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JORNAL FIGUEIRA ANO 2 NÚMERO 87 FIM DE SEMANA DE 27 A 29 DE NOVEMBRO DE 2015 FIGUEIRA DO RIO DOCE / GOVERNADOR VALADARES - MINAS GERAIS EXEMPLAR: R$ 1,00

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Sol com muitas nuvens durante o dia. Períodos de nublado com chuva a qualquer hora.

SALVE O RIO DOCE

MAB, MST, MPA, Associação de Pescadores e todo o povo valadarense se colocam à disposição para por a mão na massa e recuperar a quinta maior bacia hidrográfica do país. Páginas 6 e 7


OPINIÃO 2

FIGUEIRA - Fim de semana de 27 a 29 de novembro de 2015

Tribuna

O rio Doce morreu?

a última quarta (25) a Polícia Federal cumpriu o mandado de prisão expedido pela Procuradoria-Geral da República e autorizada pelo STF, e

Amaral. Líder do governo no Senado, Delcídio foi preso

O Doce e o salgado

por tentar dificultar a delação premiada de Cerveró sobre uma suposta participação do senador em irregularidades na compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. A prova da tentativa de obstrução é uma gravação feita pelo filho do ex-diretor da Petrobras que mostra que Delcídio chegou a oferecer R$ 50 mil mensais a sua família desde que o ex-diretor não citasse o seu nome na delação premia-

da; além disso, também ofereceu uma rota de fuga para que a delação não acontecesse. A Constituição de 88, no artigo 53, parágrafo segundo, impossibilita que parlamentares em pleno exercício do mandado sejam presos, salvo por flagrante de crime inafiançável. O curioso é que apesar de não ser o caso do crime de Delcídio, sua prisão foi remetida à sua casa legislativa e seu encarceramento foi aprovado pelos seus pares. É claro que devemos encarar a situação com um certo senso crítico. Afinal, Delcídio Amaral era senador pelo PT, líder de governo e, com certeza, sua prisão abala a estrutura governista. Isso também aconteceria se estivéssemos falando do líder da oposição?

Por que virar as costas?

Nilson Souza – Jornalista e editor de opinião do jornal Zero Hora

A

s imagens daquela mancha cor de chocolate avançando por mais de 400 quilômetros em direção ao mar não poderiam ser mais apocalípticas. Do nada – ou melhor, da ganância, da negligência e da estupidez –, uma bomba de lama tóxica explodiu no coração de Mariana, primeira capital mineira e vizinha de Ouro Preto, ambas símbolos da exploração histórica de minérios brasileiros. O próprio nome da cidade é um atestado de domínio e submissão. Homenageia a austríaca Maria Ana, esposa de Dom João 5º, o rei português que se fartou com o ouro e os diamantes extraídos do Brasil. Dois séculos depois, Carlos Drummond de Andrade, que é de Itabira, cidade onde nasceu a empresa Vale do Rio Doce, deixou registrado em um de seus poemas o desencanto com a ex-

ploração continuada: “O maior trem do mundo / leva minha terra / para a Alemanha, / leva minha terra / para o Canadá, / leva minha terra / para o Japão. / Leva meu tempo, minha infância, minha vida / triturada em 163 vagões de minério e destruição”. O rio Doce morreu de morte “matada”, intoxicado pelos resíduos criminosos que também assassinaram vilas, casas, pessoas e peixes. O grande fotógrafo Sebastião Salgado aprendeu a nadar naquele rio, que também banha sua cidade natal, Aimorés, no leste de Minas. É dele a ideia que surge como um sopro de esperança em meio à catástrofe ambiental: criar um fundo para recuperar as nascentes do rio, de forma planejada e continuada, com o plantio de árvores que garantam a umidade e

o microclima necessários para atrair a chuva. “A água não nasce da terra, não nasce da montanha. Ela é um rio aéreo em forma de nuvem”, ensina. Vai levar anos para o rio renascer. Nem Salgado nem muitos de nós veremos o resultado deste projeto, que já conta com a simpatia do governo federal e que poderá ser implementado com o financiamento das próprias empresas responsáveis pelo desastre. Por mais irônico que pareça, as causadoras do mal não podem ser punidas radicalmente, pois significam muito para a economia e para a empregabilidade das populações atingidas. Mas podem ser obrigadas a sustentar o longo e penoso processo de recuperação ambiental. É o mínimo que se pode esperar. Ainda será uma pena doce para tão salgado crime. *Texto retirado do site do Jornal Zero Hora

Sabemos que a corrupção está enraizada no nosso sistema político e eleitoral, e que ela não é uma exclusividade petista,

NÃO

mas, de qualquer maneira, a prisão de um senador em exercício (e um importante senador, não se trata de um membro

Horário de verão: um transtorno a mais

do baixo clero), com autorização do STF e aprovada pelos colegas de Senado, reacende uma esperança de que as coisas ainda têm jeito e de que a Justiça será feita. A ministra Carmem Lúcia mostrou bastante lucidez em discurso de apoio à prisão de Delcidio: “A maioria de nós acreditou no mote de que a esperança tinha vencido o medo. Depois, nos deparamos com a ação penal 470 (mensalão) e descobrimos que o cinismo venceu aquela esperança. Agora, parece que o escárnio venceu o cinismo. Mas o crime não vencerá a Justiça, aviso aos navegantes dessas águas turvas. Criminosos não passarão sobre juízes e sobre as novas esperanças do povo brasileiro. Não passarão sobre o Supremo, não passarão sobre a Constituição do Brasil.” Torcemos para que a declaração da ministra prevaleça. Afinal, esta prisão já pode ser considerada um pequeno passo para nosso políticos, mas um grande passo para a nossa política.

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O Jornal Figueira é uma publicação da MPOL Comunicação e Pesquisa. CNPJ 16.403.641/0001-27. Em parceria de conteúdo com a Fundação Figueira do Rio Doce. São nossos compromissos: - a relação honesta com o leitor, oferecendo a notícia que lhe permita posicionar-se por si mesmo, sem tutela; - o entendimento da democracia como um valor em si, a ser cultivado e aperfeiçoado; - a consciência de que a liberdade de imprensa se perde quando não se usa; - a compreensão de que instituições funcionais e sólidas são o registro de confiança de um povo para a sua estabilidade e progresso assim como para a sua imagem externa; - a convicção de que a garantia dos direitos humanos, a pluralidade de ideias e comportamentos, são premissas para a atratividade econômica.

Editor Fernando Gentil - DRT/MG 18477 Reportagem Gina Pagú - DRT/MG 013672

Colunistas e Colaboradores Ingrid Morhy João Paulo M. Araújo José Marcelo Júlio Avelar Marcos Imbrizi

Revisão Fábio Guedes - DRT/MG 08673

Assessoria jurídica Alexandre Albino

Ombudsman Manoel Assad

Diagramação Stam Comunicação - (33) 3016-7600

Artigos assinados não refletem a opinião do jornal

Agostinho Vieira - Jornalista, gestor ambiental pela UFRJ e membro do Projeto Colabora.

F

ato 1 – A mineração, assim como a exploração de petróleo e de carvão, é uma indústria suja, está no topo da chamada economia marrom. É muito difícil ter uma atividade nestas áreas sem que elas causem algum dano às pessoas e ao meio ambiente, por menor que seja. Não é à toa que a Vale e a Petrobras, assim como as suas similares ao redor do mundo, investem tanto em prevenção, mitigação e divulgação de ações ambientais. Fato 2 – O acidente de Mariana foi gravíssimo, deixou mortos, desaparecidos, aniquilou o distrito de Bento Rodrigues, prejudicou o abastecimento de água e provocou um passivo ambiental ainda não devidamente estimado. Mesmo classificado como acidente, ele poderia ter sido evitado ou minimizado. Logo, os responsáveis devem ser punidos. Dito isso, e apesar de tudo, o rio Doce não morreu nem vai morrer. O boato sobre o falecimento do maior rio da região Sudeste vem se espalhando pelas redes sociais há alguns dias, mas não tem qualquer fundamento. É verdade que ele está em estado grave, mas a sua internação no CTI não aconteceu na semana passada. Ele vem respirando por aparelhos há vários anos e, mesmo assim, quase não recebe visitas dos parentes. Se fosse possível fazer um ranking dos problemas do rio Doce, o terrível acidente de Mariana apareceria apenas em terceiro ou talvez quarto lugar. Antes dele, num incontestável primeiro lugar, está a crônica falta de saneamento do país. O rio tem 853 quilômetros de extensão e banha 228 municípios – 202 em Minas Gerais –, mas são poucos os que possuem um sistema adequado de coleta e tratamento de esgoto. O rompimento das barragens lançou no rio Doce 62 milhões de metros cúbicos de lama. Um tsunami de água, barro e resíduos de ferro, mas que não é quase nada quando comparado com o volume de cocô in natura que chega às suas águas diariamente. Junto com a falta de saneamento, o pobre paciente sofre com as secas dos últimos anos e com o desmatamento irresponsável na região, que vem provocando um forte assoreamento. As matas ciliares foram dando lugar aos bois e às pequenas propriedades agrícolas. Isto quer dizer que o acidente não teve importância? Claro que teve. Gravíssimo,

