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Triênio 2011/2013
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sta é a última edição de 2011. Um ano particularmente marcante para esta Diretoria Executiva. Não por ser o primeiro da atual gestão que, graças à experiência de seus componentes e ao caráter de continuidade de um triênio anterior bem sucedido, sabia das responsabilidades impostas pelos avanços dos últimos anos. O grande desafio era manter o foco no crescimento sustentável, modernizando a casa e prestando um serviço de qualidade a altura das demandas do número, cada vez maior, de associados e também das orientações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Ao longo de todo o ano muito se trabalhou e proporcionou ganhos que certamente são razões para alegria e orgulho de todos os girolandistas: a MEGALEITE 2011; o 1º Congresso Brasileiro da Raça Girolando; parcerias bem sucedidas, tanto na área empresarial quanto nos poderes Executivo e Legislativo; o crescimento do nosso Programa de Melhoramento Genético; a criação de quatro novos Escritórios Técnicos Regionais, além da ampliação do de Belo Horizonte; as boas perspectivas para o mercado de venda de sêmen; obras em nossa sede adequando os espaços de trabalho tanto em móveis quanto em equipamentos; a contratação de novos colaboradores e terceirização de serviços; a manutenção de filosofia gerencial de transparência e austeridade, que mantém nossa Associação saudável; a participação intensa e proativa em todos os fóruns em defesa do agronegócio do leite; avanços nos projetos do Centro de Capacitação Girolando – CCG e em ações visando obtenção de recursos para sua construção; muitas exposições e leilões com grande visibilidade, entre outros que fizeram parte do nosso calendário de 2011. Mesmo neste cenário, que poderia ser considerado de realizações e sucesso, carregamos uma grande frustração. Chegaremos ao nosso último dia de trabalho deste ano, provavelmente com mais de 90.000 registros, portanto, dentro da média dos últimos três anos. Entretanto, não conseguimos ainda o êxito desejado na informatização do nosso serviço de registros, na agilidade e presteza desejadas. Como criadores, que somos, passamos as mesmas dificuldades que os associados passaram. Está sendo muito difícil e desgastante não conseguirmos superar a transição do sistema antigo para o novo. As críticas são muitas e procedentes. Estejam certos de que não faltou trabalho nem recursos. Pagamos tributo ao crescimento, ao excesso de demanda e aos imprevistos de uma mudança desta grandeza. De qualquer forma, com nossas desculpas, saibam que foi um aprendizado que, longe de trazer desânimo, reforça nossa confiança e determinação de criarmos todas as condições de superação desta fase e de termos a Associação que queremos e a raça merece. Obrigado 2011, que venha 2012 proporcionando, a todos nós, saúde, paz e condições para que possamos, juntos, escrever mais alguns capítulos da história do Girolando – patrimônio brasileiro com vocação natural a ser consagrada como a raça do mundo tropical. Um abraço fraterno, Feliz Natal e um Ano Novo de muita prosperidade para todos!
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Editorial
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m tempos de crise mundial financeira fechar o ano com balança positiva é um feito para comemorar. O Brasil mais uma vez mostrou ser uma economia em ascensão e o agronegócio não sofreu impactos negativos da turbulência internacional. Especialmente a raça Girolando ignorou a crise e manteve um ritmo acelerado de crescimento. O ano de 2011 mostrou-se altamente positivo para o segmento de genética. As vendas de sêmen e embriões estão 40% acima das de 2010. Os leilões apresentaram liquidez e boas médias. Certamente o setor tem muito o que evoluir daqui para frente. A cadeia produtiva do leite tem o desafio de investir ainda mais em qualidade e tecnologia, para que essa evolução seja traduzida em remuneração ainda maior para o produtor. Todo esse cenário de 2011 e as expectativas para 2012 ilustram a capa desta edição da revista O Girolando. Mostramos como a raça se comportou neste ano, os fatores que levaram a esse bom momento e as ações da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando para viabilizar o acesso dos produtores ao melhoramento genético. Como um dos desafios em 2012 será atender a Instrução Normativa 51, trazemos informações sobre essa exigência, que pode ser implantada no início do próximo ano. Nosso entrevistado desta edição é o deputado federal Reinhold Stephanes. Ele critica a atuação dos últimos ministros da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e afirma que os produtores rurais precisam se organizar para poder interferir nas decisões de governo e políticas públicas. Sobre a raça Girolando, Stephanes a define como um dos símbolos de evolução do agronegócio. Completando os assuntos desta edição, você vai conferir resultado de várias exposições, longevidade das vacas, análise do mercado de leite, entre outros assuntos. Que este Natal seja de muita paz e um 2012 de sucesso. Larissa Vieira Editora
EXPEDIENTE: Revista O Girolando - Órgão Oficial da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando - Editora: Larissa Vieira - lamoc1@gmail.com - Depto. Comercial: Mundo Rural (34) 3336-8888, Míriam Borges (34) 9972-0808 e Walkiria Souza (35) 9133-0808 - ogirolando@mundorural.org Design gráfico: Jamilton Souza, Yuri Silveira - Fotos: Jadir Bison - Revisão: Maria Rita Trindade Hoyler - Conselho editorial: Leandro Paiva, Fernando Brasileiro, Milton Magalhães, Jônadan Ma, José Donato Dias Filho, Maria Inez Cruvinel, Mauricio Silveira Coelho, Miriam Borges - Impressão CTP: Gráfica 3 Pinti (34) 3326-8000 - Distribuição gratuita e dirigida aos associados da Girolando, ABCGIL e órgãos de interesse ligados à cadeia produtiva de leite. - Redação: Rua Orlando Vieira do Nascimento, 74 - CEP: 38040-280 - Uberaba/MG - Telefax: (34) 3331-6000 - Assinaturas: ogirolando@mundorural.org - Telefax (34) 3336-8888 - Walkiria Souza
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imprensa@girolando.com.br
Sou criador de Girolando, de Rio Novo do Sul (ES), e gostaria de parabenizar Leandro de Carvalho Paiva, superintendente técnico da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, pelo brilhante artigo publicado na revista “O Girolando”, de setembro/outubro de 2011, relacionado ao controle leiteiro seletivo. A meu ver, alguns criadores descompromissados com o real melhoramento genético desta grande raça que criamos, a Girolando, e sim com muito interesse comercial, apresentam lactações faraônicas, comparadas até mesmo com as lactações da raça Holandesa, a mais leiteira do mundo depois de séculos de melhoramento. Sou um admirador de torneio leiteiro e participo de alguns, na minha região, há mais de trinta anos. Conheço as práticas usadas para fazer a vaca até dobrar sua produção leiteira em relação a um regime de confinamento normal de fazenda, mas tenho consciência de que o animal não aguenta esse manejo durante muito mais tempo do que aqueles três dias em que são avaliadas as suas produções. Entretanto, estou cansado de ler embaixo da foto de uma bela vaca 1/2 sangue com seu úbere, a meu ver, muito represado, em revistas do setor leiteiro, sua produção média durante um determinado torneio leiteiro multiplicada por 365 dias e formando, assim, as lactações faraônicas a que me refiro. Será que isso contribui para o engrandecimento dessa grande raça? Jorge Mameri Júnior Prezado Jorge, Fico feliz por ter gostado do artigo. Temos que valorizar cada vez mais o controle leiteiro e saber utilizá-lo da melhor forma possível, pois esta é uma ferramenta de grande importância para o sucesso de qualquer seleção de gado leiteiro.
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Tenho, na Zona da Mata, um gado misto (Gir, Girolando 3/4, 1/2 e 5/8). Gostaria de saber que touro Girolando vocês me indicam. Atualmente, estou usando o Millenium (Girolando), Frederic (Holandês) e Sansão, Gengiscam e Nobre (Gir). Antenor Dias – via facebook Prezado Antenor, O correto é acasalar suas matrizes com touros Girolando, de acordo com o fenótipo de cada uma delas, elegendo as características de maior importância em seu rebanho, que devem ser melhoradas. Os touros que participam do teste de progênie são criteriosamente selecionados pela Girolando, os quais possuem excelentes características que lhes deram a condição de participar da prova. Vale ressaltar que é sempre importante priorizar a utilização de touros provados. Porém, os touros em fase de teste são o futuro da raça e podem contribuir, da mesma forma, para o melhoramento genético dos rebanhos. Procure sempre adquirir sêmen de reprodutores inscritos ou provados pelo Teste de Progênie. Do ponto de vista de investimento inicial, é melhor começar com fêmeas Gir PO e sêmen de Holandês PO ou com fêmeas Holandesas PO e sêmen de Gir Leiteiro PO? E do ponto de vista de produtividade das fêmeas F1, qual seria o melhor acasalamento? Edvan Feitosa – via facebook Edvan, Os resultados de produção obtidos por animais F1 advindos de ambos os cruzamentos são satisfatórios, dependendo apenas da qualidade genética dos animais. Cartas respondidas por Leandro Paiva, Superintendente Técnico da Girolando.
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Entrevista - Deputado federal Reinhold Stephanes - 14
Matéria de Capa - Ano de bons números - 18
A matemática do boi... ou por que meu touro ficou negativo nessa avaliação genética? - 32 Girolando predomina na Feileite 2011 - 40
Os novos companheiros girolandistas Novo sistema de identificação já está em fase final de implantação É início da safra e o preço do leite caiu para o produtor Instrução Normativa 51 A longevidade de nossas vacas Controle leiteiro em debate Exposições Ranking Nacional de Girolando 2011/2012 Colostro Transparência Girolando pelo Brasil Giro Lácteo Controle Leiteiro Girolando - Cresimento contínuo Controle Leiteiro Contatos - Emails e telefones 12
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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS CRIADORES DE GIROLANDO TRIÊNIO 2011/2013 ESTES SÃO OS NOVOS CRIADORES, E ENTIDADES DE CLASSE QUE PASSARAM A INTEGRAR O QUADRO SOCIAL DA GIROLANDO NOS MESES DE SETEMBRO,OUTUBRO E NOVEMBRO DE 2011. PROP. Nº 6802 6782 6801 6745 6800 6754 6761 6787 6749 4609 2759 6729 6791 6821 6769 6696 6750 6808 6768 6765 6733 6771 6743 6723 6734 6779 6748 6721 6820 6767 6799 6727 6689 6747 6751 6785 6818 6823 6762 6805 6772 6760 6806 6792 6730 6813 6738 6796 6830 6737 6770 6740 6815 6764 6773 6793 6789 6809 6741 6753 6790 6776 6731 6774 6725 6763 6816 6746 6822 6803 6797 6810 6759 6726 6722 6766 6739 6732 6811 6757 6798 6724 6742 6698 6784 6804 6735 6755 6777 6736 6752 6775 6758 6788 6812 6825 6778 6637 6728 6756 6817 6744
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CRIADOR MUNCÍPIO Adelson Luis Desidério da Silva Bom Jesus de Goias – GO Agropecuária Anas Ltda.-ME Brasopolis-MG Agropecuária Lagoa do Mato Ltda. Olho D’Água das Flores-AL Agropecuária Sempre Amigos Ltda. Divinópolis-MG Alex Garcia de Freitas Iguatama-MG Alexandre Rio Apa Granja Juiz de Fora – MG Antônio Carlos Martins Guedes Belo Horizonte-MG Arildo Benetti Ferreira Governador Valadares-MG Athos Marques Borges Itarumã-GO Auta Elisabeth Baesso Pereira Guarani-MG Avelino Antunes Areias-SP Benedito Divino Prudente Xinguara-PA Carlos Augusto Campanhã São Paulo-SP Carlos Eduardo Acedo Lyrio Uberaba-MG Carlos Fernando Marins Rodrigues São José do Barreiro-SP Celso Fernando Rimoli Ferro Mococa-SP Cícero Pereira da Silva Piancó-PB Clodoaldo Clemente dos Santos Nova Andradina-MS Clovis Torres Quintão Ubá-MG Daniel Gualberto Albergaria Governador Valadares-MG Danilo Ribeiro Jacintho Xinguara-PA Dante Paccelli Roriz Luziânia-GO Eder Luiz Pinheiro do Nascimento Várzea Grande-MT Eduardo Luiz Porto Campos e Campos Pompéu-MG Eleci Cardoso da Silva Xinguara-PA EnosToledo Yan Hsin Ma Uberaba-MG Eurides Duarte de Oliveira Guarantã do Norte-MT Fausto Miglio Neto Teófilo Otoni-MG Fernando Xavier Leis Quatis-RJ Flávio Roberto Mamedes Cabral Guarantã do Norte-MT Francisco Henrique Duque Machado Santa Bárbara Monte Verde-MG Geraldo Magela Reis Sá Rio de Janeiro-RJ Gilmar Wellington dos Santos Maria Belo Horizonte-MG G-Milk Agropecuária e Laticínios Ltda. Brejões-BA Heda Borges Machado Uberaba-MG Humberto Machado de Oliveira Andrade Uberaba-MG Inst. Fed. de Educação, Ciência e Tec. Baiano – Itapetinga Itapetinga-BA Ismail Nunes Borges Uberaba-MG Izaltino Correia Neto Tarumirim-MG Janilson Silva Sallum Uberaba-MG Janot Ferreira de Andrade Junior/Geraldo M. Valadares Filho Pompéu-MG João Antônio Lian Espirito Santo do Pinhal-SP João Hilarino de Castro Santo Antônio do Monte-MG João Marques Pereira Neto Governador Valadares-MG João Vieira Netto Xinguara-PA Joarez de Freitas Heringer Brasília-DF Jordan Timo Carvalho Redenção-PA José Antônio Soares Bom Despacho-MG José Carlos Marques Morada Nova de Minas-MG José iaghy de Melo Xinguara-PA José Francisco Barbosa Gruppi Leopoldina-MG José Luiz Dantas Xinguara-PA José Rafael Soares Filho Bom Despacho-MG José Roberto Ribeiro Cortes Governador Valadares-MG José Ronaldo Lopes São José do Rio Preto-SP José Taumaturgo da Rocha Natal-RN José Wanderlei Moreira Córrego Danta-MG Júlio Cesar Faria Lima Macuco-RJ Leonardo de Almeida Barreto Canaã dos Carajás-PA Luiz Antônio Bruno Carvalho Barra Mansa-RJ Luiz Cláudio Campos / Fábio Campos Liberdade-MG Luiz Paulo Cruz Urânia-SP Manoel da Silva Barros Xinguara-PA Manoel Montenegro Neto Natal-RN Marcelo Chamas São José do Rio Preto-SP Marcelo Guimarães Soares Governador Valadares-MG Marcelo Rodolfo de Oliveira Paraibuna-SP Marcio Antônio de Carvalho Tietê-SP Marco Aurélio da Silveira Caratinga-MG Marcos Alexandre da Silva Rio de Janeiro-RJ Maria do Carmo de Oliveira Belo Horizonte-MG Matheus de Oliveira Wiezel Santa Rosa de Viterbo-SP Meire Maria da Silveira Serro-MG Milton Ferreira Takato Macaubal-SP Moacyr de Campos Cuiabá-MT Multiagro Agropecuária Comércio e Industria Ltda. Leopoldina-MG Osmar Moreira da Cruz Xinguara-PA Osvaldo de Oliveira Assunção Júnior Xinguara-PA Osvaldo José Almeida de Castro Mar de Espanha-MG Otávio Barroso Ferreira Mattos Governador Valadares-MG Paulo Henrique Batista de Oliveira Lima Duarte-MG Paulo Sérgio Costa de Oliveira Muriaé-MG Plácido Teixeira Lima Júnior Nossa Senhora de Lourdes-SE Rafael Lucas Parão Ribeirão Preto-SP Raimundo Assis Duarte Belo Horizonte-MG Ricarte Procópio de Lucena Natal-RN Rildo Benedito Ferreira Adorno Xinguara-PA Roberto Rudge P. Guimarães Avaí-SP Roberto Xavier Ribeiro Alto Rio Doce-MG Robison Ramos Dias Xinguara-PA Rogério de Souza Figueiredo Ribeirão Preto-SP Rômulo Dourado de Queiroz Monteiro Filho Recife-PE Ronaldo Nunes Moreira Serro-MG Sandra Maria Fonseca Nogueira Nova Lima - MG Simon Bolivar da Silveira Bueno Jundiaí-SP Top Gens Veterinária Dois Irmãos Ltda. Andrelândia-MG Ueverson Martins da Silva Ituiutaba-MG União Brasiliense de Educação e Cultura Palmas-TO Veridiano Oliveira Silva Xinguara-PA Vitor Penido de Barros Nova Lima-MG Wender Luciano Araujo Silva Goiânia-GO Yang Cavalcanti Bonfim Guanambi-BA
