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Órgão Oficial da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando I Ano XVII I Nº 99 I Fevereiro/Março de 2015

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MENSAGEM DA DIRETORIA

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raça Girolando mostrou em 2014 que continua sendo um bom negócio. O número de rebanhos registrados cresceu de forma significativa (+19%), um novo recorde para o Serviço de Registo Genealógico da Raça Girolando. No mesmo ritmo, vimos ampliar o nosso quadro de associados, que passou a contar, no ano passado, com 544 novos membros. Isso comprova o interesse do mercado pela raça, que hoje ocupa espaço nas mais diversas propriedades, sejam elas pequenas, médias ou grandes. Entre os maiores produtores de leite do país, o Girolando é peça-chave para garantir altas produções diárias. O levantamento TOP 100 Milkpoint 2015 registrou uma presença maior da raça entre as 100 maiores produtoras de leite do país, saltando de 39 para 44 propriedades no TOP 100. Entre os pequenos produtores a raça também pode ser um grande diferencial na produção. Em Minas Gerais, foi iniciado em março o Pró-Fêmeas (Programa de Melhoria da Qualidade Genética do Rebanho Bovino do Estado de Minas Gerais), que permite a utilização das linhas de crédito do Pronaf para a compra de animais de genética superior. O programa não beneficiará apenas os produtores que precisam melhorar a qualidade de seus rebanhos, mas também os associados da Girolando, pois apenas fêmeas com registro genealógico poderão ser vendidas.

É mais uma ação para beneficiar, você, associado, ampliando o mercado comprador deste tipo de animal. A expectativa é de que o projeto possa, em um futuro breve, chegar a outros Estados. Queremos que a Megaleite 2015 seja palco deste tipo de negociação inclusiva e, portanto, realizaremos a segunda edição da Feira de Animais, onde mais de 500 exemplares devem ser colocados à venda. Se o mercado interno segue com bom ritmo, o externo é um espaço a ser conquistado. É por isso que já estamos organizando o 1º Congresso Internacional da Raça Girolando/ 2º Congresso Brasileiro da Raça Girolando, que ocorrerá em novembro, na capital mineira. Há expectativa de atrair criadores da América Latina e África, principalmente. Teremos uma agenda de trabalho extensa em 2015. O balanço financeiro de 2014, da entidade, com resultados auditados e publicados nesta edição da revista, mostra que estamos no caminho certo. Trabalhamos com orçamento, planejamento e metas, conquistando, assim, o resultado positivo! Fruto do trabalho de uma equipe unida e comprometida com associados motivados e participativos. Somos ainda mais otimistas em relação a 2015 e acreditamos que o Girolando tem muito a contribuir com o Brasil.

Jônadan Hsuan Min Ma Presidente

Magnólia M. da Silva 1ª vice-presidente

Nelson Ariza 2º vice-presidente

João Domingos G. Santos 3º vice-presidente

Olavo de Resende B. Júnior 4º vice-presidente

José Antônio da S. Clemente 1º diretor-administrativo

Jorge Luiz M. Sampaio 2º diretor-administrativo

Luiz Carlos Rodrigues 1º diretor-financeiro

Odilon de R. Barbosa Filho 2º diretor-financeiro

Ronan Rinaldi de S. Salgueiro Relações Inst. e Comerciais

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EDITORIAL

Larissa Vieira Editora

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evantamento de preço do leite realizado pela Scot Consultoria apontou que, em média, houve queda de 1,2% no pagamento de fevereiro, referente ao leite entregue em janeiro. O produtor recebeu, em média, R$0,885 por litro. Se comparado com os últimos meses foi a menor queda desde outubro do ano passado. “Os principais fatores de sustentação do mercado em curto e médio prazo são: a produção caindo nas principais bacias leiteiras; os preços reagindo no atacado; a falta de chuvas em algumas regiões; além dos bloqueios de rodovias e greve dos caminhoneiros, que prejudicam a coleta do leite e distribuição dos produtos lácteos”, esclarece o levantamento. Uma manutenção dos preços é esperada para março, com o mercado ganhando sustentação a partir de agora e com previsão de aumento do preço do leite ao produtor. Para quem trabalha com a venda de animais, o período também pode representar aquecimento dos negócios. Em Minas Gerais, feiras para venda de fêmeas começam a ser realizadas para permitir a pequenos e médios produtores o acesso à genética superior. É mais um mercado que se abre para o associado da Girolando, pois apenas animais registrados podem ser comercializados pelo programa PróFêmeas. Futuramente, o programa deverá chegar a outros Estados. Este é o destaque desta primeira edição da revista O Girolando. Outro destaque é a entrevista com o presidente da Frente Parlamentar Agropecuária, o deputado federal Marcos Montes Cordeiro, que explica quais os principais projetos da bancada ruralista para 2015. Também trazemos informações sobre pastagem, manejo de solo, métodos de gestão e as principais realizações da Girolando neste primeiro trimestre de 2015. Boa leitura!

EXPEDIENTE Revista O Girolando - Órgão Oficial da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando • Editora: Larissa Vieira - lamoc1@gmail.com • Depto. Comercial: Mundo Rural (34) 3336-8888, Míriam Borges (34) 9972-0808 e Walkiria Souza (35) 9133-0808 - ogirolando@mundorural.org • Design gráfico: Alex Maia (9969-4028), Yuri Silveira • Fotos: Jadir Bison • Revisão: Maria Rita Trindade Hoyler • Conselho editorial: Jônadan Ma, Nelson Ariza, Ronan Rinaldi de Souza Salgueiro, Olavo de Resende Barros Júnior, Leandro Paiva,Consuelo Mansur Pereira Farah, Miriam Borges e Larissa Vieira • Impressão CTP: Gráfica 3 Pinti (34) 3326-8000 - Distribuição gratuita e dirigida aos associados da Girolando, ABCGIL e órgãos de interesse ligados à cadeia produtiva de leite. • Redação: Rua Orlando Vieira do Nascimento, 74 - CEP: 38040-280 - Uberaba/MG - Telefax: (34) 3331-6000 • Assinaturas: financeiro@mundorural.org - Telefax (34) 3336-8888 - Matheus Henrique 6

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ÍNDICE

12 Giro Lácteo

16 “Aquonegócio”

20 Manejo do capim-mombaça para períodos de águas e seca

Pró-Fêmeas: Genética de qualidade acessível a todos

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Congresso Internacional da Raça Girolando

Influência da ordem de parto e do estágio de lactação na ocorrência de mastite

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Integração Lavoura-Pecuária-Floresta como alternativa para pecuária

34 Uso do diagnóstico laboratorial para detectar prenhez

36 Gestão – muito mais que uma palavra da moda

40 Presença do Girolando cresce entre os TOP 100 8

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Entrevista: Marcos Montes Cordeiro Os desafios da Frente Parlamentar Agropecuária Revista O Girolando


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LANÇAMENTOS E INOVAÇÕES

Comemoração

Presente cotidianamente no cocho de aproximadamente 15 milhões de cabeças de gado no Brasil e Paraguai, os produtos da Real H são referência na nutrição e nos tratamento preventivos e/ou curativos, com a vantagem de não deixar resíduos químicos na carne ou leite, facilitar o manejo e reduzir o estresse do rebanho. Atualmente, a Empresa possui matriz em Campo Grande (MS) e filiais em Cuiabá (MT), JiParaná (RO) e Betim (MG). Desde 2009, produz complexos homeopáticos também para animais de companhia (cães, gatos e outros) e continua desenvolvendo pesquisas nas áreas de Nutrição e Saúde Animal. Estão disponíveis no mercado, mais de 100 produtos com a marca Real H que, em 2015 completa 30 anos de existência, “os quais deverão ser comemorados com bastante entusiasmo, mas principalmente mantendo a satisfação dos clientes com os resultados obtidos com nossos produtos; eficiência e lucratividade”, lembra o diretor comercial Marcelo Renck Real.

na dieta de vacas leiteiras, pelo Dr. Prof. João Ricardo A. Pereira /UEPG/PR; Micotoxinas e Micotoxicoses em bovinos leiteiros, pelo Dr. Prof. Janio Santurio UFSM/RS; Raça Girolando - Vantagens zootécnicas e econômicas, pelo presidente da Girolando, Jônadan Hsuan Min Ma; Mudando a vida com a produção de leite, pelo produtor Nivaldo Michetti; Planejamento na atividade leiteira, pelo Dr. Prof. da ReHagro, Regis Ferreira.

Tabela de cruzamento

A CRV Lagoa desenvolveu uma tabela de estratégias de cruzamentos da raça Girolando. O criador escolhe o grau de sangue do touro (pai) utilizado ou a ser utilizado no cruzamento. Após esse passo, é só escolher o grau de sangue (ou aproximado) da vaca (mãe), e assim é gerado, automaticamente, o resultado com a fração inicial e a porcentagem da raça Holandesa referente ao produto do cruzamento. Todos os cruzamentos que são desclassificatórios para registro genealógico na Girolando têm seu resultado do produto apresentado em vermelho, para que o criador saiba que a fração racial do produto não possibilitará o registro. Também é apresentado um organograma com as utilizações indicadas para os touros Girolando 3/4, 5/8 e PS. A tabela pode ser acessada através do link www.crvlagoa.com.br/cruzamentos.asp.

Clonagem

O Laboratório Geneal - Genética e Biotecnologia Animal, com sede em Uberaba (MG), produziu seu primeiro clone da raça Girolando. O animal clonado foi Patativa Markowicz, do criador Eurípedes José da Silva, da Fazenda Uberaba. A fêmea é uma doadora Girolando que já conquistou os títulos de Bi-Grande Campeã Suprema Girolando 1/2, além de ser mãe da atual recordista mundial 1/4, com produção superior a 70kg de leite em torneio leiteiro.

Simpósio do Leite 2015

A raça Girolando será tema de palestra no 12º Simpósio do Leite de Erechim, promovido pela Associação dos Médicos Veterinários do Alto Uruguai (Amaveu). O evento será no dia 26 de junho. Inscrições podem ser feitas pelo site www.simposiodoleite.com.br e vão até 13 de junho de 2015. Serão ministradas seis palestras técnicas: Estratégias de tratamento de mastite na lactação e secagem, pelo Dr. Prof. Marcos da Veiga USP/SP; Importância do volumoso 10

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Equipamento mede condição corporal

A Embrapa Rondônia desenvolveu um dispositivo para ser utilizado na avaliação da condição corporal (CC) de bovinos. O equipamento é formado por duas réguas de 20 centímetros cada uma, com 4,4 centímetros de largura e articuladas de maneira a formar a angulação de 0° a 180°. Por meio dele, o próprio produtor pode monitorar o rebanho de forma rápida e precisa. Chamado Vetscore, é um instrumento simples que deverá ser útil particularmente para pequenos produtores, como os de gado leiteiro. O Vestcore, desenvolvido pela Embrapa Rondônia, foi validado para as raças Girolando e Nelore. Com a continuidade dos trabalhos, poderá haver um Vetscore para cada raça, tornando a tecnologia ainda mais eficiente. O manuseio do Vetscore é fácil e ele deverá ser oferecido a menos de R$ 10,00, segundo informações da Embrapa.

Parceria MDA e MAPA

A ministra da Agricultura Kátia Abreu e o ministro do Desenvolvimento Agrário Patrus Ananias anunciaram que as duas pastas têm assuntos convergentes e deverão trabalhar em conjunto a favor do aumento da renda dos trabalhadores rurais. “Nós temos pensamentos divergentes, mas os assuntos que nos unem são muito maiores, que é gerar renda, dar oportunidades para as pessoas ascenderem socialmente”, disse a ministra. Já Patrus Ananias afirmou que órgãos como Conab e Embrapa podem atuar em conjunto com o MDA em prol dos pequenos produtores.

Preço das terras

Preço médio das terras no Brasil teve valorização acima de 300% nos últimos anos, segundo estudo realizado pela Assessoria de Gestão Estratégica do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (AGE/Mapa), em conjunto com pesquisador da Universidade de Brasília. Em termos comparativos, a taxa de inflação dada pelo IGP-DI da Fundação Getúlio Vargas (FGV), foi de 121,9% no mesmo período. Cerca de 60% do valor das terras do país encontram-se em estabelecimentos acima de 200 hectares; estes somavam 252,4 mil estabelecimentos no Censo de 2006 e representam 5,0% do total dos estabelecimentos levantados pelo IBGE.

Causas da valorização

Novo programa do leite

Produtores do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Goiás, Minas Gerais e Paraná serão beneficiados por um novo programa do Ministério da Agricultura. O programa vai contemplar pequenos e grandes produtores dos cinco estados que, juntos, são responsáveis por 73% de toda a produção de leite brasileira. Entre os pontos a serem tratados estão: Medidas para a erradicação da brucelose e da tuberculose no rebanho leiteiro; Criação de um fundo indenizatório para eventuais abates decorridos da tuberculose bovina, doença incurável e transmitida pelo ar; Melhoramento genético do rebanho por meio de inseminação artificial e fertilização in vitro a fim de aumentar a produtividade; Fornecer assistência técnica e colocar à disposição dos agricultores pacotes tecnológicos capazes de atender a diferentes volumes de produção; Criação de novos laboratórios de análise da qualidade do leite; Melhores condições na aquisição de crédito para custeio e investimento; Marco regulatório para o setor.

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O estudo concluiu que a produtividade agrícola tem forte correlação com o preço de terras de lavouras e de pastagem. Assim, o aumento da produtividade agrícola pode estimular a demanda de terra, como também arrefecer uma eventual pressão sobre o aumento do preço. Os preços dos produtos agrícolas, expressos pela relação de trocas da agricultura também forçaram a tendência crescente dos preços de terras de lavouras e de pastagens. Por fim, o crédito rural, especialmente o de investimento tem sido um dos fatores que têm contribuído para a valorização de terras no Brasil. O estímulo ao crédito de investimento através de programas e políticas específicas foi essencial para a elevação do preço de terras e para sua valorização.

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ENTREVISTA

Os desafios da Frente Parlamentar Agropecuária M

Créditos/Divulgação

arcos Montes Cordeiro, deputado federal (PSD-MG), é o novo presidente da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA) para o biênio 2015/16. A posse ocorreu em Brasília (DF), no final de fevereiro, e contou com as presenças da diretoria da Girolando, de dezenas de vereadores, prefeitos, deputados, governadores, senadores e presidentes de entidades representativas do agronegócio; dos ministros da Agricultura, Kátia Abreu; das Cidades, Gilberto Kassab; das Relações Institucionais, Pepe Vargas; e da Ciência e Tecnologia, Aldo Rabelo. Marcos Montes é produtor rural, médico e professor licenciado da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM). Em entrevista à revista O Girolando, ele fala sobre os desafios e projetos da FPA para este ano.

