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stamos iniciando uma nova etapa à frente da nossa Associação após as eleições, com a oportunidade de darmos continuidade aos nossos trabalhos e desenvolver novos projetos. E o que não nos vai faltar é trabalho! Temos algumas necessidades pontuais como a discussão sobre o novo Código Florestal; a necessidade de alocarmos recursos para a construção do CCG, o processo de concretização da informatização da Associação, entre outros. E para isso usaremos do nosso empenho, relacionamento e sobretudo do nosso trabalho para que tenhamos o melhor resultado. Sabemos que o produtor também enfrenta problemas como o excesso de chuvas, que cria transtornos em algumas regiões, e a falta delas, que compromete outras, os custos de produção em elevação, enfim, uma série de problemas que, devidamente tratados e acompanhados, certamente serão equacionados, e estamos atentos e empenhados em contribuir naquilo que estiver ao nosso alcance. Nas questões relativas a nossa Associação, temos todos os motivos para estarmos confiantes. O período de exposições começou com o pé direito: Avaré-SP, Passos-MG e Araxá-MG, mostraram toda a força do Girolando, reforçando a tendência de sucesso para 2011. Nos leilões, o desempenho da raça Girolando continua muito bem, com expressivo número e valores de animais comercializados, mantendo a escalada vitoriosa dos anos anteriores. Nosso Programa de Melhoramento Genético – PMGG, está agora de cara nova (novo logotipo), e, graças aos esforços da parceria Girolando / Embrapa Gado de Leite, Centrais de Inseminação, dos proprietários de touros e rebanhos colaboradores, temos executado uma série de ações planejadas visando a melhoria deste que é o principal projeto da Girolando. Tivemos a boa notícia com a divulgação do relatório de 2010 da ASBIA onde os números mostram que atingimos quase 300.000 doses de sêmen de Girolando comercializadas, o maior crescimento percentual de vendas do segmento leiteiro, não só deste ano como também dos anos anteriores. No ano de 2010 atingimos a marca recorde de 1.000.000 de registros efetuados no Brasil, e queremos dividir com nosso associado, com nossos técnicos e colaboradores da casa esta alegria, e parabenizar a todos pelo esforço dedicado. Agora estamos partindo para os primeiros registros de Girolando no Canadá, abrindo assim uma porta para entrarmos com a genética Girolando em outros continentes. Estamos finalmente implantando uma série de programas de informatização da casa, que vêm sendo desenvolvidos nestes últimos anos, que certamente refletirão em melhoria da qualidade dos serviços oferecidos, racionalização dos processos e economia de tempo e de recursos ainda para este ano, e certamente colocarão a Associação no status de empresa tecnologicamente avançada. Criamos o Departamento de Marketing e Comunicação com a contratação de um profissional especializado que cuidará da identidade visual de nossa empresa, da melhoria da comunicação com o mercado e com o associado. É com muita disposição e confiança que atuaremos nos próximos três anos à frente desta Associação, reafirmando o compromisso de trabalharmos intensamente, com orgulho, ética, e responsabilidade na representação do nosso Associado e da Raça que escolhemos para o nosso gado. Um abraço, Diretoria 2011/2013

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Editorial

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s últimos números do mercado apontam para um contínuo crescimento do Girolando. No ano passado, a raça foi responsável por mais de 70% da oferta de animais nos leilões de gado leiteiro. Na venda de doses de

sêmen, houve também alta considerável, com as comercializações crescendo quase 50% em 2010. Para este ano, a expectativa é de novo crescimento. A quantidade de registros genealógicos efetuados em 2010 levou a Girolando a atingir a marca de um milhão, mostrando que os criadores estão investindo cada vez mais em genética. Mais um sinalizador de que a raça anda em franca expansão. Aliás, em março, a Girolando foi destaque do programa Globo Rural, que mostrou a importância do Teste de Progênie para a pecuária leiteira. O uso de machos e fêmeas registrados é um importante passo para a formação de um rebanho de qualidade genética. Essa contribuição do registro para o melhoramento genético é o destaque desta edição da revista O Girolando. Técnicos da entidade explicam os critérios utilizados para registrar um animal e dão dicas de como solicitar esse serviço. Também ouvimos criadores que contam os benefícios obtidos com o registro genealógico. Falando em avanços genéticos, vamos mostrar os recordes de produção do Controle Leiteiro e nas vendas de sêmen. Outro destaque desta edição é a MEGALEITE 2011. A feira terá extensa programação de leilões e outros eventos. Também trazemos os resultados de várias exposições que ocorreram nos últimos meses, como Emapa, ExpoPassos e Faese, além das mudanças no regulamento do ranking deste ano. Na parte de genética, abordamos os cuidados que devem ser tomados na coleta e envio das amostras para teste de paternidade. Entre os assuntos de sanidade, ensinamos como utilizar o escore de tetos como ferramenta no monitoramento da mastite, a terapia antimicrobiana na pecuária leiteira, uso da planta neem para o combate a endo e ectoparasitas, e a produção de leite dentro das normas da Instrução Normativa 51, que entra em vigor em 30 de junho em algumas regiões. Ainda trazemos matérias sobre manejo nutricional, inaugurações dos novos escritórios da Girolando e muito mais. Boa leitura a todos. Larissa Vieira Editora

EXPEDIENTE: Revista O Girolando - Órgão Oficial da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando - Editora: Larissa Vieira - lamoc1@gmail.com - Depto. Comercial: Mundo Rural (34) 3336-8888, Míriam Borges (34) 9972-0808 e Walkiria Souza (35) 9135-6360 - ogirolando@mundorural.org - Design gráfico: Jamilton Souza - Arte Finalista: Leandro Vitalino - Fotos: Jadir Bison e Ronaldo Luiz - Revisão: Maria Rita Trindade Hoyler - Conselho editorial: Leandro Paiva, Fernando Brasileiro, Milton Magalhães, Jônadan Ma, José Donato Dias Filho, Maria Inez Cruvinel, Mauricio Silveira Coelho, Miriam Borges - Impressão CTP: Gráfica 3 Pinti (34) 3321-6666 - Distribuição gratuita e dirigida aos associados da Girolando, Assogir, ABCGIL e órgãos de interesse ligados à cadeia produtiva de leite. - Redação: Rua Orlando Vieira do Nascimento, 74 - CEP: 38040-280 - Uberaba/MG - Telefax: (34) 3331-6000 Assinaturas: ogirolando@mundorural.org - Telefax (34) 3336-8888 - Walkiria Souza

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Política Código Florestal - Votação pode ficar para maio

Produção Controle da qualidade do leite

Matéria de Capa Mais de 1.000.000 de motivos para o sucesso do Girolando

Exposições Megaleite 2011 atrai novas raças leiteiras

Eventos Abertas inscrições para o 1º Congresso Brasileiro da Raça Girolando

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imprensa@girolando.com.br

Gostaria de uma informação técnica sobre a utilização do touro Canvas em vacas Gir, para a produção de novilhas Girolando. Há boa resposta, uma vez que o touro é bem ranqueado? Sandro Carellos É muito difícil afirmar que o resultado será bom ou não, principalmente na formação da F1 ou 1/2 sangue, pois nesse cruzamento há interação muito forte dos dois lados, já que tanto o touro quanto a vaca contribuem com 50% do genótipo. Podemos esperar melhores resultados se conhecermos essas matrizes Gir, principalmente as com genealogia conhecida e vindas de touros provados. Marcello A R Cembranelli Coordenador Operacional PMGG Sou aqui de Santa Maria da Vitória, região oeste da Bahia, vizinha das cidades de Barreiras e Bom Jesus da Lapa, com o mesmo tipo de clima destas, com máximas chegando até 36 graus em certas épocas do ano. Sou membro da Associação, nem que seja pelas minhas visitinhas aqui no site. Vocês têm experiência com os graus de sangue (7/8, 3/4, 5/8, 1/2, 3/8 e 1/4) do Girolando, em condições parecidas ou iguais as minhas em questões de adaptação, conforto, produção, produtividade, etc?... Julianderson Carvalho O gado Girolando adapta-se muito bem em condições de clima como às de sua região. Não somente o clima como também as condições de manejo e nutrição podem influenciar na escolha do grau de sangue que se deseja trabalhar. Isso, devido às necessidades e particularidades de cada grau de sangue. Animais com mais de 75% de sangue Holandês (3/4 acima) são mais exigentes quanto a conforto térmico e nutrição. Já os animais entre 62,5 a 50% de sangue Holandês (5/8 a 1/2 sangue), são menos exigentes e por isso adaptam-se mais facilmente a estas condições, obtendo bons índices de produtividade. Outra opção é a utilização de animais com menos de 50% de sangue Holandês (3/8 e 1/4), que também produzem muito bem em condições variáveis. A escolha do grau de sangue a ser utilizado vai depender muito dos objetivos traçados em sua propriedade. Leandro de Carvalho Paiva Superintendente Técnico

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Gostaria de saber sobre o registro de bezerras. As vacas da minha propriedade são registradas e a bezerras são filhas de inseminação com touros registrados. Diego Julio Sanches Para fazer o controle genealógico de suas bezerras, ou seja, registrá-las em livro fechado, é necessário que você faça todas as comunicações exigidas ao Departamento de Controle de Genealogia da Girolando. Você precisa primeiramente fazer a comunicação de cobrição, depois a de nascimento, além de enviar a cópia das notas fiscais de sêmen dos pais das bezerras e cópias das anotações de campo, caso necessário. Fique atento aos prazos para realizar as comunicações, lembrando que os animais devem ser comunicados e controlados até os doze meses de idade. Se ainda não é associado da Girolando, providencie sua inscrição, pois associados tem desconto de 50% desconto nos valores das tabelas de taxas e emolumentos da Girolando, além de vários outros benefícios. Para obter maiores informações sobre o controle genealógico de bezerras, entre em contato com o Departamento Genealógico pelo telefone (34) 3331-6000. Leandro de Carvalho Paiva Superintendente Técnico Sou médico veterinário e tenho um rebanho proveniente da inseminação de touro Holandês em vacas mestiças azebuadas, onde tenho o controle zootécnico do rebanho. Gostaria de saber a possibilidade de iniciar um trabalho registrando estes animais como LA, pois tenho a intenção de começar um trabalho dentro da raça e estou numa região que as raças leiteiras não são valorizadas. Tenho interesse em me associar à Girolando. Aldenmon Arrais Ribeiro É possível sim registrar estes animais como LA, desde que estes se enquadrem no padrão racial do Girolando. Para se associar é só entrar no site www.girolando.com.br , link de associados, preencher a ficha de cadastral e seguir todas as orientações. Peço que nos informe sua região para que o técnico mais próximo possa atendê-lo. Leandro de Carvalho Paiva Superintendente Técnico


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Rodrigo Jorge Moraes (*)

Código Florestal

Foto: Roosewelt Pinheiro

Votação pode ficar para maio

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assunto do momento é a reforma do Código Florestal. O Deputado Aldo Rebelo apresentou texto propondo inúmeras alterações na lei vigente desde 1965, sendo que as questões mais polêmicas dizem respeito à proposta de anistia dos ilícitos ambientais anteriores a 2008, bem como as regras ligadas às áreas de preservação permanente e reserva legal. O assunto vem se arrastando por muito tempo, vez que tem recebido forte resistência por parte da sociedade e de políticos ligados à questão ambiental, de modo que a votação do texto proposto pode ficar para o mês de maio de 2011. Existem inúmeras propostas de alteração do texto que será votado pelo Congresso Nacional, sendo certo que para a aprovação das reformas do Código Florestal acordos e concessões deverão ocorrer tanto do lado da bancada dos ruralistas quanto dos ambientalistas, de modo que o texto apresentado deverá ainda sofrer alterações antes de ser votado pelo Plenário da Câmara dos Deputados, onde a ampla maioria dos 513 Deputados Federais posiciona-se de forma favorável ao relatório apresentado. Contudo, em que pese tal questão quanto a possível aprovação do texto apresentado, os proprietários rurais devem ficar atentos, pois, em verdade, ainda estão em vigor as regras do Código Florestal atual, bem como estão em vigor as regras e “novos” prazos para regularização, averbação, compensação ou desoneração da reserva legal. Assim, cumpre alertar que, diante da inércia do Poder Público, que contribui fortemente para a instalação de verdadeira insegurança jurídica, recomenda-se, especialmente neste momento, a observação das regras do Decreto Federal n. 7.029/2009, que alterou o Decreto n. 6.514/08, de modo que o proprietário rural deve decidir quanto à regularização das áreas de reserva legal, lembrando que

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a partir de 11 de junho de 2011 passa a ser computado o prazo de 180 (cento e oitenta) dias para o proprietário autuado apresentar o termo de regularização e, depois, mais 120 (cento e vinte) dias para realizar a averbação da sua Reserva Legal Florestal. Diante dessas exigências é importante lembrar, ainda, que o proprietário ou possuidor de imóvel rural somente não sofrerá as penalidades previstas na atual legislação, nos casos em que a infração tenha sido cometida até o dia 9 de dezembro de 2009. E deve comprovar que aderiu ao “Programa Mais Ambiente”, através da assinatura do termo de compromisso de regularização perante o Ibama ou qualquer órgão ou entidade vinculada ao referido Programa, bem como cumprir as obrigações nele revistas. Ademais, mesmo que a votação ocorra como previsto, no mês de maio, na Câmara dos Deputados Federais, se aprovado o texto deverá seguir para o Senado Federal, para votação, o que poderá prolongar o tempo da entrada, em vigor, da nova legislação proposta. Dessa forma, ainda permanecem válidas a lei e as obrigações atuais. Enfim, os proprietários rurais devem ficar bastante atentos em relação à tramitação do texto proposto para a alteração do Código Florestal e acompanhar de perto tal questão, pois de um lado existem obrigações legais em vigor e, de outro, a promessa da votação e entrada em vigor, de nova legislação que até o momento não tem o poder de eximir os proprietários rurais dos ônus impostos pela lei vigente. (*) Advogado, sócio do escritório Azevedo Moraes Advogados Associados, Mestre em Direito Ambiental pela PUC/SP, professor de direito ambiental do curso de Pós-Graduação da PUC/SP – COGEAE e da Escola Superior de Advocacia – ESA/ OAB-SP, Co-Autor da obra As Leis Federais mais Importantes de Proteção ao Meio Ambiente – Comentadas, ed. Renovar. E-mail: rodrigo@azevedomoraes.com.br


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Rafael Ribeiro de Lima

Zootecnista Scot Consultoria

Menor oferta de leite e o preço pago ao produtor subiu

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preço do leite subiu, em média, 1,5% no pagamento de março, que remunera a produção de fevereiro. Além da redução natural na oferta de leite, à medida que caminhamos para a entressafra, as fortes chuvas prejudicaram a produção, em especial em São Paulo e Minas Gerais. No mais, a alimentação cara faz o produtor diminuir os investimentos na atividade. De acordo com levantamento da Scot Consultoria, considerando a média nacional, o produtor recebeu R$0,753/litro no pagamento de março. Desde o início do ano a alta é de aproximadamente 4%. Em valores reais, o produtor está recebendo 1% a mais pelo leite, na comparação com o mesmo mês do ano passado. Neste ano, apesar do mercado firme, o aumento foi menor que o verificado em 2010. De janeiro a março do ano passado o leite subiu 6,3%, com alta de 17,5% até o pico de preço, no pagamento de maio. No Centro-Sul, a expectativa para o próximo pagamento, a ser realizado em meados de abril, é de aumento de preço segundo 35% das empresas consultadas. Isto corresponde a 65% do volume total captado pelas indústrias pesquisadas. A maior concorrência pela matéria prima pode ser verificada através do preço do leite spot (leite comercializado entre as empresas). Neste mercado, considerando a média ponderada de Minas Gerais, São Paulo e Goiás, os negócios ocorreram em R$0,85/ litro em março, alta de 3,5% frente ao mês anterior. LEITE EM MINAS GERAIS E SÃO PAULO Em Minas Gerais, o preço do leite subiu 1% no pagamento de março, referente à produção de fevereiro. O produtor mineiro recebeu, em média, R$0,766/litro. Em alguns laticínios a captação caiu 15% em fevereiro, na comparação com o mês anterior. Além da menor oferta de fato, algumas indústrias perderam fornecedores em função da concorrência. Em São Paulo o preço médio ficou em R$0,815/litro, alta de 2,1%. O menor preço no Estado foi R$0,52/litro. Nas regiões de São Carlos e Vale do Paraíba, os maiores valores, com bonificações por volume e qualidade, ultrapassaram R$0,90 por litro. Para o pagamento de abril, 41% das empresas pesquisadas em São Paulo e Minas Gerais falam em aumento de preço, enquanto 56% apontam para manutenção. ALTA PARA O PRODUTOR REFLETIU NOS PREÇOS NAS GÔNDOLAS DOS SUPERMERCADOS Mercado de lácteos em alta no atacado e no varejo. No atacado, considerando a média de preços de todos os lác-

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teos pesquisados, a alta foi de 1,7%. No varejo, o reajuste foi maior, 2,6%. O leite longa vida é vendido nas indústrias e nos supermercados pelo maior preço desde maio de 2010, R$1,85/l e R$2,07/l (preços médios), respectivamente. No varejo, o preço médio atual é praticamente o mesmo encontrado em igual período de 2010. A tendência é que os preços do produto continuem crescendo, já que a captação de leite deve diminuir e o consumo está aquecido. Em 2010 foi justamente em abril que o longa vida atingiu a maior cotação do ano nas gôndolas dos supermercados. Os queijos também ficaram mais caros em março. Considerando a média geral de todos os tipos pesquisados, a alta foi de 5% no varejo e de 2% no atacado. Produção menor de leite e concorrência pela matéria prima com o UHT, que está com demanda aquecida e é o principal lácteo comercializado no mercado interno, refletiram nos preços dos queijos.