terrível ou dramático, seja qual for o ad- além de boatos, circulam movimentos jetivo, ele vai passar. A lama vai baixar como o “Viva Rio Doce”, organizado por e a vida e o rio vão seguir o seu curso. A pescadores esportivos com o objetivo de Copasa (Companhia de Saneamento de criar e repovoar o rio com espécies típicas Minas Gerais) divulgou um laudo garan- da bacia. tindo que não foram encontrados metais É difícil calcular quanto custaria a pesados no rio. Ontem, a cidade de Go- recuperação completa do Doce. Alguns vernador Valadares j voltou a captar e especialistas falam em algo entre R$ 10 tratar a água do rio Doce. bilhões e R$ 20 bilhões. Talvez seja mais. Hoje, a pluma de lama chegará a Co- Certamente será um valor maior do que a latina, no Espírito Santo. Certamente, a ridícula multa de R$ 250 milhões aplicaprefeitura de lá também vai interromper da pelo Ibama ou o acordo de R$ 1 bilhão o abastecimento por um ou dois dias. O feito pelo Ministério Público. Mas será professor Paulo Canedo, do Departamen- muito menor do que os lucros e benefíto de Hidrologia da Coppe, explica que o cios que empresas e governos tiraram do principal problema é a turbidez da água. rio Doce ao longo dos anos. É hora de deEla impede a passagem do sol, a fotossín- volver. Não apenas investindo dinheiro, tese e provoca a morte dos peixes e da ve- mas tempo e vontade política para solugetação aquática. Além disso, com níveis cionar a questão. altos de turbidez, a água não pode entrar Dizer que o rio morreu ou vai morrer, nas estações de tratamento. Daí a neces- além de não ser verdade, cria um clima sidade de se interromper o abastecimen- de desmobilização. Se já morreu, por to. Segundo Canedo, os maiores danos que fazer alguma coisa? Nunca é demais devem acontecer mesmo nos primeiros lembrar que o rio Tâmisa, em Londres, cem quilômetros do rio, mas ele alerta chegou a ser considerado biologicamente para a importância do monitoramento ao morto. Hoje está limpo. O Tietê, em São longo de todo o percurso. Paulo, estava cheio de metais pesados e No entanto, o que não pode passar de vem sendo despoluído. Lentamente, é jeito nenhum é a chance de resolver os verdade, mas vem. Há muito trabalho a velhos e novos problemas do rio de uma ser feito no Doce. O rio está vivo. vez por todas. A crise criou a oportunidade, como teriam dito os RECORTE DAS REDES chineses. O Instituto Terra, do fotógrafo Sebastião Salgado, tem um projeto grande de recuperação das nascentes que foi apresentado à presidente Dilma e às empresas envolvidas. Ele não foi desenhado por conta do acidente – já existia, mas precisa de apoio. Ricardo Valory, diretor-geral da Agência de Bacia de Águas do Rio Doce, diz que o órgão também tem um documento detalhado que mostra como tornar o rio mais saudável. Faltam recursos. Nas redes sociais,

A divulgação da nota oficial do PT, informando que não prestaria nenhum tipo de solidariedade ao senador Delcídio Amaral (MT) foi mais que um virar de costas. Em outras ocasiões o partido fez vistas grossas, como no caso do Mensalão e até outros nomes da própria Lava-jato. É que o partido entendeu que pegou mal demais para a legenda o fato de o senador ter sido preso no exercício do mandato, num momento tão delicado para o o PT, no país. Mais que isso: na avaliação de membros da cúpula petista, ouvidos por este colunista, passou da hora da legenda se posicionar e começar a tirar as “frutas podres da caixa”, como classificou um senador que pediu para não ser identificado. Só assim, segundo este senador, o partido terá alguma chance nas próximas eleições.

O problema

O problema é o nome da “fruta podre” que o PT está jogando fora da caixa, neste momento. Não bastassem os cargos que ocupou nos governos petistas, Delcídio Amaral é uma espécie de coordenador de um comitê informal anti-crise da ala ligada ao ex-presidente Lula. É homem de confiança e na avaliação de parte do partido, a atuação dele pode respingar não só na legenda, mas também no presidente Lula.

Lula preocupado

Por falar em ex-presidente Lula, embora sempre tente deixar claro que não teme as investigações da Lava-Jato, ele tem dito a aliados mais próximos que está cada vez mais convicto de que tem sido puxado para o olho do furacão e que sabe que se tornou alvo das investigações. A prisão do empresário José Carlos Bumlai, amigo do ex-presidente, já havia sido interpretado por ele como sinal de que seria o próximo alvo. A prisão de Delcídio, segundo um assessor influente do PT, não deixa mais dúvidas.

Generosidade de Renan

Embora o PT tenha virado as costas para o senador Delcídio Amaral, assessores do Palácio do Planalto recomendaram cautela por parte da presidente Dilma Rousseff. Por ser líder do Governo no Senado, Delcídio Amaram tem trânsito livre no Palácio e por isso um virar de costas poderia soar como uma manifestação personalizada. Como está na berlinda, por ser investigado da Lava-Jato, o presidente do Senado, Renan Calheiros teria sentido aí a oportunidade de agradar o governo, com um sinal de solidariedade disfarçado e jogar para os senadores a decisão se a votação sobre a prisão de Delcídio seria aberta ou fechada. Foi um lavar de mãos, já que Calheiros havia feito uma contagem de votos e tinha certeza de que a votação seria aberta. Foi só pra não se comprometer, segundo um colega do PMDB.

Cunha aliviado

Quem começou a quarta-feira em Brasília um tanto aliviado foi o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Depois de ganhar um tempo de respiro por que a votação do parecer que recomenda a continuidade do processo de cassação ficou para a semana que vem, a prisão de Delcídio Amaral tirou Cunha do centro do noticiário. Com isso, o parlamentar teve mais tempo para discutir as estratégias de defesa. O problema é que as coisas têm sido assim. Uma notícia ofusca a outra, que já havia ofuscado uma anterior. Até para quem vive de cobrir o noticiário político em Brasília está sendo desafiador não perder o fio da meada.

Reforma do nada

Por falar em fio da meada, um importante vice-líder do governo no Congresso admitiu a este jornalista que até agora não deu resultado a tão comemorada reforma ministerial feita pela presidente Dilma Rousseff. O corte de pastas foi anunciado como exemplo de como um governante pode se mexer para cortar gastos e ser eficiente. Só que ninguém notou. Nem a popularidade do governo reagiu, nem o constante anúncio de rombo cada vez maior nas contas do ano estão deixando qualquer área de alívio.

Da Redação

Sacudindo a Figueira

O

s recentes ataques em Paris trazem uma lembrança desconcertante. Não da violência em si, já que estamos tão acostumados a ela que, quase sempre, a glorificamos – quando não a reproduzimos nos cenários e com os meios que nos são acessíveis. Não. O que emerge dos abismos da memória é algo distinto. Alguma coisa que recusa a simples nomeação, que se esconde da experiência cotidiana da linguagem ali, naquele cantinho seguro e quente de nossa consciência, mais acostumada à justificação e explicação precoces do que à reflexão parcimoniosa. Vem-nos a imagem fugaz de um espectro: um espectro que Joseph Conrad, na novela da qual hoje emprestamos o título, deu o nome de Kurtz. Kurtz é, para os seus, um homem notável. O visionário da civilização que, no âmago da selva africana, acaba sofrendo uma metamorfose às avessas. Às avessas sim, porque sua transformação o leva ao que de mais humano habita em cada um, às trevas do coração que subitamente despertam e fazem com que ele possa ocupar um elevado assento entre os demônios deste mundo. Suas ações transportam-no para fora da humanidade, para onde apenas o humano reside. Fora da humanidade, em comunhão consigo mesmo: não é coincidência que os nativos que massacra a ele se submetam como a um deus vingativo – o motivo de sua adoração não reside propriamente na natureza divina, mas no grau absolutamente humano do terror que é capaz de desencadear. Kurtz é também o coronel interpretado por Marlon Brando em “Apocalipse Now” – a primorosa adaptação de Francis Ford Coppola da obra de Conrad para o cinema. Com o pano de fundo da Guerra do Vietnã, o filme conjura mais uma vez o espectro. Que pode um homem quando a única medida de ação é aquela dada pelo abismo de sua própria alma? O solilóquio final do coronel Kurtz pinta a atmosfera do nosso tempo: o terror possui um rosto com o qual se deve tornar familiarizado; o horror é o amigo que se deve buscar para evitar que ele se torne o mais cruel dos inimi-

Manifesto do atraso

Tesouro do ninho tucano

Pegou mal

Tem um pré-candidato a prefeito soltando um manifesto com 22 dias de atraso. O fato pegou tão mal que nem os próprios correligionários quiseram assinar. O manifesto do atraso foi uma mistura de amadorismo com oportunismo. Pior de tudo é que este mesmo pré-candidato enviou mensagens via Whatsapp convidando seu grupo para tomar conta da passeata que o pastor Flamarion organizou. Ele quer pegar carona, mas só anda atrasado.

O jovem médico Lucas Coelho foi o único membro do PSDB que saiu às ruas, arregaçou as mangas e foi trabalhar. Tem se mostrado realmente preocupado com a cidade. Com uma postura mais apartidária do que os colegas, fez elogios públicos a Elisa e ao governo. É um homem de valor e tem um belo caminho na política. Resta saber se o seu partido lhe dará condições para isso.

Pegou muito mal a atitude do diretor da Samarco ao tentar ser entrevistado pelo CQC. Pior ainda foi a gerente de comunicação, que mais parecia um robô defendendo a cultura corporativa da empresa. Vergonha! O povo precisa é de respostas.

