o preço e a maneira do lugar a partir de agora”, explica Lucas. O que pensar de um restaurante que oferece menus completos e saudáveis por um preço popular? Muita gente torce o nariz e logo imagina um lugar onde só a população de rua almoce. Nada disso. O perfil dos clientes é bem diverso: casais de idosos, estudantes, trabalhadores do comércio e da construção civil. Cida Pereira, secretária municipal de Meio Ambiente, Agricul-
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Japão tem alto índice de suicídios na volta às aulas
Foto Fábio Moura
tura e Abastecimento, explica que quando o restaurante fechou, por conta do fim do contrato com a antiga empresa responsável, muita gente não entendeu os motivos e reclamou bastante. “A empresa anterior faliu e deixou todo mundo insatisfeito, inclusive a prefeitura. Em seguida, começamos convidar os restaurantes para conhecerem a estrutura do Restaurante Popular e concorrerem à licitação. Conseguimos a Express Distribuidora de Produtos Alimentícios e estamos há um ano em pleno funcionamento.” Segundo Cida, a prefeitura repassa R$ 1 real para a empresa e, além disso, as folhosas e algumas verduras são compradas diretamente dos produtores rurais da agricultura familiar para contribuir para um cardápio ainda mais leve e dentro dos padrões do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS). “Tudo é padronizado e temos duas nutricionistas trabalhando juntas: uma do município e outra da panificadora. A cozinha é industrial, o local é organizado, limpo e temos uma equipe de nove funcionários – três só para a cozinha – trabalhando em um turno de 7 às 15h. O almoço é de excelente qualidade e aqui na secretaria, a maioria manda buscar o marmitex do Restaurante Popular.” Serve-se com fartura: arroz, feijão, macarrão, salada e o prato especial do dia, que pode ser frango com quiabo, estrogonofe, lombo assado ou frango empanado. A vendedora Jaqueline Alves explica que não há outro restaurante para concorrer com este em matéria de preço e qualidade. “Em outros lugares, a marmita mais barata sai por R$ 6 e muitas vezes a refeição não é saborosa como a daqui. Eu já trouxe muita comida de casa, mas há pelo menos uns seis meses compro o bandejão e estou muito satisfeita. Com R$ 60 consigo almoçar durante o mês todo.”
Crianças passam por pressão militar dentro dos colégios
O
Fernando Gentil
Alimentação é rica em nutrientes necessários para manter o corpo saudável Foto: Gina Pagú
Cardápio Trabalhando em equipe; Lurdinha Silva, nutricionista do município e Kamilla Ferreira, nutricionista da empresa Express, prezam por qualidade e preço. Kamilla explica que toda sexta-feira é elaborado o cardápio de acordo com as compras. “Vamos ao Ceasa toda semana para escolher verduras e legumes, o arroz e feijão conseguimos com um preço bom com o fornecedor, mas semanalmente batalhamos para manter o equilíbrio de um prato que agrade o cliente e que caiba nos gastos da empresa.” Lurdinha explica que periodicamente fazem uma pesquisa de opinião para saber como está a satisfação da clientela. “Temos hoje 89% de aceitação, e somente 5% de sobras no prato. Então isso nos mostra que nosso trabalho é efetivo e que fideliza o público. Hoje temos pessoas que frequentam a casa desde a reaber-
Restaurante serve cardápio variado durante a semana
tura. Além disso, todos são tratados da mesma maneira, e não há diferenciação de classe social. Embora a maioria das pessoas que frequentem o restaurante sejam homens, hoje temos um público muito diverso: estudantes, trabalhadores e idosos.” São três caldeiras com capacidade de 70 kg funcionando a pleno favor a partir das 7h da manhã. Kamilla diz que não produzem a capacidade total de alimentos, mas que estão preparadas para receber uma
demanda maior de até 1250 refeições por dia. “Hoje controlamos a quantidade de arroz, feijão e prato principal. Cozinhamos em média 50 kg de arroz e 30 kg de feijão, por volta de meio dia. Conforme as vendas vão ocorrendo nós aumentamos ou não. Mas conseguimos atender todos sem desperdício.” O Restaurante Popular fica na rua Prudente de Morais, 947, Centro. Funciona de segunda a sexta-feira, das 10h30 às 14h.
Café com Leite Marcos Imbrizi / De São Paulo
Velocidade no trânsito: quando menos vale mais D epois da polêmica das ciclovias, que já comentamos algumas vezes aqui, nas últimas semanas o tema em destaque é a diminuição da velocidade máxima nas marginais dos rios Tietê e Pinheiros, na capital paulista, determinada pela prefeitura da cidade. A medida foi adotada após estudo que mostrou, entre outras coisas, que um veículo a partir de 40 quilômetros por hora aumenta exponencialmente a probabilidade de lesão fatal de pedestres em caso de atropelamento. Se a essa velocidade a probabilidade de lesão fatal é de 20%, a 80 quilômetros por hora chega-se a quase 100%. As ações integram o Programa de Proteção à Vida, que tem por objetivo estabelecer a velocidade máxima de 50 quilômetros por hora nas principais vias da cidade. E, mais uma vez, uma parcela da população, instigada pelos opositores do prefeito Fernando Haddad e pelos meios de comunicação, utilizou-se dos mais variados argu-
mentos para condenar a medida: vai aumentar o número de roubos nas vias; vai trazer mais caos ao já caótico trânsito da cidade; é para aumentar a arrecadação com multas. Falaram de tudo, menos sobre uma das questões, que me parece a mais óbvia: a diminuição dos acidentes e, consequentemente, de feridos e mortos. O estudo da prefeitura de São Paulo trouxe ainda informações sobre a velocidade máxima permitida nas cidades em alguns países. Em países como Alemanha, França, Espanha e Itália o limite permitido é de 50 quilômetros por hora. No Reino Unido, 48. Uma pesquisa divulgada na semana passada trouxe argumentos importantes e favoráveis à medida. Um mês após a adoção da medida, a Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo divulgou relatório que informou que a lentidão do trânsito nas marginais diminuiu 10%. Ou seja, a diminuição da velocidade máxima nestas vias (de 90 para 70 qui-
lômetros por hora nas pistas expressas; de 70 para 60 nas pistas centrais; e de 60 para 50 nas pistas locais) garantiu um fluxo melhor para o trânsito. Na cidade, toda a diminuição da lentidão foi de 6%. E o principal: com a diminuição da velocidade, caiu também o número de atropelamentos. BICICLETA GANHA – Também na semana passada foi realizada mais uma edição do Desafio Intermodal, promovido pelo Instituto Ciclo BR. Trata-se de uma disputa entre meios de transporte individuais e coletivos de transporte (bicicleta, carro, moto, ônibus, trem e metrô), no cumprimento de um trajeto de 10 quilômetros pela capital paulista. Os participantes, nos diferentes meios, têm de cumprir o mesmo trajeto. Pelo segundo ano seguido, a bicicleta foi a vencedora, depois de percorrer o trajeto em 17 minutos e sete segundos, seguida da moto, que levou 22 minutos e 59 segundos. O carro, depois de uma hora, ainda não havia terminado
a rota. Uma corredora fez o caminho em 51 minutos e 51 segundos. AINDA A QUESTÃO DA ÁGUA – E uma reportagem publicada pelo Estadão na semana passada mostrou que o atraso do governo do Estado em tomar uma medida no caso do sistema Cantareira, responsável pelo abastecimento de água de milhões de paulistas que moram na Grande São Paulo, levou o mesmo a um estado “catastrófico”. A conclusão é de um estudo de pesquisadores brasileiros publicado em uma revista norte-americana. “A culpa não é do sistema natural, ele sempre funcionou assim. Foi um problema de gestão, que negligenciou aspectos fundamentais do funcionamento de bacias hidrográficas”, disse um dos autores do estudo, do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo. Segundo o pesquisador, se as medidas tivessem sido tomadas anteriormente, o racionamento de água seria menor hoje e a recuperação do sistema, mais rápida.
