URBANISMO I:
ANÁLISE INTEGRADA DO BAIRRO POÇO DA PANELA - RECIFE | ÁREA 04
Denilson Oliveira Giovanna Maria C. Letícia Queiroz Mirelle Falcão
APRESENTAÇÃO Esta atividade tem como objetivo uma análise urbanística do bairro do Poço da Panela. Em suas principais diretrizes como a identidade, proporcionalidade, diversidade, densidade, conectividade, multimodalidade, além de outros elementos de análise. A elaboração desta atividade foi realizada pelos alunos: Denilson Oliveira, Giovanna Maria Chaves, Leticia Queiroz e Mirelle Falcão, universitários da disciplina de Urbanismo I da Universidade Católica de Pernambuco, no primeiro semestre de 2020, na qual foram assessorados por Lea Cavalcanti e Clarissa Duarte. O resultado almejado por tais análises é um diagnóstico de cada subtópico, objetivando estabelecer diretrizes em busca de uma mudança no atual cenário existente.
17/05/2020
Tendo em vista o princípio do envolvimento comunitário, segundo o qual a participação popular é imprescindível nas decisões da cidade, não há dúvidas que se deve almejar um projeto que interaja com a sociedade que irá utilizá-lo. Isso, pois além de criar um vínculo de irmandade e corresponsabilidade entre a comunidade, gera também uma sensação de pertencimento e participação. Posto isso, não há dúvidas que os interesses sociais devem ser analisados, para que o presente trabalho possa alcançar seu objetivo de atingir diversos âmbitos sociais, buscando sempre as melhores decisões para a sociedade.
ESIG Zoneamento Recife 2008
ESIG Zoneamento Recife 2008
v 1.01
SUMÁRIO
01 INTRODUÇÃO
02
03
2. CONCEITUAÇÃO TEMÁTICA
3. CARACTERIZAÇÃO GERAL DA ÁREA
2.1 Espaço urbano cidadão 2.2 Rua cidadã 2.3 Cidade para pessoas
3.1 Aspectos históricos 3.2. Aspectos legislativos
04
05
4. LEITURA URBANA LOCAL
5. LEITURA INTEGRADA
4.1 Por uma cidade preservada e produtiva 4.1.1 Identidade 4.1.2 Proporcionalidade 4.1.3 Diversidade 4.1.4 Densidade 4.2. Por uma cidade integrada e inclusiva 4.2.1 Conectividade 4.2.2 Multimodalidade 4.2.3 Acessibilidade 4.2.4 Colaboração 4.3. Por uma cidade humanizada, segura e confortável 4.3.1 Caminhabilidade 4.3.2 Permeabilidade 4.3.3 Iluminação 4.3.4 Vegetalização
06 6. REFERÊNCIAS
1
INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO O trabalho a seguir tem o objetivo de analisar urbanisticamente o bairro do Poço da Panela. O território analisado está localizado entre uma das principais vias da Zona Norte do Recife, Avenida Dezessete de Agosto, e a Rua Luiz Guimarães. De forma mais objetiva, o trabalho consiste na verificação de pontos importantes para uma boa qualidade urbanística e apresentação dos diagnósticos obtidos. Tais como: as tipologias identificadas, a densidade, a proporcionalidade, a permeabilidade, as sensações. Dessa maneira, o estudo se subdividiu em capítulos. Após a introdução, no capítulo dois, apresenta-se os importantes conceitos adquiridos a partir do Plano Centro Cidadão, exaltando os pontos necessários para uma cidade planejada para as pessoas.
Já no terceiro capítulo, expõe-se textos e mapas sobre os aspectos históricos e legislativos do território estudado. Em seguida, será aduzido os diagnósticos encontrados na leitura urbana local. Por fim, o quinto capítulo trata sobre a leitura integrada da área. Em nosso livro, unimos, principalmente, os conceitos do livro Plano Centro Urbano Cidadão e Cidade Para Pessoas, de Jan Gehl, e pesquisas nas plataformas digitais (ESIG, Google) e o livro A conceituação do Espaço Urbano Cidadão e Rua Cidadã, associados com os elementos de coexistência, cujo o objetivo foi preencher as margaridas de acordo com o grau de intensidade das qualidades urbanas existentes no território urbano.
2
CONCEITUAÇÃO 2.1 Espaço urbano cidadão 2.2 Rua cidadã 2.3 Cidade para pessoas
2.1 ESPAÇO URBANO CIDADÃO Espaço Urbano Cidadão é o resultado de um ambiente planejado com o objetivo de integrar os espaços públicos e privados. Nesse contexto, é válido ressaltar a importância de construir esses espaços de forma paralela. Durante o planejamento dos Espaço Urbano Cidadão, deve-se abraçar os conceitos de Rua Cidadã e Arquitetura Urbana. O primeiro conceito, Rua Cidadça, é o espaço público que visa o conforto e segurança dos cidadãos. Já a Arquitetura Urbana é o planejamento do espaço privado que transmita interação com o contexto externo existênte.
A Arquitetura Urbana é composta por: 1) Permeabilidade - física e visual: é a relação entre o público e privado, que pode se dar no acesso concreto ou visual na edificação. 2) Proximidade: é a conexão das atividades na rua, gerada pela proximidade dos espaços. 3) Proporcionalidade: proporção do entorno já existente, como também a proporção da escala humana. 4) Viabilidade: é a harmonia entre as necessidades do entorno, a mobilidade, o solo, a vegetação e os usos.
2.2 RUA CIDADÃ Quando se fala em Rua, muitas vezes o conceito que vem primeiro na cabeça é de espaço de passagem e fluxo de carros. Porém, mais do que isso, a Rua é um elemento articulador e agregador onde a vuda acontece. Alguns elementos são de extrema importância para a existência da Rua Cidadã: a sensação de segurança, o conforto, a vitalidade e viabilidade. Rua Cidadã, então é o espaço público articulador de lugares e pessoas, isto é, esse espaço deve incluir todas as pessoas em todas as situações, possuir bons fluxos e áreas que incentivem a permanência. Dessa forma, apresentando uma boa mobilidade. Ao projetar a cidade devemos ter o espaço público como protagonista, isto significa projetar a partir dos quatro elementos a seguir:
2. Mobilidade: fluxos e permanências dos usuários, assim como as superfícies usadas para locomoção e seus mobiliários.
Foto: Marcos RG.
3. Mobiliário e infraestrutura: elementos que dão suporte as atividade dos cidadãos, com boa infra-estrutura e tendo a escala humana como principal referência.
1. Interfaces arquitetônicas: as fachadas do edifício voltadas para o espaço público, e até mesmo as construções nos limites do lote. Projeto de Guto Requena, Praça da República, São Paulo.