O Girolando - Quais serão as prioridades da FPA para 2015? Marcos Montes - Temos seis comissões temáticas – infraestrutura, política agrícola, defesa agropecuária, defesa de propriedade, meio ambiente e trabalho – e cada uma delas criará a própria agenda para 2015, mas algumas bandeiras da FPA devem ganhar mais força neste ano, pois são os principais entraves do agronegócio brasileiro. Queremos soluções para o direito de propriedade; para a PEC 215, que trata da questão indígena; definição do que é trabalho escravo, bem como a adequação da legislação para o trabalho rural; a implantação do Cadastro Ambiental Rural (CAR), previsto no novo Código Florestal; a defesa agropecuária; a reformulação de uma legislação mais atual; políticas agrícolas mais modernas e atuais; melhorias das regras e do acesso ao seguro rural; modernização dos títulos do agronegócio; e melhorias na infraestrutura e logística. O Girolando - Muitos produtores reclamam do fato de a política agrícola brasileira ser anual, o que impede um planejamento em médio prazo. MM - Quem quer se programar com antecedência tem essa dificuldade. Uma das nossas propostas é tramitar um projeto de lei criando uma política plurianual, porque a lei agrícola é uma lei de princípios, diferentemente das norte-americana e europeia, por exemplo, que fixam uma política por cinco anos. Queremos aprovar uma lei que torne obrigatório o envio da política agrícola para os próximos quatro anos, com parâmetros mais bem definidos.

O Girolando - Dentro da política agrícola, a legislação sobre o crédito rural merece ser revista? MM - Claro, e com certa urgência. A legislação do crédito rural tem 50 anos. É necessário propor uma legislação mais moderna, mais atual, para este setor. A lei da Cédula de Produto Rural (CPR) tem 20 anos. A maioria das leis que tratam do agronegócio é do início do regime militar. 14

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Pior ainda é a área de defesa agropecuária, que data dos tempos de Getúlio Vargas. No Congresso Nacional existem várias frentes parlamentares e tudo é demorado quando se trata da aprovação de novas leis, mas acreditamos que através da FPA as mudanças devem ocorrer, no mínimo, em um ou dois anos; menos que isso seria impossível. O Girolando - Outra reivindicação do setor é sobre uma atuação política mais forte do Ministério da Agricultura. A presença da senadora Kátia Abreu na Pasta pode mudar esse cenário? MM - Minha gestão vai trabalhar pelo fortalecimento do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e das entidades que representam os produtores rurais em todos os cantos do Brasil, sem esquecer o interior. Esperamos, que, a partir de agora, sob o comando da ministra Kátia Abreu, o Ministério da Agricultura recupere seu status de primeiro escalão, pois, se o agronegócio continuar sendo tratado com o mesmo desprezo e desrespeito com que outros setores foram tratados ao longo dos últimos anos, aí sim, o Brasil vai para o fundo do poço. Tenho severas críticas ao atual governo federal, mas acredito que a gestão da ministra Kátia Abreu, com quem já estive reunido, terá reflexos positivos, já que ela me pareceu disposta a manter sua postura afinada com o agronegócio e com seu desenvolvimento. A FPA é uma entidade suprapartidária, cujo objetivo é trabalhar na defesa dos produtores rurais – dos menores aos maiores, estejam onde estiverem eles. O Girolando - Em relação à pecuária leiteira, há algum projeto específico? Revista O Girolando

MM - Lamentavelmente, sabemos que fora da porteira o produtor rural ainda enfrenta desafios, e este país só será realmente grande quando houver reconhecimento e for talecimento do setor, principalmente por par te do governo federal. Também não me acanho em dizer que nunca se viveu tanto pessimismo como se vive agora. Em relação à pecuária leiteira, queremos trabalhar em conjunto com as entidades que representam o segmento, como a Associação de Girolando, para lutar por melhorias em prol da cadeia produtiva do leite. O Girolando - A FPA é considerada uma das mais atuantes e influentes no Congresso Nacional. Qual o atual perfil da FPA? MM - A bancada ruralista no Congresso saiu fortalecida nas eleições de 2014. No caso da Câmara, pelo menos 263 dos 513 deputados federais eleitos são ligados ao setor. Desse total, mais de 120 são novos deputados ligados ao agronegócio. A Frente tem hoje uma estrutura da mais alta qualidade, capacitada para prestar consultoria e assessoria a todos os segmentos do agronegócio brasileiro. Nossa diretoria tem como membros a vice-presidente no Senado, Ana Amélia; o vice-presidente na Câmara, Nilson Leitão (PSDB-MT); o vice-presidente para a Região Norte, César Halum (PRB-TO); a vice-presidente do Centro-Oeste, Tereza Cristina (PSB-MS); o vice-presidente do Nordeste, Raimundo Gomes de Matos; o vice-presidente do Sudeste, Evair de Melo (PV-ES); o vice-presidente do Sul, Alceu Moreira (PMDB-RS); e o secretário Josué Bergston (PTB-PA). 15


MEIO AMBIENTE

“Aquonegócio” Eduardo Pires Castanho Filho Engenheiro agrônomo e pesquisador científico do Instituto de Economia Agrícola

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alta d’água. Crise hídrica. A recente e crescente escassez do líquido, seja para abastecer as populações urbanas, seja para produzir energia ou até mesmo alimentos está na ordem do dia. Praticamente todas as análises e especulações sobre esse fenômeno colocam a agricultura como uma das grandes responsáveis, já que é apontada como a mais voraz “consumidora” de água da sociedade. Mas por que está “faltando água”? A agricultura tem, de fato, culpa disso? Será possível produzir alimentos sem “consumir” água? Essa preocupação parece perpassar uma série de articulistas que publicam sistematicamente libelos contra o “agronegócio” brasileiro, como se este tivesse uma existência física e não se tratasse de uma categoria de análise econômica. Agronegócio é uma relação de produção, referente à cadeia produtiva agropecuária e florestal, e não as grandes empresas desses setores, alvo preferencial desses analistas. Destacam a destruição do cerrado que, já ocupado em 40%, “acabaria” nos próximos 20 anos. Longe de ser sinônimo de destruição, esse uso do cerrado tem gerado alimentos, empregos, rendas, divisas e, portanto, desenvolvimento para o Brasil. Diriam que essa é uma forma ufanista e simplista de analisar a questão. Ora, a Lei n. 12.651/2012 vigente permite que esse bioma seja explorado entre 65% a 80%! A “culpa” no caso é do Congresso Nacional, que aprovou a lei que autoriza essa utilização e não do “agronegócio”, como querem esses artigos. Os percentuais estipulados na lei são bons ou ruins? Só uma análise técnica das condições locais poderia dizer. O cerrado como manancial

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de grandes bacias hidrográficas brasileiras ainda está longe de assumir a importância estratégica que tem e, por isso, merece uma atenção especial quanto aos seus usos, sob a ótica de serviços ecossistêmicos. Argumenta-se também que a produção advinda desses locais é exportada como comida (soja) para engordar porcos na China. É óbvio que se deveria engordá-los aqui e exportar a carne do porco, se possível, já preparada. Assim, a partir dessa premissa, se conclui por uma pretensa inviabilidade do agronegócio brasileiro. No entanto, as contas que estão supostas por danos ambientais irreversíveis, subsídios e rolagem de dívidas, perpetrados e obtidos por parte dos grandes empresários do setor são impossíveis de ser analisadas, porque os dados utilizados são desconhecidos. Daí a se concluir que esse “modelo” é insustentável, além de calcado numa cultura de desperdício, e que jamais será capaz de contribuir para abastecer o mundo dos alimentos necessários ao crescimento da população global, vai uma enorme distância. A agropecuária representa no Brasil de 8% a 10% do PIB que, com o multiplicador do agronegócio, conservadoramente igual a três, leva a produção setorial a representar de 25% a 30% do PIB brasileiro. No comércio exterior, que tanto parece preocupar os articulistas, as cadeias produtivas brasileiras ligadas ao agronegócio exportaram em 2013, perto de US$100 bilhões e importaram US$17 bilhões, incluindo até feijão, gerando um saldo de US$83 bilhões. Claro que é um contrassenso vender matéria-prima para ração animal a preços baixos e carne oriunda de pecuária de baixa produtividade. Mas, se carne bovina e alimento para animais Revista O Girolando


fossem exportados com alto valor agregado, permitindo a importação de feijão e melhorando a balança comercial, não seria isso que tornaria o modelo insustentável. Ao abordarem a questão da água, o desastre, então, se completa. Há uma ignorância total e absoluta sobre o que seja o ciclo hidrológico: a água que cai com as chuvas, a que corre, a que infiltra e penetra no solo, a que as plantas e o solo evaporam após utilizá-las, e aquela que mantém as reservas subterrâneas. Esse processo é totalmente influenciado pela energia do sol e pela gravidade, além dos grandes movimentos climáticos regidos pelos oceanos. Numa situação primitiva, com o terreno recoberto por florestas nativas, ao ocorrer uma precipitação, parte da água é retida nas folhas das copas. Uma porção dela é evaporada e outra é fornecida lentamente ao solo através dos galhos, troncos e raízes, indo se acumular no lençol freático que, por sua vez, vai alimentar as nascentes, e criar, manter ou aumentar as reservas. Uma fração dessa água da precipitação também vai, por “deflúvio superficial”, ou seja, pelo escorrimento, para os cursos d’água. Esse quadro é produto de um demorado processo de formação do subsolo, dos solos e da vegetação. A maior parcela dessa água é utilizada pelas árvores e acaba evaporando para atmosfera, fechando o ciclo. Quando há uma interferência humana nesse delicado equilíbrio, por exemplo, suprimindo a vegetação nativa e introduzindo culturas agrícolas, pastagens, ou mesmo florestas, várias modificações acontecem. Em primeiro lugar, há um aumento do deflúvio superficial, fazendo com que parte da água, que era antes captada pelas copas florestais, passe a ir mais rapidamente para os cursos d’água e, consequentemente, alimentando com menores quantidades o lençol freático existente. Isso tenderá a reduzir, em longo prazo, o volume total de água disponível nas reservas subterrâneas. Quaisquer culturas agrícolas, implantadas nessas áreas, em função de suas altas produtividades, são bastante exigentes em água e nutrientes. Dessa forma, vão paulatinamente reduzindo cada vez mais o estoque de água existente nas reservas, se não houver o uso de técnicas de conservação como plantio direto, curvas de nível, rotação de culturas, consorciação, controle integrado de pragas, proteção de cursos d’água, quebra ventos, manutenção de áreas de vegetação nativa. Essa perda hídrica já existe no Nordeste, no Sudeste e no Sul do Brasil, notadamente na faixa litorânea, há quase 500 anos. São cinco séculos de retirada de água, sem a reposição equivalente, em face das modificações provocadas pelo desmatamento. Nessas condições, qualquer cultura acaba provocando reflexos na “produção” de água das bacias. Assim, culturas conduzidas de maneira inadequada podem de fato levar a uma relativa escassez de água, o que, no entanRevista O Girolando

to, não é exclusividade de uma determinada espécie, seja ela florestal ou agrícola. É um problema do manejo agroflorestal e não da espécie cultivada. Os reflorestamentos, por seu turno, acabam por diminuir a quantidade de água de deflúvio, o que leva a concluir que a importância das florestas não está nos fluxos imediatos de água, porém, no controle do armazenamento de água no solo. Dessa forma, as florestas não estão ligadas apenas a um aumento dessa estocagem, mas ao efeito regulador que exercem sobre esses mananciais. Atualmente, existem teorias que vão além dessa função reguladora. Por intermédio da “evapotranspiração”, as grandes florestas, como a amazônica, mandariam para a atmosfera verdadeiros rios formados pela evaporação do Atlântico que “bate” nos Andes e volta. Esses “rios aéreos” alimentariam chuvas em outras regiões, como o Centro-Sul do país. Um desmatamento expressivo naquela região causaria problemas de seca nesta última. Essa teo-

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ria, no entanto, não tem unanimidade, havendo cientistas que afirmam que o processo é exatamente o inverso. É uma grande polêmica entre os meteorologistas. De qualquer modo é fundamental, ao se pretender estabelecer uma cultura agrícola qualquer, mesmo as florestais com finalidades ambientais, levar em consideração o “balanço hídrico”, para que não se venha a ter problemas de escassez de água em função da relação entre o requerimento associado às altas produtividades inerentes a essas culturas, e o nível de precipitação anual médio do local. A fórmula básica do ciclo relaciona a evapotranspiração, ou seja, a água que sai evaporada do solo e mais a que a planta utiliza e transpira e devolvida para a atmosfera e que é maior parte do processo, com os outros destinos da água no solo. Evapotranspiração é, portanto, a quantidade de água necessária para as culturas crescerem de forma otimizada, ou seja, o que elas vão consumir sem comprometer o nível das reservas subterrâneas. A água “disponível” para utilização, fora a evapotranspiração, é de aproximadamente 10% da precipitação local, e ela é liberada no prazo de alguns dias. Ora, afirmar, como tem sido feito, em algumas publicações contra o agronegócio, que, sem suas atividades, a produção de água seria igual à precipitação, deve ser considerado como uma desonestidade intelectual. A menos que toda água precipitada ocorresse sobre uma imensa laje de concreto ou asfalto. Retomando, o consumo de água pelas plantas é igual à evapotranspiração e varia de espécie para espécie vegetal, assim como a quantidade de água necessária para produzir determinada quantidade do produto que se queira analisar. Note-se que a evapotranspiração é responsável por 6070%, em média, da quantidade total do destino da água que

cai pelas precipitações. É essa água que erroneamente é considerada como “consumo” das culturas agrícolas. E aquilo que se chama de “água aproveitável” (escorrimento superficial) é de cerca de 1%, sendo de fato muito pouco! Mas afinal, porque existe falta d’água na região metropolitana de São Paulo? Porque há um consumo maior do que a quantidade disponibilizada pelas chuvas nas bacias que fornecem água para a região, além de, como é óbvio, não se conseguir aproveitar toda a água que não é evapotranspirada e infiltrada, para abastecer a demanda. Com a urbanização, a distribuição do consumo não acompanhou a distribuição física das precipitações, e a água que cai sobre o Estado não consegue ser aproveitada em todo seu potencial. Mas, na agropecuária, isso se inverte, e cerca de 9% da precipitação, que é detida na superfície do solo, gera muita água, que acaba “sobrando” para outros usos, como abastecimento urbano, geração de energia e uso industrial. Outro parâmetro que se utiliza para “medir” a água na agricultura é a eficiência no uso da água, ou seja, de quanto é o consumo de água para se obter um quilograma de um produto. É eficiência da transformação da água em produto. Tudo que é irrigado tem um consumo de água muito grande. O que não é irrigado possui um consumo relativamente baixo de água. Isso, entretanto, não quer dizer que essa água “fique” no produto. Toda planta precisa de água, como os humanos, porém, essa água é utilizada e volta para o ciclo. Quem lê aqueles artigos, sem prestar-lhes muita atenção, acaba “vendo” a água sendo consumida pela agropecuária e “desaparecendo” nas “regas” da soja ou na sede inigualável dos bovinos. A soja não é “regada”, a água da chuva “passa” pela planta, onde 18% dela fica retida nos