Marcos Luiz Imbrizi é jornalista e historiador, mestre em Comunicação Social, ativista em favor de rádios livres.
Seppuku é um termo utilizado no Japão que significa “cortar o ventre”. É um ritual suicida japonês realizado pelos guerreiros samurais surgido no século 12. Era feito para evitar a captura por parte de forças inimigas. Hoje, o Japão vive outra realidade em relação ao suicídio: o de crianças e jovens que não querem ir para as escolas. Mas, como assim? O Japão não tem uma das melhores educações do mundo? A finalidade realmente é boa, mas os meios que são utilizados para se chegar à educação de qualidade são totalmente criticáveis. O Japão é mais que maquiavélico em seu ensino. Só no ano passado, quase 25 mil pessoas cometeram suicídio no país. O índice é três vezes maior que o registrado em países como Reino Unido e 50% acima do ocorre nos Estados Unidos, Áustria e França. Historicamente, o dia 1º de setembro, que é quando ocorre a volta às aulas, é o dia em que ocorrem mais suicídios no Japão entre menores de 18 anos. De 1972 até 2013, por exemplo, 18 mil crianças suicidaram-se no país. Ano passado, o país registrou pela primeira vez na sua história o suicídio como a principal causa de morte de jovens entre 10 e 19 anos. A situação é tão caótica que um funcionário público e bibliotecário da cidade de Kamakura incentivou as crianças a não irem à escola em seu Twitter. “O segundo semestre está quase chegando. Se você está pensando em se matar porque odeia a escola, por que não vem para cá? Temos quadrinhos e romances leves. Ninguém vai brigar com você se passar o
Foto: Beto Bertagna
dia inteiro aqui. Lembre-se de nós como um refúgio se estiver pensando em escolher a morte em vez da escola”, disse Maho Kawai em uma mensagem retuitada mais de 60 mil vezes. O bibliotecário foi até criticado por setores conservadores do Japão, mas pode ter ajudado a salvar várias vidas. “O meu uniforme escolar parecia tão pesado quanto uma armadura. Não podia aguentar o clima da escola, o meu coração disparava. Pensei em me matar porque teria sido mais fácil”, escreveu o aluno Masa, cujo nome real não pode ser publicado para preservar a sua identidade. Ele afirmou que se não fosse a mãe ter permitido que faltasse ao primeiro dia de aula ele teria se matado. Essa declaração foi dada a um jornal japonês e repercutiu por todo o país. O editor da publicação resolveu fazer uma campanha para evitar a morte de crianças japonesas. Duas crianças citadas pelo impresso se mataram no dia 31 de agosto. Outras três atearam fogo contra o colégio onde estudam porque não queriam voltar a estudar lá. “Foi aí que percebemos como havia crianças desesperadas e queríamos dar o recado de que não existe essa escolha entre escola e morte”, disse o editor Shikoh Ishi. Ele mesmo já passou por situação parecida quando adolescente. “Me sentia desamparado porque odiava todas as regras, não só as da escola, mas também aquelas correntes entre as crianças. Por exemplo, você precisa observar cuidadosamente a estrutura de poder para evitar os bullies (aqueles que praticam bullying). Mesmo assim,
A competitividade é insuportável para alguns pequenos
se você decide não se juntar a eles, corre o risco de virar a próxima vítima. O pior de tudo é uma sociedade competitiva, na qual você tem que derrotar os seus amigos”, relatou Ishi à BBC. O termo utilizado nos exames de admissão das escolas japonesas é “guerra”. Há uma cultura disciplinar de competição dentro das instituições e da vida do japonês. Para alguns, esse tipo de vida é insustentável, o que faz com que prefiram morrer a viver nesse sistema. A pressão é tão forte que é insuportável – além da questão do bullying extremamente violento que ocorre nos colégios. Ou você faz parte daquele grupo competitivo ou é excluído por parte dos colegas. Por isso, várias crianças preferem não se manter naquele sistema opressor e se matam.
“Children” e o fim dos cursos de humanas Além da extrema competitividade dentro das escolas japonesas, um outro aspecto destrói a infância de diversas crianças do país e o premiado curta-documentário “Children” o expõe. Os japoneses são criados nas escolas como se fossem máquinas, proibidos de pensar e de agir da forma como quiserem. São tratados de forma idêntica, numerados e com zíperes na boca, como mostra o filme. Além disso, a educação japonesa é considerada repressora e desumana. Para piorar a situação, o Ministério da Educação do Japão pediu para que as universidades do país cancelassem todos os cursos das áreas de humanas – exatamente os que têm o intuito de pensar e questionar o mo-
dus operandi da sociedade. A desculpa do ministro Hakuban Shimomura é que as universidades “sirvam áreas que contemplem as necessidades da sociedade japonesa”. Vinte e seis universidades confirmaram que vão acatar o pedido do governo japonês e cancelar todos os cursos e disciplinas das áreas de humanas e sociais. É o Japão querendo calar cada vez mais sua população, vetar todo tipo de pensamento e questionamento da sociedade e formar cada vez mais seres robóticos e competitivos. Isso, claro, se eles não se matarem no meio do caminho. Assista a “Children” e veja um pouco da realidade das crianças japonesas em suas escolas, no endereço http://migre.me/rAFoF.
FIGUEIRA - Fim de semana de 25 a 27 de setembro de 2015
CAPA 6
CAPA 7
FIGUEIRA - Fim de semana de 25 a 27 de setembro de 2015
Foto: DNIT
OBRAS DA BR-381 SEGUEM PARALISADAS
Investir em ferrovia
DNIT diz que a empresa contratada desistiu de alguns trechos e outros lotes ainda não foram licitados
D
O
Gina Pagú
o embrolho da obra de duplicação que para os mineiros parece nunca ter fim, a “rodovia da morte”, que é administrada pelo governo federal, rota de extrema importância para o país, hoje caminha com parte da obra em andamento e grande parte parada pela desistência das empresas contratadas. A BR-381, que liga três Estados brasileiros: Espirito Santo, Minas Gerais e São Paulo, iniciando-se em São Mateus (ES), no entroncamento com a BR-101, chegando até São Paulo (SP), no entroncamento com a BR-116 – rodovia Presidente Dutra. No trajeto atual, são 1.181 quilômetros de estrada; em São Paulo, são 95; em Minas Gerais, 950 e, no Espírito Santo, 136 quilômetros. No Espírito Santo, a concessão da rodovia foi dada ao governo estadual, assim, denominando-se ES-381. São 64 quilômetros entre as cidades de São Mateus e Nova Venécia, recebendo o nome de rodovia Miguel Curry Carneiro. Na divisa de Minas Gerais com o Espíritos Santo até a capital mineira, a rodovia ainda é administrada pelo governo federal, conhecida como BR-381. Sendo que o trecho entre Belo Horizonte e São Paulo foi duplicado entre 1995 e 2005 pelos Departamentos de Estradas de Rodagem (DER) dos Estados de Minas Gerais e de São Paulo com recursos federais repassados por convênios firmados com o extinto Departamento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER) e, posteriormente, com o Departamento Nacional de Infraestrutura (DNIT).