Fachadas ativas incentivam o uso dos espaços públicos. Foto: WRI Brasil.
Palácio Gustavo Capanema, RJ. Arquitetos: Lúcio Costa, Oscar Niemeyer e Affonso Eduardo Reidy. Foto: Júlio Dias.
4. Vegetação: espécies vegetais existentes nos espaços públicos urbanos que dão conforto, sombra, harmonia e aconchego, quando bem colocados e seguindo um ritmo de implantação e coerência.
Praça arborizada. Foto: Ana Mello.
2.3 CIDADE PARA PESSOAS Jan Gehl, grande filósofo das cidades, nos proporcionou uma das melhores obras para estudarmos Urbanismo nos dias de hoje. A partir da leitura do livro Cidades Para Pessoas, concluímos que: As atuais ideologias de planejamento, que surgiram a partir do Modernismo, apontam a baixa prioridade aos espaços públicos, as áreas destinadas aos pedestres e ao espaço urbano como um ambiente de convívio e elevada prioridade aos espaços isolados. Infelizmente, a maioria dos espaços públicos atualmente são sinônimos de poluição sonora, obstáculos, impurezas e condições reprováveis. Por isso, muitas praças e parques não são frequêntados pela população. Afinal, quem írá coabitar em um lugar que não transmite segurança e conforto?
Para atingir uma cidade viva, segura e sustentável, deve-se ter como objetivo atrair os pedestres para a rua. Isto é, planejar tendo a escala humana como principal referência. Melhorar as condições para os ciclistas e projetar espaços que promovam caminhadas são formas de convites. Para promover espaços agradáveis e convidativos, a vegetação é um ponto importante, principalmente em cidade que atingem altas temperaturas durante o ano. Árvores, quando bem escolhidas e implantadas, promovem sombra e reduzem as temperaturas. O bairro Poço da Panela, território escolhido e analisádo, verificou-se exemplos positivos de vegetalização e a presença de espaços públicos.
Marco Zero do Recife. Foto: Nando Chiappetta - DP - D.A Press.
3
CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA GERAL DE ESTUDO 3.1 Aspectos históricos 3.2 Aspectos legislativos
3.1 ASPECTOS HISTÓRICOS Quando conhecemos a origem e a formação de uma região, é viável perceber os inúmeros aspectos que permanecem até os dias atuais no território. Acontecimentos marcantes, referências históricas e edificações são responsáveis por nos apresentar a identidade do território. Sabendo disso, o bairro do Poço da Panela surgiu quando as águas do Rio Capibaribe ainda eram banháveis e consideradas medicinais, visto que na época, final do século XVIII, permeava em Recife a epidemia da cólera, e os médicos recomendavam que a população se banhasse nas águas do rio.
Diante desse cenário, uma problemática manifestou-se: a falta d’água, problema presente até os dias atuais na cidade do Recife. A situação se agravou, e os habitantes encontraram um olho d’água ao lado da igreja, a estrutura construída pela população local ficou parecida com uma bacia. Por consequência, a solução e o nome do bairro foram dados: Poço da Panela.
Rio Capibaribe, considerado medicinal no sec. XVIII Foto: membros da equipe no dia 11.03.2020
Igreja Nossa Senhora da Saúde. Foto: membros da equipe no dia 11.03.2020
Calçamento das novas ruas, os valores e características do bairro foram mantidas.
Origem do Bairro: ocupação do território pela classe alta de Recife.
1800-1900
2000-2020 1900-2000
O Bairro que era considerado rural, passou a ser frequentado pela classe média.
“Eu saio a pé para encontrar os amigos eu vou para algum bar ou alguma padaria, vou na sorveteria, vou para ginástica, ando de bicicleta, que eu adoro, e isso tudo acontece neste lugar mágico.”
Cecília Montenegro, moradora do Poço da Panela. Fonte: Diário de Pernambuco
Poço da Panela atualmente. Foto: membros da equipe no dia 11.03.2020
O bairro mantém sua essência até hoje. Foto: membros da equipe no dia 11.03.2020
CONSTRUÇÕES DE RELEVÂNCIA HISTÓRICA CATALOGADOS PELO IEP
.1
Igreja Nossa Senhora da Saúde. 1772
.2
Casarão Solar Francisco Ribeiro Pinto Guimarães. Atual Fundação Joaquim Nabuco. Séc. XIX
.3
.7
Lote 65
.8
Lote 118
.9
Lote 121
Antigo restaurante Barchef
.4
.10
Lote 134
Lote 119 e 120
.11 .5 Unidade A+ Medicina
.6 Condomínio Villa Pasargada
Lote 131
.12 Lote 129
3.2 ASPECTOS LEGISLATIVOS 12/05/2020
O Poço da Panela possui a proibição de construção de arranha-céus, pois é uma área tombada pela prefeitura de Recife, sendo uma Zona Especial de Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural (ZEPH). Na área analisada encontramos:
ESIG Zoneamento Recife
Zoneamento Plano Diretor 2008 IEP - Imóveis Especiais de Preservação SSA2 Praças Area Verde Parque Praça IPAV - Imóveis de Preservação de Áreas Verdes ZEIS - Zona Especial de Interesse Social ZEIS ZEISII ZEPH - Zona Especial de Preservação Histórico SPR ( SIC e SCU); SPR-6; SR SPA; SPA-10; SPA-7 Recursos Hidricos UCN - Unidade Conservação da Natureza ZEDE - Zona Especial de Diretrizes Específicas Centro Principal Centro Secundário ZAN - Zona de Ambiente Natural BEBERIBE CAPIBARIBE ORLA TEJIPIO ZAC - Zona de Ambiente Construído CONTROLADA I / CONTROLADA II MODERADA RESTRITA
https://esigportal.recife.pe.gov.br/arcgis/apps/webappviewer/index.html?id=17a5f2738ff54c6881ef
c3d6
ZONEAMENTO PLANO DIRETOR 2008
MODERADA
MAC
ZAC
RESTRITA CONTROLADA
MAN
CAPIBARIBE
ZAN
BEBERIBE TEJIPIÓ ORLA
ZEPH
ZE
ZEEIS ZEDE ZEA
IE 1/1
UNIDADE PROTEGIDA
SPA ZEDE 1 ZEDE 2
IEP IEIS
JB UCN UEA UCP
Fonte: Plano Diretor 2008
SPR
SSA 1 SSA 2
MAC Macrozona do Ambiente Construído - MAC, que compreende as áreas caracterizadas pela predominância do conjunto edificado, defnido a partir da diversidade das formas de apropriação e ocupação espacial; A delimitação da Macrozona do Ambiente Construído - MAC tem como diretrizes principais a valorização, a conservação, a adequação e organização do espaço edificado da cidade.