“A evapotranspiração é responsável por 60-70% da quantidade total do destino da água que cai pelas precipitações. É essa água que erroneamente é considerada como “consumo” das culturas agrícolas”. 18

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grãos na hora da colheita. O restante retorna ao ciclo nova- do, que deve ser confrontada com o consumo: urbano, mente. Assim, apenas cerca de 640 litros ficam embutidos industrial, doméstico, energético. na produção anual de soja, ou 0,00005%! A precipitação média no Estado de São Paulo gira ao reO mesmo se passa com o gado. A pecuária bovina dor de 1.200/1.300 mm, ou seja, 12 a 13 milhões de litros em São Paulo, a mais evoluída do país, é a atividade que de água por hectare por ano. As diversas culturas, umas mais produz água para a população paulista. Ouve-se mais, outras menos, “produzem” por hectare e por ano os muito que para se produzir carne bovina se gasta muita milhões de litros de água que vão para outros usos. Destes água. É verdade. Para produzir um quilograma de car- totais, cerca de 10% vão diretamente para os cursos d’água ne, são consumidos cerca de 8 mil litros de água, que, e o restante é liberado paulatinamente para alimentação dos entretanto, é continuamente reciclada. Não lençóis freáticos, e depois para os usos correnLonge de ser a vilã fosse assim, o boi teria no abate cerca de tes. Grosso modo, o escorrimento superficial no na questão da água, 2 mil toneladas! Pelo mesmo raciocínio, um Estado de São Paulo é de cerca de 3 bilhões de a agropecuária ser humano, adulto aos 15 anos, pesaria 16 metros cúbicos por ano, suficientes para abasé perfeitamente toneladas. Ao considerar a água para a sua tecer uma população de 45 milhões de pessoas sustentável do ponto sobrevivência, ele pesaria 600 toneladas. com um consumo médio de 200 litros por dia de vista hídrico Mas, como nas terras paulistas se produ(a ONU propõe um consumo diário de 110 litros zem, em média, 120 quilogramas de carne (com 70% por pessoa). Note-se que esses 3 bilhões de litros são apede água) bovina por hectare por ano, a pecuária acaba nas 10% da água que é infiltrada (oferta de água) e que será sendo a atividade de menor extração de água da agrope- disponibilizada para consumo ao longo do ano. cuária paulista. Verifica-se, portanto, que, longe de ser a vilã na quesPor tanto, para se verificar a disponibilidade de água, tão da água, a agropecuária é perfeitamente sustentável do tem-se que usar o consumo de água por hectare/ano ponto de vista hídrico, e é a grande produtora de água para das culturas multiplicado pela área que cada uma delas outros usos sociais, não sendo, de modo algum, fator de ocupa, levando em conta as precipitações locais. Dez escassez de água. É um verdadeiro “aquonegócio”, pelo por cento desse montante é a “ofer ta” de água do esta- qual não existe nenhuma remuneração!

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PASTAGEM

Manejo do capim-mombaça para períodos de águas e seca Valeria Pacheco Batista Euclides Engenheira agrônoma, Ph.D., Pesquisadora da Embrapa

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capim-mombaça é conhecido mundialmente por sua alta produtividade, qualidade e adaptação a diferentes condições de clima e solo. No entanto, esse capim é exigente em fertilidade do solo. Assim, os investimentos em fertilizantes devem ser obrigatoriamente considerados, principalmente, quando o sistema de produção animal for intensificado. O fósforo é o nutriente que mais limita a produção desse capim no Cerrado, por isso, a adubação fosfatada é imprescindível. Em geral, as respostas mais positivas ao fósforo são dependentes, além da correção da acidez do solo, da adição de outros nutrientes como nitrogênio 20

(N), potássio (K), enxofre (S) e micronutrientes. A resposta à adubação nitrogenada é expressiva, entretanto, a eficiência de conversão do N em massa de forragem e, consequentemente, em produto animal, diminui à medida que se aumenta a dose. Resultados de pesquisas sugerem a necessidade do uso de níveis variando de 50 a 300 kg/ha, sendo a dose mais baixa considerada mínima para se evitar a degradação do pasto, enquanto as mais elevadas são aconselhadas para incrementos na produção de forragem e, consequentemente, na taxa de lotação (número de animais por área), resultando em maior ganho de peso por área. Na prática, tem sido utilizada a aplicação de 40 a 50 kg/ha de N por unidade animal (animal de 450 kg de peso vivo) no pasto. Essa relação tem possibilitado relativo sucesso para taxas de lotação entre 3 e 7 UA/ha, durante o período de verão. Quando doses mais elevadas são utilizadas, Revista O Girolando


sugere-se o parcelamento da dose de N, aplicando-se, no máximo, 50 kg de N logo após a saída dos animais do piquete. Semelhante a outros capins tropicais, o capim-mombaça apresenta de 70 a 80% de sua produção durante o período das águas. Dessa forma, recomenda-se que tenha seu uso concentrado no período das águas para permitir o melhor aproveitamento da forragem de alta qualidade produzida. Por apresentar porte alto e com grande acúmulo de colmo, deve ser manejado na forma de pastejo rotacionado. O manejo baseado em dias fixos e pré-determinados de descanso, apesar de facilitar o planejamento do pastejo rotacionado, resulta em ineficiência do sistema, uma vez que, dependendo da época do ano e das condições vigentes de crescimento, pode ser demasiado curto, o que levaria a perdas de produção de forragem; ou demasiado longo, o que resultaria em perdas de quantidade e de qualidade de forragem. Assim, para a colheita eficiente tanto em quantidade quanto em qualidade, deve-se adotar a rotação flexível dos pastos. Isto é, os animais devem entrar no piquete quando o pasto atingir a altura de 85 a 90 cm e devem permanecer pastejando até que o pasto tenha sido rebaixado para 40 a 50 cm. Semanalmente, deve-se utilizar uma régua para medir a altura dos pastos que estão em descanso para prever o

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número de dias necessários para que o próximo piquete da sequência esteja em condição de receber os animais (máximo de 90 cm). Essa previsão deverá ser usada para definir o período de ocupação do piquete em uso e assegurar que o término do pastejo em um piquete coincida com o início do patejo no próximo piquete e assim sucessivamente. Utilizando-se dessas recomendações espera-se ganho de peso diário dos animais entre 700 e 800 g (média do período das águas). A taxa de lotação dependerá do acúmulo de forragem no período, que será função da adubação nitrogenada como mencionado acima. Pode-se exemplificar o resultado desse manejo com os resultados observados no período das águas de 2012/2013, quando o capim-mombaça foi utilizado segundo o manejo descrito acima. A adubação de manutenção foi de 90 kg/ha P2O5 e 90 kg/ha de K2O aplicados em outubro, e 200 kg/ha de N parcelados em quatro e aplicados em outubro, dezembro, janeiro e fevereiro. As médias das taxas de lotação, ganho médio diário e ganho de peso vivo por área foram de 3,8 UA/ha, 750 g, e 930 kg/ha de peso vivo. Ressalta-se que, mesmo no período das águas, o acúmulo de forragem não é uniforme, ao longo dos diferentes intervalos de pastejo quando se procura atingir uma mesma condição de pasto no pré-pastejo. Consequentemente, há variações nas taxas de lotação, ao longo do

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período das águas, de modo a possibilitarem os ajustes das alturas-meta no pré e pós-pastejos. Assim, as taxas de lotação médias para primavera, verão e outono foram, respectivamente, de: 2,8; 5,0; e 3,4 UA/ha. A maior dificuldade na assimilação deste critério de manejo por parte dos produtores é consequência da decisão de o que fazer com os animais que são retirados do pasto. A principal resposta a esta pergunta resume-se no planejamento e no acompanhamento da produção de pasto de todas as áreas da propriedade. Nesse sentido, é importante notar que para se proceder ao manejo correto do pasto de capim-mombaça, baseado nas alturas de entrada e de saída dos animais, é necessária área reserva para realocação dos animais sempre que não for possível atingir a altura-meta. Na prática, o uso de áreas reserva têm sido necessário no início da primavera e no fim do outono e, eventualmente, na ocorrência de veranicos. No exemplo citado acima, o excedente em relação ao verão foi 2,2 UA/ha na primavera e de 1,6 UA/ha no outono, esses animais foram para um pasto reserva de capim-massai durante o período das águas, a área reserva necessária foi de 1 ha de capim-massai para cada ha de capim-mombaça. Já durante o período seco (maio a setembro) ocorre marcante redução na produção de forragem, impondo assim a necessidade de redução drástica na taxa de lotação.

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Dessa forma, no início da seca de 2013 o pasto de capim-mombaça apresentava altura de 50 cm, uma vez que essa foi a altura-meta do resíduo pós-pastejo planejado para o período das águas antecedente. A quantidade de forragem remanescente estava em torno de 4 t/ha de matéria seca de forragem, o que foi suficiente para manter quatro bezerros desmamados, recebendo apenas sal mineral (1,5 UA/ha) durante todo o período seco, ganhando, em torno, de 250 g dia. Mas o ganho pode ser maior se algum tipo de suplementação for usada. Quando se utilizou um sal proteínado, fornecido na quantidade de 0,2% do peso vivo, o ganho diário foi de 470 g. Por outro lado, para se obter ganho semelhante àquele obtido durante o período das águas foi necessário utilizar um suplemento energético-protéico fornecido na quantidade de 0,7% do peso vivo. Nesse caso, o ganho diário médio foi de 770 g. Ressalte-se que no caso da seca de 2013, a diferença entre a capacidade de suporte do pasto de capim-mombaça do verão para o período seco foi de 3,5 UA/ ha. Dessa forma, fica bem claro que para se utilizar de forma eficiente o potencial de produção do capim-mombaça no período das águas, o produtor tem que estar preparado para a produção de volumosos (conservação de forragem na forma de feno ou silagem, ou planejar o diferimento de pastos) para serem utilizados durante o período seco.

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PASTAGEM

A importância da correção de solo ligada a calcário e gesso Breno Araújo Engenheiro Agrônomo – Equipe Rehagro

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comprimento do sistema radicular é importante para a sobrevivência e produtividade da planta, mas a distribuição desse sistema é fundamental, principalmente para explorar a camada arável do solo (0-20cm). É nessa camada que se encontram grande parte dos nutrientes e elementos benéficos que a raiz vai conseguir explorar com maior facilidade. A falta de cálcio causa severas restrições ao crescimento radicular. O excesso de alumínio torna o alongamento das raízes mais lento, engrossa as raízes e estas não se ramificam normalmente, prejudicando a absorção dos principais nutrientes para a planta (N, P, Ca e Mg). Por isso, para uma correta correção do solo o produtor deve utilizar calcário e gesso. A calagem é responsável pela melhoria das condições químicas nas camadas superficiais do solo, sendo importante para a disponibilidade do calcário no solo, fornecer cálcio e magnésio para as plantas e neutralizar a acidez. A gessagem provoca essa melhoria no subsolo. A gessagem aumenta o teor de cálcio e enxofre e reduz a toxicidade do Al no solo, mas não neutraliza o alumínio, apenas reduz a toxicidade por se complexar com o Al e levando este elemento para as camadas onde a raiz não tem acesso. Uma prática não substitui a outra, sendo que calcário e gesso são insumos complementares e não substitutivos. Os corretivos de acidez mais utilizado na agricultura são rochas calcárias moídas (calcário), vindas de calcita e dolomita. Essas apresentam em grande parte da sua constituição carbonato de cálcio e magnésio. O carbonato reage com a água no solo liberando uma hidroxila que reage com o alumínio, formando o hi-

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dróxido de alumínio que não é absorvido pelas plantas e neutraliza a acidez do solo. O gesso pode ser empregado em solos com deficiência de cálcio e/ou com teores tóxicos de alumínio em camadas do subsolo e também em solos com deficiência de enxofre e/ou com estreita relação cálcio/magnésio nas camadas superficiais. A aplicação de gesso deve ser realizada, preferencialmente, após a correção da acidez do solo com calcário. Como pode ser visualizado na figura 1, a utilização de corretivos pelas propriedades rurais é muito baixa, sendo que 84% dos estabelecimentos ainda não utiliza essa prática, o que pode explicar as baixas produtividades do país. Figura 1: Percentual de estabelecimentos agropecuários que utilizam o calcário e/ou outros corretivos

Percentual de estabelecimentos agropecuários que utilizam o calcário e/ou outros corretivos Fonte: IBGE 2012 A não utilização de métodos corretivos no solo pode ser uma justificativa para as baixas produtividades encontradas no país.

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SANIDADE

Influência da ordem de parto e do estágio de lactação na ocorrência de mastite Patrícia Vieira Maia Médica Veterinária – Equipe Rehagro

Mastite, definida como uma inflamação da glândula mamária, é frequentemente de origem bacteriana e pode ser clínica ou subclínica. A forma clínica caracteriza-se por apresentar sinais visíveis no leite e no animal, enquanto a forma subclínica exige o emprego de outros métodos de diagnóstico, como a contagem de células somáticas (CCS). As células de defesa, que têm sua origem do sangue, somadas às células de descamação do epitélio glandular secretor, são denominadas coletivamente de células somáticas do leite. A CCS é influenciada por fatores como o estágio e o número de lactações.

