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JORNAL FIGUEIRA ANO 2 NÚMERO 83 FIM DE SEMANA DE 30 DE OUTUBRO 01 DE NOVEMBRO DE 2015 FIGUEIRA DO RIO DOCE / GOVERNADOR VALADARES - MINAS GERAIS EXEMPLAR: R$ 1,00

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Dois projetos diferentes ocorrem na região do Rio Doce para aumentar a produtividade de pequenos agricultores e também preservar o meio ambiente. A solução para recuperar os nossos rios destruídos pelos ruralistas é só uma: A agricultura camponesa familiar. Páginas 6 e 7


A Era dos Extremos, foi assim que o historiador Eric Hobsbawm classificou o “breve século XX” em seu homônimo livro. Olhando para trás, vemos que sua classificação não poderia ser mais natural, uma vez que aquele século foi marcado por duas Grandes Guerras Mundiais e a rivalidade entre Estados Unidos e União Soviética, popularizada de Guerra Fria. Agora, no século XXI, saem de cena os extremos e entram os extremismos. Nesse novo cenário, enquanto os países tendem a buscar o entendimento, as pessoas passam a radicalizar suas opiniões sobre tudo e sobre todos. A bola da vez é a discussão sobre “as mulheres”. Vimos, na última semana, o debate explodir na agenda pública. Primeiro com a reação a alguns comentários lascivos de certos “machos” na internet a respeito de uma garotinha de 12 anos, participante do programa televisivo Master Chef Júnior. Depois com o surgimento da campanha online #primeiroassedio e as respostas bizarras dos grupos conservadores a respeito da temática. E, para fechar com chave de ouro, no domingo a prova do Enem levantou, em algumas questões e na redação, a temática da violência contra as mulheres, turbinando de vez a polarização entre os grupos, principalmente nas redes sociais digitais. É importante dizer que o debate sempre é positivo, mas é claro que para ser positivo, tem que haver debate. Não é isso que temos visto, afinal, enquanto liberais e conservadores se degladiam na web, se polarizando cada vez mais, a verdadeira discussão fica no segundo plano. Em 2014, foram registradas um total de 52.957 denúncias de violência contra a mulher. Entre as denúncias, 27.369 corresponderam a denúncias de violência física (51,68%), 16.846 de violência psicológica (31,81%), 5.126 de violência moral (9,68%), 1.028 de violência patrimonial (1,94%), 1.517 de violência sexual (2,86%), 931 de cárcere privado (1,76%) e 140 envolvendo tráfico (0,26%). Isso sem contar na grande parcela de mulheres que não tem coragem de denunciar com medo de sofrer ainda mais. Ou seja, a violência contra mulher é um fato incontestável. O que nos leva a questionar como pode ainda haver quem defenda publicamente que não exista violência contra mulheres ou que isso deva ser ignorado? Como ousam sair das sombras e proteção da privacidade e da intimidade para escrever, para quem quiser ler, que com relação à violência contra as mulheres ou estão exagerando ou não é bem assim e que a esquerda é quem inventou esse papinho chato e politicamente correto? Como se atrevem? Conviver com uma parte da sociedade de que não consegue admitir que a violência contra as mulheres é uma realidade só comprova que o problema está longe de ser resolvido. É inadmissível pensar que metade da população do país ainda viva com medo de ser violentada, de diversas maneiras, pela outra metade. Isso nos mostra que evoluímos muito pouco desde a pré-história, tempo em que as mulheres eram presas sexuais do “homem da caverna”. Infelizmente, no século XXI as mulheres ainda têm muitas razões para temer esse mesmo homem que, ao que parece, evoluiu muito pouco com o passar dos tempos. Isso sim, é assustador, e um dos grandes desafios à nossa humanidade. Evoluímos, nos costumes e valores, em tantas coisas, mas os homens continuam predadores e assediadores. Fica claro que, com um mínimo de racionalidade, a questão da violência contra a mulher, do assédio, da diferença de oportunidades entre gêneros, a diferença de salários, entre tantas outras variáveis desse problema, são de responsabilidade de todos nós e implica diretamente não apenas a nossa sociedade, mas à própria humanidade. Dessa maneira, a polemização e a polarização não fazem sentido. É preciso que deixemos de lado as diferenças políticas para que possamos, de maneira efetiva, conversar sobre um problema que extrapola convicções ideológicas. Dessa maneira, me parece impossível, ao menos na esfera pública, haver divergência moral explícita sobre o assunto.

EXPEDIENTE Av. Minas Gerais, 700/601 Centro CEP 35010-151 Governador Valadares - MG Telefone (33) 3021-3498 redacao.figueira@gmail.com

O Jornal Figueira é uma publicação da MPOL Comunicação e Pesquisa. CNPJ 16.403.641/0001-27. Em parceria de conteúdo com a Fundação Figueira do Rio Doce. São nossos compromissos: - a relação honesta com o leitor, oferecendo a notícia que lhe permita posicionar-se por si mesmo, sem tutela; - o entendimento da democracia como um valor em si, a ser cultivado e aperfeiçoado; - a consciência de que a liberdade de imprensa se perde quando não se usa; - a compreensão de que instituições funcionais e sólidas são o registro de confiança de um povo para a sua estabilidade e progresso assim como para a sua imagem externa; - a convicção de que a garantia dos direitos humanos, a pluralidade de ideias e comportamentos, são premissas para a atratividade econômica.

Editor Fernando Gentil - DRT/MG 18477 Reportagem Gina Pagú - DRT/MG 013672 Revisão Fábio Guedes - DRT/MG 08673

FIGUEIRA - Fim de semana de 30 de outubro a 01 de novembro de 2015

PARLATÓRIO

EDITORIAL

Diretor e Jornalista Responsável Moisés Oliveira - DRT/MG 11567

POLÍTICA | ECONOMIA 3

OPINIÃO 2

FIGUEIRA - Fim de semana de 30 de outubro a 01 de novembro de 2015

Colunista e Colaboradores Flávio Froés Ingrid Morhy José Marcelo Júlio Avelar Marcos Imbrizi Diagramação Stam Comunicação - (33) 3016-7600

Artigos assinados não refletem a opinião do jornal

Você é a favor da Lei da Palmada?

José Marcelo / De Brasília

SIM

O menino Bernardo, a Lei da Palmada e a responsabilidade de todos nós Caroline Olinda – Autora do blog Diário de Mãe

O

Jornal Hoje fez uma reportagem em 2014 que começou com o áudio de uma briga entre o menino Bernardo, assassinado em abril daquele ano, e os pais. A apresentadora destacou os pedidos de socorro do garoto. Mas isso não me choca tanto. O que me deixa angustiada, com um nó na garganta, são as ameaças feitas pela madrasta ao menino e a omissão do pai diante da discussão. Quando ele se manifesta é para se juntar à mulher e ridicularizar Bernardo. Essa foi só uma cena gravada pelo pai. As agressões, pelo que se sabe, eram constantes e o abandono, uma realidade. Imagino o quanto esse menino sofreu por não encontrar no pai o protetor que deveria ter e pelo fato de a madrasta ser uma adversária dentro da própria casa. Pena que não podemos voltar no tempo. Agir de alguma maneira efetiva para ajudar o menino e a família. Mas podemos fazer algo por outros tantos Bernardos que existem por aí — considerando-se a quantidade de casos de crianças mortas pelos próprios pais, não são poucos. Agora chegamos onde eu queria, na Lei da Palmada. Muita gente que critica a legislação nunca se deu ao trabalho de ler o que está escrito lá.

Em resumo, com essa lei, o Estado passa a ser claramente contra a educação por meio da violência — física, verbal, psicológica. E, ao colocar como consequência aos pais pegos batendo e humilhando os filhos o encaminhamento para tratamento psicológico, programas de proteção e orientação familiar, ele se apresenta como um ponto de apoio às famílias. E o Estado tem que se intrometer nisso? Não só o Estado, a sociedade toda tem de se intrometer. Quando vejo casos como o do menino Bernardo, como o da menina Rafaela Trates, dos irmãos de Osasco João Vitor e Igor Giovani Santos, eu tenho mais certeza disso. De que adianta ficarmos indignados depois que os crimes ocorrem, se a gente não fez nada para proteger essas crianças e resgatar essas famílias antes que se chegasse a esse ponto? Porque um longo histórico de agressões está por trás da morte dessas crianças. E em algum momento elas gritaram por socorro. Mas ninguém quis se meter. E aí está o perigo naquela frase inocente que você, eu, a vizinha e tanta gente diz: “O filho é meu e eu crio como bem entender”. Não é bem assim. Os nossos filhos não são nossa propriedade. Eles fazem parte de uma sociedade e devem ser protegidos

pelo Estado e por todos nós. Esta proteção envolve também impedir a agressão como forma de educar e corrigir, envolve se intrometer. O pai/mãe pode até achar ruim na hora, mas depois vai agradecer. Se pensarmos bem, a agressão é mais uma forma de descontarmos nossa frustração e fúria naquele ser que, mesmo mais frágil, nos desafia. Em alguns momentos, é difícil de se segurar. Eu já bati no José e não foram poucas vezes. Hoje eu me arrependo muito e agora agradeço todas as vezes em que o Emerson, minha mãe ou qualquer outra pessoa se intrometeram e me impediram de bater nele. Muito bom seria se todos nós tivéssemos alguém que segurasse nossas mãos num momento de fúria e que nos falasse para pensar por dois segundos antes de iniciar a bronca. Criar filhos não é fácil. Fazer isso bem sem apoio e numa sociedade violenta, fica ainda mais difícil. Vejo a Lei da Palmada como uma oportunidade para mudarmos esse quadro. Ajudar os pais a carregar o peso da criação dos filhos, ouvir os pedidos de socorro das crianças e agir a tempo, com certeza, ajudará a evitar mais casos como o do menino Bernardo.