Presidente: José Donato Dias Filho 1º Vice-presidente: Fernando Antonio Brasileiro Miranda 2º Vice-presidente: Maurício Silveira Coelho 3º Vice-presidente: Jônadan Hsuan Mim Ma 4º Vice-presidente: Ivan Adhemar de Carvalho Filho 1º Diretor-administrativo: Milton de Almeida Magalhães Júnior 2º Diretor-administrativo: Adolfo José Leite Nunes 1º Diretor-financeiro: Maria Inez Cruvinel Rezende 2º Diretor-financeiro: Eugênio Deliberato Filho Relações Institucionais e Comerciais: João Domingos Gomes dos Santos
Conselho Fiscal Jeronimo Gomes Ferreira Silvio de Castro Cunha Júnior Marcelo Machado Borges Suplentes Conselho Fiscal Eduardo Jorge Milagre José Alberto Paiffer Menk Luiz Carlos Rodrigues Conselho Consultivo Antônio José Junqueira Villela Joaquim Luiz Lima Filho Nelson Ariza Roberto Antônio Pinto de Melo Carvalho Rodrigo Sant’anna Alvim Suplentes Conselho Consultivo Geraldo Antônio de Oliveira Marques Guilherme Marquez de Rezende Leonardo Moura Vilela Rubens Stacciarini Tomaz Sérgio Andrade de Oliveira Júnior
Membros Conselho Deliberativo Técnico 2011/2013 Membros Natos Alisson Luis Lima Leandro de Carvalho Paiva
Representante do MAPA Superintendente Técnico
Membros Efetivos
Membros Suplentes
Limírio Cezar Bizinotto Marcello A. R. Cembranelli Milton de Almeida Magalhães Neto Valério Machado Guimarães
Juscelino Alves Ferreira Walter Roriz de Queiroz Tiago Moraes Ferreira Daniella Martins da Silva
CONSELHO DE REPRESENTANTES ESTADUAIS: AL – Paulo Emílio Rodrigues do Amaral AM – Raimundo Garcias de Souza BA – José Geraldo Vaz de Almeida BA – Luiz Tarquinio Duarte Pontes BA – Jorge Luiz Mendonça Sampaio CE – Cristiano Walter Moraes Rola DF – Dilson Cordeiro de Menezes DF – Erotides Alves de Castro DF – Ismael Ferreira da Silva ES – Rodrigo José Gonçalves Monteiro GO – Elmirio Monteiro Marques Júnior GO – José Mário Miranda Abdo GO – Léo Machado Ferreira GO – Itamir Antônio Fernandes Vale MG – Anna Maria Borges Cunha Campos MG – Carlos Eduardo Fajardo de Freitas MG – Horácio Moreira Dias MG – José Ricardo Fiuza Horta MG – Júlio Cesar Brescia Murta MG – Paulo Henrique Machado Porto MG – Salvador Markowicz Neto MS – Aurora Trefzger Cinato Real MS – Ronan Rinaldi de Souza Salgueiro
MS – Rubens Belchior da Cunha PA – Zacarias Pereira de Almeida Neto PB – Antônio Dimas Cabral PB – Yvon Luiz Barreto Rabelo PE – Cristiano Nobrega Malta PE – Eriberto de Queiroz Marques PR – Antônio Francisco Chaves Neto PR – Bernardo Garcia de Araújo Jorge PR – João Sala RJ – Filipe Alves Gomes RJ – Herbert Siqueira da Silva RJ – Jaime Carvalho de Oliveira RJ – Luciano Ferreira Guimarães RO – José Vidal Hilgert SE – Lafayette Franco Sobral SE – Ricardo Andrade Dantas SP – Adriano Ribeiro de Oliveira SP – Braulio Conti Júnior SP – Decio de Almeida Boteon SP – Eduardo Falcão de Carvalho SP – Pedro Luiz Dias SP – Roberto Almeida Oliveira SP – Virgilio Pitton TO – Eli José Araújo
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Entrevista
Por Larissa Vieira
Reinhold Stephanes - Deputado Federal (PSD/PR)
Girolando simboliza a evolução do agronegócio, diz Stephanes
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Lar Agência/Luiz Antônio
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a infância na lavoura à chefia de diversos ministérios, secretarias estaduais, órgãos e entidades, o catarinense Reinhold Stephanes, de 72 anos, tem sua trajetória de vida ligada ao agronegócio. Formado em Economia, o começo da carreira profissional foi na área agrícola. Ocupou diversos cargos diretivos no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, foi secretário da Agricultura do Estado do Paraná e presidente da Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural (Sober). Stephanes redigiu o decreto-lei de criação do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e o decreto de regulamentação do órgão, do qual foi diretor. Depois de passar pelos ministérios do Trabalho e Previdência Social e da Previdência e Assistência Social, assumiu o Ministério da Agricultura entre março de 2007 e março de 2010. Hoje, está em seu sexto mandato como deputado federal pelo Paraná, tendo trocado recentemente o PMDB pelo PSD. Em entrevista à revista O Girolando, Reinhold Stephanes afirma que os produtores rurais precisam se organizar para poder interferir nas decisões de governo e políticas públicas. Para ele, os dois últimos ministros da Agricultura (Wagner Rossi e o atual Mendes Ribeiro Filho) mostraram-se incapazes de dar à Pasta a relevância que ela precisa ter dentro do governo para atender as necessidades do setor. Stephanes ainda fala de pontos polêmicos, como o código florestal, o adiamento da Instrução Normativa 51, a crise econômica mundial e os problemas que o país poderá ter futuramente caso não resolva os gargalos no escoamento da produção de alimen-
Revista O Girolando - O senhor declarou que o crescimento da produção e os gargalos nas rodovias, nos portos e nos armazéns podem causar um colapso nos próximos anos. Como resolver esses problemas? Reinhold Stephanes – A falta de planos de médio e de longo prazos para escoamento da produção ameaça a liderança que o País pretende alcançar no futuro. Em quarenta anos o mundo vai necessitar do dobro da produção de alimentos e, entre os poucos países que têm condições de dar esta resposta, o Brasil é o mais bem situado. Temos a segunda agricultura mais eficiente do mundo, que alimenta 190 milhões de brasileiros e exporta excedente para 180 países, ocupando, também, a segunda posição no mercado mundial. Se fizermos nossa parte, e isso inclui a melhoria da infraestrutura, em quinze anos poderemos assumir a primeira posição. A dificuldade de escoar a safra encarece os produtos, com reflexo no custo da produção e na competitividade das commodities agrícolas no mercado internacional. Afinal, é impossível aumentar a renda do produtor se os custos de produção estão em elevação e dentro deles pesam a infraestrutura e a logística. Isso é fundamental, por exemplo, para expansão de novas áreas de cultivo em Mato Grosso, Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia. A tendência natural seria construir alternativas por outros portos do Norte e do Nordeste, que estão geograficamente em posição privilegiada, pela menor distância dos grandes consumidores asiáticos e europeus. Esta também é uma alternativa que aliviaria a pressão sobre os portos de Santos, em São Paulo e Paranaguá, no Paraná, onde faltam terminais para granéis oriundos dessas novas fronteiras e temos grandes estrangulamentos. Revista O Girolando - Os pontos que o senhor defende atualmente dentro de uma agenda para o setor são problemas antigos. Como lidou com eles durante sua gestão no Ministério da Agricultura e por que persistem? Reinhold Stephanes - Em meu período tentei trabalhar sobre uma agenda mínima e me colocar
Agência Câmara
tos. Sobre a raça Girolando, que conheceu recentemente durante uma reunião com a diretoria da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, garante que pode ser considerada um símbolo da evolução do agronegócio brasileiro.
em igualdade de posição com a equipe econômica. A agenda previa a reestruturação da dívida rural, com a implantação do seguro agrícola e do fundo de catástrofe; um plano para a redução da dependência de fertilizantes; a melhoria no serviço de defesa sanitária, que tem perdido eficiência ultimamente; apoio ao comércio externo, com a nomeação de adidos agrícolas, que era uma reivindicação antiga do setor; o fortalecimento da pesquisa agropecuária, unificando a rede nacional que envolve a Embrapa, os institutos estaduais de pesquisa e as universidades. Tivemos sucesso durante o processo que foi, infelizmente, interrompido. Por outro lado, fica claro que o setor do agronegócio, com uma situação favorável para o desenvolvimento e melhores perspectivas, precisa se organizar para poder interferir nas decisões de governo e políticas públicas. Revista O Girolando - Levando em conta sua experiência à frente de vários ministérios e de governos diferentes, falta apoio do governo federal ao setor agropecuário e à pasta do Ministério da Agricultura? Reinhold Stephanes - Tradicionalmente, a área econômica do governo não possui visão estratégica da importância do setor rural, prevalecendo uma cultura urbana na maioria das questões. Em contrapartida, o setor tem pouca representação, desequilibrando a correlação de forças no processo de tomada de decisões. Os ministros da Agricultura, que poderiam suprir parte dessas deficiências, colocando-se em posição para demonstrar aos seus colegas de governo as questões fundamentais para estruturar a agricultura, historicamente têm se mostrado incapazes dessa tarefa. Os dois últimos exem-
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plos provam essa teoria, tanto o que acabou saindo em função de um suposto escândalo, mas que não tinha sequer uma agenda em interesse da agricultura, e o atual, que surge sem conhecimento do setor. Revista O Girolando - O Brasil passou bem pela crise de 2008. Como o senhor avalia o país em relação à crise atual e os efeitos dos problemas econômicos mundiais no agronegócio brasileiro? Reinhold Stephanes - Como princípio básico, primeiramente as crises afetam o setor de indústria e de outros bens de serviço, sendo que a agricultura é o último setor a ser atingido. Isso quer dizer que, em regra, no caso de crise deixamos de adquirir automóveis, eletrodomésticos, reduzimos as viagens, mas vamos continuar comendo. Essa concepção tem que ser aliada ao fato de que os países mais populosos não estão sendo afetados pela crise e vêm aumentando a demanda. E, mesmo que venham a ser atingidos, dificilmente terão retração na demanda por proteínas vegetais. No Brasil poderá, talvez, haver pequena retração no consumo por carnes mais nobres. De qualquer forma, se faltar liquidez no mercado como aconteceu em 2008, o governo terá condições de injetar os recursos necessários. Além disso, vale lembrar que os estoques das commodities agrícolas estão muito baixos. Portanto, em relação à agricultura, se o governo atuar de forma correta, vamos ter menos problemas se a crise avançar. Revista O Girolando - Mais uma vez o governo adiou a implantação da Instrução Normativa 51, em algumas regiões, para que os produtores possam se adequar às novas exigências. O que tem dificultado a implantação da IN 51: a forma como ela foi elaborada ou a falta de infraestrutura de diversas propriedades e de uma assistência técnica ao produtor? Reinhold Stephanes A IN 51 consolida o Programa Nacional de Qualidade do Leite, cuja base foi deba-
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tida por 12 anos, pelo Ministério da Agricultura, Câmara Setorial, secretarias de Agricultura, Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), Confederação Nacional de Agricultura (CNA), Sociedade Rural, entre outras entidades e representantes das indústrias e produtores. Um dos objetivos é estabelecer padrões equivalentes aos praticados pela maioria dos países, como os da União Europeia, Canadá e até mesmo vizinhos do Mercosul. E ainda estamos longe de atingir os padrões internacionais, o que torna extremamente importante tratar com maior rigor esta questão. É claro que o objetivo final visa trazer maior qualidade para os consumidores e colocar o Brasil melhor perante o mercado internacional. Evidentemente que, em determinadas áreas ou regiões onde as práticas de manejo ainda são inadequadas, a assistência técnica é fundamental. Em julho último, quando o Ministério da Agricultura, mais uma vez prorrogou a IN, o fez de forma displicente, além do que, em parte, pressionado pela indústria. Cabe reafirmar a importância da IN e a necessidade de se perseguir, com muita determinação, os objetivos que levaram à edição da norma. Revista O Girolando - Qual será a “cara” do Código Florestal após aprovação no Senado? Para o produtor rural, quais serão as principais mudanças? Reinhold Stephanes - Sem dúvida, o novo código terá uma imagem mais plural, com representação de vários setores. Ou seja, a primeira grande mudança é que a legislação ambiental deixou de ser tratada apenas por ambientalistas, incluindo a sociedade e o setor agrícola no debate. Ao contrário de quando foi tratada por ambientalistas, que agiam mais dentro de uma ideologia e tinham pouco conhecimento de meio ambiente e menos ainda de produção agrícola. Diria que o novo Código Florestal resolve possivelmente entre 80 e 90% dos problemas enfrentados pelos produ-
Os ministros da Agricultura, que poderiam suprir parte dessas deficiências, colocando-se em posição para demonstrar aos seus colegas de governo as questões fundamentais para estruturar a agricultura, historicamente têm se mostrado incapazes dessa tarefa.