ZAC As Zonas de Ambiente Construído - ZAC são agrupadas de acordo com as especificidades quanto aos padrões paisagísticos e urbanísticos de ocupação, as potencialidades urbanas de cada área e a intensidade de ocupação desejada.
ZAC-CONTROLADA Zona de Ambiente Construído de Ocupação Controlada - ZAC Controlada, caracterizada pela ocupação intensiva, pelo comprometimento da infra-estrutura existente, objetivando controlar o seu adensamento, encontrando-se subdividida em 2 (duas) áreas: * Zona Controlada II, que compreende frações territoriais dos bairros do Derby, Graças, Espinheiro, Aflitos, Jaqueira, Parnamirim, Casa Forte, Poço da Panela, Monteiro, Santana, Apipucos e Tamarineira, correspondendo aos 12 (doze) bairros componentes da Área de Reestruturação Urbana - ARU, de acordo com a delimitação constante dos Anexos 01 e 02 desta Lei.
MAN Macrozona do Ambiente Natural - MAN, que compreende as áreas caracterizadas pela presença significativa da água, como elemento natural definidor do seu caráter, enriquecidas pela presença de maciço vegetal preservado, englobando as ocupações imediatamente próximas a esses cursos e corpos d`água.
ZAN As Zonas de Ambiente Natural - ZAN encontram-se definidas em função dos cursos e corpos d`água formadores das bacias hidrográficas do Beberibe, do Capibaribe, do Jiquiá, do Jordão e do Tejipió e pela orla marítima, desde a faixa de praia até as águas com 10 metros de profundidade, incluindo os recifes costeiros.
ZAN- CAPIBARIBE Zona de Ambiente Natural Capibaribe - ZAN Capibaribe, composta pelos cursos e corpos d`água formadores da bacia hidrográfica do Rio Capibaribe, caracterizada pela concentração da Mata Atlântica e de seus ecossistemas associados e pelos parques públicos urbanos;
ZE As Zonas Especiais - ZE são áreas urbanas que exigem tratamento especial na definição de parâmetros urbanísticos e diretrizes específicas.
ZEPH As Zonas Especiais de Preservação do Patrimônio Histórico-Cultural - ZEPH são áreas formadas por sítios, ruínas, conjuntos ou edifícios isolados de expressão artística, cultural, histórica, arqueológica ou paisagística, considerados representativos da memória arquitetônica, paisagística e urbanística da cidade.
ZEIS As Zonas Especiais de Interesse Social - ZEIS são áreas de assentamentos habitacionais de população de baixa renda, surgidos espontaneamente, existentes, consolidados ou propostos pelo Poder Público, onde haja possibilidade de urbanização e regularização fundiária e construção de habitação de interesse social.
ZEDE As Zonas Especiais de Dinamização Econômica - ZEDE são as áreas, potenciais ou consolidadas, que concentram atividades múltiplas. * Zonas Especiais de Dinamização Econômica I - ZEDE I - São áreas qualificadas como centros de atividades múltiplas, potenciais ou consolidados.
IE Os Imóveis Especiais - IE são imóveis que, por suas características peculiares, são objeto de interesse coletivo, devendo receber tratamento especial quanto a parâmetros urbanísticos e diretrizes específicas.
IEP Os Imóveis Especiais de Preservação - IEP são aqueles exemplares isolados de arquitetura significativa para o patrimônio histórico, artístico ou cultural da cidade do Recife, cuja proteção é dever do Município e da comunidade, nos termos da Constituição Federal e da Lei Orgânica Municipal.
UNIDADE PROTEGIDA As Unidades Protegidas são unidades que apresentam mata, mangue, curso ou corpo d`água, bem como aquelas de interesse ambiental ou paisagístico necessárias à preservação das condições de amenização climática, destinadas a atividades recreativas, esportivas, de convivência ou de lazer.
UCN Unidades de Conservação da Natureza - UCN - espaços territoriais e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituídos pelo Poder Público com objetivos de conservação e limites definidos, sob regimes especiais de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção.
UEA Unidades de Equilíbrio Ambiental - UEA - Espaços, geralmente vegetados, inseridos na malha urbana, que têm a função de manter ou elevar a qualidade ambiental e visual da cidade, de forma a melhorar as condições de saúde pública e promover a acessibilidade e o lazer.
SSA 2 As quadras limítrofes às Unidades de Equilíbrio Ambiental - UEA, referentes a praças e parques são consideradas Setores de Sustentabilidade Ambiental 2 - SSA 2, com o objetivo de promover o equilíbrio ambiental e paisagístico, através da preservação ou compensação das áreas vegetadas dos imóveis inseridos no Setor.
IPAV O Imóvel de Proteção de Área Verde - IPAV é uma unidade de domínio público ou privado, que possui área verde formada, predominantemente, por vegetação arbórea ou arbustiva, cuja manutenção atende ao bem-estar da coletividade.
Via Projeto
Viaduto em construção 17/05/2020
ESIG Zoneamento Recife 2008
Viaduto
ESIG Zoneamento Recife 2008
+ Informe o nome da via ou DS Zoneamento ARU ( 2001 ) –Recursos Hidricos
v 1.01
Legenda Limites Oficiais e Logradouros ( Vias ) Trechos ( Descrição )
ARU
Metropolitano SRU-1
Urbano Principal
SRU-2
Urbano Secundario
SRU-3
Limites Região Metropolitana Oceano Atlântico Limite Municipal
RPA - Região Político Administrativa
0.2km
Micro Região 289.717,863 9.111.048,041 Metros
https://esigportal.recife.pe.gov.br/arcgis/apps/webappviewer/index.html?id=17a5f2738ff54c6881efca6cf9fac3d6
Limite de Bairros
1/1
Quadras Viarias
Ponte
Via Projeto
Viaduto em construção
Viaduto
Zoneamento ARU ( 2001 ) Recursos Hidricos
ARU SRU-1 SRU-2 SRU-3
0.2km
289.717,863 9.111.048,041 Metros
https://esigportal.recife.pe.gov.br/arcgis/apps/webappviewer/index.html?id=17a5f2738ff54c6881efca6cf9fac3d6
1/1
Zoneamento ARU 2001 ZRU
ARU
SRU1 SRU2 SRU3
ZDE
ARU Fica criada a Área de Reestruturação Urbana - ARU - composta pelos bairros Derby, Espinheiro, Graças, Aflitos, Jaqueira, Parnamirim, Santana, Casa Forte, Poço da Panela, Monteiro, Apipucos e parte do bairro Tamarineira -, cujas condições de uso e ocupação do solo obedecerão às normas estabelecidas nesta Lei, em consonância com as diretrizes contidas na Lei Orgânica do Município - LOMR e no Plano Diretor de Desenvolvimento da Cidade do Recife - PDCR. A Área de Reestruturação Urbana tem como objetivos: I - requalificar o espaço urbano coletivo; II - permitir a convivência de usos múltiplos no território da ARU, respeitados os limites que estabelece; III - condicionar o uso e a ocupação do solo à oferta de infra-estrutura instalada, à tipologia arquitetônica e à paisagem urbana existentes; IV - definir e proteger áreas que serão objeto de tratamento especial em função das condições ambientais, do valor paisagístico, histórico e cultural e da condição sócioeconômica de seus habitantes; V - respeitar as configurações morfológicas, tipológicas e demais características específicas das diversas localidades da ARU.