Semiliberdade

Engana-se quem pensa que a presidente Dilma Rousseff está constrangida diante dos desentendimentos cada vez mais constantes entre ela e o padrinho político, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Uma fonte do Palácio do Planalto e outra da Câmara dos Deputados – ambas próximas à presidente – garantem que Dilma Rousseff está até sentindo um certo alívio, diante do desgaste da relação. Isso a deixaria mais livre para romper com todos se as pressões internas e o “climão” entre ela e o antecessor na cadeira mais alta do Palácio do Planalto não diminuírem.

Sem manchas

Dilma Rousseff estaria incomodada com a quantidade de escândalos que cercam familiares e assessores mais diretos do ex-presidente e que vêm sendo revelados pelas operações Zelotes e Lava Jato, da Polícia Federal, e pelo Ministério Público. Como até a oposição vive dizendo que até agora não existe nada que manche a biografia da presidente, a não ser uma administração um tanto desastrosa das contas públicas, ela estaria com medo de ter a honestidade questionada.

Sem pressão

Além do desejo de se desvencilhar de um grupo político com quem vem se desentendendo, a presidente Dilma Rousseff, segundo uma fonte do Palácio, tem encurtado a paciência com relação às pressões para fazer novas trocas na equipe ministerial. Dois ministros são indesejados pelo grupo mais próximo do presidente Lula: o da Fazenda, Joaquim Levy, e o da Justiça, José Eduardo Cardozo.

José Marcelo dos Santos é comentarista de política e economia do CNT Jornal e apresentador da edição nacional do Jogo do Poder Notícias, pela Rede CNT. É professor universitário de Jornalismo em Brasília.

Fale com o José Marcelo: noticiasdopoder@uol.com.br

Motivos?

A rejeição do nome de Levy, por razões óbvias, se deve ao desempenho da economia e às medidas defendidas por ele, mas a pressão que mais irrita a presidente é a que exige a saída de Cardozo, do Ministério da Justiça. O grupo de Lula não perdoa o ministro por ele não controlar a Polícia Federal com mãos de ferro e, assim, evitar que as investigações da Zelotes e da Lava Jato respinguem no governo ou no ex-presidente. A gota d´água foi a busca, na segunda-feira, na empresa de marketing esportivo de Luís Cláudio Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula.

Desabafo

O próprio ministro José Eduardo Cardozo já reclamou que nos últimos dias o PT aumentou a pressão contra ele. Enquanto isso, a presidente faz ouvidos de mercador, aquele tipo que escuta mas não ouve, e, se ouve, faz de conta que não escutou. Cardozo vai seguindo e dando liberdade à PF.

Um nome?

Se dependesse do presidente Lula, o deputado federal Wadih Damous (PT-RJ) já estaria sentado na cadeira de Cardozo há tempos. O ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil do Rio de Janeiro é um dos parlamentares preferidos do ex-presidente. E foi Damous quem recorreu ao Supremo Tribunal Federal e conseguiu barrar o rito do impeachment da presidente Dilma Rousseff, que estava sendo implementado pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha.

Aumentar a abrangência

O presidente do Congresso Renan Calheiros (PMDB) quer que a CPI que investiga fraudes na Receita Federal apure também as denúncias de venda de Medidas Provisórias com incentivos fiscais. O senador disse que o Congresso vai melhorar o sistema de avaliação das MPs. De acordo com Renan Calheiros, a CPI do Carf, criada para investigar denúncias de corrupção no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, da Receita Federal, deve ampliar os trabalhos para investigar o caso. O presidente da Comissão, senador Ataídes Oliveira, que é do PSDB, também defende a ampliação. De acordo com a operação Zelotes, pelo menos duas MPs editadas no governo Lula com benefícios fiscais teriam sido negociadas com empresas mediante pagamento de propina. Entre os suspeitos estão Luís Cláudio Lula da Silva, filho do ex-presidente Lula, e Gilberto Carvalho, que foi chefe de gabinete do ex-presidente.

NÃO

A autoridade dos pais na educação dos seus filhos Ricardo de Almeida – Licenciado em geografia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), professor de geografia e de ensino religioso na rede privada de ensino.

P

ais e educadores vivem uma contradição no atual estágio da educação brasileira: de um lado, nunca se criaram tantos mecanismos legislativos com a justificativa de se desenvolver a qualidade educacional no país; de outro, inúmeros exemplos do acentuado declínio dessa mesma educação. Basta analisarmos os últimos resultados do Programa Internacional de Avaliações dos Alunos (Pisa), o aumento da violência escolar nos últimos anos, entre outros casos, que demonstram a ineficácia dos padrões escolhidos para orientar os rumos da educação em nosso país. A chamada nova Lei da Palmada surge neste mesmo panorama com claros sinais de reforçar ainda mais esse paradoxo e demonstra, mais uma vez, se enquadrar no conjunto de diretrizes as quais, antes de defenderem os direitos das crianças e melhorar os níveis de formação que os mesmos vêm recebendo, caracterizam-se por uma interferência do Estado no papel que cabe aos pais desempenhar como primeiros educadores de seus filhos. Sabemos que já existem leis que objetivam coibir os possíveis excessos e abusos que possam ocorrer, por isso, o que está em jogo não é a defesa ou não ao uso de palmadas como forma de repreensão e correção por parte dos pais, mas a intervenção na autoridade da educação dos filhos, de direito único e exclusivo dos pais. Uma vez mais, o que se observa é uma medida educacional imbuída de caráter ideológico, tipicamente utilizado por parte do nosso atual governo nos assuntos que abrangem a educação, em que se procura cada vez mais transferir ao Estado toda a autoridade e a responsabilidade da educação dos nossos filhos. Ora, o objetivo dessa prática não é outro senão o controle e a manipulação de tudo aquilo que é ensinado às nossas crianças, além da pretensão de se reduzir cada vez mais a primazia do papel da família na educação dos seus filhos, desenvolvendo como consequência uma espécie de paternalismo e dependência do governo em todos os assuntos que tangem à educação de jovens e crianças. Medidas como essas são cada vez mais constantes em nosso país e representam um perigo à formação integral da educação de nossos jovens, pois atingem a espinha dorsal de todo processo educacional de uma pessoa, isto é, a autoridade dos ensinamentos recebidos dos nossos pais que, entre outras coisas, solidificam toda nossa formação ética e moral. Dessa forma, não é difícil vislumbrarmos os resultados

negativos que podem decorrer para a educação dos nossos jovens por meio dessa lei. Embora não retire totalmente – ainda – a autoridade dos pais sobre os seus filhos, uma vez enfraquecido o seu papel, intimidados por leis dessa categoria, o que poderemos ver num futuro não muito distante é uma grande lacuna na formação moral das pessoas, privadas desse importante elemento educacional que consiste na autoridade paternal. Com isso, é necessário que pais e educadores estejam cada vez mais atentos a medidas desse porte, que, num primeiro momento, aparentam desenvolver a qualidade educacional de nossas crianças, porém, acabam por minar importantes alicerces que constituem nossa sociedade. *Textos retirados do site Gazeta do Povo

O Programa Mais Médicos é muito mais que médicos. Você que sonha em ser médico, esse é o caminho cheio de oportunidades.

RECORTE DAS REDES

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Uma Pátria Educadora se faz com mais acesso à educação.

Ministério da Educação


POLÍTICA | ECONOMIA 4

INTERNACIONAL 5

MGS abre processo seletivo público em 15 macrorregiões de Minas Gerais

FIGUEIRA - Fim de semana de 30 de outubro a 01 de novembro de 2015

Brasil deve aprender com Finlândia Foto: Unipe

FIGUEIRA - Fim de semana de 30 de outubro a 01 de novembro de 2015

Edital prevê preenchimento de 173 vagas, com salários de até R$ 6 mil, para cargos de nível médio e superior Gina Pagú

C

om edital publicado na última quinta-feira (22), a Minas Gerais Administração e Serviços S.A (MGS), empresa pública estadual, abre o Processo Seletivo Público Simplificado para preenchimento de 173 vagas e formação de cadastro de reserva em 15 macrorregiões de Minas Gerais: Vale do Rio Doce, Vale do Aço, Vertentes, Alto, Médio e Baixo Jequitinhonha, Caparaó, Central, Zona da Mata, Região Metropolitana de Belo Horizonte, Vale do Mucuri, Regiões Noroeste, Norte e Oeste, Triângulo Norte e Triângulo Sul. Disponível no site do Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação (IBFC) – www.ibfc.org.br – o edital deve ser baixado pela internet e as inscrições feitas até o dia 16 de novembro.

O processo seletivo terá duas etapas, uma de provas objetivas de múltipla escolha e avaliação de títulos. O MGS oferece vagas para cargos de nível fundamental incompleto, completo, ensino médio, médio acrescido de cursos de formação específica e curso superior, com salários entre R$ 876,66 até R$ 6.698,00, regime de contratação CLT, além de benefícios como seguro de vida, vale-alimentação e vale-transporte. A prova será realizada no dia 29 de novembro. Os valores da inscrições variam de R$ 28 a R$ 54, dependendo do cargo escolhido. A solicitação de isenção do valor da inscrição vai de 23 a 26 de outubro. As vagas previstas abrangem 71 atividades.

