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Triênio 2011/2013
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stamos iniciando o último trimestre da gestão da atual Diretoria Executiva e temos alguns bons motivos para estarmos satisfeitos, confiantes com o momento e otimistas para o futuro. Entretanto, não podemos iniciar esta mensagem sem tocar no assunto que dominou os últimos dias. A falta de acordo que possibilitasse uma chapa única, de consenso, para gerir os destinos da Associação no próximo triênio 2014/ 2016. Caberá, portanto, aos nossos associados, hoje em número total superior a 2800, decidir entre as opções oferecidas o melhor para a Girolando. A Diretoria atual lamenta que uma alternativa consensual não tenha sido possível. Com a responsabilidade de quem conduziu a Entidade nos últimos anos, participará ativamente, do processo democrático de sucessão e por maioria de seus membros, submeterá ao quadro associativo, o candidato que entende ser o mais adequado para a Entidade. Saudamos, com entusiasmo, o despontar em torneios leiteiros, do grau de sangue (5/8H + 3/8 G), em Uberlândia. Três vacas ultrapassaram a marca de 84 Kgs, sendo a primeira colocada com 87,727 Kg/ dia. Fechamos o ano orgulhosos com os resultados de todos os graus de sangue, 1/4 ; 1/2 sangue; 3/4 e agora o 5/8 que, com suas produções em torneios leiteiros, consolidam o Girolando como a grande opção para o mundo tropical. Quanto ao cenário otimista destacamos: O preço do leite estável; o melhoramento genético cada vez mais visível nas exposições; o pré-teste dos touros para o Teste Progênie funcionando muito bem; a liquidez do gado Girolando está se mantendo dentro da realidade do mercado; a Girolando se modernizando e mantendo-se equilibrada e saudável em seus números e finalmente o surgimento de uma possibilidade real, em sintonia com o MAPA, de uma forma da atuação da Associação no mercado externo. Enfim, reafirmamos o nosso compromisso prioritário e integral, de continuarmos trabalhando intensamente e entregarmos em 31/12/2013, uma Girolando pronta, a altura do apoio e da confiança, com os quais fomos honrados e para seguir sua trajetória vitoriosa. Um abraço fraterno.
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Editorial
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Expediente
qualidade das fêmeas Girolando é o destaque desta edição da revista O Girolando. Com lac-
Revista O Girolando - Órgão Oficial da Associação Brasi-
tações cada vez mais altas, a raça vem se fir-
leira dos Criadores de Girolando
mando como a melhor alternativa para produ-
Editora: Larissa Vieira - lamoc1@gmail.com
ção de leite, seja em regiões de clima tropical
Depto. Comercial: Mundo Rural (34) 3336-8888, Míriam
ou temperado. Para que o criador aproveite
Borges (34) 9972-0808 e Walkiria Souza (35) 9133-0808 -
melhor essa genética, avaliações são importantes. O documento “Avaliação Genética de Vacas”, lançado neste ano, é a mais nova ferramenta disponível para o produtor e um guia que deve ser usado na hora de definir os acasalamentos. Em termos de avanço genético, a seleção genômica promete acelerar o processo
ogirolando@mundorural.org Design gráfico, ilustrações e arte: Jamilton Souza (34) 9187-0365, Yuri Silveira Fotos: Jadir Bison Revisão: Maria Rita Trindade Hoyler Conselho editorial: Leandro Paiva, Fernando Brasileiro, Milton Magalhães, Jônadan Ma, José Donato Dias Filho, Maria Inez Cruvinel, Mauricio Silveira Coelho, Miriam Borges
em breve. Nesta edição, você confere os mi-
Impressão CTP: Gráfica 3 Pinti (34) 3326-8000 - Distri-
tos e verdades sobre esse tema tão recorrente
buição gratuita e dirigida aos associados da Girolando,
no setor. Também trazemos o uso da clona-
ABCGIL e órgãos de interesse ligados à cadeia produtiva
gem por criadores que pretendem preservar
de leite.
a genética de animais considerados de alta
Redação: Rua Orlando Vieira do Nascimento, 74 - CEP:
qualidade.
38040-280 - Uberaba/MG - Telefax: (34) 3331-6000
Na parte de sanidade, dois temas merecem destaque: ouso da Homeopatia Popula-
Assinaturas: ogirolando@mundorural.org - Telefax (34) 3336-8888 - Walkiria Souza
cional para facilitar a criação de bezerras leiteiras; e a influência da ordem de parto e do estágio de lactação na ocorrência de mastite. Para quem participa de exposições, a dica é conferir as mudanças no regulamento das feiras oficializadas pela Girolando e as no-
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vidades da Interláctea 2013, que será em Avaré (SP) e substitui a extinta Feileite. Nosso entrevistado especial é o secretário executivo do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Daniel Carrara, que
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analisa o atual cenário da pecuária leiteira em relação à demanda por mão de obra qualificada, inclusão digital, gerenciamento de propriedade, entre outros assuntos.
Larissa Vieira
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Editora
Leia a versão digital em: issu.com/girolando.com.br/docs
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Assistência técnica precisa chegar ao campo - 12
Nova ferramenta de seleção - 18
Seleção genômica: fatos e mitos - 24
Influência da ordem de parto e do estágio de lactação na ocorrência de mastite - 48
Mensagem da Diretoria
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Editorial
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Novos Associados
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Eleições na Girolando
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Faça você mesmo! Escolha as “peças” e monte o quebra-cabeça da genômica
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Você Sabia?
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Criação de bezerras leiteiras: desafio que fica menor com o auxílio da Homeopatia Populacional
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Exposições
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Transparência
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Colostro
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Girolando pelo Brasil
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Giro Lácteo
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Touro Girolando: Eu uso, eu confio, eu recomendo
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Clonagem é opção para multiplicar genética de ponta
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Controle Leiteiro
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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS CRIADORES DE GIROLANDO TRIÊNIO 2011/2013 ESTES SÃO OS NOVOS CRIADORES, E ENTIDADES DE CLASSE QUE PASSARAM A INTEGRAR O QUADRO SOCIAL DA GIROLANDO NOS MESES DE JULHO, AGOSTO E SETEMBRO DE 2013.
PROP. Nº 7361 7408 7434 7411 7479 7463 7432 7471 7441 7482 7452 7362 7409 7426 7442 7429 7416 7413 7453 7451 7400 7424 7421 7419 7417 7345 7462 7415 7427 7449 7431 7422 7410 7464 7450 7458 7425 7478 7466 7460 7459 7444 7440 7468 7470 7472 7480 7412 7476 7435 7438 7439 7430 7475 7469 7443 7414 7467 7398 7473 7420 7418 7481 7461
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CRIADOR Amauri Antônio Piva Agropecuária Santa Helena Ltda Adilson Guimarães Capanema Assoc. dos Peq. Prod. Rurais do Vale do Bugre Adonias Souza dos Santos Aurélio Machado Ferreira Antônio Ananias de Aguiar Agropecuária Sanquit Ltda Ari Pessanha Monteiro Chemba Comercial Agropecuária Ltda Claudio Augusto de Oliveira Andrade Crispim Gonçalves Sobrinho Caio Pimenta Junqueira Carlos Berto da Costa Carlos Gonçalves da Cruz Diego Luis Mathias Botelho Elson Ferreira de Campos Espólio de Rêne Barbour Ed Wander Pinto Eduardo de Barros Vieira Fazenda Bocaina Agropecuária Ltda Flávio Lúcio Chaves de Resende Fernando Reis Ferraz Fabiano Neiva Fernandes Flávia Mesquita Gonçalves Felipe Rodrigues Silva Fábio das Graças Oliveira Braga Gilmar Martins de Lacerda Geraldo Leonel Gomes Junior João Perez Soler João Paulo Brandão Jose Heleno Guedes Junqueira Jose Divino Cavalcanti Jose Eduardo Barra Pereira Jose Bellini Sobrinho Joaquim Carlos Carneiro Siqueira e Outros Leonardo Lopes de Castro Luiz Antônio Franco Luiz Augusto C. Rocha Filho / Alex Couto Garcia Lenine Luedy Neto Luiz Roberto Machado Lopes Leonel Carvalho Fernandes Lawrence Castilho Leite Mauro Lucio Ribeiro Matheus da Silva França Manoel dos Anjos Neto Magno Monteiro Fortes Marta Boiago Sansão Onofre Osaias Ferreira de Morais Orlando Rezende Andrade Filho Paulo Mazzei Pablo Emilio Campos Corrêa Pedro Augusto Carvalho Pereira Pedro Odair Roncoleta Pedro Afonso M. Alves & Rita Menezes Pedro Venâncio Barbosa Reginaldo Fernandes Beato Roberta Bertin Barros Rancho Serrano LTDA – ME Vanderlei Figueredo Júnior Waldo Barbosa de Menezes Welder Veltem Wagner Bonetti Zacarias Martins Gonçalves
MUNCÍPIO Cuiabá –MT Uberlândia – MG Belo Horizonte – MG Araputanga – MT Itapecerica da Serra – SP Ibiá – MG Araxá – MG Belo Horizonte – MG Campos do Goytacazes – RJ Cerqueira César – SP Belo Horizonte – MG Manhuaçu – MG São Sebastião Paraiso – MG Bom Despacho – MG Belo Horizonte – MG Aparecida – SP Pompéu – MG Barra do Bugres – MT Brasília – DF Belo Horizonte – MG Cotia – SP Blumenau – SC Leopoldina – MG Paracatu – MG Cuiabá – MT Patrocínio – MG Belo Horizonte – MG Pompeu – MG Uberaba – MG Campo Grande – MS Uruaçú – GO Leopoldina – MG Goiania – GO Juiz de Fora – MG Guarani – MG Tambaú – SP Belo Horizonte – MG Campestre – MG Divinópolis – MG Pedra Azul – MG Diadema - SP Natércia- MG Juiz de Fora – MG Itajubá – MG Natividade – RJ Feira de Santana – BA Itaboraí – RJ Barra do Bugres – MT Monte Alegre de Minas – MG Três Corações – MG Cajamar – SP Patrocínio do Muriaé – MG Guaratinguetá – SP Mirassol D’Oeste - MT Seropédica – RJ Pará de Minas – MG Campinas – SP Lins – SP Londrina – PR Ibiá – MG Campo Grande – MS Colatina – ES São Paulo – SP Baldim – MG
Presidente: José Donato Dias Filho 1º Vice-presidente: Fernando Antonio Brasileiro Miranda 2º Vice-presidente: Maurício Silveira Coelho 3º Vice-presidente: Jônadan Hsuan Mim Ma 4º Vice-presidente: Ivan Adhemar de Carvalho Filho 1º Diretor-administrativo: Milton de Almeida Magalhães Júnior 2º Diretor-administrativo: Adolfo José Leite Nunes 1º Diretor-financeiro: Maria Inez Cruvinel Rezende 2º Diretor-financeiro: Eugênio Deliberato Filho Relações Institucionais e Comerciais: João Domingos Gomes dos Santos
Conselho Fiscal Jeronimo Gomes Ferreira Silvio de Castro Cunha Júnior Marcelo Machado Borges Suplentes Conselho Fiscal Eduardo Jorge Milagre José Alberto Paiffer Menk Luiz Carlos Rodrigues Conselho Consultivo Antônio José Junqueira Villela Joaquim Luiz Lima Filho Nelson Ariza Roberto Antônio Pinto de Melo Carvalho Rodrigo Sant’anna Alvim Suplentes Conselho Consultivo Geraldo Antônio de Oliveira Marques Guilherme Marquez de Rezende Leonardo Moura Vilela Rubens Stacciarini Tomaz Sérgio Andrade de Oliveira Júnior
Membros Conselho Deliberativo Técnico 2011/2013 Membros Natos Alisson Luis Lima Leandro de Carvalho Paiva
Representante do MAPA Superintendente Técnico
Membros Efetivos
Membros Suplentes
Limírio Cezar Bizinotto Marcello A. R. Cembranelli Milton de Almeida Magalhães Neto Valério Machado Guimarães
Juscelino Alves Ferreira Walter Roriz de Queiroz Tiago Moraes Ferreira Daniella Martins da Silva
CONSELHO DE REPRESENTANTES ESTADUAIS: AL – Paulo Emílio Rodrigues do Amaral AM – Raimundo Garcias de Souza BA – José Geraldo Vaz de Almeida BA – Luiz Tarquinio Duarte Pontes BA – Jorge Luiz Mendonça Sampaio CE – Cristiano Walter Moraes Rola DF – Dilson Cordeiro de Menezes DF – Erotides Alves de Castro DF – Ismael Ferreira da Silva ES – Rodrigo José Gonçalves Monteiro GO – Elmirio Monteiro Marques Júnior GO – José Mário Miranda Abdo GO – Léo Machado Ferreira GO – Itamir Antônio Fernandes Vale MG – Anna Maria Borges Cunha Campos MG – Carlos Eduardo Fajardo de Freitas MG – Horácio Moreira Dias MG – José Ricardo Fiuza Horta MG – Júlio Cesar Brescia Murta MG – Paulo Henrique Machado Porto MG – Salvador Markowicz Neto MS – Aurora Trefzger Cinato Real MS – Ronan Rinaldi de Souza Salgueiro
MS – Rubens Belchior da Cunha PA – Zacarias Pereira de Almeida Neto PB – Antônio Dimas Cabral PB – Yvon Luiz Barreto Rabelo PE – Cristiano Nobrega Malta PE – Eriberto de Queiroz Marques PR – Antônio Francisco Chaves Neto PR – Bernardo Garcia de Araújo Jorge PR – João Sala RJ – Filipe Alves Gomes RJ – Herbert Siqueira da Silva RJ – Jaime Carvalho de Oliveira RJ – Luciano Ferreira Guimarães RO – José Vidal Hilgert SE – Lafayette Franco Sobral SE – Ricardo Andrade Dantas SP – Adriano Ribeiro de Oliveira SP – Braulio Conti Júnior SP – Decio de Almeida Boteon SP – Eduardo Falcão de Carvalho SP – Pedro Luiz Dias SP – Roberto Almeida Oliveira SP – Virgilio Pitton TO – Eli José Araújo
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Larissa Vieira
Assistência técnica precisa chegar ao campo
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om vários desafios a vencer, a agropecuária brasileira precisa deixar para trás números nada animadores. Mais de 70% das propriedades rurais não receberam nenhum tipo de assistência técnica ou extensão rural. Para o secretário executivo do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Daniel Carrara, é necessário implantar um modelo de gestão e operação de assistência técnica continuadas, que possibilite a realização de ações efetivas nas áreas econômica, social e ambiental. O Senar oferece, em todo o país, vários cursos de capacitação profissional, além de contar com o Programa Leite Legal - direcionado ao atendimento das exigências da IN 62. Para os próximos dois anos, o programa deve chegar a 81 mil propriedades rurais brasileiras. Em entrevista à revista O Girolando, Daniel Carrara analisa o atual cenário da pecuária leiteira em relação à demanda por mão de obra qualificada, inclusão digital, gerenciamento de propriedade, entre outros assuntos. O Girolando – O Brasil vem ampliando a produção de leite, mas nem todas as regiões conseguem atender às exigências da IN 62. De que forma o programa Leite Legal pode contribuir para o aumento da qualidade do produto?