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Revista O Girolando - O senhor passou parte de sua infância trabalhando na lavoura e depois chegou a ministro da Agricultura. Como avalia a evolução do agronegócio brasileiro ao longo desse período? Reinhold Stephanes - As mudanças são extraordinárias. A primeira delas foi inverter a relação entre população urbana e rural. Na minha infância, 80% viviam no campo. A segunda evolução foi que o Brasil deixou a condição de importador de alimentos, inclusive de leite. A terceira ocorreu nos últimos dez anos: o Brasil é o país que mais cresce em eficiência e no aumento de produção de excedente. Não somos o país mais eficiente nem o maior exportador, mas o que caminha melhor. Avançamos ainda nas fronteiras agrícolas. Há 40 anos não se imaginava o plantio no cerrado. O avanço para o CentroOeste brasileiro se deu nesse período. Sob todos os aspectos, houve mudanças significativas, da produção à tecnologia. Basta olhar para o Girolando, que pode ser o símbolo dessa evolução. Revista O Girolando - O senhor conheceu recentemente o projeto de construção do Centro de Capacitação Girolando, espaço que aliará pesquisa, tecnologia, preservação da história do leite, produção sustentável e educação. O senhor acredita que projetos como este podem ajudar na difusão da tecnologia para o campo?
Divulgação Assessoria do parlamentar
tores rurais. Portanto, podemos considerá-lo bom. A questão que se coloca é que o Código Florestal representa o início de um processo, que precisa conduzir à revisão do decreto 6514, de 2008, que prevê infrações e sanções para crimes ambientais, e à reformulação do Conama, uma tarefa tão difícil quanto reformar o próprio Código. O Conselho precisa deixar de ser um fórum político-ideológico para se tornar um centro de decisões baseadas na ciência e na racionalidade. O debate ambiental deve alcançar, também, uma série de outras questões, como a reeducação dos serviços de fiscalização e maior eficiência na execução das atribuições ambientais que cabem ao governo. Isso significa que o setor agrícola precisa continuar mobilizado. Acredito que vamos entrar 2012 com nova legislação ambiental, definindo melhor compensação de reserva legal; plantio em várzeas, encostas e morros; áreas de preservação permanentes e garantias para quem desmatou quando a legislação assim o permitia.
Reinhold Stephanes - Mesmo sem contar com uma unidade igual ao Centro, considero extraordinário o avanço que a Associação do Girolando alcançou nestes últimos anos. Não tenho como avaliar a dimensão que o segmento assumirá, mas com a construção do Centro, tendo à disposição os instrumentos mais avançados, uma nova era vai surgir para o Girolando. Revista O Girolando - Quais os principais projetos relacionados ao agronegócio em que o senhor está envolvido atualmente? Reinhold Stephanes - Acabei de relatar a Medida Provisória dos contratos de derivativos, que criou instrumentos de registro e de controle para dar mais transparência ao mercado futuro, que também envolve as commodities. Neste momento, estou envolvido com a Subcomissão do Leite, no âmbito da Comissão de Agricultura, e acompanhando a apreciação do Código Florestal que, após tramitação no Senado, deverá voltar à Câmara. Tenho preparado, ainda, projeto que propõe um marco regulatório para os fertilizantes empregados na agricultura. Hoje, 91 por cento do potássio utilizados são importados. No entanto, o Brasil possui identificada a terceira maior jazida do mundo. E vastas áreas a serem pesquisadas. No caso dos fosfatados, importamos mais de 50 por cento de diversos países. Como ministro da Agricultura, recorri às maiores inteligências da área que contribuíram para a elaboração de um trabalho neste sentido e, embora o tema tenha sido abandonado pelo Ministério e pelo Governo, pretendo trazer esse debate para a Câmara. O Brasil precisa definir uma estratégia para o setor, já que a demanda e os preços agrícolas vão continuar em alta.
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Larissa Vieira
Ano de bons números Setor leiteiro comemora ano de bons resultados e espera crescimento ainda maior em 2012
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om expectativa de crescimento ainda maior em 2012, o setor leiteiro fecha 2011 com desempenho positivo. O produtor recebeu 13,5% mais pelo leite produzido neste ano, apesar da alta no custo de produção. Como o consumo de leite tende a crescer, a previsão é de que os preços continuem nesse patamar. O diferencial, segundo a Scot Consultoria, será a queda no custo de produção. Com maiores margens de lucro, os criadores passaram a investir na aquisição de melhores animais. As boas médias dos leilões confirmaram essa tendência. “Tivemos preços firmes, boas médias e ótima liquidez, tanto em leilões de liquidação quanto nos pregões anuais. Cada vez mais a raça Girolando vem se superando. Sem sombra de dúvidas, o ano de 2011 foi sensacional. A raça cresceu 10 anos em 365 dias”, garante o leiloeiro Welerson Silva. Se por um lado as médias sobem, por outro, o mercado está cada vez mais exigente em relação à qualidade dos animais leiloados. Segundo Silva, os compradores estão buscando animais jovens, pro-
Genética em ascensão - Outro segmento que registrou índices positivos em 2011 foi o da genética. A gerente de produto Leite da CRV Lagoa, Tatiane Tetzner, destaca que o crescimento acentuado de comercialização de sêmen e de embriões Girolando já era esperado devido à melhora na remuneração da atividade. “Quando o produtor de leite é bem remunerado, um dos principais investimentos na atividade é a busca pelo melhoramento genético e, dessa forma, as biotécnicas, como inseminação artificial, IATF, transferência de embrião, e fecundação in vitro, são largamente utilizadas para multiplicação intensa de genética superior”, explica Tatiane. A central registrou um aumento acentuado das vendas de sêmen sexado de fêmea, onde o pecuarista busca o máximo possível de fêmeas nascidas, possibilitando, assim, a reposição, bem como o excedente para comercialização de bezerras e novilhas. A raça Girolando mais uma vez mostrou fôlego para puxar as vendas de sêmen. “Entre as raças de leite no Brasil, a Girolando é a que cresce no ritmo mais veloz em relação às vendas de sêmen. Nos últimos cinco anos foram 164% de crescimento. No ano de 2011 não está sendo diferente e o crescimento continua no ritmo acima de 40%”, diz o gerente de Produto Leite ABS, Klaus Hanser de Freitas. A alta seria reflexo da maior quantidade de touros provados com sêmen disponível e touros jovens de grande qualidade ingressando no Teste de Progênie da raça. “Esses touros jovens vêm apresentando uma progênie de extrema qualidade, fazendo com que muitos produtores de leite confiem nesta genética moderna para utilização em parte de suas fêmeas. A raça está no caminho sem volta e temos que destacar o empenho da Girolando em parceria com a Embrapa Gado de Leite na melhoria do Teste de Progênie, conseguindo, a cada ano, incluir mais informações nos resultados das provas”, acrescenta. Para 2012, Klaus Hanser de Freitas acredita que a raça manterá o ritmo de crescimento nas
Divulgação
dutivos e eficientes. “O produtor que não abraçar a ideia do melhoramento genético de seu rebanho, vai ficar fora do mercado”, acrescenta o leiloeiro, que já está com agenda praticamente completa para 2012. “Acredito que será mais um ano de muitas alegrias para a raça Girolando, o que vale a pena dizer que ‘tudo que é bom se estabelece’ e a raça está vivendo momentos extraordinários”, diz Silva.
Vendas de sêmen da raça Girolando devem crescer 40% em 2011
comercializações de sêmen em torno de 40%. “A raça tem um futuro brilhante como fonte da melhor genética para produção de leite na maior parte do nosso Brasil”, finaliza. O Teste de Progênie distribuiu gratuitamente 9.754 doses de touros até o início de novembro de 2011. A medida beneficiou 322 Rebanhos Colaboradores em todo o país. Neste ano, a Associação Brasileira dos Criadores de Girolando firmou parceria com várias prefeituras municipais para que a distribuição do material genético chegasse a um número maior de propriedades rurais. Entre os municípios que assinaram convênio em 2011 estão Córrego Dantas e Mirassol do Oeste. “Neste ano, pela primeira vez foi distribuído sêmen na região do portal da Amazônia, que engloba Guarantã do Norte, Novo Mundo, Terra Nova do Norte e Nova Guarita, todos no Estado do Mato Grosso”, informa Marcelo Cembranelli, coordenador Operacional do Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando (PMGG). Mais de 57 touros que integram do 8º ao 12º grupo do Teste de Progênie estão sendo avaliados. Isso significa que para os próximos anos o Sumário de Touros terá um número ainda maior de reprodutores avaliados. As avaliações são feitas pela Embrapa Gado de Leite. A edição 2011 do Sumário, divulgada em julho deste ano, trouxe 48 touros provados, sendo 18 positivos e 30 negativos para leite. A procura por uma vaga na prova zootécnica tem crescido a cada grupo, levando a Girolando a ampliar o número de vagas oferecidas. Com a forte demanda, o 13º grupo, que está começando a fase de
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coleta de sêmen, ampliou de 30 para 35 vagas.
Pistas - Por todo o país, a raça Girolando marcou forte presença nas pistas de julgamento. Em 2011, foram 38 exposições ranqueadas, nove homologadas e 7.266 animais julgados. Trabalho reconhecido - A atuação da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando em prol do crescimento da pecuária leiteira foi reconhecida pela Embrapa Gado de Leite. Como parte da comemoração de seus 35 anos, a Embrapa Gado de Leite homenageou personalidades e entidades que contribuíram para o setor. A Girolando foi eleita como representante da categoria “Associação de criadores”. A solenidade de entrega da homenagem aconteceu no dia 24 de novembro, em Juiz de Fora (MG).
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Divulgação Embrapa Gado de Leite
Mais leite no balde - Outra prova zootécnica que tem permitido os criadores a avançar na seleção de animais geneticamente superiores é o Controle Leiteiro. O número de lactações cadastradas quase dobrou nos últimos anos, com previsão de chegar a 20 mil em 2011. “Isso demonstra que os associados aumentaram o rebanho participante em controle leiteiro, percebendo como esta ferramenta auxilia no manejo dos animais, permitindo melhor seleção de animais melhoradores no rebanho, regimes alimentares mais eficientes e aumento do valor de revenda destes animais”, diz Jean Oliveira, coordenador de Dados do Serviço de Controle Leiteiro. As informações e estatísticas sobre o Controle Leiteiro podem ser consultadas no site da Girolando (www.girolando.com.br). Para atender a demanda, a Girolando aumentou o número de controladores oficiais. A expansão foi possível graças às parcerias firmadas com outras associações de criadores (Holandesa e ABCZ), Emater-MG e Educampo. Atendendo à solicitação dos técnicos credenciados, os controladores agora contam com a Carteira de Controlador Oficial (CCO) para comprovar a ligação do técnico credenciado à Girolando. A medida trará maior segurança ao associado de que ele será atendido por um profissional realmente credenciado. O número de registros genealógicos também cresceu, saltando de pouco mais de 18 mil para 22 mil em 2011.
Chefe-geral da Embrapa Gado de Leite Duarte Vilela entrega homenagem ao presidente da Girolando José Donato
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Novo sistema de identificação já está em fase final de implantação
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Leandro de Carvalho Paiva Superintendente Técnico
Após a verificação dos dados e inspeção do animal, novo sistema de identificação do Serviço o técnico irá aplicar na orelha direita o número do de Registro Genealógico da Raça Girolanregistro unificado, que será o Controle ou Registro do (SRGRG), conhecido como Sistema de de Nascimento (RGN). Além da aplicação do brinIdentificação Unificado (SIU), começou a ser imco de registro, fará também a marcação, a fogo, do plantado no início de 2011 e se encontra em fase “G baldinho”, marca símbolo da Girolando, na face final de implantação, entrando em vigor no primeiro direita, logo abaixo da inserção da orelha. Após essemestre de 2012, após aprovação do novo regutes procedimentos, o técnico fará uma fotografia de lamento, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e corpo inteiro do animal, que será enviada à GirolanAbastecimento (Mapa). do, para ser inserida no certificado de registro. Nesta última fase de implantação, os bótons O cadastro da Série Única será obrigatório a de identificação particular, uma das novidades do todos os criadores, pois sem a Série Única não será SIU, serão entregues pelos técnicos, aos criadores, possível realizar o controle de nascimento dos anigradativamente, durante as visitas técnicas. A partir mais. da entrega dos bótons, os criadores farão o uso do Outra novidade do SIU, prevista para a última material fornecido de acordo com a ordem de nasfase de implantação, é a fotografia dos animais, que cimento dos animais, identificando cada animal de acordo com a numeração informada à Girolando, através do preenchimento e envio da Comunicação de Nascimento (CDN). O controle de estoque dos bótons será realizado pelo criador e acompanhado pela Girolando, através da CDN. Antes que o estoque acabe o criador deverá fazer nova solicitação ao setor responsável. Ao receber os bótons (Figura 1) o criador fará a identificação dos animais de acordo com sua numeração cadastrada na Girolando (RGN atual), aplicando-o na orelha esquerda. Quando o animal for inspecionado pelo técnico, para efeito de Controle de Genealogia de Nascimento (CGN), ele irá verificar se os dados do bóton (Série Única e Numeração) estão condizentes com as informações da CDN, além de analisar todos os ouFigura 1 – Boton de identificação particular. Será aplicado pelo criador antes da inspeção tros requisitos técnicos necessários. técnica, na orelha esquerda do animal
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Figura 2 – Modelo de certificado com a utilização da fotografia
será obrigatória. A fotografia será realizada pelo técnico, no ato da inspeção do animal, de corpo inteiro, de modo a identificar o animal da melhor maneira possível, através das particularidades da pelagem. Com a implantação da fotografia, será abolida a marcação, a fogo, do número do RGN na perna do animal. A partir do mês de janeiro de 2012 a equipe técnica começará a receber treinamentos para realização das fotografias, e também obterá informações mais detalhadas sobre o SIU, que serão repassadas aos criadores durante as visitas técnicas nos rebanhos. Além do SIU, outros sistemas também estão sendo implantados e aprimorados, visando atender às necessidades atuais dos criadores e o atual crescimento da raça, no Brasil. Desde o mês de setembro está disponível no site da Girolando o Portal Web Associado, uma página dedicada aos criadores que desejam realizar as comunicações de cobrição e nascimento (comunicações on-line), com transmissão direta para o banco de dados da Girolando. Para que o associado possa utilizar esta nova ferramenta basta solicitar seu cadastro de Usuário e Senha ao Departamento de Tecnologia da Informação. Para melhor instruir os usuários do Portal Web Associado, a Superintendência Técnica da Girolando está desenvolvendo um manual de utilização do sistema,
que estará disponível no site a partir do mês de dezembro.
Figura 3 – Identificações oficiais do Sistema de Identificação Unificado (SIU)
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Rafael Ribeiro de Lima Filho Zootecnista - Scot Consultoria
É início da safra e o preço do leite caiu para o produtor
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e acordo com levantamento da Scot Consultoria, no pagamento de novembro, que remunera a produção de outubro, o preço médio do leite ao produtor ficou em R$0,822 por litro. Isso significa 2,3%, ou R$0,02 por litro a menos, na comparação com o pagamento anterior. Foi o segundo mês de queda no mercado do leite. Veja a figura 1.
A pressão vem do aumento da oferta de leite para as indústrias no Centro-Oeste, Sudeste e Norte do país. Em Minas Gerais o preço do leite caiu R$0,03 por litro, no pagamento de novembro, que remunera a produção de outubro. O produtor recebeu, em média, R$0,849 por litro. Em 60% dos laticínios pesquisados no Esta-
Figura 1. Preço do leite ao produtor, média nacional, em valores nominais - R$/litro.