A verdadeira “Coração Valente” O slogan foi usado na campanha de Dilma, mas caiu como uma luva para a prefeita Elisa. Até entre os oposicionistas ela tem sido admirada pela garra, pelo comprometimento e pelo enfretamento. A prefeita se mostrou firme e solidária no momento de maior crise da cidade, ao contrário de muitos políticos, inclusive do seu partido. Elisa Costa não fugiu das responsabilidades nem da luta. A chefe do Executivo se mostrou uma verdadeira mulher de coração valente. O povo valadarense ficou orgulhoso de você.

É tão astuto que dá medo Liso como um coelho com vaselina, esperto como águia e ligeiro como gato, Mourão conseguiu articular um grande grupo político debaixo de sua asa. Filiou André e Rui ao seu PSDB e agora deixou todos reféns de sua vontade. Como dizia o antigo jornalista: política não é para amadores. Ausente durante os dias mais difíceis, o deputado reapareceu na cidade esta semana com a comissão especial da ALMG.

Marcou muito negativamente a ausência dos três senadores mineiros durante o desastre no rio Doce que atingiu Valadares. Aécio, Anastasia e Perrella não deram o ar da graça por aqui. Mesmo em suas redes sociais, as manifestações de apoio foram poucas. Será que é o rabo preso? Ou será mesmo só descaso com a nossa cidade?

A diferença entre homens e homens Brizola, quando governou o Rio, enfrentou de frente o sistema e estatizou a Light. Itamar Franco, quando governou Minas, ordenou que as tropas fossem para Furnas para impedir que FHC a privatizasse. Já Fernando Pimentel deu entrevista coletiva na sede da Samarco logo após o desastre ocorrido em Mariana. Aécio Neves disse em coletiva dias depois que não é hora de apontar culpados. Ou seja, existem homens e homens e políticos e políticos.

Jornalismo de primeira O programa CQC da Band botou para quebrar na cobertura da tragédia que atingiu o rio Doce. Com duas reportagens históricas, o programa mostrou que o jornalismo sobrevive em meio ao mar de lama.

gos. E eis o tipo de homem que o espectro quer moldar: o amigo do horror, que consegue fazer conviver constelações morais com o instinto primevo de matar sem discriminação, sem piedade e, o mais importante, sem reflexão. Basta guiar-se pela voz, pela litania satânica que embala a palavra de ordem. Após os atentados, as palavras de ordem do discurso de François Hollande deixaram clara a natureza do empreendimento que aguardam os franceses: o extermínio, sem piedade, dos bárbaros que macularam o solo francês. Os aplausos que recebeu em uníssono do parlamento da nação que inventou o mundo moderno assemelham-se aos hosanas proferidos pela audiência mais modesta de um outro líder, de turbante e fuzil na mão, quando expõe seus motivos para a ação monstruosa. Em ambos os casos, lemos a nota de rodapé rabiscada no manuscrito do velho Kurtz sobre um empreendimento não tão dessemelhante: “Exterminem todos os brutos!”. A natureza das ações, sua gravidade e seu terror, não devem nos cegar para o fato de que explicações e justificativas não são senão expressões do fascínio da abominação. Não há qualquer justificativa imaginável para a centena de vidas interrompidas nos cafés, clubes e ruas da capital francesa. Nem para os bombardeios indiscriminados por meio dos quais a civilização avança em nossa vizinhança oriental. Tampouco há qualquer explicação aceitável e toda comparação é violenta: nenhuma pode fazer justiça às vítimas de um ou outro lado. Pois que seja: nem explicar nem justificar – mas refletir. Refletir sobre o nosso tempo, nossas heranças e nossos projetos. Pois o espectro de Kurtz traz sempre consigo o seu duplo: os corpos dos brutos sacrificados no altar de qualquer ideia grandiloquente – e tanto faz que em sua etiqueta venha escrito “Liberdade” ou “Alá”. A reflexão, diz o coronel de Brando, é sua derrota certa – e já passou da hora de a empreendermos. A alternativa é o suspiro final de Kurtz. É, diante da imagem do que ocorreu e do que ainda há de vir, sussurrar enlouquecido: “O horror! O horror!”

João Paulo M. Araújo é professor da Universidade Federal de Juiz de Fora campus Governador Valadares. Contato: jp.medeirosaraujo@gmail.com

A figueira precipita na flor o próprio fruto

Honoráveis senhores

João Paulo M. Araújo

Coração das Trevas

José Marcelo / De Brasília

SIM

encarcerou o senador em exercício Delcídio do

Diretor e Jornalista Responsável Moisés Oliveira - DRT/MG 11567

FIGUEIRA - Fim de semana de 27 a 29 de novembro de 2015

PARLATÓRIO

EDITORIAL

N

POLÍTICA | ECONOMIA 3

Gente que faz Sem espaço para políticos profissionais, voluntários organizaram um verdadeiro show de solidariedade. Durante todos esses dias, levaram milhões de litros de água mineral para diversos bairros carentes da cidade. Palmas para a turma da Trupe do Bem, do SOS Rio Doce e do GV sem fome!

Gente que faz 2 É importante dar os parabéns à Polícia Militar e ao Ministério Público. As instituições têm ultrapassado a cartilha das suas funções e se mostraram firmes e solidárias com a Valadares.

Adeus, Baixote! Músico de múltiplos talentos, Chrystian Lima é ídolo de várias gerações. O “Baixote” vai deixar Valadares para continuar a trajetória profissional em Itaperuna (RJ). Sentiremos sua falta.

É junto dos bão que a gente fica mió. Guimarães Rosa

Homem de coragem José Altino Machado tem proferido discursos calorosos e coerentes ao longo desses dias difíceis. Eloquente, dono de fala fácil e emocional, toca a todos que os ouve. Tem se mostrado um homem de coragem e disposição.

Peixe morre pela boca O manifestante popular Ricardo Pedrosa tem adotado táticas terroristas para assustar a população. Sem provas oficiais, sai pela rua dizendo para não beber a água que está sendo distribuída pelo SAAE. Depois de algumas advertências, ele acabou sendo preso e conduzido pela PM, mas parece que a lição não serviu. Pode acabar morrendo pela boca.


POLÍTICA | ECONOMIA 4

INTERNACIONAL 5

Conselho de Ética vai investigar Eduardo Cunha Confira os próximos passos para a cassação de Cunha:

1

Após a apresentação do relatório preliminar, os integrantes do Conselho de Ética têm de votar se concordam com a recomendação para que o processo continue sendo analisado.

Fernando Gentil

O

deputado Fausto Pinato (PRB-SP) é relator do caso Eduardo Cunha no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados. O parlamentar protocolou o pedido para que o presidente da Casa seja investigado pelos crimes que cometeu. De acordo com Pinato, as denúncias apontam indícios que podem sim iniciar um processo de investigação e cassação do mandato do presidente. Cunha é acusado de ter mentido na CPI da Petrobras ao afirmar que não tinha contas bancárias fora do país. Foi desmentido pelo Ministério Público Suíço, que provou a existência de várias contas no nome do peemedebista e familiares. O presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PSD-BA), que é um desafeto de Cunha, marcou para semana passada a votação para decidir se o deputado vai ser investigado ou não. Porém, Cunha fez uma manobra política para evitar a votação. “O Brasil quer, o Brasil precisa, todos nós precisamos de uma resposta. O presidente Eduardo Cunha vai poder apresentar a sua defesa. Quanto mais celeridade, mais rápido vamos dar uma resposta ao país e à população”, disse o parlamentar.

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Se aprovada a continuidade do processo, o relator abre prazo de dez dias para a defesa do deputado acusado.

Cunha usa o cargo de presidente para interferir na votação do Conselho de Ética Foto: Igo Estrela/ObritoNews/Fato Online

Pinato é relator da investigação contra o presidente da Câmara

Com mais esse golpe de Cunha, ele acabou perdendo apoio em sua base aliada e até no próprio partido. Pinato afirmou que todos os requisitos foram preenchidos para dar prosseguimento ao processo. “A denúncia é apta: há tipicidade, indícios suficientes, por exemplo, a própria denúncia do procurador-geral da República, documentos juntados, o

Foto: Cadu Gomes/ObritoNews/Fato Online

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PSOL E REDE entregam o pedido de investigação contra Cunha no Conselho

próprio depoimento do delator Júlio Camargo e a fala de Eduardo Cunha à CPI da Petrobras”, explicou o relator. Pinato ainda pediu para anexar aos autos o depoimento feito por Cunha na CPI da Petrobras. “Há indícios mínimos de autoria. Estou convencido de que a representação preenche todos os requisitos para dar andamento”, afirmou o deputado do PRB.

3

Apresentada a defesa, o relator elabora um parecer recomendando absolvição, censura, suspensão ou cassação do mandato.

O deputado paulista diz estar convicto e de cabeça limpa ao pedir a continuação do processo contra Cunha. As denúncias foram enviadas pelas bancadas do PSOL e da Rede Sustentabilidade. Agora é aguardar os próximos passos para saber se a justiça vai ser feita no parlamento brasileiro. Eduardo Cunha deve ter seu mandato de deputado federal cassado.

O relatório é votado no Conselho de Ética. Toda a tramitação do processo – da indicação do relator à votação do relatório final – deve durar no máximo 90 dias (descontando-se o período de recesso parlamentar).

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Se aprovada alguma punição, o processo segue para o plenário. Eventual cassação do mandato precisa dos votos de pelo menos 257 dos 513 deputados. A votação não é secreta.