Daniel Carrara - Secretário executivo do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).
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Daniel Carrara – O Programa Leite Legal – Produção de Leite de Qualidade é bastante simples e bem direcionado ao atendimento das exigências da IN 62. Ele tem carga horária teórica de 16 horas, que abrange todos os itens exigidos na legislação, como: manejo de ordenha, armazenamento e refrigeração do leite, qualidade da água usada na propriedade, higiene dos trabalhadores, higiene dos
utensílios e equipamentos. Além disso, contempla até duas visitas do instrutor nas propriedades, o que é um diferencial. A maioria dos pequenos e médios produtores de leite precisa de acompanhamento individual após a capacitação e isso o Programa está oferecendo. Com esta metodologia, o Senar vai capacitar e atender um número muito maior de produtores, trabalhadores e propriedades produtoras de leite, conseguindo, desta forma, melhorar a qualidade do leite produzido no Brasil. Para os próximos dois anos está prevista a implantação do Leite Legal em 81.000 propriedades rurais no Brasil todo.
plantação de um modelo de Ater, no Sistema CNA/ Senar, para aumentar a produção e incentivar o empreendedorismo. Dentro dessa perspectiva, realizou-se um recorte de público-alvo com base na estratificação de classes de renda rural. A partir desse estudo, foi estabelecido um modelo de gestão e operação de assistência técnica aos produtores das Classes C e D/E potencial, baseado no mérito, que engloba o processo de gestão do negócio, visando proporcionar a evolução socioeconômica da família e da comunidade.
O Girolando – A extensão rural não consegue chegar à maioria das propriedades brasileiras. Como solucionar este problema?
O Girolando – A falta de mão de obra especializada no campo é preocupante?
Daniel Carrara – Segundo dados do último Censo Agropecuário, 77,9% dos estabelecimentos agropecuários não receberam nenhum tipo de assistência técnica ou extensão rural. Isso se deve à descontinuidade e falta de padronização da prestação de serviços de Ater [assistência técnica e extensão rural] no Brasil. Outro grande fator é a ausência de políticas públicas integradoras e gestoras dos processos de assistência técnica, deixando uma grande lacuna na prestação de serviços aos produtores rurais. Ainda com base no Censo, de cada dez produtores apenas dois receberam assistência técnica de forma ocasional ou regular.
Para solucionar este problema é necessário estabelecer e implantar um modelo de gestão e operação de assistência técnica continuadas, que englobe todos os processos das cadeias produtivas das propriedades, possibilitando a realização de ações efetivas nas áreas econômica, social e ambiental. Neste sentido, o Senar está iniciando a im-
Daniel Carrara – A falta de mão de obra rural qualificada, assim como nos demais setores, é preocupante sim. Percebe-se que a demanda por mão de obra qualificada no campo aumenta na medida em que o setor se moderniza. Nos últimos anos houve grande investimento em tecnologia, o que não ocorreu da mesma forma nos avanços de qualificação da mão de obra rural. Na década de 80, por exemplo, para se dirigir um trator era necessária apenas formação profissional na área de operação e manutenção. Hoje se encontram tratores cada vez mais modernos - com GPS e ferramentas de agricultura de precisão. Com isso, o mesmo tratorista precisa de novas capacitações, que contemplem também as áreas de informática e gestão. Além disso, a área urbana tem mais atrativos que a área rural (acesso ao lazer, comunicação/ telefonia celular, internet, entre outros recursos) o que leva muitas pessoas a trocar o campo pela cidade. O Senar está tentando acompanhar e até andar na frente deste avanço tecnológico, para oferecer aos produtores e trabalhadores rurais programas e ações de capacitação, antes que a demanda chegue ao mercado. O Girolando – A inclusão digital no campo poderia ajudar? De que forma? Daniel Carrara – Com certeza. Hoje, e cada
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preendedor Rural, Negóvez mais, o acesso às inforcio Certo Rural, programas mações, sejam elas econôde sucessão familiar), enmicas, agropecuárias ou de Hoje se encontram sino a distância (Produtor qualquer natureza, é feito de tratores cada vez mais Empreendedor, Inclusão forma mais rápida e eficiente Digital, Saúde Rural), buspor meio eletrônico, com o modernos - com GPS e camos proporcionar maior uso de computadores conecferramentas de agricultura acesso a informações por tados, tablets e smartphones de precisão. parte dos produtores e traà Internet. Desde 2009, o SeCom isso, o mesmo tratorista balhadores do meio rural, nar desenvolve o Programa precisa de novas capacitações, promovendo a fixação do de Inclusão Digital Rural, que homem no campo de maabre oportunidades de cresque contemplem também neira socialmente justa e cimento a homens e mulheas áreas de informática ambientalmente sustentáres do campo, com capacitae gestão. vel, com maior qualidade ções sobre o uso adequado de vida. e eficiente das novas tecnologias, do computador e da O Girolando – Quais Internet. os principais projetos que o Senar está desenvolCom duração de 20 horas, os cursos de incluvendo atualmente? são digital ensinam noções básicas de informática, como criar um e-mail e como navegar no site do Daniel Carrara – O Senar vem realizando ao Sistema CNA/Senar, o Canal do Produtor, que traz longo destes anos vários programas e projetos de todos os dias informações importantes para quem grande importância para os produtores e trabalhatrabalha na área rural. Nós também oferecemos 17 dores rurais brasileiros. Os programas ligados à cursos a distância, todos de graça, no portal EaD Seárea de gestão e empreendedorismo vêm dando nar. força ao sistema. São eles: Programa Empreendedor Rural e Negócio Certo Rural. Ambos visam à elaO Girolando – Quais os desafios do Senar atuboração de projetos e planos de negócio voltados à almente? realidade da propriedade. A partir destes programas os produtores rurais conseguem entender que a sua Daniel Carrara – Tomando como base os núpropriedade deve funcionar como uma verdadeira meros de pessoas formadas nas ações do Senar, no empresa. Passam a perceber a importância e a neperíodo de 2009 a 2012, podemos fazer uma obsercessidade de fazer registros de controle, calcular vação muito importante. Dos cinco cursos de formacustos de produção, controlar entradas e saídas e ção profissional rural mais demandados, dois deles que, só assim, conseguem ter lucros. (Trabalhador na Administração de Empresas AgrosO Sindicato Forte também é um programa silvipastoris e Trabalhador na Administração de Propriedades em Regime de Economia Familiar) têm de destaque, pois ajuda na organização, no planejamento estratégico e no fortalecimento dos sindifoco na gestão ou administração da propriedade. catos, por meio da capacitação tanto dos dirigentes Esses dados nos mostram uma tendência: os produquanto dos colaboradores. Os sindicatos são os partores estão buscando melhorar não só a qualidade ceiros mais importantes e mais atuantes do Senar, do que produzem, mas também a administração da no que se refere à organização dos treinamentos e propriedade, e isso envolve toda a família (esposa, filhos, etc.) no papel de gerência da propriedade. na mobilização das turmas e dos participantes. Este é o grande desafio hoje. Por meio de noA partir de 2013, estamos lançando novos vos programas e novas formas de atuação do Senar, projetos nas áreas de agricultura de precisão, direcionados às máquinas agrícolas de alta tecnologia; como por exemplos, a assistência técnica, implantae de agricultura de baixo carbono, direcionado à ção de centros de excelência, programas especiais adoção de práticas agropecuárias que permitem a (Agricultura de Baixo Carbono, Agricultura de Precibaixa emissão de carbono. são, Sertão Empreendedor, Qualidade do Leite, Em-
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Triênio 2014/2016 - Chapa: Presidente: Eugênio Deliberato Filho 1º Vice-Presidente: Fernando Antonio Brasileiro Miranda 2º Vice-Presidente: Rafael Tadeu Simões 3º Vice-Presidente: Bernardo Garcia de Araujo Jorge 4º Vice-Presidente: Márcio Moraes Sampaio 1º Diretor-Administrativo: Milton de Almeida Magalhães Júnior 2º Diretor-Administrativo: Adolfo José Leite Nunes 1º Diretor-Financeiro: Maria Inez Cruvinel Rezende 2º Diretor-Financeiro: José Alberto Paiffer Menk Relações Institucionais e Comerciais: Rodrigo José Gonçalves Monteiro Conselho Fiscal: Armando Eduardo de L. Menge Eduardo Jorge Milagre Everton Gonçalves Borges Suplentes Conselho Fiscal: Fernando Antõnio de Macedo José Carlos da Mata Winston Frederico Almeida Drumond Conselho Consultivo: Antônio José Junqueira Vilela Geraldo Antônio de Oliveira Marques Ivan Adhemar de Carvalho Filho José Coelho Vitor Rangel Gontijo de Queiroz Suplentes Conselho Consultivo: Carlos Alberto da Silva Cristiano Oliveira Canha Luíz José Marrichi Biazzo Marta de Azevedo Bernardes Rodrigo Sant’anna Alvim Conselho de Representantes Estaduais: AL - Paulo Emílio Rodrigues do Amaral AM - Raimundo Roberto Neves Modesto / Ronaldo de Brito Leite BA - Antônio Gonçalves Moreira / Gilberto Francisco Ramos Filho / Luiz Carlos Fernandes Guedes / Perivaldo Machado de Vasconcelos CE - Fernando Rodrigues Ferreira / Jorge Luís Pereira de Souza DF - Dilson Cordeiro de Menezes / Erotides Alves de Castro / Gabriel Marinho Villa Verde de Carvalho ES - Wesley de Oliveira Louzada Bernardo MA - José de Jesus Reis Ataíde (Rep) / José Egídio Quintal / Bruno Cavalcante Britto MG - Adauto Augusto N. Feitosa / Álvaro Luiz Carvalho Oliveira / Alvimar Ferreira Barbosa Júnior / Anna Maria Borges Cunha Campos / Délcio Vieira Tannus / Edson Angoti / Eduardo Costa Simões
/ Eurípedes José Da Silva / Fausto Miglio Neto / Francisco Rafael Gonçalves / Frederico de Toledo Sordo / Heloísa Helena J. Dos Santos / Jair Alves Camargos/José Alves Camargos / José Eutáquio Bernardino de Sena (Rep) / Moacir Inácio Da Costa / Paulo Roberto Falcão Leal / Pollyanna Marques Vieira / Silvio Saraiva Sampaio / Valdeir José Farias MS - Rubens Belchior Da Cunha MT - Getúlio Vilela de Figueiredo Pa - Álvaro Calilo Kzan Filho PA - Jordan Timo Carvalho Pb - Antônio Dimas Cabral PB - Yvon Luiz Barreto Rabelo PE - Cristiano Nóbrega Malta / Eriberto de Queiroz Marques / Gerson Barreto de Miranda PR - Antônio Francisco Chaves Neto / João Sala / José Hilton Prata Ribeiro / Nelson Jesus Saboia Ribas RN - Antônio Fernandes Sobrinho / Manoel Montenegro Neto / Ricardo José Roriz Da Rocha / Ricarte Procópio de Lucena RJ - Cláudio Sobral de Caiado Castro / Herbert Siqueira Da Silva / Jaime Carvalho de Oliveira / Jandira Alves de Souza / José Arley Lima Costa / Luciano Ferreira Guimarães / Otto de Souza Marques Jr. / Rubens Fonseca Santos RO - José Vidal Hilgert / Lazaro Fernandes de Almeida / Otayr Costa Filho SE - Eduardo Silveira Sobral / Lafayette Franco Sobral SP - Antônio Moacir Rossi / Eduardo Falcão de Carvalho / Fábio José Biazon Dias / Fioravante Iazzetti Grando / José Fernando de Paiva Nunes / Marcos José de Paiva / Marcos Ronaldo Gaspar / Nelson Mancini Nicolau / Pedro Luiz Dias / Victor Meirelles de Azevedo TO - Eli José Araújo
OBS: O Presidente da Girolando eleito, será também o Presidente do Instituto Brasileiro Científico-Cultural Girolando – IBCG, por força do seu Estatuto.