ZRU A Área de Reestruturação Urbana está dividida em duas zonas: ZONA DE REESTRUTURAÇÃO URBANA - ZRU; ZONAS DE DIRETRIZES ESPECÍFICAS - ZDE. A Zona de Reestruturação Urbana é composta por setores cujo adensamento deve ser compatível com as características físicas e ambientais, sendo classificadas em: 1º - O Setor de Reestruturação Urbana 1-SRU1 configura-se como área adensada construtivamente, diversificada em usos, com habitações predominantemente multifamiliares e com as principais vias saturadas em termos de fluxo, requerendo parâmetros urbanísticos capazes de contribuir para um melhor equilíbrio entre a área construída e a oferta de infra-estrutura viária. 2º - O Setor de Reestruturação Urbana 2- SRU2 configura-se como área que apresenta um acelerado processo de transformação no que se refere ao uso e à ocupação do solo, requerendo parâmetros urbanísticos capazes de evitar um desequilíbrio entre área construída e oferta de infra-estrutura e conservar elementos singulares ainda existentes em termos de sua tipologia arquitetônica. 3º - O Setor de Reestruturação Urbana 3- SRU3 configura-se como área que margeia o Rio Capibaribe e apresenta tipologia predominantemente unifamiliar, requerendo parâmetros urbanísticos capazes de conservar elementos singulares ainda existentes em termos de sua paisagem natural.
Fonte: Prefeitura do Recife
4 .1
LEITURA URBANA LOCAL 4.1 Por uma cidade preservada e produtiva 4.1.1 Identidade 4.1.2 Proporcionalidade 4.1.3 Diversidade 4.1.4 Diversidade
LEITURA URBANA LOCAL O estudo feito neste capítulo consiste na análise territorial através das qualidades urbanas que o caracterizam. Esse método esta sendo seguido com base nos livros do Plano Centro Cidadão. Após estudos do Espaço Urbano Cidadão, essas análises buscam encontrar a cidade ideal, e analisar doze qualidades urbanas no território: identidade, proporcionalidade, diversidade, densidade, concectividade, multimodalidade, acessibilidade, colaboração, caminhabilidade, permeabilidade, iluminação e vegetalização. Esses diagnósticos são colocados em um gráfico de pétalas, que permite o entendimento e uma melhor análise da área estudada. Após encontrar as informações de cada tópico, se monta uma pétala, e ao final da análise, uma margarida geral mostra os dados completos. Uma pétala inteira representa um grau bom, metade de uma pétala um grau razoável e uma pétala curta um grau ruim ou precário. Vale ressaltar que todas as informações que serão apresentadas a seguir, foram retiradas após estudos em sites, imagens e internet, visto que, na época, a população vivia a pandemia do Covid-19 e não era permitido sair de casa.
4.1.1 IDENTIDADE A identidade de um lugar é reconhecida através dos tipos arquitetônicos percebidos pelos usuários. Quando encontramos com maior recorrência um tipo arquitetônico, esse será reconhecido como a identidade do local. Na análise do território estudado, localizamos 9 tipologias diferentes. O tipo identificado com mais frequência foi casa de apenas um recuo, apresentando 35% dos lotes e sua maioria com apenas andar térreo ou primeiro andar. Em seguida, manifesta-se a tipologia casa solta no lote, apresentando 26% dos lotes.
Casa unifamiliar com características coloniais. Rua Marquês de Tamandaré. Foto: Google Street View. Data de acesso: 04.05.2020
A área estudada apresenta baixa diversidade tipológica, pois não há uma tipologia altamente recorrente. É válido ressaltar que muitas das casas existentes são resquícios de um passado colonial, logo possuem telhados com várias quedas d’água e inclinação. Além disso, há uma simetria e uma quantidade considerável de janelas e aberturas.
Casa tipo sobrado com características coloniais. Av Dezessete de Agosto. Foto: Google Street View. Data de acesso: 04.05.2020
Vista superior do território analisado. Foto: Google Earth. Data de acesso: 04.05.2020
ORAÇ
ESPAÇO URBANO CIDADÃO
ÃO
E IDAD
E ILIDA DE
ID AD
CAMIN
HABIL
IDADE
INTEGRADO INCLUSIVO
ACES SIB
M UL T IM OD AL
E IDAD
EABIL
PERM
ÃO AÇ LIZ TA GE VE ÃO INAÇ ILUM
CTIV
E CON
ID AD E
DI
E
COLA B
A NIZ EL MA RO U H GU RTAV SE NFO CO
RS
TID AD
Unidade de medida: tipos arquitetônicos. Grau de identidade: recorrência de tipos arquitetônicos similares.
DO
VE
EN
P
OR R OP
ID
DENS IDAD E
DE LIDA
MAPA DE IDENTIDADE
A CION
PR E PR SER OD VA UT DO IVO
CASA COM APENAS UM RECUO LATERAL
0
50
100
150
200
3% 3% 35%
6%
3%
3%
CASARÃO
6%
3%
6%
SOBRADO
6%
6% EDF. SOBRE PILOTIS
6%
EDF. PÓDIO
CASA GEMINADA
12% OUTROS
CASA SOLTA NO LOTE
26%
CASA SEM RECUO LATERAL
35%
3%
12% 26%
4.1.2 PROPORCIONALIDADE A proporcionalidade nessa análise é medida pelo intervalo de altura das edificações do local, o grau de proporcionalidade muda de acordo com a variação, nesse sentido, quanto maior o equilíbrio entre os gabaritos, maior a proporcionalidade. Há predominância do tipo casa unifamiliar. A partir disso, percebe-se que existe pouca diferenciação em seus perfis altimétricos e o gabarito da área é considerado predominantemente baixo, portanto, encontra-se uma proporcionalidade alta com 51% dos imóveis com 2 pavimentos e 36% com 1 pavimento. Há apenas três edificações altas, uma com 18 pavimentos, outra com 13 pavimentos e outra com 6 pavimentos. Cada um dessas edificações representam 3% da proporcionalidade da área estudada. A sensação gerada no pedestre quando, nesta área estudada do poço da panela, é agradável, pois os imóveis, por não serem muito altos, não intimidam o pedestre, gerando nele um sentimento de pertencimento, uma sensação de acolhimento e não de exclusão.
