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REVISTA O GIROLANDO
MENSAGEM DA DIRETORIA
Jônadan Hsuan Min Ma Presidente
Magnólia M. da Silva 1ª vice-presidente
Nelson Ariza 2º vice-presidente
João Domingos G. Santos 3º vice-presidente
Olavo de Resende B. Júnior 4º vice-presidente
José Antônio da S. Clemente 1º diretor-administrativo
Jorge Luiz M. Sampaio 2º diretor-administrativo
Luiz Carlos Rodrigues 1º diretor-financeiro
Odilon de R. Barbosa Filho 2º diretor-financeiro
Ronan Rinaldi de S. Salgueiro Relações Inst. e Comerciais
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A pecuária leiteira é a única atividade econômica presente em quase todos os municípios brasileiros. O segmento também está entre os que mais empregam no país e vem se estruturando para atender as demandas do mercado internacional. Por outro lado, o preço pago ao produtor pelo litro do leite continua sendo insuficiente para cobrir todos os custos de produção em muitas propriedades. Cientes de que não podemos esperar de braços cruzados por mudanças nas regras de mercado, iniciamos um trabalho em conjunto com a Organização das Cooperativas Brasileiras para garantir políticas públicas mais justas voltadas para a pecuária leiteira. Foi entregue à ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, um documento contendo vários pleitos do setor. Além disso, a Girolando também está participando das reuniões da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite e Derivados do MAPA, que é um fórum importante de debate das necessidades do setor. Dentro das ações direcionadas à promoção da nossa raça, que está comemorando 20 anos de oficialização, estamos concentrando esforços para fazer da Megaleite 2016 um grandioso evento para celebrar os avanços das raças leiteiras. Teremos uma pista cheia no Parque da Gameleira, com expectativa de receber 1600 animais, vários leilões, reuniões importantes. A capital do maior Estado produtor de leite está pronta para receber a Megaleite e o apoio do Governo de Minas, das associações de raça, das empresas do setor e de nosso associado nos dá a certeza de que o evento será um sucesso. Queremos finalizar essa mensagem informando que realizamos com sucesso a Assembleia Geral Ordinária para Prestação de Contas e apresentação do Balanço de 2015. Temos um grande ano pela frente, repleto de desafios para todos nós, criadores de Girolando e produtores de leite, gestores e colaboradores da Girolando, mas que com motivação, dedicação e paixão alcançaremos nossos objetivos e metas.
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REVISTA O GIROLANDO
editorial
por Larissa Vieira Editora
Esta é uma edição comemorativa da revista O Girolando. Há 20 anos o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento publicava a Portaria nº 78, oficializando o Girolando como raça bovina. A partir de 1º de fevereiro de 1996, as ações realizadas pela Associação Brasileira dos Criadores de Girolando em conjunto com criadores, pesquisadores e profissionais do setor leiteiro levaram a raça a se tornar a responsável por 80% do leite produzido no país. Agora, o desafio é consolidar o Girolando no mercado internacional e continuar a evoluir geneticamente. Para contar um pouco da origem dessa história de sucesso da raça, fomos conversar com o ex-presidente da Associação, José Roberto Gomes, cuja gestão foi responsável por dar início ao programa de formação da raça e por buscar sua oficialização. Também preparamos uma matéria especial sobre esses 20 anos. Outro destaque desta edição é a luta de diversas entidades do setor para que o mercado de leite tenha práticas mais justas, especialmente em relação à importação de lácteos. Várias reivindicações do setor leiteiro foram apresentadas à ministra de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, por uma Comissão de Leite, da qual a Girolando faz parte. Na parte de sanidade, trazemos os cuidados para evitar a mastite ambiental causada por coliformes. Já para quem quer conhecer sistemas de produção diferenciados fomos até o Nordeste para ver como os criadores do Estado do Rio Grande do Norte estão driblando a seca e produzindo leite com Girolando. A Megaleite e o novo regulamento das exposições, com as regras do Ranking 2016/2017, também estão nesta edição comemorativa, assim como as fazendas que participam do Teste de Progênie, a prova de Pré-Seleção de Touros, o controle leiteiro e muito mais. Boa leitura e mande para nós suas sugestões de tema para a próxima edição.
EXPEDIENTE Revista O Girolando - Órgão Oficial da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando • Editora: Larissa Vieira - lamoc1@gmail.com • Depto. Comercial: Mundo Rural (34) 3336-8888, Míriam Borges (34) 9 9972-0808 e Walkiria Souza (35) 9 9133-0808 - ogirolando@mundorural.org • Design gráfico: Alex Maia (9 9969-4028), Yuri Silveira • Fotos: Jadir Bison • Revisão: Maria Rita Trindade Hoyler • Conselho editorial: Jônadan Ma, Nelson Ariza, Ronan Rinaldi de Souza Salgueiro, Olavo de Resende Barros Júnior, Leandro Paiva,Consuelo Mansur Pereira Farah, Miriam Borges e Larissa Vieira • Impressão CTP: Gráfica 3 Pinti (34) 3326-8000 - Distribuição gratuita e dirigida aos associados da Girolando, ABCGIL e órgãos de interesse ligados à cadeia produtiva de leite. • Redação: Rua Orlando Vieira do Nascimento, 74 CEP: 38040-280 - Uberaba/MG - Telefax: (34) 3331-6000 • Assinaturas: financeiro@mundorural.org - Telefax (34) 3336-8888 - Matheus Henrique
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Índice
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Entrevista A raça em sua origem. José Roberto Gomes.
MENSAGEM DA DIRETORIA 04 LANÇAMENTOS E INOVAÇÕES 10 giro lácteo
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com a palavra o criador 18 Mastite ambiental causada por coliformes
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Ministra recebe pleitos do setor leiteiro
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Regulamento de Exposições oficializadas Versão 2016/2017 - 15º Ano do Ranking 28 GIROLANDO PELO BRASIL 37 Novas tecnologias para a pecuária leiteira
Girolando E VOCÊ
Como é o dia a dia da pré–seleção de touros Girolando?
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NOVOS SÓCIOS/CONSELHOS 41 controle leiteiro 42 Prestação de Contas e Balanço 2015
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Exposições e eventos
Megaleite 2016 rumo à capital mineira
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matéria de capa
No caminho certo. 20 anos de Girolando no Brasil.
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REVISTA O GIROLANDO
LANÇAMENTOS E INOVAÇÕES
Nutrição A Tectron Nutrição e Saúde Animal lançou novidades tecnológicas que serão apresentadas ao mercado nacional ainda em 2016, como a enramicina termoestável da Tectron (ENRASEEN 80).Segundo o diretorpresidente da Tectron, Daniel Pigatto Monteiro, os lançamentos fazem parte do caminho de inserção da Tectron como uma empresa de classe mundial.
especializada da Qualyagro Consultoria & Treinamentos, em parceria com a empresa Theseo Saúde Animal, montou programa de higiene pecuária destinado a fazendas leiteiras. Ele consta de palestras técnicas e reuniões direcionadas a grupo de produtores envolvendo a temática higiene pecuária leiteira e controle de pragas em granjas leiteiras e de consultorias online. O programa contou com apoio da equipe técnica da Theseo Saúde Animal, que tem linha completa de detergentes, desinfetantes e produtos para controle de pragas.
Suplementação nutricional Contra mastite Produtores de leite, nestes dias mais chuvosos acabam sofrendo com uma incidência maior de mastite, já que a lama e componentes orgânicos umidificados acabam proliferando a doença no úbere dos animais. “Através da homeopatia, o tratamento é natural, dessa forma, o animal começa apresentar melhora logo nos primeiros dias de ingestão dos fatores homeopáticos. Como não gera resíduos químicos, assim que tratada a doença já é possível coletar o leite para que possa ser vendido”, diz o médico veterinário da Arenales Homeopatianimal, Nélio Teixeira da Silva.
Programa de Higiene Pecuária A Farmácia na Fazenda, consultoria 10
A DSM apresentou durante a Expodireto Cotrijal 2016, em NãoMe-Toque (RS), os benefícios dos produtos Bovigold RumiStarTM, Bovigod Beta Pré-Parto e Bovigold Beta Pós-Parto para vacas leiteiras. Estes são os primeiros suplementos nutricionais com a tecnologia da enzima RONOZYME® RumiStarTM, que atua no rúmen e auxilia o animal a decompor o amido de milho durante a digestão, aumentando a produção da vaca por ampliar a disponibilidade de energia para a flora microbiana.
por Larissa Vieira
All Ranch TV O Brasil ganhou uma filial do All Ranch Media, canal multitela e multiplataforma direcionado ao mercado mundial agropecuário. A proposta é divulgar a pecuária brasileira nos Estados Unidos e América Latina por meio do canal de televisão, que tem transmissão nessas localidades, e pode ser assistido em outros países pela internet. O All Ranch TV vai transmitir direto do Brasil exposições e outros eventos, além de mostrar o trabalho de criadores e empresas do setor. No Brasil, a empresa tem em sua equipe Carlos Lopes (Fotografo), Juliana Duarte (Gerente Comercial de Mídias Sociais) e Jorge Dias (Diretor Executivo).
Embriões Uma novidade da ABS é a tecnologia ABS NEO. A partir de agora, pecuaristas podem adquirir genética via embriões congelados por uma tecnologia inédita no setor. O melhoramento já vem pronto através de um rigoroso processo de seleção para características produtivas. Os clientes poderão escolher entre seis linhas de ABS NEO: Leite a Pasto, Produtividade Leiteira, Tecnologia Leiteira, Reposição Eficiente, Nelore PRO e Performance Adaptada.
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REVISTA O GIROLANDO
giro lácteo
Novo presidente do Conseagri O secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, João Cruz Reis Filho, assumiu a presidência do Conselho Nacional dos Secretários de Estado da Agricultura (Conseagri). O Conseagri é uma unidade colegiada deliberativa que reúne todos os secretários estaduais de Agricultura. Seu objetivo é unificar procedimentos adotados pelos estados e, junto ao governo federal, tratar de assuntos relacionados às demandas do setor agropecuário e agrário do país. O Conseagri fará uma reunião na ExpoZebu 2016, em maio, na cidade de Uberaba (MG).
Calculadora de sombreamento Uma planilha eletrônica auxilia produtores e técnicos a planejar e dimensionar adequadamente a implantação de sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), ou mesmo a plantar árvores isoladamente para sombreamento, garantindo o conforto térmico dos animais. A planilha desenvolvida pela equipe de pesquisadores da Embrapa Rondônia pode ser utilizada em inúmeros locais e situações, com algumas adaptações explicadas em comentários escritos
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por Miriam Borges
dentro da própria planilha. O acesso à ferramenta é gratuito e o usuário pode editá-la. “Espera-se que essa planilha possa contribuir para estudos e projetos de ILPF, auxiliando no planejamento e análise de experimentos e de sistemas produtivos”, afirmou o pesquisador da Embrapa, Henrique Cipriani. Ela está disponível no portal da Embrapa Rondônia (https://www. embrapa.br/rondonia).
Mercado de silagem Pecuaristas estão com uma nova possibilidade no mercado: venda de silagem. A comercialização acontece com duas possibilidades. A primeira, mais viável, oferece a venda do milho no ponto para ensilar. E a segunda possibilidade é a venda da silagem pronta para alimentar os animais ou ensilar novamente. De acordo com o coordenador técnico de bovinocultura da Emater-MG, José Alberto de Ávila, março é o mês em que se intensifica o processo de silagem. O produtor precisa estar atento ao ponto de corte. No caso do milho, a planta deverá apresentar teor de matéria seca na faixa de 30 a 35%. Já no corte para ensilagem, a picadeira deve estar bem regulada e com as navalhas sempre em boas
condições. O tamanho da partícula ideal é de 0,5 a 1,5 cm.
Cursos gratuitos O Portal de Educação a Distância do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (EaD Senar) está com matrículas abertas para 30 cursos gratuitos oferecidos dentro dos Programas de Capacitações Tecnológicas. Estão disponíveis cursos nas áreas de Bovinocultura de Corte, Bovinocultura de Leite, Floricultura, Heveicultura, Ovinocultora, Piscicultura, Silvicultura, Suinocultura e Integração Lavoura Pecuária-Floresta (ILPF). As videoaulas são assistidas pelo site do Senar. As matrículas devem ser feitas através do portal: http:// ead.senar.org.br/. É preciso ter idade igual ou superior a 18 anos e experiência e formação na área das Ciências Agrárias. Mais informações: 0800 642 7070.
Luto
O associado José Eustáquio Mendonça de Castro faleceu no dia 16 de janeiro. Ele era proprietário da fazenda São Judas Tadeu, em Moeda (MG). José Eustáquio, ao lado do filho Fernando, era girolandista de destaque em Minas Gerais, sendo o criador do conjunto campeão Progênie de Mãe na última MEGALEITE. Ele foi sepultado no cemitério Parque da Colina, em Belo Horizonte (MG).
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REVISTA O GIROLANDO
entrevista
por Larissa Vieira
A raça em sua origem As primeiras ações para o reconhecimento do Girolando como raça leiteira no Brasil surgiram na gestão do ex-presidente da Assoleite (atual Associação Brasileira dos Criadores de Girolando), José Roberto Gomes. Na época, a entidade registrava vários cruzamentos leiteiros e tinha como carro-chefe os animais oriundos do acasalamento entre as raças Gir Leiteiro e Holandês. Com um mercado demandando por
Girolando
José Roberto Gomes
Girolando
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Quando começa a sua história na pecuária? Esta é uma paixão que vem de família. Meu pai era fazendeiro e, como acontece na maioria das propriedades, tinha animais para produção de leite e também de corte. Quando chegou a época de optar por uma faculdade, naturalmente minha escolha foi pelo curso de Agronomia, que cursei na Universidade Federal de Goiás. Depois de formado, fui trabalhar com comércio de animais, tanto de leite quanto de corte. Vendia e comprava bovinos de qualidade, com origem reconhecida. Esse tipo de exemplar era muito mais valorizado no mercado que os chamados “cara limpa”, ou seja, sem registro. E foi essa grande demanda que permitiu a disseminação do Girolando para o Brasil inteiro. Como surgiu a proposta de tornar o cruzamento, que já era muito usado no país, em uma raça leiteira oficial no país? Em meu trabalho como comercian-
bovinos de origem reconhecida, a Associação iniciou o projeto de formação da raça, que culminaria em 1996 com a Portaria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento sobre o reconhecimento do ecótipo Girolando como raça. Em entrevista à revista O Girolando, José Roberto Gomes conta como foi esse processo, avalia o atual momento da raça e o que espera para o futuro da pecuária leiteira.
te de gado, participei de muitos leilões e exposições e pude conhecer criadores de várias regiões do Brasil. Por isso, fui convidado para concorrer ao cargo de presidente da Assoleite, como a entidade era chamada na época. O processo eleitoral teve um grande envolvimento dos criadores e nossa chapa saiu vencedora, com diferença de três votos a um. Logo nos primeiros meses da gestão, o então governador de Minas Gerais, Newton Cardoso, decidiu acabar com a isenção de ICMS para a venda de gado. A medida afetaria drasticamente a Assoleite, já que a maior fonte dos recursos da entidade vinha do registro de animais para fins comerciais. Era um período bem diferente do atual, pois eram poucos os criadores que registravam com a finalidade de melhoramento genético. Diante desse problema, tivemos que fazer do limão uma limonada. Fizemos um movimento para solicitar ao ministro da Agricultura, Íris Resende, a criação de um programa para formação da raça Girolando.