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Triênio 2014/2016 - Chapa “Renovação” Presidente: Jônadan Hsuan Min Ma 1º Vice-Presidente: Magnólia Martins da Silva 2º Vice-Presidente: Nelson Ariza 3º Vice-Presidente: João Domingos Gomes dos Santos 4º Vice-Presidente: Olavo de Resende Barros Júnior 1º Diretor-Administrativo: José Antônio da Silva Clemente 2º Diretor-Administrativo: Jorge Luiz Mendonça Sampaio 1º Diretor-Financeiro: Luiz Carlos Rodrigues 2º Diretor-Financeiro: Odilon de Rezende Barbosa Filho Relações Institucionais e Comerciais: Ronan Rinaldi de Souza Salgueiro Conselho Fiscal: Thiago Bianchi Silveira Alexandre Honorato Ricardo Miziara Jreige Suplentes Conselho Fiscal: Afonso Celso de Resende Eire Ênio de Freitas Roberto Almeida Oliveira Conselho Consultivo: Everardo Leonel Hostalácio Renato Cunha Oliveira José Geraldo Vaz Almeida Roberto Antônio Pinto de Melo Carvalho Marcelo Machado Borges Suplentes Conselho Consultivo: Aurora Trefzger Cinato Real Silvío de Castro Cunha Júnior Leonardo Xavier Gonçalves José Ricardo Fiuza Horta Guilherme Marques de Resende Conselho de Representantes Estaduais: AL – Domicio José Gregorio A. Silva / Marcos Ramos Costa BA – Ângelo Lucciola Neto / Luiz Hage Rebouças (Rep) / Valdemir Acácio Osório (Rep) CE – Francisco Teógenes Sabino DF – Cézar Mendes / Geraldo de Carvalho Borges / Rúbio Fernal Ferreira e Souza / Walter Alves de Queiroz ES – Elimário Perterle Fiório / Élio Virgínio Pimentel GO – Itamir Antônio Fernandes Vale / Luiz Fernando Della Corte / Thiago Araujo Dias da Costa MG – Ângelo André Fernandes Júnior / Breno Barbosa Costa / Emílio Afonso França Fontoura / Fabiano Rodrigues Lopes / Fabrício Siqueira / Fernando Peres Nunes / Gustavo Frederico
Burger Aguiar / Horácio Moreira Dias / João Machado Prata Júnior / Jorge Papazoglu / José Afonso Mota Ronzani / Luciano Gouveia Filgueiras / Luiz Fernando Reis / Luiz Paulo Levate / Márcio Luiz Mendonça Alvim / Maria Cristina Alves Garcia / Minoro Hélio Maurício Yamamoto Júnior / Paulo Henrique Machado Porto / Paulo Melo Salomão Gonçalves / Paulo Roberto Andrade Cunha / Plácido Borges Campos / Rodrigo Ribeiro Inácio MS – Adão Paes Sandim / Anísio Manoel da Silva / Nilo Alves Ferras MT – Aylon Neves (Rep) / João Nilson Pinto de Barros / Luciano Lacerda Nunes PA – José Luiz Dantas PE – Alexandre Saraiva de Moraes / Gustavo Alberto Concentino de Miranda / José Adilson da Slva / Waldemar de Brito Cavalcanti Filho PR – Ronald Rabbers RJ – Jean Vic Mesabarba / José Gabrielsouza Machado / Roberto Pimentel de Mesquita RS – Carlos Jacob Wallauer SP – Danilo Carvalho Michelin / Eduardo Lopes de Freitas (Rep) / Fructuoso Roberto de Lima Filho / Guilherme Ribeiro Meirelles / João Carlos de Andrade Barreto / João Eduardo Reis Benini / Lauro Teixeira Pena / Mateus Ribeiro Abdal / Miltom Okano / Paulo Yamamoto / Virgílio Pittom / Waldir Junqueira de Andrade
OBS: O Presidente da Girolando eleito, será também o Presidente do Instituto Brasileiro Científico-Cultural Girolando – IBCG, por força do seu Estatuto.
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Larissa Vieira
Nova ferramenta de seleção
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a hora de definir os acasalamentos ou o descarte de vacas, a qualidade genética é fundamental para obter animais superiores. Para auxiliar nessa tomada de decisão, o produtor agora tem mais uma ferramenta, além do Sumário de Touros. A Avaliação Genética de Vacas, lançada neste ano, traz informações de mil fêmeas de maiores PTAs para a produção de leite. Foram utilizados todos os registros zootécnicos, com informações de controle leiteiro e genealogia, disponibilizados pela Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, oriundos dos criatórios com rebanhos supervisionados pelo Serviço de Controle Leiteiro. Para o coordenador Operacional do Programa de Melhoramento Genético de Girolando, Marcello Cembranelli, a avaliação genética das vacas vem como mais uma ferramenta de seleção ou a principal delas dentro do rebanho, onde os animais melhores avaliados deverão ser multiplicados dentro do plan-
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tel e utilizados como mães de touros. “O reprodutor proporciona maior disseminação de descendentes de genética superior e com maior velocidade, já que uma fêmea produz um produto ao ano nos métodos convencionais, e o touro produz dezenas ou centenas de produtos no ano”, explicou Cembranelli. Anteriormente, as avaliações genéticas de vacas, com base nos dados obtidos no Serviço de Controle Leiteiro da Girolando, já eram feitas pela Embrapa Gado de Leite, anualmente desde 2005, mas os valores genéticos de cada animal eram enviados diretamente para o criador. Os registros de desempenho produtivo de todas as lactações das vacas (85.179 lactações) foram editados para idade ao parto (18 a 240 meses), ano de nascimento (1993 a 2010), ano de parto (1997 a 2012), composição racial (1/4 a 3/4 H:G, sendo H e G) denotando as raças Holandesa e Gir, respectivamente, causas de encerramento da lactação, tamanho do rebanho e grupo contemporâneo de rebanho-ano de parto, com no
mínimo três lactações e a utilização de, pelo menos, dois touros por rebanho-ano. O documento traz ainda o desempenho produtivo das vacas Girolando, controladas em 562 rebanhos colaboradores do Teste de Progênie, no período de 1997 a 2012. A média geral da produção de leite em até 305 dias foi de 4.265 kg, enquanto as médias de produção total de leite e de duração da lactação foram, respectivamente, 4.592 kg e 290 dias. A idade média ao parto foi de 65 meses. Segundo o pesquisador da Embrapa Gado de Leite, Marcos Vinícius Barbosa, durante a análise dos dados dos animais foi possível constatar que existe grande número de vacas de altíssimo potencial genético na raça Girolando. Se utilizadas de modo adequado, essas informações podem refletir no incremento dos ganhos genéticos obtidos no PMGG. O pesquisador alerta, porém, que o criador precisa utilizar ferramentas como o controle leiteiro para gerar maior volume de dados confiáveis para o programa de melhoramento genético. “Informações fidedignas e de alta confiabilidade são a base para o sucesso do melhoramento genético, pois tornarão possível predizer os valores genéticos dos indivíduos com alta acurácia. No processo de seleção, intenciona-se promover o acasalamento entre os melhores indivíduos e, para saber quem são os melhores, é necessário avaliá-los pela sua produção. O controle leiteiro, realizado periodicamente e da maneira correta, permite calcular a produção de uma vaca durante toda a lactação, sendo esta produção utilizada para se estimar o seu valor genético, de seus pais e mesmo de seus irmãos, usando-se modelos estatísticos específicos. Conhecendo-se a produção dos animais e seu valor genético, podese então selecionar os melhores e usá-los intensivamente nos acasalamentos ou então descartar aqueles que não são de interesse. É importante dizer que quanto maior for o número de rebanhos e de vacas controlados, mais precisos serão os valores genéticos dos animais”, ressaltou Barbosa. Outro estudo relacionado a melhoramento genético que está sob a responsabilidade da Embrapa Gado de Leite é a avaliação genômica das vacas. O projeto “Seleção Genômica em Raças Leiteiras no Brasil” tem como objetivo desenvolver, até 2014, uma ferramenta que permita a avaliação precoce das fêmeas no rebanho. “Assim, será possível, no futuro, colher o sangue de uma
bezerra recém-nascida e predizer com relativa segurança qual seu valor genético. Com isso, o criador poderá descartar, ainda quando bezerras, os animais de baixo potencial genético, reduzindo os gastos de recria e aumentando os ganhos genéticos no rebanho”, assegurou o pesquisador da Embrapa Gado de Leite. Estão abertas as inscrições para a 2ª Préseleção de Touros para o Teste de Progênie. O prazo vai até o dia 30 de novembro de 2013. A seleção ocorrerá na primeira semana de dezembro e os touros deverão entrar no Centro de Performance Girolando, em Uberaba (MG), entre os dias 20 e 24 de janeiro de 2014. O resultado desta bateria será divulgado durante a Megaleite 2014. Já o resultado da primeira edição da Préseleção de Touros será divulgado na última semana de novembro e os touros classificados deverão seguir para as centrais, para efetuarem a coleta do sêmen codificado. O material genético será doado ao PMGG para distribuição gratuita para os rebanhos colaboradores.