Fonte: Scot Consultoria www.scotconsultoria.com.br
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do, a captação de leite aumentou. Entretanto, no Triângulo Mineiro e Belo Horizonte houve relatos de menor captação por algumas empresas. No mercado spot, o leite foi comercializado, em média, por R$0,89 por litro, em novembro, frente a R$0,92 em outubro. Para o pagamento de dezembro a expectativa é de queda no preço do leite ao produtor. Queda também em São Paulo. O preço do leite caiu 1,2% em relação ao pagamento feito em outubro e o produtor recebeu R$0,898 por litro. A produção está aumentando gradualmente no Estado. A expectativa é de crescimento da oferta de leite até janeiro/fevereiro, para mantença em março, e queda a partir de abril do ano que vem. No Sul do país, em especial no Rio Grande do Sul, a estiagem e a retirada dos animais das pastagens de inverno para o plantio da safra de verão prejudicaram a produção. O recuo da demanda na ponta final da cadeia e as quedas de preços dos lácteos no atacado colaboram para a pressão de baixa no mercado do leite. Os preços dos queijos e leite longa vida recuaram tanto no atacado quanto no varejo. Para o pagamento a ser realizado em dezembro, 55% das empresas pesquisadas (equivalente a 65% da amostra em termos de volume de leite) acreditam em queda de preço para o produtor. Os recuos variam de R$0,01 a R$0,03 por litro, conforme a região. Do restante, 38% falam em estabilidade e apenas 7% em aumento do valor pago ao produtor, em dezembro. Grande parte dessas indústrias está na região Nordeste do país. Retrospectiva e expectativas para o mercado do leite Apesar do preço do leite comparativamen-
te mais alto para o produtor em 2011, o custo de produção subiu em proporções maiores, diminuindo as margens para o pecuarista, em especial na entressafra. O que mais pesou neste ano foi a alimentação. O milho chegou a custar o dobro do verificado em 2010, e puxou, com ele, os preços do sorgo e da polpa cítrica. Somente em novembro o mercado do grão perdeu força e as cotações recuaram. Segundo o índice Scot para o custo de produção da pecuária de leite, produzir leite ficou, em média, 33,0% mais caro em 2011 com relação a 2010. Este índice leva em consideração os custos com alimentação, suplementação mineral, sanidade, fertilizantes, mão de obra, combustíveis, etc. Para efeito de comparação, na média o preço pago ao produtor, neste ano, está em R$0,80 por litro (média Brasil). Isto significa 13,5% mais na comparação com a média do ano passado. Em curto e médio prazos os preços do leite ao produtor devem recuar com a safra e, consequentemente, maior oferta para os laticínios. As férias escolares e festas de final de ano colaboram para a pressão de baixa, já que a demanda por leite e derivados é menor nesta época. Os custos também devem diminuir com a melhoria das condições das pastagens. Para 2012, fica a expectativa com relação ao crescente consumo de leite no país. A probabilidade é de preços em patamares próximos do verificado em 2011, mas o custo de produção tende a ser menor. O produtor de leite parece estar se preparando melhor para o ano que vem. Verifica-se maior planejamento com relação à produção de volumoso (silagem, capineira, etc.).
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Roberto Amaral - USP/ESALQ - Acom
Rosana de Oliveira Pithan e Silva Pesquisadora científica Instituto de Economia Agrícola/SAA-SP
Instrução Normativa 51 Observações sobre sua implementação no Brasil
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Instrução Normativa 51 (IN 51), publicada pelo Ministério Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em 28 de setembro de 2002, foi implantada com o objetivo de fixar os requisitos mínimos que devem ser observados para a produção, a identidade e a qualidade do leite produzido em todo o território nacional. Apesar de não ser uma lei, e sim um regulamento técnico, sua intenção era que tivesse força de lei e possibilitasse mudança na qualidade do leite produzido no país. A preocupação central era atender a um mercado novo, com padrão de qualidade internacional, devido ao início do crescimento das exportações brasileiras e à possibilidade da expansão, do pagamento por qualidade, por parte dos laticínios, beneficiando o produtor com melhores preços pagos ao leite. A qualidade do produto final é fundamental para a competitividade da atividade produtiva, pois afeta a postura do consumidor e é um ponto que tem se mostrado como entrave para o agronegócio do leite, no Brasil. Aliás, segundo Sluszz (2006), “do ponto de vista tecnológico, a qualidade da matéria-prima, leia-se “leite”, é um dos maiores entraves para o desenvolvimento e a consolidação da indústria de laticínio”.
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Apesar de seus méritos, a idealização da IN 51 aconteceu sem que tivesse ocorrido uma discussão e avaliação da realidade da produção nacional, o que poderia ter apontado vários pontos que não estavam sendo considerados e que se mostraram complicadores na sua implementação. Isso se confirmou, passados seis anos de sua implantação inicial, nas regiões Sul, Sudeste e CentroOeste, já que seus objetivos não foram alcançados, pois as estimativas feitas em julho de 2011 apontaram que 70% dos produtores de leite estavam em desacordo com as regras (MILKPOINT, 2011a). Além disso, o discurso das lideranças, atualmente, passou a mostrar preocupação com o nível das exigências da IN 51, considerando-as muito fortes, comparáveis com as regras internacionais vigentes nos principais países produtores de leite, que começaram a implantar suas regras há mais de 30 anos. Diante disso, o Mapa, com apoio da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Leite e Derivados, resolveu prorrogar por seis meses o prazo para sua implantação integral. Para viabilizá-la, o Mapa sugeriu, ainda, a alternativa de inclusão de mais uma questão: a redução dos parâmetros mínimos de qualidade (redução do nível aceitável de contagem bacteriana total (CBT) e da
Roberto Amaral USP ESALQ Acom
contagem de células somáticas (CCS), que deverão ser ampliados gradualmente) (MILKPOINT, 2011). Propôs, também, a vinculação do pagamento por qualidade, por parte dos laticínios, ao seu acesso aos instrumentos de política pública, contemplando matéria gorda, proteína, células somáticas e contagem bacteriana (MILKPOINT, 2011). A produção de leite brasileira tem várias realidades produtivas, não só entre as regiões do país, mas em cada Estado. Estas vão desde o sistema de produção até as condições sanitárias do rebanho, passando pelo tipo do produtor rural. Isso mostra que a implantação de mudanças para melhorar a qualidade do produto deveria ter sido antecipada por ampla ação Clínica do Leite da Esalq analisa 25% do leite nacional de assistência técnica, que provavelmente de ser considerada louvável, mas as condições do demoraria alguns anos para nivelar as informações e produtor de leite no país, mal informado e sem uma mudar a forma de produção entre os produtores. assistência técnica eficiente, não viabilizaram um bom A assistência técnica é uma ação difusora de coandamento no seu processo de implantação. Isto é nhecimento aplicável e, como tal, no caso de implancomprovado pelo acompanhamento das análises da tação da IN 51 mostra-se fundamental para a esperada amostras de leite nos laboratórios de referências cadasmudança de comportamento e de visão do homem trados pelo Mapa. rural, quanto à sua produção. Através dela, seria posDesde o início, o Mapa não contava com um plasível primeiro informar ao produtor sobre a mudança no para informar aos produtores sobre as novas norde legislação e a necessidade de sua adequação a ela. mas reconhecidas pelo Ministério e previa problemas Os diferentes prazos para implementar as medinas primeiras regiões, nos seis meses iniciais de imdas nas regiões do país mostravam uma consciência plantação. Assim, a princípio sua posição era usar esse em relação a este fato. Porém, mesmo nos Estados que período para fazer ajustes na cadeia láctea, orientando tinham mais condições de implantar as novas mudane monitorando produtores e indústrias, limitando-se a ças, as realidades também não eram e não são unifordar advertências e punir apenas a partir de 2006 (SILVA, mes e merecem atenção diferenciada. 2005). É certo que a melhoria da qualidade do leite deve Anos depois, muitos produtores dos Estados ser um pressuposto básico na produção, não apenas das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, os primeiros pela necessidade de trazer maior competitividade ao onde foi exigida a observação das novas normas, ainda país e atender o crescimento do mercado externo, nem não tinham conhecimento da sua existência. mesmo pelo apelo do consumidor interno mais consDesde o início, a implantação da IN 51 foi difícil. ciente e exigente em relação à saúde, ao respeito ao Aliada ao fato de a produção de leite estar muito vincumeio ambiente e ao bem-estar animal (SANTOS, 2011), lada à agricultura familiar, na qual a pequena produção fatores estes que podem agregar valor ao produto, mas é uma realidade, a expectativa não podia ser outra, pois antes pela necessidade de garantir alimento seguro ao esse produtor tem menos conhecimento das necessiconsumidor. Mas é bom que se tenha em mente que dades do mercado e menor capacidade de investimenos requisitos até então utilizados não põem a saúde do to. A consequência seria sua expulsão da atividade leiconsumidor em risco. teira ou sua entrada na informalidade. A valoração da qualidade da matéria-prima está Esta questão não deve ser considerada apenas diretamente relacionada ao melhor rendimento no procomo um fator de mercado onde o produtor que não cessamento, possibilitando maior prazo de validade do consegue se adaptar é naturalmente expulso da atividaleite e derivados, o que significa maior competitividade, de. Deve ser tratada como uma questão social, já que a ou seja, ganho de mercado e preços. É importante lemconsequência do abandono da atividade, muitas vezes brar que a melhoria na qualidade do produto final tem é o abandono da área rural rumo à cidade, aumentando relação direta com os cuidados na sanidade do rebao problema urbano. Além disso, a informalidade, pela nho, higiene da produção e coleta do leite. sua extensão no país, há muito tem sido um problema A ideia de se publicar a IN 51 não pode deixar para a cadeia produtiva do leite e também para os go-
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Roberto Amaral - USP ESALQ Acom
Leite analisado em laboratório deve conter quantidades mínimas de CCS e CBT
vernos que deixam de recolher impostos. Em síntese, o resultado da tentativa de implementar a IN 51 foi a constatação de haver um número muito abaixo do desejado, de produtores produzindo leite de boa qualidade, dentro dos padrões estabelecidos pelo regulamento do Mapa. Isso levou à discussão da necessidade de adiar os prazos e/ou reduzir os limites de CCS e CBT, frente à realidade (SANTOS, 2011). Vale lembrar que a CCS está associada às condições de higiene de produção de leite e à qualidade/rendimento industrial da fabricação dos derivados lácteos, ou seja, pode trazer prejuízos aos produtores e indústria processadora e pode, ainda, ser um entrave para as exportações (SANTOS, 2011a). A não adesão da maioria das indústrias ao pagamento pela qualidade foi um dos pontos cruciais, junto com a falta de informação, já que muitos produtores, ao verem que os investimentos na produção, para garantir a melhora do leite, não trouxeram retorno àqueles que investiram, não se viram motivados a investir. No entanto, há condições para se produzir leite de melhor qualidade com tecnologias simples, disponíveis a baixo custo, inclusive com ordenha manual. Neste sentido há muitos estudos, alguns relacionados à sustentabilidade da produção, que propõem, através da educação, melhorar a qualidade do leite por meio das atividades que apontam para soluções eficazes e simples. Conforme Silva (2005), o sucesso da aplicação desses modelos tem sido uma forma eficiente de se levar informação ao produtor rural, mostrando que a interferência educacional pode dar nova dimensão à produção de leite, principalmente para pequenos criadores. Um projeto importante, que tem conseguido avanços junto ao produtor, onde foi implantado, é o
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“Balde Cheio”, resultado da parceria de pesquisa da Embrapa com a assistência técnica. Em São Paulo, desde 2007, o projeto foi assumido totalmente pela Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), com o nome Cati-Leite. Dá “assistência técnica aos produtores, capacitando-os em relação ao manejo de higiene dos utensílios e equipamentos utilizados no processo de ordenha, além do controle e tratamento de mastite” (CATI, 2011). A realidade é que os estudos nem sempre chegam ao produtor rural, devido à falta de diálogo entre a área de pesquisa e assistência técnica e pela estrutura deficiente da última. Se houvesse um melhor diálogo entre as duas áreas, com difusão eficiente das tecnologias, é certo que a realidade poderia ser mais positiva, mesmo considerando as dificuldades do pequeno produtor em investir, devido à falta de políticas públicas específicas. Para Sluszz et al (2006), a produção leiteira sofre muito a influência das inovações tecnológicas, já que o conhecimento científico no setor foi acumulado com vistas ao desenvolvimento e à competitividade. Isso, em muitos países, teve como resultado o estabelecimento de uma atividade bem estruturada com índices significativos de produtividade e de economicidade. No caso do Brasil, grande parcela do conhecimento adquirido e acumulado por um longo período de pesquisa científica foi internalizado na cadeia produtiva de leite, o que mostra a eficiência desse tipo de ação, quando ela acontece. Se houvesse transferência de ciência e tecnologia e as indústrias tivessem implantado programas de bonificação financeira com base na qualidade do leite, ao invés de continuarem a penalizar produtores que não alcançam suas cotas, com certeza o resultado poderia ter sido mais positivo. No entanto, ainda são poucas as usinas que implantaram este sistema. Vale lembrar que a IN 51, apenas define padrões mínimos, o que dá ao leite uma qualidade mínima para o mercado, mas não viabiliza uma qualidade que torne o produto final mais competitivo, principalmente no mercado internacional. Resumindo, a incapacidade do produtor, de produzir um leite de melhor qualidade, está diretamente vinculada à falta de assistência técnica eficiente e à ausência de pagamento por qualidade, por parte das indústrias. No entanto, ainda há outros fatores estruturais, como: falta de capacitação de mão de obra, estradas em más condições, falta de recursos financeiros para investir, falta de acesso à energia elétrica para resfriamento do leite, que dependem de políticas públicas e que têm sido postos de lado e que, no entanto, são importantes para a implantação da IN 51.
Maurício Farias
Tudo isso deverá estar na pauta do Mapa e dos representantes da cadeia de leite para que se possa dar continuidade a todo o processo. Enquanto isso não ocorrer, de nada vai adiantar adiar prazos, reduzir limites da CCS e CBT. Apesar da urgência da discussão sobre as atitudes a tomar, apenas em novembro, quatro meses após a prorrogação da implementação da IN 51, por seis meses, o Mapa se reuniu com representantes do setor lácteo para escolher os membros do grupo para discutir essas questões e propor ações que possibilitem que a normativa entre em vigor. O tempo é curto, já que as questões não são de rápida solução e exigirão um esforço não só do governo, como dos laticínios e cooperativas no apoio ao produtor, dando-lhes informações sobre a nova legislação, a forma de melhorar a qualidade do produto, além de financiamento para adequação às novas normas. Ou seja, o tempo perdido nestes quatro meses, dificilmente será recuperado em dois meses, já que há uma extensa agenda a ser cumprida para que, finalmente a IN 51 tenha condições de entrar em vigor.