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Por ser um indicador da saúde da glândula mamária, a CCS sofre variações quando há presença de infecção nesta glândula. O gráfico a seguir demonstra a incidência de infecções durante os períodos secos e em lactação da vaca. Gráfico: Taxa de novas infecções intramamárias na lactação e no período seco (Adaptado de Naztke)

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No final da gestação e no início da lactação a vaca de leite de alta produção se apresenta em balanço energético e protéico negativo, uma vez que nesta fase ocorre menor ingestão de alimentos e maior demanda por nutrientes. Deficiências crônicas de energia, proteína, minerais e vitaminas são associadas à depressão do sistema imune. O parto e o início da lactação promovem um grande estresse metabólico, contribuindo ainda mais para a deficiência de fatores alimentares que estão relacionados à manutenção do sistema imune. Os mecanismos de defesa começam a diminuir duas a três semanas pré-parto, alcançando o nível mínimo na primeira ou segunda semana pós-parto. Os níveis elevados de cortisol e estrógeno, desencadeantes do parto, incidem diretamente na imunossupressão, o que até certo ponto é inevitável. Além disso, os mecanismos desencadeantes do parto, principalmente o domínio estrogênico, favorecem a produção e a transferência de imunoglobulinas para a glândula mamária para a formação do colostro em detrimento das defesas celulares do próprio animal. Esse déficit é parcialmente responsável pelo aumento das patologias no periparto, como as mastites. O início da lactação em vacas leiteiras é marcado por um aumento da demanda sobre os mecanismos de homeostase do cálcio. Desta forma, a maioria das vacas desenvolve algum grau de hipocalcemia nesta fase. A doença se desenvolve como resultado de uma drenagem súbita de cálcio para o colostro no início da lactação, constituindo em um grande desafio para a vaca manter um nível de cálcio normal. A consequência genérica da hipocalcemia é a perda de

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tônus muscular, resultando num relaxamento do esfíncter mamário, contribuindo para maior incidência de mastite. Além disso, a hipocalcemia resulta em maior liberação de cortisol plasmático, o que exacerba a imunossupressão originalmente presente no parto. Os patógenos ambientais são os mais presentes nessa fase da lactação. A taxa de novas infecções por esses agentes ocorre, principalmente, nas duas primeiras semanas do período seco, podendo ocorrer cura espontânea ou permanecer em latência e, ocasionalmente, desenvolver sinais clínicos neste período. Nas duas semanas antes do parto, o animal também se encontra susceptível a infecções por esses agentes. A manifestação clínica da infecção pelos patógenos ambientais ocorre principalmente no início da lactação, devido à debilidade do sistema imune dos animais nesta fase. O pico de produção de leite das vacas geralmente ocorre entre a quarta e a oitava semanas pós-parto. A menor CCS nessa época se deve, possivelmente, à maior produção de leite. À medida que avançam os estágios de lactação, diminui a produção de leite, causando um efeito de concentração das células somáticas no leite. Há também maior incidência de mastite, o que tende a aumentar a CCS. Um fator que contribui para este aumento é a maior probabilidade do animal se infectar ao longo da lactação, devido a uma chance maior de ser exposto aos agentes patogênicos. No final da lactação, o acréscimo na CCS também pode ocorrer devido a uma maior descamação natural do epitélio da glândula mamária. Essa descamação

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ocorre principalmente pelas lesões às células epiteliais causadas por patógenos adquiridos ao longo da lactação e pela queda de produção, que diminui a necessidade de células secretoras do leite. As infecções por agentes contagiosos são mais frequentes nesta fase da lactação em razão da natureza crônica da infecção, da baixa taxa de cura (especialmente S.aureus) e do mecanismo de transmissão (momento da ordenha). À medida que as lactações vão se repetindo, o que também coincide com o aumento da idade, os animais vão se tornando mais susceptíveis à infecção e são expostos com maior frequência aos patógenos. No primeiro parto, a exposição do animal a agentes infecciosos causadores de mastite é bem menor, enquanto as vacas multíparas sofrem maiores perdas como resultado dos danos permanentes à glândula mamária por infecções prévias e devido ao fato de esses animais tenderem a sofrer infecções mais prolongadas. Além disso, os animais mais jovens apresentam mecanismos de resposta imune mais eficientes que os mais velhos. Por isso, a tendência é de ocorrerem infecções de maior duração nos animais mais velhos. Outro fator que, também, contribui para isso é a maior exposição dos animais aos patógenos contagiosos, os quais as infecções são de natureza crônica. Então, existe uma tendência de mastite contagiosa em vacas com maior número de lactações e com período de lactação mais avançado. Quanto aos agentes causadores de mastite nos diferentes estágios e pela ordem de lactação, vale a pena ressaltar que o manejo dos animais é um forte determinador da infecção pelos diferentes tipos de patógenos. Em propriedades em que o ambiente apresenta-se muito desafiador para o animal, tendo alta carga de patógenos ambientais e sem adequada rotina de ordenha, a ocorrência de mastite ambiental poderá ocorrer durante toda a lactação. Já em propriedades em que o manejo de novilhas é indevido, ou há grande presença de moscas no ambiente, pode ocorrer mastite contagiosa no período pós-parto. Animais no início da lactação são mais susceptíveis a mastite por patógenos

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ambientais e vacas com maior número de lactações e com período de lactação mais avançado são mais susceptíveis a mastite por patógenos contagiosos. No entanto, o manejo dos animais na fazenda será o grande determinador do patógeno que estará presente ao longo da lactação.

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Integração LavouraPecuária-Floresta como alternativa para pecuária

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MANEJO

Ana Karina Dias Salman Doutora em zootecnia e pesquisadora da Embrapa Alexandre Martins Abdão dos Passos Engenheiro agrônomo, doutor em Fitotecnia e pesquisador da Embrapa Rondônia Helaine de Sousa Engenheira Florestal, especialista em Gestão Ambiental Henrique Nery Cipriani Engenheiro florestal, Mestre em Solos e Nutrição de Plantas e pesquisador da Embrapa Rondônia

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pecuária bovina é um dos setores que mais têm contribuído para o crescimento econômico do Brasil nos últimos anos. O Brasil tornou-se em 2003 o maior exportador de carne bovina do mundo e grande parte desse crescimento é decorrente da expansão da pecuária na Amazônia. Nesse cenário, o Estado de Rondônia encontra-se dentre os cinco maiores exportadores de carne do país, além de ser o maior produtor de leite da região Norte. Essa virtuosa importância econômica, contrasta com problemas ambientais, já que o crescimento da pecuária na Amazônia é associado ao desmatamento e, por essa razão, chama atenção dos mercados internacionais que usam isso para criação de barreiras “econômico-ambientais” contra a exportação da carne produzida na região. Além do estigma dos impactos ambientais negativos, a pecuária enfrenta o real problema da degradação das pastagens que gera prejuízos econômicos e sociais bilionários para o país, pois a propriedade agrícola torna-se improdutiva e incapaz de sustentar as famílias que dela dependem. 30

Dessa forma, são necessários estudos que identifiquem as limitações do componente pecuário nas propriedades de modo a fornecer soluções tecnológicas apropriadas e subsídios às políticas públicas para o setor. Do mesmo modo, é importante desenvolver uma base científica que suporte o uso mais amplo dos sistemas integrados de produção como alternativa ao sistema tradicional de pecuária baseado no monocultivo de pastagem. Uma das alternativas é a reforma, recuperação ou renovação de pastagens por meio da integração lavoura-pecuária-floresta (iLP) que pode proporcionar uma série de benefícios para os empreendimentos rurais. Temos como exemplo de benefícios: a diversificação na produção da propriedade; redução no custo de formação das pastagens pela recuperação do solo e renda com as culturas anuais; diminuição do risco de perda de renda do produtor, pois sua produtividade aumenta e não fica dependente de somente um produto; maior conservação do solo e, consequentemente, redução de perdas com eroRevista O Girolando


são e menor impacto ambiental; melhor aproveitamento da propriedade rural. A inclusão do componente arbóreo aos componentes lavoura e pastagem representa avanço inovador da iLP, com evolução para o conceito de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF), que é uma estratégia de produção sustentável que integra atividades agrícolas, pecuárias e florestais, realizadas na mesma área, em cultivo consorciado, em sucessão ou rotação. Pode-se utilizar a iLPF para implantar um sistema agrícola sustentável, com base nos princípios da rotação de culturas e do consórcio entre culturas de grãos, forrageiras e espécies arbóreas, para produzir, na mesma área, grãos, carne ou leite e produtos madeireiros e não madeireiros ao longo de todo ano. A iLPF é atualmente uma política pública prioritária do governo federal do Brasil (Programa ABC), tida como estratégia governamental, visando à recuperação de áreas degradadas e à sustentabilidade ambiental. Existem inúmeras variações de sistemas iLPF, porém, a Revista O Girolando

recuperação da pastagem por meio da iLPF normalmente envolve dois estágios: 1) Substituição da pastagem por um ou dois ciclos de culturas anuais para recuperação da fertilidade do solo; 2) A manutenção da nova pastagem em consórcio com árvores (sistema silvipastoril). Após alguns anos, nova rotação de culturas anuais-pastagem pode ser feita para revitalizar o pasto, buscando a retomada da produtividade da pastagem com consequente resposta em termos de produtividade animal. Em muitas propriedades rurais amazônicas, a iLPF vem sendo adotada com uso de diversas espécies forrageiras e arbóreas. As principais limitações tecnológicas observadas nesse sistema são: falta de persistência da pastagem sob as árvores; danos às árvores provocados pelos animais; a reduzida velocidade de crescimento das espécies arbóreas; elevado investimento econômico inicial; falta de infraestrutura e mão de obra especializada; complexidade do sistema e desconhecimento dos seus benefícios. 31


Visando fornecer informações técnicas para técnicos dos obtidos pela Embrapa na região refere-se à amortização e produtores interessados em explorar os benefícios de dos custos destinados à recuperação de pastos degradados espécies arbóreas nativas em sistemas pecuários, a pelo uso de lavouras (sistema iLP). Embrapa Acre em parceria com a Embrapa Rondônia Estes resultados e outros foram apresentados no lançou em 2012 o Guia arbopasto: manuWorkshop Integração Lavoura-PecuáriaApós alguns anos, nova al de identificação e seleção de espécies -Floresta realizado pela Embrapa Rondônia. rotação de culturas arbóreas para sistemas silvipastoris. Neste Neste evento também foram apresentados anuais-pastagem livro são descritas 51 opções de espécies os arranjos de sistemas de iLPF que têm sido pode ser feita para arbóreas nativas da Amazônia Ocidental. trabalhados e pesquisados na Amazônia. revitalizar o pasto, Estas espécies são classificadas e ranqueDentre outros, integram, principalmente, os adas com base na sua aptidão para pro- buscando a retomada seguintes componentes: agrícola, com mida produtividade dução de madeira e fornecimento de serlho, soja, arroz e feijão-caupi; forragem, com da pastagem com viços múltiplos em sistemas silvipastoris. Urochloa ruziziensis e Urochloa brizantha consequente resposta Sendo, por tanto, uma ferramenta indispencv Xaraés e florestal, com mogno-africano em termos de sável para produtores rurais que planejem (Khaya ivorensis), teca (Tectona grandis), produtividade animal. utilizar espécies nativas em sua pastagem, eucalipto (Eucalyptus spp.) e paricá (Schizoescolham as espécies arbóreas mais adelobium parahyba var. amazonicum). quadas para esta finalidade. A Embrapa investe em pesquisas na busca de modelos Além disso, experiências com sistemas de iLPF realiza- de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta para a região amadas pela Embrapa e por parceiros nos estados do Amazonas, zônica, pois acredita que a tecnologia representa uma evoluAcre, Amapá, Pará, Rondônia e Roraima têm demonstrado a ção do modo como se produz no campo; construindo novos viabilidade técnica e econômica da tecnologia na recupera- modelos de uso da terra, conjugando a sustentabilidade do ção e manutenção de pastagens. Um dos principais resulta- agronegócio com a preservação ambiental.

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REPRODUÇÃO

Uso do diagnóstico laboratorial para detectar prenhez

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método para o diagnóstico da prenhez em vacas utilizando uma amostra de progesterona no sangue é simples, barato e uma maneira prática de identificar a vaca vazia, facilitando o manejo do rebanho e representando uma importante economia para o proprietário da fazenda. Além disso, é ferramenta importante para o médico veterinário durante o manejo do rebanho no programa de indução e sincronização da ovulação e cobertura dos animais vazios. “É interessante identificar que uma vaca está prenhe, mas, mais importante ainda é identificar cedo a vaca vazia, pois isto representa uma significativa economia para o criador”, afirma o veterinário Scott Poock. Desde o início do século XX que o diagnóstico em

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João Antônio Macedo Santana - Médico endocrinologista Ranilson Rego Cavalcanti - Médico Veterinário Rachel de Melo Santana Andrade - Biomédica

vacas e novilhas suspeitas de prenhez se faz pela técnica de palpação retal, que confirma a prenhez com segurança a partir de 60 dias após a monta natural ou inseminação artificial. A introdução da ultrassonografia a partir da década de 80, e mais especificamente a ultrassonografia transretal, possibilitou um diagnóstico mais precocemente, a partir dos 28 dias da inseminação ou monta natural e representa o padrão ouro no diagnóstico da prenhez. Contudo, apresenta custo elevado, dificuldade no transporte do equipamento e, em sua operação, há necessidade da presença de um médico veterinário na propriedade. Revista O Girolando


Um avanço no diagnóstico da prenhez é a realização do exame de sangue decorrente da elevação de proteínas específicas da prenhez (PSPs) a partir do 28º dia do ciclo até o parto. Com a amostra sanguínea enviada ao laboratório e com a dosagem laboratorial, detecta-se a presença da proteína específica da gravidez (PSPB-pregnancy specific protein B) produzida pela placenta. Em 99% dos casos, a prenhez é detectada a partir do 27º dia da fecundação. Uma desvantagem deste método é que os níveis de PSP permanecem elevados por um período de 60 dias ou mais após o parto, prejudicando o diagnóstico dos animais vazios neste período. Outro problema é a dificuldade de disponibilização do método, diferentemente daquele que utiliza o kit comercial de progesterona usado em humanos, que se encontra disponível na grande maioria de laboratório de análises clínicas de todo o país. A possibilidade do diagnóstico da prenhez através da dosagem comercial em laboratório de análise facilita o manejo do rebanho, significando economia para o proprietário, já que uma pessoa treinada (o proprietário, técnico ou pessoa que lida com o rebanho) pode coletar a amostra de sangue. O exame de progesterona no soro sanguíneo (PRGV) possibilita o diagnóstico da vaca ou novilha vazia após 30 dias da monta ou inseminação; mas, com precisão de praticamente 100%, somente a partir de 60 dias da cobertura ou inseminação.

Metodologia

– É coletada pelo veterinário a amostra de um volume entre dois e quatro mililitros de sangue da veia da cauda do animal ou veia do pescoço e injetado no tubo vacuteiner. Este material é colocado na geladeira e levado ao laboratório em uma caixa de isopor contendo gelo no seu interior para a conservação das amostras. Os exames são realizados diariamente e o resultado entregue em 24 horas. No trabalho realizado na Fazenda Santo Antônio, localizada no município de Salgado (SE), utilizamos especificamente a metodologia enzimoimunoensaio fase sólida por quimiluminescência competitiva para a dosagem hormonal da progesterona humana, kit comercial com marca registrada da Immulite Siemens 2000. A progesterona é um hormônio esteroide essencial na preparação e manutenção da gravidez. O nível de progesterona circulante é baixo, exceto na gravidez, período em que se eleva

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significativamente. O mesmo acontece com vacas. É importante considerar amostras de sangue hemolisado e com a coagulação incompleta, vez que podem apresentar resultados não confiáveis.

Resultados

- Todas as vacas vazias tiveram o resultado da progesterona inferior a 1.0ng/ml e todas as vacas com dois ou mais meses de prenhez tiveram resultados da progesterona acima de 3.0ng/ml, devido à fração específica da progesterona, semelhante à progesterona humana, permitir o reconhecimento e a reação antígeno/anticorpo e o diagnóstico preciso da prenhez. Estudo comparativo entre os resultados do nível de progesterona das vacas prenhas com o grau de prenhez pelo toque retal constatou que não há uma correlação positiva entre o nível sanguíneo de progesterona e o grau de prenhez. Nota-se, contudo, que os níveis de progesterona no início da prenhez têm valores maiores do que no final, o que pode ser explicado pelo fato de no final da prenhez os níveis de progesterona começarem a cair, determinando o início do trabalho do parto.