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Foto: Maurício Farias

Controle da qualidade do leite Instruções Técnicas para redução da Contagem de Células Somáticas (CCS) e Contagem Bacteriana Total (CBT)

Juliana Jorge Paschoal

Zootecnista; Dra. Qualidade e Produtividade Animal; Professora FAZU julianajp@yahoo.com.br

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leite é o produto de ordenha completa, ininterrupta, em condições de higiene, de vacas sadias, bem alimentadas e descansadas. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou, em 2002, a Instrução Normativa nº51 (IN 51), com o objetivo de criar novos padrões de qualidade para o leite produzido no Brasil, fixando condições e requisitos mínimos de higiene sanitária para a obtenção e coleta da matéria-prima, produção e comercialização do leite (BRASIL, 2002). Nas regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste, a IN 51 entrará em vigor em 30 de junho. Nas regiões Norte e Nordeste, a exigência só passará a valer em 2012. A Normativa estabelece regras para produção, identidade e qualidade do leite tipo A, tipo B, tipo C, pasteurizado e do leite cru refrigerado, industrialização, transporte, conservação e manuseio do produto. Basicamente, o leite, para ser caracterizado como de boa qualidade, deve apresentar as seguintes características: composição química adequada, reduzida contagem de células somáticas (CCS), baixa contagem de bactérias (CBT) e ausência de agentes contaminantes (antibióticos, pesticidas, adição de água e sujidades). A indústria tem adotado programas de “pagamento por qualidade”, com enfoque sobre os teores de gordura e proteína, influenciados pela nutrição, sobre a Contagem de Células Somáticas (CCS), principalmente relacionada com a saúde da glândula mamária, e sobre a Contagem Bacteriana Total (CBT), reflexo das condições de higiene na ordenha e armazenamento

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do leite. E o que o produtor pode fazer para produzir leite com maior porcentagem de gordura e proteína? Quais práticas podem ser implementadas na fazenda para diminuir a CCS e a CBT total do leite, garantindo sua bonificação máxima? As repostas para essas perguntas envolvem práticas de manejo relacionadas a diferentes segmentos dentro da propriedade e serão discutidas a seguir. COMO ALTERAR A COMPOSIÇÃO DO LEITE? A composição média do leite pode variar em função de vários fatores, como: raça, estágio da lactação, idade do animal, estação do ano, alimentação e a saúde da glândula mamária. Dos fatores descritos apenas os dois últimos podem ser manipulados pelo produtor rural, alterando a composição do mesmo (FONSECA; SANTOS, 2000). Vários são os componentes do leite. O que se apresenta em maior proporção é a água, sendo os demais formados principalmente por gordura, proteína e lactose, todos sintetizados na glândula mamária (TRONCO, 2008). As proteínas representam entre 3% e 4% dos sólidos encontrados no leite de vaca. A porcentagem de proteína varia, dentre outros fatores, com a raça e é proporcional à quantidade de gordura. Isso significa que quanto maior a porcentagem de gordura no leite, maior será a de proteína. O potencial de alteração do teor de proteína do leite por meio da nutrição é mo-


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Divulgação

Cuidados com a higiene devem ser tomados antes e depois da ordenha

desto, em torno de 0,1 a 0,2 unidades percentuais (FONSECA; SANTOS, 2000). A gordura é o componente que mais apresenta variação (3-9%) e pode ser influenciada por uma série de fatores nutricionais que interagem entre si, como a quantidade e qualidade da fibra fornecida e a proporção volumoso/concentrado da dieta. Dessa forma, a alimentação balanceada e com ingredientes de boa qualidade pode afetar de forma positiva a porcentagem de gordura e proteína do leite produzido. A CONTAGEM DE CÉLULAS SOMÁTICAS (CCS) Uma das causas que exerce influência extremamente prejudicial sobre a composição e as características físicoquímicas do leite é a mastite, acompanhada por aumento na contagem de células somáticas (CCS) no leite. Células somáticas são células da vaca, presentes no leite. Normalmente são células de defesa do organismo que migram do sangue para o interior da glândula, com o objetivo de combater agentes agressores (SANTOS; MOURA; FARIA, 2008). A contagem de células somáticas (CCS) no leite é um exame laboratorial específico, que expressa o número de células somáticas por ml de leite. Quando analisada individualmente, é um método de diagnóstico da mastite subclínica; quando analisada no tanque, pode servir como indicativo do padrão de qualidade do leite cru. O Ministério (Mapa) e as indústrias estão preocupados com as consequências da mastite no rebanho, pois essa doença reduz a concentração dos componentes do leite (caseína, principalmente), reduzindo o rendimento industrial, a validade

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dos produtos lácteos, além de afetar o produto oferecido ao consumidor. Ou seja, a mastite causa prejuízo para todos, desde o produtor rural até o consumidor. COMO DIMINUIR A CCS DO LEITE? A resposta para esta pergunta está na prevenção contra a mastite. Deve-se, portanto: • Manter a máxima higiene durante a ordenha (mãos e equipamentos limpos e desinfetados); • Retirar os primeiros jatos de cada teto em uma caneca de fundo escuro, e colocar para o final da ordenha as vacas cujo leite apresente grumos, filamentos, pus ou sangue; • Imergir os tetos em solução bactericida antes da ordenha (pre- dipping); • Acoplar as teteiras em tetos limpos e secos; • Imergir imediatamente os tetos em solução bactericida após a ordenha (pos-dipping); • Alimentar os animais logo após a ordenha para que os mesmos permaneçam em pé ate o fechamento do esfíncter; • Ordenhar primeiro as vacas saudáveis (baixas CCS) e, separadamente, as vacas com mastite clínica e aquelas tratadas com antimicrobianos; • Regular a bomba de vácuo para evitar injúrias nos tetos; • Descartar vacas com problemas de mastite crônica (recorrente); • Fazer o tratamento em todos os tetos de todas as vacas secas; • Assegurar-se que animais comprados não estejam


A CONTAGEM BACTERIANA TOTAL (CBT) A CBT indica a contaminação bacteriana do leite e reflete a higiene de obtenção e conservação do mesmo. E expressa em unidades formadoras de colônia por mililitro (UFC/ml) (FONSECA; SANTOS, 2000). De acordo com o Ministério (Mapa), a CBT admitida no leite cru refrigerado é de até 750.000 ufc/ml. Este limite será de apenas 100.000 cel/ ml a partir de 2010 para as regiões Sul e Sudeste. As bactérias estão em todos os lugares, como na água, na poeira, na terra, na palha, no capim, nos corpos e pelos das vacas, nas fezes, na urina, nas mãos do ordenhador, nos insetos e em utensílios de ordenha sujos. As bactérias são classificadas em patogênicas, capazes de causar doenças ao homem e deteriorantes, capazes de alterar os componentes do leite, uma vez que este grupo de bactérias se alimenta dos componentes do leite, tornando-o impróprio para o consumo e para a indústria (BRITO; BRITO, 1998).

Divulgação

com mastite; • Anotar em planilhas simples informações importantes, como a identificação das vacas e dos tetos que tiveram mastite clínica e as datas de ocorrência, o nome dos antimicrobianos usados para o tratamento das mastites e as datas de aplicação, a identificação das vacas e dos tetos que tiveram mastite subclínica (alta CCS).

Tetos devem ser lavados

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pelo transportador. Mesmo que o produtor mantenha a máxima higiene na ordenha, alguma contaminação vai ocorrer no leite. Mas se o leite for refrigerado imediatamente após a ordenha, isso vai inibir a multiplicação das bactérias e evitar que o leite seja deteriorado. Por isso, a IN 51 estabelece que o leite deve estar a 4ºC quando estocado em tanques refrigeradores por expansão direta. O tempo máximo de conservação do leite na propriedade deve ser de 48 horas. CONSIDERAÇÕES FINAIS Leite de qualidade deve ser uma meta de todo produtor, uma vez que representa benefícios para toda a cadeia produtiva. Ganha o produtor, que poderá receber mais pelo seu produto, a indústria com a melhoria da matéria-prima e, também, o consumidor, que terá acesso a produtos de melhor qualidade e mais seguros. Foto: Maurício Farias

COMO DIMINUIR A CBT DO LEITE? Como as bactérias estão em todos os lugares, o produtor deve adotar as seguintes medidas para que o leite não seja contaminado: • Manter a sala ou local de ordenha sempre limpos; usar roupas limpas para ordenhar as vacas; • Utilizar água de boa qualidade (potável); • Lavar as mãos e mantê-las limpas durante a ordenha; • Imergir os tetos em solução desinfetante antes e após a ordenha; • Secar os tetos com papel toalha descartável; • Lavar os equipamentos e utensílios após cada ordenha com água aquecida, usando os detergentes de acordo com o manual do fabricante dos mesmos; • Trocar borrachas e mangueiras do equipamento de ordenha na frequência recomendada pelo fabricante ou quando ocorrerem rachaduras; • Lavar os tanques de refrigeração, usando água aquecida e detergentes adequados cada vez que o leite for recolhido

Boa higienização na hora da ordenha garante leite de qualidade REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Regulamento técnico de identidade e qualidade de leite cru refrigerado. In: BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução normativa nº 51, de 18 de setembro de 2002. Diário Oficial da União, 20 set. 2002. Seção 1, p.13. BRITO, J.R.F.; BRITO, M.A.V.P. Descomplicando as células somáticas. In: BRITO, J.R.F.; DIAS, J.C. A qualidade do leite. Juiz de Fora: EMBRAPA, 1998. P.75-82 FONSECA, L.F.L. da; SANTOS, M.V. dos. Qualidade do leite e controle da mastite. São Paulo: Lemos, 2000. 175p. SANTOS, F.A.P; MOURA J.C..; FARIA V.P. Requisitos de Qualidade na Bovinocultura leiteira - Anais do 6º Simpósio sobre bovinocultura leiteira. Piracicaba: FEALQ, 2008. 367 p. TRONCO, V.M. Manual para Inspeção da Qualidade do Leite 3a.Ed. 2008 UFSM.

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Terapia antimicrobiana na bovinocultura leiteira

Poliana de Castro Melo

Jurada Efetiva Girolando Doutoranda em Medicina Veterinária Preventiva UNESP Jaboticabal e UMINHO Portugal policame@yahoo.com.br

Utilização, benefícios, consequências do uso indiscriminado e cuidados recomendados

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terapia antimicrobiana é utilizada quando ocorre a presença de uma doença infecciosa causada por bactérias, em que o paciente animal ou humano, é incapaz de eliminar eficazmente a infecção, sem o uso de antibióticos. Sendo assim, fazse necessária a escolha correta do protocolo terapêutico e, para, isso deve-se ter conhecimento do tipo de infecção que acomete o animal, saber sua toxicidade, resistência e espectro de ação do medicamento. É importante salientar a definição de antibiótico, que é toda substância química produzida por microrganismos, normalmente cogumelos e bactérias, com a capacidade de inibir a reprodução ou destruir outros microrganismos, em geral as bactérias. Em uma definição mais ampla, pode-se dizer que antibiótico é toda substância biossintetizada por um ser vivo, que pode ser cogumelo, bactérias, plantas e organismos superiores, com capacidade de inibir microorganismos e/ou bloquear crescimento e replicação celulares, em concentrações relativamente pequenas. Grupos de Antimicrobianos Sulfonamidas: São antibióticos com efeito bactericida e de utilização difundida na medicina veterinária e possuem amplo espectro de ação sobre os microrganimos gram-positivos e gramnegativos. Ex: Sulfas. Quinolonas: Também são antimicrobianos de ação bactericida e sua atividade relaciona-se à inibição da enzima DNA girase

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das bactérias, impedindo o enrolamento da fita de DNA. Ex: Norfloxacin, Enrofloxacin e Ciprofloxacin. Cefalosporinas: Têm semelhança estrutural com as penicilinas e são enquadradas junto com as drogas beta-lactâmicas e apenas quatro destas possuem absorção via oral, que são: Cefalexina, Cefadroxil, Cefradina e Cefaclor. Tetraciclinas: Inibem a síntese protéica dos microrganismos sensíveis, ligando-se aos ribossomos e impedindo a fixação do RNA transportador. A grande maioria das tetraciclinas é absorvida por via oral, porém muitos fatores interferem nessa via de administração, comprometendo a biodisponibilidade do antibiótico. O local onde ocorre a absorção é o intestino delgado, e uma pequena quantidade pode ser captada pela mucosa estomacal. Após a absorção as tetraciclinas distribuem-se amplamente pelo organismo, atingindo concentrações significativas na pele, pulmão, rins, músculos, fígado, globo ocular e líquidos orgânicos, podendo difundir-se pela placenta. Penicilinas: A utilização das penicilinas deve ser cautelosa tanto com relação à resistência dos microrganismos a este fármaco, quanto com relação à distribuição deste nas diversas regiões do corpo que se deseja tratar. Macrolídeos: São muito utilizados principalmente para tratamento sistêmico e, no caso de mastites, têm aplicação intramamária. Depende do pH local no caso de tratamento de mastites;


por isso, muitas vezes é recomendada a conjunção do tratamento sistêmico e local. Ex: Eritromicina. Grupos proibidos de uso em animais de produção: Vancomicina e Cloranfenicol. Utilização, Benefícios e Consequências Será enfocada, aqui, a maior utilização de antibióticos na bovinocultura leiteira, no controle e tratamento da mastite bovina. O impacto das mastites subclínicas origina-se da diminuição do nível de produção e qualidade do leite, particularmente por aumento do número de células somáticas, constituindo, igualmente, a razão mais frequente para a administração de antibióticos em bovinos leiteiros. Questões de saúde pública, principalmente as relacionadas com a presença de resíduos e a disseminação de resistências bacterianas aos antibióticos, determinaram recomendações para uma redução gradual da utilização de antibióticos em medicina veterinária. A identificação dos agentes etiológicos de qualquer infecção e a avaliação do seu perfil de sensibilidade a fármacos antimicrobianos torna-se essencial para a adequada seleção da antibioticoterapia a instituir. É frequente a decisão de antibioticoterapia imediatamente após a detecção de infecção clínica, bem como a administração de antibióticos de forma preventiva, no período de secagem dos animais. A escolha sobre o fármaco a ser utilizado é, geralmente, feita de forma empírica, com base na experiência prévia adquirida, do clínico, e nos resultados de estudos realizados em outros países. A disponibilidade dos fármacos de novas gerações, com maior amplo espectro de ação, surge como uma alternativa fácil, associada a maior probabilidade de sucesso terapêutico. Entretanto, esta escolha pode levar à seleção de microrganismos mais resistentes e, ao invés de se obter sucesso, a tendência ao fracasso, no tratamento, torna-se cada vez maior, ao mudar de antibiótico sem um adequado teste de sensibilidade dos microrganimos frente aos agentes antimicrobianos. Os benefícios decorrentes do tratamento estão relacionados não somente à eficácia terapêutica, como também ao fator econômico, tanto do ponto de vista do aumento da produção de leite quanto da redução das fontes de infecção. O tratamento ideal seria aquele que, além de controlar os processos infecciosos, não deixa resíduos no leite. A antibioticoterapia em vacas em lactação reduz o número de microrganismos patogênicos no leite, aumenta o número de quartos que retornam à normalidade em um espaço de tempo menor, e aumenta o número de quartos sadios. Melhora também o bem-estar animal, reduzindo o número de vacas infectadas na propriedade leiteira, que funcionam como fontes de infecção para os animais sadios do rebanho, disseminando os agentes contagiosos. Ocorre, também, maior longevidade do animal e consequente maior retorno financeiro. Outro fator relaciona-se à qualidade do leite, que será maior, já que a fonte potencial de microrganismos estará reduzida e ocorrerá um decréscimo na contagem de células somáticas. Do ponto de vista econômico, o tempo do tratamento também influencia; o ideal seria de três até cinco dias; também há outro benefício, que é o menor tempo de descarte do leite. Os animais que não obtiverem a cura clínica devem ser reavaliados com amostras de leite colhidas e submetidas a exames microbiológicos e antibiogramas, a fim de se escolher o fármaco ideal e que tenha eficácia no tratamento.

Consequências do uso indiscriminado Resistência bacteriana A utilização de antimicrobianos deve ter como referência os testes de sensibilidade, uma vez que o medicamento não age da mesma forma com todos os microrganismos. O insucesso do tratamento não se deve apenas à resistência dos antimicrobianos, mas reflete a capacidade da bactéria sobreviver intracelularmente (ex: Staphylococcus), onde geralmente o antimicrobiano não atinge a concentração bactericida ou bacteriostática adequada. Os biofilmes (polissacarídeos que protegem os microrganismos dos fatores de defesa do hospedeiro e ajudam também a proteger da fagocitose das células de defesa) constituem um dos mecanismos de resistência. Resíduos no leite O leite é produzido durante a lactação, na glândula mamária da vaca, a partir de elementos que passam do sangue para as células especializadas da glândula. Durante este processo podem passar, também, medicamentos ou drogas veterinárias que foram administradas às vacas para o controle de alguma doença. Portanto, sempre que houver necessidade de medicar ou administrar uma droga à vaca leiteira, deve-se ficar atento quanto à possibilidade de aparecimento de resíduos no leite. O aparecimento de resíduos de antibióticos no leite geralmente ocorre após o tratamento de vacas em lactação, por problemas de mastite ou outra doença infecciosa, ou como resultado

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do tratamento no início do período seco para controlar mastite. O tratamento para mastite tem sido o principal responsável pelos resíduos no leite. Mesmo após a aplicação do antibiótico em somente um quarto mamário, ocorre o aparecimento de resíduos no leite dos que não foram tratados. Isso se deve à absorção do antibiótico, que passa para a corrente sanguínea e chega aos outros quartos mamários, contaminando todo o leite da vaca. Chama-se período de carência o prazo de eliminação do antibiótico no leite, após a última aplicação. Este período varia de produto para produto, e de acordo com a via de aplicação (intramamária, intramuscular ou intravenosa). Sempre que um antibiótico é recomendado para tratamento de vacas em lactação, deve-se estar atento para o período de carência. Isso significa que neste período todo o leite da vaca tratada deve ser retirado do consumo. Além destes problemas, existe também o problema para o consumidor do produto e para a indústria alimentícia. Os riscos à saúde do consumidor são representados por reações alérgicas, frequentemente associadas aos beta-lactâmicos (penicilina), podendo desencadear até mesmo choque anafilático em indivíduos sensíveis. As reações alérgicas se manifestam, geralmente, como urticárias, dermatites ou rinites e asma brônquica. São relacionadas principalmente com as penicilinas, mas tetraciclina, estreptomicina e sulfonamidas podem, também, ter essa ação. Em 1969, a Organização Mundial da Saúde (OMS) propôs que o limite para penicilina em leite de consumo humano não deveria exceder 0,006mg/mL. Nos países da Comunidade Europeia, o nível máximo permitido, de 0,004mg/mL, foi introduzido em 1985. No Brasil, a Instrução Normativa 51, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que trata dos requerimentos técnicos para o leite, estabelece que o leite deve ser livre de resíduos de antibióticos e de outros agentes inibidores do crescimento microbiano. O principal problema para a indústria é a inibição de culturas lácteas sensíveis, utilizadas na fabricação de queijos, iogurtes e outros produtos fermentados. Outro problema é a formação de odores desagradáveis na manteiga e no creme. A pasteurização tem pouco ou nenhum efeito sobre o conteúdo de resíduos de antibióticos do leite.

Cuidados Recomendados Estratégias preventivas, tais como manejo e higiene, rotinas de monitoramento e imunização devem ser realizadas com o intuito de minimizar o uso de antimicrobianos na criação dos animais de produção. Utilizar cultura e teste de suscetibilidade bacteriana aos antimicrobianos para suportar a decisão de escolha dos antimicrobianos quando for clinicamente relevante. Os veterinários devem usar referências e procedimentos apropriados para a correta interpretação dos resultados de suscetibilidade, tais como as publicações do Clinical Laboratory Standards Institute (CLSI), Instituto de Padronização de Laboratórios Clínicos (antigo NCCLS). Antimicrobianos que sejam importantes no tratamento de infecções refratárias dos humanos ou medicina veterinária somente devem ser usados em animais após análise minuciosa e por uma boa justificativa. Considerar o uso de outro antimicrobiano para a terapia. Dar preferência aos antimicrobianos de uso veterinário estrito, em detrimento aos de uso em medicina humana. Os veterinários são responsáveis em trabalhar com as pessoas que cuidam dos animais. Por isso, é seu papel informar sobre o uso prudente de antimicrobianos. Devem ser muito cuidadosos com a orientação quanto à forma de uso dos produtos, devendo documentar a prescrição de maneira clara, objetiva e simples. Orientar os operadores que estão em contato com os animais e que fazem o tratamento sobre todas as medidas de segurança de trabalho pertinentes à sua proteção pessoal. A exposição terapêutica aos antimicrobianos deve ser minimizada, tratando os animais somente pelo tempo necessário e de acordo com as recomendações de bula. Exposição terapêutica envolve dose e duração. Uso contínuo em casos crônicos e casos clínicos não responsivos deve ser desencorajado. Limitar o uso de antimicrobianos para os animais doentes ou animais em risco (metafilaxia), sempre visando tratar o menor número possível de animais.

Antibiograma de estirpes de S. aureus isoladas de leitede vacas com mastite

Referências Bibliográficas COSTA, E. O. Uso de antimicrobianos na mastite. Farmacologia Aplicada a Medicina Veterinária, capítulo 42, pag. 444-455. 2001. SANTOS, W.R.M et al. Antibioticoterapia oral em ruminantes. Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária. Ano VI, n.11. 2008. Embrapa Gado de Leite. Resíduos de antibióticos no leite: um problema que tem solução. 2006.