BR-381 Norte O trecho de Belo Horizonte, divisa do Estado de Minas Gerais com o Espírito Santo, nomeada como BR-381 Norte, é uma das rodovias brasileiras que possuem as piores condições de tráfego. Com traçado sinuoso em pistas simples – não duplicadas – aliado ao intenso volume de veículos, a tornam uma das rodovias mais perigosas, recebendo o nome de “rodovia da morte”. É o único eixo de ligação do vetor Leste de Minas Gerais com importantes parques industriais, como o Vale do Aço e Vale do Rio Doce, com as regiões Sudeste e Sul do Brasil. Desde 2010, quando o presidente Lula incluiu a obra de duplicação da BR- 381 Norte no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC-2), com previsão de início para 2013, a sociedade civil e poder público estadual cobram a viabilização das obras de duplicação e as melhorias de tráfego na rodovia.
Obra Em 13 de julho de 2012, a presidente Dilma Rousseff anunciou a liberação de recursos para as obras de duplicação da BR-381, no trecho entre Belo Horizonte e Governador Valadares. Em 28 de março de 2013, o DNIT revogou editais anteriores e lançou um único edital, com modelo de licitação pelo Regi-
me Diferenciado de Contratações (RDC), na modalidade de contratação integrada – em que a empresa contratada pode propor soluções ao projeto fornecido pelo próprio DNIT, além da execução das obras. O trecho que liga a capital mineira a Governador Valadares foi mapeado e dividido em oito trechos, sendo subdividido em lotes: Lote 1 – Governador Valadares a Belo Oriente; Lote 2 – Belo Oriente a Jaguaraçu; Lote 3.1 – Entroncamento da MG-320 para Jaguaraçu até Ribeirão Prainha; Lote 3.2 – Jaguaraçu até Ribeirão Prainha – túneis rio Piracicaba; Lote 3.3- Jaguaraçu até Ribeirão Prainha – túneis Antônio Dias e Prainha; Lote 4 – Ribeirão Prainha até o acesso sul de Nova Era; Lote 5 – Acesso sul de Nova Era até João Monlevade; Lote 6 – João Monlevade até Rio Una; Lote 7 – Rio Una até Caeté; Lote 8A – Entroncamento com a MG-435, em Caeté, até o entroncamento com a MG020; e Lote 8B – Entroncamento com a MG020 até a avenida Cristiano Machado. Entre execuções e desistências da obra com 316,6 quilômetros, de responsabilidade do Ministério dos Transportes e execução do DNIT, com investimento previsto de R$ 3.422.500.000,02 e data de referência de início em 30 de junho de 2015, 19 municípios serão beneficiados diretamente: Governador Valadares, Periquito, Naque, Santana do Paraíso, Ipatinga, Coronel Fabriciano, Antônio Dias, Jaguaraçu, Nova Era, Bela Vista de Minas, João Monlevade, São Gonçalo do Rio Abaixo, Barão de Cocais, Bom Jesus do Amparo, Nova União, Caeté, Sabará, Santa Luzia e Belo Horizonte. Sobre a obra, que em parte já foi concluída, e, em outra, está paralisada, e que segundo o DNIT está dentro do esperado, a situação define-se da seguinte forma: Lote 1 (Governador Valadares a Belo Oriente) – Obras iniciadas e paralisadas; Lote 2 (Belo Oriente a Jaguaraçu) – Obras iniciadas e paralisadas; Lote 3.1 (Entroncamento da MG-320 para Jaguaraçu até Ribeirão Prainha) – Obra não iniciada, em fase de análise de projetos. Sobre desistência, o consórcio Isolux/Corsán/Engevix solicitou a rescisão amigável dos lotes 1, 2 e 3.1. Por causa disso, foi realizada uma audiência na Justiça Federal, no dia 14 de agosto, em Belo Horizonte. Para evitar prejuízos ao erário devido a serviços iniciados e não finalizados, o consórcio foi questionado sobre a conclusão de etapas de serviços nos lotes 1 e 2, tais como implantação e conclusão de dispositivos de drenagem, aplicação de camada asfáltica final e posterior sinalização. O consórcio se manifestou, no dia 28 de agosto, sobre o término destes serviços remanescentes e sobre o cronograma de realização dos mesmos. O DNIT está analisando o posicionamento do consórcio para definir as próximas ações a serem adotadas com o objetivo de garantir a execução da obra de duplicação da BR-381. Quanto ao lote 3.1, o DNIT está estudando a possibilidade de homologar o segundo colocado na licitação para assumir os trabalhos.
Vários trechos estão com obras paradas Foto: Modulax
Duplicação é prometida há anos, mas até hoje tudo continua na mesma
Ainda conforme o DNIT, no Lote 3.2 – Jaguaraçu até Ribeirão Prainha – túneis rio Piracicaba: obra 100% concluída. Empresa contratada: J. Dantas/Sotepa; Lote 3.3 – Jaguaraçu até Ribeirão Prainha – túneis Antônio Dias e Prainha. Percentual de obra concluída: 95%. Empresa contratada: Toniolo Busnello/GP; Lote 4 – Ribeirão Prainha até o acesso sul de Nova Era: obra não iniciada, em fase de análise de projetos. Empresa contratada: Isolux/Corsán; Lote 5 – Acesso sul de Nova Era até João Monlevade: obra não iniciada, em fase de análise de projetos. Empresa contratada: Isolux/Corsán; Lote 6 – João Monlevade até Rio Uma: obra não iniciada. Empresa contratada: Consórcio Isolux/Corsán/Engevix; Lote 7 – Rio Una até Caeté. Percentual de obra concluída: 13,3%. Empresa contratada: Brasil/Mota/Engesur; Lote 8A – Entroncamento com a MG-435, em Caeté, até o entroncamento com a MG-020. Deverão ser licitados nos próximos meses, sendo que o edital está em revisão pelo DNIT. Empresa contratada: não há; Lote 8B – Entroncamento com a MG-020 até a av. Cristiano Machado. Está em fase de orçamento para o lançamento do edital, com previsão para 2015. Empresa contratada: não há. Até o fechamento desta edição, o Consórcio Isolux/Corsán/Engevix não respondeu aos questionamentos feitos pela reportagem do Jornal Figueira.