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Wagner Arbex
Analista da Embrapa Gado de Leite
Katia Cristina Lage dos Santos Analista da Embrapa Gado de Leite
Fernanda Nascimento Almeida
Bolsista da Embrapa Gado de Leite (FAPEMIG)
Marta Fonseca Martins
Pesquisadora da Embrapa Gado de Leite
Marcos Vinícius Gualberto Barbosa da Silva Pesquisador da Embrapa Gado de Leite
Faça você mesmo! Escolha as “peças” e monte o quebra-cabeça da genômica
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ossivelmente, todo mundo já montou um quebra-cabeça ou algum outro jogo com peças. Alguns desses “brinquedos” são muito fáceis e outros são muito difíceis. Alguns são bem pequenos, com dezenas ou centenas de peças, mas outros são muito grandes, com milhares de peças. Mas, como montar um quebra-cabeça com aproximadamente três bilhões de peças? Um conjunto de peças, a primeira vista, sem sentido, mas, se corretamente associadas, é possível interpretar e entender o seu significado A ideia de se montar um quebra-cabeça é chegar a um resultado final que, em geral, deve ser uma figura, uma imagem, a reprodução de uma fotografia etc. Ou seja, quando todas as peças de um quebra-cabeça são combinadas, então é possível entender o significado daquele conjunto de peças que estavam inicialmente “misturadas” e, portanto, sem sentido aparente. Porém, nem sempre é necessário ver uma imagem por inteiro para saber do que se trata, para entender o seu significado ou conseguir interpretá-la. Por vezes, somente com peças bem escolhidas pode-se conseguir montar parte da imagem ou um conjunto de algumas partes é suficiente para o entendimento e a interpretação da imagem total ou do aspecto que se procura. Quando não é preciso colocar todas as peças do jogo de montar em suas devidas posições, é porque algumas peças podem ser mais do que outras. Isto é, algumas peças são mais representativas do que outras, dependendo do que se procura ver quando o quebra-cabeça estiver montado. O fato de algumas peças ou partes, em algum aspecto, serem mais representativas do que outras pode ser visto mais facilmente a partir de outro
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exemplo. Suponha um conjunto formado por seis esferas, sendo que duas delas são muito mais pesadas do que as demais e que juntas representam 95% ou mais do peso total do conjunto de esferas. Se for necessário ter uma ideia aproximada do peso de todas as esferas juntas, basta saber quais as duas esferas que representam quase todo o peso do conjunto das seis esferas e tomar o peso dessas duas. Nesse caso, para a característica do peso do conjunto, as duas esferas mais pesadas são os elementos ou as partes mais representativas e podem dar uma ideia aproximada do peso de todo o conjunto. Como selecionar o conjunto de elementos que deve permitir a avaliação da característica de interesse, sem precisar completar o quebra-cabeça? Esse foi apenas um exemplo de que algumas peças ou partes podem ser suficientes para repre-
c) a representatividade de um elemento e o possível “domínio” de sua representatividade sobre outros elementos.
sentar um conjunto, em algum aspecto, sem que seja necessário estudar todos os elementos do conjunto. Entretanto, surge um novo problema: como descobrir qual ou quais são os elementos mais representativos e, além disso, se os demais podem ser realmente descartados. Ainda utilizando o conjunto de seis esferas, se a característica a ser analisada fosse o diâmetro médio delas, então não bastaria tomar a medida de uma ou duas esferas, pois, considerando as esferas que são mostradas na imagem, visualmente, percebe-se que não existe um subconjunto dessas esferas que podem ser selecionadas para representar as demais. Nesse ponto percebe-se que alguns elementos e conceitos foram introduzidos por meio da discussão realizada até o momento, por meio dos exemplos. Tais elementos ou conceitos apresentados a seguir são de extrema importância para que as peças do “quebra-cabeça genômico” possam ser selecionadas criteriosa e corretamente e, então, utilizadas com eficácia para o melhoramento genético das raças. São eles: a) o aspecto ou a característica sobre a qual existe interesse em se estudar e/ou avaliar; b) os subconjuntos de elementos que podem ser selecionados para estudar e/ou avaliar a característica de interesse.
Como montar o quebra-cabeça da genômica? O que está sendo introduzido neste texto – e apenas introduzido, pois o assunto é extenso e complexo – é a seleção de marcadores moleculares associados às características de importância e/ou a seleção para avaliação e seleção genômica de animais. Isto é, a escolha das esferas corretas – que seriam os marcadores de todo o conjunto – permite descobrir dados relativos ao peso do conjunto de esferas, que é a característica que se quer conhecer ou estudar. Nesse caso, como se relacionam os três elementos ou conceitos pontuados anteriormente, com as características fenotípicas dos animais? Os aspectos ou características que se quer conhecer ou estudar tratam de características fenotípicas de interesse para o melhoramento genético. A produção de leite, obviamente, é uma característica de interesse econômico que se busca aumentar, além de ser um dos objetivos de maior importância para o produtor. Para tanto, deve-se usar a capacidade prevista de transmissão (PTA1) para leite como critério para seleção de animais. Sabe-se que a avaliação e seleção de animais por meio da PTA para leite é um resultado de suma importância e o Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando (PMGG) e a Embrapa Gado de Leite publicam anualmente o Sumário de Touros, a partir da seleção genética tradicional, que se baseia
1 - PTA, do inglês, predicted transmitting ability ou capacidade prevista de transmissão. 2 - Maiores informações sobre a implantação da Seleção Genômica pela Embrapa Gado de Leite e o PMGG, podem ser encontradas no artigo “Seleção genômica nos programas de melhoramento genético de raças bovinas leiteiras (O Girolando, num. 70).
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em dados fenotípicos e de pedigree dos animais. Assim, a seleção genômica, em implantação pela Embrapa Gado de Leite2, que é a seleção realizada por meio de milhares de marcadores distribuídos ao longo do genoma dos animais avaliados, vem complementar os trabalhos já desenvolvidos, investigando o potencial genético dos animais, antes que possam expressar seus fenótipos. Isto é, antes que seja possível mensurar seus atributos relacionados com a característica fenotípica que se quer avaliar. Uma vez determinada qual a característica fenotípica em estudo, como selecionar os marcadores que explicam a expressão da característica, sem que seja necessário – e algumas vezes não é possível – lançar mão de todos os marcadores disponíveis no conjunto? Com o desenvolvimento do conhecimento científico e da tecnologia, tornou-se possível a geração de milhares de marcadores moleculares do tipo SNP3. Assim, no quebra-cabeça genômico têm-se milhares de “peças” que, no entanto, estão associadas a diferentes características fenotípicas. Ou seja, existe um conjunto a partir do qual se deve selecionar os elementos desse conjunto que devem ser utilizados para o entendimento ou avaliação da característica procurada. Tecnicamente, ao se fazer essa escolha, está sendo feita a seleção de marcadores moleculares apropriados – identificados no genótipo do indivíduo – que possam representar adequada e suficientemente a característica fenotípica que se quer avaliar. A conceituação e a discussão encaminhadas até este momento mostram que a ideia de selecio-
nar marcadores é bastante simples, mas sua execução não é nada trivial, tornando-se um dos grandes desafios para a bioinformática e a computação científica. A primeira dificuldade surge da dimensão do universo de marcadores a serem selecionados, pois atualmente pode-se chegar a quase 800 mil marcadores para cada animal a ser avaliado. Ou seja, o tratamento dos dados, por si já é um fator de dificuldade, pois frequentemente são arquivos de dados da ordem de terabytes. Em seguida, a dificuldade está em identificar os marcadores relacionados com a característica fenotípica em estudo. Simplificadamente, estudos de associação entre marcadores e características fenotípicas, chamados de GWAS4, e seleção genômica baseiam-se em diferentes momentos, na associação entre alguns marcadores moleculares e determinada característica de interesse. Na prática, busca-se explicar o valor obtido na mensuração da característica, que pode ser bom ou ruim, a partir de um subconjunto de marcadores. Isto é, a partir de um conjunto de marcadores, pretende-se identificar quais os marcadores que estão mais estreitamente relacionados às características em estudo. Com a seleção de marcadores para um possível subconjunto de elementos que seja explicativo para o fenótipo, pode-se, então, questionar: esse conjunto é mínimo ou ainda existe algum elemento que possa estar “sobrando”? Ou seja, existe algum elemento que, se excluído do conjunto, não deve influenciar, de forma significativa na explicação do conjunto para o fenótipo expresso? No exemplo do conjunto das seis esferas, o peso de duas dessas esferas “representava” o peso do conjunto, sendo que as demais pouco influenciavam na determinação do peso total. Assim, essas duas esferas compõem o subconjunto mínimo para “explicar” o peso total do conjunto. Essa análise envolve o segundo e o terceiro conceitos, apresentados anteriormente, pois mostra que a seleção dos marcadores deve não só identificar os elementos relacionados com a característica fenotípica para a composição do subconjunto de marcadores, mas também deve ser considerada a representatividade dos marcadores, para que sejam
3 - SNP, do inglês, single nucleotide polymorphism ou polimorfismo de base única. Maiores informações sobre SNPs podem ser encontradas no artigo “A utilização da informática na agropecuária e o impacto da bioinformática no melhoramento genético animal” (O Girolando, num. 71). 4 - GWAS, do inglês, genome-wide association study, pode ser traduzido como estudos de associação em genoma amplo ou estudos de associação em escala genômica.
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selecionados aqueles que realmente importam. Seleção de marcadores ou “computação” de marcadores? Ao longo deste texto foram feitas simplificações que, entretanto, não invalidam a sua lógica de raciocínio, enfatizando o que é a seleção de marcadores, por que pode ser feita e demonstrando alguns problemas que são encontrados ao fazê-la. Diferentes métodos computacionais, aplicando estatística e/ou matemática estão sendo utilizados para a seleção de marcadores, cada um com suas vantagens e desvantagens em relação aos demais. A Embrapa Gado de Leite também estuda a aplicação de outros métodos, que sejam complementares a outros tradicionalmente utilizados, com a expectativa de obter novos resultados. Existem métodos que verificam como cada um dos marcadores do conjunto inicial se encontra correlacionado com a característica fenotípica que se quer avaliar e, em seguida, como os marcadores, que também estão correlacionados, se “comportam” quando comparados aos demais. Nesse caso, a ca-
racterística fenotípica é a base de comparação. Isto é, analisa-se a relação de um marcador com a característica e, em seguida, a relação de outro marcador. Por fim, comparam-se os resultados dessas análises. Outros métodos em estudos5 buscam selecionar o subconjunto de marcadores, analisando todo o conjunto inicial, tentando capturar a relação entre os elementos do subconjunto, assim como a relação desse subconjunto com a característica fenotípica que se quer avaliar. Nesse caso, o esforço computacional deve ser objeto de análise cuidadosa, pois são milhares de marcadores analisados em conjunto. Contudo, diferentemente do que foi discutido neste texto, o objetivo final dos entusiastas de jogos de montar quebra-cabeças é completar todo o jogo, montando o quebra-cabeça com todas as suas peças, ao invés de selecionar somente as mais representativas. Tal estratégia tenta simplificar o objetivo final, o que pode ser condenado por muitos, mas como defesa dessa abordagem pode-se apresentar a atenuante de que o quebra-cabeça da genômica é “fabricado” com alguns bilhões de peças.
5 - Alguns desses trabalhos serão discutidos e apresentados no evento TACG – Talking About Computing and Genomics (http://www.cnpgl.embrapa.br/tacg/), no próximo mês de setembro.