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Escore de tetos como ferramenta no monitoramento da Mastite Viviane Maia de Araújo Zootecnista, MSc, Projeto SAPI LEITE CNPq/UFRN Adriano Henrique do N. Rangel Prof. Adjunto(UFRN), Coordenador do Projeto SAPI LEITE CNPq Karla Cavalcanti Bezerra Zootecnista, Projeto SAPI LEITE CNPq/UFRN

A

mastite continua sendo um dos principais problemas para a pecuária leiteira, tendo em vista os graves prejuízos acarretados, quer seja pela diminuição da produção, uso de medicamentos ou até mesmo descarte dos animais, o que demonstra a importância na prevenção e controle da doença. Manter a extremidade do teto íntegra é de fundamental importância, pois esta é a “porta de entrada” para os microrganismos causadores da mastite. Portanto, qualquer alteração nas boas condições dos tetos aumenta demasiadamente o risco de novas infecções intramamárias. Vários fatores podem alterar as condições dos tetos. Em curto prazo, ou seja, em uma única ordenha podem ocorrer mudanças na cor do teto, inchaço e abertura do orifício. Em médio prazo, que exige alguns dias ou semanas, podem ocorrer mudanças na condição da pele do teto ou até mesmo incidência de pequenas hemorragias. E a mais importante das alterações que ocorrem em

Figura 1. Formação da hiperqueratose no orifício do teto

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longo prazo, em um período de duas a quatro semanas, é a quantidade da hiperqueratose na extremidade do teto (Figura 1), que é uma resposta fisiológica da pele dos tetos em relação aos fatores agressores. Dentre esses fatores, estão: os equipamentos de ordenha mal regulados (alto nível de vácuo); a sobreordenha depois de encerrado o fluxo de saída do leite; os bezerros muito vigorosos na mamada; os ordenhadores que exercem força excessiva na manipulação dos tetos; a remoção abrupta das teteiras, sem desligar o vácuo; as soluções desinfetantes de pós-dipping (principalmente receitas caseiras) que agridem a pele dos tetos. A ocorrência da hiperqueratose permite maior oportunidade para a entrada de microrganismos no canal do teto, o que influencia adversamente na qualidade do leite e sanidade do úbere, pois há aumento considerável na contagem de células somáticas e prevalência da mastite clínica e subclínica no rebanho. E isso afeta de maneira negativa, principalmente sobre a diminuição da produção, alterações na composição do leite, aumento de custos com medicamentos e descarte de animais. Portanto, tetos lesionados e com formação da hiperqueratose são mais suscetíveis à colonização de microrganismos patogênicos indesejáveis, e essa é uma condição que deve ser prevenida. A gravidade da hiperqueratose pode ser avaliada visualmente por meio de escores. O sistema de escores de tetos padrão mais usado é o preconizado pelo The Teat Club International. A avaliação das condições dos tetos é uma ferramenta de manejo a campo bastante viável e simples para o monitoramento e tomadas de decisões para novas estratégias na prevenção da mastite. Esse sistema classifica em quatro tipos de escore (Tabela 1). Sugere-se que a avaliação seja realizada antes da


aplicação do pré-dipping. É importante que sejam verificadas tanto as laterais quanto as extremidades dos tetos, e que pelo menos 20% das vacas do rebanho sejam avaliadas. Baseado nesse sistema de classificação, recomenda-se que menos de 20% do rebanho apresente escores R ou VR, e menos de 10% de escore VR. Percentuais superiores são indicativos de rebanhos com problemas de hiperqueratose, o que contribui para o aumento da incidência de mastite. Algumas das principais ações corretivas nesses casos em que o problema é constatado, podem ser enumeradas da seguinte forma: • Adequar o bom funcionamento do equipamento de ordenha, manter revisões periódicas. E verificar principalmente a troca de teteiras, correto funcionamento dos extratores de teteiras, verificação do nível vácuo; • Verificar o tempo de ejeção do leite, treinar mão de obra para que a colocação do conjunto de teteiras seja realizada de maneira correta; • Evitar sobreordenha; • Utilizar produtos desinfetantes (pré e pós dipping) que não agridam a pele dos tetos.

Tabela 1. Escore de avaliação da hiperqueratose dos tetos

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS SANTOS, M.V.; FONSECA, L.F.L. Estratégias para controle de mastite e melhoria da qualidade do leite. Barueri, SP: Manole. 2007. KIRK, J.H. A System for scoring teat end condition. Disponível em: http://www.vetmed.ucdavis.edu/vetext/INF-DA/TeatEndSystem.pdf. Acesso (12.02.2011).

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28 Foto: JMMatos


29 Foto: JMMatos


Marta Fonseca Martins¹, Isabella Silvestre Barreto Pinto², Isabela Fonseca³, Marco Antonio Machado¹, Wagner Antônio Arbex¹, Marcos Vinícius Gualberto Barbosa da Silva¹

O

sucesso dos programas de melhoramento genético em gado de leite depende do planejamento dos acasalamentos e da correta informação a respeito desses animais que serão acasalados. Com um número cada vez maior de animais que participam de programas de melhoramento, a comprovação da genealogia tem se tornado cada vez mais importante. O primeiro teste de paternidade disponível para a verificação de parentesco em bovinos foi disponibilizado em 1938, e baseava-se em tipagem sanguínea, técnica que tem como fundamento a reação de antígeno/ anticorpo. Este teste consiste no reconhecimento dos fatores sanguíneos do animal, realizado por meio de testes sorológicos, bem como das variantes proteicas, obtidas por eletroforese em gel de amido ou poliacrilamida. Atualmente, são conhecidos 11 sistemas de grupos sanguíneos e mais de 90 fatores sanguíneos distintos. A confiabilidade do teste de tipagem sanguínea pode ser de até 99%, desde que este seja realizado de acordo com as recomendações técnicas da Sociedade Internacional de Genética Animal (ISAG - International Society of Animal Genetics), a qual propõe um painel de testes com pelo menos 60 anticorpos diferentes, pertencentes a, no mínimo, dez sistemas de grupos sanguíneos. Os testes de tipagem sanguínea ainda são realizados nos dias de hoje; no entanto, têm sido gradualmente substituídos pelos testes de paternidade que utilizam DNA. Uma vantagem deste tipo de teste em relação ao de tipagem sanguínea é que pode ser realizado com sangue, sêmen, pelo, saliva, muco nasal, osso, ou seja, qualquer tecido que tenha células nucleadas. Além de tecido coletado de animal vivo, podem-se utilizar, também, como fonte de material genético, restos de animais mortos que ainda contenham DNA. Um outro fator que tem levado à substituição é que os testes realizados com DNA podem apresentar poder de exclusão de pater-

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¹Pesquisadores Embrapa Gado de Leite - Juiz de Fora - MG ²Bolsista de Apoio Técnico BAT II - Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Minas Gerais - FAPEMIG ³Aluna de Doutorado em Genética e Melhoramento UFV - Viçosa - MG

Foto: Jadir Bison

Teste de paternidade em bovinos Parte 1: Cuidados na coleta e envio das amostras


Coleta de sangue para exame de DNA

análises de DNA, pois contém conservantes que preservam a sua integridade para o posterior processamento no laboratório. Quando o animal já não estiver mais em poder do produtor e não houver a possibilidade de coleta de amostras de sangue ou pelo, podem ser enviadas amostras de sêmen (adquiridas no mercado ou aquelas utilizadas na inseminação) para realização do teste, sendo uma única palheta suficiente para realização do teste. Para envio pelos Correios a palheta deve ser descongelada e devidamente protegida para evitar a quebra e perda do material genético. A palheta pode ser protegida por papelão ou colocada dentro de um tubo de caneta com a carga removida. Outra alternativa é enviar a amostra por aplicação do sêmen em FTA Cards. Erros de paternidade podem comprometer ou reduzir a eficiência dos programas de melhoramento, podendo interferir no ranking dos touros e prejudicar as comparações entre os animais nas avaliações genéticas. Por isso é muito importante o cuidado na coleta das amostras que devem ser devidamente identificadas e na manipulação dos dados dos animais, diminuindo, assim, o risco de erros de paternidade. Aliado a isso, a correta interpretação dos resultados é também imprescindível, o que será discutido no próximo número da Revista O Girolando, no artigo Testes de Paternidade em Bovinos - Parte 2: Interpretação dos Resultados. Maurício Farias

nidade maior que 99,99%, o que supera o alcançado por tipagem sanguínea. A ISAG recomenda que sejam utilizados, no mínimo, onze marcadores moleculares de DNA. A utilização de marcadores moleculares na realização de testes de paternidade e diversidade genética tem contribuído para o aumento da confiabilidade das avaliações genéticas e para a sustentabilidade dos programas de melhoramento. Além disso, os marcadores são eficientes para estudos de paternidade, mesmo quando o genótipo de um dos pais não está disponível, como nos casos de morte ou ausência/desconhecimento de um deles. Problemas referentes à paternidade são comuns em bovinos e podem acontecer pelos seguintes motivos: • erros na tabela de distribuição de sêmen; • erros na identificação das palhetas de sêmen; • erros no nome ou número de identificação dos touros; • inseminação de vacas já prenhas antes da inseminação; • mudança dos animais de fazendas; • erros na entrada das informações sobre as produções das filhas dos touros nos bancos de dados; • além da utilização de cobertura natural, ocasionando a prenhez de vacas previamente inseminadas, assumindo-se que a prenhez foi a partir da inseminação. A coleta das amostras dos animais que serão submetidos ao teste de paternidade deve ser feita com muita atenção. Cada indivíduo tem um perfil genético único, por isso as amostras devem ser coletadas individualmente e identificadas imediatamente. Cada amostra deve ser identificada com o nome do animal, sexo, raça, número de registro, data e local da coleta, nome do proprietário do animal e nome da pessoa que coletou a amostra. Para a realização da coleta das amostras (pelo, sangue ou sêmen) o animal deve estar devidamente contido para evitar a ocorrência de acidentes. Na coleta de amostras de pelo recomenda-se que o animal tenha mais de oito meses de idade para garantir que o bulbo capilar tenha o tamanho adequado para realização dos testes. Caso contrário é mais indicado que seja coletada uma amostra de sangue. Devem ser coletados no mínimo vinte fios contendo o bulbo capilar, sendo a cauda do animal o local com pelos mais acessíveis. Na coleta de sangue devem-se utilizar materiais descartáveis para evitar contaminações e alterações nos resultados. O sangue pode ser coletado com o uso de tubos a vácuo contendo anticoagulante ou papeis absorventes do tipo FTA Cards. As amostras de sangue são mais comumente coletadas utilizando tubos a vácuo contendo o anticoagulante EDTA (ácido etilenodiaminotetracético). Ao se introduzir a agulha deve-se encaixar o tubo contendo EDTA no adaptador de aplicação e fazer a sucção do sangue até encher o tubo. Após a coleta, o tubo deve ser invertido gentilmente algumas vezes, para que o sangue seja homogeneizado com o anticoagulante, além de ser identificado com todos os dados do animal e colocado em posição vertical dentro da geladeira até o envio para laboratório. As amostras devem ser enviadas em caixas isotérmicas e em temperatura de aproximadamente 4°C, uma vez que o calor pode comprometer a eficiência do anticoagulante e o congelamento pode comprometer a análise da amostra. A coleta de amostras de sangue utilizando o FTA Cards é solicitada por alguns laboratórios por serem mais fáceis de enviar via Correios. Neste caso, os laboratórios enviam os procedimentos junto com os papeis para coleta das amostras. Este papel absorvente foi especialmente desenvolvido para coleta de sangue para

Realização do Teste de Paternidade no laboratório

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Larissa Vieira

Mais de

1.000.000

de motivos para o sucesso do Girolando

Raça supera a marca de um milhão de registros e controles genealógicos efetuados

C

om uma economia alicerçada no agronegócio, o Paraná é um dos estados que tem investido na ampliação da pecuária leiteira. Com um clima de altas temperaturas no verão, muitos criadores estão optando por raças mais rústicas, porém de alta produção, como o Girolando. É o caso do pecuarista Rafael Cardoso Valente, cuja propriedade está localizada na região de Umuarama, no noroeste paranaense, onde predomina a criação de gado de corte e o cultivo da cana-de-açúcar. Em 2004, ele decidiu investir na genética de animais leiteiros para conquistar essa fatia do mercado pecuário ainda pouco explorado na região. “Na época, adquiri 38 animais de planteis renomados de Minas Gerais. Em 2009, introduzi em meu rebanho filhas da extraordinária Quartinha Terra Vermelha, que foi campeã de torneio leiteiro nacional e obteve lactação oficial superior a 22.000 kg, em 365 dias, além de novilhas da família Lins (criatório de Waldir Junqueira de Andrade) e animais da Centrogen Agropecuária, do criatório de Herbert Siqueira da Silva”, explica Rafael Valente. Na Fazenda Casa Blanca, localizada a 40 Km da cidade de Umuarama, o criador possui um rebanho de 95 animais. Segundo Rafael, o rebanho é criteriosamente selecionado dentro dos padrões raciais do Girolando, com ênfase no 3/4, 3/8 e 5/8. Em março deste ano, o criador deu um passo que considera essencial para dar continuidade ao melhoramento genético de seu rebanho. “Tornei-me associado da Girolando porque adquiri animais registrados de alto valor genético e pretendo dar sequência nesse trabalho, para futuramente participar de leilões e exposições da raça”, esclarece o novo associa-

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do da Girolando. O registro genealógico é considerado a pedra angular no processo de melhoramento zootécnico de qualquer rebanho. Além de agregar valor aos animais, possibilita ao criador ter várias alternativas de lucratividade. “O registro genealógico contribui para agregar valor ao rebanho, além de ser uma ótima ferramenta para direcionar os cruzamentos na propriedade, de acordo com a necessidade de cada animal, visando sempre otimizar o melhoramento genético”, garante. Com quatro décadas de seleção, o criador mineiro Renato Cunha Oliveira acredita que o primeiro passo para quem quer investir na raça é comprar animais de genealogia conhecida. “É preciso adquirir sempre animais de boa origem, pois, isso é fundamental na formação de um rebanho de qualidade. E o registro possibilita esse conhecimento da genealogia do animal, o que agrega valor a ele”, destaca Oliveira, que cria Girolando nas Fazendas Baixadinha e Cocal, nos municípios mineiros de Conceição das Alagoas e Prata, respectivamente. O pecuarista conta com um rebanho de 500 animais e com touros participando do Teste de Progênie da Girolando e contratados por centrais de inseminação. “A raça está em progresso. O mercado está cada vez melhor e a procura por animais tem crescido, principalmente por causa da entrada de novos criadores”, explica Oliveira, que já presidiu a Associação Brasileira dos Criadores de Girolando. Essa adesão de novos produtores à raça tem contribuído para elevar o número de registros. No ano passado, a entidade superou a marca de um milhão de registros genealógicos efetuados.


Desde 1989, início do programa Girolando, até dezembro de 2010, já foram certificados 1.060.274 animais. Em janeiro e fevereiro de 2011, outros 14.277 registros, controles genealógicos e casdastros de matrizes de rebanho de fundação foram efetuados. O Girolando foi oficializado como raça em 1996 pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Porém, os primeiros cruzamentos que deram origem à raça começaram na década de 1940. Em 1978, o cruzamento ganhou incentivo do governo federal, com o lançamento do programa PROCRUZA. Em 1989, o Ministério da Agricultura, em parceria com associações de criadores, encerrou o PROCRUZA e deu início ao Programa Girolando para formação do gado leiteiro tropical com 5/8 de sangue Holandês e 3/8 de sangue Gir, objetivando a formação do Puro Sintético (PS). Naquele ano, foram efetuados 7.804 registros, sendo 700 RGN/CGN (registro de nascimento) e 7.104 CGD/RGD (registro definitivo). Nos anos posteriores, esses números foram crescendo significativamente. Apenas um ano após o início do programa Girolando, os registros tiveram alta de mais de 100%, saltando para 16.047. Em 2.000, a entidade atingiu a marca de 50 mil registros por ano, sendo que, em 2008, superou os 80 mil registros anuais. No ano passado, foram 93.412.

TABELA - Desempenho do departamento técnico do Serviço de Registro Genealógico da Raça Girolando desde 1989, início do programa Girolando.

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Outro dado importante é o do cadastro de matrizes de rebanho de fundação. Em 1989, não havia rebanhos de fundação. Hoje, são 3.430. “O cadastro auxiliar de matrizes rebanho de fundação é muito importante devido a introdução de novas matrizes das raças mães, Gir e Holandesas, no programa Girolando. Principalmente porque boa parte destes animais são provenientes de novos associados, o que contribui muito para o crescimento do Girolando.”, explica o superintende Técnico da Girolando, Leandro Paiva, que resalta outro ponto muito importante “em 2010, batemos o recorde no número de registros e controles genealógicos de nascimento realizados, foram efetuados mais de 18.000 cadastrados de animais com genealogia conhecida, quase 20% de aumento em relação ao ano anterior. Com o excelente desempenho no início de 2011, esperamos que esse número passe da casa dos 20.000 animais. Isso tudo é fruto de um trabalho sério que vem sendo desenvolvido pela associação e criadores, o que contribui muito para a evolução da raça. O registro genealógco é a base de todo um processo que deve ser desenvolvido para atingir o melhoramento zootécnico, com objetivo final de melhorar a rentabilidade da pecuária leiteira”. Paiva ainda completa que, com a implantação do Sistema de

Registro genealógico, base inicial para se atingir a evolução zootécnica. Número de registros de nascimento em 2010 cresceu quase 20% em relação ao ano anterior.

Identificação Unificado (SIU), novo sistema de identificação do Serviço de Registro Genealógico da Raça Girolando, previsto para ser concluído no final de 2011, o programa Girolando ganhará uma nova cara e proporcionará mais agilidade e segurança em todos os procedimentos realizados.

Registro internacional

A

pesar de ser genuinamente brasileira, a raça Girolando está conquistando até mesmo países de clima frio. Cinco machos e uma fêmea, todos Puro Sintético (PS), nascidos no Canadá, serão os primeiros exemplares da raça a receberem o registro internacional. Eles são fruto do acasalamento das vacas Grenda das Três Passagens e Engraçada Twist das Três Passagens, ambas do criador Carlos Eduardo Ferreira, com o touro Caxi OG, de propriedade de Vilmar Pereira Pires e cujo criador é Olavo Gonçalves. Há quatro anos os embriões originados desses acasalamentos foram enviados à matriz da Alta, no Canadá, pela unidade brasileira da central de inseminação. “O Canadá é um país que tem protocolo sanitário com quase todos os países, o que vai permitir a comercialização do material genético desses animais para localidades onde o Brasil não consegue exportar”, explica Heverardo Rezende de Carvalho, diretor da Alta. Com essa iniciativa, a central pretende divulgar a raça para aqueles países que ainda não investem no Girolando. “Para ter o interesse desses países, será preciso mostrar a eles as potencialidades da raça para a produção de leite. Os principais alvos serão aqueles localizados nas regiões de clima tropical ou subtropical”, destaca. Segundo ele, a unidade brasileira da Alta, localizada em Uberaba (MG), recebe constantemente a visita de produtores estrangeiros interessados em adquirir sêmen de Girolando. “A procura pelo sêmen da raça é grande, principalmente porque são animais ideais para o clima brasileiro. À medida que o número de touros provados aumentar, essa procura será ainda maior por parte dos estrangeiros”, informa Heverardo. Segundo ele, os animais Girolando “canadenses” estão apresentando bom desenvolvimento e, assim que o registro for feito, entrarão em fase de coleta de material genético. O MAPA já autorizou a Associação Brasileira dos Criadores de Girolando a registrar os animais no Canadá, o que ocorrerá ainda este semestre. O encar-

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regado de realizar o registro genealógico dos animais no Canadá será o Superintendente Técnico da Girolando, Leandro Paiva. Mali - Um dos países que tem demonstrado interesse na raça é a República do Mali. No início de abril, o economista malês, Idrissa Kone, esteve no Brasil para conhecer o sistema de produção da raça Girolando. Ele pertence a uma cooperativa de produtores rurais e foi contratado para elaborar um projeto que visa a melhorar a produção de leite daquele país, a partir da utilização de sêmen Girolando. O projeto será entregue ao governo da República de Mali, que financiará o projeto em parceria com governo francês. Idrissa Kone conheceu a associação, onde recebeu informações sobre os graus de sangue da raça e sobre o registro genealógico. Ele esteve acompanhado dos representantes da Embriosemen, João Batista e Renata e do médico veterinário, Raoni. Em Uberaba, o malês ainda visitou a ABS Pecplan e a fazenda Boa Fé. Em Passos (MG), Kone conheceu a Exposição de Passos e a fazenda Santa Luiza.