Qualidade do leite é fundamental para garantir a competitividade do setor
REFERÊNCIAS BRASIL. Instrução Normativa n. 51, de 18 de setembro de 2002. Aprova os Regulamentos Técnicos de Produção, Identidade e Qualidade do Leite tipo A, do Leite tipo B, do Leite tipo C, do Leite Pasteurizado e do Leite Cru Refrigerado e o Regulamento Técnico da Coleta de Leite Cru Refrigerado e seu Transporte a Granel. Diário Oficial da União, 20 set. 2002. COORDENADORIA DE ASSISTÊNCIA TÉCNICA INTEGRAL - CATI. Produtores do CATI Leite integram programa para melhoria da qualidade. Disponível em: http://www. cati.sp.gov.br/new/ ultimas.php? ID=420. Acesso em: 12 Nov 2011. MILKPOINT. Câmara Setorial propõe alteração dos valores da IN 51. Disponível em: <http://www.milkpoint.com.br/mercado/giro-lacteo/camara-setorial-propoe-alteracao-dos-valores-da-in-51-71751n.aspx>. Acesso em: 30 maio 2011. MILKPOINT. Entrada em vigor da IN-51 gera preocupação. Disponível em: http://www.milkpoint.com.br/mercado/giro-lacteo/entrada-em-vigor-da-in51-gera-preocupacao-72067n.aspx. Mercado. Giro Lácteo. 27 mai. 2011. Acesso em: 30 maio 2011 a. SANTOS, M. V. A melhoria da qualidade do leite e a IN 51. MilkPoint, 2011. Disponível em: <http://www.milkpoint.com.br/artigos-tecnicos/qualidade-do-leite/a-melhoriada-qualidade-do-leite-e-a-in-51-71764n.aspx>. Acesso em: 22 maio 2011. SANTOS, M. V. O atual limite de CCS do leite no Brasil está adequado? MilkPoint, 2011. Disponível em: http://www.milkpoint.com.br/artigos-tecnicos/qualidade-do-leite/oatual-limite-de-ccs-do-leite-no-brasil-esta-adequado-74798n.aspx. Acesso em: 10 out. 2011a. SILVA, R. O. P. Educação: o melhor caminho para o pequeno produtor de leite. São Paulo: Instituto de Economia Agrícola, 2005. Disponível em: http://www.iea.sp.gov.br/ out/verTexto.php?codTexto=3823, 2005. Acesso em: 27 maio 2011. SLUSZZ, T.; PADILHA, A. C. M.; MATTOS, P.; SILVA, T. N, DA. O impacto da Instrução Normativa 51 no sistema agroindustrial do leite no Rio Grande do Sul: uma análise na Elegê Alimentos S/A e na Cooperativa Languiri LTDA. Anais XLIV CONGRESSO SOBER - Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural. Fortaleza, 23 a 27 de julho de 2006. 21p. Disponível em: http://www.sober.org.br/palestra/5/377.pdf. Acesso em: 10 Nov. 2011.
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Marta Fonseca Martins Pesquisadora da Embrapa Gado de Leite
Glaucyana Gouvea dos Santos Pesquisadora da Embrapa Gado de Leite
Elizângela Guedes Bolsista da Embrapa Gado de Leite (Pós-doutorado - CAPES)
Leonardo Gerheim de Andrade Bolsista da Embrapa Gado de Leite (ICT - FAPEMIG)
Marcos Vinícius Gualberto Barbosa da Silva Pesquisador da Embrapa Gado de Leite
A matemática do boi… ou por que meu touro ficou negativo nessa avaliação genética?
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erta vez um amigo nos contou que se ele estivesse em uma festa, no meio de uma conversa “chata” e quisesse encerrar essa conversa, bastaria esperar que alguém perguntasse a respeito da sua formação ou sobre sua vida profissional. Assim que ele respondesse: sou matemático... pronto, a conversa estaria encerrada ou estaria próxima do seu fim. No máximo, alguém emendaria uma única pergunta: ah, então você é professor de matemática? E, para piorar, a resposta seria: não, não, eu não sou professor de matemática... e, então, sem dúvida, a conversa estaria terminada. Como qualquer pessoa daria continuidade a uma conversa com um matemático que, entretanto, não é professor de matemática? Provavelmente a única opção seria perguntar: até onde você sabe contar? Ou seja, acabou a conversa. Mas, vejamos por qual motivo estamos ocupando espaço na O Girolando, tratando de matemática e escrevendo sobre a avaliação genética de um programa de melhoramento genético animal. A resposta sai de “bate-pronto”: de forma bem simples e direta, o resultado de uma avaliação genética
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se resume à comparação entre valores, isto é, entre números que possuem algum significado. Assim, se for possível entender o significado desses números e como esses valores foram obtidos, compreenderemos a “matemática do boi” e, então, será possível conhecer os motivos de algum provável “sobe e desce” nos resultados das avaliações a cada ano e saber como esses resultados podem ser utilizados pelos produtores, para a escolha de animais melhoradores do rebanho. A importância da avaliação genética para o melhoramento genético do rebanho Inicialmente, faremos uma “prova matemática” para mostrar como a avaliação genética é importante e essa prova será feita a partir de uma “redução ao absurdo”. Ou seja, será tomada como verdade uma ideia contrária à tese que se quer provar e, então, se for possível negar a ideia contrária, a
Fotos: Divulgação Embrapa Gado de Leite
Wagner Arbex Pesquisador da Embrapa Gado de Leite
tese se confirma. Ah, sim, isso é matemática... A tese a ser provada é a importância da avaliação genética para o melhoramento genético do rebanho e, nesse caso, é um “absurdo” afirmar que a avaliação genética de nada serve para melhorar o rebanho, mais especificamente, para melhorar a produção de leite do rebanho, que, neste momento, é a nossa característica de interesse. Ou seja, pela redução ao absurdo é “verdadeiro” afirmar que: pode-se utilizar qualquer touro como reprodutor em um rebanho, sem que haja qualquer diferença em relação a um possível efeito positivo na produção de leite desse rebanho. Obviamente, que essa afirmação não está correta, pois, se assim fosse, os maiores produtores de leite do país não utilizariam a avaliação genética como ferramenta para o melhoramento genético do seu rebanho para a produção de leite. Assim, se os maiores produtores de leite utilizam-se da avaliação genética para melhorar a produção de seus rebanhos, então, a afirmação absurda pode ser negada e, portanto, prova-se a tese da importância da avaliação genética para o melhoramento genético do rebanho. A essa altura, poder-se-ia pensar que essa prova não é satisfatória, pois nem só da produção de leite é constituído um rebanho de alta produção, uma vez que ainda existem outros fatores, tais como as boas práticas aplicadas aos manejos reprodutivo, nutricional e para a saúde do animal. Não resta dúvida de que essa observação é procedente e a resposta a essa questão é conhecida e bastante simples: se o rebanho não tem potencial genético para produção elevada de leite, mesmo as melhores práticas aplicadas ao rebanho não farão com que ele passe a produzir mais. Contudo, caso o rebanho seja constituído de animais de mérito genético superior, ou seja, caso tenha potencial genético elevado para produção de leite, então, a adoção de boas práticas fará com que esses animais manifestem esse potencial. Até aqui a matemática ajudou a entender o que é quase óbvio, porém, de qualquer forma ficou claro que a avaliação genética é importante para a seleção de animais de mérito genético superior, com a consequente melhoria dos índices de produtividade na fazenda.
Como um animal positivo pode tornar-se negativo? Um animal negativo pode ser melhor do que outro positivo? Da mesma forma que os números já ajudaram a explicar muitas coisas na história da humanidade, também já causaram muita confusão. Entender o que os números representam, isto é, os seus valores, é coisa séria e pode mudar a opinião das pessoas; afinal, como se sabe, os números não mentem. Assim, o problema ocorre na interpretação dos números, isso sim, pode causar confusão e até ser fruto de uma “falsa verdade”. Um dos resultados mais esperados nas avaliações genéticas é a “habilidade prevista de transmissão”1 (HPT) ou, ainda, “diferença predita”. Isto é, esses resultados permitem predizer o potencial de transmissão de determinada característica para seus descendentes, sendo ela desejável ou não. No presente texto a característica escolhida é a produção de leite; então, a avaliação deve buscar quanto deve ser o aumento – ou a redução – que um animal pode transmitir de potencial genético, a seus descendentes, quando comparado com outros animais. Portanto, de forma simplificada, o resultado de uma avaliação genética é obtido a partir da comparação de valores preditos comparado a um valor pré-definido, ou melhor, a uma base genética prédefinida2. Para facilitar a explicação, vamos supor que a base genética seja zero e, assim, se um animal possui valor genético igual a zero, isso quer dizer que o valor genético desse animal coincide com a base genética que está sendo considerada e, então, não deve transmitir nenhum potencial de ganho ou perda para seus descendentes. Seguindo a mesma linha de raciocínio, se um animal apresenta valor genético -10, então o valor genético desse animal está dez pontos abaixo da média obtida dos animais utilizados para a determinação da base genética, podendo transmitir a seus descendentes uma potencial redução na produção de leite. Para entender um pouco mais a matemática da avaliação genética, suponha dois diferentes grupos de animas – mas, com animais que possuem aspectos muito semelhantes de idade, época de parto, número de irmãos, composição racial, entre outros.
1. Do inglês, predicted transmitting ability (PTA). 2. Na raça Girolando a base genética é 25 kg, referente à média dos valores genéticos de 720 vacas nascidas no ano 2000.
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Pesquisadores da Embrapa Gado de Leite são responsáveis pelas avaliações genéticas do Girolando
O primeiro grupo, Grupo 1, possui 10 animais, cujo valor genético médio é igual a 100 e o animal com maior valor genético desse grupo, Animal A, apresenta valor genético de 150. Isto é, a diferença predita para A é de 50 quilos em relação ao valor genético médio do Grupo 1. Da mesma forma, o Grupo 2 também é composto por 10 animais, sendo 200 a sua média do valor genético e o animal com maior valor genético desse grupo, Animal B, apresentou valor igual a 210, isto é, a diferença predita para B é de 10 quilos. Em primeira análise, pode-se imaginar que A possui maior valor genético, pois sua diferença predita é cinco vezes maior do que a diferença predita de B. Mas, cada animal foi comparado somente dentro de seu grupo, ou seja, por essa maneira, não é possível comparar A com B e dizer qual deles seria o melhor animal para o melhoramento de um determinado rebanho. O que pode ser afirmado é que ambos os animais são positivos, cada um dentro do seu respectivo grupo. Mas, o que aconteceria se todos os animais, considerando-se os dois grupos, fossem colocados em um único grupo para a realização de uma avaliação genética? Com muitas simplificações e o uso de uma matemática descomplicada é possível concluir que para esse novo grupo de 20 animais, a média do valor genético seria 150 e, como foi dito anteriormente, esses animais possuem aspectos de idade, número de irmãos, época de nascimento, de pais e mães etc., muito semelhantes. Dessa forma, é possível supor que seus valores genéticos poderiam ser próximos aos valores anterior-
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mente encontrados. Assim, nessa nova avaliação o Animal A passará a ter um valor predito igual, ou próximo, a zero, enquanto o Animal B passará a ter o valor predito próximo a 60. Isto é, caso o animal A tenha sido escolhido a partir dos resultados iniciais, pode ser que essa escolha não tenha sido tão boa. Algumas conclusões podem ser estabelecidas a partir desse exemplo, lembrando que ele fez uma série de simplificações, o que, entretanto, não invalida sua lógica de raciocínio. Diante dessa discussão, é possível verificar que um animal pode apresentar diferentes valores genéticos em avaliações distintas, bastando que o grupo de animais avaliados seja variável em número ou quanto aos indivíduos envolvidos, causando mudanças na base genética3. Além disso, a avaliação genética torna-se mais precisa e confiável quanto maior for o número de animais avaliados e, também, à medida que aumenta o número de filhas de cada touro. Outro fator importante para o aumento da confiabilidade, ou melhor, da acurácia dos resultados – que também está relacionado ao número de animais avaliados – é o número de informações de parentesco entre eles, visto que uma matriz de parentesco consistente agrega informações importantes à matemática da avaliação, isto é, ao método de avaliação utilizado. Nesse ponto, foram respondidas as questões de como um animal pode apresentar valores genéticos diferentes, dependendo do universo em que ele foi avaliado, inclusive valores positivos e negativos, e também como esses resultados podem ser interpretados de forma incorreta, a respeito do potencial genético de determinado animal, criando uma ideia imprecisa sobre qual animal é melhor ou pior quando comparado com outro animal de forma isolada. Meu touro vem sendo avaliado como positivo, então, por que nessa avaliação genética apresentou valor genético negativo? Essa avaliação está errada? Esses são uma dúvida e um questionamento comuns. Ninguém quer ou gosta de ver seus animais com resultados contrários a uma expectativa inicial, pois, se um animal foi avaliado como positivo uma vez, então, por que ele pode se tornar negativo? Tudo o que já foi dito até o momento – isto
é, as diferenças no número de indivíduos, no grupo de indivíduos e na matriz de parentesco – pode ser considerado como resposta possível a esse questionamento, mas ainda existem outras situações que podem provocar essa alteração na classificação dos touros da avaliação genética. Se animais mais antigos podem apresentar resultados adversos com o passar do tempo, isso não quer dizer que o animal “piorou” ou “perdeu valor genético”, mas mostra que os animais mais novos estão recebendo de seus pais características genéticas adequadas ao melhoramento da raça. Grosso modo, isso pode significar que os animais de gerações mais novas tendem a ser geneticamente melhores para as características avaliadas do que os animais das gerações mais antigas. Em resumo, é isso que se deve esperar de um programa de melhoramento genético, pois mostra que o programa está cumprindo suas metas e que a raça está registrando aumento do potencial genético sobre a característica de interesse. Neste artigo foram apontados a importância da avaliação genética e um pouco do que faz a matemática envolvida na avaliação. Essa “matemática do boi” revelou alguns dos motivos pelos quais se deve ter cautela ao ler e interpretar os resultados das avaliações. Como exemplo, foram percebidas sensíveis alterações entre os resultados das avaliações genéticas publicadas nos sumários de touros4 da raça Girolando, nos anos de 2010 (Documento 139, julho/2010) e de 2011 (Documento 148, junho/2011) que, atualmente, são parte do Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando (PMGG), implantado, desenvolvido e coordenado em parceria pela Embrapa Gado de Leite e pela Associação Brasileira de Criadores de Girolando. Essas alterações ocorreram, principalmente, devido ao aumento no número de informações obtidas de indivíduos, filhas e lactações, assim como do
aumento da matriz de parentesco. Em 2010, a avaliação genética do PMGG foi feita com informações de 1.213 touros, 8.488 filhas, 230 rebanhos e com uma matriz de parentesco com, aproximadamente, 16 mil animais. Contudo, em 2011, esses números cresceram a olhos vistos: o número de touros passou para 1.400, isto é, um acréscimo superior a 15%; o número de filhas chegou a 10.900, ultrapassando 28% de acréscimo; o número de rebanhos cresceu acima de 25%, chegando a 288. Por fim, a matriz de parentesco apresentou um acréscimo próximo a 70% e foi preparada com o pedigree de 27 mil animais, aproximadamente. Esses números deixam claro o trabalho que vem sendo desenvolvido pelo PMGG. Mas, voltando à nossa conversa no início deste artigo, você se lembra da história do matemático na festa? Pois é, essa história é real, acontece com frequência e um dos autores deste texto é o matemático em questão... nós só não vamos falar quem é, porque, se você souber, nunca vai convidá-lo para uma festa...