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ESTHER VAN ELK
Traduzido e adaptado para o português sacl@crvlagoa.com.br
SELEÇÃO GENÔMICA: FATOS & MITOS
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enômica é um assunto frequentemente discutido no meio científico e pecuário. Na raça Holandesa a seleção genômica encontra-se em estágio muito avançado, com linhas de trabalho e resultados já bem consolidados. A CRV tem forte envolvimento nesta área, tanto na participação ativa nos desenvolvimentos que deram origem aos testes moleculares e predições genômicas, quanto na aplicação dessa tecnologia que é empregada em seu programa de seleção desde 2008 e reconhecida oficialmente desde 2010. Com o intuito de agregar ao mercado informações da experiência prática do uso da genômica na seleção da raça Holandesa e produção dos touros InSire (touros genômicos da CRV), procuramos listar questões frequentes, relatadas por produtores e técnicos na forma de fatos e mitos acerca do assunto. Parentesco Informações de parentesco são utilizadas no cálculo de valores genômicos. Os valores genômicos diferem de valores genéticos por serem determinados, parte por dados de seus parentes e outra parte pelos marcadores genéticos. A relação entre marcadores e dados de parentesco no cálculo dos valores genômicos varia conforme cada característica, mas de forma geral tem proporção de 50:50. Isto quer dizer que quando o pai (já provado) de um touro ao longo do tempo cai no posicionamento de seus valores genéticos, haverá uma forte influência nos valores genômicos de seu filho. Peguemos, por exemplo, o touro Sunrise: seu pai, Jardin, quando foi selecionado como pai de touro, obteve valor genético de 108 (dois desvios-padrão) para pernas & pés. Hoje, quatro anos mais tarde, seu valor genético para pernas & pés é de 97. Isto representa
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uma queda de 11 pontos. No mesmo período, o touro Sunrise, filho de Jardin, teve redução em sua prova de um valor genômico de 109 para um valor genético (com base em desempenho de filhas) de 100 para pernas & pés. Uma queda de 9 pontos. A redução do valor genético do touro Sunrise para pernas & pés é, portanto, influenciada principalmente pelo fato de seu pai ter tido redução em sua prova com base em filhas e não pela sua predição genômica. A seleção genômica tem um papel importante para os testes de progênie A associação dos efeitos dos marcadores genéticos às estimativas genéticas tradicionais geram os valores genômicos. O principal efeito dessa associação é o aumento da acurácia na predição do potencial genético de animais jovens, com um grande impacto nos progra-
mas de seleção, como: diferenciação do potencial genético de irmãos completos na escolha para o teste de progênie, maior assertividade na definição dos touros jovens que adentram ao teste e consequente maior número de touros superiores resultantes, redução do intervalo entre gerações e aumento do progresso genético, maior efetividade na seleção de potenciais mães de touros, pré seleção de embriões genotipados, inclusão de características de difícil mensuração, além de monitoramento, correção de pedigrees e identificação e controle de defeitos genéticos. Com a seleção genômica, o programa Delta da CRV teve um incremento de 30% no progresso de seleção de touros, aumentou a pressão de seleção de 1:5 para 1:15, além de viabilizar a produção de maior número de touros superiores oriundos do teste, identificar famílias e dar maior qualidade e velocidade à seleção. É crescente a utilização de touros genômicos A utilização de touros genômicos vem crescendo em várias partes do mundo, inclusive no Brasil, conforme podemos verificar na tabela 1. Isto permitiu aos criadores intensificarem o uso de touros TOP, acelerando o progresso genético e os resultados técnicos e econômicos de seus rebanhos. No Brasil, a CRV é a única empresa que comercializa, desde 2005, 100% dos seus touros holandeses jovens com valores genômicos. Trata-se de um diferencial que concilia a seleção e comercialização da melhor genética dispo-
nível no mercado com a segurança ímpar do grupo CRV, líder mundial em confiabilidade. CRV desenvolve diversas linhas de trabalho com seleção genômica Além de atuar como empresa de inseminação artificial, a CRV também atua com serviços de registro, controle animal e desenvolvimento de diversas soluções ao produtor, bem como com avaliação genética e aplicação de ferramentas de seleção genômica (a CRV se envolveu diretamente no primeiro chip bovino de 50k desenvolvido). As avaliações genéticas e genômicas realizadas pela CRV são reconhecidas e utilizadas oficialmente na Holanda, em outros países e em instituições como o Icar (Interbull) e EuroGenomics (parte significativa da população de touros referência do EuroGenomics é da CRV). Também aplicamos e desenvolvemos linhas em seleção genômica em parcerias com instituições de vários países, incluindo o Brasil, como: Alemanha, Austrália, Bélgica, Dinamarca, Espanha, EUA, Finlândia, França, Noruega e Nova Zelândia.
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A predição de valores genômicos ainda está em uma fase muito inicial e ainda precisa se provar eficaz Cerca de 600 touros genômicos da CRV já possuem suas provas preditas com base na performance de suas progênies. Os resultados mostram que os valores genômicos (preditos quando esses reprodutores eram jovens) são bem correlacionados com os valores genéticos calculados após a avaliação de suas progênies. A variação esperada nos valores genômicos é exatamente a mesma variação esperada para uma acurácia de 60%. Valores genômicos não são confiáveis. Alguns touros InSire têm variações grandes entre as provas genômicas e as provas após avaliação de suas progênies A acurácia dos valores genômicos varia conforme cada característica. Para o NVI (índice de seleção da Holanda) essa acurácia é de 60%. Esses 60% de acurácia significam que 1 em 100 touros pode ter queda no NVI maior que 100 pontos. Da mesma forma, 1 em 100 touros pode ter incremento no NVI maior que 100 pontos. Para touros com acurácia de 85% em suas provas, menos de 1 em 1.000 touros varia mais de 100 pontos no NVI. Portanto, as variações nas provas dos touros genômicos (InSire) têm sido muito pequenas. Acurácias de apenas 30% podem ser observadas nas provas de touros jovens em teste sem uso de valores genômicos (somente com o índice de pedigree estimado). Globalmente, 1 a cada 10
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touros irão variar 100 pontos no NVI após as lactações fechadas de suas filhas. Informações genômicas substituem as avaliações genéticas tradicionais A tecnologia de validação dos marcadores moleculares, bem como a geração dos valores genômicos têm sua eficiência diretamente correlacionada às estimativas genéticas tradicionais. A seleção genômica funciona como ferramenta auxiliar no processo de seleção, visando o aumento de acurácia na predição do potencial genético de animais jovens; contudo, esta não substitui a necessidade de controle de dados e do processo tradicional de avaliação genética e seleção. Na verdade essas tecnologias se complementam para melhores resultados. Comparando-se valores genômicos e valores genéticos de touros jovens, a acurácia dos valores genômicos não só é maior como o potencial genético em si também tende a ser superior Na seleção genômica particularmente com meio irmãos e irmãos completos, a seleção é feita entre os maiores valores genômicos. Por exemplo: 4 irmãos completos possuem o mesmo índice de pedigree (com acurácia de apenas 30%) de 200 pontos de NVI. Após o cálculo do valor genômico, alguns desses 4 irmãos terão seus valores genômicos acima de 200 pontos e outros abaixo. O touro jovem que tem o maior valor genômico calculado tem a maior chance de ser selecionado como um touro para o teste de progênie e de receber a denominação InSire. Desta forma, touros InSire possuem potencial genético muito superiores aos de touros de teste de progênie comuns. Além do mais, a acurácia dos valores genômicos dos touros InSire é naturalmente maior que a dos touros comuns. O gráfico da figura 1 compara acurácias entre o índice de pedigree e o valor genômico para algumas das características avaliadas.
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Leandro de Carvalho Paiva
Superintendente Técnico da Girolando
Que os touros Girolando avaliados pelo teste de progênie possuem resultado de PTA para Idade ao Primeiro Parto (IPP)?
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os últimos anos a Girolando e a Embrapa Gado de Leite vêm ampliando o número de novas características avaliadas no teste de progênie de touros Girolando. Já pelo segundo ano consecutivo são publicados os resultados de PTA (Habilidade Predita de Transmissão) para Idade ao Primeiro Parto (IPP) dos touros avaliados pelo PMGG. Esta informação é obtida através da avaliação da idade no primeiro parto das filhas dos reprodutores, as quais se encontram em controle leiteiro na Girolando. A PTA para IPP é expressa em dias e pode ser negativa ou positiva. Se considerarmos que um touro possui PTA para IPP de -30,0 significa que, em média, suas filhas irão parir 30 dias mais cedo quando comparado a um touro que possui PTA para IPP igual a zero. Desta forma, podemos afirmar que touros com PTA para IPP negativa são desejáveis. Ressaltamos ainda que a seleção para produção de leite pode também resultar em uma seleção de novilhas mais precoces, o que pode influenciar de maneira
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positiva na rentabilidade da propriedade. A média atual da Idade ao Primeiro Parto de vacas Girolando é de 35 meses. Mais informações sobre as PTAs para IPP dos touros Girolando estão disponíveis no Sumário do Teste de Progênie da Raça Girolando 2013, no site www.girolando.com.br.
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DADAMIYO
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Patrícia Vieira Maia
Veterinária, pós-graduada em pecuária leiteira, mestre em ciência animal – Rehagro
Influência da ordem de parto e do estágio de lactação na ocorrência de mastite
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mastite é definida como uma inflamação da glândula mamária. Frequentemente de origem bacteriana, pode ser clínica ou subclínica. A forma clínica caracteriza-se por apresentar sinais visíveis no leite e no animal, enquanto a forma subclínica exige o emprego de outros métodos de diagnóstico, como a contagem de células somáticas (CCS). Os leucócitos de origem do sangue, somados às células de descamação do epitélio glandular secretor, são denominados coletivamente de células somáticas do leite. A CCS é influenciada por fatores como o estágio e o número de lactações. Por ser um indicador da saúde da glândula mamária, a CCS sofre variações quando há presença de infecção na glândula. A curva de CCS, abaixo, demonstra a incidência de infecções nos diver-
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sos períodos. No final da gestação e no início da lactação, a vaca de leite de alta produção se apresenta em balanço energético e proteico negativo, uma vez que nessa fase ocorre menor ingestão de alimentos e maior demanda por nutrientes. Deficiências crônicas de energia, proteína, minerais e vitaminas são associadas à depressão do sistema imune. O parto e o início da lactação promovem grande estresse metabólico, contribuindo ainda mais para a deficiência de fatores alimentares que estão relacionados à manutenção do sistema imune. Os mecanismos de defesa começam a diminuir duas a três semanas pré-parto, alcançando o nível mínimo na primeira ou segunda semana pós-parto. Os níveis elevados de cortisol e estrógeno, desencadeantes do