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Marcelo Cembranelli

Coordenador Operacional PMGG

Vendas de sêmen

crescem 38% Relatório ASBIA 2010 comprova que a raça Girolando está no caminho certo

É

com grande satisfação que divulgamos os resultados da comercialização de sêmen dos touros Girolando em 2010, publicados pela Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia) no dia 18 de março deste ano. Como vem acontecendo nos últimos anos, a Girolando se destacou dentre as raças leiteiras com crescimento superior a 38% em relação a 2009, acumulando nos últimos cinco anos um crescimento acima de 164%, acompanhando o bom momento que vive a pecuária leiteira, o que pode ser observado através dos números, com a comercialização, em 2010, de mais de quatro milhões de doses de sêmen das raças leiteiras, um aumento de 11% em relação ao ano passado. Veja o quadro abaixo:

As principais raças leiteiras apresentaram crescimento significativo, outras um pouco menor, mas que ajudaram a alavancar o resultado divulgado. Vale lembrar ainda que parte desse sêmen comercializado, advindo da raça Holandesa e da raça Gir, foi utilizada para produção de Girolando. Só a raça Girolando comercializou mais de duzentas e no-

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venta e uma mil doses de sêmen, bem acima do esperado. Isso só vem demonstrar o aumento da confiabilidade no uso do touro Girolando, reflexo do sério trabalho realizado pelos criadores e pelo teste de progênie que a cada ano tem provado um maior número de touros positivos para leite. Com o crescimento da raça, ocorreu o aumento do número de touros disponíveis para comercialização de sêmen, com genética diferenciada provada e com preços competitivos, disponibilizando essa genética ao alcance dos produtores de leite, de todo o país. Isso é só o começo: muito trabalho há pela frente nessa raça que tem muito a crescer em busca da consolidação e da sustentabilidade. Uma coisa podemos afirmar: estamos no caminho certo! Aproveitamos para agradecer ao produtor de leite que acredita no touro Girolando e que contribui de forma significativa para a evolução do Girolando. Continuamos contando com vocês.


Prepare seu coração para mais um show de qualidade.

3º Grande Leilão Anual

GIROLANDO Sábado, 28 de maio de 2011. A partir das 14h.

Sorteio de 1 trator New Holland entre os compradores. Trator 4x4 – 0 km – Modelo TT3840

Fazenda Pantanal VALENTINO RIZZIOLI Paraopeba (MG) ADRIANO PAIVA (31) 9929-8111

Fazenda do Riacho CLEMENTE DE FARIA Matozinhos (MG)

Local: Restaurante Panela de Pedra Rodovia MG 424 – km 23 Pedro Leopoldo (MG)

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250 fêmeas criteriosamente selecionadas. Transmissão:

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Sistema de Identificação Unificado (SIU) (Continuação)

Leandro de Carvalho Paiva Superintendente Técnico

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ando continuidade à matéria da última edição da revista O Girolando, sobre a implantação do Sistema Identificação Unificado, abordaremos nesta edição alguns procedimentos técnicos de campo e as modificações relacionadas aos certificados de registro e controle de genealogia. O Serviço de Registro Genealógico da Raça Girolando (SRGRG) é composto por duas categorias: categoria CCG (Cruzamento sob Controle de Genealogia) e categoria PS (Puro Sintético). A identificação de registro será única para ambas as categorias, porém serão adotados certificados diferentes para cada uma delas. Cada categoria terá apenas um modelo de certificado, que será utilizado tanto para registro de nascimento quanto para o definitivo. Procedimentos antecedentes à inspeção de nascimento Além de enviar todas as comunicações de cobertura e nascimento, bem como os outros documentos necessários para liberação dos produtos a serem inspecionados, o criador deverá aplicar na orelha esquerda no animal, logo após o nascimento, o boton de identificação particular do rebanho (Figura 1), que contém o mesmo número relacionado na comunicação de nascimento enviada para a Girolando. Além do número, o boton contém também a sequência de letras condizente com a Série Única cadastrada na Associação. Este boton será fornecido pela Girolando, havendo a necessidade do criador solicitá-lo com antecedência. Procedimento técnico na inspeção para registro de nascimento No ato da inspeção, o técnico irá verificar os dados do boton (Série Única e número) que foi aplicado pelo criador e observar se os dados estão condizentes com as informações da comunicação de nascimento (CDN). Após a verificação dos dados e inspeção do animal, ele irá aplicar na orelha direita o número do registro unificado (Figura 2), que será o registro de nascimento (RGN). Além da aplicação do brinco de registro, o técnico fará também a marcação a fogo do “G baldinho”, marca símbolo da Girolando, na fase direita, logo abaixo da inserção da orelha. Depois desses procedimentos o técnico fará uma fotografia de corpo inteiro do animal, que será enviada à Girolando, para ser inserida no certificado de registro. Após esse processo, o registro de nascimento já estará efetuado, aguardando somente a impressão e envio do certificado pela Girolando. A utilização dos botons está prevista para o início do segundo semestre de 2011, tão logo seja publicado o novo regulamento do Serviço de Registro Genealógico da Raça Girolando.

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Figura 1 – Boton de identificação particular do rebanho. Será aplicado pelo criador antes da inspeção técnica para efetuação do registro de nascimento.

Figura 2 – Brinco de registro unificado. Será utilizado em qualquer animal, independente do grau de sangue, sexo e categoria.

O brinco de registro unificado será utilizado em animais com ou sem genealogia conhecida. Procedimento técnico na inspeção para registro definitivo O registro definitivo de animais sem genealogia conhecida, conhecido como livro aberto (LA), será efetuado pelo técnico utilizando o brinco de registro unificado (Figura 2). Nesse sistema será incluída a fotografia de corpo inteiro do animal, feita pelo técnico durante a inspeção. O técnico fará a resenha do animal e todas as outras anotações necessárias. Após, encaminhará a fotografia juntamente com os documentos de campo para a Girolando, para que seja providenciada a emissão do certificado de registro genealógico. Quando for realizado o registro definitivo de animal que já


possui registro de nascimento, não será necessária outra aplicação de brinco, pois o próprio brinco de registro de nascimento será considerado definitivo. Nesse caso, a identificação será feita através da aplicação de um selo personalizado no certificado. Também não haverá necessidade de nova fotografia do animal. Este novo método de registro definitivo de animais com genealogia conhecida exigirá do criador a apresentação imediata do certificado de registro de nascimento ao técnico. Será feita a inspeção do animal, anotando todas as informações necessárias em uma planilha de cadastro. O técnico deverá preencher todos os campos necessários no selo e o aplicará no certificado, devolvendo o documento no mesmo momento ao criador. Neste processo, o técnico não irá recolher o certificado de nascimento, o que dará mais agilidade na liberação do certificado de registro definitivo. No SIU os certificados de nascimento virão com a genealogia completa do animal, como acontece atualmente nos certificados definitivos. Serão utilizados dois modelos de selo, um para a categoria CCG e outro para a categoria PS. O Sistema de Identificação Unificado poderá sofrer pequenas alterações até a aprovação do novo regulamento do Serviço de Registro Genealógico da Raça Girolando, pelo Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Após a aprovação, serão disponibilizados aos associados exemplares do novo regulamento, bem como cartilha explicativa do sistema, demonstrando passo a passo as alterações realizadas. Lembramos a todos os associados que o cadastro da Série Única do criador será obrigatório para que os animais possam ter as genealogias conhecidas. Os associados que ainda não solicitaram o

Figura 3 – Modelo de certificado com a utilização de fotografia.

cadastro poderão entrar em contato com a Superintendência Técnica da Girolando ou com o Departamento de Expedição de Certificados para solicitar o formulário.

Figura 4 – Selo de registro genealógico definitivo, para animais com genealogia conhecida na categoria Puro Sintético (PS).

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Marcello Cembranelli

Coordenador Operacional PMGG

Novos recordes, novas recordistas em 2010!

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omo ocorre todos os anos, no mês de março divulgamos as recordistas do Serviço de Controle Leiteiro (SCL). Esse ranking visa à promoção e valorização das matrizes participantes do controle leiteiro e das pessoas envolvidas em todo o processo, principalmente dos produtores de leite que podem avaliar o trabalho que está sendo desenvolvido em sua propriedade, sendo reconhecido por isso. Para a composição dos recordes foram utilizadas todas as lactações encerradas até 31 de dezembro de 2010, válidas, padronizadas em 365 dias de lactação, divididas em duas categorias, sendo vaca jovem para animais de primeira ordem da lactação, com idade ao parto máxima de 48 meses; e vacas adultas, para animais de segunda ordem de lactação acima. Os animais foram divididos por grau de sangue (1/4 Hol + 3/4 Gir, 1/2 Hol + 1/2 Gir, 5/8 HOL + 3/8 Gir, 3/4 Hol + 1/4 Gir), sendo que neste ano, pela primeira vez estamos divulgando as recordistas 3/8 Hol + 5/8 Gir, demonstrando a força e a

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capacidade leiteira destes animais, conquistando também seu espaço no cenário nacional. Divulgamos, além das cinco maiores lactações por grau de sangue, o ranking Top 10, com as dez maiores produções entre todos os graus de sangue, dividida nas categorias vaca jovem e vaca adulta. E como não poderíamos esquecer das “vovós”, até como uma forma de agradecer a enorme contribuição prestada por elas, divulgamos, também, as Top 5 lactações vitalícias, onde foram selecionadas em ordem decrescente as cinco maiores produções vitalícias por grau de sangue. A produção vitalícia de cada animal corresponde à somatória de todas as lactações encerradas ou em andamento, válidas, levando em consideração a data de encerramento ou do último controle realizado até dezembro de 2010. A seguir, a relação das recordistas. Parabéns a todos os proprietários, criadores, e a todos que contribuem para o sucesso do serviço de controle leiteiro da Girolando!


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Cheder de Souza

Novos ETRs Para atender a demanda pelos serviços da entidade, a Girolando está implantando escritórios em vários Estados

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Fernando Brasileiro, Tânia Mara e Eugênio Deliberato

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om o crescimento da raça Girolando em todo o país, a Associação Brasileira dos Criadores de Girolando está colocando em prática o projeto de expansão da entidade. Além da sede em Uberaba (MG), três Escritórios Técnicos Regionais (ETRs) estão atendendo criadores de vários Estados. No dia 2 de março, aconteceu a inauguração do ETRRJ/ES, na cidade de Itaperuna (RJ). A unidade vai atender criadores fluminenses e capixabas. Três técnicos farão o atendimento na região, que inclui registro genealógico dos animais e assistência técnica para seleção do rebanho. A instalação de uma unidade da Girolando naquela cidade foi viabilizada graças à parceria com a Cooperativa Agropecuária de Itaperuna (Capil) e ao apoio do Sindicato Rural de Itaperuna e da


Inauguração do ETR RJ-ES

Federação de Agricultura, Pecuária e Pesca do Estado do Rio de Janeiro. A solenidade contou com a presença de dezenas de criadores do Rio de Janeiro e do Espírito Santo e de autoridades regionais, entre eles: o vice-presidente da Girolando, Fernando Brasileiro; o secretário municipal de Agricultura, Décio José Zampier; o presidente da Cooperativa Agropecuária de Itaperuna (Capil), Moacyr Vieira Serôdio; o presidente do Sindicato Rural de Itaperuna, Carlos Alessandre Vieira Serôdio; o presidente do Sindicato Rural de Muriaé, Manoel Carvalho; o presidente do Sindicato Rural de Porciúncula, Ítalo Balbo Lira; e o vice-presidente da Federação de Agricultura e Pecuária do Espírito Santo, Rodrigo Monteiro.

regional titular da Fiesp, Ricardo de Souza Esper; o diretor do Sindicato Rural de Jacareí, Antônio Roberto Martins; o vereador de São José dos Campos, João das Mercês Tampão; o diretor de Agricultura de Pindamonhangaba, Pedro Aldo Amadei Júnior; o presidente do Sindicato Rural de Lorena e Piquete, José Fernando Paiva Nunes; o presidente da cooperativa de São José dos Campos, Benedito Vieira Pereira; o vice-presidente da Girolando, Fernando Brasileiro; o diretor da Girolando, Eugênio Deliberato; e a diretora da ETEC Cônego José Bento, Tânia Mara de Moraes. As centrais de inseminação também participaram, entre elas: ABS, CRV Lagoa, Semex, CRI, Sembra e Accelerated Genetics. A cooperativa de São José dos Campos forneceu os produtos lácteos que foram oferecidos aos convidados durante a inauguração. São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo estão entre os Estados com maior rebanho de animais Girolando registrados pela Associação. Só no ano passado, os técnicos da entidade efetuaram 93.412 registros, sendo 81.051

São Paulo - Outra cidade que passou a sediar um ETR, neste ano, é Jacareí(SP). Graças ao convênio firmado entre a Girolando e a escola agrícola ETEC Cônego José Bento, produtores rurais e estudantes da região serão beneficiados. Inaugurado no dia 18 de março, o ETR-SP está funcionando nas dependências da escola agrícola. Dois técnicos fazem o atendimento no Estado de São Paulo. O convênio prevê ainda a formação de um rebanho da raça para ser utilizado em aulas de melhoramento genético e reprodução animal do curso de Agropecuária. De acordo com a diretora da ETEC Cônego José Bento, Tânia Mara de Moraes, este é o primeiro convênio que a escola agrícola firma com uma associação de criadores. “A parceria enriquecerá a proposta pedagógica da escola, proporcionando aos alunos conhecimento técnico sobre a raça e sobre a pecuária leiteira. Além disso, os estudantes poderão fazer estágio na Associação”, diz a diretora. O evento contou com a presença de quase cem pessoas, entre autoridades regionais, criadores, estudantes, profissionais do setor pecuário e membros da diretoria da Associação. Entre as autoridades presentes estavam o diretor

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na região Sudeste. Entre 2008 e 2010, houve mais de 80% de aumento nos registros genealógicos definitivos em todo o país. Com isso, a Associação superou, neste ano, a marca de um milhão de registros. Goiás - Os criadores de Goiás também contarão com uma unidade da Girolando no Estado, ainda neste ano. O vicepresidente da entidade, Fernando Brasileiro, esteve reunido no dia 17 de março com o presidente da Sociedade Goiana de Pecuária e Agricultura (SGPA), Ricardo Yano, para tratar do convênio entre as duas instituições para instalação de um ETR da Girolando no Parque Agropecuário de Goiânia. O encontro aconteceu na sede da SGPA e contou ainda com a presença do diretor de Relações Institucionais e Comerciais da Girolando, João Domingos. A previsão é de que a inauguração do ETR- GO/DF ocorra em maio. O Centro-Oeste é a segunda região brasileira com maior número de animais registrados pela Girolando. Recife - Ainda em 2011 a entidade também vai inaugurar um ETR na região Nordeste. A unidade ficará sediada em Recife (PE). Com isso, a Girolando passará a ter escritórios em cinco Estados, além de contar com uma grande rede de técnicos credenciados nas regiões que não têm um ETR.

Criadores conhecem o ETR-SP

Girolando pelo Brasil Veja como entrar em contato com os ETRs da Associação: ETR - RJ/ES Coordenador Técnico: Fernando Boaventura Equipe técnica: Lucas Lopes Facury / Érico Ribeiro Endereço: Avenida Presidente Dutra, 1.099, bairro Cidade Nova Itaperuna - RJ CEP: 28300-000 Telefone (22) 3822-3255 e-mail: etrrj@girolando.com.br ETR - SP Equipe técnica: Rafael Ribeiro Endereço: Avenida Nove de Julho, 745 - Jardim Pereira do Amparo Jacareí - SP CEP: 12327-682 Telefone: (12) 3959-7292 e-mail: etr_jacarei@girolando.com.br ETR-BH Coordenador Técnico: Jesus Lopes Júnior Equipe técnica: Nilo do Valle, André Junqueira Endereço: Avenida Amazonas, 6.020, Parque da Gameleira Belo Horizonte - MG CEP: 30510-000 Telefone: (31) 3334-5480 e-mail: etrbh@girolando.com.br ETR GO/DF Coordenador Técnico: Limírio Cezar Bizinotto Equipe técnica: Carlos Eduardo Munhoz de Almeida Endereço: Parque Agropecuário de Goiânia, rua 250, s/nº, Nova Vila, Goiânia - GO CEP: 74.653-230

Diretora do ETEC Tânia Mara e a secretária do ETR Márcia

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Inaugurações de novos ETRs

Eugênio Deliberato e criadores

Dezenas de criadores participaram do evento em Itaperuna

Fernando Brasileio e conselheiro Pedro Luiz em Jacareí

Equipe da Girolando durante inauguração do ETR em Itaperuna

Solenidade em Jacareí contou com diversas autoridades locais

Dezenas de criadores participaram da inauguração do ETR-SP

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS CRIADORES DE GIROLANDO TRIÊNIO 2011/2013 ESTES SÃO OS NOVOS CRIADORES, E ENTIDADES DE CLASSE QUE PASSARAM A INTEGRAR O QUADRO SOCIAL DA GIROLANDO NOS MESES DE JANEIRO, FEVEREIRO E MARÇO DE 2011.

Presidente: José Donato Dias Filho 1º Vice-presidente: Fernando Antonio Brasileiro Miranda 2º Vice-presidente: Maurício Silveira Coelho 3º Vice-presidente: Jônadan Hsuan Mim Ma 4º Vice-presidente: Ivan Adhemar de Carvalho Filho 1º Diretor-administrativo: Milton de Almeida Magalhães Júnior 2º Diretor-administrativo: Adolfo José Leite Nunes 1º Diretor-financeiro: Maria Inez Cruvinel Rezende 2º Diretor-financeiro: Eugênio Deliberato Filho Relações Institucionais e Comerciais: João Domingos Gomes dos Santos

Conselho Fiscal Jeronimo Gomes Ferreira Silvio de Castro Cunha Júnior Marcelo Machado Borges Suplentes Conselho Fiscal Eduardo Jorge Milagre José Alberto Paiffer Menk Luiz Carlos Rodrigues Conselho Consultivo Antônio José Junqueira Villela Joaquim Luiz Lima Filho Nelson Ariza Roberto Antônio Pinto de Melo Carvalho Rodrigo Sant’anna Alvim Suplentes Conselho Consultivo Geraldo Antônio de Oliveira Marques Guilherme Marquez de Rezende Leonardo Moura Vilela Rubens Stacciarini Tomaz Sérgio Andrade de Oliveira Júnior

PROP. Nº CRIADOR

MUNCÍPIO

6413

Anderson Dias de Campos

Jarú – RO

6409

Alexandre Fernandes Carvalho

Boa Vista – RR

6417

Aldo Aparecido Dalasta

Brotas – SP

6393

Antônio do Nascimento Miguel

Terra Nova do Norte – MT

6441

Antônio Vilela Costa

Quatis – RJ

6456

Antônio Sérgio Farias Gatto

Salvador – BA

6460

Antônio Cezario Neto

Barra do Rocha – BA

6458

Antônio José Mesquita

Luz – MG

6428

Carlos Alberto Silva de Andrade

Dores de Guanhães - MG

6420

Cafula Agropecuária Ltda.