3. Em algumas raças de bovinos de leite, são feitas publicações de sumários distintos, elaborados a partir de metodologias e/ou bases genéticas diferentes. Dessa forma, os animais podem apresentar classificações distintas. No entanto, isso não ocorre para a raça Girolando, pois anualmente é publicado um sumário único, a partir de dados do Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando (PMGG). 4. Os sumários de touros do Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando dos anos 2010 e 2011 foram publicados pela Embrapa Gado de Leite no Documento 139 e Documento 148, respectivamente.
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A longevidade de nossas vacas
André Junqueira Zootecnista e técnico da Girolando
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omo é falado por muitos, a vaca Girolando é um animal muito longevo. No dia a dia do campo podemos nos deparar frequentemente com as “vovós” nos currais, o que nos deixa muito satisfeitos. São vacas que ao longo de sua vida produtiva contribuíram muito para o plantel e, principalmente, para o bolso do seu dono. Em relatos, escriturações e pelos arquivos da Associação de Girolando, encontramos dados de animais diferenciados, como a “Disparada”, uma vaca 5/8 Holandês, que é a terceira maior lactação vitalícia no seu grau de sangue. Nascida em 1994, está com 13 lactações encerradas, uma em andamento, prenha para o 15º parto, e produção acumulada de 56.179 kg de leite. Outro exemplo é a Angola, uma 1/2 sangue extremamente eficiente, um pouco mais nova, mas que aos 13 anos de idade está no seu 10º parto, com produção vitalícia de 52.584 kg de leite, idade ao primeiro parto aos 26 meses, total de 3.005 dias em lactação, produção média de 17,5 kg/dia e 1,9 doses de sêmen gastas por parto (dados do criador). Recentemente, nas andanças tive o prazer de
Angola RBR, proprietaria Amélia Braga Reis
registrar Tanga, cujo criador teve o orgulho em dizer que ela era V1, do final de 1990, e que no auge dos seus 21 anos está prenha e com a saúde em perfeitas condições. Procurando sobre a idade média de vacas leiteiras, um estudo da Embrapa feito com animais da raça holandesa mostra que a média do número de crias é 2,6 partos e que o máximo no rebanho avaliado foi de oito partos. Veja tabela 1.
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Comprovando a longevidade das nossas vacas, anualmente a Girolando divulga o ranking das maiores produções vitalícias (tabela acima), feito com base no banco de dados do Serviço de Controle Leiteiro da raça. Com estes dados e relatos podemos constatar que a vaca Girolando é um animal longevo, produtivo e principalmente lucrativo para seu proprietário.
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Disparada do Morro, proprietário Olavo de Resende Barros Júnior
Referencias bibliográficas: Leite, Tisa Echevarria; Moraes, José Carlos; Pimentel, Cláudio Alves. Eficiência Produtiva e Reprodutiva em Vacas Leiteiras. Ciência Rural, Santa Maria, v. 31, n3, p.467-472, 2001. Tanga JAV, proprietário José Antonio Vieira
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Controle Leiteiro em debate Controladores tiveram aula pratica durante o Workshop
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uase 100 técnicos de todo o Brasil participaram do II Workshop do Programa de Melhoramento Genético da raça Girolando e Encontro de Controladores. Neste ano, o número de participantes foi cerca de 40% maior que no ano passado, confirmando o aumento do interesse pela raça no país. O encontro teve como objetivo apresentar os procedimentos e critérios para execução do Controle Leiteiro em todo o território nacional, além de discutir diversos assuntos referentes ao programa de melhoramento genético da raça. Entre os participantes estiveram representantes de entidades de pesquisa, de associações de criadores, técnicos credenciados e prestadores de serviços. O evento, realizado nos dias 10 e 11 de novembro, no IFTM (Instituto Federal do Triângulo Mineiro), em Uberaba (MG), foi aberto pelo presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, José Donato Dias Filho. No primeiro dia, os participantes acompanharam as novidades sobre qualidade do leite e coleta de amostras, importância do controle leiteiro, da persistência da lactação, a implantação de novas medidas do Programa de Melhoramento Genético da raça Girolando (PMGG), entre outros as-
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suntos. Também foram apresentadas as mudanças no regulamento do Serviço de Controle Leiteiro para 2012, aprovadas pelo Conselho Deliberativo Técnico. Durante a mesa redonda realizada no final do primeiro dia do evento, foi abordada a necessidade de maior interatividade entre o setor responsável pela prova zootécnica e os técnicos, para uma comunicação mais clara e eficaz. Outro assunto debatido foi a atual situação do Controle Leiteiro. “Como resultado, esperamos ter, a partir deste evento, melhor interatividade entre o Setor de Controle Leiteiro e os técnicos, para que ambos possam colher os frutos que a raça proporciona”, disse o coordenador de Processamento de Dados do Controle Leiteiro, Jean Carlos. No segundo dia do evento, os Parceiros Master da Girolando apresentaram as novidades de cada empresa e falaram sobre a maximização da produtividade leiteira, vaca leiteira rentável e funcional para os trópicos¸ ferramentas da reprodução e tratamento das afecções de casco em animais lactantes. Os candidatos a controladores fizeram avaliações teóricas e práticas para atuarem no Serviço de Controle Leiteiro no país.
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Feileite 2011
Com uma participação 25% maior no número de animais inscritos, a Girolando foi a raça com maior participação na 5ª Feira Internacional da Cadeia Produtiva do Leite (Feileite). O evento aconteceu de 31 de outubro a 4 de novembro, no Centro de Exposição Imigrantes, em São Paulo. Neste ano, a exposição recebeu 25 mil visitantes nos cinco dias de evento, três mil a mais que em 2010; teve nove leilões e 2.600 animais de seis raças bovinas, além de bubalinos. A raça Girolando teve 460 exemplares participando das competições da XVIII Exposição Interestadual de Girolando, que aconteceu na Feileite. Foram 92 bovinos a mais que em 2010. A previsão inicial era de 400 bovinos, porém a grande procura levou a Associação Brasileira dos Criadores de Girolando a ampliar o total de vagas. Na pista de julgamento concorreram 439 animais. O julgamento aconteceu nos dias 1º e 2 de novembro, sob o comando do jurado Limírio Cezar Bizinotto. Além da pista e do torneio, a raça teve dois leilões e um shopping, totalizando 530 animais expostos na feira. Esta foi a maior participação da raça na Feileite. No estande da Girolando os visitantes puderam conhecer mais detalhes sobre a raça e os serviços prestados pela Associação. Leilões - Dois pregões da raça fizeram parte
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Girolando predomina na Feileite 2011
Campeã Torneio Leiteiro Germina Benta
da programação da feira. No dia 31 de outubro aconteceu o 1º Leilão Genética da Capital. A média por animal foi de R$ 12.862,22. Já no dia 2 de novembro foi realizado o 2º Leilão Nação Girolando. A média por animal ficou em R$ 16.797,65. Torneio Leiteiro - A Girolando realizou pela primeira vez na Feileite um Torneio Leiteiro. Atual recordista de produção, neste tipo de competição, a 3/4 sangue, Germina Benta, venceu na categoria Novilha, sagrando-se Grande Campeã Geral ao atingir a média de 78,397 kg/leite. Em outubro Germina Benta, que pertence ao criador Bernardo Garcia de Araújo Jorge, tornou-se recordista da raça ao alcançar média diária de 79,03 quilos de leite durante a Exposição Agropecuária de Lins (Expolins 2011). A segunda colocada da categoria Novilha foi Natureza VI Teatro da Origem, fêmea 1/2 sangue, de propriedade de Enéas Rodrigues Brum.
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Feileite 2011 A campeã vaca geral foi a 1/2 sangue Fã Mergulhão, que teve produção média de 73,677 quilos de leite. Ela pertence ao criador Geraldo Antonio de Oliveira Marques. A segunda colocada foi a 3/4 sangue, Espadilha Touch, de propriedade de Luis José Marrichi Biazzo. No total, concorreram no 1º Torneio Leiteiro da Raça Girolando, na Feileite, 21 fêmeas, divididas nas categorias Novilhas e Vacas e por grau de sangue (1/4, 1/2, 3/4 e 5/8). Girolando 1/2 Melhor Fêmea Jovem: Henna FIV Eduard Volta Fria Expositor: Filipe Alves Gomes Melhor Vaca Jovem: Folia JM Monte Alverne Expositor: Filipe Alves Gomes Grande Campeã: Folia JM Monte Alverne Expositor: Filipe Alves Gomes Girolando 3/4 Melhor Fêmea Jovem: Carmelo Rose Dolman Expositor: Enéas Rodrigues Brum Melhor Vaca Jovem: Folha TE do R. Grande Expositor: José Carlos da Mata Grande Campeã: Baroneza Jurist Santa Luzia Expositor: Alexandre Saraiva de Moraes Melhor Macho Jovem: Brazao Bixia Toystory -ET Expositor: Luiz Carlos Rodrigues Grande Campeão: JPZ Basileu Argeu Linda FIV Expositor: Alexandre Saraiva de Moraes Girolando 5/8 Melhor Fêmea Jovem: Vitrine FR Recreio Expositor: Mila de Carvalho Laurindo e Campos Melhor Vaca Jovem: Melodia 2 JINTX 5 Estrelas Expositor: Agenor Afonso do Amaral Grande Campeã: Melodia 2 JINTX 5 Estrelas Expositor: Agenor Afonso do Amaral Melhor Macho Jovem: Lafe 174 Marvel Expositor: Leandro de Aguiar Grande Campeão: King Frank Dom Nato Expositor: José Donato Dias Filho Melhor Criador/Expositor: José Donato Dias Filho
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Grande Campeã 1/2 sangue
Grande Campeã 3/4 sangue
Grande Campeão 3/4 sangue
Grande Campeã 5/8 sangue
Grande Campeão 5/8 sangue
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Fotos: Jasminor Neto / Jadir Bison
Flashes da Feileite
Criadores e Organizadores da EAPIC de São João da Boa Vista com o Presidente José Donato e Paulo Ricardo Maximiano
Enéas Brum, sua esposa Ana Cláudia e Matheus Fagundes
Galdino José, José Eustáquio Sena, Jônadan Ma, Celso Menezes e Jorge Papazoglu
Geraldo Magela, Antonio Carlos Jr, Christian Motta, Henrique Valle e Lúcio Machado
Germano Franco e sua esposa Mara Cazuza
Herbert Siqueira - Centrogen
João Domingos, Eugênio Deliberato e José Donato Dias Filho
José Donato, José Coelho Vitor, Maurício Coelho, Luis Felipe, Haroldo L Costa e Roberto S Júnior
José Geraldo Vaz e João Domingos
Leopoldo Morais, Luis Carlos Rodrigues e Jorge Papazoglu
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Fotos: Jasminor Neto / Jadir Bison
Magnólia Silva e Vanessa S. Lobato
Maria Cristina e Luciano Leão com Frederico Barros e esposa
Mário Roberto Ewbank Seixas e Jaqueline Fagundes
Newton Ramos e Wellerson Silva
Parceira Master ABS Pecplan
Parceira Master CRV Lagoa
Parceira Master MSD Saúde Animal
Parceira Master Nutron
Parceira Master Semex
Paulo Ricardo Maximiano, Miller Cresta e Jônadan Ma
Pedro Dias e João Marcos
Roberto Almeida, Roberto Carvalho, Betinho e Valdemar Yabesk
Roberto Carvalho, Betinho, Tomaz Sérgio, Celso Menezes e Ricardo Andrade
Thiago e Jerônimo Ferreira - Morada Corinthiana
Wagner Campos e sua esposa Mila Carvalho Laurindo e Campos
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ExpoCaçu 2011 Girolando 1/2 Melhor Fêmea Jovem: Amante Teatro da Origem Expositor: Roberto A. Peres/Rogério O. Correa Melhor Vaca Jovem: Gramatista FIV do Pery Expositor: Roberto A. Peres/Rogério O. Correa Grande Campeã: Gramatista FIV do Pery Expositor: Roberto A. Peres/Rogério O. Correa Goiás contou com mais uma exposição da raça, neste ano. A 10ª ExpoCaçu aconteceu de 11 a 18 de setembro. Sob a batuta do jurado José Jacinto Júnior, o julgamento de Girolando aconteceu no dia 11 daquele mês, no Parque de Exposições da cidade.
Girolando 3/4 Melhor Fêmea Jovem: Mania Ryi Expositor: Ediney Cabral Marques Melhor Vaca Jovem: Darlene Emory Irara II Expositor: José Benedito Porto Girolando 5/8 Melhor Fêmea Jovem: Pérola Wildman Irara II Expositor: José Benedito Porto Melhor Vaca Jovem: Donatella Restha do Tiago Expositor: Tiago Guimaraes de Assis Grande Campeã: Medalha Shady IT Expositor: Itamir Faria Valle Melhor Macho Jovem: Fubá Sabia IT Expositor: Paulo Ferreira Leão Junior Grande Campeão: Jucah Esnobe Dom Nato Expositor: Ildo Ferreira Melhor Criador/Expositor: Itamir Faria Valle
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50ª Expo Rio Preto De 2 a 16 de outubro a cidade de São José do Rio Preto (SP) sediou a 50ª Expo Rio Preto. O evento teve julgamento da raça Girolando, no dia 13, conduzido pelo jurado Fábio Fogaça.
Melhor Criador/Expositor Geral: Luís Evandro Aguiar Girolando 1/2 Melhor Fêmea Jovem: Finesa FIV do Iaia Expositor: Tomaz Sergio Andrade de Oliveira Jr. Melhor Vaca Jovem: Rayka Blitz FIV LE Expositor: Luis Evandro Aguiar Grande Campeã: Uvaia Cash Boa Vista Expositor: Paulo H. Machado/Henrique F. Machado Girolando 3/4 Melhor Fêmea Jovem: Ilusão Kingly Tannus Expositor: Delcio Vieira Tannus Filho Melhor Vaca Jovem: Essencia Wildman Tannus Expositor: Delcio Vieira Tannus Grande Campeã: Ginga Lins Expositor: Waldir Junqueira de Andrade Melhor Macho Jovem: Brazão Bixia Toystory -ET Expositor: Luiz Carlos Rodrigues Girolando 5/8 Melhor Fêmea Jovem: Taza Maia Correa Expositor: Solomon Jung Mim Ma Melhor Vaca Jovem: Águia FIV Blitz M. Corinthiana Expositor: Nelson Ariza Grande Campeã: Águia FIV Blitz M. Corinthiana Expositor: Nelson Ariza Melhor Macho Jovem: Faisão GF Basic N. Sra. do Carmo Expositor: Germano Novais Franco
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RANKING NACIONAL GIROLANDO 2011 /2012 (Parcial: em 18/11/2011)
Obs.: Não estão incluídos nesta parcial do ranking os resultados das Exposições de Serra/ES, Papagaios/MG e Uberlândia/ MG. As duas primeiras por não terem obtido os índices para o ranqueamento e a última por não ter enviado a documentação do evento para a GIROLANDO até a data desta publicação.