Girolando
José Roberto Gomes
Girolando
José Roberto Gomes
O programa foi um passo importante para a oficialização do Girolando como raça pelo MAPA, anos depois. Quais foram os maiores desafios? O Brasil tinha várias raças de corte, mas não tinha nenhuma de leite bem adaptada às nossas necessidades. Dependíamos de raças europeias que não eram adequadas para todas as regiões do Brasil. Diante disso, decidimos desenvolver um programa que permitisse, por meio de cruzamentos direcionados, obter os graus de sangue mais adequados para o tipo de pecuária do Brasil. Foi um trabalho que exigiu esforços de toda a área técnica e da diretoria da Associação. Realizamos diversas reuniões com os técnicos do Ministério da Agricultura e lutamos para que o programa fosse algo aplicável na prática para se chegar ao grau de sangue 5/8. Tivemos, também, que mudar o nome da entidade, que passou a se chamar Associação Brasileira dos Criadores de Girolando e realizar apenas o registro de animais oriundos dos cruzamentos estabelecidos no programa. O senhor já imaginava naquela época que a raça ia ser o carro-chefe da pecuária leiteira do país? Por ser um profissional das Ciências Agrárias e conhecer bem o mercado de gado, sempre acreditei no sucesso da raça. Desenvolvemos o programa pensando no melhoramento genético da raça e, por isso, unimos o melhor do Gir Leiteiro e do Holandês para a formação do Girolando. Antes do programa, os cruzamentos eram feitos com base na experiência dos criadores, mas sem um suporte técnico. Foram seis anos de trabalho que terminaram com o reconhecimento do Ministério ao oficializar a raça.
Girolando
Como o senhor avalia o atual momento do Girolando?
José Roberto Gomes
Tenho muito orgulho e me sinto realizado profissionalmente por ter
participado, junto com meus companheiros de diretoria, criadores e técnicos, da formação da raça. Hoje temos um rebanho espetacular e de alta qualidade. O primeiro torneio que fizemos em 1989 foi vencido pela vaca Cachoeira, do saudoso expositor Minoro Hélio Maurício Yamamoto. Ela produziu pouco mais de 15 quilos de leite. Na Megaleite do ano passado, o torneio foi vencido por uma vaca que atingiu média superior a 100 quilos de leite. Se compararmos os dados das produções diárias, fora de concursos leiteiros, é possível constatar essa mesma evolução na produtividade. Antes, os criadores conseguiam tirar 5 litros por vaca e agora já tem propriedade que passa dos 25 quilos/dia. Isso mostra que, em 20 anos, a evolução foi muito grande. Claro que, juntamente com o melhoramento genético, houve avanço na área de manejo e de nutrição e o surgimento de novas tecnologias que também contribuíram para o sucesso da raça. Além disso, a Associação consolidou-se como a maior entidade de criadores de raças leiteiras e tem lutado pelos direitos dos produtores. A entidade desenvolve um trabalho importante de promoção da raça, por meio do registro genealógico, do Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando e dos eventos que realiza. Ou seja, estamos no caminho certo.
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REVISTA O GIROLANDO
Matéria de Capa
por Larissa Vieira
Maurício Farias
No caminho certo
De um cruzamento não intencional nos anos de 1940 a um processo de seleção genética que está prestes a ser ainda mais acelerado pelo genoma bovino. Esses e outros fatos importantes marcaram a trajetória da raça Girolando no Brasil. Em 2016, ela está completando 20 anos de reconhecimento oficial do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento como raça leiteira nacional. Um período marcado por grande evolução genética, que refletiu diretamente na produção de leite do país. O volume produzido aumentou quase 115% nos últimos 20 anos. Segundo dados dos IBGE, em 1995, a produção de leite era de 16,47 bilhões de litros de leite. Nos anos seguintes, o volume produzido teve saltos relevantes, chegando aos atuais 35,6 bilhões. O aumento na produção teve forte influência do surgimento de novas 16
ferramentas de seleção para detectar os animais de maior produção, aliado à melhoria da qualidade das pastagens e da nutrição. Dados da Embrapa Gado de Leite apontam que a produção de leite das vacas Girolando dobrou nos últimos 13 anos. “Na maioria das regiões do Brasil e para a maioria dos fazendeiros/produtores, precisamos de animais que aguentem o sol, pisar em pedras e subir morro; e produzam leite nessas condições. Esta raça é a Girolando. Tenho a prova disso na Fazenda RBC, onde 186 vacas em lactação têm média de produção de 20,7 litros em 150 dias de lactação. Na pesagem do dia 22 de janeiro, a média chegou a 22 litros/vaca. A evolução das médias de lactação é um indicador incontestável do sucesso da evolução da raça”, disse o criador de Girolando Roberto Antônio Pinto de Melo Carvalho, que
seleciona a raça na Fazenda RBC, em Cássia (MG). Para o técnico de registro da Girolando, José Renes, que trabalha na entidade desde o início da formação da raça, ferramentas como o Controle Leiteiro e o Teste de Progênie permitiram a formação de um banco de dados zootécnicos confiável, que vem sendo utilizado para gerar avaliações genéticas de diversas características produtivas e reprodutivas da raça. “A expectativa é de que, com o avanço da seleção genômica, essa evolução da raça seja ainda mais acelerada”, afirmou José Renes. Outro fator importante para a melhoria genética foi o crescimento dos rebanhos registrados, já que o registro genealógico do animal é considerado o primeiro passo da evolução da raça. O banco de dados da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, entidade
responsável pelo registro da raça, conta com 1.527.544, somados os registros efetuados entre 1989 e 2015. “Antes de 1989, muitos criadores registravam apenas com fins comerciais e poucos viam no registro uma forma de melhorar a qualidade genética do rebanho. Essa situação mudou quando implantamos o programa de formação da raça Girolando, em 1989. Desde então, os criadores vêm investindo em melhoramento genético e o resultado é este espetáculo que a raça se tornou: rústica e altamente produtiva”, concluiu o ex-presidente da Girolando, José Roberto Gomes, que juntamente com os diretores da época lutou pelo reconhecimento do Girolando como raça, o que ocorreu em 1º de fevereiro de 1996. Também fizeram parte da diretoria os criadores Guilherme Borges de Oliveira, Pedro Manoel de Andrade Bernardes, Nilson de Camargos Roso, Bruno
Régis Borges da Costa, Mardônio Prata dos Santos, Djalma Tiveron, Minoro Hélio Maurício Yamamoto, Rubens Stacciarini e Joaquim Prata dos Santos. Homenagens – Para comemorar os 20 anos da raça, a diretoria da Girolando fez e fará várias ações, inclusive na Megaleite. No final de fevereiro, a entidade homenageou os colaboradores Nivaldo Faria e Edmar Geraldo de Almeida e os técnicos Euclides Prata dos Santos Neto, Limirio Cezar Bizinotto, José Renes da Silva, Jesus Lopes Júnior, Juscelino Alves Ferreira, Érico Maisano Ribeiro, que atuam na entidade desde a homologação da raça pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Também foram homenageados o consultor e ex-superintendente técnico da Girolando, Celso Menezes e o ex-presidente da Girolando, José Roberto Gomes.
20 anos em fatos
1940 e 1950
Surgimento dos primeiros animais oriundos do cruzamento entre Gir Leiteiro e Holandês, no Vale do Paraíba, em São Paulo.
Fundação da Associação dos Criadores de Gado de Leite do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba – Assoleite, delegada pelo Ministério da Agricultura para executar o PROCRUZA (Programa de Cruzamento Dirigido). O objetivo do programa era selecionar gado de leite e carne, e realizar o acompanhamento zootécnico dos animais em todos os graus de sangue, de várias raças utilizadas em cruzamentos no Brasil.
1978
1988
Início do programa para formação da raça bovina Girolando em todo o Brasil, sob a responsabilidade da ASSOLEITE, que passa a ser denominada Associação Nacional dos Criadores de Girolando.
Ministério da Agricultura determina o fim do PROCRUZA, devido à necessidade de limitar os cruzamentos e incentivar apenas aqueles cujos resultados eram mais expressivos.
1996 Início do Teste de Progênie.
Oficialização da raça. Entidade passa a se chamar Associação Brasileira dos Criadores de Girolando.
1997
2007
Início do Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando (PMGG).
Início da PréSeleção de Touros Girolando.
2013
1989
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REVISTA O GIROLANDO
Com a palavra, o criador!
por Leandro de Carvalho Paiva Superintendente Técnico da Girolando
Com a palavra, o criador!
José Taumaturgo e Ricardo Roriz na fazenda Santa Luzia, em Poço Branco-RN.
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Como já sabemos o gado Girolando se destaca pela sua alta capacidade de adaptação a diferentes tipos de manejo e clima. Toda essa rusticidade aliada à produtividade do Girolando faz com que a raça seja eleita pela grande maioria dos produtores de regiões de clima tropical como a ideal para produção de leite. Nesta edição da revista O Girolando conheceremos um pouco sobre o trabalho que é realizado por alguns criadores do estado do Rio Grande do Norte, que vêm enfrentado fortes secas consecutivas nos últimos anos. No Rio Grande do Norte o criador José Taumaturgo da Rocha possui uma pequena propriedade no município de Poço Branco, onde cria gado Girolando e produz cerca de 500 litros de leite por dia, com um rebanho de 23 vacas em lactação. O trabalho é realizado com a colaboração do seu filho e também associa-
do da Girolando, Ricardo José Roriz da Rocha. “Escolhemos a raça Girolando porque precisávamos de animais rústicos e produtivos, capazes de produzir leite em uma região de clima quente e seco, onde a oferta de alimento é bem limitada. A maioria do plantel é formada por animais 5/8, mas também temos alguns animais 1/2 sangue e 3/4. Fazemos uso contínuo de inseminação artificial e a escolha dos touros é feita com muito rigor”, relata Taumaturgo. Para o criador, o segredo do sucesso está na busca frequente por orientação técnica e informações que visam a minimizar os erros e a maximizar os acertos. “Para que se tenha sucesso na atividade é muito importante sempre estar ligado nas informações de mercado e buscar de forma contínua orientação técnica, trocando também informações com outros criadores, a fim de alcançar sempre a máxi-
ma eficiência e reduzir ao máximo os erros”, diz o criador. Ele ainda afirma que além da produção de leite, a venda de animais também é um grande negócio e que qualquer produtor tem condições de criar Girolando e obter sucesso na atividade. “Quando iniciamos o projeto de criação de gado Girolando fomos aos estados de Minas Gerais e Goiás, adquirimos animais de muita qualidade, oriundos de criatórios renomados. Procuramos agregar valor através da genética, não só para melhorar a qualidade do plantel e consequentemente aumentar a produção de leite, mas para também oferecermos a outros criadores, animais de qualidade. É possível termos além da receita com a produção de leite uma excelente receita com a venda de animais, tanto de tourinhos quanto de novilhas,” conclui o associado. Outro criador no Rio Grande do Norte que decidiu utilizar animais Girolando em seu sistema de produção é o associado Aécio Pinheiro Fernandes, da fazenda Bela Vista, localizada no município de São Pedro. Segundo o criador, que no início produzia leite somente com gado Holandês, os animais Girolando conseguem muito bem produzir leite em meio ao sertão nordestino, comendo alimentos grosseiros e convertendo-os em leite, além de suportarem o forte
Aécio acompanha diariamente a ordenha dos animais na fazenda Bela Vista, no sertão nordestino
calor e a baixa umidade. “Comecei a produzir leite em 1998, quando adquiri um rebanho de gado Holandês PO que veio da região Sudeste do país. Tive muitas dificuldades no início, pois os animais não se adaptaram à região e ao manejo da fazenda. Acabei perdendo vários animais. Com o passar dos anos meu rebanho Holandês foi se adaptando às adversidades da região, o que me deu ânimo para continuar. Logo que conheci o gado Girolando e vi suas qualidades decidi implantar algumas estratégias de cruzamentos na fazenda, utilizando minha base genética de Holandês para produzir o Girolando, o que está dando muito certo. Meu objetivo é cada vez mais aumentar o número de animais Girolando, mas sem deixar de lado o Holandês que selecionei durante anos e é a base de todo o meu plantel de gado leiteiro”. Aécio possui em meio ao sertão um rebanho de 250 vacas em lactação. A produção diária da fazenda é de aproximadamente
Lote de vacas em lactação da fazenda Bela Vista, em São Pedro-RN
3.500 litros de leite e seu maior desafio é manter os índices do rebanho frente aos diversos problemas existentes devido às características climáticas da região. “Como todos sabem, a região Nordeste do Brasil possui baixo índice pluviométrico e uma vegetação muito desuniforme. Estamos passando por um período de seca forte, que já dura quatro anos. Falta alimento, falta água, falta mão de obra qualificada, mas não falta esperança. É difícil manter os índices de produção do rebanho diante de tantas dificuldades, mas com o gado Girolando essa tarefa se torna bem mais fácil. A média de produção diária do rebanho varia de 12 a 18 litros de leite por vaca, com média anual de 15 litros por dia. Quando a chuva vem a pastagem responde rapidamente e a média de produção chega a seu ápice. Estou cada vez mais investindo no plantio da palma, pois na falta da pastagem nativa ela é a melhor alternativa de alimento volumoso para o gado”.