Aracaju – SE

6407

Cleonildo Assunção da Silva

Frutal – MG

6467

Cedro Agronegócios Ltda.

Uberaba – MG

6474

Carlos Muniz Marques

Ituiutaba – MG

6402

Daniel Navarro Lobato

Viçosa – MG

Membros Natos

6431

Elson Braga de Avelar

Uberlândia – MG

6418

Eurípedes José da Silva

Belo Horizonte – MG

Alisson Luis Lima Leandro de Carvalho Paiva

Representante do MAPA Superintendente Técnico

Membros Efetivos

Membros Suplentes

Limírio Cezar Bizinotto Marcello A. R. Cembranelli Milton de Almeida Magalhães Neto Valério Machado Guimarães

Juscelino Alves Ferreira Walter Alves de Queiroz Júnior Tiago Moraes Ferreira Daniella Martins da Silva

6379

Eduardo Jorge L.Veloso da Silveira

Recife – PE

6412

Eduardo Miranda Brandão

Recife – PE

6440

Edson Guerra

Uberlândia – MG

6442

Fabiano Antônio C.Vieira

Cachoeira Paulista – SP

6451

Fernando Arantes Vieira

Varginha – MG

6422

Francisco Magalhães da Rocha

Belo Horizonte – MG

6427

Francisco José Antunes de Santana

Filadélfia – BA

6435

Geysa Maria Pereira V.M.Lopes

Rio de Janeiro – RJ

6430

Guilherme Figueiredo de Andrade Urbano

Passa Tempo – MG

6421

Giuliano Medici Graçano

Barroso – MG

6434

Genesio Carvalho Diniz

Uberlândia – MG

6457

Gustavo Gerônimo Azevedo Santos

Salvador – BA

6439

Hélio Passapore

Cuiabá – MT

6455

Heraldo Menezes de Sá

Floresta – PE

6444

Ivan Luiz Coelho Neto

Araxá – MG

6453

Jorge Campos Ouvinã

Rio de Janeiro – RJ

6424

Joaquim Martino Ferreira

Belo Horizonte – MG

6426

João Luiz Maia

Filadélfia – BA

6410

José Renato de Carvalho Moreira

Taubaté – SP

6386

José Rodolfo P.Maciel / Marcio Leo Borges

Piracanjuba – GO

6411

José Roberto dos Santos

Pitangui – MG

6468

José Lúcio da Silva Júnior

Jaboatão dos Guararapes – PE

6395

Luiz Antônio Barreira / Olney Barreira Júnior

Carmo da Mata – MG

6403

Luciano Paiva Nogueira

Sete Lagoas – MG

6472

Marcelo Fonseca Mofati

Mimoso do Sul – ES

6470

Marcelo Candido

Mococa – SP

6473

Marcos Rogério Rocha Malta

Águas Belas – PE

6394

Mauro Goedert

Nova Guarita – MT

6429

Mauro Sebastião Guimarães

Caçu – GO

6408

Marcio Alves da Silva

Pitangui – MG

6406

Max Chaves Brito

São Paulo – SP

6405

Maria Bernardina Martins

Volta Redonda – MG

6423

Maria Charlotte Elizabeth Hubinger Langenegger

Mendes – RJ

6448

Ricardo Cordeiro de Toledo

Belo Horizonte – MG

6465

Raimundo Hermes Bezerra de Souza

Brasília - DF

6445

Rodrigo Ribeiro Inácio / Diego Ribeiro Inácio

Sardoá – MG

6449

Rafael Alves de Oliveira / Roberto A.de Oliveira

São João da Boa Vista – SP

6469

Rafael Cardoso Valente

Umuarama – PR

6425

Rafael José de Lima Júnior

Caratinga – MG

6466

Tiago Sousa Oliveira

Monte Alegre de Minas – MG

6400

Vilma de Souza Novelino

Belém – PA

6464

Wilson Cézar de Carvalho

Porto Velho - RO

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Membros Conselho Deliberativo Técnico 2011/2013

CONSELHO DE REPRESENTANTES ESTADUAIS: AL – Paulo Emílio Rodrigues do Amaral AM – Raimundo Garcias de Souza BA – José Geraldo Vaz de Almeida BA – Luiz Tarquinio Duarte Pontes BA – Jorge Luiz Mendonça Sampaio CE – Cristiano Walter Moraes Rola DF – Dilson Cordeiro de Menezes DF – Erotides Alves de Castro DF – Ismael Ferreira da Silva ES – Rodrigo José Gonçalves Monteiro GO – Elmirio Monteiro Marques Júnior GO – José Mário Miranda Abdo GO – Léo Machado Ferreira GO – Itamir Antônio Fernandes Vale MG – Anna Maria Borges Cunha Campos MG – Carlos Eduardo Fajardo de Freitas MG – Horácio Moreira Dias MG – José Ricardo Fiuza Horta MG – Júlio Cesar Brescia Murta MG – Paulo Henrique Machado Porto MG – Salvador Markowicz Neto MS – Aurora Trefzger Cinato Real MS – Ronan Rinaldi de Souza Salgueiro MS – Rubens Belchior da Cunha

PA – Zacarias Pereira de Almeida Neto PB – Antônio Dimas Cabral PB – Yvon Luiz Barreto Rabelo PE – Cristiano Nobrega Malta PE – Eriberto de Queiroz Marques PR – Antônio Francisco Chaves Neto PR – Bernardo Garcia de Araújo Jorge PR – João Sala RJ – Filipe Alves Gomes RJ – Herbert Siqueira da Silva RJ – Jaime Carvalho de Oliveira RJ – Luciano Ferreira Guimarães RO – José Vidal Hilgert SE – Lafayette Franco Sobral SE – Ricardo Andrade Dantas SP – Adriano Ribeiro de Oliveira SP – Braulio Conti Júnior SP – Decio de Almeida Boteon SP – Eduardo Falcão de Carvalho SP – Pedro Luiz Dias SP – Roberto Almeida Oliveira SP – Virgilio Pitton TO – Eli José Araújo


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Foto: Jadir Bison

MEGALEITE 2011

atrai novas raças leiteiras Neste ano a feira terá a participação de um número maior de raças, mudanças no sistema de ordenha e o curso de julgamento totalmente remodelado

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A

oitava edição da principal feira da pecuária leiteira do Brasil, a MEGALEITE, deve contar com mais de dois mil animais na disputa dos grandes campeonatos de várias raças bovinas. Além de apresentar o melhor da genética leiteira, a exposição terá um espaço dedicado às tecnologias e aos principais produtos do agronegócio do leite. A feira será realizada de 26 de junho a 3 de julho, no Parque Fernando Costa, em Uberaba (MG). As inscrições de animais estarão abertas em maio. Neste ano a MEGALEITE terá um número maior de raças participando das disputas. Além de Girolando, Gir Leiteiro, Guzerá, Sindi, Indubrasil, Holandês, a Associação Brasileira dos Criadores de Pardo-Suíço confirmou a presença da raça. Haverá também a participação de bubalinos leiteiros. Segundo a Associação Brasileira dos Criadores de Bubalinos, as fêmeas disputarão o Torneio Leiteiro da raça.


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Semex, Intervet, CRV Lagoa, GEA Farm Technologies, RealH e ABS Pecplan. Todas essas empresas atuarão como Parceiros Master da Girolando.

Pitty

Curso de Capacitação - A programação da MEGALEITE 2011 será aberta pelo 21º Curso Intensivo de Julgamento da Raça Girolando. As aulas teóricas práticas acontecerão no Parque Fernando Costa. Segundo o superintendente técnico da Girolando, Leandro Paiva, a programação do evento será totalmente remodelada e trará novos temas e aulas práticas para atender tanto criadores quanto os profissionais interessados em ingressar no Colégio de Jurados da entidade.

Leilões farão parte dos eventos da feira Pitty

Uma das mudanças da feira será na ordenha mecânica dos animais. Os criadores poderão levar para o Parque Fernando Costa a própria ordenhadeira (tipo carrelo) para utilizar nas matrizes de seus rebanhos. Para aqueles que não têm o equipamento, a empresa GEA Farm Technologies, Parceiro Master da Girolando, oferecerá um desconto na compra da ordenhadeira. Os interessados devem procurar a empresa para saber sobre os prazos e as condições de pagamento. Outra novidade é a implantação de um sistema de acompanhamento de qualidade do leite ordenhado das matrizes durante a feira. A MEGALEITE terá em sua programação: leilões, fórum de debates, cursos, julgamentos de várias raças, shoppings de animais, palestras e projetos sócioeducativos. Neste ano a agenda de leilões contará com os mesmos eventos realizados em 2010 e outros que ainda estão sendo agendados. Segundo a entidade, ainda há vaga para a inscrição de novos pregões. Em 2010, a feira teve faturamento de mais de R$14 milhões. Os interessados devem procurar a Associação. Haverá também shopping de animais. Na Leilopec, ocorrerá o 1º Shopping de Animais Geraldo Marques. A feira deve receber a visita de criadores de todo o Brasil e de outras nações. Entre as comitivas internacionais que já demonstraram interesse em participar da 8ª edição da MEGALEITE, está a de pecuaristas do México. A expectativa é de que empresas de vários segmentos exponham seus produtos e serviços para um público de mais de 50 mil pessoas. Entre as empresas que já confirmaram presença, estão: Nutron, Sersia France, Elanco, Pfizer,

Curso de Julgamento abrirá a programação da MEGALEITE 2011

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Sergipe realiza 1ª Faese

A

primeira edição da Feira Agropecuária do Estado de Sergipe (Faese) aconteceu em Aracaju (SE), entre os dias 20 e 27 de fevereiro. O evento, realizado pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Sergipe, contou com 250 ovinos, 100 equinos e 230 bovinos. A raça Girolando foi um dos destaques da feira. O presidente em exercício da Girolando, Fernando Brasileiro, participou do evento.

Campeã Vaca 4 anos - Adriele Bon. Belém Expositor - Bonanza Industrial e Agrícola Ltda. Campeã Vaca 3 anos Sênior - Cebolinha Milenium Bon. Belém Expositor - Bonanza Industrial e Agrícola Ltda. Campeã Novilha Júnior e Grande Campeã da Raça - Dudika Eduard Sampa Expositor - Jorge Luiz Mendonça Sampaio Campeã Novilha Sênior - Carminha da Santa Cecília Expositor - Manoel Sobral Neto

Confira os animais premiados: Girolando 1/2 Sangue: Melhor Fêmea Jovem - Aleluia Finest FIV da Xapetuba Expositor - André Sarmento Campeã Vaca Vitalícia - Encastada Santa Luzia Expositor - JN Agropecuária (Izamar e José Nunes) Girolando 3/4 Sangue: Campeã Bezerra Júnior e Melhor Fêmea Jovem - Faísca do Quitalé Expositor - Lafayete Franco Sobral Campeão Júnior Menor - Paladino do Quitalé Expositor - Lafayete Franco Sobral

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Girolando 5/8: Grande Campeã - Uma do Quitalé Expositor - Lafayete Franco Sobral Campeã Bezerra Júnior e Campeã Fêmea Jovem - Nevada do Quitalé Expositor- Bonanza Industrial e Agrícola Ltda. Campeã Vaca 5 anos e Reservada Grande Campeã da Raça - Primavera do Quitalé Expositor: Larissa Carvalho Sobral Melhores Expositores: Lafayete Franco Sobral - 501 pontos Bonanza Industrial e Agrícola - 124 pontos Jorge Luiz Mendonça Sampaio - 100 pontos


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Emapa 2011: participação recorde de Girolando

A

raça Girolando esteve, pelo segundo ano consecutivo, na pista da 46ª Exposição Municipal Agropecuária de Avaré (Emapa 2011), em São Paulo. O segundo turno da mostra aconteceu de 21 a 27 de março. A raça apresentou alta de quase 80% no número de animais inscritos, com 181 exemplares em pista, contra 110 no ano passado. “O Girolando está voltando a crescer na região, que já foi uma grande bacia leiteira. Como a raça é ideal para a produção de leite em clima tropical, os criadores estão deixando de criar raças europeias para investir no Girolando”, informa Fernando José Garcia, que junto com o irmão César Augusto Garcia, coordenou a participação da raça na feira. O jurado Juscelino Alves Ferreira comandou os julgamentos. No total, foram expostos no Parque de Exposições Fernando Cruz Pimentel, de Avaré (SP), 250 animais Girolando, entre exemplares concorrendo na pista e os que foram leiloados no 1º Leilão Girolando São Paulo. O pregão, ocorrido no dia 25 de março, no recinto da Emapa, ofertou 57 lotes, entre bezerras, novilhas, vacas em lactação, prenhez e aspiração, oriundos de criatórios de expressão, como Enéas Rodrigues Brum, César Garcia e Milton Balera. A média do remate, sob a batuta da Embral, superou as expectativas e atingiu R$ 5.900,00.

Confira os campeões: Girolando 1/2 Grande Campeã: Serrana Monjolinho Expositor: José Carlos da Mata Campeã Vaca Jovem: Engenho da Rainha Balada Expositor: Agropecuária Boa Fé Campeã Fêmea Jovem: Chilena Sansão FIV Mauá Expositor: Henrique Coelho Magalhães Girolando 3/4 Grande Campeã: Josimar M. Expositor: Reginaldo Cafalloni da Rosa Campeã Vaca Jovem: Educada Touchdown Vilarejo FIV Expositor: João Batista Marinho de Mello Campeã Fêmea Jovem: Penélope RS do Rancho Alegre Expositor: Enéas Rodrigues Brum Girolando 5/8 Grande Campeã e Campeã Vaca Jovem: Barreto Gesuite Listrado Expositor: Enéas Rodrigues Brum Campeã Fêmea Jovem: Londrina da Iaia Expositor: Eugênio Deliberato Filho

Exposições 14/04/2011 26/04/2011 10/05/2011 13/05/2011 08/07/2011

73ª Expogrande Campo Grande-MS XXXIII Expos. Feira Agrop. de Monte Alegre de Mina Monte Alegre de Minas-MG 24ª Exposição Agropecuária de Pará de Minas Pará de Minas-MG 42ª Exposição Agropecuária de Franca - EXPOAGRO Franca-SP XXXVIII EAPIC São João da Boa Vista –SP

Leilões 17/04/2011 29/04/2011 30/04/2011 14/05/2011 28/05/2011

2º Leilão Anual Agrindus S/A - 14h - Rod. 215 KM 131, em Descalvado/SP. Leilão Girolando em Noite de Gala - Faz. Santa Luzia - 20h30 - Fazenda Santa Luzia - Rod. MG 050 - KM 33 em Passos/MG. 10º Grande Leilão Anual Girolando Faz. Santa Luzia -11h - Fazenda Santa Luzia - Rod. MG 050 - KM 33 em Passos/MG. 27º Leilão Tradição - Waldir Junqueira de Andrade - 14h - Fazenda Sant’ana em LINS/SP. 3º Grande Leilão Anual Girolando Faz. Pantanal e Faz. do Riacho - 14h - Recinto de Exposições Panela de Pedra

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Expass sedia IX Especializada de Girolando

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48ª Expass, realizada de 24 de março a 3 de abril, no Parque de Exposições de Passos (MG), contou com quase 160 animais Girolando em pista. Os julgamentos da IX Especializada da Raça Girolando foram comandados pelo jurado Euclides Prata dos Santos Neto. Os apresentadores de animais utilizaram coletes com as logomarcas dos Parceiros Master da Girolando. As rosetas e faixas de premiações também tiveram as logos. Durante a feira, a equipe de Marketing da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando divulgou o 1º Congresso Brasileiro da Raça Girolando, que ocorrerá em setembro, na cidade de Araxá (MG). A feira ainda contou com torneio leiteiro e leilões de gado de corte e de leite.

Girolando 1/2 Sangue Grande Campeã e Campeã Vaca Jovem: Albos Ibiacy FIV Expositor: João Reis Soares Campeã Fêmea Jovem: Editora Rhoelandt 861 Ebydale FIV Expositor: Agropecuária Boa Fé Girolando 3/4 Sangue Grande Campeã: Pintura Leduc Tannus Expositor: Agropecuária Boa Fé Grande Campeão: Apolo Garrison FIV Maia Expositor: Alessandro Maia Soares Campeã Fêmea Jovem: Andromaca Bradley FIV da Xapetuba Expositor: Francisco Rafael Gonçalves

Luciene Franklin

Girolando 5/8 sangue Grande Campeã: Fortaleza Ribeirão Grande TE Expositor: João Reis Soares Grande Campeão: Pavão Olympic IA da Terra Sagrada Expositor: Luiz Carlos Medeiros Campeã Vaca Jovem: Astra FIV Wildman Santa Luiza Expositor: Agropecuária Boa Fé Campeã Fêmea Jovem: Taza Maia Correa Expositor: Isomério Ferreira dos Reis

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novembro O maior

Euclides Prata dos Santos Neto

Jurado da Girolando

de minha vida

Jurados Artur Patrus, Euclides Prata dos Santos Neto e Rodolfo Dias Pereira

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ão Paulo, 9 de novembro de 2010 – desci, no Aeroporto de Congonhas, para mais um DESAFIO na minha vida profissional: julgar a FEILEITE 2010. Tinha em mente a importância e a grandiosidade do evento, mas nunca poderia imaginar o que estaria por vir: um verdadeiro show da raça Girolando iria acontecer. Mais de 400 animais, em dois dias de julgamento, passariam pela pista do Agrocentro, localizado à beira da Rodovia dos Imigrantes, na capital paulista. No dia 10, logo às 8h em ponto, estávamos todos prontos para a grande tarefa. Fiquei sabendo que teria dois grandes auxiliares: Dr. Arthur Patrus, médico veterinário; e o engenheiro agrônomo, Dr. Rodolfo Dias Pereira, ambos criadores da raça e com grande experiência em pistas do País e de fora. Vão aqui os meus cumprimentos pelo grande trabalho desses dois competentes profissionais, que me ajudaram muito, sempre com coerência, neutralidade e profissionalismo, acima de tudo. Foram, sem dúvida, o grande pilar daquele julgamento. Meu muito obrigado e parabéns pelos conhecimentos. Quando começamos os trabalhos, pedi o apoio de todos e lembrei que tínhamos o desafio de julgar 400animais em um dia e meio, missão quase impossível até então, pois não haveria mais pista para julgar nos outros dias. Logo na primeira categoria, 40 bezerras 1/2 sangue. Olhei bem para os meus auxiliares e disse: “Preparem-se, pois o show começou; não podemos errar. O momento que o Girolando está atravessando não admite erros; nossas

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responsabilidades serão enormes, vamos escolher os melhores animais do País, hoje”. Estavam em pista os principais animais premiados durante o ano de 2010. Quando ficamos com doze animais em pista, como manda o regulamento, parei e pensei: “Meu Deus, que satisfação ver uma raça chegar até aqui e estar julgando tudo isso, pois há 17 anos o Girolando era motivo de desconfiança por todos que passaram pela Expomilk!”. Esse era o nome do antigo evento. Tive a oportunidade de ser o primeiro juiz brasileiro a julgar a Expomilk. Naquela época, as outras raças leiteiras estavam no auge e os juízes eram todos estrangeiros. Como foi complicado no começo! Se não me engano, era o ano de 1993. Naquela hora tudo passou pela minha cabeça, inclusive o dia em que cheguei com as marcas e o fogareiro para registrar alguns animais dentro da Expomilk – foi a maior surpresa... (onde já se viu marcar gado de leite a fogo, na maior exposição de leite do País, até então?...). A evolução do Girolando, vista por aqueles que estiveram em São Paulo para visitar a FEILEITE 2010, tenho certeza de que foi motivo de orgulho para todos nós, que estamos no mundo da pecuária leiteira, pois foi, sem dúvida, um momento de consagração da raça. Dentro da pista pude observar o movimento e o entusiasmo dos criadores, do pessoal das centrais de inseminação, enfim, de todos os que estavam ali. O Girolando estava marcando sua existência na pecuária leiteira do País, demonstrando um verdadeiro melhoramento genético e comprovando ser a melhor raça para