Violência no trânsito Na BR-381, em toda sua extensão, circulam em média 28.500 mil veículos por dia, na maioria caminhões. É a rodovia mais perigosa do país e desde 2010 soma o maior número de acidentes de trânsito. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF-MG), nas rodovias federais que cortam Minas Gerais, incluindo a BR-381, foram registradas 1.183 mortes em 2012. A grande maioria dos óbitos aconteceu em colisões frontais. Aristides Júnior, assessor e inspetor da PRF, explica que as grandes causas de acidentes são a falha humana, imprudência, falta de atenção e velocidade incompatível com as vias. Ainda de acordo com a PRF, houve alta de 59,2% no número de acidentes de trânsito em Minas de 2002 a 2012. Conforme estimativas da PRF, cerca de 20 mil veículos trafegam diariamente na BR381, no trecho João Monlevade a Belo Horizonte, caracterizando um número quatro vezes maior que o aceitável, e, em períodos de férias, chega a 30 mil veículos por dia. Rodovias com circulação acima de cinco mil
veículos deveriam ser duplicadas para se evitar esse tipo de congestionamento e facilitar a mobilidade dos veículos.
Mortes Para quem faz o trajeto Valadares até o Vale do Aço, em seus 112 km, os acidentes parecem comuns diariamente. Há menos de três meses, Carla Silveira, ainda grávida de sete meses, fazia o percurso Coronel Fabriciano até Valadares, em um ônibus da Viação Gontijo. Ela conta que um motorista alcoolizado entrou na pista saindo de uma curva, na saída de Ipatinga, e a tragédia levou a vida de mais duas passageiras que ocupavam o carro. “Quando estamos no ônibus não sentimos tanto o impacto, é como uma freada normal, mas quando saímos do ônibus só vimos o carro debaixo das rodas dianteiras. Duas mulheres morreram na hora, e o meu susto veio depois quando não houve tempo nem do Corpo de Bombeiros socorrer as vítimas. O motorista irresponsável saiu com vida, já a filha e a esposa dele morreram na hora.” Casos parecidos de imprudência que causam acidentes fatais são as ultrapassagens proibidas. A família que vinha de Belo Horizonte para Valadares presenciou a morte de um motociclista. Pedro Nunes, empresário, conta que o rapaz foi esmagado por um caminhão próximo à cidade de Naque. “Moto e estrada perigosa como a BR 381 não combinam. Corajoso o motoqueiro, mas foi ultrapassar um caminhão e por um deslize ou um cálculo errado bateu na roda lateral e foi parar debaixo do caminhão. Nós vínhamos atrás e vimos tudo, mas não pudemos fazer nada. O rapaz morreu na hora, no entanto o motorista do caminhão estava correto.”
Anjos do Asfalto Hoje, são 18 voluntários de resgate: os Anjos do Asfalto; que se dividem para atender as vítimas de acidentes de trânsitos no trecho da BR-381. Esse grupo surgiu em 2004, quando seis amigos fizeram um curso de resgate da Cruz Vermelha, em Belo Horizonte. O trecho de 100 quilômetros atendido pelos Anjos do Asfalto liga Belo Horizonte a João Monlevade, com aproximadamente 200 curvas sinuosas e grande volume de acidentes diários. A equipe trabalha em parceria com a PRF, Corpo de Bombeiros, Samu e Polícia Militar. As chamadas de emergência devem ser feitas para o número (31) 9888.0022.
s caminhoneiros de todo o Brasil se mobilizando por melhores condições de trabalho e contra a alta do combustível, promovendo greves, carreatas e manifestações por todo lado, mostram que o modelo de desenvolvimento que prioriza o transporte rodoviário já não serve mais ao país. O Brasil, ao longo de mais 80 anos, não investe pesado em ferrovias, sofrendo prejuízos incalculáveis. Uma cultura “rodoviária” que se formou ao longo de décadas. Lamentavelmente, não há interesse político e burocratas desconhecem totalmente o assunto. Para eles, o varejo é mais importante. Ou seja, pensar sempre no próximo governo e não na próxima geração. É uma política que infelizmente coloca o interesse a reboque do poder econômico e das multinacionais. O resultado desse modelo de transporte capenga, de venda de carros para entupir as cidades como se entopem esgotos até ficarem bem podres de poluição, de venda de caminhões para engarrafar as estradas, é o caos, com a paralisação do transporte, com perda de tempo e de mercadorias.
Mais estarrecedor é assistir no plenário do Congresso, para não dizer de outras Casas Legislativas, o desinteresse total em resolver o problema. Nenhuma voz no Congresso se levanta em defesa de um transporte mais barato, econômico e seguro. Apenas algumas manifestações tímidas, que não trazem consequências. Parece que é proibido falar em ferrovia – oposição e governo –, que não enxergam a tragédia que estão construindo. Afinal, asfalto, carro, caminhão, pneu, são estímulos ao consumo cada vez maior de petróleo e ao desequilíbrio ambiental. Existe no país uma inversão de prioridades. Prioridade para duplicar estradas, prioridade para concessões de rodovias, prioridade para vender carros e caminhões, isenção de impostos para implantar fábricas de automóveis, diminuição de IOF para veículos – e se esquecem de que as ruas das cidades não aumentam, que o petróleo é finito e fazem vista grossa para o desequilíbrio ambiental. E isso não é só política pública deste governo. São mais de oito décadas de governos que promoveram a retirada de trilhos e o sucateamento
das ferrovias no Brasil. É bom que se diga que não se trata de ser contra a rodovia ou o automóvel, mas a favor do equilíbrio no sistema de transporte no país, assim como não há nas cidades brasileiras um planejamento para priorizar o transporte público VLT, metrô, bondes elétricos, trens de superfície. Também não existe um Plano Nacional Ferroviário tanto para transporte ferroviário de passageiros (Trem de Grande Velocidade) como para transportar cargas. Como seria maravilhoso se a maioria dos brasileiros que pretendessem conhecer melhor as cidades brasileiras fizesse a opção de viajar de trem e não dependesse do carro ou ônibus – extremamente cansativos. E, longe da passagem cara do avião, o táxi até o aeroporto, a taxa de embarque e o limite de bagagem. Até em países “inimigos” existe consenso sobre a ferrovia: na União Soviética, a Transiberiana corta o país gigante. Nos EUA, a ferrovia Leste-Oeste convive com o país do automóvel. Por que no país-continente chamado Brasil não pode existir?
Vicente Vuolo é economista (UnB), pós-graduado em ciência política (UnB), ex-vereador em Cuiabá e analista legislativo do Senado Federal.
FERRAMENTAS JARDINAGEM RAÇÃO SEMENTES
Rua José Luís Nogueira, 443 Centro - GV Fone: (33) 3021-3002
CIDADES 8
FIGUEIRA - Fim de semana de 25 a 27 de setembro de 2015
CIDADES 9
Júlio Avelar
BRAVA GENTE
O som da eterna valadarense Bel Villela
SACRAMENTADO, ELE ESTÁ NO PV O jovem empresário e estudante de arquitetura, Célio de Paula Ferreira, morador do distrito de Baguari, onde foi presidente por vários mandatos da Associação Comunitária de lá, desfilou-se do PT, onde era membro há mais de 20 anos e filiou-se ao Partido Verde (PV). Célio é pré- candidato à vereador nas próximas eleições com grande chance.
ENCANTAMENTO E BOM ATENDIMENTO Vem ganhando elogios mil a nova sede da “Perim Imóveis”, como também seu atendimento de imediato a todos que lá vão vender, alugar ou fazer qualquer tipo de negociações em compras e vendas. A bela imobiliária esta na Rua Oswaldo Cruz, 225. Dr. Fausto Perim e Dra. Mônica sempre prestativos e ajudando Valadares a crescer. Foi um “presentaço” a nova sede da empresa.