Conclusão - O teste sanguíneo da dosagem da proges-

terona para o diagnóstico da prenhez em vacas é barato, simples, rápido e confiável, ajudando a identificar a vaca vazia e facilitando manejar o rebanho. O impacto econômico é expressivo já que o criador poderá saber com antecedência a situação do rebanho, ganhando um precioso tempo, aumentando o desempenho reprodutivo e a taxa de concepção dos animais. BIBLIOGRAFIA: Biotécnicas Aplicadas à Reprodução Animal – Paulo Bayard Dias Gonçalves, José Ricardo de Figueiredo e Vicente José de Figueiredo Freitas. Ed: 2° (2008), p.17-26. Editora Roca. Romano, J. E., J. A. Thompson, D. W. Forrest, M. E. Westhusin, M. A. Tomaszweski, D. C. Kraemer. 2006. Early pregnancy diagnosis by transrectal ultrasonography in dairy cattle. Theriogenology 66:1034-1041. Preg Checks: Why Frequency and Method Matter. By Colten Green, Reproduction Specialist, Genex. Dairy Pharm & Diagnostic Services, LLCGlenn Pearson, DVM. 362 310th Avenue • Frederic, WI 54837.

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GESTÃO

Gestão – muito mais que uma palavra da moda Equipe Rehagro

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estão é o termo da moda e cada dia se fala mais na importância de uma boa gestão para se manter na atividade. No entanto, a realidade no campo é bem diferente da teoria. A gestão em propriedades rurais ainda não é feita com eficiência em boa parte das propriedades. Cada vez mais, o produtor passa pela necessidade de escolher um caminho a seguir, uma decisão que muitas vezes é decidida com base no sentimento e na experiência vivida por diversas gerações. Apesar da grande importância deste “feeling”, é crescente a demanda por informações reais do andamento da atividade para a tomada de decisão. Entra aqui a necessidade de um bom conhecimento de gestão da atividade produtiva. A primeira dificuldade que o produtor enfrenta, quando se trata do tema gestão na propriedade, é o desconhecimento do que é gestão. Onde há desconhecimento existe o preconceito e, por isso, a gestão é vista com preconceito. Gestão é a alocação correta dos recursos financeiros, materiais e

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humanos, buscando a obtenção dos resultados desejados de maneira eficaz. Basicamente é: o resultado esperado da atividade ٧ Determinar e motivar a equipe para executar as ações necessárias ٧ Treinar rapidamente quando o resultado não está sendo alcançado e ٧ Agir ٧ Padronizar as atividades que alcançaram resultados de sucesso. Pensando que gerenciar tem como objetivo fundamental o cumprimento de metas estabelecidas, cabe a um bom gestor um adequado desenho de um plano de metas, um rigoroso sistema de acompanhamento das metas geradas e uma grande habilidade de buscar saídas para os desvios encontrados. O sucesso nestas três etapas estará pautado no tripé: liderança, conhecimento técnico e conhecimento gerencial.

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Figura 1 - Fatores de competitividade, segundo Campos, V.F. (2001)

Parte dos empresários rurais que já despertou para a necessidade da profissionalização de suas propriedades e tem o conhecimento do que é gestão, vive dificuldades no próximo passo: implementar esta gestão. Uma empresa rural ou urbana precisa de ferramentas gerenciais simples e que sejam aplicáveis à sua realidade. Muitas vezes, metodologias complexas, que prometem análises extremamente detalhadas, não saem do papel, levando ao insucesso da sua utilização. Antes de tudo, é preciso definir aonde se quer ir. Qual é a razão da existência da sua empresa rural? Antes de definir as metas, é necessário lembrar que toda meta deve ter objetivo, prazo e valor. Muitas são as fazendas que não sabem para onde estão indo, qual é o objetivo do trabalho ou do projeto e quando pretendem atingir este objetivo. Depois de definida a meta, é preciso planejar e definir ações que nos permitam percorrer um caminho em direção a esta meta, através de bons planos de ação. Problemas irão surgir ao percorrer este caminho e, quando eles aparecerem, ferramentas gerenciais que levem a uma boa análise destes problemas devem ser utilizadas, na busca de soluções. A seguir serão discutidos, de forma sucinta, passos a serem seguidos para se modificar a gestão das empresas rurais (figura 2): 1. Estabeleça as metas, respondendo a pergunta: aonde você quer chegar? 2. Levante todo o conhecimento disponível na empresa que possa auxiliá-lo na trajetória de cumprimento das metas; 3. Faça uma análise das razões ou causas que estão impedindo a empresa de bater as metas; 4. Construa um bom plano de ação, que nada mais é do que um conjunto de medidas necessárias para atingir as metas; 5. Execute as ações; 6. Verifique se as medidas tomadas foram suficientes para atingir as metas; 7. Se as medidas foram suficientes, padronize. Se as metas não foram atingidas, faça um novo plano de ação. Revista O Girolando

Para que o conhecimento técnico e gerencial seja colocado em prática, é preciso investir tempo no treinamento da equipe. Desta forma, praticando a gestão, as pessoas estarão adquirindo “conhecimento prático”. Nesta fase, a liderança da empresa ou setor deverá buscar levar o conhecimento à equipe, servindo de facilitador à aplicação do mesmo. Geralmente, para que as metas sejam atingidas, é essencial realizar mudanças e, para que elas ocorram com sucesso, deve-se difundir os conhecimentos necessários e auxiliar na sua aplicação. Um gestor precisa ter mente aberta e ser capaz de olhar o mundo e adequar seu negócio. A gestão de um negócio precisa estar continuamente monitorando o mundo a sua volta e sempre estar questionando se as decisões tomadas anteriormente, mesmo àquelas acertadas, ainda são as melhores. Uma mudança na conjuntura pode fazer com que o sistema precise ser repensado. Os conceitos precisam ser constantemente revistos e a pessoa deve estar disposta a evoluir. A gestão precisa se mostrar aberta e dinâmica, pois velocidade de ação nesses momentos pode ser questão de sobrevivência. Gestão empresarial, empreendedorismo e qualidade total são hoje palavras da moda, tanto no meio rural como no urbano. Cabe aos empresários e aos líderes dos projetos buscar ações que sejam realmente úteis para sua empresa. Para tanto, deve-se associar a utilização de boas ferramentas gerenciais ao conhecimento técnico da empresa e a sua liderança. A receita do sucesso não está em um único sistema de produção. O caminho é visualizar a realidade de forma ampla, definir um sistema adequado e principalmente executar com precisão suas metas, avaliar seus resultados e atuar com capacidade de reação e perseverança. Existe uma frase atribuída a Albert Einstein que diz: “O princípio da insanidade é fazer as mesmas coisas e esperar resultados diferentes”. Por isso, é imprescindível para aqueles que desejam obter resultados diferentes dos que estão sendo alcançados atualmente, pensar em produzir carne e leite de forma diferente. Um processo eficiente de gestão pode ser parte dessa mudança.

Figura 2 – Método PDCA: método de controle de processos segundo Campos, V.F. (1996). 37


GESTÃO

Orçamento em pecuária de leite. Como implantá-lo e avaliá-lo?

U

ma das ferramentas básicas da gestão é a construção do orçamento de receitas, custos e despesas. Orçamento é um plano detalhado de aquisições e uso de recursos materiais e financeiros. Permite que o responsável pelos controles financeiros, quer seja o empresário, ou o gestor, ou um assistente técnico, acompanhe o fluxo de recursos da empresa. Representa um plano para o futuro, expresso em termos quantitativos e formais. O orçamento tem uma grande ligação com o longo prazo da empresa e continuação da organização, pois também possibilita estabelecer o elo gerencial entre a atuação de curto prazo da empresa e suas estratégias maiores. Estrategicamente o orçamento é muito importante, pois permite que o empresário trace metas para compra de mercadorias/insumos, vendas de animas em períodos mais propícios, etc. Ao implantar a metodologia de gestão por resultados em uma propriedade rural, é comum que sejam levantados questionamentos como: • Quais são os primeiros passos para se elaborar um orçamento? • Como projetar os valores de receitas, custos e despesas? • Quem deve participar da elaboração do orçamento? • Como checar o orçamento projetado versus o realizado? Quando se almeja construir um orçamento, deve-se ter como ponto de partida qual é o resultado desejado. É comum identificar planejamentos orçamentários feitos sem que seja avaliado o resultado a ser atingido. Na gestão por resultado, o orçamento partirá tendo como base o resultado financeiro e econômico previamente definido pelo proprietário. A base para o orçamento de uma fazenda de leite é a evolução de rebanho, onde serão consideradas as variações de quantidade de animais em cada categoria ao longo do ano, de acordo com o objetivo do proprietário. O orçamento traçado pode ser baseado em números de outras propriedades que tenham o mesmo segmento e padrão de produção da empresa analisada e, logicamente, tenham bons números para serem usados como modelo. Outros números que podem ajudar a traçar o orçamento são os da própria fazenda, desde que ela tenha esses dados anotados. O orçamento deve ser trabalhado comparando receitas e despesas projetadas versus receitas e despesas realizadas. Pode-se verificar o passado, presente e futuro do período selecionado. Ou seja, decorrido alguns meses do ano (ou período) em destaque, pode-se examinar o que ocorreu, do projetado em relação ao realizado, tendo a opção de dados para criticar o mês presente. Com a avaliação por períodos é possível traçar e determinar novas metas para o restante do período em apuração. Isso mostra ao responsável pela análise o resultado até o momento. Assim, o gestor tem o controle do que pode ser gasto até o final do período para que as metas sejam atendidas. Ao final da elaboração do 38

orçamento, deve-se fechá-lo de forma que, caso não sejam alcançados os resultados esperados, novas interferências nos itens que compõe o orçamento deverão ser adotadas. Outro ponto de alta relevância na confecção de um orçamento é que este não deve ser elaborado somente pela alta gestão ou pelo proprietário, e sim pelos gestores internos os quais trabalharão com metas específicas por setor. Fazendo isso, há um enorme ganho relativo a esta ferramenta de gestão, já que existe uma delegação de responsabilidades, a qual gera maior comprometimento das metas traçadas. Além disso, em função destes gerentes serem melhores conhecedores de suas metas, gerasse a possibilidade de negociações e conscientizações em que seja possível vislumbrar novas atuações nas receitas, melhorar a utilização dos insumos e buscar eficiência na compra dos itens relativos à produção, e atuar em despesas que estejam com metas passíveis de corte. Para a checagem das despesas, procuram-se identificar todos os itens que fecharam o período de análise com o realizado acima do previsto. A partir daí, relacionam-se os itens que representam 80% dos valores relativos ao desvio. Após a checagem das metas, deve ser feito um plano de ação a fim de se atuar na causa fundamental dos problemas identificados chegando a suas soluções. O orçamento é uma ferramenta de gestão que possibilita iniciar um período de atividade conhecendo os resultados a serem alcançados, permitindo ações e correções operacionais a fim de atingir os resultados. A checagem das metas e definição de ações nos resultados não alcançados nos auxilia a voltar a fazenda para atingir a meta mensal, e por consequência a meta do ano. As metas devem ser definidas para cada mês do ano e checadas mensalmente. A confecção do orçamento detalhado para qualquer sistema de produção é vital para a saúde do negócio. Desta forma, os critérios de elaboração e checagem das metas orçamentárias descritas visam explicar e trazer à tona ferramentas que possibilitam otimizar e gerenciar as análises para que os resultados desejados sejam realmente alcançados. Fonte: Rehagro Revista O Girolando


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MERCADO

Fazenda São Miguel produz leite com rebanho Girolando

Presença do Girolando cresce entre os TOP 100

A

raça Girolando aumentou sua participação no Levantamento TOP 100 2015, divulgado recentemente pelo Milkpoint. O número de propriedades que utilizam a raça para produzir leite aumentou de 39 para 44 no Top 100, sendo que muitas estão entre os primeiros classificados do levantamento. No geral, a produção média ficou em 15.161 litros por dia, 9,4% a mais do que os 100 maiores de 2013. Minas Gerais continua sendo o estado com maior número de fazendas presentes no Top 100, com 44 propriedades (duas a menos que na edição anterior). Em seguida, o Estado do Paraná teve 18 fazendas entre os 100 maiores produtores de leite (uma a mais que no último Top 100). Os Estados de Goiás e São Paulo apresentaram 10 propriedades cada no Top 100. São Paulo também se destaca por apresentar as três maiores fazendas leiteiras do Brasil, todas produtoras de leite tipo A com marca própria. O sistema de produção mais utilizado pelos produtores Top 100 foi o de confinamento das vacas, presente em 61 propriedades. Dentre as fazendas que possuem o sistema confinado, 72% utilizam Free-Stall e 28% confinam utilizando piquetes de terra. Dentre as 39 fazendas restantes, 23 utilizaram o sistema de semi-confinamento e 16 o de Pastejo rotacionado. O sistema Compost Barn de confinamento também foi citado por alguns produtores, porém sem se constituir no sistema principal das propriedades que o mencionaram. A Fazenda São Miguel, situada em Areias, no Vale Histórico de São Paulo, foi a propriedade que proporcionalmente mais cresceu na lista dos 100 maiores produtores de leite do Brasil. Produzindo leite de qualidade com animais Girolando, a São Miguel figurou pela primeira vez no ranking ano passado, que considerava o volume de leite produzido em 2013, com média diária de 6.970,2 litros. Com os números de produção de 2014, a propriedade saltou

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para a 53ª posição, com 4.320.000 litros de leite produzidos ano passado, média diária de 11.836 litros. O novo patamar de produção foi alcançado com investimento e mais uma sala de ordenha, ampliação do número de vacas em lactação e também levando em consideração genética, nutrição e conforto das vacas. A fazenda é de propriedade do criador de Girolando Avelino Antunes. Confira os 10 primeiros colocados do TOP 100 Nome do Proprietário

Produção total comercializada em 2014 (em kg)

1

Lair Antônio de Souza e filhos

22.940.766

Araras-SP

2

Espólio de Orostrato Olavo Silva Barbosa

19.045.397

Tapiratiba-SP

3

Agrindus

18.720.120

Descalvado-SP

4

Huguette Emilienne Françoise Collin de Noronha Guarani

12.209.450

Inhaúma-MG

5

CIALNECompanhia de Alimentos do Nordeste

11.511.020

Fortaleza-CE

6

Sekita Agronegócios

11.307.979

Rio Paranaíba- MG

7

Antônio Carlos Pereira e Filhos

11.127.000

Carmo do Rio Claro-MG

8

Esperança Agropecuária Indústria Ltda.

11.006.427

9

Luiz Prata Girão

10.701.800

Limoeiro do Norte-CE

10

Agropecuária Palma Ltda.