Nível Auxiliar

Nível Técnico Especializado

Nível Auxiliar Técnico SERV. DE ACABAMENTO GRÁFICO SERV. DE SUPORTE A ATIV. ARTÍSTICAS E CULTURAIS

SERV. TÉCNICOS CONTÁBEIS

SERV. DE COSTURA E BORDADO

SERV. TÉCNICOS DE EDIFICAÇÃO

SERV. DE GARCONARIA

SERV. TÉCNICOS DE INFORMÁTICA

SERV. DE MANUTENÇÃO GERAL

SERV. TÉC. EM SEGURANÇA DO TRABALHO

SERV. DE OPERAÇÃO DE CALDEIRA SERV. DE OPERAÇÃO DE ELEVADORES SERV. DE OPERAÇÃO DE EMPILHADEIRA

SERV. TÉCNICOS EM TELECOMUNICAÇÕES

Nível Técnico Sup. Especializado

SERV. DE OPERAÇÃO DE POÇOS ARTESIANOS SERV. DE PORTARIA E VIGILÂNCIA DESARMADA

ADMINISTRACAO

SERV. DE VIGILÂNCIA MOTORIZADA

BIBLIOTECONOMIA

Nível Condutor

CONTABILIDADE

SERV. DE OPERAÇÃO DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS

PSICOLOGIA

SERV. DE TRANSPORTE DE CARGAS PESADAS SERV. DE TRANSPORTE DE EXPEDIENTES

SERVIÇO SOCIAL

SERV. DE TRANSPORTE DE PACIENTES

TECNOLOGIA DE SISTEMAS

SERV. DE TRANSPORTE DE PASSAGEIROS

TECNOLOGIA DE SUPORTE E INFRAESTRUTURA

SERV. DE ABASTECIMENTO VEICULAR

Nível Técnico

SERV. DE ALINHAMENTO VEICULAR

SERV. DE APOIO A MARCENARIA

SERV. DE ATENDIMENTO TELEFÔNICO

SERV. DE APOIO A MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS

SERV. DE DIGITAÇÃO

SERV. DE APOIO A OBRAS CIVIS

SERV. FLUVIAIS

SERV. DE BORRACHARIA

SERV. GRÁFICOS ESPECIALIZADOS

SERV. DE CAPINA E PODA

SERV. DE HIDROMETRIA

SERV. DE COPA

SERV. DE ORIENTAÇÃO AMBIENTAL

SERV. DE COZINHA SERV. DE LIMPEZA E CONSERVAÇÃO DE AMBIENTES SERV. DE LIMPEZA VEICULAR

AUDITORIA MÉDICA ENFERMAGEM DO TRABALHO ENGENHARIA CIVIL

SERV. DE MEC. DE MÁQUINAS E EQUIPAMENTOS

ENGENHARIA CLÍNICA

SERV. DE MECÂNICA VEICULAR

ENGENHARIA DE AGRIMENSURA

SERV. DE MONITORAMENTO

ENGENHARIA DE SEGURANÇA DO TRABALHO ENGENHARIA ELÉTRICA

SERV. DE SUPORTE ADMINISTRATIVO

SERV. DE MENSAGERIA

SERV. DE SUPORTE EDUCACIONAL

SERV. DE ROUPARIA

SERV. DE SUPORTE LOGÍSTICO

FARMÁCIA MEDICINA DO TRABALHO SERVIÇOS JURÍDICOS

SERV. DE TELEDIGIFONIA

SERV. FUNERÁRIOS

Nível Técnico Superior Profissional ARQUITETURA

SERV. DE PROJEÇÃO E SONORIZAÇÃO

SERV. DE MANUTENÇÃO DE VIVEIROS

Café com Leite Marcos Imbrizi / De São Paulo

A

Santo André sediará encontro das Cidades Educadoras

cidade do Grande ABC paulista receberá nos próximos dias 3 e 4 de novembro o Encontro Nacional de Cidades Educadoras. O encontro, que tratará de temas como Sustentabilidade, Inclusão Social e Diversidade em Territórios Educativos, terá na abertura a participação como convidados o prefeito de São Paulo Fernando Haddad e do cientista social argentino Pablo Gentili, professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Nos dois dias o evento contará ainda com mesas de discussão com os trabalhos de experiências inscritas, além de visitas técnicas a locais como o aterro sanitário, a estações de tratamento de água e esgoto e ao Sabina Escola Parque do Conhecimento, entre outros. Na oportunidade também serão apresentadas iniciativas bem-sucedidas nas áreas de saúde, educação, inclusão, mobilidade, esporte, cultura e muitos outros. CIDADES EDUCADORAS – A Asso-

ciação Internacional das Cidades Educadoras surgiu a partir de 1990, quando da realização do 1º Congresso Internacional das Cidades Educadoras em Barcelona. Na oportunidade os participantes aprovaram uma Carta inicial, os princípios essenciais ao impulso educador da cidade. Elas partiam do princípio de que o desenvolvimento dos seus habitantes não podia ser deixado ao acaso. Desde então, o documento, que expressa o compromisso das cidades que o assinaram com todos os valores e princípios nele expressos, tem sido aprimorado. Ele é definido como aberto a reformar-se e deve ser estendido aos aspectos que requerem rápida mudança social no futuro. O sítio da Associação é www.edcities.org. No Brasil, 15 cidades são associadas como Cidades Educadoras. Elas desenvolvem projetos inovadores e os compartilham em rede. Belo Horizonte é uma delas. De acordo com o sítio da entidade (www.cidadeseducadorasbrasil.net.

País europeu é exemplo de educação, igualdade social e gestão de tempo

PEDAGOGIA

SERV. DE TRANSPORTE DE CARGAS

br/), estas cidades não se fecham em si mesmas e se relacionam com o seu entorno, sejam outros núcleos urbanos do seu território ou com cidades parecidas de outros países, com objetivo de aprender, de trocar e, portanto, de enriquecer a vida dos seus habitantes. No sítio é possível conhecer mais sobre as iniciativas desenvolvidas sobre as cidades educadoras brasileiras. Atualmente, Santo André é a cidade coordenadora desta rede. XIV CONGRESSO – Em 2016, a cidade ar-

gentina de Rosário será sede do XIV Congresso Internacional de Cidades Educadoras. O encontro será realizado de 2 a 4 de junho e terá como lema “Os territórios da convivência nas cidades”, visando à construção de cidades mais justas, que estimulem a solidariedade e respeitem a diversidade, valorizando a igualdade de oportunidades e a integração social como princípios que possibilitem esta construção. Mais informações sobre a programação estão disponíveis no sítio: http:// congresoaice2016.gob.ar/site/?lang=pt-br.

Marcos Luiz Imbrizi é jornalista e historiador, mestre em Comunicação Social, ativista em favor de rádios livres.

Fernando Gentil

B

ons exemplos estão aí para se copiar. A nórdica Finlândia dá mais um deles. Após visita da presidenta Dilma ao país e também à Suécia é necessário que ela e seu governo revisem tudo o que já foi feito e como se pode chegar, algum dia, ao patamar de países como estes (lembrando que estados nórdicos são excluídos de qualquer tipo de comparação cabível com o Brasil). A questão é se concentrar nos bons exemplos para poder-se chegar lá algum dia. O primeiro e principal é a questão da educação. A Finlândia vai ser o primeiro país do mundo a não dividir conteúdo escolar em disciplinas. As aulas serão transdisciplinares – Como na prova de Geografia do Enem, que falava de física, química e história (quem fez a prova, sabe como é). Outro exemplo é você estar em uma aula sobre Segunda Guerra Mundial e professores de história, geografia, língua estrangeira e física decidirem dar a aula juntos, tratando do mesmo tema. É possível? Sim. Um dos motivos de Hitler ter perdido a guerra foi a geografia da Rússia. É necessário você saber as línguas e gírias utilizadas pelos países participantes do conflito. Como uma bomba pôde explodir uma cidade inteira, como os Estados Unidos fizeram com Hiroshima? A física explica. É uma forma bem mais dinâmica de estudar, menos chata e mais interessante para os alunos. A ideia é que a mudança de disciplinas para fenômenos seja feita até 2020 em todo o sistema educacional do país. Além disso, há todo um sistema prol da educação no país nórdico. Valorização de professores, auxílio a estudantes com dificuldades, investimento no ensino de artes e radical diminuição no número de provas e testes. E isso tudo de forma gratuita e sem a pressão e o estresse tão comuns no ensino asiático, por exemplo. “Nós realmente precisamos repensar a educação e reprojetar nosso sistema para que ele prepare nossas crianças para o futuro com as competências que são necessárias para o hoje e o amanhã. Nós ainda temos escolas ensinando à moda antiga, que foi proveitosa no início dos anos 1900, mas as necessidades não são mais as mesmas e nós precisamos de algo adequado ao século 21”, afirma o gerente