Café com Leite Marcos Imbrizi / De São Paulo

Algumas questões sobre o caso Samarco

N

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Argentina elege seu Marcelo Odebrecht

Foto: Blog do Josias

Relator diz que há indícios de crimes cometidos pelo presidente da Câmara

os últimos dias acompanhamos a triste história do rompimento das barragens da mineradora Samarco, responsável pela devastação da comunidade de Bento Rodrigues, em Mariana, e do Vale do Rio Doce. No início desta semana o estrago chegou ao litoral do Espírito Santo. Neste período, algumas questões chamaram a atenção. O texto de Beatriz Cerqueira, presidente da CUT-MG, no site Vi o Mundo, mostra que a empresa responsável pela tragédia comanda a apuração do crime que cometeu controlando políticos, vítimas e jornalistas. Na primeira audiência pública após ocorrido, realizada na Assembleia Legislativa mineira, em conjunto com a Câmara dos Deputados, por exemplo, “estes (os deputados), após tirar fotos, dar entrevistas à imprensa e falar primeiro, foram embora. Enquanto isso, o povo atingido está nas mãos da Samarco, que atua livremente em Mariana”, informa. Um outro ponto diz respeito ao novo marco regulador da atividade mineradora no Brasil. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, desde 2013 a Câmara dos Deputados analisa proposta de reformulação do Código de Mineração, de 1967. O novo texto, que tem como relator o deputado Leonardo Quintão (PMDB-MG), é criticado por

movimentos sociais que apontam o abrandamento da governança dos recursos minerais e da proteção socioambiental. “Foi preciso ocorrer uma tragédia como a de Mariana para que o relator considerasse demandas que reivindicamos desde 2013”, disse ao jornal Julianna Malerba, da Rede Brasileira de Justiça Ambiental. A reportagem informa ainda que 21 deputados que compõem a ainda incompleta nova comissão para discutir o texto tiveram parte de suas campanhas financiadas por grandes mineradoras. O próprio Leonardo Quintão teve 42% da campanha de 2014 bancados por empresas do setor e seu irmão é acionista de uma mineradora. Juliana aponta a importância de se observar o contexto de discussão do novo código. Enquanto o atual determina a obrigatoriedade de a mineradora evitar a poluição da água, do ar e proteger e conservar fontes de água, a nova proposta menciona não a preservação, mas a recuperação ambiental das áreas impactadas, por exemplo. Apesar de tudo isso, esperamos que a empresa responsável seja exemplarmente penalizada e que arque com os custos da recuperação de todos os estragos causados e das famílias afetadas. Brasil Justo e Democrático – Na próxima se-

gunda-feira (30) será realizado em Belo Horizonte o lançamento do documento “Por um Brasil Justo e Democrático”. O evento, no Salão Nobre da Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais (rua Rodrigues Caldas, 30, Santo Agostinho), a partir das 18h30, é uma iniciativa de entidades como Brasil Debate, Centro Internacional Celso Furtado de Políticas para o Desenvolvimento, Fundação Perseu Abramo, Fórum 21, Le Monde Diplomatique Brasil, Plataforma Política Social e Rede Desenvolvimentista. A TV FPA fará a transmissão. Entre os autores do documento, estarão presentes os economistas Eli Iola Andrade, Fabrício Oliveira, Luiz Gonzaga Belluzzo e Marcio Pochmann. Os senadores Lindbergh Farias e Roberto Requião confirmaram presença. Dividido em dois volumes, o documento é uma contraposição ao discurso liberal amplamente difundido de que políticas de austeridade focadas no curto prazo, como o ajuste fiscal adotado atualmente, seriam o caminho para que o país volte a crescer. O primeiro volume é “Mudar para sair da crise – Alternativas para o Brasil voltar a crescer”; o segundo “O Brasil que queremos – Subsídios para um projeto de desenvolvimento nacional”.

Marcos Luiz Imbrizi é jornalista e historiador, mestre em Comunicação Social, ativista em favor de rádios livres.

FIGUEIRA - Fim de semana de 27 a 29 de novembro de 2015

Fernando Gentil

É

o fim da era Kirchner no “país hermano”. Maurício Macri é engenheiro, tem 56 anos e é o novo presidente da Argentina. Conservador, tem um discurso muito próximo do de Aécio Neves e um estilo de vida muito parecido com o dono da empreiteira mais famosa do Brasil. Ele era prefeito de Buenos Aires e agora comanda a segunda maior economia da América Latina. Macri tem perfil completamente diferente de todos os seus antecessores desde o fim da ditadura militar argentina. Ele foi presidente do Boca Juniors, maior time de futebol do país, e conseguiu unir toda a direita do país para acabar com o kirchnerismo. É como se Aécio, Bolsonaro, Cunha, Jarbas Vasconcelos, Levi Fidélix, Eymael, Pastor Everaldo e outros se unissem derrotar Lula e o PT. O novo presidente argentino é o primeiro direitista da nova democracia no país. É contra a doção de crianças por casais homossexuais, o aborto e a descriminalização da maconha. Macri quer tirar a Venezuela do Mercosul, é neoliberal, mas diz que vai manter os programas sociais do governo de Cristina.

A campanha de Macri O marketing utilizado pelo novo presidente foi uma das táticas que deram certo na campanha. Ele fez algo inusitado, diferente: vídeos no YouTube e distribuição de balas e sorvetes no lugar de santinhos e panfletos. Copiou o slogan de Obama (“Sim, nós podemos”), fez um discurso implorando por mudanças e também espalhou balões pelas cidades. O problema é que nem tudo foram flores na campanha de Macri. Além de ter vencido com uma pequena vantagem, ele vai governar sem o apoio do Congresso. A maioria é do partido de Kirchner, a Frente para a Vitória. Macri vai ter que negociar muito com o parlamento para conseguir modificar algo no país. Já a campanha do ex-governista Scioli foi daquelas bem conhecidas pela esquerda latino-americana. Só que a tentativa de amedrontar o povo argentino desta vez não deu certo. Uma coisa que, infelizmente, a esquerda não aprendeu é fazer um marketing bem feito. Para quem já viu o filme “No”, é uma boa experiência para discutir o assunto. A vice-presidente eleita, Gabriela Michetti, tentou aplacar o receio da população na campanha governista. “Muitos lares humildes estão preocupados. Quero dizer que vocês não têm

Conservador é dono de um conglomerado de empresas multimilionárias

Foto: @business

FIGUEIRA - Fim de semana de 27 a 29 de novembro de 2015

Foto: Francisco Munoz AP

Macri vence por pouco as eleições argentinas

o que temer”, garantiu Michetti. “Peço aos que não votaram em nós que se juntem a esta mudança. Esta Argentina não vai ser fruto de um iluminado que tem todas as soluções. Isso não existe. Minha tarefa é ajudar a encontrar o caminho”, concluiu Macri em discurso pós-vitória. O clima permaneceu tranquilo nas ruas do país após o resultado. Não houve nenhuma denúncia de fraudes ou irregularidades. Macri venceu graças ao voto dos mais pobres ao garantir que ia manter os programas sociais implementados na era do casal Kirchner. E um detalhe: Macri e Scioli são amigos muito próximos, já que vêm de famílias milionárias e empreendedoras. Porém, com o fim da campanha, o novo presidente argentino não deve manter a amizade de anos. “Estão criando a imagem de que sou uma má pessoa que vai prejudicar seu país”, queixou-se o eleito.

Uma Argentina diferente Em seu discurso de vitória, Macri disse que esta será uma nova fase para a Argentina. “É uma enorme alegria. Sinto que vivemos um dia histórico que vai mudar nossas vidas. Espero que comece uma nova fase na Argentina. Viemos com tranquilidade e esperamos que hoje seja uma festa. Quero dizer muito obrigado a todos. Sinto uma enorme alegria e estamos todos sabendo que é um dia histórico que vai mudar nossas vidas”, disse após votar. Brasileiros que moram na Argentina (são 41 mil, no total) comparam a eleição de Macri com a disputa entre Aécio e Dilma no segundo turno no Brasil. Muitos temem que o custo de

vida vá aumentar com este novo governo. Várias medidas prometidas por Macri podem modificar a vida dos brasileiros. O uso de câmbio paralelo, por exemplo, é uma realidade que faz com que o real seja muito valorizado lá e o novo presidente quer acabar com isso. “Eu vim para aprender espanhol e pretendo ficar mais dois anos. Se Macri cumprir com essa proposta, a minha renda mensal pode cair em 50%”, estima o jovem Javison Silva, de 24 anos, ao jornal El País Brasil. Também há receio de corte nos subsídios dados pelo governo de Cristina. Não se paga luz, gás e transporte, por exemplo. Tudo é bancado pelo Estado. “Sem os subsídios vai ficar difícil pagar as contas porque moro sozinha. Macri aumentou a tarifa do metrô, que era de $ 1,10 (peso argentino), em 2012, $ 4,50”, comenta a paulista Cláudia Teixeira, 35 anos, para o El País Brasil. Como prefeito de Buenos Aires, Macri elevou o IPTU em 1.000% ao longo do seu governo, além de existir o medo de que se modifiquem as leis trabalhistas. “Se Macri ganhar, uma das primeiras coisas que podem acabar é a negociação com as paritárias, que garantem um reajuste de salário todos os anos. Minha vida melhorou muito com isso. Se eu votasse na Argentina, seria em Scioli. As políticas propostas por Macri e sua equipe são liberalistas, se aproximam muito do que foram os anos 1990 em toda a América Latina e que agravaram as desigualdades e a crise econômica. Vejo Macri sem força e vontade de negociar com grandes empresas a favor do povo”, analisou Cláudia antes do resultado da eleição. De qualquer forma, como aconte-

População decreta o fim da era Kirchner Foto: Eitan Abramovich AFP

Scioli era o candidato governista

ceu no Brasil, Macri vai ter que implantar uma série de ajustes para recuperar a economia argentina e, com certeza, vai sobrar para o povo trabalhador. “Com Macri ou Scioli eleitos, o país vai necessitar de ajustes e duvido da capacidade de a sociedade administrar essa tensão”, analisa o economista argentino Rodrigo Alvarez, diretor da Analytica Consultoria, no El País Brasil. Macri responde a dois processos na Justiça. Um por escutas ilegais e outro por usar a polícia para reprimir moradores de rua e doentes mentais de hospitais psiquiátricos

– e ele tem o discurso de tirar a Venezuela do Mercosul por “violação dos direitos humanos”. O que se espera é que Macri faça um governo voltado para o capital e se esqueça das populações mais pobres do país. Vai enfrentar forte resistência no Congresso, o que vai dificultar o seu trabalho pró-liberalismo. Mesmo assim, Macri é um conservador pintado como novo, do povo (como um possível ruralista candidato a prefeito de Valadares). O novo presidente deve ser a pessoa que vai confirmar a frase usada pela campanha governista. “Vivíamos melhor com Cristina”.