Casas unifamiliares na Rua dos Arcos. Foto: Google Street View. Data de acesso: 04.05.2020
Casas unifamiliares na Rua Marquês de Tamandaré. Foto: Google Street View. Data de acesso: 15.05.2020
As poucas edificações de alto gabarito. Av Dezessete de Agosto Foto: Google Street View. Data de acesso: 04.05.2020
Residências unifamiliares altamente presentes. Rua dos Arcos Foto: Google Street View. Data de acesso: 04.05.2020
EN
TID AD
E
COLA B
ORAÇ
E IDAD
E IDAD
NIZ EL MA HU GURO RTAV SE NFO CO
EABIL
PERM
CAMIN
HABIL
IDADE
ÃO AÇ LIZ TA GE ÃO INAÇ ILUM
M UL TIM OD AL ID AD E ACES SIBILID ADE
ESPAÇO URBANO CIDADÃO
Unidade de medida: gabarito. Grau de proporcionalidade: percentual de variação de gabaritos.
O AD
VE
CTIV
E CON
ÃO
MAPA DE PROPORCIONALIDADE DENS IDAD E DI VE RS ID AD E
ID
ADE ALID CION POR O R P
PR E PR SER OD VA UT DO IVO
0
1 PAVIMENTO - 36%
50
100
3%
11 À 20 PAVIMENTOS - 9%
200
9% 36%
2 PAVIMENTOS - 52% 3 PAVIMENTOS - 3%
150
52%
4.1.3 DIVERSIDADE A diversidade de um território esta ligada aos diferentes usos presentes nele, como por exemplo, residencial, comercial, serviços. Grandes variedades de usos geram um espaço urbano mais vivo, seguro, movimentado e acolhedor. Dessa forma podemos estabelecer o grau de diversidade de uma área pelo equilíbrio de usos residências/habitacionais e os demais usos existentes.
Uso serviço na Av. Dezessete de Agosto. Foto: Google Street View. Data de acesso: 15.05.2020
Após a análise no trecho estudado do Poço da Panela, é notório perceber a pouca diversidade urbana, pois há o prevalecimento do uso habitacional. Seguido pelo uso de serviço, pouco frequênte (17%). Além disso, vale ressaltar que 70% das casas são habitações formais unifamiliares. Enquanto 8,5% representa as habitações formais multifamiliares que são os poucos prédios existentes.
Restaurante Real na Av. Dezessete de Agosto. Foto: Google Street View. Data de acesso: 15.05.2020
Restaurante Barchef. Av Dezessete de Agosto. Foto: Google Street View. Data de acesso: 04.05.2020
ID
EN
TID AD
E
COLA B
ORAÇ
E IDAD
DE
E
ILIDA
INTEGRADO INCLUSIVO
ÃO AÇ IZ
ACES SIB
IDADE
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M OD AL
CAMIN
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CTIV
E CON
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A NIZ EL MA RO U H GU RTAV SE NFO CO
EABIL
ESPAÇO URBANO CIDADÃO
ÃO
Unidade de medida: usos por edificação. Grau de diversidade: percentual de variação de usos em uma mesma edificação.
DO
DENS IDAD E DI VE RS ID AD E
DE LIDA IONA
MAPA DE DIVERSIDADE
C POR PRO
PR E PR SER OD VA UT DO IVO
50
100
8,57%
8,57%
VAZIO/SEM USO
17,14%
HABIT. FORMAL MULTIFAMILIAR
68,57%
SERVIÇO
HABIT. FORMAL UNIFAMILIAR
0
150
200
5,7%
17,14% 68,57% 5,7%
4.1.4 DENSIDADE A densidade populacional é o valor encontrado pela relação entre a população e a superfície do território (número de habitantes por hectare). O grau de densidade é o valor maior ou menor da dessa relação. Territórios que possuem uma boa densidade populacional apresentarão vivacidade, vibração, intensidade, pessoas circulando nas ruas, potencializando a economia e o comércio local e a segurança. Segundo a LEITE (2012), a densidade será qualificada quando o valor for maior de 250 hab/ha. Na região estudada, apesar do alto valor de lotes habitacionais encontrado, pode ser perceber uma densidade baixa. Isso pode ser justificado através do prevalecimento de moradias unifamiliares (casas) e a presença de apenas três moradias multifamiliares em toda a área. Moradia multifamiliar. Av Dezessete de Agosto. Foto: Google Street View. Data de acesso: 04.05.2020
Moradias unifamiliares na Rua dos Arcos. Foto: Google Street View. Data de acesso: 04.05.2020
DE LIDA
MAPA DE DENSIDADE
E
COLA B
ORAÇ
ESPAÇO URBANO CIDADÃO
ÃO
E IDAD
DE
E
CAMIN
Unidade de medida: número de habitantes por hectare (densidade populacional). Grau de densidade: valor maior ou menos da relação hab/ha.
HABIL
IDADE
INTEGRADO INCLUSIVO
ACES SIBILID A
OD AL ID AD
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N EL MA HU GURO RTAV SE NFO CO
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PERM
ÃO AÇ LIZ TA GE VE ÃO INAÇ ILUM
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100% - BAIXA DENSIDADE BAIXA DENSIDADE 1 > 100 HAB/HECTARE - 100% MÉDIA DENSIDADE 100 > 400 HAB/HECTARE - 0% ALTA DENSIDADE > 400 HAB/HECTARE - 0% NÚMERO TOTAL DE HABITANTES: 88 HAB/HA
4 .2
LEITURA URBANA LOCAL 4.2 Por uma cidade integrada e inclusiva 4.2.1 Conectividade 4.2.2 Multimodalidade 4.2.3 Acessibilidade 4.2.4 Colaboração
4.2.1 CONECTIVIDADE Conectividade diz respeito ao número de conexões que uma via possui, ou seja, é a quantidade de vias que a intercepta. Portanto, quanto maior o número de conexões, maior a relevância da via em um sistema como o todo. O número médio dessa conectividade dessa porção corresponde a quatro conexões, sendo a Rua Luiz Guimarães e a Rua dos Arcos, considerando-se apenas o recorte urbano dessa área.
A área é em grande parte bastante regular, sendo bastante notáveis as linhas axiais com conectividade mais alta e as linhas com conectividade mais baixa. Dessa forma a área de análise é bem conectada, ou seja, a conectividade é bastante positiva, o que traz benefícios para o pedestre.