10.176.000

Luziânia-GO

Posição

Cidade/UF

Madalena /Russas- CE

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MATÉRIA DE CAPA

Pró-Fêmeas abre novo mercado para Girolando Programa financia a aquisição apenas de animais registrados já que o objetivo é melhorar a qualidade genética dos rebanhos

M

ais um nicho de mercado está se abrindo para os criadores de Girolando registrado. Em Minas Gerais, linhas de crédito do PRONAF agora podem ser utilizadas para aquisição de fêmeas com registro genealógico e idade entre 16 e 60 meses. Os compradores potenciais são pequenos e médios produtores rurais que querem aumentar a produção de leite de seus rebanhos. Minas Gerais é o maior produtor de leite do país (9,3 bilhões de litros produzidos em 2013, segundo dados

42

do IBGE – Pesquisa Pecuária Municipal) e também lidera o número de vacas ordenhadas (São 5,9 milhões de animais, correspondendo a 25,7% do rebanho nacional). Apesar da liderança nacional, a produtividade das vacas mineiras fica abaixo da aferida em rebanhos registrados de Girolando. Enquanto a média estadual é de 1.591,1 litros/ vaca/ano em 305 dias, a média por lactação das vacas Girolando é de 5.061,00 em 283 dias, ou seja, três vezes superior, mesmo com 22 dias de lactação a menos. A explica-

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CLÉCIO DUARTE

ção é a qualidade genética dos planteis registrados, que são selecionados com foco na produção de leite com qualidade. Para permitir que um número maior de produtores mineiros possam ter animais superiores em suas propriedades, o Estado começou a promover feiras de fêmeas registradas. A primeira ocorreu entre os dias 24 e 27 de março, em Uberlândia, no Triângulo Mineiro. A iniciativa leva o nome de Pró-Fêmeas e integra o Programa de Melhoria da Qualidade Genética do Rebanho Bovino de Minas Gerais, desenvolvido pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais em parceria com a Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, EMATER-MG, Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (EPAMIG), Sindicatos Rurais e Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). Se para os compradores o Pró-Fêmeas levará o melhoramento genético para seus rebanhos, para os associados da Girolando é a oportunidade de melhorar os negócios, principalmente no atual momento de turbulência da economia nacional. A Xapetuba Agropecuária, localizada em Uberlândia, atua em vários segmentos do mercado, comercializando touros e fêmeas, e decidiu ampliar ainda mais os negócios. A propriedade foi uma das vendedoras de animais no Pró-Fêmeas. “A feira foi importante porque disponibilizou

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fêmeas de genética superior a preços acessíveis, para os pequenos produtores. Além disso, foi uma grande vitrine para o nosso criatório. Mostramos aos participantes da feira como realizamos o processo de seleção da raça Girolando e como uma genética de ponta bem manejada pode melhorar a produção de leite do rebanho”, explica Thiago Silveira, diretor da Xapetuba Agropecuária. A fazenda trabalha com um rebanho de mil animais, entre Girolando e Gir Leiteiro, e produz oito mil litros de leite por dia. A Xapetuba quer ampliar a produção e trabalha em um projeto para atingir os 20 mil litros/dia.

Mercado de fêmeas aquecido

Para o engenheiro agrônomo e coordenador técnico da EMATER de Uberlândia Ademar Franco Guimarães, o programa será um apoio importante dentro de um mercado com grande demanda, mas com oferta reduzida de fêmeas leiteiras para reprodução. “O preço praticado atualmente em leilões e fazendas está elevado para as condições financeiras dos pequenos produtores. Por isso, muitos preferem fazer suas próprias fêmeas, acreditando ser um custo menor. Na realidade, se ele for computar todos os gastos que terá com nutrição, sanidade e manejo, verá que a recria não é viável do ponto de vista econômico para os rebanhos menores. Orientamos o produtor a vender as novilhas e adquirir fêmeas de reprodução de melhor qualidade genética, pois, assim estará dentro do seu foco de trabalho, que é produzir leite”, explica Guimarães. Nos seminários de divulgação do Pró-Fêmeas realizados nas cidades próximas do local da feira, os extensionistas da EMATER e os técnicos da Girolando orientam os produtores sobre as vantagens dos animais registrados. “Os criadores estão conscientes da necessidade de melhorar seus rebanhos, mas muitos ainda têm restrições e acham caro adquirir uma fêmea. É uma questão cultural. Eles precisam entender que a recria significa mais animais para alimentar e menos leite no balde. Outro erro comum é apurar muito o grau de sangue para ter fêmeas de alta produção, mas sem ter um sistema adequado. Esse tipo de animal consome muita comida e sabemos que a alimentação é um ponto de estrangulamento atualmente nas propriedades devido a seu alto custo”, diz o coordenador da EMATER. Melhorar o manejo alimentar é um fator decisivo para os pequenos produtores que estão comprando animais no Pró-Fêmeas. “Muitos querem fazer o contrário do que manda a pecuária produtiva. Colocam uma vaca de genética superior em um lugar rústico, sem manejo adequado, o que acaba impedindo o animal de expressar todo seu potencial. Daí o produtor acredita que a culpa é da genética e deixa de inves43


tir na melhoria do rebanho”, conta Guimarães, que em 2015 completa 20 anos como extensionista da EMATER. Segundo o extensionista, se o produtor reaproveitasse materiais que tem na propriedade poderia fazer o pastejo rotacionado e melhorar significativamente a produção a pasto. Para subdividir as pastagens, pode-se fazer as cercas utilizando madeira, bambu e arame usados.

Como funciona o Pró-Fêmeas

O Pró-Fêmeas possibilitará a comercialização de fêmeas com idade entre 16 e 60 meses. Os animais precisam ter Registro Genealógico Definitivo (RGD) ou Controle Genealógico Definitivo (CGD), exame negativo para brucelose e tuberculose, aos 30 meses estar prenhe, aos 40 meses estar em lactação e/ou, no mínimo, na segunda gestação. Neste primeiro momento o programa abrange apenas Minas Gerais, mas a Girolando pretende firmar

convênios em outros Estados para expandir o Pró-Fêmeas. Todos os animais colocados à venda são inspecionados pelos técnicos da Girolando. O responsável da entidade pelo Pró-Fêmeas é o técnico Rodolfo Nogueira. A agenda das feiras será divulgada com antecedência no site da associação. Os associados interessados em vender animais no Pró-Fêmeas devem entrar em contato com o técnico Rodolfo. Já os compradores devem procurar a EMATER, que auxilia na documentação necessária para a liberação do crédito rural, geralmente oferecido pelo Banco do Brasil, Caixa e cooperativas de crédito. Muitos compradores optam pela compra com recursos próprios, negociando diretamente com os vendedores formas de pagamento diferenciadas. Informações adicionais profemeas@girolando.com.br 34 - 9945-5844/3331-6000

Animais da Xapetuba Agropecuária, associada da Girolando que vendeu fêmeas na primeira feira do programa 44

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GIROLANDO E VOCÊ Técnico José Renes durante trabalho no campo

Técnico por vocação

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uando o técnico José Renes da Silva começou a trabalhar com a raça Girolando, no final da década de 80, a estatística de registro genealógico não chegava a 8 mil. Era um período de formação da raça e a atuação dos técnicos foi fundamental para a expansão e consolidação dos rebanhos em todo o país. Ferramentas de seleção, como o controle leiteiro, também tiveram papel importante no avanço da raça. “Os criadores não tinham conhecimento técnico sobre a importância do controle leiteiro, mas a diretoria da época assumiu o compromisso de fomentar essa ferramenta para que o maior número de associados aderisse a ela”, explica José Renes. Foi pesando leite em 16 fazendas que o técnico iniciou seu trabalho na Girolando, sendo um dos pioneiros dessa prova zootécnica na raça. Na época, percorria as estradas em um carro preto e branco do Ministério da Agricultura. Renes organizou vários torneios leiteiros. “Era uma forma de promover a raça e mostrar sua capacidade de produção”, diz o técnico. Foram três anos atuando como 46

controlador para, logo em seguida, passar a atuar apenas como técnico de registro. O trabalho era totalmente manual, bem diferente de hoje, em que ele trabalha com dispositivo móvel (tablet) para acessar e enviar informações dos rebanhos ao banco de dados da Associação. “Usávamos fórmulas para obter manualmente informações de desempenho dos animais, como: idade ao primeiro parto, intervalo entre partos e outras características. Os criadores não conheciam as características da raça e nem tinham o costume de anotar a produção dos animais. Hoje, trabalhamos com programas específicos para o serviço de registro e conseguimos ajudar o criador a definir melhor seus acasalamentos”, acredita José Renes. Segundo ele, o técnico tem a responsabilidade de orientar os criadores no processo de melhoramento animal e sempre incentivá-los a registrar o rebanho. Otimista, Renes acredita que 2015 será um ano ainda melhor para a raça, com aumento do número de animais registrados. Mineiro de Conceição das Alagoas, José Renes forRevista O Girolando


mou-se em Zootecnia e, incentivado pelo avô que criava Girolando 1/2 sangue, decidiu atuar na pecuária leiteira. “O serviço de registro exige muita atenção do técnico por causa da variabilidade da raça. Além disso, nosso trabalho vai além do registro. A maioria dos criadores da raça tem poucos recursos e trabalha com infraestrutura mais simples, ou seja, não tem condições para pagar por assistência técnica. Por isso, orientamos sobre nutrição, pastagem, reprodução. No caso dos acasalamentos, por exemplo, o criador precisa defini-los com critério, pois o objetivo deve ser sempre obter animais de maior tempo de produção na fazenda”, explica José Renes. Para o zootecnista, o trabalho de técnico é gratificante. “Quando vou para o campo, esqueço de tudo. Trabalho com prazer e adoro a minha profissão. Sou orgulhoso de trabalhar na Girolando, pelo nível em que a entidade se encontra e pelo nível dos criadores. Todo mundo é amigo. Agradeço a todos os presidentes da entidade com quem trabalhei nestes anos por me permitirem crescer profissionalmente”, declara José Renes.

Formado em Zootecnia pela Unesp-Dracena, Maurício “respira” pecuária leiteira desde a infância, na cidade de Cássia, localizada no Sudoeste Mineiro. Os avós eram criadores de Girolando. Em 2009, participou do Curso de Julgamento da raça e no ano seguinte já estava estagiando na Associação. “Um dos fatores que me trouxeram para o Girolando foi o fato de acreditar em uma pecuária leiteira sustentável, o que exige uma raça adaptada aos diferentes tipos de manejo e de excelente liquidez”, destaca. Sobre os desafios diários de um técnico, Maurício acredita que atender bem e com qualidade o criador é a meta principal do trabalho. “O criador tem de ser orientado corretamente para que seu negócio seja eficiente e dê frutos de qualidade. O técnico não é somente um colocador de brincos, mas sim um consultor capaz de ajudar o associado na seleção do rebanho”, diz Maurício.

Desbravando o Centro-Oeste

Tornar as ferramentas de seleção mais acessíveis e de fácil compreensão para o criador é um trabalho diário dos técnicos da Girolando. “Na maioria das vezes, somos a única fonte de orientação que o criador tem para decidir como fazer o direcionamento do rebanho. No meu caso, a responsabilidade é ainda maior, pois além de técnico de registro, continuo atuando pelo Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando. Tenho sempre que estar focado e fazer meu trabalho pensando em ajudar o criador e, principalmente, trabalhar para a melhoria da raça”, conta o técnico da Associação e zootecnista Maurício Bueno. No segundo semestre do ano passado, ele chegou ao Mato Grosso com o desafio de iniciar o atendimento do Escritório Técnico Avançado da Girolando no Estado. “Não pensei duas vezes em escolher o Mato Grosso, por acreditar no potencial da região. A princípio, tive de realizar um trabalho de orientação técnica, pois os criadores ainda estavam carentes de informações, inclusive em relação aos procedimentos junto à Associação. Nesse primeiro momento de trabalho já pude notar o quanto o Estado é promissor. Existe muita vontade dos criadores em melhorar seus rebanhos e muita qualidade genética. Estou trabalhando para que esse crescimento seja de forma orientada. Tenho a total certeza de que em alguns anos o Mato Grosso será o maior produtor de leite do Brasil, pois tem, principalmente, animais Girolando de excelente qualidade, área para crescermos e alimento barato”, acredita Bueno. Revista O Girolando

Maurício Bueno (dir) com pesquisador da Embrapa e criador da região 47


GIROLANDO E VOCÊ

Registros superam média histórica M

argens positivas experimentadas pelo setor leiteiro no último ano levaram os pecuaristas a ampliar seus rebanhos. Os maiores investimentos foram feitos em animais de genética superior, o que gerou uma grande demanda pelo serviço de registro genealógico de bovinos. Em 2014, a raça bovina leiteira Girolando teve recorde de exemplares registrados pela Associação Brasileira dos Criadores de Girolando. Foram efetuados 106.376 registros genealógicos no país, contra 89.317 em 2013, uma elevação de 19% em comparação ao ano anterior. Este é o maior volume já registrado nestes 25 anos de atuação da entidade como delegada do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para execução deste tipo de serviço. Como os produtores rurais receberam mais pelo litro do leite em 2014, eles aumentaram os investimentos em genética de ponta, comprando animais registrados, que são mais valorizados no mercado. Outro ponto que contribuiu para obter o re48

corde foi o avanço da raça para novas fronteiras pecuárias, como é o caso da região Norte. Vários laticínios estão ampliando a produção de leite ou abrindo novas unidades para suprir a demanda local por lácteos. Como a raça Girolando consegue manter alta produção leiteira mesmo em regiões de temperatura elevada, muitos produtores rurais, independente do tamanho da propriedade, estão investindo na genética Girolando. No ano passado, o número de criadores que ingressaram como associados da entidade foi superior a 500 pessoas. “O ano de 2014 foi muito bom, tanto para a raça quanto para a pecuária leiteira em geral. Trabalhamos para garantir que os produtores rurais de todas as regiões do Brasil, principalmente os pequenos e os médios, tivessem acesso à genética de ponta. Só poderemos elevar a média de produção por vaca no Brasil, que hoje está bem abaixo da média de países de destaque na pecuária leiteira mundial, se promovermos o melhoramento genético do rebanho nacional”, explicou o presidente da Girolando, Jônadan Ma. Revista O Girolando


TĂŠcnico Euclides Prata registrando animais Girolando

Revista O Girolando

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GIROLANDO E VOCÊ

Ronan, Jônadan, Marcos Montes e presidente da Embrapa Maurício Antônio Lopes na posse da FPA

Girolando busca apoio de lideranças políticas e entidades

O

presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins da Silva Júnior, recebeu, no dia 25 de fevereiro, a diretoria da Girolando, para discutir ações conjuntas para o fortalecimento da bovinocultura de leite. O encontro foi o primeiro entre as novas diretorias das duas entidades, que já desenvolvem projetos voltados para o setor leiteiro, visando uma troca de experiências. Para dar andamento a estas ações, ficou acertada uma reunião no âmbito técnico para discutir pontos como transferência de conhecimento, eficiência de gestão da propriedade e melhoramento genético do gado leiteiro. Na reunião, o presidente da Girolando e sua diretoria conheceram as ações do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) para a bovinocultura de leite, que é uma das atividades que mais tem cursos de capacitação. Neste contexto, o SENAR busca cada vez mais levar conhecimento técnico e gerencial aos produtores de leite brasileiros, contribuindo para sistemas de produção eficientes e competitivos. Para o presidente da CNA, diante da abrangência e da importância econômica da atividade leiteira, o momento é de buscar a cooperação para ações efetivas entre as duas entida50

des. Já o presidente da Girolando Jônadan Ma destacou o Programa de Assistência Técnica e Gerencial com Meritocracia do SENAR, como uma grande conquista para o setor agropecuário. Além do presidente, participaram do encontro a vice-presidente Magnólia Martins da Silva, o vice-presidente João Domingos Gomes dos Santos, os diretores Ronan Salgueiro e Luiz Carlos Rodrigues e o gerente de Projetos Bruno de Barros. Durante a visita à capital do país, a diretoria da Girolando também participou de reuniões no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, na Secretaria de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário, no Instituto Pensar Agropecuária e com os deputados Domingos Sávio, Adelmo Leão, José Silva, Aelton de Freitas, Carlos Melles, Caio Nárcio, Misael Varella e o senador Ronaldo Caiado. O objetivo das reuniões foi apresentar os projetos da entidade e firmar futuras parcerias. A diretoria da Girolando participou ainda da posse do novo presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Marcos Montes Cordeiro.