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REVISTA REVISTAO OGIROLANDO GIROLANDO
por Gustavo Gonçalves Supervisor Técnico do PMGG Maurício Farias
Eu uso, eu confio, eu recomendo
Como é o dia a dia da pré–seleção
de touros Girolando? A prova de pré-seleção de touros Girolando foi executada pela primeira vez em 2013 e, desde então, é um pré-requisito para que os jovens touros Girolando passem pelo Teste de Progênie. Na prova os touros passam por avaliações de temperamento, conformação e reprodutivas, características estas que definirão quais serão os reprodutores aprovados. Entretanto, pesquisas paralelas às avaliações são realizadas com o intuito de conhecer melhor os animais com os quais o trabalho é desenvolvido. Para que os animais expressem seu real potencial durante a prova é fundamental que o manejo atenda às exigências nutricionais e de bem-estar para jovens machos reprodutores. Para isso, os tourinhos contam com um tratamento especial. Na chegada ao Centro de Performance Girolando (CPG), o animal é pesado e inspecionado. A seguir irá compor um dos dois lotes de manejo. A divisão é feita com base em idade e desenvolvimento corporal, sendo que dificilmente um animal migra de um lote para outro, a não ser que seu comportamento dentro do grupo gere problemas para os outros indivíduos. Assim que o último animal participante chegar ao CPG, todos são vermifugados. No período das águas (janeiro a abril), cada lote tem a sua disposição 9ha de Brachiaria brizantha cv MG-5, devidamente adubada, divididos em 9 piquetes, nos quais os animais
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passam, em média, quatro dias. Todos os piquetes possuem em comum uma área de descanso com água, sombra e cocho para oferta de mineral. Nesse mesmo período em que há oferta de forragem em qualidade e quantidade, os touros recebem concentrado no cocho, na parte da manhã. Semanalmente, a infestação por parasitas é monitorada a fim de verificar a necessidade ou não de controle. A partir de maio ou no momento em que a qualidade e quantidade do volumoso disponível nas pastagens não for mais suficiente para suprir exigências nutricionais dos reprodutores, é oferecida silagem de milho acompanhada de concentrado, passando a ocorrer somente pastejo noturno. É válido dizer que a pré-seleção não é uma prova de ganho de peso; logo, engordar os animais não é o principal objetivo. Todavia, trabalha-se para que o touro retorne para seu proprietário ou para as Centrais de IA nas melhores condições possíveis. Conforme Leonardo Booff afirma, o que se opõe ao descuido e ao descaso é o cuidado. Cuidar é mais que um ato; é uma atitude. Portanto, abrange mais que um momento de atenção. Representa uma atitude de ocupação, preocupação, de responsabilização e de envolvimento afetivo com o outro. No nosso caso, os outros são os tourinhos e, são neles que o esforço da equipe do PMGG está depositado.
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REVISTA O GIROLANDO
Sanidade
por Patrícia Maia Médica Veterinária – Equipe Rehagro
Mastite ambiental causada por coliformes Os microrganismos causadores de mastite, presentes no ambiente de permanência das vacas, são chamados de patógenos ambientais - crescem em condições de alta temperatura e umidade e em presença de matéria orgânica. Os mais comumente encontrados são espécies de bactérias gram-negativas, principalmente os coliformes. Bactérias gram-negativas são os agentes etiológicos mais frequentemente isolados de casos clínicos agudos de mastite, sendo responsáveis por aproximadamente 40% dos casos. O termo coliforme compreende as bactérias Escherichia coli, Klebsiella sp e Enterobacter sp. A transferência de bactérias gram-negativas de glândulas mamárias de vacas infectadas para vacas não infectadas parece mínima, comparada com a constante exposição ao meio ambiente contaminado. Bactérias coliformes ocupam muitos habitat no ambiente da vaca. Escherichia coli 22 22
são habitantes normais do trato gastrointestinal de animais. Klebsiella sp e Enterobacter sp estão presentes nos solos, nos grãos, na água e no trato intestinal dos animais. A porta de entrada para bactérias coliformes dentro da glândula mamária é o canal do teto em contato com o ambiente contaminado (Figura 1). Fatores de virulência dos coliformes permitem o crescimento e multiplicação no canal do teto e invasão das defesas do hospedeiro. Os coliformes multiplicam-se nas secreções no interior da glândula mamária, geralmente sem se fixarem nas superfícies epiteliais. Embora a glândula mamária não seja considerada habitat natural para os coliformes, muitas cepas são capazes de sobreviver e se multiplicar nessa glândula. As infecções por coliformes tendem a ser de curta duração, durante a lactação, e raramente causam elevada contagem de células somáticas (CCS) do tanque.
Infecções por coliformes são as causas mais comuns de mastite com apresentação clínica sistêmica, responsáveis por 60 a 70% dos casos clínicos agudos de mastite. A taxa de novas infecções causada por coliformes pode ser de três a quatro vezes maior durante o período seco do que durante a lactação. A suscetibilidade para infecções é maior nas duas semanas após a secagem e nas duas semanas antes do parto. Durante a lactação, infecções intramamárias por bactérias coliformes são mais frequentes durante os três primeiros meses e, especialmente, no primeiro mês de lactação. Nesse estágio de lactação os efeitos da mastite causada por coliformes são, geralmente, mais pronunciados (Figura 2). Pesquisas mostram que 65% dos casos que ocorrem nos dois primeiros meses de lactação são causados por coliformes e por infecções intramamárias que originaram durante o período seco. A terapia de vaca seca, com o uso de antibiótico intramamário de longa duração durante o período seco, aplicado no momento da secagem, apresenta duas funções: combater infec-
ções intramamárias pré-existentes na secagem e evitar novas infecções intramamárias durante o período seco. Pesquisas têm mostrado que a terapia de vacas secas não protege totalmente os animais de novas infecções por coliformes durante o período seco. Isso é explicado pelo fato de que muitas novas infecções por coliformes ocorrem no final do período seco quando a terapia de vaca seca não fornece proteção contra novas infecções intramamárias devido à baixa concentração do antibiótico na glândula mamária. Outra explicação é que o espectro de atividade de muitos produtos utilizados na terapia de vaca seca não tem ação sobre os microrganismos gram-negativos. Práticas de manejo para reforçar a resistência da vaca são necessárias para controlar a mastite causada por coliformes, principalmente durante o período seco, momento de maior risco de aquisição de novas infecções, já que a terapia de vacas secas não se mostrou completamente eficaz no controle de mastites causadas por coliformes. Vacina com a cepa mutante rugosa E. coli O111:B4 (J5) tem sido
utilizada, há mais de 15 anos, na imunização de vacas contra as mastites causadas por coliformes. As recomendações de protocolo de vacinação contra mastite ambiental variam muito. Esses protocolos geralmente são realizados nos períodos de maior risco de aquisição de novas infecções por coliformes, ou seja, durante o período seco. Alguns esquemas recomendam duas doses de vacinação com intervalo de 2 a 4 semanas, sendo a primeira dose na secagem e, em seguida, uma imunização repetida anualmente. Outro esquema sugerido é a imunização na secagem, ou seja, 60 dias antes da data prevista para o parto; a segunda dose, 30 dias após a primeira; e a terceira, dentro de até duas semanas após o parto. A vacinação de vacas com E. coli J5 melhora a saúde da glândula mamária de vacas leiteiras e pesquisas mostram que tal vacinação demonstra-se eficaz em reduzir a prevalência de infecções intramamárias no pós-parto, bem como a ocorrência e intensidade dos casos clínicos de mastite, causados por coliformes, nos primeiros 100 dias de lactação.
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mercado
por Larissa Vieira
Ministra recebe pleitos do setor leiteiro Várias reivindicações do setor leiteiro foram apresentadas à ministra de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, por uma Comissão de Leite formada pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), dirigentes de várias cooperativas e pela Associação Brasileira dos Criadores de Girolando. Pleitos apresentados no dia 2 de março, em Brasília (DF), incluem questões ligadas a maior rigor na fiscalização de produtos lácteos importados, compensação tarifária e incentivo à exportação. No caso das importações feitas via MERCOSUL, a comissão pede fiscalização mais rigorosa de todos os produtos lácteos importados, especialmente o leite em pó. A medida visa evitar a entrada de produtos de má qualidade no mercado brasileiro, como vem ocorrendo. A comissão também reivindica a obrigatoriedade da indicação, na embalagem, da data de fabricação original do leite 24
em pó fracionado, importado, no momento em que for reembalado pela indústria brasileira. Outros pontos destacados no documento entregue à ministra são: necessidade de licença de importação para evitar que haja triangulação de leite pelo MERCOSUL e que haja cumprimento de cotas; exigência de cumprimento das normas na compra de produtos lácteos importados em concorrências públicas; fiscalização de cumprimento da proibição de reidratação de leite em pó para produção de UHT, em qualquer Estado do território nacional; efetivação da tarifa de compensação nas importações de produtos lácteos vindos da Argentina, que está tendo subsídio na ordem de 2,96 centavos de dólar por litro. Segundo a comissão, o governo precisa cumprir as normas de compensação tarifária quando houver confirmação dessas práticas desleais do comércio exte-
rior afetando a competitividade do produtor brasileiro. A ministra Kátia Abreu afirmou que trabalhará para corrigir os problemas apresentados e solicitou aos representantes do setor leiteiro propostas para ampliação do mercado externo. “Vamos apresentar à ministra o projeto de internacionalização do Girolando, que é uma raça de excelente produção leiteira nos mais diversos climas e regiões, além de ser economicamente viável por permitir baixos custos de produção. Hoje, temos convênios técnicos com associações de diversos países da América Latina, para expansão da raça, mas queremos ampliar esse projeto com o apoio do MAPA, objetivando também a conquista de novos mercados para nossos produtos lácteos. Nossa luta pelo desenvolvimento da raça Girolando inclui a expansão e o fortalecimento do mercado de leite e do produtor”, explicou o presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, Jônadan Ma. Além da ministra Kátia Abreu,
participaram da reunião o secretário de Política Agrícola, André Nassar; o secretário de Produção Rural e Cooperativismo, Caio Rocha; o secretário de Defesa Agropecuária, Luiz Rangel, e a secretária de Relações Internacionais de Agronegócio, Tatiana Palermo. Pela Comissão do Leite participaram: o presidente da Girolando, Jônadan Ma; o conselheiro estadual da Girolando, Geraldo Borges; o presidente da OCB, Márcio Freitas; o coordenador da Câmara do Leite da OCB/CBCL, Vicente Nogueira; o presidente da Itambé Alimentos, Alexandre Almeida; o presidente da Cemil, João Bosco Ferreira, e o assessor técnico comercial da Aurora Alimentos, Selvino Giesel. A Comissão foi criada especificamente para reivindicar melhores políticas relativas ao preço do leite pago ao produtor brasileiro. Câmara Setorial do Leite - O encontro com Kátia Abreu ocorreu dias depois dos membros da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite e Derivados do MAPA se reunirem para
debater várias questões apresentadas à ministra. Durante a reunião, o presidente da Girolando, Jônadan Ma disse que sem preço bom do leite o setor não consegue uma base da pirâmide sólida, que é a classe produtora de leite. “Esta classe de produtores de leite é que viabiliza e justifica o trabalho genético de nós, criadores. Se o produtor brasileiro não for protegido, todo investimento feito pelo mesmo em genética, instalações e capacidade nos últimos 15 anos será perdido, voltando ao patamar dos anos 90”, afirmou Ma. O conselheiro da associação em Brasília, Geraldo Borges, também participou da reunião da Câmara Setorial do Leite. A expectativa das tradings é aumentar o envio de leite para o Brasil em até 50% em 2016. O mercado está sendo afetado pela entrada de leite abaixo de R$10,00 por quilo de leite em pó, o que pode levar o laticínio brasileiro a parar de comprar ou ter que pagar menos de R$1 por litro de leite ao produtor. Isso aumenta o risco de quebra tanto do produtor quanto do laticínio.
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Exposições e eventos
por Larissa Vieira
Megaleite 2016
rumo à capital mineira
Entre as novidades da feira estão a comemoração dos 20 anos do Girolando e o Jubileu de Prata da Exphomig Faltando três meses para a primeira Megaleite na capital mineira, os preparativos para a feira já foram iniciados. Associações de criadores de raças leiteiras reuniram-se no dia 4 de março, no Parque da Gameleira, em Belo Horizonte (MG), para definir como será a participação de cada entidade na maior feira do setor. Ficou definido que o evento contará em sua programação com as principais exposições das raças Girolando, Gir Leiteiro, Holandês, Jersey, Pardo-Suíço, Indubrasil, Guzerá Leiteiro e Sindi. A expectativa é de que 1.600 animais participem das competições da Megaleite 2016, que acontecerá de 21 a 26 de junho, no Parque da Gameleira, com o apoio do Governo de Minas, e terá 26
como tema “Um novo horizonte para uma pecuária leiteira forte, presente e participativa”. A Associação dos Criadores de Gado Holandês de Minas Gerais decidiu transferir seu principal evento, que no último ano ocorreu em Barbacena (MG), para a Megaleite. A entidade comemorará o Jubileu de Prata da Exposição de Gado Holandês de Minas Gerais (Exphomig) e espera a participação de cerca de 220 animais para julgamento. “Por acreditarmos que a união das raças leiteiras torna o setor mais forte, optamos por realizar nosso evento anual na Megaleite. Além de comemorar os 25 anos da Exphomig, faremos a entrega do prêmio ‘Os melhores de Minas’ para homenagear os criadores que se des-
tacaram no ano”, ressaltou Cleocy Júnior, superintendente da Associação dos Criadores de Gado Holandês de Minas Gerais. Já a Associação Brasileira dos Criadores de Girolando prepara a 27ª Exposição Nacional de Girolando com a participação de 800 animais em julgamento e torneio leiteiro, além de leilões. E a Associação Brasileira dos Criadores de Gir Leiteiro realizará sua 8ª Exposição Internacional, com a expectativa de receber 350 animais. A Megaleite ainda deve contar com 230 bovinos das raças Pardo-Suíço, Jersey, Indubrasil, Guzerá e Sindi, sendo que a Associação Brasileira dos Criadores de Pardo-Suíço fará uma Exposição Nacional durante a feira. A reunião das associações contou com a presença do presidente da Girolando, Jônadan Ma; do vice-presidente, Olavo Júnior; do diretor Odilon Filho; da presidente da Associação de Jersey Minas Gerais, Angela Junqueira;
do superintendente da Associação de Holandês, Cleocy Júnior; do superintendente substituto do Holandês, Silvano Júnior; do coordenador de Exposições do Gir Leiteiro, Fausto Gomes, e do diretor da Associação de Pardo-Suíço, Márcio Campos.