Av. Dezessete de Agosto. Foto: Google Street View. Data de acesso: 04.05.2020
Rua dos Arcos. Foto: Google Street View. Data de acesso: 04.05.2020
Rua Luiz Guimarães. Foto: Google Street View. Data de acesso: 04.05.2020
Rua Marquês de Tamandaré. Foto: Google Street View. Data de acesso: 04.05.2020
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Unidade de medida: hierarquia de conexão das vias, nas escalas da cidade (escalas: metropolitana, urbana, local e micro local). Grau de conectividade: amplitude da hierarquia de conexão das vias do território com o seu entorno.
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Via de eixo metropolitano 150m - 16,5%
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Via de eixo urbano 227m - 22,8%
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Via local 309m - 34,1%
4.2.2 MULTIMODALIDADE A multimodalidade é a capacidade de acomodação de uma via que propõe uma infraestrutura para diferentes tipos de transporte e seus usuários de forma que seja confortável e segura.
Enquanto isso, 100% das vias possuem predominância de circulação de carros, até mesmo a intro-local (Rua Marquês de Tamandaré), que não deveria conter essa circulação.
A área estudada apresenta nenhuma via capaz de acomodar confortavelmente todos os quatro modais (ônibus, pedestres, ciclistas e carros), os ciclistas são os que não se sentem seguros de circularem nas vias por conta da ausência de ciclofaixas em todas elas.
Além da ausência de ciclofaixas, 75% das ruas não possuem faixa de pedestre mesmo sendo um dos grupos predominantes da área. Dessa forma, conclui-se que a multimodalidade do trecho analisado é baixo, pois não há nenhuma via com todos os modais contemplados.
Multimodalidade na Av. Dezessete de Agosto Foto: Google Street View. Data de acesso: 04.05.2020
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Unidade de medida: metros lineares de ruas com multimodalidade. Grau de multimodalidade: percentual de metros lineares de ruas com multimodalidade (que abrigam o máximo de modais em coerência com sua hierarquia viária).
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VIAS DE EIXO METROPOLITANO VIAS DE EIXO URBANO VIAS LOCAIS VIAS MICROLOCAIS
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4.2.3 ACESSIBILIDADE Nesta pesquisa, a acessibilidade física das calçadas será analisada a partir da facilidade de um cidadão a fazer um passeio contínuo, agradável e seguro.
Na área estudada, a acessibilidade é considerada baixa, possui poucos trechos com a conservação ruim, e em sua maior parte, possuem uma largura média (1.20m a 2.0m).
Dessa forma, ao analisar as calçadas do trecho, foram aferidas três características:
Infelizmente, a presença de obstáculos é frequente no trecho estudado, impedindo a continuidade durante o passeio. Muitas residências, cuidam da conservação das calçadas, porém, escolhem pela presença de árvores que abrangem boa parte da calçada.
a) Em relação a continuidade; b) Ao estado de conservação da pavimentação; c) A largura. Após a análise do local, as calçadas que possuírem os três atributos positivamente citados acima, serão consideradas calçadas acessíveis.
Calçada deteriorada na Av. Dezessete de Agosto. Foto: Google Street View. Data de acesso: 04.05.2020
Calçada ocupada por árvores que dificultam a continuidade do passeio. Foto: Google Street View. Data de acesso: 04.05.2020
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Unidade de medida: Metros lineares de calçadas com conservação, continuidade e largura simultaneamente adequadas. Grau de acessibilidade: Percentual de calçadas com conservação, continuidade e largura simultaneamente adequadas.
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QUANTO AO ESTADO DE CONSERVAÇÃO DA PAVIMENTAÇÃO DA CALÇADA:
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---------------------- BOM ----------------- REGULAR --------------------- RUIM
QUANTO Á CONTUNUIDADE DO PASSEIO DOS PEDESTRES (PRESENÇA DE OBSTÁCULOS):
CONTÍNUA: 73% ACESSÍVEL: 3%
-------------- CONTÍNUO ---------- DESCONTÍNUO
QUANTO Á LARGURA²: ESTREITA (DE 0 A 1,20m) MÉDIA (DE 1,20 A 2,0m) LARGA (A PARTIR DE 2m)
NÃO ACESSÍVEL: 97%
MÉDIA: 81%
4.2.4 COLABORAÇÃO O envolvimento da população com as atividades, decisões e apropiação da cidade é saudável e necessária. Estimular a colaboração da comunidade e dos envolvidos é um dos 10 passos para se atingir um urbanismo sustentável (FARR, 2012). Os tipos colaborativos podem variar entre: comunidades educacional, institucional, comercial, de serviços e habitacional. Além disso, após identificar os tipos, busca-se encontrar entidades ou grupos colaborativos como associações, movimentos, laboratórios de pesquisa, entre outros, que de alguma maneira estejam envolvidos com ações sociais ou projetos voltados para o bem coletivo.
No trecho estudado, identificou-se apenas comunidades habitacionais e de serviço, provavelmente por ser um quarteirão pequeno. No entanto, no Poço da Panela existem duas associações de relevância; a Associação de Moradores do Poço da Panela, que faz divulgações, promovem reuniões com moradores etc. E a Biblioteca Comunitária do Poço da Panela, fundada por moradores e amigos, vive de colaboração e é aberta para todo público. Dessa forma, é possível concluir que o grau de colaboração, considerando apenas a área estudada, é baixo, pois há apenas serviços e habitações.
Foto: AMAPP - Asssociação de Moradores e Amigos do Poço da Panela
Festival Comunitário do Livro e da Leitura do Poço da Panela (2015) Foto: Biblioteca Comunitária do Poço da Panela
Foto: AMAPP - Asssociação de Moradores e Amigos do Poço da Panela
Festival do Livro e da Leitura do Poço da Panela (2015) Foto: Biblioteca Comunitária do Poço da Panela
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Unidade de medida: entidades ou grupos colaborativos. Grau de colaboração: quantidade de entidades ou grupos colaborativos.
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LEITURA URBANA LOCAL 4.3 Por uma cidade humanizada, segura e confortável 4.3.1 Caminhabilidade 4.3.2 Permeabilidade 4.3.3 Iluminação 4.3.4 Vegetalização
4.3.1 CAMINHABILIDADE Caminhabilidade viabiliza que os cidadãos aprecie boas condições de acessibilidade para todos, segundo SPECK (2016), para se atingir os objetivos, iremos levar em consideração 4 aspectos que incentivam a caminhada: ser proveitosa, segura, confortável e interessante.
No trecho estudado, em quase 1 quilômetro analisado, infelizmente, tivemos apenas 9% da área apresentando todos os aspectos necessários para ser considerada caminhável. A maioria dos trechos caminháveis identificados estão localizados na Avenida Dezessete de Agosto.