CRIADORES
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EXPOSITORES
CRIADOR-EXPOSITOR GERAL
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Leandro de Carvalho Paiva Superintendente Técnico
COLOSTRO Comunicações de Nascimento – CDN Para que as comunicações de nascimento (CDN) sejam validadas pelo Serviço de Registro Genealógico da Raça Girolando (SRGRG), é necessário que o criador tenha realizado a comunicação da cobrição. Sem as informações da cobrição a comunicação de nascimento será recusada e os produtos não receberão o Controle ou Registro Genealógico de Nascimento. As comunicações recusadas somente poderão ser validadas mediante regularização da documentação, juntamente com a apresentação de justificativas, após análise da Superintendência Técnica do SRGRG. Devolução de comunicações e documentos Desde o ano passado, após auditoria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o Setor de Controle de Genealogia da Girolando está devolvendo as comunicações de cobrição, nascimento ou qualquer outro tipo de documento referente ao Serviço de Registro Genealógico que não esteja devidamente preenchido. A falta de preencimento dos campos de registro ou controle, nomes dos pais e do número da CDC, na comunicação de nascimento (CDN), são as pendências que ocorrem com maior frequência. Pedimos a todos os associados que preencham completamente os formulários, para evitar a devolução dos mesmos.
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DNA – obrigatoriedade para FIV e TE Os criadores que utilizam as técnicas de FIV e TE para reprodução devem ficar atentos quanto à obrigatoriedade do exame de DNA com qualificação de parentesco dos genitores (pai e mãe) para que os produtos possam receber o controle ou registro de nascimento (CGN ou RGN). O material para controle genealógico de animais provenientes de TE ou FIV somente é liberado para os técnicos de registro, pelo Setor de Controle de Genealogia, após o recebimento do exame de DNA com qualificação dos pais (bilateral). Sendo assim, orientamos os criadores a providenciarem, após o nascimento dos animais, conforme orientações dos laboratórios, a coleta de material para ser enviado ao laboratório, com o intuito de agilizar a verificação de parentesco. É importante, também, que as doadoras, ao entrarem em programas de TE ou FIV, tenham seu material coletado e enviado ao laboratório, garantindo que os produtos poderão ser testados no futuro, evitando problemas em casos de morte ou venda das doadoras. Vale ressaltar que a escolha do laboratório a realizar os exames é feita pelo criador, devendo ser um laboratório idôneo, que esteja devidamente credenciado ao Mapa, para esta finalidade.
Exposições Ranqueadas 2011/2012 A partir do Ranking Girolando 2011/2012, ini-
ciado após a MEGALEITE 2011, 100% dos animais participantes de exposições ranqueadas deverão possuir genealogia conhecida, ou seja, livro fechado. As exposições que não cumprirem esta regra serão automaticamente excluídas do ranking. O regulamento de exposições encontra-se disponível no site www.girolando.com.br. Comunicações On-line (Web associado) O módulo de comunicações on-line já está disponível no site da Girolando para todos os associados. Nesta fase inicial será permitida a realização de comunicações de cobrição e nascimento. Os interessados em iniciar o cadastro das comunicações através do site, deverão entrar em contato com o Setor de Tecnologia da Informação, para obter o cadastro no sistema. Controle de Genealogia e Registro Genealógico de Nascimento – CGN / RGN Todos os animais, ao receberem o controle ou registro de nascimento deverão estar identificados pelo número de nascimento, através de marcação a fogo na perna esquerda ou através de tatuagem na orelha, também colocada do lado esquerdo do animal. Tanto a marcação quanto a tatuagem deverão conter os quatro dígitos do número do CGN ou RGN, devendo estar com boa visibilidade. A marcação ou tatuagem pode ser realizada por qualquer pessoa autorizada pelo criador (técnico responsável pelo rebanho, vaqueiro etc.) ou por ele próprio, desde que realizada antes da inspeção dos animais. Este procedimento permitirá ao técnico do Serviço de Registro Genealógico da Raça Girolando (SRGRG) uma dedicação maior de seu tempo durante a visita técnica na propriedade para o fornecimento de orientações e instruções quanto ao trabalho de seleção realizado pelo criador. Caso os animais não estejam corretamente identificados, o técnico deverá proceder a marcação do número de nascimento, utilizando boa parte de seu tempo durante a visita para realização deste procedimento.
gistro genealógico possui vários benefícios e vantagens, sendo uma delas a comprovação de propriedade do animal. Esta comprovação é muito importante em diversas situações, como por exemplo: participação do animal em exposições oficiais, transporte ou venda do animal para fora do Estado, inscrição do animal no Serviço de Controle Leiteiro, entre outras situações. Ao adquirir um animal é importante que o comprador solicite ao vendedor a Autorização de Transferência (ADT) e o certificado original, para que a transferência possa ser concretizada. Somente com a apresentação destes documentos o criador conseguirá transferir o animal para seu nome, usufruindo de todos estes benefícios e vantagens. Para a realização da transferência os documentos deverão ser enviados ao Setor de Expedição de Certificados da Girolando. Após os procedimentos internos, um novo certificado será enviado ao proprietário atual dos animais. Orientamos a todos que solicitem ou forneçam a ADT sempre que for realizada qualquer compra ou venda de animais registrados ou controlados, evitando, assim, possíveis transtornos. Vale lembrar que nos casos de venda parcelada ou a prazo o vendedor tem o direito de fornecer a ADT e o certificado original somente após a quitação da última parcela ou do valor total da dívida, conforme previsto em lei. Em alguns casos são realizados acordos entre as partes para a antecipação da transferência e liberação do certificado original. O formulário de ADT poderá ser solicitado a qualquer momento junto ao Departamento Administrativo da Girolando ou através do e-mail: girolando@girolando.com.br. Reposições de brincos de identificação Informamos que as reposições de brincos de registro ou controle e de rebanho de fundação devem ser solicitadas junto ao Setor de Controle de Genealogia, para que possam ser confeccionados e em seguida repostos por um técnico do SRGRG. A Associação está trabalhando junto à empresa fornecedora do material um produto mais resistente e durável, que venha a minimizar a perda dos brincos de identificação.
ATENÇÃO: Quando for realizar a marcação a fogo ou tatuagem pela primeira vez, entre em contato com o Departamento Técnico da Girolando ou com um técnico de sua preferência e solicite instruções.
ADT – Autorização de Transferência O certificado de controle de genealogia ou re-
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Gestão 2011 – 2013
Dados dos Associados Associados ativos em 31/12/2010 Novos associados no período Associados que retornaram ao quadro Desligamento de associados Associados ativos em 30/11/2011 Balancete 01/01/2011 a 30/11/2011 Receitas Despesas Resultado Registros (Janeiro/novembro – 2011) RGD RGN RF Total
2.138 444 28 95 2.515
R$ 4.946.199,42 R$ 4.279.239,07 R$ 666.960,35 68.992 19.686 3.813 92.491
Parque da Gameleira Com o intuito de evitar a demolição do Parque de Exposições da Gameleira, na capital mineira, a Girolando participou ao lado de outras 26 entidades de classe de importante mobilização junto à população local e às lideranças estaduais. As entidades enviaram, no dia 4 de novembro, ao vice-governador de Minas Gerais, Alberto Pinto Coelho, a “Carta Aberta aos cidadãos e cidadãs de Belo Horizonte e de Minas Gerais - Pela manutenção do Parque de Exposições da Gameleira”. O documento reforça a importância do Parque da Gameleira para o setor. O diretor da Girolando, Adolfo José Leite Nunes, assinou a Carta em nome da Associação. Segundo a Carta, no dia 13 de setembro de 2011, o governo mineiro informou às associações de criadores que o Parque seria demolido para construção de um centro de convenções, com três pavilhões e um hotel. Uma comissão representando as 22 entidades instaladas no Parque foi recebida pelo vice-governador e pelo secretário de Agricultura, Elmiro Nascimento, no dia 20 de setembro. Como resultado da mobilização, o governo decidiu manter o calendário de feiras em 2012 e 2013, e que o Parque só será transferido de lugar quando outro for construído. Reconhecimento A Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, neste último trimestre de 2011, recebeu duas homenagens que ficamos felizes em compartilhar com todos os nossos associados: 1)“Manifestação de Aplauso”, da Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais, por iniciativa do Deputado Bosco, pela realização do 1º Congresso Brasileiro da Raça Girolando. 2) Troféu Embrapa Gado de Leite – 35 anos, categoria “Associação de Criadores”.
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Auditoria MAPA O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) realizou nova auditoria Técnico-Fiscal do Serviço de Registro Genealógico da Raça Girolando – SRGRG. Ela ocorreu entre os dias 5 a 7 de outubro de 2011, na sede da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, em Uberaba (MG). A anterior foi em julho de 2010. Antes da auditoria do ano passado, a última havia sido realizada em 1995. De acordo com o Superintendente Técnico do SRGRG, Leandro Paiva, as auditorias são de fundamental importância para que os serviços prestados sejam constantemente melhorados, pois, além de verificarem os procedimentos que devem ser realizados rotineiramente, os auditores do MAPA também orientam toda a equipe de colaboradores da Girolando e fazem sugestões de grande importância. De acordo com o MAPA, desde 2010 as auditorias passaram a ser constantes em todas as entidades delegadas para executar registros genealógicos e provas zootécnicas de animais no Brasil, o que comprova a importância do trabalho que é desenvolvido pelas associações de criadores. Calendário 2012 Em virtude dos feriados nacionais e recessos, não haverá atendimento na sede e nos escritórios da Girolando, nas seguintes datas: 01 a 16 de janeiro - Férias coletivas 20 de fevereiro (segunda-feira) - Comemoração Dia do Comerciário 21 de fevereiro (terça-feira) - Carnaval (feriado nacional) 02 de março (sexta-feira) - Aniversário de Uberaba (feriado em Uberaba) 06 de abril (sexta-feira) - Paixão de Cristo (feriado nacional) 01 de maio (terça-feira) - Dia Mundial do Trabalhador (feriado nacional) 07 de junho (quinta-feira) - Corpus Christi (feriado nacional) 13 de julho (sexta-feira) - Compensação MEGALEITE, referente aos dias de trabalho na feira (recesso em Uberaba) 15 de agosto (quarta-feira) - Dia de Nossa Senhora da Abadia (feriado em Uberaba) 07 de setembro (sexta-feira) - Independência do Brasil (feriado nacional) 12 de outubro (sexta-feira) - Dia de Nossa Senhora Aparecida (feriado nacional) 02 de novembro (sexta-feira) - Dia de Finados (feriado nacional) 15 de novembro (quinta-feira) - Proclamação da República (feriado nacional) 20 de novembro (terça-feira) - Dia da Consciência Negra (feriado em Uberaba) 20 de dezembro (quinta-feira) - Início das férias coletivas
Encontro com deputados Deputados federais conheceram, no dia 19 de outubro, o potencial da raça Girolando para produção de leite, durante reunião com os diretores da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando. A reunião aconteceu na Câmara dos Deputados, em Brasília (DF), e reuniu cerca de 50 pessoas. Além dos parlamentares, estiveram presentes os diretores da Girolando, o superintendente técnico da Associação, Leandro Paiva, o chefegeral da Embrapa Gado de Leite, Duarte Vilela, e o presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite (CNA), Rodrigo Alvim. Os deputados Aelton Freitas (PR/MG); Arnaldo Faria de Sá (PTB/SP); Carlos Magno (PP/RO); Celso Maldaner (PSDB/SC); Gonzaga Patriota (PSB/PE); Junji Abe (PSD/ SP); Luiz Carlos Setim (DEM/PR); Marcos Montes (PSD/ MG); Moreira Mendes (PSD/RO); Paulo Piau (PMDB/ MG); Raimundo Gomes de Matos (PSDB/CE); Reinhold Stephanes (PSD/PR) e Weliton Prado (PT/MG) participaram do encontro.
UFMG Com o tema “Associação de Girolando: Como atua e quais as perspectivas e desafios?”, a palestra ministrada pelo técnico da entidade, André Nogueira Junqueira, esclareceu dúvidas de estudantes e professores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) sobre a raça Girolando. O evento, realizado no dia 11 de outubro, no auditório do Departamento de Zootecnia da Escola de Veterinária da UFMG, contou com a presença de integrantes do Grupo de Estudos em Pecuária Leiteira (GPLeite), de alunos de graduação, de pós-graduação e professores. O GPLeite existe desde 2004 e tem como objetivo auxiliar no desenvolvimento das teses de mestrado e doutorado, orientadas pelo professor Ronaldo Braga Reis, idealizador deste grupo, que também busca o estímulo ao estudo além das dependências da Escola de Veterinária, conseguindo apoio para palestras, congressos, encontros, cursos, entre outros. Congreleite O futuro da produção leiteira no Mato Grosso foi discutido durante o 1º Congresso Estadual do Leite (Congre-
Leite), ocorrido nos dias 29 e 30 de outubro, em Mirassol D’Oeste (MT). O técnico da Girolando, Jesus Lopes Júnior, foi um dos palestrantes e abordou a “Morfologia para compra”. Cerca de 500 pessoas participaram do Congreleite, realizado pela Associação dos Empreendedores Rurais de Mato Grosso (Asseru-MT) em parceria com a Associação Mato-grossense dos Criadores de GIR (GIR-MT) e com o apoio da Girolando. Segundo os organizadores, a proposta é realizar o evento em outros municípios, em 2012. Agência Goiana Diretores da Agência Goiana de Desenvolvimento Regional (AGDR) conheceram, no dia 19 de outubro, o trabalho que a Girolando vem desenvolvendo no Brasil em prol do melhoramento genético da raça. O técnico da Associação, Bruno Viana, apresentou os projetos da entidade e as vantagens de se criar a raça leiteira, que responde por 80% da produção nacional de leite. Participaram da reunião o diretor de Gestão, Planejamento e Finanças da AGDR, Juarez Viana e os gerentes dos Programas de Desenvolvimento do Entorno do Distrito Federal e do Oeste Goiano, Emí¬lio Pávoa e José Santana, respectivamente. A reunião contou com as participações da zootecnista Paula Amália e do consultor terceirizado do Sebrae, Hildo Áureo Viana.
Parceria entre AGDR e Girolando Goiás está entre os maiores Estados produtores de leite do paí¬s. De acordo com o representante da AGDR, José Juarez Viana, o Girolando responde pelo maior efetivo bovino de leite no Estado, constituindo uma opção viável para os municí¬pios com vocação para a pecuária leiteira. Neste ano, a Associação inaugurou, em Goiânia, um Escritório Técnico Regional para atender os criadores de Goiás. As duas entidades devem trabalhar em parceria, em breve, com a aplicação de ferramentas do Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando em programas dentro de Arranjos Produtivos Locais, consórcios intermunicipais, cooperativas e associações de produtores. Trata-se, portanto, de uma alternativa dentro dos programas de desenvolvimento regional.