Parceria com o Governo de Minas - O Convênio de Cooperação Técnica e Financeira garantindo a realização da MEGALEITE 2016 (13ª Exposição Brasileira do Agronegócio do Leite) na capital mineira pela primeira vez, foi assinado em fevereiro. Foi firmado entre o Governo de Minas, por meio da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig) e da Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), e pela Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, no dia 11 de fevereiro. Segundo o governo estadual, a medida faz parte das ações de fomento ao agronegócio e ao desenvolvimento econômico do país e de
Minas Gerais, com estímulo à cadeia produtiva do leite e seus derivados. O Estado é atualmente o maior produtor de leite do Brasil, além de ser um polo de produção de genética bovina de reconhecimento internacional e de abrigar as sedes das principais associações nacionais de raças leiteiras. Participaram da solenidade de assinatura do documento o secretário de Estado da Fazenda, José Afonso Bicalho; o secretário Adjunto da Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária, Kléber Vilela (representando o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, João Cruz Reis Filho); a diretora de Fomento à Indústria Criativa da Codemig, Fernanda Medeiros Azevedo Machado (representando o diretor presidente da Codemig, Marco Antônio Soares da Cunha Castello Branco); o presidente da Girolando, Jônadan Ma; o 4º vice-presidente da Associação, Olavo de Resende Barros Junior, e o gerente de Projetos da Girolando, Bruno de Barros Ribeiro de Oliveira.
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COLOSTRO
Ranking 2016/2017 Como de costume, estamos divulgando o Regulamento de Exposições Oficializadas da Raça Girolando para o Ranking 2016/2017, que terá início após a Megaleite 2016. É importante que todos os jurados, técnicos, organizadores de eventos e expositores tenham conhecimento das novas regras que serão implantadas e das modificações que foram realizadas, lembrando que algumas delas já se estão em vigor. Em caso de dúvida, entre em contato com a Superintendência Técnica ou com a Coordenação do Colégio de Jurados da Raça Girolando. Veja a seguir, na íntegra, a nova versão do regulamento:
Regulamento de Exposições oficializadas Versão 2016/2017 - 15º Ano do Ranking CAPÍTULO I DA EXPOSIÇÃO E SEUS FINS ART. 1° - As exposições de gado Girolando terão por finalidade: A) Verificar, pela apresentação de espécimes e produtos, os índices de desenvolvimento da pecuária nacional, comparando-os entre si, a fim de aquilatar o seu progresso e submetê-los à apreciação do público; B) Proporcionar maior aproximação entre selecionadores, criadores e produtores rurais, para troca de informações, e possibilitar oportunidades de negócios de compra e venda; C) Pelo espírito de competição, motivar os selecionadores e produtores a aprimorarem a qualidade dos seus produtos; D) Orientar criadores, técnicos e estudantes de escolas superiores de Agronomia, Veterinária e Zootecnia, nas práticas de julgamento de animais e outras atividades próprias desse certame; E) Despertar vocação para a empresa rural; 28
por Leandro Paiva Superintendente Técnico da Girolando
F) Facultar ao comércio e à indústria, a exposição e demonstração de produtos e equipamentos destinados à agropecuária; G) Demonstrar os possíveis acasalamentos para formação da raça sintética Girolando (Puro Sintético - PS); H) Evidenciar, através dos animais expostos e do torneio leiteiro, o potencial de produção leiteira do Girolando; I) Fomentar a criação da raça Girolando. ART. 2º - O presente Regulamento tem por finalidade precípua a padronização dos critérios de avaliação de gado Girolando submetidos a julgamento, tornando uniforme a regulamentação para todos os eventos oficializados pela Associação Brasileira dos Criadores de Girolando. Através da adoção deste, serão estabelecidos padrões para o ranking nacional da raça, 15º ano do ranking, versão 2016/2017, iniciando-se em 27 de junho de 2016 (após a MEGALEITE 2016) e encerrando-se no último dia da MEGALEITE 2017. CAPÍTULO II DAS INSCRIÇÕES ART. 3º - As inscrições ficarão sob a responsabilidade da comissão organizadora do evento, feitas através de formulários próprios e devidamente preenchidos, verificando sempre os certificados de controle de genealogia e registro genealógico. § 1º – Acompanhará a ficha de inscrição fotocópia do certificado de controle ou registro de nascimento, ou definitivo, que deverá estar em nome do expositor, e o RIL (Relatório Individual de Lactação), quando for o caso, para comprovação do controle leiteiro. § 2º – O cadastro dos animais que irão participar do julgamento, para efeito de impressão de catálogos e laudos, bem como para contagem de pontos da exposição e para o Ranking Girolando, deverá ser realizado, preferencialmente,
no programa oficial da Girolando, por pessoa devidamente capacitada e credenciada para esta finalidade. CAPÍTULO III DO RECEBIMENTO DOS ANIMAIS ART. 4º - A entidade promotora se encarregará de receber os animais participantes do evento, formando as comissões que forem necessárias para assegurar o bom andamento dos trabalhos de julgamento e enquadramento dos animais neste Regulamento. atenção Parágrafo Único – A comissão de admissão dos animais que irão participar do julgamento deverá ser formada por quantos membros forem necessários, sendo que, para que a exposição seja ranqueada, um destes membros deverá ser obrigatoriamente jurado efetivo do CJRG ou técnico do SRGRG, sendo designado para exercer a função de jurado de admissão do julgamento. Nenhum jurado, efetivo ou auxiliar, que for designado para efetuar o julgamento dos animais no evento, poderá fazer parte desta comissão. ART. 5º - Os animais com idade acima de 24 (vinte e quatro) meses, somente serão admitidos no recinto da exposição se tiverem o Controle de Genealogia Definitivo, para animais da categoria CCG (Cruzamento Sob Controle de Genealogia), ou Registro Genealógico Definitivo, para animais da categoria PS (Puro Sintético).
§ 1º – No julgamento e para contagem de pontos, cada expositor poderá concorrer com até 12 (doze) animais. § 2º – As fêmeas com idade superior a 36 (trinta e seis) meses, só poderão participar do julgamento de pista se estiverem em lactação. § 3º – Será exigido atestado de prenhez para fêmeas nulíparas acima de 24 (vinte e quatro) meses. § 4º – Será exigido exame andrológico para machos acima de 18 (dezoito) meses. § 5º – Fêmeas paridas com menos
de 24 (vinte e quatro) meses de idade, passarão automaticamente a concorrer no Campeonato Novilha Júnior (de 24 a 30 meses). § 6º – Para que a exposição seja ranqueada, é obrigatório que todas as fêmeas tenham genealogia conhecida (GC), ou seja, livro fechado, comprovada através do Certificado de Controle ou de Registro emitido pela Girolando, e que a exposição tenha um jurado de admissão. § 7º – Fêmeas não lactantes (secas), que já tiveram no mínimo 01 (um) parto, não poderão participar do julgamento. ART. 6º - Todos os animais inscritos, ao darem entrada no recinto, deverão ser inspecionados por uma comissão de admissão, nomeada exclusivamente para este fim, com o intuito de averiguar e conferir os dados fornecidos pelo expositor dos animais apresentados, bem como proceder a vistoria técnica dos animais que participarão do julgamento, devendo esta comissão ser presidida pelo jurado de admissão da exposição. CAPÍTULO IV DAS DIVISÕES ART. 7º - Os animais participantes da exposição deverão pertencer às categorias de Cruzamento sob Controle de Genealogia (CCG) ou Puro Sintético (PS) da raça Girolando, conforme o regulamento do Serviço de Registro Genealógico da Raça Girolando (SRGRG). Os animais serão divididos nas seguintes classes e campeonatos: 01. CLASSES: A) GIROLANDO (1/2HOL + 1/2GIR); B) GIROLANDO (3/4HOL + 1/4GIR); C) GIROLANDO - (5/8HOL + 3/8GIR) e PS (Puro Sintético). 02. CAMPEONATOS: Serão divididos, com base no sexo, grau de sangue e idade declarada no certificado de controle ou de registro, conforme tabela a seguir, de modo a estabelecer critérios para comparação nos julgamentos, constantes deste Regulamento.
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ART. 8º - Será considerada como data base para cálculo da idade dos animais a data do primeiro dia de julgamento.
CAPÍTULO V - DA DEFESA SANITÁRIA ANIMAL
Parágrafo Único – Fica excluída de julgamento toda fêmea que tiver idade de 06 (seis) meses menos um dia e todo macho que tiver idade de 10 (dez) meses menos um dia ou idade superior aos limites máximos estipulados pelo presente Regulamento.
ART. 11 - Nenhum animal poderá dar entrada no recinto da exposição se não vier acompanhado do atestado ou certificado mencionado nas letras A e B deste artigo, emitido por médico veterinário credenciado, de conformidade com as exigências em vigor do Mapa.
ART. 9º - Os machos, aprovados pela comissão de admissão, somente serão submetidos a julgamento nos diversos campeonatos, observados os limites mínimos de peso, constantes na tabela de pesos mínimos inserida neste artigo, conforme a seguir. ART. 10º - Para o julgamento dos machos, independente da faixa etária, o expositor terá que apresentar o RIL – Relatório Individual de Lactação das progenitoras (mães) emitido pelo Serviço de Controle Leiteiro da Girolando ou por associações vinculadas ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). § 1º – As lactações deverão estar validadas, com no mínimo 180 dias de duração, encerradas ou em andamento, conforme previsto no Regulamento do Serviço de Controle Leiteiro. atenção § 2º – As mães com grau de sangue 1/4 Hol + 3/4 Gir deverão ter sua produção leiteira com o mínimo de 3.000 kg (em até 365 dias). As mães 1/2 Hol + 1/2 Gir, 5/8 Hol + 3/8 Gir, Puro Sintético, 3/4 Hol + 1/4 Gir ou 7/8 Hol + 1/8 Gir, deverão ter sua produção leiteira com o mínimo de 4.250 kg, também em até 365 dias.
§ 3º – Somente participam do julgamento machos com grau de sangue 3/4 Hol + 1/4 Gir, 5/8 Hol + 3/8 Gir ou Puro Sintético (PS). § 4º – Não participarão do julgamento de pista os machos filhos de reprodutores submetidos ao teste de progênie em seu país de origem com prova negativa para produção de leite, devendo sempre ser consultado o último resultado divulgado. Não havendo resultado de prova para produção de leite através de teste de progênie, poderá ser utilizado o resultado do sumário da raça em seu país de origem. Filhos de touros em fase de teste ou sem avaliação genética poderão participar do julgamento. 30
A) ATESTADOS OU CERTIFICADOS 1) Prova de Tuberculose negativa, realizada no prazo máximo de 60 dias anterior à admissão devida dos animais, para machos e fêmeas com idade a partir de 6 semanas. 2) Apresentação da GTA – Certificado de vacinação dos bovinos contra a Febre Aftosa, com vacina trivalente (OAC), na origem, entre 7 (sete) e 90 (noventa) dias da entrada dos animais no recinto. 3) Apresentação de atestado de exame negativo de soro-aglutinação, rápida ou lenta – exame de Brucelose, realizado no máximo até 60 (sessenta) dias antes da entrada dos animais no recinto, tanto para machos quanto para fêmeas. 3.1) Para as fêmeas vacinadas entre 3 (três) e 8 (oito) meses de vida, e cuja idade esteja entre 9 (nove) e 24 (vinte e quatro) meses, o atestado de exame negativo poderá ser subs-
tituído pelo certificado de vacinação contra a brucelose. 3.2) Todas as fêmeas com idade de 3 (três) a 8 (oito) meses deverão estar acompanhadas, obrigatoriamente, do certificado de vacinação contra a brucelose (Portaria IMA nº 243/97). B) GERAL 1) Não será permitida a entrada no recinto, de animais que apresentarem sinais clínicos de doenças infecto-contagiosas e/ou parasitas externos. 2) Os animais destinados à exposição, feira e leilões, passarão, obrigatoriamente, na entrada do recinto, por pedilúvio e desinfecção, conforme normatização do órgão estadual responsável pela fiscalização sanitária animal. 3) Os casos omissos serão resolvidos pelas autoridades sanitárias competentes, em perfeito entrosamento com a comissão organizadora do evento. CAPÍTULO VI DO JULGAMENTO ART. 12 - A definição da modalidade de julgamento, jurado único ou comissão tríplice, a ser adotada para a exposição de Girolando compete à comissão organizadora do evento, sempre obedecendo a este Regulamento e ao regulamento do SRGRG.
TABELA DE CAMPEONATOS PARA JULGAMENTO DE ANIMAIS GIROLANDO FÊMEAS TÍTULO
CAMPEONATO Bezerra Mirim Bezerra Júnior Bezerra Sênior Bezerra Intermediária Novilha Mirim Novilha Júnior Novilha Sênior Vaca 3 anos Júnior Vaca 3 anos Sênior MELHOR VACA JOVEM 10º Vaca 4 anos 11º Vaca 5 anos 12º Vaca Adulta 13º Vaca Vitalícia MACHOS 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º
MELHOR FÊMEA JOVEM MELHOR VACA JOVEM GRANDE CAMPEÃO
MELHOR MACHO JOVEM GRANDE CAMPEÃO
IDADE (MESES)
10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22
14º 15º 16º 17º 18º
Bezerro Mirim Bezerro Júnior Júnior Menor Júnior Maior Touro Jovem
FAIXA ETÁRIA De 06 até 09 meses De mais de 09 até 12 meses De mais de 12 até 16 meses De mais de 16 até 20 meses De mais de 20 até 24 meses De mais de 24 até 30 meses De mais de 30 até 36 meses De mais de 36 até 42 meses De mais de 42 até 48 meses De mais de 48 até 60 meses De mais de 60 até 72 meses De mais de 72 até 96 meses Acima de 96 meses
23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35
ÚBERE ADULTO
De 10 até 14 meses De mais de 14 até 18 meses De mais de 18 até 24 meses De mais de 24 até 36 meses De mais de 36 até 48 meses
TABELA DE PESO MÍNIMO DE MACHOS GIROLANDO PARA JULGAMENTO PESO (KG) IDADE (MESES) PESO (KG) IDADE (MESES)
210 225 240 255 270 295 310 325 340 355 370 395 410
ÚBERE JOVEM
425 440 455 470 495 510 525 540 550 560 570 580 590
36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48
PESO (KG)
600 610 620 630 640 650 660 670 680 690 700 710 720
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atenção
ART. 13 - A indicação do(s) jurado(s) que atuará(ão) no julgamento será feita pela comissão organizadora do evento, dentro de uma lista de jurados efetivos aptos, disponibilizada pela Coordenação do Colégio de Jurados da Raça Girolando (CJRG), respeitando-se os critérios estabelecidos no Regimento Interno do CJRG. atenção
§ 1º – A Comissão organizadora do evento indicará 05 (cinco) jurados quando o julgamento for realizado por um único jurado ou 10 (dez) jurados quando o julgamento for realizado por uma comissão tríplice. Após a indicação dos jurados efetivos pela comissão organizadora a Coordenação do CJRG irá promover a escolha do(s) jurado(s) utilizando os seguintes critérios: 1) será escolhido o jurado com o menor número de indicações até aquele momento (a partir de 2016). 2) Em caso de empate, será escolhido o jurado que menos atuou como jurado efetivo nos anos anteriores àquele evento. 3) Persistindo o empate, o jurado responsável pelo julgamento será escolhido através de sorteio, na presença de no mínimo 05 (cinco) pessoas, sendo que obrigatoriamente uma delas deverá ser o Coordenador do CJRG ou seu Adjunto ou o Superintendente Técnico ou seu Substituto. atenção § 2º – Caso a comissão organizadora do evento não se manifeste quanto à indicação dos jurados no prazo máximo de 15 (quinze) dias, contados a partir do recebimento da listagem de jurados efetivos aptos ao evento, a Coordenação do CJRG ficará responsável por promover a escolha do(s) jurado(s). atenção
§ 3º – Serão excluídos da listagem de jurados efetivos aptos para o julgamento, a ser enviada à comissão organizadora do evento, os 05 (cinco) jurados que obtiveram o maior número de indicações dentre todas as exposições do ranking em andamento até aquele momento (a partir de janeiro de 2016). atenção
§ 4º – Serão excluídos, também da listagem de jurados efetivos aptos para julgamento, a ser enviada à comissão organizadora do evento, os jurados que efetuaram os julgamentos daquele evento nos 03 (três) últimos anos, 32
exceto na Exposição Nacional de Girolando, por possuir regulamento específico. atenção § 5º – Quando o julgamento for realizado por uma comissão tríplice, cada jurado efetivo ficará responsável por realizar os julgamentos de um único grau de sangue, não sendo permitido que a comissão tríplice faça os julgamentos em conjunto.