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produzir leite, de maneira economicamente viável e sustentável, nos tempos modernos. Na pista estávamos admirados com o que acontecia: o julgamento fluía de maneira encantadora. Não sei se os senhores irão concordar comigo, mas julgar animais somente de ponta é, sem dúvida, bem mais fácil. E era o que estava acontecendo: a cada categoria, novas campeãs iam surgindo, demonstrando toda a evolução da raça, até ali nunca vista por nós. O que mais me chamou a atenção foi a quantidade de animais e a qualidade dos animais jovens e adultos, principalmente até 48 meses. Um verdadeiro festival de características econômicas e leiteiras. Como foi fácil e gostoso poder escolher os melhores naquele momento; eu estava muito lúcido e bastante iluminado naqueles dias. Para mim, foi um dos grandes acontecimentos nestes anos de Girolando. Nos bastidores, uma nova equipe da Girolando, comandada pelo superintendente Técnico Leandro Paiva e Dr. Marcelo Cembranelli, realização de um trabalho que, posso dizer, foi perfeito. Quando acabávamos uma categoria a outra já estava pronta na entrada da pista. Com tudo ajudando – os animais, os auxiliares – não tínhamos como errar, e deu no que deu: “foi a maior exposição da raça Girolando, em São Paulo – a FEILEITE 2010. Maior em todos os sentidos, aumentando, e muito, a responsabilidade dos criadores, tornando-se hoje a principal raça leiteira do País, uma referência mundial. A plateia também nos encheu de orgulho, a mim e aos dois grandes auxiliares, os doutores Arthur e Rodolfo. Ficamos envai-

Festa de 300 anos, Dada, Alu, Neto, Euclides Tibúrcio e Cícero

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decidos com a atenção e o respeito a nós dispensados durante o julgamento. Posso dizer que foram tantos os cumprimentos e saudações, que saímos de lá com a certeza de que o dever de casa foi muito bem cumprido. Mas, principalmente dois comentários não saem de minha cabeça: 1º) - O agradecimento que os doutores Arthur e Rodolfo fizeram a mim; confesso que foi único. 2º) - Um criador de outra raça me disse: “Olha, meu filho, foi o melhor e o maior julgamento de gado Girolando que já vi até hoje. Você sabe que estou começando a gostar dessa coisa!? Parabéns! Seu pai deve estar satisfeito com o que vocês fizeram aqui hoje. Foi muito mais que uma aula!...” Como de costume não fico em pista, nem no recinto, quando acabo os julgamentos, saí de fininho, pelos fundos, com os olhos cheios de lágrimas. Às 5h da manhã do dia seguinte, lá estava eu, de novo, no Aeroporto Congonhas. Vindo para Uberaba, não saía de minha cabeça o que tinha passado nos dois últimos dias. Parece que estava sonhando com tudo aquilo. No dia 13, juntamente com cinco amigos de infância, fizemos uma das maiores festas que Uberaba já viu. A festa teve o nome de 300, pois nós 6 estávamos completando 50 anos... Foram convidadas 300 pessoas da nossa época de infância e juventude. Aí, sim, as vacas saíram de minha cabeça, e pude comemorar O MAIOR NOVEMBRO DE MINHA VIDA! Eu estava mesmo iluminado...


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Foto: Jadir Bison

Fernando Boaventura Responsável Técnico pelo ETR RJ/ES

Informações importantes para a participação em exposições

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omo estamos iniciando as exposições de 2011 que complementam e fecham o Ranking 2010/2011, gostaríamos de lembrar que este sofreu algumas modificações. O intuito é atender as solicitações do Departamento de Julgamento da Raça Girolando (DJRG), do Conselho Deliberativo Técnico (CDT) da Raça Girolando e dos criadores, em busca de valorizar ainda mais a raça que cresce a cada dia. Uma das alterações é a necessidade de animais até 48 meses possuírem genealogia conhecida, ou seja, Livro Fechado. Portanto, para que a exposição seja ranqueada, animais sem genealogia conhecida (Livro Aberto), que tenham mais de 48 meses, podem participar desde que atendam as demais exigências das exposições ranqueadas, ou seja, o número mínimo de 84 animais, sendo 50% Livro Fechado, isto é, de genealogia

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conhecida. Houve, também, alterações na regulamentação, referentes à participação dos machos e à divisão da categoria dos mesmos para melhor conduta nos trabalhos de julgamento. Essa mudança ocorreu porque não é aconselhável realizar exame andrológico em animais até 18 meses, pois, até essa idade, os machos encontraram-se em fase de desenvolvimento reprodutivo. Com isso, foi criado Campeonato Melhor Macho Jovem, para que eles possam competir com os animais de sua faixa etária (Veja na tabela abaixo). As mães de todos os machos participantes do julgamento devem possuir o Relatório Individual de Lactação (RIL). Mães com grau de sangue 1/4 deverão ter lactação com, no mínimo, 2.500 kg e as mães 1/2, 3/4 e 5/8, com 3.750 kg. Também não participarão do julgamento de pista os machos filhos de reprodutores com prova negativa para produção de leite nos respectivos sumários das associações de raças ou dos países de origem, devendo sempre ser consultados os últimos resultados divulgados. Filhos de touros em fase de teste ou sem avaliação genética poderão participar do julgamento. Outra atualização ocorrida relaciona-se às progênies. Os animais que irão compor as progênies não terão mais a necessidade de ser pontuados e, sim, julgados. Também não será mais permitido realizar a divisão, em dois grupos, de progênies tanto de pais quanto de mães, sendo possível apenas um grupo por expositor dos respectivos pais e mães dos animais. A partir do Ranking 2011/2012, que terá início na MEGALEITE 2011, todos os animais, para participar de exposições ranqueadas, deverão possuir genealogia conhecida, ou seja, deverão ter o seu Livro Fechado e também atender as demais normativas dos eventos de exposições ranqueadas.

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Foto: Luciene Franklin

Vice-presidente da Girolando, Maurício Silveira e o presidente do Sindicato Rural de Passos, Leonardo Medeiros, divulgam o Congresso na Expass

Abertas inscrições para 1º Congresso Brasileiro da Raça Girolando

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om o tema “Da consolidação nacional à expansão mundial da genética adaptada”, o 1º Congresso Brasileiro da Raça Girolando já está com inscrições abertas. Os interessados podem efetuá-la on-line, pelo hotsite www.girolando.com.br/congresso, e terão a opção de escolher um dos quatro pacotes disponíveis (Veja “Pacotes para Congresso 2011”). Quem preferir poderá fazer a inscrição nas principais exposições da raça e leilões que ocorrerão antes do Congresso. As primeiras feiras a receberem o posto volante do 1º Congresso Brasileiro da Raça Girolando foram a 48ª Expass (Exposição Agropecuária e Industrial de Passos) e a Expo Araxá, realizadas no início de abril. A expectativa é de que 500 pessoas, entre pesquisadores, produtores rurais, técnicos e estudantes do Brasil e de outros países, participem do evento, que ocorrerá no Tauá Grande Hotel e Termas de Araxá, entre os dias 22 e 24 de setembro, em Araxá (MG). A programação já está disponível no hotsite e conta com palestras sobre estratégias de cruzamentos na pecuária leiteira, resultados e perspectivas do Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando, formação do banco de DNA da raça, uso de marcado-

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res moleculares no programa de melhoramento, sustentabilidade da produção de leite com a raça Girolando, entre outros assuntos. O objetivo do evento é promover amplo debate para a concretização da raça Girolando como a principal alternativa para a produção de leite nos trópicos. A realização do Congresso está a cargo da Girolando, em parceria com a Embrapa, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e Embrapa Gado de Leite. Informações: www.girolando.com.br/congresso marketing@girolando.com.br (34) 3331-6000


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Vale do Paraíba Criadores paulistas conheceram o potencial da raça Girolando para produção de leite. Cerca de 100 produtores rurais participaram de encontro no Centro de Treinamento Agropecuário do Vale do Paraíba (CT-Agrovap), na cidade de Caçapava (SP), no dia 19 de fevereiro. O técnico da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, Rafael Ribeiro, ministrou palestra sobre a raça, mostrando a evolução genética do rebanho nos últimos anos. O diretor da Associação, Eugênio Deliberato, falou sobre os projetos da entidade para os próximos anos. O trabalho de divulgação da raça no Vale do Paraíba foi possível graças ao apoio dos sócios do CT-Agrovap, Fernando Bertolini, Claudio Natel e Dirceu Straiotto. O evento contou ainda com as presenças dos conselheiros da Girolando, José Alberto Paiffer Menk, Adriano Ribeiro e Pedro Luiz Dias. Vários participantes demonstraram interesse pela criação de Girolando e solicitaram a entrada no quadro de associados da entidade.

Acordo Embrapa Gado de Leite e Girolando O superintendente técnico da Girolando, Leandro Paiva, esteve na sede da Embrapa Gado de Leite, no dia 23 de fevereiro, para dar início aos trabalhos do Departamento de Provas Zootécnicas em Juiz de Fora (MG). Ele se reuniu com o chefe adjunto administrativo da Embrapa Gado de Leite, Antônio Vander Pereira, com o coordenador geral do PMGG e pesquisador, Marcos Vinícius Barbosa da Silva, e com o técnico Wewerton Rodrigues. Em acordo firmado entre as duas entidades, o Departamento de Provas Zootécnicas da Girolando passa a contar, neste ano, com um técnico e uma sala de apoio na sede da Embrapa Gado de Leite, em Juiz de Fora. O atendimento aos criadores já começou e está a cargo do técnico Wewerton Rodrigues. Serão visitadas propriedades com rebanhos inscritos no Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando (PMGG) das seguintes regiões: Espírito Santo; Leste, Zona da Mata e parte do Sul de Minas; Rio de Janeiro; Vale do Paraíba, no Estado de São Paulo. Além de atender as fazendas dessas regiões, ele dará apoio à equipe de pesquisadores da Embrapa Gado de Leite que atua no PMGG.

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Mimoso do Sul Produtores rurais da Cooperativa de Laticínios de Mimoso do Sul (Colamisul), no Espírito Santo, participaram no dia 23 de março, de uma reunião, quando conheceram as potencialidades da raça Girolando para a produção de leite. O técnico da Girolando, Lucas Lopes Facury, ministrou palestra sobre a raça e sobre o Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando. Além dos associados José Luiz Vivas e Joaquim Paiva Gamboa, participaram do encontro produtores rurais da região, sendo que vários deles decidiram se tornar associados da Girolando. São criadores interessados em fortalecer a bacia leiteira de Mimoso do Sul com a formação de um rebanho Girolando.

Austrália Comitiva australiana conheceu no dia 18 de março o potencial do gado Girolando para produção de leite e o PMGG. A equipe, formada por produtores rurais, visitou a fazenda Boa Fé, em Conquista (MG), pertencente ao Grupo Ma Shou Tao. O coordenador operacional do Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando, Marcello Cembranelli, falou sobre as características dos animais dos vários graus de sangue. Os visitantes também conheceram os touros que participam do Teste de Progênie e as fêmeas inscritas no Controle Leiteiro da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando. Além do Brasil, a comitiva está visitando propriedades rurais de outros países para comparar os tipos de produção leiteira existentes. A iniciativa faz parte dos projetos agropecuários da Nuffield Austrália, entidade que fornece bolsas de estudos aos produtores locais com o intuito de promover a excelência em todos os aspectos da produção agrícola australiana. Na Boa Fé, eles conheceram o sistema de produção com gado Girolando, além de outros projetos da fazenda. Lá foram recebidos pelo vice-presidente da Girolando e diretor do Grupo Ma Shou Tao, Jônadan Ma.


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Balancete (fevereiro de 2011) Receita: Despesas: Resultado: Dados dos associados (triênio 2011/2013) Associados ativos em 31/12/2010 Novos associados no período Associados que retornaram ao quadro Desligamento de associados Associados ativos em 31/03/2011 Registros (jan/fev 2011) RGD: RGN: RF: TOTAL:

R$ 656.409,44 R$ 502.408,55 R$ 154.000,89 2.138 87 07 15 2.217 11.452 2.262 563 14.277

Leilão TOP Girolando é adiado O Leilão TOP Girolando, que seria realizado durante a 77ª ExpoZebu, foi adiado, em virtude da pequena adesão de associados. O leilão ocorreria no domingo, 1º de maio, dia da semana considerado inadequado para esse tipo de evento. Contas de 2010 aprovadas Assembleia Geral realizada no dia 14 de março, na sede da Girolando, em Uberaba (MG), aprovou a prestação de contas de 2010, da entidade. O presidente em exercício, Fernando Brasileiro, apresentou o relatório da gestão 2010. Os associados presentes votaram pela aprovação do parecer do Conselho Fiscal sobre o balanço e contas do exercício de 2010. Os criadores deram sugestões para melhoria dos serviços prestados pela entidade. Os pedidos serão analisados pela Diretoria da Girolando. Departamento de Comunicação e Marketing A entidade conta agora com um Departamento de Comunicação e Marketing, que irá desenvolver a comunicação estratégica organizacional junto aos mercados nacional e internacional, para promover a raça, além de seus produtos e serviços. O responsável pelo Departamento de Comunicação e Marketing é João Marcos Carvalho dos Santos. Caso queira entrar em contato, o endereço eletrônico é: marketing@ girolando.com.br. Auditorias Após receber auditoria técnico-fiscal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), em 2010, a Girolando está realizando auditorias em todos os setores, empresas prestadoras de serviços, núcleos de criadores e outras entidades envolvidas nos pro-

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cedimentos do Serviço de Registro Genealógico da Raça Girolando, conforme sugerido pelo órgão federal. Nova logomarca O Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando (PMGG) está de “cara” nova. Nova logomarca foi desenvolvida para reforçar essa fase de expansão da raça.

Desligamento técnico Comunicamos aos associados que usufruiam dos serviços prestados pela Associação dos Criadores de Girolando do Leste Mineiro (Assoleste), através da atuação do médico veterinário José Vitorino Rodrigues Machado, que após visita técnica à entidade, foi realizado o desligamento do referido técnico, do Serviço de Registro Genealógico da Raça Girolando, por descumprimento de normas estabelecidas pelo regulamento. Deixando desta forma, de atuar como inspetor de animais para registro genealógico na Girolando desde o dia 16 de fevereiro de 2011. Assoleste, ETR-RJ/ES e ETR-BH Os associados das regiões da Zona da Mata Mineira e Leste Mineiro poderão ser atendidos pelo técnico da Assoleste, Antônio Carlos Brum, pelos técnicos do ETR-RJ/ES, Lucas Facury e Érico Ribeiro, ou pelos técnicos do ETR-BH, André Junqueira e Nilo do Vale. Contatos: Assoleste – Lajinha/MG Técnico: Antônio Carlos Brum Telefones: (33) 3314-1332 / 9905-6480 ETR-RJ/ES – Itaperuna/RJ Coorenador Técnico: Fernando Boaventura Técnicos: Érico Maisano e Lucas Facury Telefone: (22) 3822-3255 E-mail: etrrj@girolando.com.br ETR-BH – Belo Horizonte/MG Coordenador Técnico: Jesus Lopes Júnior Técnicos: André Junqueira e Nilo do Vale Telefone: (31) 3334-5480 / 3313-6555 E-mail: etrbh@girolando.com.br


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Efeito do Composto de NEEM e alho na alimentação de vacas leiteiras sobre o controle de ectoparasitas e endoparasitas Matarim, D.L.1; Paschoal, J.J.2; Ribeiro, K.N.3; Júnior, J.E.G.3*

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resistência dos carrapatos aos produtos químicos disponíveis no mercado e o tempo de carência exigido para a comercialização dos produtos animais têm estimulado pesquisas com enfoque na utilização de produtos naturais no controle de endo e ectoparasitas. Foram utilizadas 20 vacas e dois rufiões da raça Girolando, divididos em dois lotes: Controle (sal mineral) e Fito (sal mineral + composto farelado de neem e alho desidratado) na proporção de 1:50, durante os meses de maio a julho, na cidade de Uberaba, no Triângulo Mineiro. Através da contagem de carrapatos (Boophilus microplus) e exames de ovos por grama de fezes (OPG), avaliou-se a eficiência do produto fitoterápico como alternativa no controle de parasitas. A infestação por endoparasitas foi baixa e semelhante nos dois lotes durante todo o experimento, não havendo interferência do produto sobre a mesma. A contagem de carrapatos foi menor nos animais que receberam o produto fitoterápico (P<0,10) quando comparada aos animais que receberam apenas o sal mineral.

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INTRODUÇÃO Os prejuízos econômicos causados pelos ectoparasitas em rebanhos do Brasil superam a cifra de dois bilhões de dólares por ano (GRISI et al., 2002). Deste valor, 75% são atribuídos ao carrapato e o restante às demais parasitoses (mosca-dos-chifres, mosca-dosestábulos, berne e miíases, especialmente). Os carrapatos são os mais importantes ectoparasitos das regiões tropicais e subtropicais (CASTRO; NEWSON, 1993), área em que se encontra o território brasileiro. A resistência do carrapato dos bovinos, Boophilus microplus, aos carrapaticidas disponíveis no mercado do Brasil tem sido motivo de preocupação por parte dos produtores e técnicos relacionados ao controle deste ectoparasito (FERNANDES, 2001). A utilização de pesticidas botânicos pode ser uma alternativa de baixo custo e fácil manejo para produtores rurais, pois a azadiractina, um aleloquímico natural e encontrado, principalmente, em sementes de neem (Azadirachta indica), é o principal composto responsável pelos efeitos tóxicos dessa planta aos insetos (VENZON et al., 2008). Zetun et al. (2008) encontraram redução de 65%, 84% e 97% na incidência de Boophilous microplus, no úbere de vacas alimentadas com sal mineral associado ao extrato de neem, após 5, 10 e 15 dias de tratamento. Esse aleloquímico afeta a sobrevivência, reduz a oviposição e inibe a eclosão dos ovos dos carrapatos (SILVA et al., 2008). A azadiractina não persiste no ambiente por ser um composto rapidamente degradado pela luz ultravioleta (UV) (fotossensível), umidade e alta temperatura, e pode ser considerado seguro para humanos e mamíferos (ISMAN, 2006), além de não causar danos ao ambiente, por ser um produto natural. Na alimentação animal, o alho tem sido utilizado como palatabilizante de rações e estimulante do crescimento de suínos, aves, equinos e ovinos (NORO et al., 2003). Em bovinos, o alho tem sido utilizado no controle de endo e ectoparasitos, como a mosca-do-chifre (Haematobia irritans), carrapato (Boophilus microplus) e berne (Dermatobia hominis) (BERNARDES, 1997, citado por NORO et al., 2003). Dessa forma, o objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito da adição de composto farelado de neem e alho desidratado, misturado ao sal mineral, sobre a incidência de ectoparasitas e endoparasitas.