Foto: DCM

País nórdico investe em educação pública e de qualidade

educacional de Helsinki, capital finlandesa, Marjo Kyllonen. Em 2013, a então ministra da Educação finlandesa, Jaana Palojärvi, visitou o Brasil e deu dez dicas para modificar completamente o ensino no país. A primeira já foi dita aqui: educação 100% gratuita e de qualidade. Apenas 2% das escolas de lá são particulares e, mesmo assim, recebem subsídios do governo. Além disso, existe um padrão em todos os colégios. Os estudantes que estudam no seu próprio bairro têm o mesmo nível de ensino que um estudante do centro da capital do país. A ministra também destacou a simplicidade como um dos principais pontos positivos do ensino no país. O professor é o único responsável pelo ensino que transmite aos alunos. Cada escola é livre para criar seu próprio material didático. “Tem de prestar atenção na realidade da sala de aula. É lá que a mudança acontece”, disse Palojärvi, em sua vinda ao Brasil. A valorização do professor é extremamente necessária. Lá, os alunos aprendem com mestres de verdade, aqueles que possuem o título de mestrado. Os professores passam por treinamento pedagógico e específico, além de ter plano de carreira. Por isso, eles possuem autonomia para comandar a sala de aula. “Nós demos o preparo e agora temos de confiar neles”, explica a ex-ministra. É necessário planejamento para que isso tudo ocorra. Não é apenas a quantidade de dinheiro gasto que importa, mas sim se ele será bem utilizado. A quantidade de horas de es-

tudo também pouco importa na educação finlandesa. As crianças vão para a escola apenas com sete anos, não há a cultura do “dever de casa” e lá não existe escola em tempo integral. “Nós acreditamos que nossas crianças têm de ser crianças. Elas não têm de aprender a ler ou escrever antes de sete anos”, relata Jaana. O foco do ensino na Finlândia é em alunos que possuem dificuldades de aprendizado. A ideia do sistema é fazer com que estes estudantes consigam se manter nele – por isso, toda atenção é dada a eles. A valorização das artes e outras formas de aprendizagem é outro exemplo a ser seguido. O país utiliza o conceito neurolinguístico de que há pessoas mais auditivas, visuais e sensitivas. Por isso, você pode aprender o conteúdo por meio de música, das sensações ou das artes plásticas. Isso depende da melhor adaptação. Além disso, não é por você fazer uma faculdade de exatas que não vai aprender sobre artes. Todos estudam arte na Finlândia, independentemente do curso que fazem. Usa-se pouca tecnologia na Finlândia. Eles acreditam que não se deve tratar as máquinas como objeto de ensino, apenas como ferramentas para serem utilizadas quando necessárias. Esqueça a existência de provas, não é assim que se avalia a educação. Os professores são livres para cobrar dos alunos como acharem melhor. Seja em participação nas aulas, discussões, debates, seminários ou trabalhos. “Nós não acreditamos muito em testes, estamos mais interessados

em aprender”, confirma a ex-ministra.

Renda básica Quem não conhece o projeto de lei do ex-senador Eduardo Suplicy sobre a renda básica de cidadania? Nada mais é do que a proposta de que todo habitante do país receba um salário, independentemente de estar empregado ou não. Pois é, a Finlândia tem trabalhado para isso passar a valer no país. A ideia é de que até 2017 todos os habitantes de lá recebam um salário mínimo. O objetivo é equilibrar o sistema de seguridade social do país. Atualmente, a Finlândia tem uma drástica taxa de 20% de desemprego graças à crise econômica mundial. O plano-piloto será executado com oito mil pessoas. O intuito é enxugar a máquina pública e oferecer uma quantia de dinheiro suficiente para suprir todas as necessidades básicas de uma pessoa, desde água e alimentos, até moradia – o que torna a desigualdade social um problema muito mais fácil de ser superado.

Só trabalha quem quer A gestão do tempo é um grande problema do capitalismo. As pessoas passam a maior parte do dia trabalhando e deixam de ter momentos de lazer. A lógica seria inverter essa equação. Trabalhar menos e se divertir mais, mas não é assim que ocorre na maior parte dos países. A necessidade de lucro por parte do capitalista faz com que ele invista cada vez menos no bem-estar do seu funcionário. A lei é trabalhar muito e ganhar pouco. Mas, o governo finlandês teve a ideia de inverter o conceito de trabalho. Com a renda mínima, que é suficiente para pagar todas as necessidades básicas, não seria necessário que você trabalhasse. Apenas se quisesse fazer isso para aumentar sua renda. E nem há a necessidade de entrar em um sistema de emprego de 44 horas semanais, como existe no Brasil. Um freelance de poucas horas por dia já te daria dinheiro suficiente para ter conforto e poder viajar, por exemplo. Na última pesquisa feita, 80% dos finlandeses se mostraram a favor da renda básica. “O objetivo é dar escolhas para as pessoas sobre como elas vão trabalhar. Se elas querem trabalhar em tempo integral, em meio período ou mudar para um trabalho que faça, de fato, sentido para elas”, diz Nicole Teke, coordenadora internacional do Movimento Francês por uma Renda de Base (MFRB). “O mais difícil é mudar a mentalidade das pessoas sobre este assunto, fazer com que elas percebam que o trabalho pode ter outro valor. É mais uma questão de mentalidade do que de economia”, conclui a estudiosa. Foto: Gazeta do Povo

Renda mínima pretende modificar a relação de trabalho no país


CAPA 6

FIGUEIRA - Fim de semana de 30 de outubro a 01 de novembro de 2015

CAPA 7

BALDE BOM É BALDE CHEIO Portal Agropecuário

AGROECOLOGIA É SOLUÇÃO PARA CRISE HÍDRICA

Gina Pagú

E

m outros tempos era uma luta, mas, hoje, o Seu João Bimba consegue pelo menos 90 litros de leite por dia, a despeito da estiagem. Das 14 vacas que cria nos seus 14 hectares de terras, nove delas são mantidas na tecnologia Balde Cheio. O manejo é feito de forma diferente, não mais no modo tradicional da pecuária extensiva; agora são em média dez vacas confinadas em piquetes de um hectare, comendo capim sempre novo e em sistema de rotação, gastando menos e aumentando os lucros. E dessa receita o Seu João Bimba faz coisas boas para a família. Dos três filhos, dois voltaram para a roça e estão trabalhando com o pai. Seu João não mora mais no antigo casebre; agora são três novas residências construídas com os lucros do Balde Cheio. Ele conta como está feliz com a volta dos filhos e com os ganhos. “Com a família por perto é mais fácil lutar. O projeto dá certo e por isso vejo meus filhos voltando para trabalhar com a gente. Isso é muito gratificante.” A propriedade dessa família fica no assentamento Liberdade, próximo a Periquito, que abriga quase 30 famílias. No entanto, somente a do Seu João firmou, há dois anos, a parceria, e passou a utilizar a tecnologia e o suporte oferecidos pelo Centro de Informação e Assessoria Técnica (CIAAT). Antônio Borges, coordenador do CIAAT, explica que mais famílias do assentamento devem entrar no projeto. “A propriedade do Seu João é o nosso exemplo e está indo muito bem, mesmo na fase da seca, podendo chegar a 200 litros por dia em períodos melhores. O importante é que outros donos de terras, pequenas que sejam, notem o crescimento desta propriedade e venham participar conosco. Há dois meses, outro jovem produtor de leite nos procurou e vai começar. Não vamos mudar radicalmente o modo de criar o gado e extrair o leite; vamos adaptando até que o proprietário chegue ao ideal do projeto Balde Cheio.”

O CIAAT é uma agência de desenvolvimento regional cujo objetivo é transformar a realidade de pequenas organizações por meio de projetos sociais que visem à geração de trabalho e renda de forma coletiva e solidária. Atuando desde 2006 com base no programa DCS, um modelo de intervenção baseado na melhoria do capital social e humano de agrupamentos urbanos e rurais. As tecnologias sociais difundidas a partir desse modelo são: Balde Cheio, Produção Agroecológica Integrada e Sustentável (PAIS), Barraginhas e Fossas Sépticas.

Balde cheio

CETRECS

Criada pela Embrapa Pecuária Sudeste, a Tecnologia Social Balde Cheio, e implementada pelo CIAAT com base no programa Desenvolvimento de Comunidades Sustentáveis (DCS), é uma tentativa de transferir novos conhecimentos e técnicas desenvolvidos pelos institutos de ensino a fim de promover o desenvolvimento da cadeia produtiva de leite. As técnicas levadas ao produtor rural compreendem manejo do solo, rotação de pastagens, técnicas de produção intensiva, uso da cana de açúçar e ureia nos períodos de seca, exames no animais, análise do solo, silagem, etc. Na região do Vale do Rio Doce, o Balde Cheio, atua com dez técnicos – agrônomos, veterinários e sociólogo – e já chegou a cerca de 200 famílias em 15 comunidades rurais atendidas nos seguintes municípios: Frei Inocêncio, Itabirinha, Divino das Laranjeiras, Mendes Pimentel, Tumiritinga, São Félix de Minas, Governador Valadares, Conselheiro

Mas, para ter certeza de que as técnicas dão certo, o CIAAT mantém Centro de Treinamento e Capacitação em Tecnologias Sociais Comunidades Sustentáveis (CETRECS), uma fazenda-modelo, espaço cedido pela VALE e utilizado pelo CIAAT para fins educacionais. Nela são desenvolvidas técnicas de pecuária de leite e de agropecuária de pequeno porte, como a tecnologia de Produção Agroecológica Integrada Sustentável (PAIS), que é uma tecnologia social de produção irrigada, composta por um galinheiro central e canteiros em forma circular, piquetes para pastejo de pequenos animais – como galinhas caipiras e patos –, quintal com plantas frutíferas, nativas ou ornamentais e viveiro de mudas conduzido de acordo com os princípios da agroecologia. Proprietários como o Seu João são estimulados também a comercializar os alimentos produzidos, frutas e hortaliças, além de plantar árvores nativas de sua região. Promovendo a segurança alimentar e nutricional, que é um grande ganho

Tecnologia ajuda produtores de leite a reduzir custos e espaço, aumentado os ganhos Foto: Fernando Gentil

Pena, Galileia, Central de Minas, Periquito, São Geraldo da Piedade, Sabinópolis, Itaobim e São Geraldo do Baixio.