OPORTUNISMO Tem gente em Valadares dirigindo um partido e vendendo dois; depois não pode reclamar quando perder a credibilidade.
VAI DISPUTAR O atual presidente do PT de Valadares, Léo Battestin, tem falado a alguns amigos que é pré-candidato a vereador pelo seu partido nas eleições do ano que vem. Sua esposa é medica do SUS e com certeza tem muito como ajudá-lo.
FIGUEIRA - Fim de semana de 25 a 27 de setembro de 2015
Júlio Avelar é jornalista, apresentador na TV Rio Doce e membro da Academia Valadarense de Letras
Quer falar com este colunista? Radialista e vice-presidente do Country Club, Albino, com o colunista no bar Santa Fé
zapzap 33-99899200 ou julioavelargv@gmail.com Avenida Minas Gerais, 700 sala 610 após 14h.
Empresária Márcia do Tião Material de Construção
ANIMADO E FIEL
BEM MAIS EM CONTA
TV RIO DOCE MODERNIZANDO
Cel. Celton Godinho dos pés à cabeça engajado na futura candidatura de Renato Fraga a prefeito de Valadares pelo PMDB! Animado e fiel!
Não tem dúvida que a loja de “Juliana Maria” na Galeria Coroaci ou Beco do Canguru, como falam, pode vender bem mais barato. É que Rosana Azevedo, dona da loja, fabrica o que vende, e tudo é mais de 50% mais em conta do que em varias lojas da cidade e região. Modinhas, roupas simples ou finas e em especial para médicos e médicas, enfermeiros, odontólogos e todos de branco. Lá tem o que há de melhor e de bom acabamento. Vale à pena conferir!
Edison Gualberto e Getúlio Miranda, donos do Sistema Leste de Comunicação (Rádio Imparsom, TV Rio Doce, TV Leste e Diário do Rio Doce), garante que dentro em breve a TV Rio Doce, que tem inúmeros bons programas independentes, estará pegando em outras boas áreas da região e sua transmissão será em HD. Aquela emissora tem dois programas já com 25 anos no ar cada um deles, o diário com a apresentação de Julio Avelar e o bi semanal Arte e Opinião com Tessa Damasceno.
NOVA LIDERANÇA EM ERA NOVA
UMA TRADIÇÃO EM MASSAS
ELE É NOVIDADE Para as eleições do ano que vem muitos bons nomes para vagas na Câmara Municipal irão surgir, daí o eleitor poderá fazer uma bela renovação. Entre tantos nomes um que nunca militou na política, mas é político por excelência, é o empresário e consultor Anderson S. Pimenta, da NetMinas Consultoria. Casado com a odontóloga Dra. Wânia Pires, eles residem no Morada do Vale cuja região abrange todo o lado depois do Mergulhão e que hoje carece de mais representantes. Também muito ligado às comunidades e ao esporte em geral.
MUITOS APLAUSOS A ilustríssima Sayonara Calhau vai apresentar a sua Festa Aplauso no Ilusão Esporte Clube hoje, dia 25 de setembro. Este colunista vai estar lá cobrindo o evento.
Em Era Nova, bairro do município de Alpercata, há 9 km do centro de Valadares está nascendo uma nova e jovem liderança. Fiorivaldo Natal Pitol, o conhecido “Flor”, bastante ligado às causas comunitárias e em especial ao esporte é pré-candidato à vereador pelo PDT de Alpercata.
Uma das pizzarias mais antigas de Valadares é a “Brother Pizzaria”, localizada na Prudente de Morais com Belo Horizonte. Não fecha nunca e dirigida pelo casal Nem Hastenreiter e Marlene. É difícil encontrar pizzas tão bem feitas e crocantes, nhoque mais saboroso (carne ou frango) e lasanhas tão perfeitas e tentadoras. Parabéns!
TRABALHANDO EM ERA NOVA Valmir Faria da Silva vem fazendo um ótimo trabalho em toda Alpercata e agora vem ‘atacando’ o bairro de Era Nova que há anos não recebia nenhuma ajuda dos prefeitos passantes. Valmir e sua primeira dama Cristina têm de fato mostrado trabalho e muitos que não acreditavam que ele iria investir em melhoria em Era Nova já estão mudando de idéia. O que falta resolver ali é o abastecimento de água, aí vira um paraíso.
Fernando Gentil
A
pesar de não ter nascido na cidade, Bel se considera valadarense. Mudou-se para Vitória, no Espírito Santo, em 2012, mas continua com sua casa na Ilha dos Araújos e diz que nunca vai abandoná-la. A cantora de 32 anos é de Belo Horizonte e veio para a capital do Leste de Minas Gerais em 1991. Desde os dez anos de idade toca violão, mas começou a carreira profissional em 2005. Bel atualmente estuda música na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e sempre que dá vem a Valadares mostrar seu som e talento. Bel Vilella não sabe ao certo quando se tornou musicista, mas sempre teve contato com o ritmo. “A música sempre foi uma grande paixão desde a infância. Fui influenciada pelos meus pais – meu pai venceu vários festivais de música aqui no Estado nos anos 70 e 80 – e também pelo meu irmão mais velho, Bruno Romero, que sempre foi uma referência para mim”, afirma a artista. A cantora relembra alguns momentos marcantes da sua carreira. “Tive muitos momentos especiais na minha carreira, pude conviver com músicos incríveis daqui e de outras cidades por onde passei. Mas ser premiada no Festival Popular da Canção de Caratinga como melhor intérprete e melhor música eleita pelo público com uma música em parceria com o meu pai, Flávio Villela, foi demais, muita emoção!”, descreve a jovem musicista. Ela acredita que a música, assim como toda arte, tem seu papel revolucionário, esclarecedor. “A música tem vários papéis na sociedade e deve ser explorada em todos os seus sentidos: lúdico, político, religioso, folclórico e tantas outras funções. A música, enquanto arte, deve ser valorizada e difundida em todas os núcleos sociais como
instrumento de transformação e de orientação cultural”, explica Bel. Durante os anos de estrada, ela pôde tomar como referência para o seu trabalho diversos artistas. “Conheci muita gente ao longo do caminho que despertou cada vez mais a minha paixão pela música de alguma forma. Hoje o meu olhar é voltado totalmente para as pessoas que vão receber a música que a gente faz – o público. E é para a nova geração que a gente faz e se reinventa no nosso trabalho, explorando outras tecnologias, selando parcerias e atendendo essas demandas”, conta a cantora. Sobre novos projetos, tem álbum novo chegando aí. “No final de 2015 serão lançados dois trabalhos. O primeiro é o CD “SambaChic”, feito ao vivo em parceria com a sambista Analígia Reis, com roupagens superespeciais de todo tipo de samba; e, o segundo, é o CD “Versions”, que traz as minhas versões de canções do meu repertório e ainda músicas autorais”, revela a artista. Para trabalhar com arte no Brasil é necessário ser dedicado e não desistir jamais. “Ser artista, em qualquer parte do nosso país, requer muito jogo de cintura e persistência. A gente vai se encontrando ao longo do caminho e delineando as nossas expectativas. Sobretudo, como em qualquer profissão, é preciso ter foco, profissionalismo e, principalmente, amor ao que se faz. A arte, a música, se justificam por si só. Independentemente das dificuldades que aparecerem, é preciso acreditar que lá na frente você vai colher os frutos do seu trabalho. A arte faz parte!”, conclui Bel Vilella. Para conversar ou contratar a artista basta enviar uma mensagem via facebook.com/bel. villela.9, ou pelos telefones (27) 99861 3003 e (33) 9133 9718.