ART. 14 - Nenhum jurado poderá julgar animais de sua criação ou propriedade, salvo os casos previstos no Regimento Interno do CJRG. ART. 15 - Os julgamentos serão públicos, não sendo permitido aos assistentes e expositores permanecerem na pista de julgamento, sob qualquer pretexto, bem como lhes é absolutamente vetado perturbar o andamento dos trabalhos. ART. 16 - O jurado tomará em consideração as indicações da ficha de julgamento, sendo-lhe facultada a comprovação dos dados nela contidos. ART. 17 - É expressamente proibida a divisão ou criação de outros campeonatos. atenção Parágrafo Único – A partir do momento em que forem iniciados os julgamentos, a sequência dos campeonatos deverá ser obedecida até que o último campeonato daquela faixa etária seja realizado, sendo proibido intercalar os graus de sangue ou realizar qualquer tipo de divisão que altere a sua ordem.
ART. 18 - Após o julgamento de cada campeonato, serão feitos comentários técnicos, relativos à classificação, com terminologia zootécnica adequada, através de alto-falante, com microfone instalado na pista. Dos oito animais classificados, comentar-se-á somente do 1º ao 5º colocado de cada campeonato, iniciando-se do 5º colocado ao melhor animal premiado. Parágrafo Único – O VEREDICTUM do jurado é inapelável. ART. 19 - Desacato ao(s) jurado(s) ou às autoridades da exposição, por parte do expositor, seu preposto ou empregado, implicará na re-
tirada imediata dos animais de sua propriedade, sem prejuízo de outras medidas que sejam julgadas necessárias pela comissão organizadora. CAPÍTULO VII DA PREMIAÇÃO ART. 20 - Em cada campeonato haverá um(a) campeão(ã), um(a) reservado(a) campeão(a) e do terceiro ao oitavo prêmio, a critério do(s) jurado(s). ART. 21 - Os animais classificados em 1° e 2° lugares nos campeonatos receberão respectivamente os títulos de Campeã(o) e Reservada(o) Campeã(o). ART. 22 - O título de Melhor Fêmea Jovem será disputado pelas campeãs Bezerra Mirim, Bezerra Júnior, Bezerra Sênior, Bezerra Intermediária e Novilha Mirim. Parágrafo Único – Para a disputa do título referido neste artigo há a necessidade de pelo menos dois animais campeões em pista. ART. 23 - Os títulos de Reservada Melhor Fêmea Jovem e Terceira Melhor Fêmea Jovem serão disputados pelas campeãs que não obtiveram o título anterior e a reservada campeã do campeonato de onde saiu a Melhor Fêmea Jovem. No caso em que a Melhor Fêmea Jovem e a Reservada Melhor Fêmea Jovem saírem do mesmo campeonato, participará também da disputa ao título de 3ª Melhor Fêmea Jovem a 3ª melhor colocada do campeonato que deu origem à Melhor Fêmea Jovem e à Reservada Melhor Fêmea Jovem. ART. 24 - Concorrerão ao título de Melhor Vaca Jovem as fêmeas que se sagraram campeãs: Novilha Júnior, Novilha Sênior, Vaca 3 anos Júnior e Vaca 3 anos Sênior. Parágrafo Único – Para a disputa do título referido neste artigo há a necessidade de pelo menos dois animais campeões em pista. ART. 25 - O título de Reservada Melhor Vaca Jovem será disputado pelas campeãs que não obtiveram o título anterior (Art. 24) e pela Reservada Campeã do campeonato de onde saiu a Melhor Vaca Jovem.
ART. 26 - O título de 3ª Melhor Vaca Jovem será disputado pelas campeãs restantes que não obtiveram os títulos anteriores (Art. 24 e 25), pelas Reservadas Campeãs dos campeonatos que deram origem à Melhor Vaca Jovem e Reservada Melhor Vaca Jovem e pela 3ª colocada quando a Melhor Vaca Jovem e a Reservada Melhor Vaca Jovem saírem do mesmo campeonato. § 1º – Somente disputam o título de Melhor Vaca Jovem, Reservada Melhor Vaca Jovem e Terceira Melhor Vaca Jovem as fêmeas que estiverem em lactação. § 2º – As fêmeas campeãs, que estiverem em lactação, que não venham a participar da disputa do título de Melhor Vaca Jovem, por não haver concorrentes (atendendo ao Parágrafo Único do Art. 24), poderão concorrer ao título de Grande Campeã, Reservada Grande Campeã e Terceira Melhor Vaca, desde que respeitadas as normas deste Regulamento. ART. 27 - O título de Melhor Macho Jovem será disputado pelos campeões dos campeonatos Bezerro Mirim e Bezerro Júnior.
§ 1º – Para a disputa do título referido neste artigo há a necessidade de pelo menos dois animais campeões em pista.
Vaca 4 Anos, Vaca 5 Anos, Vaca Adulta e Vaca Vitalícia, executando-se os casos previstos no Art. 26, Parágrafo Segundo.
§ 2º – O campeão Bezerro Mirim ou campeão Bezerro Júnior que não obteve o título de Melhor Macho Jovem disputará o título de Reservado Melhor Macho Jovem, juntamente com o Reservado Campeão do campeonato onde saiu o Melhor Macho Jovem.
Parágrafo Único – Para a disputa do título referido neste artigo há a necessidade de pelo menos dois animais campeões em pista.
§ 3º – O Melhor Macho Jovem e o Reservado Melhor Macho Jovem não participam da disputa do Grande Campeonato de machos. ART. 28 - O título de Grande Campeão será disputado pelos campeões Júnior Menor, Júnior Maior e Touro Jovem. Parágrafo Único – Para A disputa do título referido neste artigo há a necessidade de pelo menos dois animais campeões em pista. ART. 29 - Concorrerão ao título de Grande Campeã as fêmeas que se sagraram campeãs nos seguintes campeonatos: Melhor Vaca Jovem,
ART. 30 - Os títulos de Reservada(o) Grande Campeã(o) serão disputados pelas(os) campeãs(ões) que não obtiveram os títulos anteriores (Art. 28 e 29) e a(o) Reservada(o) Campeã(o) do campeonato de onde saiu a(o) Grande Campeã(o). ART. 31- O título de 3ª Melhor Vaca será disputado pelas campeãs restantes que não obtiveram os títulos anteriores (Art. 29 e 30), pelas Reservadas Campeãs dos campeonatos que deram origem à Grande Campeã e Reservada Grande Campeã e pela 3ª colocada quando a Grande Campeã e Reservada Grande Campeã saírem do mesmo campeonato. ART. 32 - No julgamento de Melhor Úbere haverá um 1º, um 2º e um 3º prêmio, nomeados de Melhor Úbere,
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2º Melhor Úbere e 3º Melhor Úbere, respectivamente, que serão exclusivos para vacas em lactação, separadas por grau de sangue, e em dois campeonatos - Melhor Úbere Jovem: concorrerão os melhores úberes das fêmeas com até 48 meses de idade, eleitos pelo(s) jurado(s), e Melhor Úbere Adulto: concorrerão os melhores úberes das fêmeas acima de 48 meses de idade, eleitos pelo(s) jurado(s). Poderá ser procedida a ordenha dos animais em pista para avaliação do úbere vazio, a critério(s) do(s) jurado(s). ART. 33 - Para a disputa do Campeonato Vaca Vitalícia, além da idade acima de 96 meses, as vacas terão de ter no mínimo duas lactações oficiais encerradas e válidas com no mínimo 180 dias de duração, e no mínimo dois produtos já registrados (filhos ou filhas) com genealogia conhecida (GC), ou seja, livro fechado. Tais documentos deverão ser apresentados juntamente com a inscrição do animal ou conferidos no Serviço de Controle Leiteiro e no Serviço de Registro Genealógico da Raça Girolando (SRGRG). ART. 34 - Para a disputa de Progênie de Pai deverão ser observadas as seguintes normas: A) Conjunto de progênie constituído de 03 animais no mínimo, permitindo-se 01(um) macho; B) Filhos do mesmo reprodutor e de propriedade do mesmo expositor, comprovado através do Certificado de Controle ou de Registro; C) O julgamento será feito por grau de sangue da progênie; D) Não podem fazer parte do mesmo conjunto de pai, irmãos próprios; E) Os animais para comporem os conjuntos de progênies deverão obrigatoriamente passar pela pista de julgamento em seus respectivos campeonatos, não tendo necessidade de serem premiados nos mesmos; F) O expositor não poderá dividir os animais filhos do mesmo reprodutor em dois ou mais conjuntos. Exemplo: 06 (seis) produtos do mesmo grau de sangue, filhos de um único touro, não podem ser divididos em dois conjuntos de 03 (três) animais. Somente pode participar um único conjunto com no mínimo 03 (três) animais.
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ART. 35 - Para a disputa de Progênie de Mãe deverão ser observadas as seguintes normas: A) Conjunto de progênie constituído de 02 (dois) animais no mínimo, permitindo-se 01(um) macho; B) Os animais do conjunto devem ser de propriedade do mesmo expositor, filhos de uma mesma matriz, comprovados através do Certificado de Controle ou de Registro; C) O julgamento será feito por grau de sangue da progênie; D) Não podem fazer parte do mesmo conjunto de mãe, irmãos próprios; E) Os animais para comporem os conjuntos de progênies deverão obrigatoriamente passar pela pista de julgamento em seus respectivos campeonatos, não tendo necessidade de serem premiados nos mesmos; F) O expositor não poderá dividir os animais filhos da mesma matriz em dois ou mais conjuntos. Exemplo: 04 (quatro) produtos do mesmo grau de sangue, filhos de uma única matriz, não podem ser divididos em dois conjuntos de 02 (dois) animais. Somente pode participar um único conjunto com no mínimo 02 (dois) animais. § 1º – Os conjuntos participantes dos campeonatos de Progênie de Pai e Progênie de Mãe serão premiados do 1º ao 8º prêmio, recebendo os títulos de Melhor Progênie, 2ª Melhor Progênie, 3ª Melhor Progênie e assim sucessivamente, até o 8º conjunto premiado. Os comentários técnicos do(s) jurado(s) serão direcionados da 5ª Melhor Progênie à Melhor Progênie. § 2º – Os conjuntos premiados nos campeonatos de Progênie de Pai e Progênie de Mãe receberão pontuações conforme a tabela de pontos para julgamento deste Regulamento. CAPÍTULO VIII DA CONTAGEM DE PONTOS ART. 36 - Objetivando determinar o Melhor Expositor e o Melhor Criador de cada grau de sangue e o Melhor Criador/Expositor Geral será feita a contagem de pontos de acordo com a tabela apresentada abaixo, sendo estes valores multiplicados pelo
fator proporcional ao número de animais julgados por grau de sangue separadamente. Exemplo: A) Nº de pontos obtidos pelo expositor no grau ½ sangue = 100 pontos; B) Nº de fêmeas ½ sangue julgadas = 50 = peso (fator) 0,5; C) Total de pontos no grau ½ sangue = 100 x 0,5 = 50 pontos; D) Nº de pontos obtidos pelo expositor no grau 3/4 sangue = 100 pontos; E) Nº de machos e fêmeas 3/4 julgadas = 20 = peso (fator) 0,2; F) Total de pontos no grau 3/4 sangue = 100 x 0,2 = 20 pontos; G) Nº de pontos obtidos pelo expositor no grau 5/8 sangue = 100 pontos; H) Nº de machos e fêmeas 5/8 julgadas = 100 = peso (fator) 1,0; I) Total de pontos no grau 5/8 sangue = 100 x 1 = 100 pontos; J) Total de pontos para Melhor Expositor Geral = 50 + 20 + 100 = 170 pontos. atenção § 1º – Para a contagem de pontos das fêmeas, independentemente da idade, será atribuído um bônus de 15% (quinze por cento) por premiação obtida para as fêmeas de composição racial 5/8 Hol + 3/8 Gir e de 30% (trinta por cento) para as fêmeas Puro Sintético (PS). atenção § 2º – Será atribuído também um bônus de 15% (quinze por cento) na pontuação total para todas as fêmeas que participarão dos julgamentos a partir do Campeonato Novilha Júnior.
§ 3º – Serão declarados Melhor Criador, 2º Melhor Criador e 3º Melhor Criador, aqueles que alcançarem respectivamente, a maior somatória de pontos, por grau de sangue separadamente, com os animais de sua criação. A criação do animal será devidamente comprovada através do Certificado de Controle de Genealogia ou Registro Genealógico, com origem conhecida. § 4º – Serão declarados Melhor Expositor, 2º Melhor Expositor e 3º Melhor Expositor, aqueles que alcançarem respectivamente, a maior somatória de pontos, por grau de sangue separadamente, com os animais de sua propriedade. A propriedade do animal será devidamente comprovada através do Certificado de Controle de Genealogia ou Registro Genealógico.
§ 5º – Será declarado Melhor Criador / Expositor, aquele expositor que alcançar a maior somatória de pontos, em todos os graus de sangue, com os animais de sua criação, e que, obrigatoriamente sejam de sua propriedade, comprovados através do Certificado de Controle de Genealogia ou Registro Genealógico. § 6º – Gozarão de um bônus de 15% (quinze por cento) em sua pontuação, os animais submetidos ao Controle Leiteiro Oficial, com lactação válida de no mínimo 180 dias de duração, encerrada ou em andamento, dele próprio ou de sua mãe, comprovada através da apresentação do RIL (Relatório Individual de Lactação).