CIAAT

Toninho do CIAAT com o seu João

para as famílias, o PAIS permite um aumento na renda familiar do agricultor.

Exemplo

FIGUEIRA - Fim de semana de 30 de outubro a 01 de novembro de 2015

trazem de volta para a vida delas a autoestima e o valor de ser um trabalhador rural porque conseguem produzir e vender o que vem da terra, do suor do trabalho e não precisam se submeter a fazendeiros ou arrendar as terras. Fazemos nosso trabalho por paixão e por acreditar que é possível ver o sucesso de pessoas como o Seu João.”

A rotina da família do Seu João agora é trabalharem juntos: a esposa cuida da horta, os filhos fazem os piquetes e tiram o leite das vacas. Um primo chega para Foto: Fernando Gentil ajudar e fazer parte da alegria do Seu João Bimba. Quem não quer ver o dinheiro ser aplicado e render? O coordenador do CIAAT, explica que juntos, CIAAT e proprietário, conseguiram atingir o objetivo, que é tornar a propriedade sustentável e manter a subsistência da faProdução de leite do pequeno produtor aumentou bastante mília. “Essas famílias

Produtos são livres de agrotóxico, respeitam o solo e preservam as nascentes Fernando Gentil

O

tamanduá é um animal típico da fauna brasileira. Forte e grande, o animal se alimenta de insetos e tem o importante papel de manter o equilíbrio ambiental de onde vive. O apelido dele é papa-formigas. Ele é pacífico, cauteloso e solitário. Costuma se alimentar à noite e de dia fica vagando calmamente pela floresta. Ele possui um olfato aguçadíssimo e garras poderosas. É um exemplo clássico de um animal aguerrido, eficiente e tranquilo ao mesmo tempo. “O tamanduá é um animal muito importante para a agroecologia. Ele mantém o equilíbrio ambiental porque se alimenta apenas de insetos, que podem se transformar em pragas nas nossas plantações. Ele não come plantas. Infelizmente, o animal está quase extinto na região por causa da degradação que todo meio ambiente sofreu por aqui”, afirma o coordenador do Centro Ecológico Tamanduá, Cláudio Oliveira. Mas não é apenas este animal que é importante para a preservação do nosso meio ambiente e solo. Aliás, só existe um único bicho que destrói isso tudo por mero prazer, ganância e ambição. “A agroecologia é vida. Você não vai matar nada. Você vai substituir. Na floresta você vê o equilíbrio ambiental ocorrendo. Alguns insetos servem para evitar que pragas se reproduzam em certas plantas. Então, nós fazemos estudos para não matar nada. Costumo falar que o pior inseto do mundo é o ser humano porque esse sim é prejudicial para todo o meio ambiente”, declara Oliveira. A agroecologia é assim: trabalha de forma natural e orgânica com diversos produtos em uma mesma propriedade para evitar-se o esgotamento do solo e proteger as nascentes. Além disso, ela protege o seu organismo porque todos os alimentos são livres de venenos. “Agroecologia, no nosso conceito, é uma forma que a gente descobriu de trabalhar com a terra de acordo com os índios. Eles são exemplos de agroecologia para todos nós. Descobrimos que não dá mais para viver a agricultura com monocultura. A policultura é a forma de preservar o meio ambiente e produzir alimento de qualidade, sem agrotóxicos. A diferença entre produção orgânica e agroecologia é que a primeira pode ser feita em monocultura. A agroecologia em si já é policultura, multimisturas”, explica o coordenador. Este tipo de produção é necessário para o meio ambiente – essencial. “Há 20 anos percebemos a falta d’água existente na região. E

Foto: Fernando Gentil

Os agricultores vendem os produtos na feirinha de sexta do Mercado

nesa é aquela família que produz de forma ecológica vários tipos de frutas, hortaliças e leguminosas para seu próprio sustento e que vende uma parte para obter renda. A agricultura familiar é um termo criado pelo governo para apropriar certas partes do agronegócio nela. Muitos agricultores familiares utilizam muito agrotóxico ainda. O camponês não usa veneno”, conta o agricultor. E Carlinhos ainda completa: “Aqui na região a agroecologia planta bastante banana, mandioca, feijão, hortaliças, milho, arroz (quando tem água) e cana. E tudo consorciado, tudo policultura. O problema da região é a criação de gado. A pecuária acaba com o solo e com as nascentes. Os produtores querem colocar cem cabeças de gado em um espaço onde só cabem dez. Aí, não tem meio ambiente que aguente. Somos contra a monocultura. Ela é que prejudica todo o nosso ecossistema”, diz o coordenador.

O trabalho do CAT O CAT luta há muitos anos por uma vida digna no campo e isso traz alguns problemas à associação. Porém, a união de camponeses sempre se transforma em algo forte e engajado. “Não há muita pressão por parte dos ruralistas. Mas existe um embate sim. A sorte do CAT é que fizemos parcerias com movimentos sociais como o MST, o MPA e outros. A agroecologia se transformou em um movimento. Hoje em dia, todos os movimentos sociais precisam da agroecologia, inclusive os urbanos. Temos parcerias com a UFJF, onde há um grupo que estuda essa questão, por exemplo”, analisa Oliveira. O CAT atua em várias frentes com o objeFoto: Fernando Gentil

Alimentos são 100% orgânicos e ecológicos. Sem nenhuma adição de veneno.

isso é um problema da monocultura porque você tira os nutrientes do solo, destrói nascentes e não repõe. Com a policultura você reveza o uso do solo, não o degrada, além de proteger as nascentes da propriedade rural. A agroecologia evita que isso ocorra”, relata Carlinhos, como é conhecido. A diferença entre o trabalho realizado pelo CAT e pelo CIAAT (de que trata a matéria da página 6) é que o Centro Agroecológico Tamanduá não trabalha com pecuária nem produtos químicos. A produção é completamente orgânica e são diversos tipos de alimentos produzidos em uma só propriedade. Não existe monocultura na agroecologia. “Há uma diferença entre agricultura familiar e agricultura camponesa. A campo-

Foto: Fernando Gentil

tivo de melhorar a vida do agricultor. “A falta de assistência técnica, a inserção no mercado e a certificação da produção dessas famílias são os três principais problemas que elas enfrentam para poder gerar renda e viver com dignidade. Trabalhamos nessas três frentes para ajudar os agricultores a mudar de vida. Outro desafio atual é a água porque a seca é brava, mas todos os agricultores camponeses estão preocupados com a situação e estão preservando as nascentes que existem em suas propriedades”, explica o produtor. A associação trabalha em diversos municípios da região. “O CAT dá assessoria técnica aos agricultores. Trabalhamos com projetos em várias cidades da região do Médio Rio Doce. Iapu, inclusive, é um dos municípios

que mais participam do projeto. A população se interessou, os agricultores também e até a prefeitura. Então, temos apoio de todos os lados. Lógico que as pessoas não entram de cara no projeto, até porque interfere na renda delas. Então, estamos fazendo as mudanças aos poucos em cerca de 20 municípios da região”, relata Claudinho. Mas nem tudo são rosas no trabalho do CAT. Alguns proCAT é sinônimo de luta do povo da terra blemas insistem em aparecer. “Algumas prefeituras têm nos ajudado muito na realização do projeto, como os produtos da agroecologia em Valadares a de São Geraldo da Piedade, por exemplo, basta ir à feira agroecológica que acontece além da ajuda do sindicato e de associações. toda sexta-feira na rua José Luiz Nogueira, Mas um lugar onde a Prefeitura tem atrapa- perto do Mercado Municipal. Todos os agrilhado muito nosso trabalho é Valadares. Não cultores da feira trabalham com alimentos temos nenhum tipo de apoio e ela tem ainda 100% agroecológicos, sem nenhum tipo de dificultado o nosso trabalho no município”, agrotóxico ou pesticida. Começa 6h da mareclama o coordenador. nhã e termina meio-dia”, informa Oliveira. A questão da assistência à produção é bem Além disso, o meio ambiente também simples e completamente natural. “A gente agradece. “Estamos trabalhando com uma aproveita o que tem na propriedade para po- demanda de cercamento das nascentes. Vader começar a fazer a produção. Temos várias mos fazer uma reunião com o Instituto Estaexperiências que estão dando certo e passa- dual de Florestas e pedir os recursos necessámos isso para os produtores. A questão da rios para poder fazer a cerca em propriedades banana é um exemplo disso. Ela, em forma agroecológicas que possuam as nascentes. E de monocultura, está sujeita a adquirir duas a agroecologia é tão produtiva que as árvodoenças aqui na região. Se você a planta em res que servem para proteger nossas águas consórcio com outras plantas ou até árvores, podem ser usadas para a venda também. A essas pragas são eliminadas porque precisam banana é um exemplo de árvore que protedo sol para se reproduzir e as outras plantas e árvores produzem a sombra necessária. FaFoto: Fernando Gentil zemos as caldas, usamos urina de vaca, que é boa para as plantas, e outras técnicas variadas”, explica o agricultor.