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Homenagem A criadora Mila de Carvalho Laurindo e Campos foi uma das homenageadas nos 35 anos da Embrapa Gado de Leite. Titular da Fazenda Recreio, localizada em São José de Ubá (RJ), ela recebeu a homenagem na categoria Produtora Rural, em reconhecimento às relevantes contribuições para o desenvolvimento da pecuária leiteira nacional. A Fazenda Recreio colabora participando dos testes de progênie das raças Gir Leiteiro, Girolando e Holandês e, ainda, no trabalho de sequenciamento do genoma bovino. Na foto, o chefe geral da Embrapa Gado de Leite, Duarte Vilela, Mila e o prefeito de Juiz de Fora, Custódio Mattos.
SBA e a NovaSat. Várias entidades do setor pecuário, como a Girolando, apoiaram o evento.
SIMLEITE Os Departamentos de Veterinária e Zootecnia da Universidade Federal de Viçosa realizaram a terceira edição do Simleite (Simpósio Nacional de Bovinocultura Leiteira) entre os dias 3 e 5 de novembro, na cidade mineira de Viçosa. O evento teve como objetivo dar continuidade ao processo de difusão de tecnologias e aumentar o intercâmbio de informações na área de produção de bovinos leiteiros.
Georreferenciamento O governo federal atendeu a um pedido da presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, e prorrogou o prazo para início do processo de identificação georreferenciada de imóveis rurais com menos de 500 hectares. A prorrogação foi determinada por meio do Decreto 7.620, publicado na edição da última segunda-feira (21/11), do Diário Oficial da União. A Lei 10.267/2001 estabelece a necessidade de georreferenciamento no caso de transferência de titulação de terras (compra, venda, doação, desmembramento ou sucessão). Com a prorrogação, o procedimento só será exigido para propriedades com mais de 500 hectares. O cronograma inicial estabelecia a exigência de georreferenciamento para propriedades com menos de 500 hectares a partir de 21 de novembro de 2011, mas o decreto publicado fixou novos prazos, que variam de acordo com o tamanho da propriedade. Para agricultores que possuam área de 250 a 500 hectares, o georreferenciamento começa em 21 de novembro de 2013. O prazo para propriedades rurais com área de 100 a 250 hectares começa em 21 de novembro de 2016. Para imóveis rurais com área de 25 a 100 hectares, o georreferenciamento será exigido a partir de 21 de novembro de 2019. Para propriedades rurais com menos de 25 hectares, a exigência vale a partir de 21 de novembro de 2023.
Leilão beneficente O 3º Leilão Beneficente do Instituto Boa Fé de Apoio ao Combate ao Câncer (INBF), em prol do Hospital do Câncer de Uberaba – Dr. Hélio Angotti, foi realizado no dia 17 de dezembro, em Uberaba (MG). Segundo o presidente do INBF e vice-presidente da Girolando, Jônadan Ma, a prioridade do evento é salvar vidas, suprindo com medicamentos os pacientes oncológicos do Hospital Dr. Hélio Angotti. Entre as empresas que trabalharam gratuitamente no leilão, estão o canal de televisão
Mercado A Alta Genetics já vendeu 3 milhões de doses de sêmen em 2011. “Este volume foi conquistado graças a uma equipe de campo qualificada, a uma completa bateria de touros aliados aos programas, que tem como objetivo entregar os melhores resultados aos nossos clientes”, afirma Heverardo Rezende de Carvalho, diretor Geral da Alta no Brasil. No segundo semestre deste ano, a Alta Genetics investiu mais de meio milhão de reais na compra de equipamentos para seu laboratório.
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Crescimento Contínuo
Jean Carlos Coordenador de Processamento de Dados do Controle Leiteiro
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esde que foi implantado, em 1989, o Serviço de Controle Leiteiro (SCL) é um programa disponível para os associados da raça Girolando. É notória a utilidade dessa ferramenta dentro do rebanho, pois permite ao associado direcionar melhor seu manejo, já que com ele é possível identificar os animais que têm melhor aptidão leiteira e qual regime alimentar é o mais indicado ao rebanho, levando-se em consideração a relação custo-benefício. Dessa maneira, conhecese melhor o potencial genético dos animais, garantindo sua maior valorização de mercado, além de alavancar o status quo de uma propriedade. Também vale lembrar que somente filhos machos de vacas participantes do SCL podem ser registrados na Girolando. Historicamente o Controle Leiteiro está contando cada vez mais com a participação dos associados que buscam trazer um diferencial para sua propriedade. As estatísticas do setor comprovam: o Controle Leiteiro vem caindo no gosto dos associados e o número de animais participantes também vem crescendo exponencialmente. Em 2008 havia mais de 10.000 animais participantes; em 2010 (dois anos depois) o setor fechou com mais de 17.000 participações, incluindo-se todos os graus de sangue da raça, juntamente com animais das raças Gir e Holandês, cadastrados. Em 2011, a previsão é de mais de 20 mil lactações. O trabalho primoroso da equipe do Departamento de Provas Zootécnicas (DPZ), onde o SCL está inserido juntamente com o Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando (PMGG), garante o bom andamento das atividades, mesmo que tenham aumento significativo. Com criatividade e força de vontade a equipe sabe sanar os pontos fracos do setor, reorganizá-lo e adaptá-lo a cada novidade. É um esforço deveras persistente, pois hoje as mudanças ocorrem em ritmo mais acelerado, exigindo, cada vez mais, uma rápida resposta para os problemas que surgem. Os resultados dessas novas ideias ocorrem de dentro do setor para fora, e alguns podem ser percebidos pelos associados, como a inserção de infor-
mações do SCL no site, por exemplo, algo solicitado pelos associados anteriormente. O trabalho de nossos técnicos credenciados também é de suma importância para o setor, pois o Controle Leiteiro pode ser realizado somente de maneira oficial por meio desses controladores. Durante madrugadas e enfrentando diversas condições climáticas, esses profissionais fazem valer os métodos e procedimentos inerentes ao SCL. São “nossos olhos” no campo e nos dão o respaldo de parte das mudanças necessárias e das falhas a serem corrigidas. Em 2011, cuja previsão é de superar os números do ano anterior, fica a certeza de que o trabalho realizado pelo Controle Leiteiro abrange não somente associados, técnicos e setores da Associação. Analisando a cadeia produtiva do leite como um todo, percebemos que nosso trabalho, nossos esforços e resultados alcançados se convertem em benefícios para toda a sociedade, ao ter como resultado final o leite, alimento nobre e de larga utilidade. À medida que o SCL cresce continuamente, esperamos poder contar cada vez com o apoio da Associação, dos técnicos e dos associados, para que juntos continuemos a realizar um trabalho forte e ideal para todos e, assim, possamos continuar avançando, inovando e oferecendo o melhor da raça Girolando.
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Depto. Técnico Depto. Financeiro / ADM / MKT Escritórios Técnicos Regionais (ETRs)
Cargo e/ou Setor
Leandro Paiva Euclides Prata Fernando Boaventura Jesus Lopes Júnior José Renes Juscelino Ferreira Limírio Bizinotto Marcello Cembranelli Edivaldo Júnior Wewerton Rodrigues Sérgio Esteves
Zootecnista - Superintendente Técnico do SRGRG Zootecnista - Sup. Técnico Substituto e Técnico do SRGRG Zootecnista - Técnico do SRGRG Zootecnista - Técnico do SRGRG Zootecnista - Técnico do SRGRG Zootecnista - Técnico do SRGRG Zootecnista - Técnico do SRGRG Méd. Veterinário - Coord. Operacional do PMGG e DPZ Técnico Agrícola - Técnico do PMGG e DPZ Zootecnista - Técnico do PMGG e DPZ (Juiz de Fora/MG) Eng. Agrônomo - Departamento de Exposições e Ranking
lpaiva@girolando.com.br eneto@girolando.com.br fboaventura@girolando.com.br jlopes@girolando.com.br jsilva@girolando.com.br jferreira@girolando.com.br lbizinoto@girolando.com.br mcembranelli@girolando.com.br ejunior@girolando.com.br wrodrigues@girolando.com.br salmeida@girolando.com.br
(34) 3331-6000 (34) 9972-3965 (34) 9248-0302 (34) 9134-8666 (34) 9972-7882 (34) 9978-2237 (34) 9972-2820 (34) 3331-6000 (34) 3331-6000 (34) 3331-6000 (34) 3331-6000
José Mauad Edlaine Boaventura Paula de Oliveira Renata Cristina Nabor Paim Carolina Castro Tassiana Giselle Jean Carlos Nivaldo Faria Jair Júnior Luiz Fernando Larissa Vieira
Superintendente Administrativo/Financeiro Faturamento Cobrança Contas a Pagar e Grife Girolando Contabilidade Secretária da Presidência e Diretoria Secretária da Superintendência Técnica e Dep. de Julgamento Serviço de Controle Leiteiro Expedição de Certificados Controle de Genealogia Tecnologia da Informação Assessora de Imprensa
jfilho@girolando.com.br eboaventura@girolando.com.br pgoncalves@girolando.com.br rcarvalho@girolando.com.br npaim@girolando.com.br cteles@girolando.com.br / diretoria@girolando.com.br tsilva@girolando.com.br / djrg@girolando.com.br joliveira@girolando.com.br nfaria@girolando.com.br jjunior@girolando.com.br lmoura@girolando.com.br imprensa@girolando.com.br
(34) 3331-6000 (34) 3331-6000 (34) 3331-6000 (34) 3331-6000 (34) 3331-6000 (34) 3331-6000 (34) 3331-6000 (34) 3331-6000 (34) 3331-6000 (34) 3331-6000 (34) 3331-6000 (34) 3331-6000
ETR-BH (Belo Horizonte) Jesus Lopes Júnior André Junqueira Nilo do Valle Katislene Oliveira
Coordenador Técnico Zootecnista - Técnico do SRGRG Zootecnista - Técnico do SRGRG Secretária
jlopes@girolando.com.br ajunqueira@girolando.com.br nvale@girolando.com.br etrbh@girolando.com.br
(34) 9134-8666 (37) 9964-8872 (31) 9954-7789 (31) 3334-5480
ETR-RJ/ES (Itaperuna) Fernando Boaventura Érico Ribeiro Lucas Facury Ariane Fernandes
Coordenador Técnico Zootecnista - Técnico do SRGRG Zootecnista - Técnico do SRGRG Secretária
fboaventura@girolando.com.br eribeiro@girolando.com.br lfacury@girolando.com.br etrrj@girolando.com.br
(34) 9248-0302 (28) 9939-1501 (22) 9862-8480 (22) 3822-3255
ETR-SP (Jacareí) Euclides Prata Samuel Bastos Márcia Keli
Coordenador Técnico Zootecnista - Técnico do SRGRG Secretária
eneto@girolando.com.br sbastos@girolando.com.br etr_jacarei@girolando.com.br
(34) 9972-3965 (12) 3959-7292 (12) 3959-7292
ETR-GO/DF (Goiânia) Limírio Bizinotto Bruno Viana Wanessa Silva
Coordenador Técnico Zootecnista - Técnico do SRGRG Secretária
lbizinoto@girolando.com.br bviana@girolando.com.br etr_goiania@girolando.com.br
(34) 9972-2820 (62) 8212-2984 (62) 3203-5813
ETR-NE (Recife) Pétros Medeiros Janaina Santos
Méd. Veterinário - Técnico do SRGRG Secretária
pmedeiros@girolando.com.br etr_recife@girolando.com.br
(81) 9938-0070 (81) 3032-3981
Relação de Núcleos
Representante
Empr. Prest. de Serviços
Associação Brasileira dos Criadores de Girolando
Nome
Campo Grande – MS Guarantã do Norte – MT Itarumã – GO Itabuna – BA Ji Paraná – RO Lajinha – MG Lins – SP Maceió – AL Paracatu – MG Salvador – BA
Contato Email Dagmar Ferreira dagmarezende@hotmail.com Heitor Corrêa heitor.cl@bol.com.br Jurandir Ribas ribas.mt@hotmail.com Rubens Assis plantarecolher@uol.com.br Jorge Miranda Guilherme Pereira ghpguilherme@gmail.com Antônio Carlos acarlosbrum@bol.com.br Marcelo Junqueira marcelo.medvet@ig.com.br Domicio Arruda domicioarrudasilva@superig.com.br Ironaldo Monteiro ironaldoam@hotmail.com João Batista joaobmelo@oi.com.br Marcelo Schettini macelovet2007@hotmail.com Nivio Bispo niviovet@hotmail.com
Telefones (67) 9231-7121 / 9679-3440 (67) 9997-8464 (66) 9991-1128 / 9967-5232 (64) 3659-1276 / 9244-2320 (73) 3212-5832 / 8822-4626 (69) 3421-5736 / 9981-6745 (33) 3331-1183 / 9905-6480 (14) 3522-5952 / 9785-1739 (82) 3358-5082 / 9997-0088 (82) 3235-1625 / 8816-9960 (82) 9981-9085 (38) 3671-5750 / 9962-1517 (71) 3115-2728 / 8879-2657
Aracaju – SE Arapongas – PR Brasília – DF Barra do Garças – MT Cacoal – RO Cuiabá – MT Goiânia – GO Gurupi – TO Jataí – GO Novo Mundo – MT Palmas – TO Terra Nova do Norte – MT Tomé Açu – PA
Ranilson Cavalcanti Gilmar Sartori Luiz Ricardo Adelino José Pedro Alves Luiz Henrique Ana Carolina Márcio Antônio Pedro da Silveira Loni Soares Luiz Solano Nicolau Muzzi Anderson Linares Rogério Barbosa
(79) 3247-3326 / 9971-1335 (43) 3275-1811 / 9972-7576 (61) 9676-7207 (66) 3401-5787 / 8114-9999 (69) 3225-2942 / 9225-7025 (65) 8138-041 (62) 3249-6343 / 8404-6136 (62) 8420-4540 / 9607-2078 (63) 3312-4591 / 8127-0080 (64) 8402-3918 / 9964-3465 (66) 3539-6103 / 9209-7898 (63) 3215-4178 / 9911-9872 (66) 9622-6622 (91) 3734-1558 / 9114-3400
Telefone: (34) 3331-6000 Site: www.girolando.com.br E-mail: girolando@girolando.com.br
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Telefone
ranilsonrego@yahoo.com.br gilmarsartori@yahoo.com.br lrdecastro@gmail.com adelino.robl@hotmail.com pedromariba@hotmail.com lhvargas@uol.com.br anakrolcabral@yahoo.com.br mutigor@uol.com.br iatogpi@bol.com.br lonifilho@yahoo.com.br solanoagro@bol.com.br topsemenn@yahoo.com.br sonalf@bol.com.br samvetilab@bol.com.br
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