FIGUEIRA - Fim de semana de 27 a 29 de novembro de 2015

CAPA 6

CAPA 7

Agricultores e pescadores se unem pela recuperação da bacia

Foto: MAB

Foto: MAB

MOVIMENTOS SOCIAIS QUEREM RESSUSCITAR O RIO DOCE

FIGUEIRA - Fim de semana de 27 a 29 de novembro de 2015

É preciso que a Samarco (Vale + BHP) arque com os custos de recuperação da bacia

Foto: Arquivo Pessoal

População se une para recuperar distritos atingidos pela barragem da Samarco Fernando Gentil

Há de se transformar dor em luta. O momento é este.” Foi assim que a coordenadora regional do Movimento de Atingidos por Barragens (MAB) terminou sua fala no encontro de agricultores e pescadores com o ministro Patrus Ananias. Além do MAB, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, o Movimento de Pequenos Agricultores e a Associação de Pescadores do Rio Doce deixaram claro: é o povo que vai ressuscitar o rio. A Vale e a BHP Billiton vão arcar com os custos, mas só a população tem força suficiente para fazer a quinta maior bacia hidrográfica do país viver novamente. Além disso, é preciso rever os acordos feitos entre o governo e a Samarco. A captação no Suaçuí, por exemplo, precisa de um estudo bem feito, pois o rio já está assoreado. “Para nós dos movimentos sociais, o que aconteceu não foi um acidente. Foi um crime. O MP já deixou isso claro. A responsabilidade das empresas é objetiva. Assassinaram nosso rio Doce. A captação do rio Suaçuí Pequeno e Grande é uma opção para a cidade. Eu tenho uma propriedade naquela e região e estamos desde maio lutando para preservar as nossas nascentes. Mas, quando a gente olha para o rio Suaçuí todo assoreado, é uma dor muito grande. Existe uma série de barragens que estão segurando as águas. Fazendeiros que fizeram as suas pastagens sem nenhum escrúpulo, sem nenhuma fiscalização. Como captar a água do rio Suaçuí se ele está assoreado? É preciso revitalizar esse rio, trazê-lo de volta à vida, porque a situação dele é drástica”, explica a professora e educadora do EducAfro, Lídice Pimenta. Além do problema na captação de mananciais já desgastados pela crise hídrica, é preciso observar o outro lado: o do campo. “Como pensaram

apenas no dinheiro, esqueceram-se da vida existente nesse vale. Eu sou de uma comunidade de assentamento, um dos primeiros da região. Somos 33 famílias e é um assentamento muito pequeno. Mataram a nossa vida porque nós dependemos do rio Doce para garantir a agricultura lá. O nosso assentamento tem 89 hectares e 26 famílias usam irrigação. A gente tem leite, frutas, hortaliças e cereais. A gente precisa saber o que de fato vai sobrar nessa água para jogar no nosso solo porque ele só precisa de água. Não precisa de adubo, nem nada. Agora, se jogarmos veneno na nossa terra, nós morreremos de vez. A água para beber já tem na cidade. No campo, a gente pega essa água in natura. A criança da gente vai comer, a gente vai comer dessas plantas. A nossa vaca vai comer o milho que é irrigado com essa água. Vai sair no leite. O que vai ficar para nós? Façam uma análise bem criteriosa do material que vai ficar na nossa água para saber se algum dia vamos poder voltar a jogar essa água no solo”, reivindica Pavuna, agricultor familiar de Cachoeirinha, em Tumiritinga. A coordenadora da Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Estado de Minas Gerais Juliana Matias cobra que as providências necessárias sejam tomadas para que a vida no campo seja digna. “Os agricultores que dependem das suas terras precisam da irrigação e não vão poder mais cumprir suas obrigações. Além disso, esses trabalhadores não têm condições de fazer um poço artesiano em suas propriedades. Até porque isso não resolveria o problema. E o que essa empresa fez para os agricultores? Ninguém parou para olhar a situação do povo do campo. Se não fosse o movimento social alertando para essa questão, nós estaríamos invisíveis

diante do poderio, da ganância, do lucro fácil. É muito triste ver que um agricultor, que depende da sua terra para sobreviver, não tem mais como assumir com as políticas públicas que receberam. Precisamos nos unir para defender o direito desse povo. É preciso que os governos punam os causadores dessa tragédia. Acabaram com o nosso rio e estão destruindo as famílias de agricultores e pescadores que vivem da água do rio. Isso deve ser feito de forma imediata. Até quando os nossos agricultores e agricultoras vão ser massacrados pelos latifundiários? Até quando nós vamos deixar que a ganância de um possa engolir os demais? Nós estamos vendo e deixando passar que essas grandes empresas estão destruindo nossas vidas, nosso rio, nossa natureza. É hora de dar um basta”, reclamou a sindicalista. O agricultor Ronaldo Brejaubinha, assim como Talita, quer que o povo tome as rédeas da situação e salve o rio Doce. “Nossa preocupação, como representante dos agricultores familiares, é buscar uma maneira de trazer soluções. Estamos nas cabeceiras dos córregos e não fomos procurados por ninguém efetivamente para tratar da preservação e conservação das nossas nascentes. Esse recurso vai chegar até nós? Ou vai ser algum grupo que vai se dizer salvador da pátria, como ONGs, enquanto nós produtores não ficamos com nada? Estamos suspensos de políticas de crédito para pequenos agricultores por, pelo menos, quinze dias. As políticas públicas têm como objetivo atender à aflição, mas os artifícios legais existem e os nossos pagamentos se arrastam. Vários de nós estamos dependendo de pagamentos de meses anteriores à tragédia e ninguém conversa com a gente. Nosso rio Doce (que nem é mais doce) foi morto pela Vale. Estamos aguardando

Talita Silva é representante do MAB na região Foto: MAB Minas

Movimentos sociais querem recuperar o rio Doce Foto: MAB

“Infelizmente agora todos somos atingidos por barragens”

os projetos de recuperação das nossas nascentes e das nossas matas de cabeceira. Aí a gente vai começar a agir juntos”, disse o pequeno produtor. A presidente do Conselho Rural e Desenvolvimento Sustentável de Valadares conta que a tragédia causada pela Samarco estava anunciada. “Eu tive a oportunidade de visitar a cabeceira da barragem que se rompeu em Mariana. Ver aquela situação é um horror. Não esperava nunca na minha vida passar por aquilo, apesar de nós acompanharmos as comunidades atingidas pela mineração no Estado de Minas Gerais. As mineradoras, por exemplo, expulsaram camponeses com títulos de terra de suas casas em Conceição do Mato Dentro. Hoje são considerados invasores da suas próprias terras. É um absurdo! Não dá mais para continuar do jeito que está. O que aconteceu em Mariana, o buraco é mais embaixo. Nós sabemos disso. Ser atingido pelo rompimento da barragem, a gente sabia que isso ia acontecer mais cedo ou mais tarde. A ficha ainda não caiu sobre o tamanho do prejuízo que vamos sofrer em toda Minas Gerais. É preciso repensar a questão da reforma agrária. Aqui temos acampamentos de muito anos cujos problemas não foram resolvidos até hoje. Temos assentamentos com 17 anos sem nenhuma infraestrutura. A situação é seriíssima. Essas tragédias, essa vida indigna, só acontece porque não tem reforma agrária. A concentração de renda, de riqueza, de poder neste país é uma coisa absurda. A gente não mexeu nas estruturas. Enquanto isso não acontecer, essas grandes catástrofes vão continuar acontecendo. A gente espera que de fato seja o problema seja olhado por esse ângulo”, alerta Marta. Ênio é líder do MST e descreve como denúncias estavam sendo feitas contra a Vale há muitos anos. “Há muito tempo a gente vem denunciando a irresponsabilidade dessas empresas. Eu me lembro quando a juventude ocupou a Vale em 2004 e muitas das nossas lideranças foram presas. Estavam denunciando isso há mais de dez anos. Infelizmente, nós não somos ouvidos. Entendemos que somente a pressão popular vai resolver essa questão.