NO FILADÉLFIA Dia 3 de outubro não vai ter lugar vago no Filadélfia, o alegre e cantante Arlindo Cruz vai dar aquele show de samba e pagode. Imperdível! Parabéns ao presidente Carlos Thebit que de fato é o mais brilhante dos presidentes de clubes na atualidade em Valadares. Filadélfia só crescendo e com um número alinhado de sócios.
Direitos Humanos Flávio Fróes
A PROGRAMA de INVESTIMENTO em LOGÍSTICA
198,4 BILHÕES DE REAIS EM INVESTIMENTOS PROJETADOS.
O Brasil vai seguir avançando. R$
RODOVIAS
66,1
R$
86,4
R$
37,4
R$
8,5
bilhões
bilhões
bilhões
bilhões
para 7 mil km de estradas
para 7,5 mil km de ferrovias
para portos e terminais privativos
para 4 aeroportos
FERROVIAS
PORTOS
AEROPORTOS
Uma infraestrutura de transportes integrada e moderna vai trazer mais agilidade na distribuição da produção brasileira, mais competitividade nas exportações e mais qualidade nos serviços prestados à população. Além de gerar emprego e renda para os brasileiros e impulsionar o crescimento do País. É assim que o Brasil vai seguir avançando.
Sobre massas em movimento
s relações internacionais, crescentemente complexas nos dias que correm, associam-se, na observação das pessoas comuns que acompanham as notícias do cotidiano, à balbúrdia a que, no plano interno, se viu reduzida a atividade política no País. Do exterior chegam imagens, por vezes desoladoras, de multidões fustigadas, famintas e sedentas, obrigadas a longos e sofridos deslocamentos em busca do direito básico de viver em paz. Compelidas pelos mecanismos instintivos fundamentais que levam à preservação do indivíduo e asseguram a perenidade da espécie Homo sapiens, essas hordas de infelizes reeditam modernamente as denominadas invasões dos bárbaros na Europa do século IV da Era Cristã. Com a agravante de que, passados tantos séculos, parecem inaplicáveis as políticas de respeito à condição humana que a Organização das Nações Unidas tem preconizado. Importa lembrar que a ONU exerce tais políticas tanto mediante assinaturas de tratados internacionais como pela presença imediata, em situações de conflitos, de órgãos como o Alto Comissariado
Para os Refugiados. Mesmo assim segmentos populacionais mais vulneráveis – crianças, adolescentes, idosos, gestantes, portadores(as) de necessidades especiais e outros – objetos de atenção dos Estados modernos, não raro encontram a morte no afã de salvar as próprias vidas. As alternativas à morte incluem dispersão familiar e perdas irrecuperáveis do patrimônio material e cultural. Aos países mais próximos de regiões assim conflagradas resta pouco a fazer: a economia entra em colapso enquanto periga a soberania nacional nas áreas ocupadas, com a sempre provável agitação social. Passada a fase crítica das invasões, restarão mortos a sepultar e feridos a socorrer. Nessas últimas semanas tem sido esse o panorama de horror apocalíptico nos países banhados pelo Mediterrâneo. O quadro preocupa pessoas bem pensantes de todo o mundo já que a essa altura tudo conspira para o desrespeito aos princípios e valores fundamentais da ampla noção de direitos humanos que a ONU transformou no documento denominado “De-
claração Universal dos Direitos Humanos” em 1948. Por seu turno, o quadro político brasileiro, ainda que distante das tragédias há pouco referidas, parece indicar iminentes riscos de agravamento, a depender do bom senso “dos filhos deste solo” e do discernimento de seus mais evidentes protagonistas, que são os representantes dos Três Poderes da União. Resta claro, para quem vai além das imagens e dos textos noticiosos de inequívocas intenções, que nem todos(as) os(as) manifestantes conseguem distinguir possíveis consequências de suas coloridas e barulhentas expressões de inconformismo político. Sendo titulares dos direitos e deveres individuais e coletivos relacionados no artigo 5º da Constituição Federal, talvez alguns deles(as) exorbitem na prática de seu direito de expressão. Dados os devidos descontos à afoiteza da sua juventude, à provável insuficiência de leitura de textos políticos demonstrada nas entrevistas de suas lideranças e à tendência a carnavalizar qualquer encontro da tribo verde-amarela, pode lhes parecer que, ao fim e ao cabo de tudo, alguma coisa boa se fez pelo País. Tomara que sim!
CIDADES 10
FIGUEIRA - Fim de semana de 25 a 27 de setembro de 2015
ESPORTES 11
FIGUEIRA - Fim de semana de 25 a 27 de setembro de 2015
Foto: Fifa
Polícia Militar lança campanha de conscientização
Prática de slackline vira febre em Valadares Esporte é praticado em parques, praças e nos calçadões da cidade Foto: Arquivo Pessoal
“Pedestre na faixa, trânsito parado” inicia Campanha Nacional do Trânsito Gina Pagú
N
a última quinta-feira (17), a Polícia Militar lançou a Campanha Nacional de trânsito, que acontece entre os dias 18 e 25 de setembro. Em Valadares, a abertura da campanha de conscientização teve início com o tema “Pedestre na faixa, trânsito parado”. A PM e o Corpo de Bombeiros fizeram simulações de acidentes na praça dos Pioneiros, mostrando à comunidade as possíveis situações que podem ocorrer se motoristas e pedestres não respeitarem as leis de trânsito. De acordo com o Primeiro Tenente Lindomar Batista, Comandante do Pelotão de Trânsito de Governador Valadares, a PM executa, com ações como essas, o dever das polícias de trânsito e trabalha a conscientização da população. “A Campanha Nacional traz o tema “Seja você a mudança no transito” e, dentro dessa ótica, o Sexto Batalhão procura enfatizar a importância da faixa de pedestres, recurso de suma importância para a redução de atropelamentos”. Com a participação da banda de música da 8ª RPM e de representantes da imprensa local, a comunidade recebeu dicas de segurança e conheceu o simulador de direção veicular, utilizado atualmente em autoescolas no processo de credenciamento de motoristas. Também houve uma simulação de atropelamento em que foram apontados
Foto: PMMG
Respeitar a faixa de pedestre é essencial para um trânsito educado e respeitoso
diversos fatores causadores dessa modalidade de acidente, dicas de prevenção e as medidas a serem tomadas em caso de atropelamento. Para o Comandante, esta é a melhor maneira de aproximar a informação dos que fazem parte do trânsito da cidade. “A campanha de prevenção a atropelamentos e outros acidentes relacionados ao uso da faixa de pedestres tem como objetivo principal a preocupação para que tenhamos um trânsito cada vez
Semana de Engenharia e Agronomia ocorre no início de outubro
O I SEMEA, organizado por integrantes do Crea - Minas Júnior – Núcleo Governador Valadares e do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Rio Doce, ocorre nos dias 01, 02 e 03 de outubro. O evento tem parceria dos Engenheiros Sem Fronteiras Governador Valadares e de instituições mantenedoras dos cursos de engenharia na cidade. A Semana conta com palestras e seminários no auditório da Fadivale e também com minicursos no Parque Natural Municipal e na sede do Crea. As inscrições custam 20 reais e podem ser feitas na loja London (Rua Israel Pinheiro, 2958, Centro), pelo site do evento e com coordenadores do Crea – Minas Júnior nas universidades. Para saber sobre a programação, palestrantes e fazer a sua inscrição é só acessar o site: https://semea.vpeventos.com. Outras informações pelo telefone: (33) 8425-8138
mais harmonioso, no qual o princípio da gentileza possa contagiar motoristas e pedestres.” Na edição 71 da primeira semana de agosto, o Jornal Figueira publicou reportagem sobre o tema, trazendo a questão da falta de conscientização de motoristas e motociclistas com relação ao respeito aos pedestres, enfatizando que esse tipo de compreensão e respeito ao próximo é o que pode tornar um trânsito mais pacífico e menos violento.