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MATERIAL E MÉTODOS O trabalho foi realizado no setor de bovinocultura leiteira da Fazenda Escola das Faculdades Associadas de Uberaba (FazuFundagri), localizada na cidade de Uberaba, Minas Gerais, a 780m de altitude, 19°44´ de latitude Sul e 47° 47´ de longitude Oeste de Greenwich. Avaliaram-se vinte e duas vacas e dois rufiões da raça Girolando (diferentes graus de sangue), mantidas em regime de pasto com suplementação, distribuídas ao acaso em dois tratamentos (grupos): Fito – sal mineral associado ao fitoterápico Probinatu N (da Empresa Provenat do Brasil) e Controle – fornecimento de sal mineral comum. O produto fitoterápico trata-se de um composto do extrato da folha de neem (Azadirachta indica) e alho (Allium sativum). Foi misturado ao sal mineralizado, na proporção de 1:50, conforme recomendação do fabricante. Os tratamentos foram fornecidos à vontade, em cocho coberto, e o consumo mensurado semanalmente. Antes do início do tratamento, uma avaliação do gado foi realizada através de contagem individual das teleóginas, entre 4,5 e 8,0mm de diâmetro, em área do lado esquerdo do corpo de cada animal, subdividindo-se a contagem em regiões: Anterior (cabeça); Mediana (pescoço, membro anterior e tórax, incluindo a região inferior até o quarto traseiro); Úbere; Posterior (traseiro, membro posterior e cauda); Entrepernas (região entre os membros posteriores); o total foi multiplicado por dois para a obtenção da infestação total. A coleta de material para a realização dos exames OPG (ovos por grama de fezes) ocorreu concomitantemente. Todos os animais foram, então, submetidos a um tratamento químico à base de Ivermectina 1%, aplicado via subcutânea, na dosagem de 1 (um) ml para cada 50kg de peso corporal, para controle inicial de ectoparasitas e endoparasitas. A finalidade em utilizar um composto químico inicialmente foi induzir os animais a atingirem a mesma carga parasitária, ou seja, carga zero. Com o OPG zero, iniciou-se a avaliação do efeito do composto sobre os ectoparasitos e endoparasitos no período estabelecido, também com a contagem de OPG. Sabendo que a Ivermectina tem um período residual de aproximadamente 35 dias, entende-se que após este período o composto passou a agir isoladamente. A contagem de teleóginas e OPG foi realizada a cada quinze dias. A técnica de McMaster é a mais usada para demonstrar a presença de ovos de helmintos e oocistos de coccídias em amostras de fezes. O método utiliza uma câmara de contagem que permite examinar microscopicamente um volume conhecido (2 x 0,15ml) de suspensão fecal. Um peso conhecido de fezes, 4g, foi misturado a um volume de 56ml de solução de flutuação e o número de ovos (ou oocistos) por grama de fezes pôde ser calculado. Todos os dados meteorológicos foram levantados junto à unidade da estação meteorológica da Epamig-MG, a fim de determinar a correlação existente entre a infestação por Boophilus microplus, endoparasitas e fatores climáticos da região (temperatura, umidade relativa do ar e precipitação pluvial). O delineamento experimental foi em blocos casualizados,


formados de acordo com a fase produtiva dos animais, estando as vacas divididas em lactantes e secas. Os dados foram submetidos à análise de variância e as médias comparadas pelo Teste de Tukey a 10% de probabilidade (SISVAR, 2010). Os dados relativos à contagem de teleóginas e à infestação por endoparasitas, por não apresentarem distribuição normal, foram submetidos à transformação log10 (y + 2/3), de acordo com Alvarenga et al (2004). Modelo matemático: Yijk= µ + Bi + Tj + Tpk + (B x T)ij + (Tp x T)kj + eijk , onde: Yijkl = variável dependente µ = média geral Bi= efeito de bloco Tj= efeito de tratamento (BxT)ij= interação entre bloco e tratamento eijk= erro padrão RESULTADOS E DISCUSSÃO A comparação dos resultados referentes aos valores médios das contagens de teleóginas e exames OPG, durante o período experimental, está apresentada na Tabela 1. O lote de animais submetidos ao tratamento com o composto de neem e alho apresentou infestação inferior ao lote Controle, diferindo significativamente pelo Teste de Tukey a 10% de probabilidade. A Figura 1 ilustra a ação do composto a partir da quarta semana de observação, sendo relevante principalmente a contagem de número 6, na qual a infestação do lote Controle se mostra 50% maior que a do lote Tratamento. A última contagem de teleóginas mostra valores de infestação pouco significativos em ambos os lotes. O período experimental ocorreu no outono e no início do inverno, apresentando baixa infestação por parasitas, inclusive no lote Controle. Fraga et al. (2003) apontam o verão como a época de maior infestação por carrapatos e atribuem essas diferenças a um conjunto de fatores específicos de cada região e estação, dentre os quais destacam-se o genótipo do animal, o estado nutricional dos

animais, o manejo, as pastagens e as possíveis interações entre eles. A eficácia do composto sob endoparasitas não se apresentou relevante no período avaliado (Fig.2), uma vez que a infestação no grupo Controle foi igual à infestação no grupo de animais que receberam o produto fitoterápico (P>0,10). O consumo do sal mineral associado ao composto testado se mostrou inferior na primeira semana, quando comparado ao grupo controle (Fig.3). A menor ingestão é atribuída à adaptação ao produto, tornando-se bem aproximado os valores consumidos pelos dois lotes A partir da segunda semana. A média do consumo

Figura 1. Infestação média de Boophilus microplus por contagem durante o período experimental, em número de teleóginas por animal.

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Figura 2. Infestação média de endoparasitas por contagem durante o período experimental, em número de ovos por grama de fezes.

Figura 3. Estimativa do consumo médio semanal de sal (g/animal/dia)

foi semelhante nos dois lotes, sendo de 61,10g por animal no lote Tratamento e de 68,25g por animal do lote Controle. CONCLUSÃO O composto de neem e alho apresentou efeito no controle da carga de carrapatos e, portanto, pode ser recomendado. O tratamento não apresentou efeito sobre a carga de endoparasitas. Novas pesquisas devem ser conduzidas em diferentes períodos a fim de se verificar a eficiência do produto testado.

REFERÊNCIAS ALVARENGA, L.C. et al. Alteração da carga de carrapatos de bovinos sob a ingestão de diferentes níveis do resíduo do beneficiamento do alho. Ciênc. agrotec., Lavras, v. 28, n. 4, p. 906-912, jul./ago., 2004 CASTRO, J. J.; NEWSON, R. M. Host resistance in cattle tick control. Parasitology Today, Limerick, v.9, p.13-7, 1993. FERNANDES, F.F. Toxicological effects andresistance to pyretroids in Boophilus microplus from Goiás, Brasil. Arq. Bras. Med. Vet. Zootec.v.53, p.548-552, 2001. FRAGA, A.G. et al. Análise de Fatores Genéticos e Ambientais que Afetam a Infestação de Fêmeas Bovinas da Raça Caracu por Carrapatos (Boophilus microplus). R. Bras. Zootec., v.32, n.6, p.1578-1586, 2003 (Supl. 1). GRISI, L. et al. Impacto econômico das principais ectoparasitoses em bovinos no Brasil. A Hora Veterinária, v. 21, p. 8-10, 2002. ISMAN, M.B. Botanical insecticides, deterrents,and repellents in modern agriculture and an increasingly regulated world. Annual Review of Entomology, v.51, p.45-66, 2006. NORO, M. et al. Influência da suplementação com alho (Allium sativum) em pó na flora ruminal e no ganho de peso de cordeiros confinados. Arq. Bras. Med. Vet. Zootec. vol.55 nº.5,Belo Horizonte Oct., 2003. SILVA, F.F.; SOARES, M. C. S.C.; ALVES, L.C. et al. Avaliação comparativa da eficácia de fitoterápicos e produtos químicos carrapaticidas no controle do booplilus microplus (Canestrine, 1887) por meio do bioarrapaticidograma. Medicina Veterinária, v.2, p. 1-8, 2008. VENZON, M., ROSADO, M.C., MOLINA, R.A.J., DUARTE, V.S., DIAS, R., PALLINI, A. Acaricidal efficacy of neem against Polyphagotarsonemus latus (Banks) (Acari: Tarsonemidae). Crop Protection 27 (2008) 869–872. WHARTON, R.H. The current status and prospects for the control of ixodes ticks with special emphasis on Boophilus microplus. Bull. Off. Int. Epizoot., v.81, p.65-85, 1974. ZETUN, M.C.; ALMEIDA, G.D.; ZUCOLOTO, M. Efeito de pó de neen (Azadirechta inidica) na alimentação de vacas lactantes sobre a incidência de Booplhilus microplus. Anais. In: XII Encontro Latino Americano de Pós Graduação, 2008, São José dos Campos. XII INIC e VIII EPG, 2008.

1 Graduanda do Curso de Zootecnia das Faculdades Associadas de Uberaba – Av. Tutunas, 720, Bairro Tutunas, telefone: (34) 3318 4188, e-mail: danimatarim@gmail.com 2 Professora, doutora, das Faculdades Associadas de Uberaba 3 Graduando do Curso de Zootecnia das Faculdades Associadas de Uberaba * Projeto financiado pela Fazu/Fundagri

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COLOSTRO Informações importantes a criadores e técnicos! Registro Genealógico de Nascimento - RGN Todos os animais, ao receberem o Registro Genealógico de Nascimento, deverão estar identificados pelo número do RGN, através de marcação a fogo na perna esquerda ou através de tatuagem na orelha esquerda. Tanto a marcação quanto a tatuagem deverá conter os quatro algarismos do RGN, e ter boa visibilidade. A marcação ou tatuagem pode ser realizada por qualquer pessoa autorizada pelo criador (técnico responsável pelo rebanho, vaqueiro, etc.) ou por ele próprio, antes da inspeção dos animais. Este procedimento permitirá ao técnico do SRGRG uma dedicação maior de seu tempo durante a visita técnica na propriedade, para o fornecimento de orientações e instruções quanto ao trabalho de seleção realizado pelo criador. Caso os animais não estejam corretamente identificados, o técnico deverá proceder à marcação do número do RGN, utilizando boa parte de seu tempo durante a visita para realização deste procedimento. ATENÇÃO: Quando for realizar a marcação a fogo ou tatuagem, pela primeira vez, entre em contato com o Departamento Técnico da Girolando ou com um técnico de sua preferência e solicite instruções. DNA – obrigatoriedade para FIV e TE Os criadores que utilizam as técnicas de fertilização in vitro (FIV) e transferência de embriões (TE), para reprodução, devem ficar atentos quanto à obrigatoriedade do exame de DNA com qualificação de parentesco dos genitores (pai e mãe) para que os produtos possam receber o registro genealógico de nascimento. O material para controle genealógico de animais provenientes de TE ou FIV somente são liberados para os técnicos de registro, pelo Departamento de Controle de Genealogia,

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após o recebimento do exame de DNA com qualificação dos pais (bilateral). Sendo assim, orientamos os criadores no sentido de que providenciem logo após o nascimento dos animais a coleta de material para ser enviado ao laboratório, com o intuito de agilizar a verificação de parentesco. É importante também que as doadoras ao entrarem em programas de TE ou FIV tenham seu material coletado e enviado ao laboratório, garantindo a certeza de que os produtos poderão ser testados no futuro, evitando problemas em casos de morte ou venda das doadoras. Vale ressaltar que a escolha do laboratório a realizar os exames é feita pelo criador, devendo ser um laboratório idôneo, que esteja devidamente credenciado junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), para esta finalidade. Sistema de Identificação Unificado - SIU Como já dito em edições anteriores, a Girolando irá implantar em 2011 o Sistema de Identificação Unificado, conhecido como SIU. Farão parte deste sistema: a identificação do animal através de um registro único; fotografia do animal; identificação particular do criador, além da marcação a fogo do “G baldinho”, na face direita do animal, nos casos de registro genealógico de nascimento. A identificação particular do criador será composta por Série Única, com três ou quatro letras e por numeração sequencial do rebanho (RGN atual). Já está disponível o cadastro da Série Única do criador. Para mais informações o interessado deve entrar em contato com a Superintendência Técnica da Girolando. Também consta nesta edição da revista O Girolando, matéria sobre o SIU em que estão sendo abordados os certificados de registros e os novos procedimentos em campo. Autorização de Transferência – ADT O certificado de registro genealógico proporciona vários benefícios e vantagens, sendo uma delas a comprovação de propriedade do animal. Esta comprovação é muito importante em diversas situações, como: participação do animal em exposições oficiais, transporte ou venda do animal para fora do


Estado, inscrição do animal no Serviço de Controle Leiteiro, controle genealógico dos filhos, e outras. Ao adquirir um animal é importante que o comprador solicite ao vendedor a Autorização de Transferência (ADT) e o certificado de registro original, para que a transferência possa ser concretizada. Somente com a apresentação destes documentos o criador conseguirá transferir o animal para seu nome, usufruindo de todos esses benefícios e vantagens. Para a realização da transferência os documentos deverão ser enviados ao Departamento de Expedição de Certificados da Girolando. Após os procedimentos internos, um novo certificado será enviado ao proprietário atual dos animais. Orientamos a todos que solicitem ou forneçam a ADT sempre que for realizada qualquer compra ou venda de animais registrados, evitando possíveis transtornos. Vale lembrar que nos casos de venda parcelada (ou venda a prazo) o vendedor tem o direito de fornecer a ADT e o certificado original somente após a quitação da última parcela ou do valor total da dívida, conforme previsto em lei. Em alguns casos são realizados acordos entre as partes para a antecipação da transferência e liberação do certificado original. O formulário de ADT poderá ser solicitado a qualquer momento junto ao Departamento Administrativo da Girolando ou através do e-mail girolando@girolando.com.br. Devolução de comunicações e documentos Desde o ano passado, após auditoria do Mapa, o Departamento de Controle de Genealogia da Girolando está devolvendo as comunicações de cobertura, nascimento ou qualquer outro tipo de documento referente ao Serviço de Registro Genealógico, que não esteja devidamente preenchido. A falta de preenchimento dos campos de registro, nomes dos pais e do número da CDC, na comunicação de nascimento (CDN), são as pendências que ocorrem com mais frequência. Pedimos a todos os associados que preencham completamente os formulários para evitar a devolução dos mesmos. Reposições de brincos de registro Informamos que as reposições de brincos de registro e rebanho de fundação (RF) devem ser solicitadas junto ao Departamento de Controle de Genealogia ou a um técnico da Girolando, para que eles possam ser confeccionados e, em seguida, repostos por um técnico credenciado. A Associação está providenciando junto à empresa fornecedora do material um produto mais resistente e durável, que venha a minimizar a perda dos brincos de identificação de registro. Comunicações On-line (Web associado) Nos últimos meses a Girolando vem enfrentando alguns problemas internos com sua estrutura de informática, devido a tempestades que atingiram a cidade de Uberaba, danificando vários equipamentos de extrema importância para a realização das comunicações on-line. Mesmo assim, nestes meses de março e abril terão início alguns testes com as comunicações on-line. Na fase inicial será liberada, para os associados, a parte das comunicações de cobertura e, posteriormente, a de nascimento. Após o início desse procedimento on-line não será mais permitido enviar comunicações por e-mail ao Departamento de Controle de Genealogia. Leandro de Carvalho Paiva Superintendente Técnico

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manejo nutricional

do seu rebanho?

Hudson Costa

É

conhecido por todos que trabalham com nutrição, que existem três tipos de dieta: a do nutricionista, a do tratador e a que a vaca consome, sendo o ideal que elas estejam o mais próximo possível uma da outra. Como nutricionista há oito anos, tenho visto em muitas fazendas que esse conceito não tem sido seguido à risca. Não receio dizer que na maioria das fazendas do Brasil o manejo nutricional tem sido negligenciado e rotinas de monitoramento não são feitas de forma diária. Não podemos esquecer que a nutrição representa 60 a 70% do custo de produção, para ser conduzida de forma tão solta nas fazendas. Além da questão do custo, o manejo da nutrição negligenciado em uma fazenda pode afetar negativamente a composição do leite, o que define preço final do produto mais baixo; ocasiona queda de produção, levando à perda de receita; abala a saúde das vacas, que também afeta, em curto prazo, a produção de leite e aumento do descarte; piora a reprodução, aumentando o intervalo entre partos e, em longo prazo, afeta a produção e aumenta o descarte de animais. Mesmo com tantos prejuízos, muitas das fazendas com conhecimento de causa sobre os itens mencionados continuam desatentas e relaxadas. Isso se chama rotina mal gerenciada e é preciso ter cuidado para não ser engolido por essa situação. Maior atenção deve ser dada tanto pelo assistente técnico, quanto pela gerência, que podem cair em uma armadilha onde todos saem perdendo, principalmente a fazenda.

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Médico veterinário, doutorando em Ciência Animal, professor do curso Medicina Veterinária da PUC Minas e membro da Equipe ReHAgro.

Principais e mais comuns erros da nutrição e do manejo nutricional em fazendas Muitos erros ocorrem por falhas de comunicação entre a assistência técnica, gerência e tratadores. Primeiro, é preciso entender o que é matéria seca e matéria natural. A necessidade de consumo de uma vaca de leite é em quilos de matéria seca. A matéria seca são todos os nutrientes (proteína, carboidrato fibroso e não-fibroso, lipídios e minerais) menos a água. O alimento oferecido ao animal é chamado de matéria natural, que é a matéria seca (MS) somada à umidade (U), obtendo 100% desse alimento. Os alimentos forrageiros têm uma grande variação no seu teor de matéria seca/umidade (Tabela 1) e dentro da mesma forragem pode ocorrer variação (ex: silagem de milho: 30% MS + 70 % U versus 38% MS + 62% U). Entendido o que significa matéria seca e matéria natural, um erro comum cometido nas fazendas é que a maioria dos nuTabela 1: Percentual de matéria seca e umidade de alguns alimentos forrageiros

Foto: Jadir Bison

Há quantos dias você não monitora o


tricionistas deixa a recomendação em quilos de matéria natural, e não em quilos de matéria seca. Qual a implicação disso? Primeiro: se o teor de matéria seca da forragem muda e não houve ajuste, o consumo de quilos de matéria seca por dia também muda para mais ou para menos. Dessa forma, não iremos atender o consumo de matéria seca do animal proposto pelo balanceamento da dieta. Observando na Tabela 2, a silagem de milho, que tinha 35% MS e caiu para 30% de MS, para manter o mesmo consumo de quilos de matéria seca por dia (10 kg) proposto pelo balanceamento, será preciso fornecer mais desse alimento em matéria natural, pois o percentual de água aumentou de 65% para 70%. Tabela 2: Diferença no consumo de matéria seca e matéria natural conforme o teor de matéria seca da silagem de milho

*MS: matéria seca; MN: matéria natural; A e B: consumo matéria natural foi ajustado; C: não foi feito ajuste do teor de matéria seca.