§ 7º – Os animais pertencentes aos conjuntos premiados nos campeonatos de Progênie de Pai e Progênie de Mãe, e que são filhos(as) de touros 5/8 Hol + 3/8 Gir ou Puro Sintético (PS), gozarão de mais um bônus de 15% (quinze por cento) em sua pontuação. § 8º – Nas exposições ranqueadas onde o julgamento for efetuado por comissão tríplice de jurados, será atribuída uma bonificação de 15% (quinze por cento) na pontuação obtida pelos animais premiados. CAPÍTULO IX DA OFICIALIZAÇÃO ART. 37 - As exposições oficializadas são divididas em quatro modalidades:
1) Torneio Leiteiro; 2) Mostra; 3) Exposição Homologada; 4) Exposição Ranqueada. ART. 38 - Para a oficialização na modalidade “Torneio Leiteiro” a organização do evento deverá seguir o regulamento específico para esta modalidade, respeitando-se também todas as normas contidas neste Regulamento. ART. 39 - A modalidade “Mostra” caracteriza-se pela apresentação de animais Girolando, independentemente da quantidade, desde que devidamente registrados, com a finalidade de divulgação e fomento da raça e da pecuária leiteira regional. Parágrafo Único – Na modalidade a que se refere este Artigo não haverá julgamento de animais. ART. 40 - Para a oficialização de evento na modalidade “Exposição Homologada” deverão ser atendidos os itens a seguir, respeitando-se todas as normas contidas neste Regulamento: a) Mínimo de 60 (sessenta) animais inscritos para julgamento; b) Mínimo de 05 (cinco) expositores; c) Obrigatoriamente 50% (cinquenta por cento) dos animais inscritos deverão possuir genealogia conhecida (GC), ou seja, livro fechado; d) Obrigatoriamente, todos os ani-
mais com até 24 (vinte e quatro) meses de idade deverão possuir genealogia conhecida (GC). Parágrafo Único – Os resultados obtidos em exposições homologadas não serão utilizados para a contagem de pontos do Ranking Nacional de Girolando. ART. 41 - Para a oficialização de evento na modalidade “Exposição Ranqueada” deverão ser atendidos os itens a seguir, respeitando-se todas as normas contidas neste Regulamento: a) Mínimo de 84 (oitenta e quatro) animais inscritos para julgamento; b) Mínimo de 07 (sete) expositores; c) Ter obrigatoriamente, um jurado de admissão; d) Obrigatoriamente, todos os animais inscritos deverão possuir genealogia conhecida (GC), ou seja, livro fechado. § 1º – Os resultados obtidos em exposições ranqueadas serão utilizados para a contagem de pontos do Ranking Nacional de Girolando, desde que atendidas as normas do regulamento do Ranking Nacional de Girolando e do regulamento de Exposições Oficializadas. atenção § 2º – Somente contarão pontuação para o Ranking Nacional de Girolando (a partir do ranking 2016/2017), as exposições que utilizarem o sistema de julgamento da Girolando, através de profissional devida-
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mente capacitado e habilitado para tal finalidade. ART. 42 - Após o julgamento, a comissão organizadora da exposição se responsabilizará por entregar ao jurado uma cópia do catálogo e dos laudos de julgamentos, devidamente assinados, bem como as totalizações dos pontos e os resultados divulgados ou remetê-los diretamente à Girolando no prazo máximo de 15 (quinze) dias, contados a partir do término do julgamento. Parágrafo Único – O jurado deverá encaminhar a documentação recolhida, quando for o caso, e o relatório de julgamento, à Girolando no prazo máximo de 15 (quinze) dias, contados a partir do término do julgamento, para os devidos registros e conferência dos dados. ART. 43 - A comissão organizadora do evento deverá, obrigatoriamente, disponibilizar gratuitamente à Girolando uma área próxima à pista de julgamento ou em local de visibilidade privilegiada, previamente acordado, com dimensão mínima de 9 m² (3m x 3m), com a finalidade de promover a divulgação institucional da Girolando e empresas parceiras. ART. 44 - As exposições que não oferecerem condições adequadas para a realização de julgamento, mostra de animais ou torneio leiteiro, bem como não fornecerem a documentação solicitada nos prazos estipulados, não terão os resultados oficializados. ART. 45 - Cabe à comissão organizadora do evento cumprir todas as normas estabelecidas nos regulamentos oficiais da Girolando. ART. 46 - A solicitação de oficialização de exposição deverá ser encaminhada à Girolando com antecedência mínima de 30 (trinta) dias e será incluída na agenda de eventos oficializados somente após sua aprovação. CAPÍTULO X DAS DISPOSIÇÕES GERAIS ART. 47 - Serão considerados expositores, e receberão credenciamento, aquelas pessoas ou entidades que tiverem ani-
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mais expostos ou estandes estabelecidos. ART. 48 - Para distribuição aos expositores e visitantes, serão impressos catálogos dos animais inscritos e dos resultados dos julgamentos, de acordo com a modalidade da exposição adotada. ART. 49 - São deveres e obrigações dos tratadores e apresentadores dos animais: A) Apresentarem-se bem trajados, com coletes da Girolando ou da organização da exposição; B) Cuidar e zelar pela limpeza dos pavilhões e locais onde os animais estiverem expostos; C) Receber o volumoso e cama, nos locais e horários determinados pela organização da exposição; D) Conduzir os animais aos locais de inspeção, julgamento e desfile. Parágrafo Único – Serão premiados os melhores tratadores / apresentadores, o pavilhão mais limpo e organizado, escolhidos por uma comissão designada para esta finalidade, a critério da comissão organizadora do evento.
ART. 50 - O Código de Ética do Expositor de Girolando deverá ser aplicado na íntegra em todas as exposições oficializadas pela Girolando. O referido código encontra-se disponível no site www.girolando.com. br ou poderá ser solicitado junto à entidade. Parágrafo Único – Em exposições oficializadas, a critério da comissão organizadora poderá ser utilizado o
exame de ultrassonografia do úbere, desde que respeitadas as normas estabelecidas no Código de Ética do Expositor de Girolando. ART. 51 - Todas as pessoas presentes no recinto da exposição ficam sujeitas a este Regulamento, qualquer que seja sua qualidade ou função, sendo que qualquer transgressão às suas determinações, sujeita o infrator às penalidades determinadas pela comissão organizadora. ART. 52 - A Girolando fornecerá coletes personalizados de identificação animal, bem como outros materiais para realização de divulgação institucional durante o evento, sem custo, os quais deverão ser devolvidos ao final do evento. ART. 53 - Os casos omissos neste Regulamento serão resolvidos pela comissão organizadora do evento, obedecendo aos princípios do Serviço de Registro Genealógico da Raça Girolando (SRGRG). ART. 54 - O CJRG, a Superintendência do SRGRG, o Conselho Deliberativo Técnico (CDT) e a Diretoria Executiva da Girolando, se reservam o direito de julgar e tomar decisões sobre assuntos não previstos neste Regulamento e sobre quaisquer irregularidades apresentadas. ART. 55 - Este Regulamento foi atualizado pela Superintendência Técnica da Girolando, com base nas determinações do Conselho Deliberativo Técnico (CDT), passando a vigorar a partir do 15º Ano do Ranking (2016/2017), após a Megaleite 2016.
TABELA DE PONTOS PARA JULGAMENTO – POR CAMPEONATO
GRANDE CAMPEÃ(O) RESERVADA(O) GRANDE CAMPEÃ(O) 3ª MELHOR VACA MELHOR VACA JOVEM RESERVADA MELHOR VACA JOVEM 3ª MELHOR VACA JOVEM MELHOR MACHO JOVEM RESERVADO MELHOR MACHO JOVEM MELHOR FÊMEA JOVEM RESERVADA MELHOR FÊMEA JOVEM 3ª MELHOR FÊMEA JOVEM
50 PONTOS 35 PONTOS 20 PONTOS 40 PONTOS 25 PONTOS 15 PONTOS 20 PONTOS 15 PONTOS 35 PONTOS 20 PONTOS 10 PONTOS
CAMPEÃ(O) RESERVADA(O) CAMPEÃ(O) MELHOR ÚBERE 2º MELHOR ÚBERE 3º MELHOR ÚBERE 3º PRÊMIO 4º PRÊMIO 5º PRÊMIO 6º PRÊMIO 7º PRÊMIO 8º PRÊMIO
20 PONTOS 15 PONTOS 20 PONTOS 15 PONTOS 10 PONTOS 10 PONTOS 05 PONTOS 04 PONTOS 03 PONTOS 02 PONTOS 01 PONTO
PARA CONTAGEM DE PONTOS DAS PROGÊNIES, INDEPENDENTEMENTE DO Nº DE ANIMAIS INTEGRANTES (POR CONJUNTO)
MELHOR PROGÊNIE (DE PAI OU MÃE) 2ª MELHOR PROGÊNIE (DE PAI OU MÃE) 3ª MELHOR PROGÊNIE (DE PAI OU MÃE) 4ª MELHOR PROGÊNIE (DE PAI OU MÃE) 5ª MELHOR PROGÊNIE (DE PAI OU MÃE) 6ª MELHOR PROGÊNIE (DE PAI OU MÃE) 7ª MELHOR PROGÊNIE (DE PAI OU MÃE) 8ª MELHOR PROGÊNIE (DE PAI OU MÃE)
40 PONTOS 30 PONTOS 20 PONTOS 10 PONTOS 08 PONTOS 06 PONTOS 04 PONTOS 02 PONTOS
REVISTA O GIROLANDO
GIROLANDO PELO BRASIL Capacitação na ABS “Diferenciação de grau de sangue na raça Girolando” foi tema de curso de capacitação ministrado no dia 8 de março, na central ABS Pecplan, em Uberaba (MG). Edivaldo Júnior, supervisor técnico da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, explicou as características raciais das três principais composições registradas pela entidade. O curso contou parte teórica, ministrada na sede da central, e parte prática, realizada em uma fazenda da região. O objetivo foi capacitar a equipe de avaliadores do Programa de indicação de touros Girolando para produção leiteira em sistemas tropicais (GPlan), que é responsável pelos acasalamentos dirigidos da raça, nas propriedades atendidas pelo Programa.
Bolivianos visitam a Girolando Para aumentar a produção leiteira da Bolívia, produtores rurais bolivianos querem adotar o modelo de pecuária desenvolvido no Brasil. O interesse maior é pela raça Girolando e pelo sistema de cooperativismo. Um grupo de 28 bolivianos visitou o Brasil para conhecer fazendas selecionadoras de Girolando, cooperativas e empresas na área de genética. No dia 09 de março, eles estiveram na sede da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando e participaram de uma palestra sobre o trabalho da entidade e sobre a seleção da raça, que foi ministrada pelo superintendente Técnico da entidade, Leandro Paiva.
dos no dia 26 de março, na sede da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, em Uberaba (MG). Foram premiados os técnicos de melhor desempenho em critérios pré-determinados. O técnico de registro do Escritório Técnico Regional de Belo Horizonte, André Nogueira Junqueira, venceu nas categorias Qualidade e Produção Absoluta, tornando-se, pelo segundo ano consecutivo, o Grande Campeão da Copa Girolando. Na categoria Quantidade de Associados, o vencedor foi o técnico do Escritório Técnico Avançado de Rondônia, Kléber Nunes Ribeiro. Na categoria Produção Relativa venceu o técnico do Escritório Técnico Regional de Belo Horizonte, Pétros Camara Medeiros. Em todas as categorias foram premiados os quatro primeiros colocados.
Palestra para produtores de Lins
Lançamento do Minas Pecuária O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, lançou no dia 24 de fevereiro, em Belo Horizonte, o programa Minas Pecuária, cujo objetivo é o fortalecimento do setor nos 17 territórios de desenvolvimento do Estado até 2018. Além da ampliação da competitividade, o projeto visa promover a geração e ampliação de renda do produtor rural, estabelecendo sistemas de produção sustentáveis e proporcionando aos produtores rurais meios e condições para apropriarem-se de tecnologias e de estratégias de gestão do sistema de produção. O presidente da Girolando, Jônadan Ma, e o diretor Luiz Carlos Rodrigues representaram a entidade no evento.
Produtores rurais da região de Lins (SP) participaram, no dia 25 de fevereiro, de uma palestra sobre as vantagens do uso da raça Girolando para produção de leite. Tema foi apresentado pelo técnico da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, Nilton Barcelos Júnior, que abordou o padrão racial de cada grau de sangue do rebanho Girolando e os tipos de cruzamento mais indicados para cada sistema de produção. Os participantes também conheceram as ferramentas de seleção disponíveis no Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando (PMGG), dentre elas o Teste de Progênie e o Controle Leiteiro. A palestra aconteceu no Parque de Exposições de Lins e foi realizada em parceria com o Laticínio Tirolez.
Campeões da Copa Girolando Os técnicos vencedores da Copa Girolando 2015 foram anuncia-
Capacitação de técnicos e jurados A Convenção Nacional e Atualização Técnica 2016, evento que antecedeu a Copa Girolando, permitiu aos técnicos da Associação aperfeiçoarem os conhecimentos sobre a raça. Realizado nos dias 25 e 26 de fevereiro, contou com palestras, atividades práticas da área de registro e melhoramento genético. Já os jurados que atuam em exposições de todo o Brasil e do exterior participaram do 5º Seminário de Revisão, Atualização e Harmonização dos Critérios de Julgamento da Raça Girolando. O evento dos dias 23 e 24 de fevereiro contou com palestras sobre regulamento das exposições, apresentação do Projeto “Tipo Ideal Girolando”, dentre outros assuntos, e simulações de julgamento de animais com base nas novas regras do regulamento. 37
REVISTA REVISTAO OGIROLANDO GIROLANDO
Girolando E VOCÊ
Novas tecnologias para a pecuária leiteira O desenvolvimento de novas tecnologias vem permitindo que a pecuária leiteira do Brasil eleve a produção e ofereça ao mercado um produto de qualidade. Durante o 1º Congresso Internacional da Raça Girolando/2º Congresso Brasileiro da Raça Girolando foram apresentadas novidades nas áreas de nutrição, manejo, sanidade, genética, pastagem e produção. O evento realizado entre os dias 19 e 21 de novembro, em Belo Horizonte (MG), contou com palestrantes brasileiros e de diversos outros países. Confira, a seguir, os principais pontos apresentados pelos palestrantes (as palestras também estão disponíveis no site da Girolando – www.girolando.com.br).