Meio ambiente e saúde pública Um dos principais benefícios da agroecologia é a ausência de agrotóxicos, já que 70% de todos os alimentos produzidos no país possuem venenos que provocam doenças como o câncer. Evitar o uso de produtos envenenados é essencial para a sua saúde e de sua família. Cada brasileiro toma cerca de um galão de cinco litros de veneno por ano, de acordo com uma pesquisa feita em 2015 pelo Instituo Nacional do Câncer (INCA). “Os dados sobre o consumo dessas substâncias no Brasil são alarmantes”, diz Karen Friedrich, da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Carlos concorda com os dados da pesquisa. “O Brasil é campeão no uso de agrotóxicos desde 2008. Isso tem que ser banido, proibido mesmo por lei. Existe um problema que tenho visto nas escolas e universidades: não há uma atenção devida aos produtos livres de veneno. Todo dia você consome na sua casa vários alimentos envenenados e as pessoas não se ligam nisso. É necessária uma educação voltada para a agroecologia, assim, evitaremos várias doenças, como o câncer, por exemplo. A única forma de a gente recuperar as nascentes e ter uma alimentação saudável é com a agroecologia. Não existe outra forma”, alerta o agricultor. Para evitar tomar essa quantidade de veneno todos os dias, a solução é se alimentar de produtos agroecológicos. “Para comprar

Claudinho dedica sua vida à agroecologia

ge as nascentes – as frutas como um todo. O agricultor vai preservar e vai colher ao mesmo tempo”, explica o coordenador. É graças à luta destes homens do campo que não se venderam à indústria alimentícia global, que servem alimentos de qualidade, que não colocam veneno nas mesas das famílias brasileiras, que o Centro Agroecológico Tamanduá existe. A reforma agrária é necessária. A agricultura familiar agroecológica é a única forma de o país sair dessa situação catastrófica que é a seca dos rios. A possibilidade mais real de desenvolvimento, diminuição da desigualdade social e reurbanização de cidades superpopulosas. A reforma agrária é necessária para que o Brasil se torne um país justo, progressista e desenvolvido. “Se não fossem os agricultores, não existiria o CAT. E eu só assumi a coordenação graças a eles a aos anseios deles”, conclui Claudinho.


CIDADES 8

FIGUEIRA - Fim de semana de 30 de outubro a 01 de novembro de 2015

CIDADES 9

Júlio Avelar

BRAVA GENTE

Maria Regina: A nossa bailarina do Bolshoi

NOMES A CONSTRUIR Dois excelentes nomes que devem ser “construídos politicamente” para um futuro certo e político em Valadares, para sairmos do refrão que não funcionou (“sai um entra outro, sai outro entra um e deste jeito Valadares não vai pra lugar algum”), são os de Luiz Alberto Jardim e Rômulo César Coelho. Um é empreendedor há anos na cidade, grande benfeitor, nome forte, digno, e o outro é médico com visão empreendedora. Os dois, em tudo que colocam as mãos, tem dado certo, sem falar na moral e respeitabilidade que eles têm de sobra.

Júlio Avelar é jornalista, apresentador na TV Rio Doce e membro da Academia Valadarense de Letras

Quer falar com este colunista? zapzap 33-99899200 ou julioavelargv@gmail.com Avenida Minas Gerais, 700 sala 610 após 14h.

TRIÂNGULO DAS BERMUDAS

QUEREM SER REELEITOS

Estão apelidando o rio Doce, mais especificamente a bacia ali antes da ponte do Vila Isa de “Triângulo das Bermudas”. Vai engoli aviões assim nas Bermudas, uai!

Encontrei em frente à grande loja Nordestina da Peçanha dois vereadores de Valadares, Ananias Camelô, que já foi presidente da Câmara, e o novato José Iderlan, que garantiram disputar a reeleição no ano que vem para a Câmara Municipal. Os dois votaram a favor do aumento de 20% na tarifa mensal de água e esgoto – e estão confiantes. Pois é!

MUITOS “NEROS” POR AÍ Tacaram fogo nos coqueiros da Univale, tacaram fogo na Ibituruna, tacaram fogo no lixão do Turmalina e tacaram fogo no pasto em volta do antigo Recanto da Pantera. Valadares não é Roma, mas tá cheia de “Neros” doidos.

TODO CUIDADO É POUCO Como já havia dito aqui, há aproximadamente 23 anos, um geólogo francês hospedado no GPH, onde eu tinha um escritório, convidado foi ao nosso programa e disse com muita ênfase que até o ano de 2025 o Vale do Jequitinhonha e o Vale do Rio Doce, em especial Valadares, será um deserto, com muita falta de água e um calor insuportável. Já circula pela imprensa que outros novos geólogos andam dando como certo que boa parte de Minas Gerais, que é tida como a caixa d’água do Brasil, será um deserto, incluindo a nossa bela Valadares. Só Jesus e o povo para recuperar a natureza!

FIGUEIRA - Fim de semana de 30 de outubro a 01 de novembro de 2015

Foto: Arquivo Pessoal

Gina Pagú

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A artista vai estudar ao lado dos principais profissionais da área no mundo inteiro

bailarina que entrou para a história do balé de Governador Valadares, Maria Regina Alves Wild, de 8 anos, realizou um feito que muita gente grande ainda não conseguiu. Ela foi aprovada na audição nacional da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, que aconteceu em 25 de outubro, em Joinville, Santa Catarina, e fará parte do grupo seleto de 35 alunos da turma de 2016. Anteriormente, ela teve de passar pela pré-seleção regional, que todo ano acontece em Valadares durante a Semana da Dança, no mês de abril. Maria Regina começou a dançar aos 6 anos no projeto Dançando pela Paz do Bairro Carapina. Depois, passou a ser instruída pela professora de balé da Escola de Dança e Arte (EDA), Débora Salviano, que explica que a aluna tem um talento nato. “Quando recebemos a Maria Regina aqui, logo notamos o potencial que ela tem, mas preparamos o psicológico, pois esta fase em Santa Catarina era tudo ou nada. Se não passasse agora, só teria essa chance ano que vem. Mas graças a Deus e ao talento desta excelente bailarina deu tudo certo.” As aulas de balé eram conciliadas com as aulas no colégio normal. A bailarina, segundo a professora, nas últimas semanas que antecederam a audição, intensificou os treinos. “Nor-

NO SAN DIEGO Neste final de semana dois andares do Apart Hotel San Diego vão se transformar numa feira de roupas de boas marcas com descontos de até 70%.

Empresário Jair Avelar Neto e Erika

NO TESTE

4 X 4 PARA OS DIRETOS DE VALADARES

André Merlo anda testando sua popularidade assim que saiu do PDT e entrou no PSDB. Quarta-feira foi visto andando pelas calçadas da Israel Pinheiro com seu “educado” assessor de imprensa e marketing e de mais um poderoso empreendedor imobiliário da cidade e colega da União Ruralista. Cumprimentou mais do que foi cumprimentado. É apenas o começo!

Dr. Alcyr Nascimento e Tininho Machado mais José Geraldo Prata e Dr. Rômulo Cesar Coelho estão rindo de orelha a orelha. Os cursos de direitos da Fadivale e da Univale ganharam nota 4 dos críticos do MEC. Bom, pra lá de muito bom!

É HOJE NA TV Hoje no nosso programa Júlio Avelar, da TV Rio Doce, o entrevistado é o engenheiro civil e grande benfeitor de Valadares e região Dr. Renato Fraga, presidente da Fundação Ezequiel Dias, a maior produtora de vacinas e remédios da América latina e presidente municipal do PMDB.

PALETA MEXICANA, AO SUCESSO A chamada “paleta mexicana” (picolé) anda fazendo o maior sucesso na cidade, ganhando cada dia mais adeptos e chupadores. Um picolé carnudo, tipo sorvete, grande, natural e que já está tirando a clientela de muita água com essências por aí, que na verdade é gelo puro. Vi a paleta no Splash, Joá e Santa Fé. Muito bommmmm!

Suely Freitas enfeitando a coluna de hoje

É A CRISE... Os empresários do ramo da construção civil no Brasil já dão como certo que até fevereiro do ano que vem as empresas serão obrigadas, devido à queda do setor, a mandar embora cerca de 500 mil trabalhadores braçais, eletricistas, bombeiros e mestres de obras.

NOVA GRÁFICA Já aberta na Israel Pinheiro, em frente à praça Getúlio Vargas, no bairro de Lourdes, a Imprimir Gráfica & Editora, de Jair Avelar Neto. Posso garantir que é de qualidade e com bons preços.

malmente, ela estuda balé uma hora por dia, de segunda a sexta-feira, afinal, ela ainda é uma criança, mas quando soubemos que ela iria para Joinville, agregamos mais uma hora nos treinos. Maria Regina se dedicou e se mostrou pronta, mesmo tão cedo, tão jovem.” Estar na lista dos alunos da Escola Bolshoi é um grande feito para a cidade, explica a professora orgulhosa. “Os pais da nossa bailarina sempre a apoiaram muito. A mãe acompanhou daqui de Valadares todo o processo; o pai esteve com a Maria em Joinville e, com o coração na mão, esperou pelo resultado final, que só saiu a noite, pois a prova aconteceu na hora do almoço. Agora, a família (pai, mãe e filha única) seguem para Joinville no final do ano para Maria Regina estudar. Em breve, veremos nossa bailarina brilhar nos espetáculos da escola russa. Esta é uma grande conquista não só para nós da escola, mas para a cidade, pois o Bolshoi nunca teve um representante valadarense.” O caminho árduo que Maria Regina começou a trilhar só começou. Após a aprovação entre 1.500 alunos, a partir de agora, serão mais oito anos dedicados ao curso de balé, com todos os gastos custeados pela escola. Maria Regina deixa um recado para quem tem sonhos: “Não sei se serei selecionada, mas darei tudo de mim.”