sando um efeito de concentração das células somáticas no leite. Há também maior incidência de mastite, o que tende a aumentar a CCS. Um fator que contribui para esse aumento é a maior probabilidade de o animal se infectar ao longo da lactação, devido a uma chance maior de ser exposto aos agentes patogênicos. No final da lactação, o acréscimo na CCS também pode ocorrer devido a maior descamação natural do epitélio da glândula mamária. Essa descamação ocorre principalmente pelas lesões nas células epiteliais causadas por patógenos adquiridos ao longo da lactação e pela queda de produção, que diminui a necessidade de células secretoras do leite. As infecções por agentes contagiosos são mais frequentes nessa fase da lactação em razão da natureza crônica da infecção, da baixa taxa Taxa de novas infecções intramamárias na lactação e no período seco (Adapde cura (especialmente S. aureus) e do mecanismo tado de Naztke). de transmissão (momento da ordenha). À medida que as lactações vão se repetindo, parto, incidem diretamente na imunossupressão, o o que também coincide com o aumento da idade, os que até certo ponto é inevitável. Além disso, os meanimais vão se tornando mais suscetíveis à infecção e canismos desencadeantes do parto, principalmente o são expostos com maior frequência aos patógenos. No domínio estrogênico, favorecem a produção e a transprimeiro parto, a exposição do animal a agentes infecferência de imunoglobulinas para a glândula mamária ciosos causadores de mastite é bem menor, enquanto para a formação do colostro, em detrimento das deas vacas multíparas sofrem maiores perdas como refesas celulares do próprio animal. Esse déficit é parsultado dos danos permanentes à glândula mamária cialmente responsável pelo aumento das patologias no por infecções prévias e devido ao fato de esses aniperiparto, como as mastites. mais tenderem a sofrer infecções mais prolongadas. O início da lactação em vacas leiteiras é marcado Além disso, os animais mais jovens apresentam mecapor um aumento da demanda sobre os mecanismos nismos de resposta imune mais eficientes que os mais de homeostase do cálcio. Dessa forma, a maioria das velhos. Por isso, a tendência é de ocorrerem infecções vacas desenvolve algum grau de hipocalcemia nessa de maior duração nos animais mais velhos. Outro fator fase. A doença se desenvolve como resultado de uma que também contribui para isso é a maior exposição drenagem súbita de cálcio para o colostro, no início da dos animais aos patógenos contagiosos, nos quais as lactação, constituindo em grande desafio para a vaca infecções são de natureza crônica. Então, existe uma manter um nível de cálcio normal. A consequência getendência de mastite contagiosa em vacas com maior nérica da hipocalcemia é a perda de tônus muscular, número de lactações e com período de lactação mais resultando num relaxamento do esfíncter mamário, avançado. contribuindo para maior incidência de mastite. Além Quanto aos agentes causadores de mastite nos disso, a hipocalcemia resulta em maior liberação de diferentes estágios e pela ordem de lactação, vale a cortisol plasmático, o que exacerba a imunossuprespena ressaltar que o manejo dos animais é um forte são originalmente presente no parto. determinador da infecção pelos diferentes tipos de paOs patógenos ambientais são os mais presentes tógenos. Em propriedades em que o ambiente aprenessa fase da lactação. A taxa de novas infecções por senta-se muito desafiador para o animal, tendo uma esses agentes ocorre, principalmente, nas duas primeialta carga de patógenos ambientais e sem adequada ras semanas do período seco, podendo ocorrer cura rotina de ordenha, a ocorrência de mastite ambiental espontânea ou permanecer em latência e, ocasionalpoderá ocorrer durante toda a lactação. Já em promente, desenvolver sinais clínicos nesse período. Nas priedades em que o manejo de novilhas é indevido ou duas semanas antes do parto, o animal também se enhá grande presença de moscas no ambiente destas, contra suscetível a infecções por esses agentes. A mapode ocorrer mastite contagiosa no período pós-parto. nifestação clínica da infecção pelos patógenos ambienAnimais no início da lactação são mais suscetíveis à tais ocorre principalmente no início da lactação, devido mastite por patógenos ambientais, e vacas com maior à debilidade do sistema imune dos animais nessa fase. número de lactações e com período de lactação mais O pico de produção de leite das vacas geralmenavançado são mais suscetíveis à mastite por patógete ocorre entre a quarta e a oitava semana pós-parto. nos contagiosos. No entanto, o manejo dos animais na A menor CCS nessa época deve-se, possivelmente, à fazenda será o grande determinador do patógeno que maior produção de leite. À medida que avançam os estará presente ao longo da lactação. estágios de lactação, diminui a produção de leite, cau-
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início da vida das bezerras merece atenção toda especial. O animal que antes se encontrava protegido pela mãe, após o nascimento terá que se adaptar rapidamente a um meio adverso e desafiador (intempéries, contaminações diversas, alimentação artificial e manejo estressante). Neste cenário a bezerra precisa atender as exigências orgânicas para poder expressar o seu potencial genético para crescimento e ganho de peso. As metas para a criação adequada de bezerras, além de economicamente viáveis devem permitir: •Minimizar doenças e zerar mortalidade nos primeiros quatro meses de vida; •Dobrar o peso de nascimento já aos 56 dias; •Alcançar a puberdade/maturidade sexual aos 13 meses, atingindo 50% do peso adulto. Muitas vezes negligenciada nas propriedades por não proporcionar retorno econômico direto, a importância das bezerras, que são o futuro da produção, está ligado em atingir precocemente sua fase produtiva. Neste sentido, todos os parâmetros ideais devem ser perseguidos com rigor. Dentre estes, o principal é a manutenção do “status de saúde”. Ser saudável, evitar as doenças é a grande meta, que será obtida quando o conjunto de variáveis for administrado de forma equilibrada, respeitando as peculiaridades fisiológicas dos animais. O resultado será a redução na necessidade de tratamentos curativos e/ou uso de moléculas químicas tóxicas. Os cuidados com as bezerras, de fato começam bem antes do nascimento, na fêmea gestante. Nesta fase, além das exigências oriundas da atividade produtiva ainda serem elevadas, o feto ocupa grande parte da cavidade abdominal, limitando a ingestão em quantidade de volumosos; isso se complica notadamente na fase final de gestação quando seu organismo está sendo mais exigido (grande crescimento fetal). O momento do parto deve ser cercado de cuidados, sempre que possível, evitando maternidades próximas à grande movimentação de pessoas e equipamentos, visando favorecer o parto eutócico (normal) em detrimento do parto distócico (mediado). O motivo é que durante as contrações do útero, ocorre grande transferência de sangue para o feto, visto que o cordão umbilical ainda não está rompido. Este sangue a mais será importantíssimo na saúde do neonato. Para favorecer os partos eutócicos, o forneci-
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Denise Telles
Médica Veterinária Depto. Técnico Real H
Divulgação
Criação de bezerras leiteiras: desafio que fica menor com o auxílio da Homeopatia Populacional
mento do HB Matrimax para as vacas, reduz significativamente as intervenções e a retenção de placenta (grande causadora de sub-fertilidade futura). Imediatamente após a vaca lamber a sua cria, deve-se fazer a desinfecção do umbigo que é a porta de entrada de bactérias causadoras da “onfaloflebite” (inflamação do umbigo) e de suas complicações mais comuns, como as poliartrites. Especial atenção deve ser dada ao colostro, secreção viscosa da glândula mamária produzida imediatamente após o parto por três a seis dias. O efeito de proteção imunológica do colostro é fundamental devido a concentração elevada de imunoglobulinas. Estes anticorpos, proteínas de alto peso molecular, fazem parte de um complexo sistema de defesa e visam combater agentes infecciosos de natureza variada, sendo absorvíveis pelas células do intestino, de forma completa, apenas nas primeiras horas após o nascimento. Os teores estimados de imunoglobulinas no colostro são de 32,4mg/ml no momento do parto, 25,4mg/ml doze horas após e 15,4mg/ml após vinte e quatro horas. Assim, é questionável se o colostro obtido a partir da terceira ordenha teria anticorpos suficientes para garantir boa imunização. Este fato, aliado ao fato de que após as primeiras 12 horas de vida a capacidade de absorção intestinal de anticorpos vai progressivamente se reduzindo, reforça a importância em garantir a ingestão do colostro mais rapidamente após o nascimento. Em sistemas intensificados e mais especializados é comum o confinamento das bezerras em abrigos coletivos ou individuais. Os abrigos individuais
Divulgação
vêm sendo muito utilizados pelas criações de melhor padrão técnico e de produtividade elevada e apresentam diversas versões, desde a casinha individual até a criação sem contato com o solo. Eles servem de proteção contra a chuva e o excesso de sol, são de fácil limpeza e deslocamento, favorecendo a higiene ao evitarem o acúmulo de umidade no solo, quebrando o ciclo de vida dos organismos causadores de doenças. As bezerras são levadas para esses abrigos entre 12 e 24 horas após o nascimento e ingestão do colostro. A localização e manejo deste setor são fundamentais para reduzir as doenças (diarreias, pneumonias, etc.). A quantidade de leite (sucedâneos) e a temperatura em que será fornecida deverá ser rigorosamente avaliada, pois da qualidade destes nutrientes dependerá todo o desenvolvimento do animal. Até 30 dias, os maiores desafios são as diarreias e os problemas respiratórios, enquanto que dos 30 aos 120 dias, na maioria das vezes, são a tristeza parasitária e as pneumonias. As diarreias são as causas mais frequentes de mortalidade dos bezerros. A diarreia neonatal bovina é reconhecida como síndrome, visto que decorre da interação entre fatores como: imunidade; ambiente; nutrição; e a infecção por diferentes microrganismos com potencial patogênico. E ocorre frequentemente na primeira ou segunda semana de vida. A transmissão dos agentes causadores é geralmente oral-fecal e frequentemente o contato ocorre ainda na maternidade, ao entrarem em contato com as instalações sujas; ou na mamada do colostro, onde os tetos e úbere estão sujos de fezes. Normalmente permanecem no sistema individual até 60 a 70 dias de idade, quando o consumo de concentrado deve alcançar a faixa de 800g/dia. Após a desmama, o animal deve receber maior quantidade de concentrado e volumoso, o que contribui para o desenvolvimento do rúmen. Esta fase é delicada, pois são várias adaptações simultâneas (flora ruminal e intestinal) que exigem maiores cuidados. Muitas vezes nos grandes desafios o uso de antibióticos como “preventivo” é a praxe. Este uso no intuito de “prevenir” diarreia é perigoso, pois pode acarretar em disbiose, que é um tipo de “anarquia intestinal”, disfunção que não raras vezes acarretará em bezerras refugos (flora bacteriana desequilibrada) ou na morte do animal. Para reduzir as chances de erros nesta fase, a técnica da Homeopatia Populacional traz grande
diferencial e grandes benefícios. Seu uso favorece o estímulo do sistema imunológico, proporciona qualidade de vida (menos doenças) e o crescimento esperado. No centro de sua ação está a prevenção das diarreias, pneumonias e a tão temida tristeza parasitária bovina. O protocolo homeopático, além do fornecimento do HB Matrimax para a gestante, inicia com o produto DIA 100 (gel de uso oral) para prevenção das diarreias logo após a mamada do colostro, de fácil aplicação e que não agride a flora intestinal das bezerras ainda em formação. Nas fases seguintes de aleitamento, desmama e recria, deve-se incluir junto da alimentação diária (leite do balde ou concentrado) o novo produto (lançamento) TOP VITA, 100% homeopático indicado para prevenir a anemia, o enfraquecimento, as infecções intestinais e a prevenção da tristeza parasitária bovina. O elevado investimento na genética do rebanho, nas instalações e no manejo são comuns nas boas propriedades leiteiras. Para garantir a colheita destes investimentos, deve-se assegurar a sobrevivência dos animais com qualidade, e a certeza da ausência de resíduos químicos. Isto somente pode ser obtido com a utilização do tratamento homeopático populacional, desde a tenra idade.
Referências: CAMPOS, O. F. de; LIZIERE, R. S. Alimentação e manejo de bezerras de reposição em rebanhos leiteiros. Coronel Pacheco: Embrapa/CNPGL, 1995. 22 p. (Embrapa/CNPGL. Circular Técnica, 34). GÜRTLER, H; KETZ, H.A.; KOLB, E; SCHRÖDER, L; SEIDEL, H. Fisiologia Veterinária. Rio de Janeiro: Guanabara, 4 Ed., 612 p., 1987.
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T
Exposições registram evolução da raça
rês novos recordes nacionais foram registrados na raça Girolando, em setembro. Entre as fêmeas da raça Girolando que concorreram no Torneio Leiteiro da exposição Camaru 2013, em Uberlândia (MG), houve recorde nas categorias Novilha 5/8, Vaca ½ e Vaca 5/8. A novilha Portuguesa I Wildman FIV Mutum teve produção total de 221,180 kg/leite, atingindo média de 73,727 kg/leite. O recorde anterior, registrado em julho na Megaleite 2013, era de 66,047 kg/ leite. A fêmea pertence a João Domingos Gomes dos Santos.
O outro recorde nacional no grau de sangue 5/8 foi da vaca Hevita Wildman FIV Alegre, de Ricardo Barbosa Sousa/Minoro Júnior. Ela teve produção total de 263,360 kg/leite e média de 87,787 kg/leite, superando os 70,973 kg/leite do recorde de 2012. A categoria teve disputa acirrada com outras duas vacas superando a média de 80 kg/leite. A Reservada Campeã Bariloche Shotle FIV da Xapetuba, de expositor José Antônio da Silveira, atingiu média de 85,107 enquanto a terceira colocada Maxima Harmonia FIV da Prata JAC, de Roberto Peres / Rogerio O. Corrêa, alcançou a média de 84,597 kg/ leite. Já a vaca 1/2 Dirce S. Reis, do expositor Dimas de Castro, teve média de 87,323 kg/leite e produção total de 261,970 kg/leite. Ela bateu o recorde nacional, registrado na Megaleite 2012, que era de 86,850 kg/leite. Pelo Brasil - O resultado completo das exposições ocorridas entre os meses de agosto e setembro podem ser conferidos no site da Girolando (www.girolando.com.br).