Ao chegar à frente do cocho ou pista de alimentação antes do primeiro trato do dia, se não houver alimento e o trabalho for realizado com um percentual de sobra, as seguintes perguntas devem ser feitas: a) Aumentou o número de animais no lote e não houve ajuste de quantidade colocada da dieta? Esse é um erro muito comum. b) As vacas estão consumindo mais porque mudou a matéria seca da forragem ou porque o consumo dos animais aumentou? Na segunda pergunta a resposta pode ser obtida determinando a matéria seca do alimento em um Koster (Foto 1) ou no microondas (procedimento quadro abaixo). Se o teor de matéria seca caiu (Tabela 1) e não foi feito um ajuste, o animal passa a consumir menos kg de matéria seca (1,4 kg). Isso levará à queda de produção e/ou de condição corporal. Na situação ilustrada, seria necessário aumentar a quantidade de forragem colocada de 28,6 para 33,3 kg, pelo fato de haver mais água, mantendo assim o consumo de matéria seca determinado pelo balanceamento (10 kg). Importante: se o nutricionista trabalha em determinada fazenda com forragens que podem variar o teor de matéria seca (ex: silagens, pré-secados e/ou cana-de-açúcar), a recomendação deve ser deixada em consumo de quilos de matéria seca e, pelo menos duas vezes por semana, a forragem deve ser analisada. Mas, como converter quilos de matéria seca em quilos de matéria natural, que é como o alimento é oferecido? Tendo o teor de matéria seca da forragem, basta pegar a quantidade em quilos de matéria seca e dividir pelo percentual de matéria seca analisado pelo koster ou microondas. Exemplo: 9 quilos de matéria seca de cana com 30% de matéria seca Cálculo: 9/30% (0,30) = 30 quilos de cana matéria natural a ser fornecido por vaca por dia. Procedimento de determinação da matéria seca no microondas: 1- Material necessário: • Forno microondas com prato giratório. • Bandeja de material não-higroscópico (plástico, por exemplo). • Balança com precisão de no mínimo 0,1% do peso da amostra. Exemplo: 50g de amostra podem ser pesados em uma balança com

precisão de 0,050g (50mg). • Copo comum. 2- Procedimentos: • Pese a bandeja e anote o peso. • Coloque uma amostra representativa do material a ser analisado sobre a bandeja. Anote o peso da bandeja + amostra (ver item 3.1). • É necessário colocar um copo com água no microondas, que ajuda a evitar que a amostra carbonize (ver item 3.2). • Coloque a bandeja + amostra no microondas. • Ajuste o temporizador do microondas para 3 minutos, na potência máxima e ligue-o. • Retire a bandeja contendo a amostra do microondas. Pese e anote. • Repita os itens “e” e “f” até que as leituras das pesagens repitam o mesmo valor por duas vezes ou mais ou que o valor não afete o cálculo em mais de 1% do valor da umidade. • Faça os cálculos conforme o item 4. 3 - Observações importantes 3.1 - A quantidade mínima de amostra é 25g., mas pode ser preciso pesar mais, em função da precisão da balança. Exemplo: balança de 0,1g (100mg) de precisão, pesar

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3.4 - A maioria das forrageiras não precisa ser picada para se determinar a umidade. A cana-de-açúcar é um dos exemplos de forragem que deve ser picada. 3.5 - É possível, após ter mais experiência com material que se está secando, aumentar o intervalo de tempo de 3 minutos, especialmente nos intervalos iniciais, quando há mais água no material. À medida que a amostra seca, gradualmente volta-se a encurtar os tempos menores (exemplo: 9, 5, 4, 3, 3 min)

Foto 1 – Koster

no mínimo 100g de amostra (0,1g/0,1%=100g). 3.2 - Encher o copo d’água de tal forma que não haja a possibilidade de espirrar água dele e demore a ferver. Pode ser colocado um pouco de gelo junto. 3.3 - É importante deixar a amostra de forma mais espalhada possível no recipiente, evitando deixar locais com excesso, onde pode ocorrer excessiva concentração de calor e queimar a amostra. É comum acontecer isso no centro da amostra. Assim, desde que se evite qualquer perda de amostra, pode ser interessante remexêla.

Dieta mal misturada na totalmix

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4 - Cálculos • % de água da amostra = (peso inicial da amostra – peso final da amostra)/ peso inicial da amostra • Peso inicial da amostra = (peso da amostra + peso da bandeja) – (peso da bandeja) • Peso final da amostra = (peso da amostra + peso da bandeja, após peso constante) – (peso da bandeja) • % MS = 100 - % água da amostra *Referência: “American Standard Association Standards” de 1992 (ASAE S358.2) - “Moisture Measurement-Forages”. Se houver computador na fazenda, é interessante fazer uma planilha no Excel, da rotina diária do trato, fazer a correção de quilos de matéria seca para quilos de matéria natural e fazer o ajuste do teor de matéria seca sempre que necessário (Tabela 2). Se o percentual de matéria seca não mudar é porque as vacas estão consumindo mais e, neste caso, devem-se aumentar proporcionalmente todos os ingredientes da dieta para que essa mantenha sua densidade nutricional. Normalmente, trabalhamos com 5 a 10% de aumento. Em sequência, dois erros comuns de ocorrer com totalmix (vagão misturador de dieta completa) e que aconteceram comigo, recentemente, em uma fazenda em que presto consultoria. No primeiro erro, visualizado na foto abaixo, percebe-se que o totalmix não misturou bem a silagem de milho com os concentrados. Isso pode acontecer em duas situações: tempo de mistura inadequado ou o que ocorreu nessa fazenda, conforme descrito a seguir. No momento em que estava sendo colocada a silagem, o vagão estava ligado, misturando-a ao restante dos ingredientes que já estavam dentro. Neste caso, os últimos garfos de silagem adicionados aí não serão bem misturados ao restante da dieta, pois logo após o tratador desliga o totalmix. Dessa forma, a parte de baixo do vagão irá ficar extremamente misturada com maior


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proporção de concentrado e menor tamanho de partícula, ocorrendo o contrário na parte de cima. Ou seja, o grupo de animais que recebeu a dieta da parte de baixo do vagão vai consumir uma dieta muito densa, com mais concentrado e menos silagem de milho, o que irá levar a um alto risco de acidose nos animais. Já o grupo de vacas que receber a dieta da parte de cima, irá consumi-la menos densa, com menos concentrado e mais silagem de milho; as vacas irão perder peso e, se forem do pós-parto, haverá o risco de cetose subclínica. O ponto fundamental, que não estava ocorrendo neste caso, é acionar o vagão após colocar todos os ingredientes, inclusive a forragem. Normalmente, 5 a 7 minutos de tempo de mistura são suficientes. O uso do totalmix em uma fazenda é uma excelente ferramenta para reduzir distúrbios metabólicos e aumentar a produção de leite; no entanto, o manuseio incorreto do equipamento pode ter efeito contrário. Averiguar o tempo de mistura é fundamental para que a dieta fique bem misturada sem reduzir muito o tamanho de partícula. Outra falha comum será discutida conforme a planilha abaixo, que deve ser impressa e ficar na mão dos tratadores. Veja o exemplo: Conforme observado, na dieta de alta produção estão cadastrados dois lotes (1 e 2), e nas dietas de baixa produção, três lotes (3, 4 e 6). O tratador, no momento da descarga das dietas do lote 1 e 2, deixou dentro do vagão 230kg de dieta para alimentar o lote 6. Porém, esse lote, conforme verificado na planilha, está cadastrado na dieta de baixa produção. Ou seja, irá faltar alimento nos lotes 1 e 2 , de alta produção, levando à queda imediata de leite nesse lote e maior quantidade de sobra nos lotes 3 e 4 (baixa produção). Persistindo essa rotina por tempo prolongado nos lotes 3 e 4, há a tendência de engordar os animais. Esse tipo de erro ocorre com frequência nas fazendas, por falta de comunicação diária entre gerência e tratadores, além da falta de monitoramento da rotina dos tratadores. É comum os funcionários responsáveis pelo trato decorar as dietas e não usar a folha impressa, o que favorece o erro. Outra situação, é o folguista ou um funcionário novo na rotina do trato realizar o serviço sem ter sido explicado de forma clara todo o procedimento.

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Conversando com um amigo nutricionista fui informado de um erro que ele presenciou recentemente em uma fazenda e que pode acontecer facilmente. O erro é não estar atento à calibragem das balanças em que os alimentos são pesados. No caso descrito por ele, o erro era na balança da totalmix, que estava desregulada, pesando os ingredientes para menor peso. A falha foi descoberta após fazer uma análise da dieta, que estava com 21% de proteína bruta na matéria seca e o balanceamento dela era para 16% de proteína. A balança da totalmix estava pesando o saco de farelo de soja de 40 kg como 30 kg, isto é, na mistura final havia excesso de farelo de soja, o que subiu a proteína da dieta. A implicação final desse erro é o custo da dieta extremamente alto sem aumento da produção de leite, com risco até de queda de produção. Se persistir por tempo prolongado, pode ocorrer efeito negativo na reprodução das vacas. Vale lembrar que esse tipo de erro pode acontecer com qualquer tipo de balança da fazenda e não necessariamente só com a balança da totalmix. O “olhômetro” é outro problema sério no manejo nutricional. O nutricionista determina que em um lote devam ser fornecidos 500 kg de forragem na linha de cocho e essa quantidade é colocada sem pesar. A implicação dessa rotina é a dieta desbalanceada, furo no controle de estoque da forragem e da avaliação econômica da dieta. Fazendas que não possuem totalmix com balança, devem padronizar a quantidade pesando rotineiramente balaios ou garfos utilizados para colocar o alimento no cocho, lembrando que o teor de matéria seca da mesma forragem muda. Esse procedimento normalmente não acontece e, quando é feito, a quantidade de balaios e garfos é discriminada na folha do trato, mas os tratadores muitas vezes usam porque decoram as quantidades (ex: 100 garfos de 5 kg= 500 kg). Nesse caso, com certeza ocorrerão erros, principalmente se houver dois funcionários na rotina do trato ou algo desconcentrar o tratador naquele momento. Esse texto fala do simples, do que não é complexo dentro da nutrição e, talvez por isso, negligenciemos situações de rotina nas fazendas quanto ao manejo nutricional. Erros pequenos podem levar a grandes prejuízos. Para evitar essas situações descritas, é necessário implantar nas fazendas os chamados POPs (Procedimentos Operacionais Padrão) do manejo nutricional e ter certeza de que realmente a rotina está sendo cumprida de forma correta. O treinamento para capacitação dos funcionários, nesse caso tratadores, e o entendimento e envolvimento deles no manejo nutricional são fundamentais para garantir uma nutrição bem conduzida na fazenda e sem prejuízos. Nas situações descritas acima é inadmissível o produtor reclamar do preço do leite, pois é preciso enxergar melhor a fazenda da porteira para dentro. Alimentar vacas, além de muita ciência, é também uma grande arte!!!


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1º Leilão Doadoras do Futuro

O 1º Leilão Doadoras do Futuro, realizado no Parque da Cidade, em Barra Mansa (RJ), alcançou a média de R$ 9.050,00 por animal. O evento foi promovido pelos jovens criadores Gustavo de Souza, Pedro Meirelles e Hugo Arantes, descendentes de três das mais tradicionais famílias de criadores e produtores de leite da região Sul do Estado do Rio. O leilão mostrou a valorização da raça. A bezerra 1/2 sangue Beldade FIV CM Ponte Nova, de propriedade de Pedro Meirelles, teve 50% de sua posse comercializada por R$ 13.600,00. O condomínio comprador foi formado por Guto Mendes, da In Vitro Rio, e Hugo Arantes, da Fazenda São Luiz.

Carmo da Mata

presente. Na foto, César; Daniel Thielmann; o presidente do Sindicato, Luiz; Caroline (Emater); e o técnico da Girolando André Junqueira.

CRV

O Grupo holando-belga CRV anunciou no final de março a aquisição da Central Bela Vista, que pertencia a Maria do Carmo e Jovelino Mineiro. Com essa aquisição, o Grupo CRV passa a movimentar 3,6 milhões de doses de sêmen no mercado interno. Segundo a multinacional, o Brasil é um dos mais importantes mercados, sendo que a incorporação da Central Bela Vista é o terceiro grande investimento da organização no país. Os outros dois são Lagoa da Serra e 50% das ações da Sexing Technologies Brazil (sêmen sexado).

Calu

Em Assembleia Geral Ordinária, realizada no dia 4 de março, os cooperados da Cooperativa Agropecuária Ltda. de Uberlândia (Calu) elegeram o novo Conselho de Administração, cujo mandato prevalecerá nos próximos quatro anos. Os eleitos são da chapa “Renovação”, que tem como diretor presidente Cenyldes Moura Vieira e vicepresidente Francisco de Oliveira Souza. Cenyldes Moura Vieira assume a Calu com a proposta de dar andamento ao trabalho que tem sido feito, especialmente viabilizar a construção do novo laticínio.

A raça Girolando foi tema de palestra no Sindicato Rural de Carmo da Mata, em Minas Gerais, no dia 28 de fevereiro. Dezenas de criadores participaram do evento, que teve o intuito de buscar novos associados para a entidade. O técnico André Junqueira ministrou palestra para o público

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Workshop

A Girolando e a Embrapa Gado de Leite promoveram, no dia 18 de abril, em Juiz de Fora (MG), um workshop sobre o Programa de Melhoramento Genético do Girolando (PMGG). O objetivo do evento foi apresentar o PMGG aos produtores de leite da Zona da Mata, além de discutir diversos assuntos referentes ao Teste de Progênie do Girolando, dentre eles a participação dos rebanhos como colaboradores do teste, procedimentos de controle leiteiro e critérios para inclusão de touros no teste.


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Depto. Técnico

Email lpaiva@girolando.com.br mcembranelli@girolando.com.br bviana@girolando.com.br ejunior@girolando.com.br wrodrigues@girolando.com.br salmeida@girolando.com.br eneto@girolando.com.br fboaventura@girolando.com.br jlopes@girolando.com.br jsilva@girolando.com.br jferreira@girolando.com.br lbizinoto@girolando.com.br

Telefone (34) 3331-6000 (34) 3331-6013 (34) 3331-6013 (34) 3331-6013 (34) 3331-6013 (34) 3331-6037 (34) 3331-6017 (34) 3331-6017 (34) 3331-6017 (34) 3331-6017 (34) 3331-6017 (34) 3331-6017

Depto. Financeiro / ADM / MKT

Eduardo Izoldi José Mauad Edlaine Boaventura Paula de Oliveira Renata Cristina Carolina Castro Tassiana Giselle Jean Carlos Nivaldo Faria Jair Francisco Luiz Fernando João Marcos Larissa Vieira

Superintendente Geral Superintendente Administrativo/Financeiro Faturamento Financeiro Contas a Pagar e Grife Secretária da Presidência e Diretoria Secretária da Superint. e Departamento de Jurados Serviço de Controle Leiteiro Expedição de Certificados Controle de Genealogia Tecnologia da Informação Depto. de Comunicação e Marketing Assessora de Imprensa

eizoldi@girolando.com.br jfilho@girolando.com.br eboaventura@girolando.com.br pgoncalves@girolando.com.br rcarvalho@girolando.com.br / grife@girolando.com.br cteles@girolando.com.br / diretoria@girolando.com.br tsilva@girolando.com.br / djrg@girolando.com.br joliveira@girolando.com.br nfaria@girolando.com.br jjunior@girolando.com.br lmoura@girolando.com.br marketing@girolando.com.br imprensa@girolando.com.br

(34) 3331-6032 (34) 3331-6006 (34) 3331-6012 (34) 3331-6030 (34) 3331-6018 (34) 3331-6020 (34) 3331-6022 (34) 3331-6015 (34) 3331-6003 (34) 3331-6008 (34) 3331-6029 (34) 3331-6038 (34) 3331-6026

ETR-BH (Belo Horizonte) Jesus Lopes Nilo do Valle André Junqueira Katislene de Oliveira

Coordenador Técnico Zootecnista - Técnico do SRGRG Zootecnista - Técnico do SRGRG Secretária

jlopes@girolando.com.br nvale@girolando.com.br ajunqueira@girolando.com.br etrbh@girolando.com.br

(31) 9954-7789 (37) 9964-8872 (31) 3334-5480

ETR-RJ/ES (Itaperuna) Fernando Boaventura Érico Ribeiro Lucas Facury Ariane

Coordenador Técnico Zootecnista - Técnico do SRGRG Zootecnista - Técnico do SRGRG Secretária

fboaventura@girolando.com.br eribeiro@girolando.com.br lfacury@girolando.com.br etrrj@girolando.com.br

(28) 9939-1501 (34) 8401-9193 (22) 3822-3255

ETR-SP (Jacareí) Rafael Tavares Márcia

Méd. Veterinário - Técnico do SRGRG Secretária

rribeiro@girolando.com.br etr_jacarei@girolando.com.br

(12) 9779-2333 (12) 3959-7292

ETR-GO (Goiânia) Limírio Bizinotto Carlos Eduardo

Coordenador Técnico Médico Veterinário - Técnico do SRGRG

lbizinotto@girolando.com.br calmeida@girolando.com.br

(17) 9773-5157

ETR-NE (Recife) Janaina

Secretária

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(34) 3331-6000

Escritórios Técnicos Regionais (ETRs)

Cargo e/ou Setor Zootecnista - Superintendente Técnico Médico Veterinário - Coord. Oper. do PMGG e DPZ Zootecnista - Técnico do PMGG e DPZ Técnico Agrícola - Técnico do PMGG e DPZ Zootecnista - Técnico do PMGG e DPZ - Juiz de Fora / MG Engenheiro Agrônomo - Dep. de Exposições e Ranking Zootecnista - Técnico do SRGRG e Superint. Técnico Substituto Zootecnista - Técnico do SRGRG Zootecnista - Técnico do SRGRG Zootecnista - Técnico do SRGRG Zootecnista - Técnico do SRGRG Zootecnista - Técnico do SRGRG

Campo Grande – MS Guarantã do Norte – MT Itarumã – GO Itabuna – BA Ji Paraná – RO Lajinha – MG Lins – SP Maceió – AL Paracatu – MG Salvador – BA

Contato Email Dagmar Ferreira dagmarezende@hotmail.com Heitor Corrêa heitor.cl@bol.com.br Jurandir Ribas ribas.mt@hotmail.com Rubens Assis plantarecolher@uol.com.br Jorge Miranda Guilherme Pereira ghpguilherme@gmail.com Antônio Carlos acarlosbrum@bol.com.br Marcelo Junqueira marcelo.medvet@ig.com.br Domicio Arruda domicioarrudasilva@superig.com.br Ironaldo Monteiro ironaldoam@hotmail.com João Batista joaobmelo@oi.com.br Marcelo Schettini macelovet2007@hotmail.com Nivio Bispo niviovet@hotmail.com

Telefones (67) 9231-7121 / 9679-3440 (67) 9997-8464 (66) 9991-1128 / 9967-5232 (64) 3659-1276 / 9244-2320 (73) 3212-5832 / 8822-4626 (69) 3421-5736 / 9981-6745 (33) 3331-1183 / 9905-6480 (14) 3522-5952 / 9785-1739 (82) 3358-5082 / 9997-0088 (82) 3235-1625 / 8816-9960 (82) 9981-9085 (38) 3671-5750 / 9962-1517 (71) 3115-2728 / 8879-2657

Aracaju – SE Arapongas - PR Brasília – DF Barra do Garças – MT Cacoal – RO Cuiabá – MT Garanhuns – PE Goiânia – GO Gurupi – TO Jataí – GO Novo Mundo – MT Palmas – TO Terra Nova do Norte – MT Tomé Açu – PA

Ranilson Cavalcanti Gilmar Sartori Luiz Ricardo Adelino José Pedro Alves Luiz Henrique Igor Cunha Ana Carolina Márcio Antônio Pedro da Silveira Loni Soares Luiz Solano Nicolau Muzzi Anderson Linares Rogério Barbosa

(79) 3247-3326 / 9971-1335 (43) 3275-1811 / 9972-7576 (61) 9676-7207 (66) 3401-5787 / 8114-9999 (69) 3225-2942 / 9225-7025 (65) 8138-041 (87) 3761-5486 / 9639-3906 (62) 3249-6343 / 8404-6136 (62) 8420-4540 / 9607-2078 (63) 3312-4591 / 8127-0080 (64) 8402-3918 / 9964-3465 (66) 3539-6103 / 9209-7898 (63) 3215-4178 / 9911-9872 (66) 9622-6622 (91) 3734-1558 / 9114-3400

Relação de Núcleos

Representante

Empr. Prest. de Serviços

Associação Brasileira dos Criadores de Girolando

Nome Leandro Paiva Marcello Cembranelli Bruno Viana Edivaldo Júnior Wewerton Resende Sérgio Esteves Euclides Prata Fernando Boaventura Jesus Lopes José Renes Juscelino Ferreira Limírio Bizinotto

www.girolando.com.br - (34) 3331-6000 (PABX) - Priscila/Daniella

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ranilsonrego@yahoo.com.br gilmarsartori@yahoo.com.br lrdecastro@gmail.com adelino.robl@hotmail.com pedromariba@hotmail.com lhvargas@uol.com.br igor@locusgenetica.com.br anakrolcabral@yahoo.com.br mutigor@uol.com.br iatogpi@bol.com.br lonifilho@yahoo.com.br solanoagro@bol.com.br topsemenn@yahoo.com.br sonalf@bol.com.br samvetilab@bol.com.br


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