Associação A Força do Vale doa roupas e calçados a moradores do Vale do Mucuri Entidade atende famílias daquela região Joci Carla

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Força do Vale é uma entidade filantrópica, sem fins lucrativos, que desenvolve um trabalho social com o objetivo de suprir as lacunas deixadas pelas autoridades governamentais quando se trata de crianças, idosos e famílias carentes na comunidade da região do Vale do Mucuri (Nordeste de Minas Gerais) e adjacências. Atualmente, a entidade atende mais de cem famílias compostas por pessoas de todas as faixas etárias com doação de roupas, calçados, biscoitos, brinquedos e material de higiene pessoal. Alguns habitantes do Vale trabalham na lavoura, onde plantam somente aquilo que usam para se alimentar. “Em geral, a plantação é de mandioca, alimento mais utilizado naquela região. Pessoas que não recebem nenhum provento financeiro sobrevivem com a ajuda da Força do Vale no que se refere a roupas, entre outros”, afirma o responsável pela associação, Gil Barros. A associação não mede esforços para ajudar a levar doações (cerca de duas toneladas por ano) para aquela região. A Força do Vale conta apenas com amigos, sem nenhuma ajuda financeira do governo ou de parcerias e patrocínios. Gil Barros conta que está em bus-

Foto: Joci Carla

FERRAMENTAS JARDINAGEM RAÇÃO SEMENTES

Os calçados e roupas foram entregues para as famílias

ca de parceiros que queiram ajudá-lo nesta empreitada. “É muito difícil, ninguém faz nada sozinho e as coisas estão cada dia mais caras. Estamos em busca de parcerias com o setor privado para que possamos colocar em prática nossos projetos de horta, que é cultivo do próprio alimento, ajudando na subsistência; policultura (forne-

cendo materiais básicos com intuito de impulsioná-los a prover sua renda econômica) e o projeto de construção de moradias ecologicamente corretas, já que os moradores vivem em barracos. Estamos de braços abertos a quem quiser ajudar. Precisamos levar para aquela gente uma melhor qualidade de vida”, relata o coordenador.

Mesmo com todos os problemas enfrentados para realizar a ação no Vale do Mucuri, A Força do Vale se dispôs a doar cerca de uma tonelada (mais de 70 caixas) de roupas e calçados para o Exército da Salvação, que tem o mesmo objetivo, que é o de levar um pouco de dignidade e conforto àqueles que necessitam.

Rua José Luís Nogueira, 443 - Centro - GV Fone: (33) 3021-3002


CIDADES 10

FIGUEIRA - Fim de semana de 30 de outubro a 01 de novembro de 2015

ESPORTES 11

Atletas paraolímpicos dão show pelo mundo inteiro

Governador Valadares não tem mais Zona Azul

Esportistas têm quebrado diversos recordes Fernando Gentil

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Contrato com a empresa Estaciotec, que prestava o serviço, foi encerrado no último dia 22 Gina Pagú

P

or enquanto, os motoristas de Valadares não terão de pagar pelo estacionamento rotativo. A medida é temporária e embora o contrato com a empresa Estaciotec, que gerenciava o serviço, tenha terminado, um novo processo de contratação deve acontecer. Sem data ainda para voltar a funcionar, sabe-se que tudo será feito por meio digital/eletrônico, com uso de smartphones, em que o usuário terá controle sobre o tempo de uso da vaga, o saldo remanescente do tempo e até a compra poderá ser feita eletronicamente. Haverá também a possibilidade do fracionamento pelo tempo de uso e as vagas nas ruas serão demarcadas. Segundo a prefeitura, o novo edital já está em fase de elaboração e deve ser publicado na primeira quinzena do mês de novembro. Orienta que os agentes municipais e policiais militares de trânsito continuam trabalhando como autoridades de trânsito constituídas que são e afirma que o novo padrão vai promover maior rotatividade, beneficiando os usuários. O valor do bilhete, que antes custava R$ 1,50, ainda não foi divulgado e só será definido em decreto a ser publicado posteriormente. As 2.222 vagas que eram oferecidas poderão ser

Foto: Gina Pagú

ampliadas para três mil e as vagas que beneficiavam três usuários por dia poderão duplicar.

Zona Azul O sistema de estacionamento rotativo Zona Azul, implantado em Governador Valadares em 2004, é um estacionamento regulamentado previsto no Código de Trânsito Brasileiro (CTB) que objetiva democratizar o espaço público. Eram mais de duas mil vagas de estacionamento distribuídas pelas ruas do Centro para carros e motocicletas. O condutor de veículos – carro ou moto – comprava um cartão vendido em pontos específicos, como bancas, lojas, bares. No cartão era assinalada a hora em que estacionou e, a partir daí, começava-se a contar o tempo do uso de cada vaga. Cobrava-se uma tarifa de R$ 1,50 para uso por duas horas, sendo que a cada ciclo – de duas horas – era necessário retirar o veículo do local ou substituir o cartão que valeria por outras duas horas.

Clientes O sistema de estacionamento rotativo não era aprovado pelos motoristas. O professor Lucas Cardoso diz

conta que havia recebido duas multas só no primeiro semestre deste ano. “Esqueci de mudar o bilhete e a multa foi certa. O sistema teria que ser mais funcional não somente para punir o motorista, mas para trazer benefícios para a população. E as bicicletas, tem alguma segurança? Ninguém olha para o ciclista ou o pedestre. Só fazem cobrar.”

Mercado Municipal Ainda segundo a prefeitura, o estacionamento rotativo do Mercado Municipal segue inalterado, pois o sistema de vagas é gerenciado pela administração daquele espaço.

Gina Pagú

O

vante devido à falta de água. A água é o elemento fundamental para a existência do povo Krenak. Todos dependem dela para sobreviver e para garantir a vida dos animais, das plantas e da sua própria religião, pois a água Foto: Divulgação

Parte do rio secou devido à crise de água

sustenta a vida. Não importa quem somos, o que fazemos, onde vivemos, nós dependemos dela para sobreviver. A água é, provavelmente, o único recurso natural que tem a ver com todos os aspectos da cultura Krenak, desde o desenvolvimento agrícola aos valores culturais e religiosos. Toda a história do povo Krenak se resume às águas por morarem às margens do rio Doce e do rio Kieme.” Pablo Camargo, agente em indigenismo, representante da FUNAI em Governador Valadares, confirma a si-

tuação do rio Eme. “Temos observado o problema e notamos que o rio está praticamente seco. Este é um rio muito importante, o único no território Krenak. O estado é grave, pois a área indígena é muito pequena, mas está praticamente sem água. Sabemos que o problema hídrico em Minas Gerais é seriíssimo e o Rio Eme parece não ter escapado desta catástrofe. Ele já está degradado há muito tempo, mas a culpa maior é do desmatamento provocado pelo homem, que não poupa a natureza.”

Foto: CPB/Divulgação

Atletas paraolímpicos estão preparados para os Jogos de 2016

medalhas de ouro nos Jogos, com uma dominação clara do brasileiro frente aos outros competidores. Dias também já recebeu, em 2008, o “Oscar do esporte” (o prêmio Laureus) de melhor atleta paraolímpico do mundo. O mesmo prêmio já foi recebido também por Pelé, Ronaldo e Bob Burnquist.