Visita ao deputado Odelmo Leão Revista O Girolando


Visita ao deputado Aelton Freitas

Visita ao Deputado Domingos Sávio

Visita ao Deputado Misael Varela

Reunião na Secretaria de Agricultura Familiar do MDA Revista O Girolando

Visita ao Deputado Adelmo Leão

Visita ao Deputado José Silva

No Instituto Pensar Agropecuária com o secretário executivo João Henrique

Na CNA com Presidente da CNA João Martins, superintendente Técnico Bruno Lucchi, Secretário Executivo da Senar Nacional Daniel Carrara, presidente da Federação da Agricultura da Paraiba Mário Borba 51


GIROLANDO E VOCÊ

Congresso Internacional de

Girolando

Inscrições começam em maio. Programação contará com palestras e visitas de campo a fazendas mineiras

S

erá realizado entre os dias 19 e 21 de novembro de 2015, no Ouro Minas Palace Hotel, localizado na capital mineira, o “1º Congresso Internacional da Raça Girolando / 2º Congresso Brasileiro da Raça Girolando”. O evento contará com as presenças dos mais renomados técnicos e pesquisadores do Brasil e do exterior, que abordarão temas como: sanidade, reprodução, melhoramento genético, manejo, nutrição, seleção genômica e comportamento animal. Também haverá visitas a fazendas produtoras de leite com a raça Girolando. O Congresso terá apresentação de painéis e sessões de pôsteres com trabalhos científicos nacionais e internacionais, sobre a pecuária de leite e a raça Girolando. Inscrições vão de 1º de maio a 19 de novembro, sendo que no valor estão inclusos: pasta do congressista; coquetel de boas-vindas; milk breaks; visitas de campo e certificado de participação.

Programação

- A abertura oficial do evento será no dia 19 de novembro, às 19h. Na sequência ocorrerá a palestra magna de abertura do Congresso sobre o tema “Cenário da Pecuária Leiteira no Brasil e no Mundo”. Logo após será servido um coquetel de boas-vindas aos congressistas, participantes e convidados. Durante todo o dia 20 de novembro, a partir das 8h, serão realizadas as palestras técnicas e científicas ministradas pelos principais especialistas do setor, que 52

terão continuidade durante toda a manhã do dia 21 de novembro. Após as palestras do dia 21 será realizada mesa redonda com a presença de todos os palestrantes e do público presente. O encerramento das atividades internas está marcado para as 12h do dia 21/11. No período da tarde do dia 21 de novembro serão realizadas visitas de campo em fazendas de Girolando da região, com ônibus saindo do Ouro Minas Palace Hotel e retornando ao mesmo local ao final da tarde. O nome dos palestrantes será divulgado em breve. Revista O Girolando


Palestrantes já confirmados: Palestra de abertura - O cenário da pecuária de leite no Brasil e no mundo (Dr. Paulo do Carmo Martins - chefe Geral da Embrapa Gado de Leite); Panorama da raça Girolando no Brasil (Leandro de Carvalho Paiva - superintendente Técnico da Girolando); Avanços e perspectivas do Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando - PMGG (Dr. Marcos Vinícius Gualberto Barbosa da Silva - Embrapa Gado de Leite); Parâmetros reprodutivos em rebanhos leiteiros (Dr. Carlos Antônio de Carvalho Fernandes - Universidade Federal de Alfenas); Seleção genômica aplicada a raças sintéticas (Dr. Mário Calus - pesquisador Sênior, Centro de Melhoramento Animal e Genômica, Universidade de Wageningen, Holanda); Comportamento e bem estar animal em rebanhos leiteiros (Dr. Mateus J. R. Paranhos da Costa - Unesp Jaboticabal); Apresentação de caso de sucesso - Fazenda São Caetano (Morrinhos/GO); Apresentação de caso de sucesso - Cia. Alimentícia do Nordeste - Cialne (Fortaleza/CE); Visita de campo - Fazenda do Riacho (Matozinhos/MG); Visita de campo - Fazenda Moinho (Jequitibá/MG).

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Tipo Ideal Girolando

Técnicos participaram de três dias de treinamento sobre o “Tipo Ideal Girolando”. O foco das atividades foi a padronização e a harmonização das mensurações de características da raça. Participaram do treinamento os técnicos do PMGG (Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando), de registro e membros da comissão técnica responsável pelo projeto “Tipo Ideal Girolando”, além do pesquisador da Epamig Marcos Brandão. De acordo com o coordenador Operacional do PMGG Marcello Cembranelli, o intuito é abranger o maior número de associados no projeto.

Coleta de dados para Tipo Ideal

Os dados coletados a partir de agora pelos técnicos serão utilizados para a definição do tipo ideal de animal Girolando, de acordo com a composição racial. A expectativa é 3 mil animais de criatórios de várias regiões do Brasil sejam mensurados. Técnicos da entidade ficarão responsáveis pela coleta dos dados, que será feita dentro dos critérios e metodologia definidos pela comissão. Serão realizadas mensurações em animais dos graus de sangue 1/4 Hol + 3/4 Gir, 1/2 Hol + 1/2 Gir, 5/8 Hol + 3/8 Gir, 3/4 Hol + 1/4 Gir. A mensuração será feita até o final do primeiro semestre de 2015, quando será feito um estudo para a definição de alguns parâmetros técnicos necessários.

Curso para controladores de leite

Os técnicos que atuam na região de Uberaba (MG) como controladores de leite da Girolando participaram no dia 6 de março do curso de capacitação sobre o Sistema Web do Controle Leiteiro. Durante o treinamento, foi apresentado o Sistema Web do Controle Leiteiro, aplicativo que permite aos profissionais ter acesso online aos dados das propriedades atendidas e emitir, na mesma hora para o banco de dados da Girolando, as pesagens de leite efetuadas. O evento aconteceu na sede da entidade, e foi ministrado pela programadora de computador, Luanna Santos, e pelo coordenador Operacional do Programa de Melhoramento Genético de Girolando (PMGG), Marcelo Cembranelli.

Pré-Seleção de Touros

Os 68 reprodutores participantes da 3º Pré-Seleção de Touros Girolando já passaram pela primeira avaliação para definir se estão aptos a ingressar no Teste de Progênie da raça. Foram coletadas amostras de sangue, pelo e fezes para exames de DNA, marcadores moleculares, brucelose, leptospirose, além de outras doenças da reprodução e pesquisa parasitológica. Os exames relacionados às doenças reprodutivas serão realizados pela Universidade Federal de Minas Gerais. Participam da 3ª Pré-Seleção de Touros Girolando animais Puro Sintético (PS), 5/8 Hol + 3/8 Gir e 3/4 Hol + 1/4 Gir. Eles estão desde janeiro no Centro de Performance Girolando, localizado no Campus Uberaba do 54

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Instituto Federal do Triângulo Mineiro, onde passaram por fase de adaptação ao sistema de manejo. Ao longo da prova, serão avaliadas características reprodutivas, de conformação, de manejo, temperamento e saúde animal. A prova terá duração de aproximadamente 180 dias. Os resultados serão divulgados durante a Megaleite 2015.

Criadores conhecem PMGG

Criadores da região de Belo Horizonte (MG) participaram no dia 10 de fevereiro de uma palestra sobre o PMGG (Programa de Melhoramento Genético da Raça Girolando). O evento aconteceu na capital mineira. O membro do Conselho Deliberativo Técnico da Girolando e criador, Valério Machado Guimarães, abordou as vantagens do PMGG para promover o avanço genético do rebanho. O programa conta com Teste de Progênie (que inclui a Pré-Seleção de Touros), Controle Leiteiro, Sumário de Touros e de Vacas, entre outras ferramentas de seleção. O ETR-BH promove regularmente reuniões com criadores da região para apresentar e debater projetos da Girolando e ouvir as demandas dos associados. Os encontros são promovidos pelo vice-presidente Olavo de Resende Barros Júnior.

Moraes Ferreira, Walter Roriz de Queiroz, Celso Ribeiro Ângelo de Menezes, Ronaldo Braga Reis, Marcelli Antenor de Oliveira, Marcello Cembranelli (convidado), Marcos Vinícius B da Silva (convidado).

Encontro do Núcleo do MS

O Núcleo de Criadores de Girolando do MS promoveu um evento voltado para os criadores da raça na região. O médico veterinário Evandro Sanches ministrou palestra com o tema “Vacinas Reprodutivas e Vacina para Diarreia”. Logo após foi servido um jantar de confraternização, oferecido pelo laboratório VIRBAC. O evento aconteceu no dia 9 de fevereiro no Escritório Técnico Regional da Girolando em Campo Grande e contou com a presença do diretor da Girolando Ronan Salgueiro.

Palestras para universitários

O projeto “Girolando na Universidade” iniciou a agenda de eventos de 2015 pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU). O superintendente Técnico da Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, Leandro Paiva, ministrou palestra no dia 10 de fevereiro, com o tema “Melhoramento Genético da Raça Girolando no Brasil”. A vice-presidente Magnólia Martins falou sobre o sistema de produção de sua propriedade, a Fazenda Valinhos. O Centro Universitário de Rio Preto (UNIRP) também recebeu o “Girolando na Universidade”. O técnico da Girolando, Nilton Barcelos, proferiu palestra sobre a raça para alunos do curso de Medicina Veterinária, no dia 6 de março. O projeto “Girolando na Universidade” tem como objetivo levar informações sobre a raça para os estudantes dos cursos de graduação da área de Ciências Agrárias, contribuindo para a formação dos futuros profissionais do setor pecuário.

Reunião do CDT

O Conselho Deliberativo Técnico (CDT) da Raça Girolando realizou sua segunda reunião na gestão 2014/2016. Os assuntos debatidos nos dias 24 e 25 de fevereiro foram relacionados ao melhoramento genético da raça, registro genealógico, dentre outros. São membros do CDT: Rubens Soares - Representante do MAPA, Leandro de Carvalho Paiva - Superintendente Técnico da Girolando, Limírio Cézar Bizinotto, Juscelino Alves Ferreira, Edgard Rodrigues C. Neto, Daniella Mar tins da Silva, Valério Machado Guimarães, José Jacinto Júnior, José Renato Chiari, Tiago 56

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AGENDA 20 a 29 de março - 49ª Expoconquista - Vitória da Conquista/ BA 22 a 29 de março - 2ª Expoleite das Montanhas - Muriaé/MG – 24 a 27 de março – Feira Pró-Fêmeas na FEMEC – Uberlândia/MG 04 a 21 de abril - 41ª Exposição Agropecuária e Industrial de Araxá - Araxá/MG 05 a 12 de abril - IV Expo Giromata 2015 - Rio Pomba/MG 06 a 12 de abril - 3ª Exposição Ranqueada do Gado Girolando e 4ª Regional de Santa Rita do Sapucaí- Santa Rita do Sapucaí/MG 07 a 12 de abril - 13ª Expobahia - Salvador/ BA 17 a 26 de abril - 45ª Expoagro de Itapetininga - Itapetininga/SP 23 de abril a 3 de maio - 77ª Expogrande - Campo Grande/MS 14 a 17 de maio - XXVII Exposição Agropecuária e Industrial de Oliveira - Oliveira/MG 28 a 31 de maio - 28ª Exposição Agropecuária Senhor do Bonfim - Senhor do Bonfim/BA 29 a 31 de maio - 46ª Expoagro - Franca/SP 30 de junho a 4 de julho - 12ª Exposição Brasileira do Agronegócio do Leite - MEGALEITE 2015 - Uberaba/MG 15 a 19 de julho - Superleite 2015 - Pompeu/MG 08 a 16 de agosto - 6ª Exporural - Salvador/BA 14 a 23 de agosto - 4ª AGRO-DIVINAEXPO 2015 - Divinópolis/MG 06 a 13 de setembro - 40ª Expofeira - Feira de Santana - Feira de Santana/BA 17 a 20 de setembro - 27ª Exposição Agropecuária Jacobina - Jacobina/BA 30 de setembro a 04 de outubro - 18ª Exposição Agropecuária Alagoinhas - Alagoinhas/BA 28 de novembro a 06 de dezembro - 28ª FENAGRO – Salvador/BA 58