Para a a calçada ser considerada caminhável, ela deve apresentar os quatro aspectos citados acima, e um bom estado de conservação, largura adequada, possibilitar um passeio contínuo e grau de integração da arquitetura, isto é, em relação a permeabilidade visual do lote.
Calçada com irregularidades na Rua Luis Guimarães. Foto: Google Street View. Data de acesso: 04.05.2020
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MAPA CAMINHABILIDADE
Unidade de medida: metros lineares de calçadas com conservação, continuidade e largura simultaneamente adequadas, e ainda, com permeabilidade visual alta de sua interface. Grau de caminhabilidade: percentual de calçadas com conservação, continuidade e largura simultaneamente adequadas e, ainda, com permeabilidade alta de sua interface
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QUANTO AO ESTADO DE CONSERVAÇÃO DA PAVIMENTAÇÃO DA CALÇADA: ---------------------- BOM
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- QUANTO À CONTINUIDADE DOS FLUXOS DE PEDESTRES:
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- QUANTO À LARGURA: ESTREITA: 5%
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LARGA: 14%
----------------- REGULAR --------------------- RUIM
QUANTO Á CONTUNUIDADE DO PASSEIO DOS PEDESTRES (PRESENÇA DE OBSTÁCULOS): -------------- CONTÍNUO ---------- DESCONTÍNUO
QUANTO Á LARGURA²: ESTREITA (DE 0 A 1,20m) MÉDIA (DE 1,20 A 2,0m)
CONTÍNUA: 73% - GRAU DE INTEGRAÇÃO DA ARQUITETURA BOA: 13%
MÉDIA: 81%
- QUANTO AO ESTADO DE CONSERVAÇÃO DA PAVIMENTAÇÃO RUIM: 15%
BOM: 20%
REGULAR: 22% RUIM: 75%
LARGA (A PARTIR DE 2m)
REGULAR: 65% CALÇADAS CAMINHAVEIS: 9%
GRAU DE INTEGRAÇÃO DA ARQUITETURA: ---------------- BOM ----------- REGULAR --------------- RUIM
CALÇADAS NÃO CAMINHÁVEIS: 91%
4.3.2 PERMEABILIDADE A qualidade da permeabilidade é medidade de acordo com o grau de permeabilidade visual do lote e da edificação. Considera-se permeabilidade alta quando o lote não possui algum tipo de barreira vertical que o separe da calçada. Baixa quando existe algum elemento delimitando mas que não impede a visualização do interior do lote e nula quando o elemento vertical impede totalmente a integração visual entre o espaço público e privado. O tipo de uso do térreo da edificação também interfere na permeabilidade visual. Atividades sociais dão qualidade tornando-o mais ativo. Uma via se torna mais produtiva quando apresente mais serviços e comércio no térreo.
O território tem 55,5% de permeabilidade, 35,8% baixa e 19,7% alta; em 44,5% se encontram elementos verticais que impedem parcialmente ou completamente a permeabilidade visual entre os espaços públicos e privados, sendo assim nulo. Quanto a produtividade, os lotes da área estudada são em sua maioria não produtivos, ou seja, são áreas residenciais e representam 84,4% dos lotes, enquanto apenas 15,6% são produtivos, que são áreas de serviço e comércio.
Permeabilidade alta e positiva na Av Dezessete de Agosto. Foto: Google Street View. Data de acesso: 04.05.2020
Muro com permeabilidade nula na Rua Luis Guimarães. Foto: Google Street View. Data de acesso: 04.05.2020
Permeabilidade nula na Rua dos Arcos. Foto: Google Street View. Data de acesso: 04.052020
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Unidade de medida: metros lineares de interfaces arquitetônicas com permeabilidade visual alta. Grau de permeabilidade: percentual de interfaces arquitetôncas com grau de permeabilidade visual alta.
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- QUANTO À PERMEABILIDADE DO LOTE:
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- QUANTO A PERMEABILIDADE VISUAL DA INTERFACE ARQUITETÔNICA: ALTA: 19,7% NULA: 44,5% - QUANTO À PRODUTIVIDADE DO TÉRREO:
PERMEABILIDADE ALTA
BAIXA: 35,8%
PRODUTIVO: 15,6%
PERMEABILIDADE BAIXA PERMEABILIDADE NULA - QUANTO A PRODUTIVIDADE DO TÉRREO: NÃO PRODUTIVO PRODUTIVO
NÃO PRODUTIVO: 84,4%
4.3.3 ILUMINAÇÃO A iluminação pública de uma área tem como objetivo trazer sensação de conforto e segurança, fazendo com que seja estimulado seu uso no dia e na noite. É importante não só iluminar apenas as vias urbanas, mas também as calçadas com postes proporcionais para os pedestres. Pela análise da área é possível perceber que as calçadas que os postes iluminam totalmente as vias, sem influência de árvores, equivalem a 72,72% e os postes com total de interferência equivalem a 13,63%.
Infelizmente 100% dos postes de iluminação da área são voltados apenas para as vias, sem se preocupar em proporcionar postes adequados para os pedestres. Por conta disso a pétala de iluminação encontra-se em grau baixo, por possuir apenas vias iluminadas, deixando os pedestres com menos segurança devido á falta de iluminação.
Iluminação na Rua dos Arcos. Foto: Google Street View. Data de acesso: 04.05.2020
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Unidade de medida: metros lineares de calçada diretamente iluminada. Grau de iluminação: percentual de metros lineares de calçadas diretamente iluminadas.
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CALÇADAS DIRETAMENTE ILUMINADAS - 30% CALÇADAS NÃO ILUMINADAS - 70%
POSTE DE ILUMINAÇÃO (63%) POSTE DE FIAÇÃO (37%)
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POSTE DE ILUMINAÇÃO PARA PEDESTRES (0%) METROS LINEARES DE CALÇADAS SOMBREADAS POR ÁRVORES
POSTE DE FIAÇÃO - 37% POSTE DE ILUMINAÇÃO - 63%
4.3.4 VEGETALIZAÇÃO Em uma região de clima tropical como Recife, a vegetação se torna um importante fator para o conforto ambiental. As árvores, quando bem colocadas, geram sombram, reduzem a poluição sonora, e tornam a caminhada confortável e agradável. Porém, quando mal aplicadas, geram dificuldade na acessibilidade e caminhabilidade nas calças, além de dificultar a iluminação dos postes (quando não há um planejamento integrado desses dois pontos - poste e vegetação). Nesta análise, levou-se em conta o sombreamento das calçadas gerado pela copa das árvores, sendo o objeto de estudo os metros lineares de calçadas sombreadas, para assim identificar o grau de vegetalização da área.