Atleta do futuro

Daniel Dias é principal medalhista brasileiro paraolímpico

Um dos rios que cortam a aldeia Krenak em Resplendor também é vítima da falta de chuva e do desmatamento lamidade também. Antes, quando os homens iam caçar, eles não passavam fome nem sede, pois tinham as minas para poder beber água e os frutos para se alimentar. Hoje, a situação do povo se torna um fator cada vez mais agra-

e deve ir para vários até o fim da competição. O país está em terceiro, perdendo para China e Rússia, mas já demonstra ser uma potência no esporte. “Esta foi a minha terceira medalha do Campeonato Mundial. Ganhei em 2011, em 2013 e, agora, em Doha. Mas a minha verdadeira medalha eu ganharei no Rio no próximo ano”, disse o alagoano, Yohansson Nascimento, de 29 anos, que também foi campeão paraolímpico na mesma prova dos 200 metros para amputados nas Paraolimpíadas de Londres, em 2012. Outro esportista brasileiro que tem trazido muita alegria ao país é Daniel Dias. O nadador é o maior medalhista paraolímpico brasileiro de toda a história. Ele conseguiu este feito na última edição dos jogos, em 2012, mas pretende vir com força total para o Rio de Janeiro no ano que vem. São onze

Zona Azul deve voltar em breve

Índios Krenak sofrem com seca do rio Eme rio Eme nasce em Cuparaque (MG) e deságua no rio Doce, no terriório da aldeia Krenak, e abastece os cinco mil habitantes do município, além da comunidade indígena localizada no município de Resplendor. Os mais de 200 índios pedem ajuda para que o rio seja salvo do desmatamento e da seca. Um dos principais rios, além do rio Doce, que levam água até a aldeia, vive uma crise hídrica alarmante. A índia Shirley Krenak explica que esse rio faz parte da vida e da cultura indígenas. “Diversas histórias sobre a nossa religião são contadas pelos mais velhos, nas quais eles falam que muitas das nossas danças, as brincadeiras e a nossa sobrevivência vinham das águas desses rios. Os Krenak sempre se reuniam na cabeceira do rio do Kiem, que hoje é conhecido como Eme, cujo nome vem da língua materna do povo Krenak e significa “casa” ou “abrigo”. Com a vinda das estradas e ferrovias, os Krenak foram expulsos e ficaram muito tempo longe do rio Doce, e, durante muito tempo, o atual Eme foi o refúgio e a casa dos Krenak.” Shirley explica que, com a degradação do rio, o estado dele hoje é de calamidade ambiental. “Por consequência, o povo Krenak entra em ca-

sta semana, o alemão Markus Rehm venceu o salto em distância no Mundial de Atletismo Paraolímpico, em Doha, Catar. O atleta fez a marca de 8,40 metros no estilo T44. Se tivesse feito o mesmo resultado nos Jogos Olímpicos de Pequim teria ficado em segundo lugar. Em Londres, ele receberia medalha de ouro. E esses títulos seriam conquistados com ele enfrentando atletas sem deficiência. É o novo recorde mundial paraolímpico na modalidade. Entre os atletas sem deficiência, ele ficaria com a quarta posição no ranking. Em todas as edições das Olímpiadas, Rehm estaria no pódio com esta marca. E ele não é o único que traz orgulho ao universo de superação dos esportes paraolímpicos. Os brasileiros têm feito bonito neste mesmo campeonato que ocorre em Doha. O país já soma 14 pódios até então

Foto: Buda Mendes/CPB

estar feliz por não ter de pagar pelo espaço público. “Pagávamos por obrigação e sabemos que esse dinheiro não voltava para o município e muito menos em benefícios para os contribuintes. A cobrança vai continuar, sabemos disso, mas que seja para uso dos cidadãos, não para enriquecer ninguém.” Para quem já foi multado é ainda pior. A vendedora Claudilene Torres

FIGUEIRA - Fim de semana de 30 de outubro a 01 de novembro de 2015

Hoje é o último dia para quem quiser se inscrever no programa Atleta do Futuro. Ele visa a formar

crianças e adolescentes em esportes olímpicos e paraolímpicos. As aulas serão ministradas na cidade de Lins, em São Paulo. Os jovens precisam ter entre 6 e 17 anos e receberão aulas gratuitas de natação, tênis de mesa e atletismo. Ao todo, 440 crianças serão beneficiadas com o programa. No Brasil inteiro, 196 mil crianças já receberam os benefícios do programa Atleta do Futuro. De todos esses, 112 mil são considerados potenciais para os Jogos Paraolímpicos e Olímpicos.

Serviço Inscrições para o Programa Atleta do Futuro Quando: até 30 de outubro Onde: Centro Social Urbano de Lins (CSU) Quem pode participar: Crianças e jovens de 6 a 17 anos. O que levar para se inscrever: Documento de identidade, duas fotos 3x4 e atestado médico Vagas gratuitas e limitadas.


CULTURA 12

FIGUEIRA - Fim de semana de 30 de outubro a 01 de novembro de 2015

Ouro Preto recebe 11º Fórum das Letras Evento vai debater diversidade cultural e liberdade de expressão

Foto: Divulgação

Fernando Gentil

E

ntre os dias 4 e 8 de outubro, a região dos Inconfidentes vai respirar literatura. Isto porque o Fórum das Letras chega a sua 11ª edição com um tema bem debatido nos dias de hoje: diversidade cultural e liberdade de Expressão. Depois de uma semana marcada pela prova do Enem, que contém diversos pensadores, filósofos e educadores humanistas, é a vez do Fórum tratar de temas considerados polêmicos. Entre os participantes estão a cartunista Laerte, o filósofo e pro-

fessor da USP Vladimir Safatle e o jornalista Leonardo Sakamoto. O evento é completamente gratuito e oferece diversas palestras, apresentações culturais e exposições durante todo o dia. “Estamos em um momento crucial da história, em que é preciso trabalhar ativamente pela paz e compreensão entre culturas diferenciadas. As narrativas que diferentes culturas constroem sobre o mundo falam de sua relação com o meio. Os conflitos vividos em nossa era tão conturbada se originam, muitas ve-

zes, desta cisão entre o homem e suas formas de expressão”, explica a idealizadora e coordenadora do evento, a escritora Guiomar de Grammont, em

coletiva de imprensa. Além disso, o Fórum vai contar com uma atração especial: a inauguração da primeira casa para escritores refugiados da América Latina. Aprovada a sua criação em 2014, ela vai começar a receber os autores já a partir do evento. No primeiro dia será anunciado o nome do primeiro autor que virá morar na casa. “O fato de Ouro Preto acolher um projeto como este é de extrema importância, já que a cidade foi palco de movimentos de resistência e de lutas pela liberdade. A Inconfidência, o movimento de insurgência mais importante do Brasil colonial, foi realizada por uma agremiação de poetas, a Arcádia Mineira. Esse movimento é revivido simbolicamente todos os anos com a homenagem a Tiradentes. Ouro Preto é a cidade ideal para celebrar a liberdade de expressão”, afirma Guiomar de Grammont.

Fotos: Arquivo Pessoal

Sakamoto, Vladimir Safatle e Laerte são convidados do Fórum

Valadares Jazz Festival começa esta semana

SOCIAL

Agenda 10 Ingrid Morhy

facebook.com/ingridmorhy twitter.com/ingridmorhy ingridmorhy (33) 9155-5511 ingridmorhy@gmail.com

Carlos Trajano apostou no rock em sua festa Painel do Rock

Aplausos para Francys Dutra

BALADAS 30/10 (Sexta) – Sexta Dançante no

31/10 (Sábado) – Monalisa 12 anos. Celebre 31/10 (Sábado) – System Of A Down, Black Rock, no

Filadélfia, com Swing Kaliente, a partir das 21h.

esta data com Jhonny Klein e Sambaê em um open bar e open food de Pizza Mustache até 5h.

30/10 (Sexta) – Tributo Amy Winehouse, a partir das 23h, no Soul Rock Pub, no Aldeia Mix.

31/10 (Sábado) – The Doors, Pink Floyd,

30/10 (Sexta) – Diretoria Eletro Médica

Planet Hemp, Mamonas, AC/DC, Deep Purple e muito mais com a Banda Weiser, no Oficina´s Pub.

III em clima de Halloween, guloseimas e decoração temática com Syntonia, um projeto novo de música eletrônica com vários instrumentos, além de DJs mandando as melhores nas pick-ups.

31/10 (Sábado) – Estamos juntas novamente! Eu, DJ Ingrid Morhy + Erika Santos (com o melhor do arrocha e do forró), no Pesque e Pague do Geraldinho, no bairro Vitória.

SOU COMBATE À IMPUNIDADE. SOU DELEGADO DE POLÍCIA. oquefazumdelegado.com.br

A abertura vai ficar por conta de uma homenagem ao escritor Graciliano Ramos e contará com a presença do escritor Ricardo Reis e da ensaísta Elizabeth Ramos, netos do homenageado, além de Audálio Dantas, autor de “A Infância de Graciliano Ramos”, e Wander Melo Miranda, autor de diversos estudos e livros sobre o alagoano. O evento também vai contar com o já tradicional Ciclo de Jornalismo e Literatura, com a presença de Adriana Carranca (Estado de S.Paulo), Franklin Martins, Laura Capriglione (Jornalistas Livres), Leonardo Sakamoto (ONG Repórter Brasil), Marina Amaral (Agência Pública) e Robson Vilalba (Gazeta do Povo). Haverá ainda Fórum das Letrinhas, o braço infantojuvenil do debate. Para saber mais sobre o evento e a programação completa, acesse o site www.forumdasletras.ufop.br.

Soul Rock Pub.

1/11 (Domingo) – Show com Cristian Greik, participação de John e Pyerre e toda comitiva sertaneja na Monalisa. 1/11 (Domingo) – Você é o Promoteur 7ª edição, a festa mais disputada de GV! Quem será que vai ganhar? Apresente o flyer digital de um dos participantes e pague entrada no valor de R$ 7 até 00h30. DJ Ingrid Morhy + Júlio de Oliveira (residente), no Pop Pub (rua Lincoln Byrro, 550, Vila Bretas – antigo Studio).

O

maior evento de jazz da região começa hoje na cidade. A novidade deste ano é que a entrada para os shows é gratuita. O evento ocorre no Teatro Atiaia e todas as apresentações começam 20h. Os interessados devem retirar os ingressos na porta do teatro antes do começo dos concertos. Este ano o festival homenageia o músico Márcio Montarroyos. Ele já se apresentou no Valadares Jazz em 2006, um ano antes de sua morte. O evento promete muita música de qualidade e é realizado pelo jornalista e produtor cultural Tim Filho. Mais informações no site www. valadaresjazzfestival.com.br.


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