Não sei se todo mundo sabe, mas a Vale não paga um centavo de imposto sobre o minério que é exportado desde a Lei Kandir, de 1999. Para nós só fica esse prejuízo. Essa é a irresponsabilidade do capital. Sempre que ele atua no Brasil, o povo e a natureza pagam por isso. Que providências vão ser tomadas para que não ocorram outras tragédias como essa? É necessário fazer um estudo mais minucioso da lama que está no fundo do rio para não contaminar os alimentos. O Estado tem a responsabilidade de pôr um freio no capital. Mas sabemos como o Estado atua. A gente deve organizar o povo para que ele comece a agir. Para isso, tem que se formar comitês, ou, realmente, as ONGs vão começar a aparecer. A Vale estragou, matou o rio. Ela vai ter que pagar. Agora, se quiserem recuperar as nascentes de todo o rio Doce, chamem o povo. Nós estamos dispostos a reconstruir tudo que eles destruíram”, declara o agricultor. Terezinha, do Movimento dos Atingidos por Barragens, diz que é possível sim ressuscitar o rio Doce. “É preciso levar a indignação e o sofrimento da classe trabalhadora. É possível ressuscitar o rio Doce. Esses dias fizemos um movimento com um caixão para enterrar o rio. Agora queremos de fato é reerguer, fazer renascer o Doce. Estamos debatendo desde o dia do crime o que fazer para que as empresas paguem pelo que fizeram. É preciso criminalizar a Vale. Quando o movimento social se organiza para ocupar uma área, o que é legal na Constituição, mandam prender, mandam matar, o movimento social é criminalizado. Agora, uma empresa fazer a barbaridade de levar o povo mineiro para o buraco e passar impune? Não mesmo. Nós não vamos descansar até varrê-las do Brasil. Nós temos terra, coragem, mão de obra, força e não precisamos de empresas como essas que destroem nosso país”, relata a ativista. Para Talita, agora todos sabem do sofrimento que o MAB vive há muitos anos. “É com pesar que, desde Mariana até Linhares, hoje podemos falar que todos nós somos atingidos por barragens. A gente já vem há um tempo denunciando esse modelo, que não é um modelo do povo. Ele visa

apenas ao lucro. Nós, enquanto movimento social, sabemos que no campo a gente acaba sendo isolado. A mídia mostra mais a cidade. Mostra mais a falta d’água, que é realmente urgente. Mas a gente tem que ver como vai ser a produção dos alimentos agora. Esses metais pesados são cumulativos, vai sobrar para todos. Nesse processo em que todos nós tivemos nossos direitos violados, não podemos esquecer da participação dos atingidos. Não adianta o Estado fazer sem a participação do povo. Não adianta ninguém fazer pelo povo. Nós temos plena capacidade de construir nosso próprio projeto. Sabemos que o nosso projeto não é o que as mineradoras querem para Minas Gerais. Não é o que o eucalipto quer para Minas Gerais. O rio já vinha sofrendo por causa desse processo de monocultura, de morte de nascentes, e aí veio a facada maior, bem no coração do nosso rio. Só vamos ressuscitar o rio se houver organização e luta popular. Ninguém fará por nós. Não adianta esperar. Somos nós os responsáveis por ressuscitar o rio. Somos nós que devemos ir à Vale e à BHP cobrar delas que arquem com esse prejuízo que elas causaram. Há de se transformar dor em luta. O momento é este”, confirma a coordenadora.

Ministro chama à responsabilidade Em visita a Valadares, o ministro do Desenvolvimento Agrário Patrus Foto: Fernando Gentil

Patrus Ananias pede fim do capitalismo selvagem no país

Ananias agiu de forma bem diferente dos seus companheiros de governo. Elencou todos os objetivos e traçou planos e metas para que os trabalhadores voltem a ter uma vida normal. “Temos desafios de curto, médio e longo prazos. Temos que fazer coisas imediatas, temos que cuidar da vida, das pessoas, das famílias e comunidades que foram atingidas. Depois, temos que ver as perspectivas que se colocam na recuperação do rio, da sua bacia, do seu ecossistema, da sua biodiversidade, em um projeto de médio e longo prazos. Vamos constituir uma força-tarefa. Vamos identificar e cadastrar todas as famílias que foram atingidas na agricultura familiar e na pesca artesanal para podermos estabelecer que tipo de ajuda podemos dar com base nas políticas públicas que temos hoje. Seja na obtenção de crédito, recebimento de Bolsa Família ou outros benefícios – um conjunto de ações com os órgãos públicos federais, estaduais e parcerias com prefeituras e movimentos sociais. Vamos mobilizar todas as forças vivas comprometidas para dar o atendimento mais digno possível às famílias e comunidades atingidas”, garantiu o ministro. Para ele, é preciso desde já pensar em um projeto de longo prazo. “Vamos ter que criar um território da cidadania ao longo do rio Doce. Trabalhar um projeto de desenvolvimento sustentável para o rio e toda a bacia. A nossa ideia é buscar ações integradas com outros ministérios e a participação da sociedade. O econômico, o social, o ambiental e o cultural”, afirmou Patrus. Para Ananias, a Samarco foi irresponsável e deve pagar por isso. “Eu quero expressar também um sentimento de indignação. O Estado tem o dever de fazer e proporcionar uma vida digna ao cidadão, mas é fundamental que a empresa responsável arque com as consequências da sua irresponsabilidade. Essas coisas não acontecem porque Deus quer (assim como caiu o viaduto em Belo Horizonte durante Copa do Mundo). Isso acontece porque foi feito com pouco

cuidado, com pouco respeito à vida das pessoas e muita atenção ao lucro, ao dinheiro. É importante trabalharmos na perspectiva de que a Vale e a BHP Billiton assumam também a sua responsabilidade e contribuam efetivamente para a solução do problema. Penso que o Poder Judiciário do Brasil, o Ministério Público, a Polícia Federal e a Justiça Federal têm de estar atentos a este processo”, acusou o ministro. Antes de terminar, Patrus pediu pela reforma agrária e pela limitação do poder do capital no país. “Quem sabe daqui a cem anos, como hoje ficamos horrorizados com a questão escravocrata no Brasil, os netos dos nossos netos também fiquem horrorizados com o fato de que hoje, em pleno 2015, fazendeiros peçam preço de mercado por terra improdutiva. Nós temos que pautar com muito vigor, com muita consciência, a discussão da função social da propriedade das riquezas. Terra tem que trazer benefício. O fundo que aponta para a reforma agrária é o mesmo que aponta para a reforma urbana. Um depende do outro. Está tudo interligado. Não é mais admissível, em pleno século 21, que a terra especulativa prevaleça sobre o direito à alimentação, sobre o direito à moradia. Nós temos um desafio no Brasil. O capitalismo no país continua sendo um capitalismo selvagem. Antes de sonharmos com nosso socialismo democrático e libertário, temos uma tarefa mais imediata de curto e médio prazos. Nós temos que disciplinar, normatizar, pôr freios no capitalismo no país. Vamos aproveitar este momento de tragédia para cuidarmos dos nossos irmãos, mas vamos também pautar uma discussão séria neste país para que isso não ocorra novamente e tenhamos um Brasil mais justo”, concluiu o ministro. O que se espera é que a pauta dos movimentos sociais seja realmente aceita e realizada. Ficar apenas no discurso não é suficiente para mudar as coisas. Como disseram os companheiros agricultores atingidos e pescadores: é


Foto: Arquivo Pessoal

FIGUEIRA - Fim de semana de 27 a 29 de novembro de 2015

CIDADES 8

CIDADES 9 BRAVA GENTE

Júlio Avelar

Shirley Oliveira: a arte está no sangue

GRANDES DEDICADOS

Júlio Avelar é jornalista, apresentador na TV Rio Doce e membro da Academia Valadarense de Letras

Uma homenagem hoje muito especial a uma dupla de irmãos que há anos vem dando a Valadares e região o que há de melhor em drogaria e medicamentos manipulados. Confetes para Wedner Assis e Wellington Assis, que comandam há 32 anos a Drogaria Esplanada da Afonso Pena/Centro e da Israel Pinheiro/ Esplanadinha. Conveniada com o Ipsemg e aceita todos os cartões de crédito.

ELA É COMPETENTE Casando hoje o Alexmillander Alves e a empresária Paula Rodrigues

Com apenas 25 anos, Douglas Louran Ferreira Gonçalves é novidade no mundo empresarial passando a dirigir a Vale Gás Ultragás e Água Mineira Krenak, na rua 21 de abril, no bairro São Paulo. Cheio de garra, o moço promete modernizar a cada dia a rapidez na entrega, porque na qualidade não tem comparação.

Por onde anda Henrique Lobo? Nem todo mundo ficou satisfeito com as declarações dele sobre a lama que, segundo ele, não é tóxica.

Maria de Lourdes Ferreira sempre foi e continua sendo uma competência no que mais sabe fazer: elevar a autoestima das mulheres com uma pele melhor, rejuvenescimento, cabelos, contorno dos olhos, lábios e muito mais. Rainha Estética realmente muda a vida de quem quer mudanças.

CONFETES MERECIDOS Muita gente jogando confetes na competência médica do neurologista Ivan Magalhães, filho da terra que atua com seriedade, dedicação e muitos estudos.

LEONARDO MONTEIRO PREFEITO? Vereador Guetão, do PT, me disse em almoço no Dom Cabral que não está mais correndo atrás de ser o indicado do seu partido para disputar as eleições para prefeito no ano que vem. Segundo ele, o PT com certeza vai indicar o deputado Leonardo Monteiro.

E CONTINUAM ABUSADOS

POIS É...

Nádia e Antônio Damasceno no comando do ótimo Joá Restaurante Ladson Ribeiro com a esposa Michelle Luciolla e as filhas leticia e ana luiza gente do bem

NOVA DIREÇÃO

Deixou a engenharia de produção porque optou pelo direito e já tenta os vestibulares da Univale e Fadivale. Um jovem promissor no que pretende fazer e já convidado por vários partidos políticos, Gustavo Paes de Oliveira até março decide a qual vai se filiar e provavelmente será pré-candidato a vereador, que terá como campo inicial a sua terra natal: o distrito de Pontal. Tem futuro!