O cenário da pecuária de leite no Brasil e no mundo Palestrante: Paulo do Carmo Martins - presidente da Embrapa Gado de Leite. A Embrapa Gado de Leite já desenvolveu inúmeras soluções para a pecuária leiteira, tais como: vídeos temáticos e programas educativos; EADLeite - programa de capacitação pela internet; softwares de gestão de propriedade; soluções em inteligência de mercado; melhoramento genético - sumários de touros; técnicas de manejo, tratamento de água, nutrição; novas forrageiras; nanotecnologias, etc. Dos principais sistemas agroindustriais do Brasil, o leite é o de maior faturamento, o que gera mais emprego, o único presente em todo o território nacional, o mais desorganizado. Problemas: fraudes, tributação discriminatória, visão de curto prazo, oportunismo. 38
Melhores resultados vão depender de ação conjunta do setor.
Panorama da raça Girolando no Brasil e no mundo Palestrante: Leandro Paiva – superintendente Técnico da Girolando. Principais características do gado Girolando: Excelente rentabilidade em sistemas rústicos de produção e em sistemas com alta tecnologia; rusticidade; longevidade; fertilidade; precocidade. A raça conta com programa de melhoramento genético (PMGG), que vem permitindo melhorar vários índices, tais como: produção, idade ao primeiro parto, intervalo entre partos, etc. Várias pesquisas em andamento.
Avanços e perspectivas do Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando
Palestrante: Marcos Vinícius Gualberto Barbosa da Silva – pesquisador da Embrapa Gado de Leite. O PMGG terá várias ações implantadas a partir de 2016, tais como: Beta-caseína - Alguns estudos têm demonstrado que o alelo A2 reduz o risco de doenças cardíacas e diabete tipo I em crianças; todos os touros Girolando serão genotipados para beta-caseína. Implementação da seleção genômica no Girolando, de modo a potencializar os resultados do Teste de Progênie; identificação dos genes associados às características de importância econômica nessas duas raças; disponibilização, aos criadores, das ferramentas genômicas para seleção de touros e de vacas.
Sistemas de produção de leite a pasto com gado Girolando Palestrante: Adilson Aguiar – professor da Fazu.
Principais passos para implantação da pastagem: Escolha da área; medida e mapeamento da área; amostragem e análise de solo; estudo do ambiente - clima, solo, pragas e doenças; escolha da espécie forrageira; planejamento (operações, início e final, insumos, serviços, máquinas, cotações e compra, transporte e armazenamento de insumos); execução; limpeza do terreno; correção do solo; preparo do solo; compra de sementes (4,6 e 14,3% ou 1,8 a 6,3% do investimento e 1,96 a 6,77% ou 1,1 a 3,92% do custo fixo) ou mudas; método de semeadura; época de plantio; condições climáticas; cobrimento das sementes e mudas; adubação de plantio; controle de plantas invasoras; o primeiro uso – corte ou pastejo.
Utilização de cruzamentos e resultados em rebanhos de Girolando Palestrante: José Reinaldo Mendes - Pesquisador da Epamig. Fêmea F1 H/GIR Girolando é uma alternativa para o sistema de produção prevalente no Brasil. Adaptação com eficiência produtiva e reprodutiva associada a baixo custo. Fêmea F1 HGIR - Girolando é importante na produção de outros genótipos mestiços para a pecuária leiteira. É necessária a produção regular para o mercado de fêmeas com esta composição genética e com custo acessível. O desafio é conseguir que vacas F1 Holandês x Gir - Girolando expressem todo o seu potencial genético para produção de leite nas primeiras lactações e com redução do período de serviço no primeiro parto.
Gestão de propriedades leiteiras Palestrante: Regis Ferreira – consultor Rehagro. As grandes mudanças socioculturais, políticas, tecnológicas e eco-
nômicas que caracterizam o cenário atual das organizações exigem qualificação das pessoas envolvidas para dominar tecnologias sofisticadas e atuar em ambiente competitivo. Tipos de impactos gerados pelos treinamentos: Produtividade – 87%; Clima da equipe – 79%; Redução de custos – 74%; Imagem externa – 56%; Rentabilidade – 57%; Inovação – 56%; Aumento da receita – 50%.
Saúde ruminal e seus efeitos na produção de leite Palestrante: Ronaldo Braga Reis – professor da UFMG. Alguns cuidados que devem ser tomados para garantir a saúde ruminal são: Minimizar flutuações de pH e controlar concentração de lactato. Reduzir riscos de doenças entéricas, metabólicas. Melhorar desenvolvimento do rúmen, a eficiência ruminal de utilização de energia, de proteína, da fibra e MO, o metabolismo intermediário e de minerais. Melhorar o nível e a eficiência do desempenho animal.
Manejo sanitário em rebanhos Girolando Palestrante: Elias Jorge Facury Filho – professor da UFMG. Levantar os fatores de risco para cada categoria na propriedade. Adotar programas de saúde: controle sanitário na entrada de animais; monitoramento periódico de doenças infecciosas; controle de fontes de contaminação; controle de vetores e fômites; programas de vacinação; estratégias de controle de doenças específicas. Olhar a fazenda como um todo: Reconhecer as fases de maior risco; diferençar entre fisiológico e
patológico; realizar leitura frequente da fazenda; instituir formas de monitoramento; implementar geração de índices sanitários.
Qualidade do leite em rebanhos leiteiros Palestrante: Marcos Veiga – professor da USP Pirassununga. Programa de controle de mastite: Avalie a situação – Qual o impacto do problema? Custo? Mastite clínica e subclínica (CCS do tanque); Identifique as causas – identificar vacas alta CCS, culturas, causas da mastite; O que fazer –como, quando?; Definir metas e protocolos (segregação, secagem, ordenha, tratamentos, descarte). Desafios para melhoria da qualidade do leite: incentivos; programas de capacitação de produtores/funcionários; pagamento por qualidade; assistência técnica; penalidades; cadastro nacional de produtores; revisão do RIISPOA; destinação de leite não conforme.
Análise econômica da atividade leiteira com Girolando Palestrante: Christiano Nascif – EDUCAMPO. Como ser eficiente na pecuária leiteira? Coleta de informações: planejar banco de dados organizado e atualizado; gerenciar análises e interpretação dos dados (custo de produção); equilibrar gastos com concentrado; buscar a eficiência e minimizar os riscos.
Parâmetros reprodutivos em rebanhos leiteiros Palestrante: Carlos Antônio de Carvalho Fernandes – Unifenas. Fêmeas Girolando são excelentes alternativas para produção de leite no Brasil.
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Vacas com grau de sangue diferente devem ser tratadas de forma diferente, inclusive com relação ao manejo. Para melhorar a eficiência reprodutiva levar em conta alternativas para reduzir o anestro pós-parto. Raça que mais produz embrião no Brasil, com perspectiva de crescimento. A Pive é a alternativa para manutenção do grau de sangue e apresenta excelente resultado.
Seleção genômica aplicada a raças sintéticas Palestrante: Jérémie Vandenplas - Wageningen University and Research Centre. Seleção genômica pode melhorar a resposta de seleção diminuindo o número de animais selecionados como pais em potencial. Identificação de animais com mérito genético superior mesmo antes do nascimento. Reduzir o risco do uso de touros jovens. Aumento da confiabilidade do EBV sobre pai.
Avaliação e efeitos do temperamento animal em rebanhos Palestrante: Mateus Paranhos – professor da Unesp Jaboticabal. Temperamento não é comportamento, ao contrário, é um conceito criado para definir características individuais que têm efeitos sobre o comportamento. Temperamento: avalia-se por meio de escore a docilidade do animal. Os escores variam de 1 a 9, sendo 1 para animais extremamente bravios e 9 para animais extremamente dóceis. Iniciativas em andamento com rebanho Girolando: identificar quais medidas são as mais indicadas (práticas, confiáveis e objetivas) para avaliar o temperamento de bovinos Girolando; avançar na obtenção de estimativas de herdabilidade para medidas de temperamento e de suas correlações genéticas com características de im-
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portância econômica para a Gir e Girolando (p. ex. produção de leite e conformação); avaliar a possibilidade de utilização das medidas de temperamento como critérios de seleção no Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando.
tensivo no período das águas com suplemento, concentrado no cocho; intensivo no período da seca - Loosing-house com ração. Tem 610 vacas em lactação 5/8 e 3/4.
Avanços e perspectivas da raça Girolando na Venezuela
Criador: José Renato Chiari. Produção de 12.000 litros de leite/dia - a pasto irrigado: 8.500 litros/dia (71%); confinamento: 3.500 litros/dia (29%). Média de 30 litros por animal confinado; média de 20 litros por animal a pasto. Produção por área a pasto irrigado: 50.000 litros de leite por hectare/ ano. Fazenda localizada em Morrinhos (GO).
Palestrante: Andres Kowalski – diretor geral da Fundação NADBIO (Venezuela). Vacas Girolando da última importação do Brasil mostraram ter capacidade de produção maior que o gado local. Genética: composição genética diferente de animais Girolando permite sua adaptação às condições agroclimáticas diversas da Venezuela. A melhor composição racial para a Venezuela está baseada na capacidade do produtor de continuar a melhorar a produção nacional. Devemos melhorar a qualidade genética do rebanho. Capacitação dos nossos produtores e seus funcionários é vital.
Casos de Sucesso Fazenda do Basa Criador: Evandro do Carmo Guimarães. As Fazendas do Basa iniciaram suas atividades na década de 70, em Muriaé MG, produzindo leite com vacas Girolando. Atualmente, produzem fêmeas F1, acasalando as melhores doadoras Gir Leiteiro adquiridas com os provados touros Holandeses.
Cia. Cialne Gerente: Péricles Montezuma. Cia. de Alimentos do Nordeste existe desde 1966; é sediada em Fortaleza e pertence à família Carneiro. Sistema de produção ex-
Fazenda São Caetano
Cabana Curichi Grande - Bolívia Criador: Glovert Esteban Eguez Foianini. Vacas de descarte comercializadas para mercado local a bom preço. Machos engordados a pasto terminados em confinamento com PP 420kg aos 2 anos. Forte demanda de fêmeas para reposição.
Instituto de Problemas Nacionais da Universidade de San Carlos de Guatemala Chefe da divisão Tecnológica e Científica: Luis Alfonso Leal Monterroso. Leite processado pela indústria gira em torno de 104 milhões ao ano. Já a quantidade processada pela indústria informal representa 82% do total produzido no país. As indústrias formais são 25 e as informais são 175. Capacidade instalada da indústria formal é de 400.000 litros/ dia.