Foto: PMMG
Polícia Militar conscientiza população
Fadivale oferece atendimento jurídico gratuito Núcleos específicos nas áreas civil, criminal, previdenciário e do trabalho Gina Pagú
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ara quem recebe até dois salários mínimos, a Faculdade de Direito do Vale do Rio Doce (Fadivale) oferece há 15 anos atendimento jurídico gratuito à comunidade. São três núcleos: Núcleo de Assistência Jurídica Cível, Núcleo do Trabalho e Previdenciário, Núcleo Criminologia, Penal e Execução Penal e Central do Idoso. Todos atendem demandas de pessoas que precisam de auxílio jurídico a fim resolver casos como divórcio até ações na esfera criminal. Desde a criação dos núcleos, que anteriormente funcionavam em um mesmo local, e, conforme a demanda, foram separados, mais de 50 mil pessoas já foram beneficiadas. Atualmente, em média, são atendidas 1.500 pessoas por mês, somando-se os núcleos. Na visita ao Núcleo do Trabalho e Previdenciário, a advogada Jakeelane Conceição Nobre falou que os casos mais comuns são reconhecimento de vínculo trabalhista (quando a pessoa trabalha sem carteira assinada) e acerto rescisório. “Atendemos também muitas ações em que há uma negativa do INSS em relação a alguns pedidos; por exemplo, benefício assistencial e/ou mesmo uma negatória de auxílio-doença.”
Estudantes Os núcleos foram criados com a proposta de atender à necessidade acadêmica de estágios para os estudantes da faculdade. E, com o tempo, foi tomando uma proporção social. Hoje, o trabalho assistencial é muito impor-
Foto: Arquivo Pessoal
Fernando Gentil
Foto: Gina Pagú
tante para a população. Nesses locais, os estudantes da Fadivale podem ter contato com o dia a dia da profissão que escolheram ao desempenharem as tarefas do estágio obrigatório do curso. Os alunos podem acompanhar e realizar atendimentos supervisionados bem de perto por um advogado. O diretor da Fadivale, Dr. Alcyr Nascimento, fala sobre a importância Núcleos são importantes para atendimento à comunidade dos núcleos. “A Faculdade está inteiramente envolvida. Há uma preocupação para que as institui- previdenciária e de assistência social, propoções estendam a mão para os mais carentes. É situra das ações judiciais necessárias para a isso que fazemos.” defesa dos direitos dos idosos e para garantir a aplicação do Estatuto do Idoso. Núcleos O Núcleo do Trabalho e Previdenciário realiza 220 atendimentos mensais. Em alguns O primeiro a ser implantado, em 1995, foi casos, a pessoa busca informações e acaba o Núcleo de Assistência Jurídica Cível, que faz percebendo que precisa entrar com uma ação em média 30 atendimentos diários. Ao espaço para que a situação seja resolvida. chegam pessoas em busca de ajuda para as mais O Núcleo Criminologia, Penal e Execução diversas situações: divórcio, pedido de pensão Penal atualmente é referência no trabalho que alimentícia, adoção, tutela, retificação de regis- realiza. Além dos atendimentos diários, faz o tro civil e anulação de casamento, entre outros. acompanhamento de projeção de datas e conA Central de Defesa dos Direitos do Idoso cessão de benefícios aos presos na cadeia púé um núcleo diferenciado, que muitas vezes blica de Valadares e a orientação aos familiares. vai além da assistência jurídica e colabora de Os núcleos jurídicos da Fadivale funcioforma efetiva no apoio assistencial. São aten- nam de segunda a sexta-feira, de 12 às 16h, na didos casos de orientação jurídica na área Rua Dom Pedro 2º, 244, Centro.
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ara quem não conhece, o “Slackline” é um esporte de equilíbrio sobre uma fita elástica presa entre duas árvores, postes ou quaisquer outros pontos fixos. Além de andar pela fita, o praticante também pode fazer manobras e até mesmo desafios maiores. Há diversos tipos de desafios. O “Waterline” e o “Highline” são alguns exemplos. “‘Hi-Line’ é andar nas alturas, atravessar montanhas ou penhascos – claro, tudo com muita segurança e cautela. Já faço Waterline, que é a fita sobre a água, e, quando pegar todo equipamento de segurança, pretendo praticar também o Hi-Line (fita nas alturas)”, conta o esportista e também profissional autônomo, Dilpho Castro Oliveira. Dilpho, por ter 38 anos e não possuir mais habilidade para movimentos mais difíceis, preferiu usar o Slackline para outra prática: a da yoga. “Fui pesquisando até achar meu estilo, que nem tem um nome – eu acho. Ando com as fitas mais longas e mais bambas, mais soltas. Requer mais concentração e foco contínue já é um treino perfeito para o Hi-Line. Eu procurava um esporte que casasse com natureza, sou admirador nato do mundo natural, então desenvolvi a prática casada com exercícios de yoga na fita. Alguns europeus divulgam vídeos na net, daí me interessei e fui aprofundando”, conta. A estudante Andressa Bravin, 19 anos, também praticava o esporte, mas teve que parar. “Infelizmente, não consegui continu-
Tchau, Valcke Igor Ferreira pratica slackline há vários anos
Dilpho usa a fita para entrar em equilíbrio com o ambiente
ar. Os horários das minhas aulas não me deixaram praticar mais. Normalmente, fazia nas terças e sextas, no final da tarde. Era uma forma de relaxar e aprender também. Sinto falta do esporte. O Slackline não é apenas se equilibrar em cima da corda; tem que ter concentração, o corpo todo em equilíbrio”, explica a jovem. O também estudante Hugo Dias, 20 anos, pratica o esporte regularmente. “Conheci o Slack em 2012 por meio de um amigo. Eu morava em Governador Valadares e existia um grupo de Slack, do qual meu amigo fazia parte e eles praticavam todos os dias. Resolvi praticar porque gostei do esporte e porque tinha ligações com outros que eu gosto, como o “Boulder” (modalidade de escalada em rochas), escalada e outros. As vantagens são muitas, na verdade, já que o Slack é um esporte que trabalha o corpo todo, inclusive a mente, a concentração”, relata o esportista. O engenheiro eletricista Igor Ferreira, 22 anos, está parado há seis meses. Após uma lesão no joelho, hoje ele apenas anda pela fita, sem fazer grandes esforços, mas sente saudades e pretende voltar assim que puder. “Conheci o
Slackline na Bahia, em uma viagem de final do ano (no verão). Um cara estava praticando na praia e comecei a aprender lá. Assim que voltei para Valadares, dei um jeito de comprar uma fita para continuar praticando. Me interessei pelo fato de sempre gostar de coisas circenses e acrobacia, além de vários outros esportes e de me desafiar. A vantagem do Slack também é que para praticar só são necessários dois pontos fixos que aguentem a tração da fita, como árvores, postes, pilastras ou outras maneiras de ancoragem segura. A vantagem para corpo e a mente, no meu caso, foi exatamente aprender a ter paciência na hora de aprender e persistência, adquirindo uma concentração e controle sobre todo o corpo. O Slack fortalece músculos que nenhum outro esporte trabalha”, explica o jovem. Quem quiser praticar o Slackline em Valadares é só acessar o grupo do esporte no Facebook: Slackline GV. Normalmente, o calçadão da Ilha e a praça Júlio Soares são os pontos de encontro dos praticantes do esporte.