A

zapzap 33-99899200 ou julioavelargv@gmail.com Avenida Minas Gerais, 700 sala 610 após 14h.

Júnior Ramos e sua esposa Argentina vêm dominando na área de Era Nova e Alpercata com um bom atendimento no varejo da Mercearia Ramos. Tem de tudo um pouco: gás, água mineral, um variado açougue, enlatados e cereais. Agradam a todos os gostos e paladares.

NOVA LIDERANÇA

Gina Pagú

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SEMPRE RENOVANDO

VALE e Samarco não estão nem aí para os mineiros, assim também como os governos não estão para nós. Os vagões de minério continuam cortando Minas de fora a fora, levando a nossa riqueza para o Porto de Tubarão, e de lá para o mundo afora. Que se dane o rio Doce e a água envenenada que bebemos. Até quando?

FIGUEIRA - Fim de semana de 27 a 29 de novembro de 2015

Borbulhantes... *** Dona Graça sempre cheia de graça com seus filhos no ótimo Galeto Frango Assado, na rua Leonardo Cristino. Tudo lá é bom! *** Sandro Heringer, Lucas Coelho, Suelen Rodrigues, Moisés Oliveira, Leandro Batalha e outros tantos arregaçaram as mangas e foram para as ruas ajudar na distribuição de água mineral. *** Parabéns ao jovem advogado Elias Souto, reeleito presidente da 43ª Subseção OAB. Teve 203 votos frente ao adversário Padilha, que três anos atrás perdeu por um voto.

*** Renato Fraga feliz da vida com a produção de remédios pela Fundação Ezequiel Dias. *** Equipe da extraordinária odontóloga Ruty Leila França vem aí com umas boas novidades. Até o final do ano eu conto. *** Vale a pena assistir, de segunda a sexta, o nosso programa na TV Rio Doce, das 10h30 às 12h10. De tudo um pouco, com a colaboração de Sayonara Calhau, Maurício Serpa, Reginaldo Aguiar, professor Ilvece Cunha e entrevistados mil. *** Carlos Alberto Silva Pereira e Edna, da Casa Realeza, vão passar férias de janeiro em Conceição da Barra.

*** Leandro José foi convidado para passar férias em Londres com sua mana que lá reside. Está pensando. Tem medo de gostar e ficar. *** Deve ser inaugurada agora em dezembro a belíssima, moderna e espaçosa Drogaria Mais, no bairro Jardim Pérola. Parabéns à Jessé e à comunidade da região. *** Juan Braga formando neste final de ano em técnico em radiologia. *** Arthur Damasceno agora morando em Campo Grande. Nádia e Damasceno na saudade... *** Retornou a Valadares o competente arquiteto Aloísio Andrade.

*** Ismar e Nazita com uma equipe excelente no Bar Santa Fé, que tem sem dúvida os melhores tira-gostos da cidade e um mexidão de dar água na boca. *** Mecânica do Edinho, na avenida Lisboa, Grã-Duquesa, dando show também em lanternagem. *** Um bar sempre bem frequentado na rua Duarte Coelho, no Morada do Vale, é o Bar do Oswaldo. Cerveja gelada, tira-gostos e muita gente boa conversando de tudo um pouco. *** Restaurante Dom Cabral reabre à noite neste dia 1º de dezembro. Por ora, o sucesso é no self servisse, todos os dias na Minas Gerais, Morada do Vale.

Shirley Oliveira, professora e atriz: paixão pelo teatro

triz há quase 30 anos, atuando e ensinando teatro nas escolas de Valadares, Shirley faz parte do grupo de artistas que ainda conseguem manter o teatro vivo no município. A carreira como atriz começou ainda nos teatros da igreja, no catecismo, mas, em seguida, descobriu as aulas do professor Robson Rocha. “Eu não escolhi o teatro, foi ele que me escolheu. E, a partir daí, comecei a dirigir espetáculos, oficinas e participar de festivais.” E no caminho do teatro houve muitos desafios, um deles foi concluir o curso superior de licenciatura em teatro. “Fazer a graduação aliada à técnica que já temos é poder aprender mais sobre os conceitos do palco para levar aos estudantes, para a carreira profissional e para os espetáculos.” Afora isso, Shirley também é professora de teatro na rede pública de ensino. “As aulas de teatro surgiram como uma novidade e lecionar na escola de ensino regular, com tempo de somente 50 minutos, nos pareceu um tempo muito curto. Mas, com as oficinas fora do horário, conseguimos mais envolvimento dos alunos. Tudo flui melhor quando eles ficam à vontade e, assim, os alunos têm muito interesse em participar.” E como a arte está no sangue, o filho único, Gustavo, não é ator, mas trabalha com iluminação de bandas. “Ele nasceu praticamente dentro do teatro.

Quando era muito pequeno, ficava nas coxias com a gente, se arrumando para as apresentações. É muito bom poder dividir o amor à arte com ele.” O Teatro Atiaia, que já foi palco de muitos espetáculos em que a atriz se apresentou, hoje é motivo de saudades. “Como era prazeroso se apresentar no Atiaia, pois este é referência em nossa cidade. Há uns 15 anos era considerado o melhor da região. Muita gente importante da TV já esteve por lá e a nossa tristeza é muito grande quando vemos alguém reclamar do estado em que ele se encontra hoje. Uma pena... Precisamos de uma revitalização e da reabertura das portas para o público.” O coração apaixonado da atriz deixa o recado para quem quer começar. “Estude, invista, aprenda. Assista aos espetáculos, os bons e ruins, pois é assim que se aprende e assim que nos tornamos verdadeiros atores.”


CIDADES 10

FIGUEIRA - Fim de semana de 27 a 29 de novembro de 2015

ESPORTES 11

Amor em litros para GV

América mineiro de volta à série A Foto UFJF

Alunos e funcionários da UFJF se unem para ajudar a população de Valadares atingida pela tragédia do rio Doce

Q

água mineral para distribuir à população da cidade. E para concretizar a ação, a UFJF mobilizou um grupo de assistência que coordena a campanha Amor em Litros, que traz água de Juiz de Fora até Valadares. Na última sexta-feira (17), foram distribuídos à comunidade, em parceria com a Polícia Militar e

Gina Pagú

Alunos, funcionários e comunidade envolvidos na campanha Amor em litros

o 6º Batalhão, nove mil litros de água. A solidariedade muitas vezes torna-se uma corrente do bem. Assim, a campanha fortaleceu outras iniciativas com o mesmo propósito realizadas em prol das cidades atingidas. A UFJF disponibilizou dois caminhões-baús e estabeleceu pontos de coleta no campus de Juiz de Fora e ao longo da BR-116. O estudante de medicina Roni Duque, participante da campanha, explica como funciona a proposta. “Entramos em contato com as cidades vizinhas e falamos

sobre a campanha, incentivando as doações e a criação de pontos de coleta. Desta forma, mapeamos as necessidades e planejamos a logística de busca e de entrega com mais tranquilidade. Os veículos cedidos pela universidade facilitam as doações, já que muitas pessoas e instituições queriam ajudar, mas não tinham como enviar a água para a cidade. O trabalho em equipe continua no descarregamento do caminhão, que é feito por alunos e servidores.” A campanha será realizada en-

quanto os moradores de Governador Valadares estiverem com o abastecimento de água prejudicado. Embora quase 100% dos bairros já estejam recebendo água nas torneiras, a demanda por água mineral ainda é muito grande. Como a campanha não tem prazo para acabar, os estudantes e servidores vão reforçar o pedido por doações. Para saber mais sobre a campanha e como ajudar acesse: ufjfcampusgv

Inclusão social facilita acesso de portadores de necessidades especiais às bibliotecas Gestores de bibliotecas públicas de Minas Gerais participaram de treinamento em Belo Horizonte Gina Pagú Foto: Divulgação

bibliotecas de suas cidades. “As oficinas foram voltadas ao desenvolvimento e implementação de estratégias para a adequação e criação de materiais, recursos e práticas acessíveis e inclusivas voltadas ao livro e à leitura.” De acordo com o superintendente de Bibliotecas Públicas e Suplemento Literário da Luiz Bessa, Lucas Guimaraens, todas as bibliotecas deveriam participar do projeto, facilitando a acessibilidade de todos. “É fundamental que nossos espaços sejam, a cada dia, mais acessíveis e abertos a todos, e pautados pelos princípios da democratização e inclusão”.

Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa promove inclusão de pessoas com necessidades especiais

C

om a proposta de treinar os gestores de bibliotecas públicas de vários municípios mineiros, a Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa, em Belo Horizonte, promoveu curso de capacitação no qual eles aprenderam estratégias que facilitam o acesso de portadores de necessidades especiais à leitura. O curso, que durou dois dias e terminou na quarta-feira (11), faz parte do Projeto Acessibilidade em Bibliotecas Públicas do Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas da Se-

cretaria de Estado da Cultua (SEC). Houve oficinas ministradas pela ONG Mais Diferenças, referência nacional em acessibilidade. Os treinandos participaram de contação de histórias com tradução simultânea em LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais), além de sessões de cinema acessível. Para Marina Nogueira, diretora do Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas Municipais, o objetivo foi capacitar os gestores para que eles ampliassem o leque de ações nas

Foto: Divulgação

Com mais de cem anos de história, o Coelho mostra sua força nos campos

Gina Pagú

uase 300 mil pessoas em Governador Valadares foram afetadas pela falta de água potável. O desastre de Mariana trouxe consequências a toda a bacia hidrográfica do rio Doce e mobilizou os alunos e funcionários da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), que doaram litros de

Referência em acessibilidade Há mais de cinco décadas a Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa se tornou referência em projetos de inclusão de portadores de necessidades especiais. O mais tradicional deles é o programa direcionado aos deficientes visuais, desenvolvido no setor de Braille, fundado em 21 de janeiro de 1965, que completa 50 anos em 2015. No setor, eles têm acesso à infor-

mação e à leitura por meio de livros em Braille, audiolivros, leitores de tela para uso em computadores e também à leitura em viva voz realizada por voluntários que atuam no local. Incluído no projeto está o acesso a atividades culturais, incentivo à leitura e também a participação em cursos, exposições, exibições de fil-

mes com audiodescrição e palestras. De janeiro a setembro de 2015 foram 11.682 leitores atendidos. Informações sobre capacitação e assessoria técnica oferecida pelo Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas podem ser obtidas pelo telefone (31) 3269.1202 e pelo e-mail sistema.sub@cultura.mg.gov.br.

FEIRA DE ADOÇÃO DE CÃES E GATOS A Associação Amigo Bicho, Realiza neste sábado, 28 de novembro, das 8h às 11:30h, uma feira de adoção de cães e gatos no Evento de Mostra Cultural realizado pela Escola Estadual Nelson de Sena. Teremos gatos, cães filhotes e adultos disponíveis para doação. Requisitos pra adoção: ser maior de idade, comprovante de endereço e documentos pessoais. FANPAGE: www.facebook.com/aamigobicho Contatos: (33) 9 8879 6804 || (33) 9 9104 8098

FIGUEIRA - Fim de semana de 27 a 29 de novembro de 2015

Oh, o Coelhão voltou!” Com o grito de alegria da torcida, um empate em cima do Ceará e a volta à elite do futebol brasileiro, o América mineiro marca sua história em 2015. O time, fundado em 30 de abril de 1912, em Belo Horizonte, teve o nome escolhido por sorteio na mesma data, e também as cores da camisa definidas em 1913 – verde, branco e preto. O tricolor mineiro veio com a força dos jogadores do time de 2015 honrar a camisa do Coelho e conseguiram o feito de regressarem à série A. O clube precisava de somente um ponto para subir e, mesmo em um jogo nervoso no último sábado (21), o empate levou o torcedor ao delírio no Estádio do Independência. Ao custo do 1 a 1 contra o Ceará, o América segue para a quarta colocação da série B com 64 pontos e fecha sua participação em um jogo contra do Botafogo, no dia 28, às 17h30, no Engenhão, no Rio de Janeiro.

Para a alegria da torcida, o Coelhão se consagra em 2015

Com um século de futebol, o América faz bonito voltando para a série A

O primeiro campeão de um Campeonato Mineiro coleciona os seguintes títulos: 1915

Vice-campeão mineiro

1916 a 1925

Decacampeão mineiro

1930

Vice-campeão mineiro

1931

Vice-campeão mineiro

1942

Vice-campeão mineiro

1948

Campeão mineiro e do Torneio Quadrangular de BH

1949

Vice-campeão mineiro

1957

Campeão mineiro (juvenil, aspirante e profissional)

1958

Vice-campeão mineiro

1959

Vice-campeão mineiro

1960

Vice-campeão mineiro

1964

Vice-campeão mineiro

1971

Campeão mineiro (invicto)

1973

Vice-campeão mineiro

1992

Vice-campeão mineiro

1993

Campeão mineiro

1996

Campeão da Copa São Paulo Júnior

1997

Campeão brasileiro (série B)

1999

Vice-campeão mineiro

2000

Campeão da Copa Sul-Minas;

2000

Campeão da Taça BH Júnior

2001

Campeão mineiro

2005

Campeão da Taça Minas Gerais

2008

Campeão mineiro (módulo 2)

2009

Campeão brasileiro da série C

2011

Campeão Brasileiro sub-20

2012

Vice-campeão mineiro

2014

Campeão da Taça BH de Futebol Júnior, campeão mineiro juvenil

2015

Retorno à série A do Brasileirão

O time jogou bem, faz história e aguarda o próximo Brasileirão para dar ainda mais alegrias aos apaixonados pelo Coelhão.


CULTURA 12

FIGUEIRA - Fim de semana de 27 a 29 de novembro de 2015

Todo ano, os Correios promovem a campanha “Papai Noel dos Correios” e a sociedade participa da festa natalina

Cartinhas para o Papai Noel Foto: Correios

Todo ano, o Papai Noel recebe milhares de pedidos de crianças que acreditam no Bom Velhinho. Faça sua parte e adote uma cartinh Gina Pagú

H

á mais de 20 anos os Correios de todo Brasil promovem a campanha “Papai Noel dos Correios”, quando as crianças enviam cartinhas para o Bom Velhinho e essas cartas são

adotadas por cidadãos que possam e queiram realizar os pedidos que nelas foram feitos. As 28 diretorias dos Correios se envolvem no projeto, que estimula a produção e redação de cartas ma-

nuscritas pelas crianças em situação de vunerabilidade social, além de incentivar a solidariedade dos empregados e da sociedade. Até 2010, eram contempladas somente as cartas que chegavam

Agenda 10

às agências, mas, a partir desta data, as crianças da rede pública (até o 5º ano do ensino fundamental), creches, abrigos, orfanatos e núcleos socioeducativos também passaram a participar e enviar pedidos ao Papai Noel. Segundo a assessoria dos Correios, desta forma, a campanha cumpre sua proposta alinhando-se a um dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, Educação Básica de Qualidade para Todos, e, por conseguinte, associa-se a preceitos de responsabilidade social empresarial. “Essa vinculação configura uma importante iniciativa de convergência da atuação dos Correios em prol da educação, sendo as crianças em situação de vulnerabilidade social as principais beneficiadas. Desenvolver a habilidade da redação de cartas, de como endereçar, o uso do CEP (Código de Endereçamento Postal) e do selo postal são ações trabalhadas nas escolas, visto que um dos problemas recorrentes em anos anteriores era a impossibilidade de seleção/adoção da carta,

em razão de endereços incorretos, ausentes ou ilegíveis. Trabalhar com as crianças o poder da comunicação por meio da redação de cartas ao Papai Noel significa estimulá-las a aprender com o resgate do prazer de escrever.” Os Correios contabilizam que nos últimos três anos foram realizados mais de 1 milhão de sonhos de crianças de todo o Brasil. E, para participar como adotante, é preciso entrar no endereço eletrônico http://blog.correios.com. br/papainoeldoscorreios/ e seguir as instruções ou se dirigir a uma agência dos Correios da sua cidade. No blog é possível encontrar endereços e de todas as agências do país, com endereços e e-mails para sanar qualquer dúvida. Em Governador Valadares são cinco agências participantes: AC Governador Valadares, na av. Minas Gerais, 110, Centro; AC GV Shopping, rua Sete de Setembro, 3500; AC Santa Rita, av. Sete Lagoas, 318; AGF Vila Isa, rua Bezerra de Araújo, 259 B; e AGF Vila Bretas, av. JK, 1265.

SOCIAL

Ingrid Morhy

facebook.com/ingridmorhy twitter.com/ingridmorhy ingridmorhy (33) 9155-5511 ingridmorhy@gmail.com

BALADAS 27 (sexta) – 100% Muito Louco, a Monalisa recebe Fillipe Fantin, o Safadão capixaba, e mais DJs, animando a louca mais louca com open bar até 4h.

27 (sexta) – Conexão, Circuito de Bandas, Gag Trio, Vira Lata´s, Victor Trio e Clube dos Canalhas, no Soul Rock Pub.

27 (sexta) – GRUNGE & ROCK 70-80 - Banda OXY/BH (Nirvana - Pearl Jam - Stone Temple Pilots Alice in Chains e muito mais), no Oficina´s Pub. 28 (sábado) – Festa VIP Edição Botequim, com a dupla César & Augusto e Marcio Robert, na Monalisa.

28 (sábado) – Valvulados, no Soul Rock Pub (Aldeia Mix).

28 (sábado) – No Oficina´s Pub tem três atrações e três promoções: a noite é pra trincar! Com Maguinho (MPB e pop rock), Rock Tupiniquim e LMesq.

Alessandra e Homero Barbosa são os novos proprietários da Arezzo e reinauguraram a loja com diversas novidades

CINEMA Jogos Vorazes – A Esperança: O final

28 (sábado) – Para os amantes da Anitta: Noite das Poderosas, na Pop Pub (rua Lincoln Byrro, 550, Vila Bretas – antigo Studio). A melhor coreografia BANG ganha um combo. Vem comigo! DJ Ingrid Morhy + Júlio de Oliveira (residente).

29 (domingo) – A partir das 18h tem Samba na Aldeia, no Soul Rock Pub. Vem aí o Baile Funk na Marys (SEXTA), onde serei a DJ residente. Festa assinada pela nova promoter da casa, Ludmilla Gomes. Seja bem-vinda a este novo ramo – e vamos bombar!

Traz agora o capítulo que encerra a franquia, no qual Katniss Everdeen (Jennifer Lawrence) percebe que os riscos não são apenas por sobrevivência – são pelo futuro.

SOU SEUS DIREITOS. SOU DELEGADA DE POLÍCIA. oquefazumdelegado.com.br

Casados! Ademila e Nick

Em selfie, Silvio Zafalão, que prepara neste sábado a Noite das Poderosas, na Pop Pub, e meu cabeleireiro Mário Jorge


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