INTERLÁCTEA 2013
A
s inscrições para a INTERLÁCTEA 2013 (Exposição Internacional do Agronegócio do Leite), evento que sucede a Feileite, estarão abertas a partir do dia 1º de outubro e se encerrarão no dia 8 de novembro. A exposição sediará a XX Exposição Interestadual de Girolando. Estarão disponíveis vagas para 250 animais, para concorrerem em julgamento e concurso leiteiro. A INTERLÁCTEA 2013 acontecerá em Avaré
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(SP), entre os dias 11 e 16 de novembro e será promovida pela Companhia Paulista de Eventos e Turismo (CPETUR), pelo Sindicato Rural de Avaré e pela Prefeitura Municipal de Avaré. Os julgamentos da raça Girolando acontecerão nos dias 14 e 15 de novembro de 2013. O regulamento, a ficha de inscrição e outras informações sobre a exposição estarão disponíveis no site da Girolando a partir do dia 1º de outubro. O Torneio Leiteiro será de 12 a 15 de novembro.
Errata Na edição passada, os resultados dos graus de sangue 3/4 e 1/2 da 13ª Ranqueada de Girolando durante a 64ª Exposição Agropecuária de Carangola foram publicados incorretamente. Confira abaixo o resultado correto desses dois graus de sangue: Girolando 3/4 Melhor Fêmea Jovem: 000018 TURQUEZA JAYZ GR GOLDEN RIACHO Proprietário: LUIZ PAULO LEVATE Melhor Vaca Jovem: IMALAIA PARAMOUNT VOLTA FRIA Proprietário: JORGE CAMPOS OUVINA Grande Campeã: GALERIA ELLIPSIS VOLTA FRIA Proprietário: LUIZ PAULO LEVATE
Melhor Macho Jovem: LASTRO DIOMEDE VOLTA FRIA Proprietário: LUIZ PAULO LEVATE Girolando 1/2 Melhor Fêmea Jovem: AURORA FIV NOVA MORADA Proprietário: JEAN VIC M. E AGUIAR A. DE M. VICENTE Melhor Vaca Jovem: SORTUDA DURCHAN SV Proprietária: LUIZ CARLOS DE SÁ Grande Campeã: CALIFORNIA BANDOLI Proprietário: LUIZ CARLOS BANDOLI GOMES
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Gestão 2011 – 2013
Registros (janeiro/agosto – 2013) RGD: RGN: RF: TOTAL:
2.138 1.043 81 426 2.836
38.638 22.100 1.174 61.912
Balanço Financeiro (janeiro/agosto 2013) RECEITAS: R$ 4.700.339,80 DESPESAS: R$ 4.052.810,79 RESULTADO: R$ 647.529,01 *Este balanço já contempla as receitas e despesas da Megaleite – 2013, realizadas até agosto Nesta rubrica, entretanto, os valores a receber (entre eles R$ 200.000,00, referentes as emendas parlamentares) superam bastante as despesas a serem pagas, o que influenciará positivamente no resultado apresentado. Sistema Web Usuários: Associados cadastrados: Comunicações realizadas: Média diária de Comunicações: Número de animais inseridos: Cruzamentos inseridos: Serviços liberados: Média diária de liberação de serviços:
2.037 1.670 60.396 84 80.235 152.362 13.795 19
Eleições Nas duas últimas edições desta Revista, neste espaço denominado Transparência, tratamos do processo sucessório. Na de nº 90, maio/junho, divulgamos o calendário das etapas do processo e as providências necessárias. Já na de nº 91, julho/ agosto, destacamos a iniciativa do associado Geraldo Marques, em prol de um acordo para viabilizar uma chapa única, de consenso, a ser encabeçada pelo nosso 2º Vice-presidente,
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Maurício Silveira Coelho, que aceitou a indicação mas colocou como condição para manter o seu nome, a obtenção do consenso. Entretanto, na reunião da Diretoria executiva, no dia 12 de setembro, criou se um impasse acerca de quem ocuparia a primeira vice-presidência, surgindo um desacordo que não foi possível de ser superado, apesar de todos os esforços. Assim Mauricio redigiu um texto relatando os fatos e esclarecendo porque saiu da disputa. Este documento, embora já tenha sido divulgado no Canal do Boi, deixa de ser publicado nesta revista em função de NOTIFICAÇÃO de Jônadan Hsuan Min Ma, endereçada ao Presidente da Girolando e a Editora da Revista, para não publicação do referido comunicado, sob pena de responsabilidade civil e criminal, com possibilidade de prejuízos à circulação desta edição. No mesmo dia 12, a Diretoria Executiva indicou então por 7 votos, Eugênio Deliberato, como candidato oficial a Presidente da Girolando para disputar com outras chapas inscritas. A busca do consenso foi uma atitude louvável e de desejo da maioria dos associados, e lamentamos sua inviabilização. Esperamos confiantes que a nossa Associação continue forte a altura da raça que representamos. Audiência com Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Por três ocasiões, além da MEGALEITE – 2013, o Presidente da Girolando, sempre com o apoio do Ex-deputado e hoje Prefeito Municipal de Uberaba, Paulo Piau, foi recebido pelo Ministro Antônio Andrade. Os Interesses da Girolando, como a remuneração pelo leite produzido, a atuação da Associação no exterior e liberação de recursos para a construção do Centro de Capacitação Girolando – CCG, foram os temas básicos das Audiências. A última aconteceu em 17/09/2013, e deixou perspectivas favoráveis que continuarão sendo buscadas. Carlos Silva/Mapa
Dados dos Associados Associados ativos em 01/01/2011: Novos associados no período: Associados que retornaram ao quadro: Desligamento de associados: Associados ativos em 30/04/2013:
Leandro de Carvalho Paiva Superintendente do SRGRG
COLOSTRO
I
niciamos o Ranking Girolando de Exposições 2013/2014, logo após a Megaleite 2013. Algumas mudanças no regulamento de exposições foram promovidas pelo Conselho Deliberativo Técnico (CDT), as quais se encontram em vigor. Para que os criadores e organizadores de eventos se mantenham atualizados quanto às mudanças promovidas, estamos publicando novamente o regulamento referente ao Ranking 2013/2014, que será encerrado na Megaleite 2014. A íntegra do documento está disponível no site da Girolando (www.girolando. com.br). Confira abaixo as alterações: O cadastro dos animais que irão participar do julgamento, para efeito de impressão de catálogos e laudos, bem como para contagem de pontos da exposição e para o Ranking Girolando, deverá ser realizado, preferencialmente, no programa oficial da Girolando, por pessoa devidamente capacitada e credenciada para esta finalidade. A comissão de admissão dos animais que irão participar do julgamento deverá ser formada por quantos membros forem necessários, sendo que, preferencialmente, no mínimo 01 (um) destes membros deverá ser jurado efetivo do CJRG ou técnico do SRGRG. Nenhum jurado que for designado para efetuar o julgamento dos animais no evento, poderá fazer parte desta comissão. A partir do Ranking 2013/2014, após a Me-
galeite 2013, fêmeas com idade superior a 36 (trinta e seis) meses, só poderão participar do julgamento de pista se estiverem em lactação. Fêmeas não lactantes (secas), que já tiveram no mínimo 01 (um) parto, não poderão participar do julgamento. Para o julgamento de machos, filhos de matrizes com idade máxima de 42 (quarenta e dois) meses, que não possuem lactação encerrada, poderá ser apresentado o RIL da avó materna do reprodutor, desde que atendidos os requisitos de produção estabelecidos neste Artigo. A partir do Ranking 2013/2014, após a Megaleite 2013, somente poderão disputar o título de Melhor Vaca Jovem, Reservada Melhor Vaca Jovem e Terceira Melhor Vaca Jovem as fêmeas que estiverem em lactação. A partir do Ranking 2013/2014, após a Megaleite 2013, as fêmeas campeãs que estiverem em lactação, que não venham a participar da disputa do título de Melhor Vaca Jovem, por não haverem concorrentes (atendendo ao Parágrafo Único do Art. 24), poderão concorrer ao título de Grande Campeã, Reservada Grande Campeã e Terceira Melhor Vaca, desde que respeitadas as normas deste Regulamento. A partir do Ranking 2013/2014, após a Megaleite 2013, nas exposições ranqueadas onde o julgamento for efetuado por comissão tríplice de jurados, será atribuída uma bonificação de 15% (quinze por cento) na pontuação obtida pelos animais premiados. Para a oficialização de evento na modalidade “Exposição Homologada” a mudança prevista é: Obrigatoriamente, todos os animais com até 24 (vinte e quatro) meses de idade deverão possuir genealogia conhecida (GC).
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São José do Barreiro O técnico da Girolando, Samuel Silva Bastos, ministrou palestra sobre a raça Girolando no dia 6 de setembro, durante a 1ª Exposição e Venda de Gado de Leite com Genética Melhorada, no Recinto de Exposições da cidade de São José do Barreiro (SP). O evento fez parte da IV Festa do Leite (Torneio Leiteiro entre Fazendas de São José do Barreiro). Embrapa Acre Em Rio Branco, no Acre, Marcello Cembranelli ministrou palestra no dia 28 de agosto sobre a raça Girolando e o PMGG para produtores de leite do estado com o intuito de ampliar o número de rebanhos colaboradores do Teste de Progênie no Estado. Cerca de 10 produtores passarão a atuar como rebanho colaborador, a partir de 2014, e a receber gratuitamente doses de sêmen. O evento aconteceu na sede da Embrapa Acre. Cooperação internacional O presidente da Girolando, José Donato Dias Filho, participou no dia 14 de agosto do lançamento do projeto de cooperação Brasil e Reino Unido, Agricultura Sustentável, no auditório da Embrapa Sede, em Brasília (DF). A solenidade contou com a presença do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Antônio Andrade, do embaixador do Reino Unido, Alex Ellis, e da representante do Banco Interamericano de Desenvolvimento, Daniela CarreraMarquis. Expansão do PMGG A Girolando firmou parceria com a Prefeitura de Jaru para distribuição de sêmen dos touros do Teste de Progênie. O município conta com um programa de assistência técnica a 75 produtores rurais, que agora passarão a receber material genético gratuito da raça Girolando. A parceria foi firmada durante reu-
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nião ocorrida no dia 27de agosto com a presença do vice-prefeito Inaldo Pedro Alves, do secretário de Agricultura Waltenes Júnior, o coordenador Operacional do PMGG Marcello Cembranelli, o técnico Guilherme Pereira e pesquisadores da Embrapa. A Girolando também firmou parceria com a Embrapa Rondônia, que passará a inseminar as vacas de seu rebanho com sêmen dos touros do Teste de Progênie. A instituição terá uma unidade demonstrativa com as fêmeas e fará pesquisas com os animais.
Equador O Equador passou a contar a partir deste mês de agosto com uma nova associação de raça. A ASOGILO (Associação dos Criadores de Gir Leiteiro e Girolando do Equador) foi fundada na cidade de Santo Domingo de los Colorados, tendo como diretora presidente Ana Valdivieso, que já trabalha em prol das duas raças naquele país há alguns anos. Para fomentar e difundir as raças no país, foi realizado o I Curso de Morfologia e Conformação das Raças Gir Leiteiro e Girolando, entre os dias 8 e 10 de agosto. O evento contou com palestras da jurada Tatiane Tetzner e do diretor da Asocebú Colômbia Fernando Durán. O curso foi dividido em aulas teóricas e práticas em três fazendas próximas à cidade de Santo Domingo e contou com um total de 82 participantes, dentre criadores, técnicos de associações de raças e de empresas ligadas a cadeia produtiva do leite.
Bahia A 25ª Expo Jacobina ocorreu de 19 a 22 de setembro no Parque de Exposições da cidade baiana. No dia 21 de setembro, ocorreu o 3º Leilão Girolando Mina de Ouro. Segundo o criador Júlio Cezar Maia Carneiro, o evento é considerado um recomeço após meses da forte seca que assolou o semi-árido baiano, além de outras regiões do Nordeste. “Estamos reforçando a criação da raça Girolando no interior da Bahia”, explica o criador. Clones Pela primeira vez, a Associação Brasileira dos Criadores de Girolando registrou clones da raça. Dois animais, de grau de sangue 1/4, foram registrados no dia 30 de julho, em Tamarana (PR), pelo técnico da entidade Jesus Lopes. Eles pertencem à Agropecuária Laffranchi Comércio e Indústria Ltda. Os animais são clones do touro Iran Urutu do Morro, que pertence ao criador Olavo Barros Resende Júnior. Os clones nasceram em 16 de setembro de 2010.