“Aquele falastrão, corrupto e chantagista tomou um chute na bunda.” Foi assim que o senador Romário (PSB-RJ) comemorou junto com os brasileiros a saída do arrogante secretário-geral da Fifa, Jerome Valcke. Ele está sendo denunciado por um crime esperado. Oito milhões desviados nas vendas de ingressos da Copa de 2014. Jerome era o segundo homem mais importante da federação. Após a denúncia, ele foi afastado do cargo e vai responder a processo pelo Comitê de Ética da instituição. O cartola entrou na Fifa em 2001. Foi afastado em 2006, suspeito de vazar informações privilegiadas para contratos de patrocínio da organização. Voltou no ano seguinte já como secretário-geral da entidade e foi responsável pela administração financeira das Copas da África do Sul e do Brasil. Valcke ficou famoso pelo seu jeito arrogante. Chegou inclusive a criticar a democracia brasileira, tão nova e ainda em construção. Disse que o problema do Brasil era ser democrático demais. “Não que a FIFA seja um exemplo para demitir Valcke, eles deveriam se autoimplodir e começar do zero. Mas, a queda do Valcke, por causa deste escândalo de ingresso, reforça ainda mais a importância da CPI do Futebol”, completou o “baixinho” na sua página do Facebook.
CULTURA 12
FIGUEIRA - Fim de semana de 25 a 27 de setembro de 2015
Foto: Débora Salviano
“Dançando pela Paz” para as crianças do Carapina Projeto ensina dança e lutas marciais, mas precisa de apoio Professora Débora com as alunas do projeto
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Gina Pagú
Projeto Dançando pela Paz completa três anos de aulas de balé e esportes para as crianças do bairro Carapina. Por iniciativa do Subtenente Durães, da Polícia Militar, as aulas de balé, capoeira, futebol, caratê e taekwondo acontecem em um
espaço cedido pela Creche Pastor Martin Luther King (ASDOG), na rua Olegário Maciel, 585, Centro, com parceria da Escola de Dança e Arte GV. São 60 alunos atendidos, entre meninos e meninas. A professora de balé Débora Salviano fala da
gratidão de poder ajudar. “O Subtenente me convidou para dar andamento à iniciativa e hoje posso partilhar os meus conhecimentos com essas crianças. O meu sentimento é de emoção, pois tudo é novidade para elas. Há um ano estou com esses alunos, acompanhando e ensinando. As famílias estão muito satisfeitas e a comunidade também.” As aulas são gratuitas e os Para dúvidas, críticas e sugestões, patrocínios che-
Agenda 10 Ingrid Morhy
vamos interagir nas redes
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Setembro acabando... e, neste finalzinho de mês, tem muita programação para todos nós.
BALADAS Sexta (25/9) – Sexta Dançante no Filadélfia. Show com João Bocão e Grupo Karisma, a partir das 21h.
CINEMA “Maze Runner: Prova de Fogo”
Sexta (25/9) – Festival Universitário Open Bar, na Monalisa, com show do Chama Chuva e a banda prata da casa Macaco Véi.
Sexta (25/9) – Dona Clotilde mandando Legião Urbana, Raul Seixas, RPM, Raimundos, C. B. Jr e muito mais rock ‹n roll pra você. Ah! Mulheres, até 0h, não pagam. No Oficina´s Pub.
Sexta (25/9) – Tem música ao vivo com Dani Coelho, no Tarrafas.
Sábado (26/9) – Casino 14, na Monalisa, com Emerson & Danillo e mais Dennis Beagá.
Sábado (26/9) – Nova Módica, estamos chegando!!! Um passo à frente e você não está mais no mesmo lugar... Clube do Balanço, comigo (DJ Ingrid Morhy) + Érika Santos, com o melhor do forró e do arrocha + Edmar Lopes (forró), no Celeiro Fênix Bugil. Partiu e ninguém viu!!!
Sábado (26/9) – Vai rolar Tributo ao Foo Fighters e Red Hot Chilli Peppers. Não podia ser melhor! Confira esta junção, que acontece no Soul Rock Pub.
O labirinto foi só o começo... o pior está por vir. Depois de superar muitos desafios, Thomas (Dylan O›Brien) e seus amigos pensam que estão a salvo em uma nova realidade. Mas eles são surpreendidos pelos Cranks, criaturas que querem devorá-los vivos. Agora, para sobreviver nesse mundo hostil, os amigos terão de fazer uma travessia repleta de provas cruéis e desafiadoras em um mundo devastado, sem água, comida ou abrigo.
SOCIAL
Sábado (26/9) - Projeto Caramelo com DJ Dany Moreno + Drag Elektra Sttar (BH) e DJ Júlio Oliveira (residente), no Pop Pub (antigo Studio Electro). Rua Lincoln Byrro, 550, Vila Bretas.
Vem aí: Halloween Party! No Ilusão Esporte Clube, dia 31 de outubro, com lançamento do CD «O Sonho Não Tem Limite», da banda Cumpadre Nestor, mais DJ Conde (residente da boate Mais, em Guarapari) e eu, DJ Ingrid Morhy. Aguardem mais novidades!
Casal nota 10! Fernanda Alvarenga e Vinny Merlini estão de casamento marcado
gam pelo esforço do organizador e dos professores, mas a comunidade pode ajudar. Débora diz que muitas vezes os pais têm de contribuir para os filhos permanecerem nas aulas. “Os cursos são totalmente de graça, todo trabalho é voluntário e, no momento, não temos patrocínio. Todo gasto vem do organizador Durães e, algumas vezes, das famílias das crianças.” A professora explica que serão disponibilizadas vagas para 2016, mas que precisam de apoio, pois essa é uma proposta muito importante para o bairro. “Faze-
mos tudo por doação, assim, posso retribuir o que a vida tem me dado de bom quando compartilho meus saberes com eles, que já fazem parte da minha vida. Este projeto social é benéfico para todos e percebemos a satisfação da comunidade com o resultado do nosso trabalho. As crianças melhoram no convívio social e têm o aprendizado da dança e do esporte. Isso é muito importante para se construir um cidadão. Estamos fazendo a nossa parte. Quem puder ajudar favor entrar em contato pelo telefone (33) 9148.1467.”