Vegetalização na Avenida Dezessete de Agosto Foto: Google Street View. Data de acesso: 04.05.2020
Essa observação foi feita através do Google Street View, por isso alguns dados podem ser inconclusivos, pois se observou uma grande quantidade de árvores recém-plantadas, o que não da para saber a situação atual delas. Sabendo disso, a Rua Luis Guimarães é a mais vegetalizada, enquanto a Av. Dezessete de Agosto, apesar de ser uma rua principal conta com pouca quantidade de árvores, a maioria intra-lote. Dessa forma, a vegetalização do trecho foi considerada baixa, pois apenas 39,77% das calçadas são sombreadas.
Vegetalização na Rua dos Arcos Foto: Google Street View. Data de acesso: 04.05.2020
Vegetalização na Rua Marquês de Tamandaré. Foto: Google Street View. Data de acesso: 04.05.2020
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Unidade de medida: Metros lineares de calçadas sombreadas por árvores. Grau de vegetalização: Percentual de metros lineares de calçadas sombreadas por árvores.
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ÁRVORES DE MÉDIO E GRANDE PORTE - 10 ÁRVORE DE PEQUENO PORTE - 43,47%
ÁRVORES DE PEQUENO PORTE - 20 ÁRVORES DENTRO DE LOTES QUE SOMBREAM AS CALÇADAS - 16
METRO LINEAR DE CALÇADA SOMBREADA
CALÇADAS NÃO SOMBREADAS - 60,23%
CALÇADAS SOMBREADAS - 39,77%
5 LEITURA INTEGRADA
7. LEITURA INTEGRADA Desenvolver inúmeras análises temáticas é importante quando se pretende elaborar um planejamento urbano. O objetivo nesse planejamento, é transformar a cidade em um espaço agradável, confortável e seguro para os cidadãos. Após analisar no território os doze atributos necessários para ter uma cidade qualitativa para os cidadãos, percebemos um cenário trágico para os moradores, já que 75% obteve um baixo grau na análise. Avaliando, os atributos relacionados ao objetivo de promover “um centro preservado e produtivo”, verifica-se que, apesar de ter uma proporcionalidade relativamente boa, a área possui grande variedade de tipos arquitetônicos, tendo uma identidade baixa. Além disso, por ser uma área de predominância residencial unifamiliar, a área possui baixa diversidade e baixa densidade populacional. Quanto aos atributos que possuem a meta de ter “um centro humanizado, seguro e confortável”, percebe-se que embora a vegetalização razoável gere um conforto na caminhada, o estado das calçadas dificulta tal ação. Além disso, a baixa permeabilidade oprime o pedestre, e a falta de postes e iluminação piora a situação, principalmente a noite.
Desejando “um centro integrado e inclusivo”, comprova-se uma área que possui baixa colaboração, e embora a conectividade seja razoável, a multimodalidade é precária, visto que não há ciclofaixas, em poucas vias circulam ônibus e não há uma boa sinalização. Por fim, a acessibilidade é baixa por conta da qualidade das calçadas. Portanto, após realizar uma leitura integrada no território, examinando espaços públicos e privados, fica explícito que ainda faltam muitas qualidades para se alcançar um Espaço Urbano Cidadão, dentre as mais urgentes, pode-se salientar: + Comércio + Caminhabilidade + Iluminação humanizada + Interfaces permeáveis + Espaços de convivência + Órgãos colaborativos
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A área possui baixa colaboração, e embora a conectividade seja razoável, a multimodalidade é precária, visto que não há ciclofaixas, em poucas vias circulam ônibus e não há uma boa sinalização. Por fim, a acessibilidade é baixa por conta da qualidade das calçadas.
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Apesar de ter uma proporcionalidade relativamente boa, a área possui grande variedade de tipos arquitetônicos, tendo uma identidade baixa. Além disso, por ser uma área de predominância residencial unifamiliar, a área possui baixa diversidade e baixa densidade populacional.
Embora a vegetalização razoável gere um conforto na caminhada, o estado das calçadas dificulta tal ação. Além disso, a baixa permeabilidade oprime o pedestre, e a falta de postes e iluminação piora a situação, principalmente a noite
VISÃO DO FUTURO Na figura 1 nota-se que a área de análise, a Avenida Dezessete de Agosto, possui calçadas sombreadas, uma delas com largura confortável e uma baixa permeabilidade visual. Mas, por conta da inexistência de ciclofaixa, mobiliário urbano e postes de iluminação para pedestres na região, a aparência da rua analisada é negativa. Dessa forma, na figura 2, a proposta de intervenção do trecho foi acrescentar uma ciclofaixa para que as bicicletas circulem confortavelmente e com segurança.
SITUAÇÃO ATUAL
PROPOSTA
Também foi adicionado mobiliário urbano, como bancos e lixeiras, além da extensão da calçada. Por fim, complementamos as intervenções adicionando postes de iluminação que priorizam os pedestres, já que não existe nenhum no território analisado.
6 REFERÊNCIAS
6. REFERÊNCIAS Universidade Católica de Pernambuco: Prefeitura da Cidade do Recife. DUARTE, Clarissa et. al. (org). Plano Centro Cidadão: Estudo preliminar de desenho urbano do setor de ensino e conhecimento do Centro Continental do Recife. Vol. 04. Ed.Fasa; Recife: 2018 GEHL, Jan. Cidade Para Pessoas. 3 ed. São Paulo Perspectiva, 2016. Lei: LEI Nº 17.511/2008 Plano Diretor de Recife-PE Fotos: Mirelle Falcão, Júlio Dias, Marcos RG, Ana Mello, Nando Chiappetta, Google Streer View. ESIG: https://licenciamento.recife.pe.gov.br/node/20 Data de acesso: Abril/2020 e Maio/2020 Lei Plano Diretor: https://leismunicipais.com.br/plano-diretor-recife-pe Data de acesso: 13/05/2020 Lei ARU: LEI Nº 16.719 /2001 https://www.recife.pe.gov.br/pr/secplanejamento/servicos/leis/lei16719.html Data de acesso: 17/05/2020 https://www.youtube.com/watch?v=3qFH5BNM6sI Data de acesso: 14/05/2020 https://gutorequena.com/can-you-tell-me Data de acesso: 07/04/2020 http://www.riofilmcommission.com/tour/edificio-gustavo-capanema/ Data de acesso: 07/04/2020 http://www.joaoalberto.com/2012/09/25/a-inauguracao-do-centro-de-artesanato/ Data de acesso: 06/04/2020 https://oreversodomundo.com/2015/12/01/panela-poco/ Data de acesso: 15/05/2020
JUNHO 2020