José Donato Dias Filho, Kuka fez parte da história das exposições da raça, ajudando com seu trabalho de qualidade a coroar os melhores exemplares da raça. Pró-Genética O programa Pró-Genética introduzirá em suas feiras mais dois cruzamentos da raça Girolando para atender a grande demanda por reprodutores leiteiros no Estado. Ficou definido que, além dos touros Puro Sintético (PS), a raça Girolando poderá participar do Pró-Genética com reprodutores de grau de sangue 3/4 (animais cuja genética é composta de 3/4 de sangue Holandês e 1/4 de sangue Gir) e 5/8 (animais cuja genética é composta de 5/8 de sangue Holandês e 3/8 de sangue Gir ou PS). Segundo o coordenador Operacional do Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando (PMGG), Marcello Cembranelli, a mudança possibilitará que um maior número de produtores seja atendido nas feiras, já que a oferta de bons reprodutores destes graus de sangue é bem maior. Jornada Técnica A Jornada Técnica Girolando GranExpoES ocorreu nos dias 7 e 8 de agosto, em Vitória (ES). O evento foi realizado pela Girolando em parceria com a Associação dos Criadores e Produtores de Gado de Leite do Espírito Santo, com o apoio da FAES e do SENAR. Trinta e uma pessoas, entre criadores, técnicos e estudantes, participaram do curso. Os instrutores foram os técnicos Fernando Boaventura, Érico Ribeiro e o superintendente técnico Leandro Paiva.
Luto O empresário Wilson Afonso e Silva, conhecido como Kuka, tradicional fornecedor de rosetas e faixas de premiação para as exposições organizadas em todo o Brasil pela Girolando e por outras entidades, como a ABCZ, faleceu no dia 8 de outubro, em Uberaba (MG). Segundo o presidente da Girolando
Jornada Técnica 2 Em Parnamirim (RN), aconteceu a Jornada Técnica de Natal nos dias 10 e 11 de outubro. As aulas, ministradas pelos técnicos Leandro Paiva, Juscelino Ferreira e Pétros Medeiros, ocorreram no Parque de Exposições Aristófenes Fernandes e contaram com a presença de dezenas de criadores.
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Eu uso, eu confio, eu recomendo!!!
E
m continuidade à divulgação dos touros com sêmen disponível e provado pelo Sumário de Touros Girolando/Embrapa Gado de Leite, descrevemos, nesta edição, mais quatro belos animais. Procuramos, de forma simples e didática, auxiliar nossos criadores sobre a utilização do touro Girolando Provado em seu rebanho. É importante que o criador conheça e utilize os touros provados em seu rebanho, ou na maior parte dele, e deixe uma pequena porcentagem do rebanho para os touros que ainda se encontram em processo de avaliação. A ordem de divulgação será de acordo com o Sumário de Touros. Esta iniciativa tem o apoio do Fundo de Investimento do Teste de Progênie.
Nicolau Fausto Itaúna - RGD nº 0684 - Touro 5/8 Hol + 3/8 Gir, provado, pertencente ao 8º grupo do Teste de Progênie, filho de Fausto Polo Itaúna,
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Marcello A. R. Cembranelli
Coordenador Operacional do PMGG
touro Girolando provado com PTA Leite de 224Kg. Sua mãe, Java Gaiato Itaúna, vaca 5/8 Hol + 3/8 Gir, possui lactação de 9.017,01Kg de leite em 365 dias e PTA Leite de 882 quilos. Nicolau produz filhas com boa profundidade e comprimento corporal, garupas altas, compridas e largas, com úbere posterior alto e tetos curtos. Nicolau possui PTA leite de 198 quilos.
Rincão Itaipu Y- RGD nº 0781- Touro 5/8 Hol + 3/8 Gir, provado, pertencente ao 5º grupo do Teste de Progênie, com PTA Leite de 99 quilos. Rincão é filho de Beleza Y, vaca 1/2 Hol + 1/2 Gir, matriz que possui lactação de 7.477,25Kg de leite em 365 dias, e avaliação positiva para produção de leite de 454 quilos com 84% de confiabilidade. Rincão produz filhas com boa profundidade torácica, bom comprimento e excelente profundidade corporal e garupas largas.
Símbolo Swinger Cal - RGD nº 0555- Touro 5/8 Hol + 3/8 Gir, provado, pertencente ao 7º grupo do Teste de Progênie, com PTA leite de 29 quilos, com 83% de confiabilidade. Seu pai, Delta Swinger ET, touro Holandês provado para leite e tipo, contribuiu muito na formação do Girolando. Símbolo tem como mãe Diadema Cal, vaca 1/4 Hol + 3/4 Gir, que possui lactação de 6.507,52Kg em 365 dias. As filhas de Símbolo apresentam bom comprimento, profundidade corporal, garupas altas, úberes largos, rasos e com tetos curtos.
110 Billy Fancy Paul Y – RGD nº 0300 - Touro 3/4 Hol + 1/4 Gir, provado, pertencente ao 1º grupo do Teste de Progênie, com PTA leite de 5Kg e 90% de confiabilidade. Billy é filho de Panorama Y, matriz Girolando 1/2 Hol + 1/2 Gir, que possui lactação de 7.807,86Kg de leite em 365 dias, PTA Leite de 62 quilos e confiabilidade de 75%, com o lendário reprodutor Holandês Utag Valiant Fancy Paul-ET. As filhas de Billy apresentam garupa comprida e com boa largura entre os ísquios, úberes posteriores altos e largos, com tetos curtos. Para outras informações e acasalamentos consulte sempre os técnicos da Girolando. Na última edição deste ano iremos falar um pouco sobre as características dos touros Ocidente London do Morro, Diamante Billy da Cacá e Índio Windstar Sertão. Aguardem!
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Clonagem é opção para multiplicar genética de ponta
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esquisas mostram que houve um grande avanço das fêmeas Girolando nos últimos tempos, confirmado pelo aumento da média de produção. Esta realidade tem permitido aos criadores darem um passo além, ou seja, multiplicar o que já comprovaram ser geneticamente superior. Um exemplo vem da Fazenda Estância Bom Retiro, em São Sebastião do Rio Verde (MG), cujo titular é o criador Geraldo Marques. A propriedade é a primeira a ter um clone de uma vaca Girolando. A fêmea clonada é Labareda, uma grande campeã 1/2 sangue da raça. Segundo Marques, a decisão teve como base o fato de ele acreditar em um crescimento ainda maior da raça, mas principalmente a seriedade com que a mesma vem sendo conduzida. Ele lembra que, desde bezerra, Labareda se mostrou ser um animal diferenciado. Como novilha já em produção, na primeira exposição que participou, em 2007, foi a Grande Campeã 1/2 sangue na pista e no torneio leiteiro. Nesse mesmo ano, foi a Grande Campeã Novilha Geral do Torneio Leiteiro Nacional na Megaleite, tornando-se,na época, a nova Recordista Nacional da categoria. Outros títu-
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los foram: Grande Campeã 1/2 da pista e do torneio leiteiro da Exposição de Passos 2010 (obteve média de mais de 76kg de leite, quando já estava com seis meses de lactação); e Grande Campeã Nacional 1/2 sangue, na Megaleite 2010. Outro ponto muito positivo da Labareda é que em três lactações encerradas possui mais de 55 mil quilos de leite produzidos. “Isso dá a incrível média de mais de 18 mil quilos de leite por lactação. Portanto, ela já provou ser uma grande produtora de leite que alia, também, um excepcional fenótipo. Com este clone esperamos aproveitar ainda mais essa genética diferenciada que ela carrega”, enfatizou Marques. O clone de Labareda está com dois meses de vida.
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Depto. Técnico Depto. Financeiro / ADM / MKT
Associação Brasileira dos Criadores de Girolando
Escritórios Técnicos Regionais (ETRs)
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Nome
Cargo e/ou Setor
Leandro Paiva Euclides Prata Fernando Boaventura Gabriel Khoury Jesus Lopes Júnior José Renes Juscelino Ferreira Limírio Bizinotto Marcello Cembranelli Edivaldo Júnior Maurício Bueno Gustavo Gonçalves Sérgio Esteves João Paulo Gimenez
Zootecnista - Superintendente Técnico do SRGRG Zootecnista - Sup. Técnico Substituto e Técnico do SRGRG Zootecnista - Técnico do SRGRG Zootecnista - Técnico do SRGRG Zootecnista - Técnico do SRGRG Zootecnista - Técnico do SRGRG Zootecnista - Técnico do SRGRG Zootecnista - Técnico do SRGRG Méd. Veterinário - Coord. Operacional do PMGG e DPZ Técnico Agrícola - Técnico do PMGG e DPZ Zootecnista - Técnico do PMGG e DPZ Zootecnista - Técnico do PMGG e DPZ Eng. Agrônomo - Departamento de Exposições e Ranking Centro de Performance Girolando
sup.tecnico@girolando.com.br eneto@girolando.com.br fboaventura@girolando.com.br gkhoury@girolando.com.br jlopes@girolando.com.br jsilva@girolando.com.br jferreira@girolando.com.br lbizinotto@girolando.com.br mcembranelli@girolando.com.br ejunior@girolando.com.br mvenancio@girolando.com.br gugoncalves@girolando.com.br salmeida@girolando.com.br -
Setor Superintendente Geral Ouvidoria Secretaria Executiva Marketing Superintendente Técnico Reprodutivo DNA Genealogia Protocolo Bottons ADT Genealógico Secretaria Executiva Controle Leiteiro PMGG / Teste de progênie Superintendente Administrativo e Financeiro Compras Grife Contas a pagar Cobrança Contabilidade Recursos Humanos Faturamento Superintendente de Tecnologia da Informação e Comunicação Web Girolando
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ETR-BH (Belo Horizonte) Avenida Amazonas, 6020 – Parque da Gameleira – Belo Horizonte/MG – CEP 30510-000 Jesus Lopes Júnior Coordenador Técnico jlopes@girolando.com.br André Junqueira Zootecnista - Técnico do SRGRG ajunqueira@girolando.com.br Nilo do Valle Zootecnista - Técnico do SRGRG nvale@girolando.com.br Gislaine Ribeiro Secretária etrbh@girolando.com.br
(34) 9134-8666 (37) 9964-8872 (31) 9954-7789 (31) 3334-5480
ETR-RJ/ES (Itaperuna) Avenida Presidente Dutra, 1099 – Cidade Nova – Itaperuna/RJ – CEP 28300-000 Fernando Boaventura Coordenador Técnico fboaventura@girolando.com.br Érico Ribeiro Zootecnista - Técnico do SRGRG eribeiro@girolando.com.br Lucas Facury Zootecnista - Técnico do SRGRG lfacury@girolando.com.br Ariane Fernandes Secretária etrrj@girolando.com.br
(34) 9248-0302 (28) 9939-1501 (22) 9862-8480 (22) 3822-3255
ETR-SP (Jacareí) Av. Nove de Julho, 745 – Jardim Pereira do Amparo – CEP 12327-682 Euclides Prata Coordenador Técnico Samuel Bastos Zootecnista - Técnico do SRGRG Márcia Keli Secretária
eneto@girolando.com.br sbastos@girolando.com.br etr_jacarei@girolando.com.br
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ETR-GO/DF (Goiânia) Rua 250, s/n – Sala 5 – Setor Nova Vila – Goiânia/GO – CEP 74653-200 Limírio Bizinotto Coordenador Técnico Bruno Viana Zootecnista - Técnico do SRGRG Wanessa Silva Secretária
lbizinotto@girolando.com.br bviana@girolando.com.br etr_goiania@girolando.com.br
(34) 9972-2820 (62) 8212-2984 (62) 3203-5813
ETR-MS (Campo Grande) Rua Américo Carlos da Costa, 320 – Jardim América – Campo Grande/MS – CEP 79080-170 Juscelino Ferreira Coordenador Técnico jferreira@girolando.com.br Dagmar Rezende Médico Veterinário drezende@girolando.com.br Paola Rodrigues Secretária etr_campogrande@girolando.com.br
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ETR-NE (Recife) Rua Costa Maia, 300 – Sala 114 – Cordeiro – Recife/PE – CEP 507011-360 Pétros Medeiros Méd. Veterinário - Técnico do SRGRG Janaina Santos Secretária
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Telefone: (34) 3331-6000 Site: www.girolando.com.br E-mail: girolando@girolando.com.br
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