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NOVOS SóCIOS
OS NOVOS COMPANHEIROS GIROLANDISTAS ESTES SÃO OS NOVOS CRIADORES, E ENTIDADES DE CLASSE QUE PASSARAM A INTEGRAR O QUADRO SOCIAL DA GIROLANDO NOS MESES DE DEZEMBRO 2015, JANEIRO E FEVEREIRO 2016. Nº CRIADOR MUNÍCIPIO 8017 Abrão Lima Maia Limoeiro do Norte – CE 8056 Ademar Furtado da Silva Araputanga – MT 8057 Aeder Trava Nates Mirassol D´Oeste - MT 8384 Agropecuária Santa Júlia São Paulo – SP 8619 Ana Carolina Mendes Graçano Barroso – MG 8394 André de Melo Jataí – GO 8395 André Luis Sousa Silva Brasília – DF 8379 Antônio de Paula Gonçalves Uberlândia – MG 8474 Antônio Luciano Catisti Cosmópolis – SP 8390 César Eduardo Brandão Sarmento Brumadinho – MG 8388 Coop. Agropecuária Vale do Rio Doce Governador Valadares – MG 8447 Daniel Delitte Santa Cruz De La Sierra – (Bolívia) 8378 Dárcio Pires Caetano Jandaia – GO 8592 David Pinto Coelho Ipatinga – MG 8402 Débora Marques Vieira Norato Anicuns – GO 8392 Dennis Lester Martins de Morais Ibiá – MG 8019 Eduardo de Araújo Fontes Sobral – CE 8383 Eduardo Vianelo Damasceno Arenópolis – MT 8449 Elton Moreno Lunhani Emilianópolis – SP 8406 Emerson Faria do Amaral Patos de Minas – MG 8376 Hernane B. Fernandes / Hélio Antônio Fernandes Uberaba – MG 8589 Humberto Garcia Machado Pompéu – MG 8389 José Antônio Grillo Ivo Rio de Janeiro – RJ 8258 José Caetano do Amaral Cláudia – MT 8405 José Eduardo Eguezel Hage Santa Cruz De La Sierra – (Bolívia)
Conselho de Representantes Estaduais: AL – Domicio José Gregorio A. Silva AL – Marcos Ramos Costa BA – Ângelo Lucciola Neto BA – Luiz Hage Rebouças (Rep) BA – Valdemir Acácio Osório (Rep) CE – Francisco Teógenes Sabino DF – Cézar Mendes DF – Geraldo de Carvalho Borges DF – Rúbio Fernal Ferreira e Sousa DF – Walter Alves de Queiroz ES – Elimário Perterle Fiório GO – Itamir Antônio Fernandes Vale GO – Luiz Fernando Della Corte GO – Thiago Araujo Dias da Costa MG – Ângelo André F. Júnior MG – Breno Barbosa Costa MG – Emílio Afonso F. Fontoura MG – Fabiano Rodrigues Lopes MG – Fabrício Siqueira MG – Fernando Peres Nunes MG – Gustavo Frederico Burger Aguiar MG – Horácio Moreira Dias MG – João Machado Prata Júnior MG – Jorge Papazoglu MG – José Afonso Mota Ronzani MG – Luciano Gouveia Filgueiras MG – Luiz Fernando Reis MG – Luiz Paulo Levate MG – Márcio Luiz Mendonça Alvim MG – Maria Cristina Alves Garcia MG – Minoro Hélio Maurício Y. Júnior (in memoriam) MG – Paulo Henrique Machado Porto
MG – Paulo Melo Salomão Gonçalves MG – Paulo Roberto Andrade Cunha MG – Plácido Borges Campos MG – Rodrigo Ribeiro Inácio MS – Adão Paes Sandim MS – Anísio Manoel da Silva MS – Nilo Alves Ferras v MT – Aylon Neves (Rep) MT – João Nilson Pinto de Barros MT – Luciano Lacerda Nunes PA – José Luiz Dantas PE – Alexandre Saraiva de Moraes PE – Gustavo Alberto C. de Miranda PE – José Adilson da Slva PE – Waldemar de Brito Cavalcanti Filho PR – Ronald Rabbers RJ – Jean Vic Mesabarba RJ – José Gabriel Souza Machado RJ – Roberto Pimentel de Mesquita RS – Carlos Jacob Wallauer SP – Danilo Carvalho Michelin SP – Eduardo Lopes de Freitas (Rep) SP – Fructuoso Roberto de Lima Filho SP – Guilherme Ribeiro Meirelles SP – João Carlos de Andrade Barreto SP – João Eduardo Reis Benini SP – Lauro Teixeira Pena SP – Mateus Ribeiro Abdal SP – Miltom Okano SP – Paulo Yamamoto SP – Virgílio Pittom SP – Waldir Junqueira de Andrade
Nº CRIADOR MUNÍCIPIO 8059 Jesulino dos Santos Cerqueira Mirassol D´Oeste – MT 8397 Joacy de Almeida Júnior Feira de Santana – BA 8380 João Mauro Rio de Janeiro – RJ 8055 Juliano Barros Ferreira Araputanga – MT 8613 Kleber Villela Araújo São Vicente de Minas – MG 8400 Leonardo Oliveira Gonçalves Barbacena – MG 8547 Lourival Caetano Rodrigues Costa Marques – RO 8602 Lucas Furtado dos S. P. Barbosa Oliveira – MG 8387 Luciano Martins Mendes São Gotardo – MG 8377 Luiz Henrique de Almeida Penha Machado – MG 8399 Marcos Antônio Rosa Dom Viçoso – MG 8381 Marcos Oliveira de Almeida Itaberaba – BA 8738 Paulo Afonso Romano Brasília – DF 8396 Paulo Cezar Nacif Pará de Minas – MG 8404 Oscar Ciro Pereyra Schirmer Santa Cruz De La Sierra - (Bolívia) 7281 Rafael Silva Gomes Montes Claros – MG 8382 Rodrigo Suhadolnik Silveira Passos – MG 8299 Tarcísio de Andrade Lopes Patrocínio Paulista – SP 8603 Thiago de Melo Silva Abaeté – MG 8391 Valmir Alves da Silva Senhor do Bonfim – BA 8739 Vicente Moraes Filho Patrocínio – MG 8403 Zacarias Ribera Flores Santa Cruz De La Sierra – (Bolívia) 8386 Walter de CarvalhoJúnior Araxá – MG 8398 Wilson Inácio da Silva Arenápolis - MT
Representantes Nomeados RO- Darcy Afonso da Silva Neto RO- Walter Waltenberg Silva Júnior RN- Ricardo José Roriz da Rocha RN- Alexandre Carlos Mendes
TO- Napoleão Machado Prata PB- Antônio Dimas Cabral SE- Lafayette Franco Sobral AM- Ildo Lúcio Gardingo
Associação Brasileira dos Criadores de Girolando Triênio 2014-2016 Presidente: Jônadan Hsuan Min Ma 1º Vice-Presidente: Magnólia Martins da Silva 2º Vice-Presidente: Nelson Ariza 3º Vice-Presidente: João Domingos G. dos Santos 4º Vice-Presidente: Olavo de Resende B. Júnior 1º Diretor-Administrativo: José Antônio da S. Clemente 2º Diretor-Administrativo: Jorge Luiz M. Sampaio 1º Diretor-Financeiro: Luiz Carlos Rodrigues 2º Diretor-Financeiro: Odilon de Rezende B. Filho Relações Inst. e Comerciais: Ronan Rinaldi de S. Salgueiro Conselho Fiscal: Thiago Bianchi Silveira Alexandre Honorato Ricardo Miziara Jreige Suplentes Conselho Fiscal: Afonso Celso de Resende Eire Ênio de Freitas Roberto Almeida Oliveira
Conselho Consultivo: Everardo Leonel Hostalácio Renato Cunha Oliveira José Geraldo Vaz Almeida Roberto Antônio P. de M. Carvalho Marcelo Machado Borges Suplentes Conselho Consultivo: Aurora Trefzger Cinato Real Silvío de Castro Cunha Júnior Leonardo Xavier Gonçalves José Ricardo Fiuza Horta Guilherme Marquez de Resende Conselho Deliberativo Técnico Limírio Bizinotto João Carlos Vianna Carvalho Ribeiro Leandro Paiva Celso Menezes Daniella Martins Edgar Rodrigues José Renato Chiari José Jacinto Júnior Juscelino Ferreira Marcelli de Oliveira Ronaldo Braga Reis Tiago Ferreira Valério Guimarães Walter Roriz
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Girolando E VOCÊ
Prestação de Contas e Balanço 2015 Tel (55 31) 3262 4044 Fax (55 31) 3261 7273 www.bdobrazilrcs.com.br
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS CRIADORES DE GIROLANDO Balanços patrimoniais Em 31 de dezembro de 2015 e 2014
Rua Pernambuco, 1077 - 3º andar - Savassi - Belo Horizonte - MG 30130-151
RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Aos Administradores e Associados da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando Uberaba – MG
(Valores expressos em Reais, exceto quando indicado de outra forma) Ativo 2015 Circulante Caixa e equivalentes de caixa Recursos vinculados a projetos e convênios Contas a receber Estoques Adiantamentos diversos Não circulante Outras ativos a receber Imobilizado Intangível
2014
544.867 626.746 830.685 92.140 38.714 2.133.152
1.201.573 428.041 851.776 136.124 96.423 2.713.937
2.500 1.208.740 113.510 1.324.750
2.500 1.138.704 163.635 1.304.839
3.457.902
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Examinamos as demonstrações contábeis da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando (“Associação ou Entidade”), que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2015 e as respectivas demonstrações do superávit do exercício, dos resultados abrangentes, das mutações do patrimônio social e dos fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas. Responsabilidade da Administração sobre as demonstrações contábeis A Administração da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas demonstrações contábeis individuais de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis às entidades sem finalidade de lucro (ITG 2002 - R1 – Entidades sem finalidade de lucros) e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração dessas demonstrações contábeis livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro. Responsabilidade dos auditores independentes
Total do ativo Passivo e patrimônio social Circulante Fornecedores Obrigações sociais e trabalhistas Obrigações vinculadas a projetos e convênios Impostos a recolher
Patrimônio social Superávits acumulados
Total do passivo e patrimônio social
2015
2014
172.508 129.387 626.746 2.444 931.085
124.920 205.881 449.468 20.081 800.350
2.526.817 2.526.817
3.218.426 3.218.426
3.457.902
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Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis estão livres de distorção relevante. Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações contábeis. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis, independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações contábeis da Associação para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para fins de expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos da Associação. Uma auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto.
Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para 3 fundamentar nossa opinião.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS CRIADORES DE GIROLANDO Opinião sobre as demonstrações contábeis
Demonstrações do superávit (déficit) Em 31 de dezembro de 2015 e 2014 (Valores expressos em Reais, exceto quando indicado de outra forma) 2015 Receita operacional líquida Custo dos serviços prestados e mercadorias vendidas Lucro bruto
2014
4.906.422 (712.319) 4.194.103
5.668.617 (570.435) 5.098.182
(3.196.346) (3.294.826) (451.925) 1.979.668 (4.963.429)
(2.359.818) (3.088.975) (239.084) 1.333.067 (4.354.810)
Em nossa opinião, as demonstrações contábeis acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando em 31 de dezembro de 2015, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo nesta data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.
Belo Horizonte, 10 de março de 2016. Despesas/receitas operacionais Despesas administrativas e comerciais Despesas com pessoal Outras despesas operacionais Outras receitas operacionais
Resultado operacional antes das receitas/(despesas) financeiras, líquidas Receitas financeiras Despesas financeiras Receitas/(despesas) financeiras, líquidas Déficit/(superávit) líquido do exercício
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(769.326)
743.372
BDO RCS Auditores Independentes SS CRC 2 SP 013846/O-1-S–MG
546.030 (468.313) 77.717
356.963 (315.649) 41.314
Francisco de Paula dos Reis Júnior Contador CRC 1 SP 139268/O-6-S-MG
(691.609)
784.686
Paulo Eduardo Santos Contador CRC 1 MG 078750/O-3
Relatório das atividades de 2015 1. Implantação do ProFêmeas em MG- em andamento RO, AL, RN,SP,GO.
7. Implantação DE 11 ETA’s – transformação de 4 ETR’s
15. Consolidação do Projeto Genoma Girolando-Embrapa-CRV-Zoetis
2. Assinatura de Convênio TécnicoCientífico com Bolívia e Guatemala
8. Implantação do Depto de Projetos da Girolando
16. Emendas Parlamentares Estaduais/MG para aquisição de 3 veículos PMGG e ProFêmeas
3. Realização 1º Congresso Internacional /2º Brasileiro da Raça Girolando
9. Implantação do CMRS
17. Efetivação da premiação por lactações encerradas de rebanhos colaboradores
4. Assinatura de Protocolo de Intenções ao Convênio Técnico- Cientifico com Equador, Colômbia, Venezuela, Costa Rica, El Salvador, Nicarágua e Rep. Dominicana 5. Efetivação como mantenedor do Instituto Pensar Agro da Frente Parlamentar da Agropecuária do Congresso Nacional.
10. Implantação do Projeto Tipo Ideal do Girolando 11. Implantação do Projeto Girolando nas cooperativas 12. Implantação do Projeto Girolando nas Universidades 13. Implantação do Jornal O Girolandista
6. Efetivação como membro titular da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite e Derivados – MAPA
14. Reforma do Estatuto Social da girolando
18. Intensificação das auditorias dos controles leiteiros e controladores 19. Parcerias comerciais com Clinica do Leite; Linkgen e Clube Master 20.Ampliação da sede administrativa 21.Projetos de capacitação do corpo administrativo 22.Conquista do Troféu Agroleite 2015ASSOCIAÇÃO CRIADORES
Controles e registros genealógicos efetuados pela Girolando de 1989 a 2015 ANO
CGN/RGN
CGD/RGD (GC)*
CGD (GD)*
CGD/RGD (GC+GD)**
RF
TOTAL
1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015
700 1.800 2.571 3.490 4.149 4.716 4.809 5.106 6.175 6.436 7.113 7.285 7.061 8.876 10.194 10.566 10.785 11.816 11.121 13.279 15.919 18.303 20.987 28.506 32.865 33.839 40.317
34 71 143 255 360 1.197 1.534 2.089 2.320 2.369 2.178 2.488 2.627 3.040 3.826 3.401 4.339 4.161 4.631 5.376 6.337 7.234 8.247 10.614 13.671 16.131 20.346
7.070 14.171 15.600 14.375 18.152 24.473 25.238 29.509 33.758 35.368 29.865 39.107 41.686 29.427 30.757 35.533 37.545 37.252 41.750 62.747 78.680 64.445 64.054 53.913 40.908 53.663 38.302
7.104 14.242 15.743 14.630 18.512 25.670 26.772 31.598 36.078 37.737 32.043 41.595 44.313 32.467 34.583 38.934 41.884 41.413 46.381 68.123 85.017 71.679 72.301 64.527 54.579 69.794 58.648
0 5 174 1.031 896 2.175 3.328 3.201 2.784 2.789 4.434 2.748 4.030 4.011 4.918 5.999 3.589 2.016 2.362 2.273 2.105 3.430 3.998 3.264 1.883 2.738 2.212
7.804 16.047 18.488 19.151 23.557 32.561 34.909 39.905 45.037 46.962 43.590 51.628 55.404 45.354 49.695 55.499 56.258 55.245 59.864 83.675 103.041 93.412 97.286 96.297 89.327 106.371 101.177
Total
328.784
129.019
959.046
1.067.719
72.393
1.527.544
*GC - controle ou registro definitivo de animais com genealogia conhecida. GD - controle definitivo de animais com genealogia desconhecida. **Somatória de GC + GD, corresponde ao total de controles e registros definitivos realizados.
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Considerações da Diretoria Executiva sobre os Resultados de 2015 1. O ano de 2015 foi bastante favorável nos índices de produção da Girolando e desfavorável em termos econômicos, em função do quadro recessivo do país que afetou sensivelmente o nosso segmento. 2. Atingimos 101.177 registros de animais da raça Girolando, excelente número para um ano considerado extremamente crítico na economia. 3. Podemos ver no quadro da página anterior sobre as estatísticas do registro genealógico, que atingimos a marca de 1.527.544 controles e registros genealógicos efetuados pela Girolando no período de 1989 a 2015. 4. Pela primeira vez nestes 27 anos, o número de registros CGN/RGN (Livro Fechado) superou o de CGD/ GD (Livro Aberto), objetivo este tão almejado por todos nós Girolandistas. Isso confirma que a Associação está no caminho certo com o Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando (PMGG). 5. Se por um lado obtivemos números que expressam o crescimento do trabalho de seleção da raça e o seu sucesso, por outro tivemos substancial queda de receitas em relação a 2014, devido a fatores que independem de nosso controle.
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Um desses fatores foi a redução no registro de animais Livro Aberto (LA), que ocorreu por duas razões: os de LA têm valores mais elevados que os de LF e apenas 50% a 60% dos animais com CGN são efetivados com CGD. 6. Quanto aos custos gerais da Associação, tivemos aumentos substanciais em todos os setores ao longo do ano, em grande parte devido ao processo inflacionário de 2015. 7. Destacamos, em especial, o maior evento da Associação, a MEGALEITE, que cronicamente sempre foi deficitária, mas que em 2015, teve um déficit incomum na ordem de R$480.491,83 (Receita de R$345.685,63 x Despesas de R$826.177,46), proveniente da sensível queda nas receitas, motivada principalmente pelo menor número de animais expostos e perdas na arrecadação de leilões e de patrocínios de empresas. A Megaleite foi, em 2015, a causa maior do resultado operacional negativo do exercício. 8. O Balanço de 2015 também teve um impacto no passivo na ordem de R$108.685,96 na conta de Despesas - Provisão de Perdas -Outras Contas a Receber, para acerto
do saldo contábil com o financeiro, baixando as parcelas de títulos vencidos há mais de 5 anos, desde o ano de 2000 até 31/12/2010, por exigência legal da BDO Auditores Independentes, ajuste este necessário para corrigir, de vez, um problema de tão longa data, que veio afetar nosso resultado do exercício. 9. A Diretoria Executiva, com o apoio dos Conselhos e da grande maioria dos associados, com o firme objetivo de reverter este quadro altamente deficitário da Megaleite, também ousou mudar o local de realização da mesma, uma vez garantidos os recursos a fundo perdido, provenientes de Convênio assinado com a Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig), do Governo do Estado de Minas Gerais, para que a realização desta grande exposição não mais demande o caixa da Associação e assim a realizemos com pleno sucesso e sem gerar prejuízos à Girolando. 10. A Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, por meio de sua Diretoria e equipe de colaboradores, está altamente empenhada e comprometida em buscar os melhores resultados econômico-financeiros, técnicos e sociais, estatutariamente fundamentados, para os seus 3.080 associados.
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