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GIROLANDO E VOCÊ ESTES SÃO OS NOVOS CRIADORES, E ENTIDADES DE CLASSE QUE PASSARAM A INTEGRAR O QUADRO SOCIAL DA GIROLANDO NOS MESES DE NOVEMBRO / DEZEMBRO 2014 E JANEIRO FEVEREIRO 2015. Nº CRIADOR MUNÍCIPIO 7957 Aci Heli Coutinho Belo Horizonte – MG 7899 Adauto Geber Campos Juiz de Fora – MG 7982 Adilson Junqueira Caetano Muriaé – MG 7855 Adão Rodrigues de Souza São José dos Quatros Marcos – MT 7975 Afonso Eustáquio Greco Santo Antônio do Monte – MG 7972 Alexandre Ribeiro Oliveira Morada Nova de Minas – MG 7959 Alexandre Tadeu Waldvogel Cuiabá – MT 7923 Alessandra Merrichelli Itajubá – MG 7921 Alessandro Corrêa da Silva Aimores – MG 8073 Alessandro Lima Santos Salvador – BA 7827 André Rui de Andrade Albuquerque Jaboatão – PE 8042 André Possmozer Castilho Ouro Preto – RO 8014 Alberto Alves Pinto Júnior Ariquemes – RO 7934 Altaires Aparecido Caetano Sinop – MT 8091 Álbaro Rosevelt Gonçalves Curvelo – MG 7864 Alfredo Takesana Júnior Cuiabá – MT 8037 Amarildo Marconato Sante Distrito de Palmeiras – RO 8007 Antônio Carlos Pereira de Castro Ariquemes – RO 7983 Antônio Carlos Rodrigues de Paula Ipanema – MG 8066 Antônio Carneiro Rios Filho Pé de Serra – BA 7933 Antônio Gilberto R. de Castro / Outros Araxá – MG 7944 Antônio Horácio Belo Diniz Martinho Campos – MG 7937 Antônio Martins Filho Lins – SP 7928 Antenor Rodrigues Neto Ipanema – MG 8013 Anderson Vieira Candido Ouro Preto do Oeste – RO 8076 Bernardo Batista de Araújo Salvador – BA 7953 Bruno Lima Muniz Silvianópolis – MG 8054 Carlos Aparecido Liberti Vale do Paraíso – RO 7963 Carlos Gabriel Rigo São Gabriel da Palha – ES 7886 Carlos Gleidson da Silva Sampaio Presidente Prudente – SP 7902 Carlos Humberto Costa Monte Alegre de Minas – MG 8021 Carlos Roberto Avelar Macaé – RJ 7861 Carlos Roberto de Oliveira Abaete – MG 7956 Celina Puntel Candioto de Carvalho Sete Lagoas – MG 8084 Cecília Sant Anna Venturim Nunes Parecis – RO 8053 Celso Pires Maciel Vale do Paraiso – RO 7720 Chácara do Desengano S.A. Leopoldina – MG 7995 Cipriano Correia Júnior Natal – RN 8044 Clemoni Soares da Cunha Teixeiropolis – RO 7932 Cláudia aparecida Machado Unaí – MG 7935 Cláudio da Silva Figueiredo Volta Redonda – RJ 7947 Cláudio Severino Lara Pirapora – MG 8063 Claudemar Lagos Guajará-Mirim – RO 7874 Clélio Pimenta Bastos Filho Salvador – BA 7907 Clóvis de Andrade Júnior Santo Antônio do Monte – MG 7896 Condomínio Real Ituiutaba – MG 7954 Coop.Reg.de Pro. Rurais de Sete Lagoas Ltda Sete Lagoas – MG 8031 Daniel Pinto da Silva Vale do Anari – RO 7905 Danilo de Souza Reis Tanquinho – BA 8036 Delcio Nunes Barroso Jaru – RO 8078 Djan Passos da Silva Santos Piritiba – BA 8004 Edoardo Russo Ariquemes – RO 7873 Eduardo Folley Coelho Campo Grande – MS 7949 Edvaldo Prudente Tupaciguara – MG 7968 Edson Gonçalves Gama Quatis – RJ 7987 Edson Ferreira de Jesus Araputanga – MT 7888 Edson José da Silva São Paulo – SP 7848 Edson Modesto Miranda Júnior Lagoa da Prata – MG 8027 Eliton Maynardes da Silva Ouro Preto – RO 7892 Eliomar Rodrigues de Araújo Jaú do Tocantins – TO 7994 Elias Soares de Sousa Araputanga – MT 7893 Elcinio Rodrigues de Faria Colorado do Oeste – RO 7984 Elson Luiz de Souza Barra Mansa – RJ 7976 Emivaldo Delfino Goiânia – GO 7887 Enilda M. de Assis / Wanderson R.dos Santos Belo Horizonte – MG 8072 Enio Santos de Lima Capela do Alto Alegre – BA 8028 Erisandro Marcos Soares Machadinho d´Oeste – RO 7977 Euclides Vieira da Silveira Alfenas – MG 8081 Eudelio Lima de Oliveira Serrolândia - BA 1753 Euripedes Divino Dutra Ituiutaba – MG 8008 Eurivaldo Alves Mariano Ariquemes – RO 7883 Evaldo de Faria porto Nova Serrana – MG 7960 Faber Monteiro Carneiro Cuiabá – MT 7967 Fábio Bonifacio Gomes Ipanema – MG 7955 Fagner Moreira Serqueira Moju – PA 7973 Felícia Carmo Pires Borba de Lima Belo Horizonte – MG 7962 Fernando Antônio Sarmento Santos Belo Horizonte – MG 7931 Fernando Fiuza Diz Macaé – RJ

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Nº CRIADOR MUNÍCIPIO 7926 Fernando Henrique Ribeiro Garrefa Caldas – MG 7913 Fernando Luiz Andrade Rocha Alagoinhas – BA 8038 Fernando Rogério de Souza Magalhães Porto Velho – RO 8058 Francisco Eduardo Ramsay Torres Cáceres – MT 8030 Francisco Nonato Filho Porto Velho – RO 7964 Francisco Sávio Alves Arcanjo Sobral – CE 8010 Genésio Alves Mariano Monte Negro – RO 7942 Genimar Gil Alcon Santa Margarida – MG 7971 Geraldo Jordan de Souza Júnior Caratinga – MG 8095 Germano Borges Rosa Araxá – MG 8035 Gesse Júlio de Souza Jaru – RO 8092 Gidalte Magalhaes de Almeida Recife – PE 8009 Gilsomar da Silva Aguiar Porto Velho – RO 7889 Gilson Ramos São João Nepomuceno – MG 7961 Gilberto Soares Lima Lagoa da Prata – MG 8090 Giovani Ribeiro de Resende Franco Belo Horizonte – MG 8064 Gualter Rodrigues Pereira Taparuba – MG 7999 Guilherme Henrique Pereira Ji-Paraná – RO 7878 Haiala Alberto Oliveira Uberlândia – MG 8011 Hélio Paulino da Cruz Buritis – RO 7950 Hernane Gervasio de Moura Monte Alegre de Minas – MG 8012 Herlans Henrique Pereira Ouro Preto do Oeste – RO 7965 Hiroshi Uehara São Paulo – SP 7969 Humberto Gerônimo Rocha São Bernardo do Campo – SP 7922 Iderval Rodrigues Guerra Júnior Aimores – MG 7863 Itarare Adm.Empr. e Participações Ltda Figueirão – MS 8001 Jair Alves Nepomuceno Machadinho do Oeste – RO 7924 Jalmir Rodrigos Machado Ipanema – MG 7891 Janio Quintão Furtado Rio Pomba – MG 7917 Jarana Agropecuária S/A Uberlândia – MG 8067 Jessé Alves Bacelar Irece – BA 1616 Jesus Pedro Machado Unaí – MG 8048 Jetro Gonzaga Júnior Urupá – RO 8060 Joaquim Carlos del Bosco Amaral Santos – SP 8094 Joâo Batista Almeida Bonafé Belo Horizonte – MG 7927 João Batista Perigolo Manhuaçu – MG 7966 João Batista Soares Cunha Natal – RN 8087 João Gomes da Silva Alfenas – MG 7970 João Virgílio do Nascimento Sobrinho Varzea Grande – MT 8039 Johnson Umbehaun Ouro Preto do Oeste – RO 8068 Jorge Alves Andrade Amargosa – BA 7920 Jorge Luis Silva Menezes Salvador – BA 8025 José Alves dos Santos Joaíma – MG 8047 José Ananias Pereira Ariquemes – RO 7880 José Antônio de Oliveira Frutal – MG 7879 José Carlos Alves Nascimento Aramari – BA 8032 José Carlos Pereira Oliveira Candeias do Jamari – RO 8051 José Orlando Rodrigues dos Santos Alvorada D´Oeste – RO 8069 José Osvaldo Matos Mota Ribeira do Pombal – BA 8075 José Oliveira Gonçalves Capim Grosso – BA 7915 José Ozanam Alves de Queiroz Belo Horizonte – MG 8023 José Roberto Oliva Nanuque – MG 7946 José Ricardo Valério São José dos Quatros Marcos – MT 8070 Joé Walter Matos Mota Heliópolis - BA 8052 Juan Travain de Souza Cacoal – RO 8041 Juliano Agostinho Toro Ouro Preto do Oeste – RO 7918 Larissa F. Pereira / Victor F. Pereira Monte Alegre de Minas – MG 8003 Leandro Martins de Freitas União Bandeirante – RO 7938 Leandro Rodrigo Egeia Guaiçara – SP 8046 Luciano André de Oliveira Ariquemes – RO 7801 Luciano Cuppari Neto Taubaté – SP 8024 Luciana Bettini Pires de Mello Uberaba – MG 7930 Luis Cláudio Mendes Valle Manhuaçu – MG 8033 Luis Eduardo Schincaglia Jaru – RO 7940 Luis Marcelo Torino Costa São José do Barreiro – SP 8074 Luis Oliveira Gonçalves Capim Grosso – BA 7981 Luiz Carlos Mourão Landim Fortaleza – CE 7837 Luiz Guerra da Silva Manaus – AM 8029 Luiz Jorge Campos Reuter Ariquemes – RO 7980 Luiz Leite Araújo Júnior Itaperuna – RJ 7998 Luiz Osvaldo Camilo Jataí – GO 8082 Manoel Fernandez Giraldez Neto Lauro de Freitas – BA 8034 Manoel Neto de Souza Guajará Mirim – RO 7998 Marcus Vinicius Grisi Pessoa Salvador – BA 8043 Marticidan Valim Gomes Ouro Preto do Oeste – RO 8016 Marcone Silvestre Vital Monte Negro – RO 7948 Mauricio Duarte de Andrade Belo Horizonte – MG

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GIROLANDO E VOCÊ Nº CRIADOR MUNÍCIPIO 7904 Mauro Sérgio Antunes Lopes Rio de Janeiro – RJ 7914 Marjorie G. de Souza Comparim Campo Grande – MS 8083 Marcelo C.Soares / Anilton C.da Silva Lagoa da Prata – MG 7854 Márcio Francisco Lopes da Silva Itabirito – MG 7912 Marcelo Kelner Carvalhal Pinheiro Salvador – BA 8065 Marcelo Menezes de Freitas Salvador – BA 8079 Marcelo Oliveira Ferreira Conceição do Coité – BA 7747 Maria Aparecida de Moraes Monteiro Itaúna – MG 7850 Maria de Lourdes da Silva Belo Horizonte – MG 8062 Maria Fabiana Machado Tenório Recife – PE 8077 Mário Augusto Gomes da Silva Piritiba – BA 7847 Mario Dal-Col Ecoporanga – ES 7884 Michele Rasquel Cafelândia – SP 8022 Miguel Xavier Teresina – PI 7979 MJF Agropecuária e Construtora Ltda Redenção – PA 7898 Mônica Gorgulho Rodrigues Santana Parnaíba – SP 8093 Murilo Carlos Paiva Carvalho Júnior Pedro Leopoldo – MG 7885 Natanael Cordeiro Coutinho Serrinha – BA 8050 Neucivaldo Ronconi Monte Negro – RO 8049 Nilton Rosa dos Santos Monte Negro – RO 7986 Odicel Jesus Tiso Curvelândia - MT 8040 Osmano José Ramos Candeias do Jamari – RO 8005 Osmar Jonsson Filho Porto Velho – RO 7882 Orlandino Bispo de Souza Araputanga – MT 7952 Paschoal Pazzotti Filho Mococa – SP 7990 Patrícia Fanco Cunha Prata – MG 8006 Paulo César Baldoíno Vale do Paraíso – RO 7945 Paulo Fernando Celestino Júnior Manhumirim – MG 7995 Pedro Alves Pinto Neto Ariquemes – RO 7943 Pedro Alves Rodrigues Neto Ipanema – MG 7903 Plácido Ribeiro Vaz Arcos – MG 7985 Rodrigo Esteves Santos Pires Juiz de Fora – MG 7941 Rodrigo Melo Mota Bom Jesus do Itabapoana – RJ 8026 Rodrigo Vieira Rangel Duque de Caxias – RJ 7910 Rafael Landeiro Nascimento Salvador – BA 8085 Railson Coelho Benjamin da Silva Paulista – PE 7868 Raphal Rodrigues Pereira da Silva Redenção – PA 7890 Régis Borges Figueiredo Patrocínio - MG 7919 Regina Lefevre Malzoni de Souza São Paulo – SP 7901 Regina Tavares Picoli Vitória – ES 8015 Reginaldo Aparecido Fagundes Ariquemes – RO 8020 Ricardo de Almeida Costa Piedade de Ponte Nova – MG 8002 Reginaldo Nogueira Arrabal Machadinho - RO 8086 Samuel Mota de Souza Reis Divinópolis – MG 8088 Sandro de Oliveira Araújo Brasília – DF 7929 Sávio Barbosa Prado Perdizes – MG 7716 Sebastião Paulo Borges Jataí – GO 7936 Sebastião Teoberto Mourão Landim Fortaleza – CE 7911 Sidney Souto Costa Carlos Chagas – MG 7881 Silomar Luis da Silva Canápolis – MG 7897 Sind. Rural de São José do Barreiro São José do Barreiro – SP 7857 Sindicato Rural de Passa Quatro Passa Quatro - MG 7989 Sueli Soares dos Santos Paracatu – MG 7808 Suzana M. Lima / Hugo Orrico Júnior Caconde – SP 8061 Tarcísio Gouveia Galvão Recife – PE 8096 Thiago Pereira Silva Três Marias – MG 7916 Valdir Manarão Jaci – SP 7900 Valdecy Dias Soares Goiânia – GO 7988 Valdivino Silva dos Santos Araputanga – MT 7909 Valmir Laureano da Silva Teixeira de Freitas – BA 8045 Valter Casarotti Filho Ariquemes – RO 7939 Vinicius Alves Martins Monte alegre de Minas – MG 2178 Waldemar Miotto Estrela D´Oeste – SP 7815 Walter Roriz de Queiroz Luziânia – GO 7895 Welington Gontijo de Vasconcelos Unaí – MG 8000 Widsley Rodrigues Vieira Porto Velho – RO 7816 Wilson José Pimenta Ibiá - MG

Representantes Nomeados RO- Darcy Afonso da Silva Neto RO- Walter Waltenberg Silva Júnior RN- Ricardo José Roriz da Rocha RN- Alexandre Carlos Mendes TO- Napoleão Machado Prata PB- Antônio Dimas Cabral SE- Lafayette Franco Sobral AM- Ildo Lúcio Gardingo Revista O Girolando

Associação Brasileira dos Criadores de Girolando Triênio 2014-2016 Presidente: Jônadan Hsuan Min Ma 1º Vice-Presidente: Magnólia Martins da Silva 2º Vice-Presidente: Nelson Ariza 3º Vice-Presidente: João Domingos G. dos Santos 4º Vice-Presidente: Olavo de Resende B. Júnior 1º Diretor-Administrativo: José Antônio da S. Clemente 2º Diretor-Administrativo: Jorge Luiz M. Sampaio 1º Diretor-Financeiro: Luiz Carlos Rodrigues 2º Diretor-Financeiro: Odilon de Rezende B. Filho Relações Inst. e Comerciais: Ronan Rinaldi de S. Salgueiro Conselho Fiscal: Thiago Bianchi Silveira Alexandre Honorato Ricardo Miziara Jreige Suplentes Conselho Fiscal: Afonso Celso de Resende Eire Ênio de Freitas Roberto Almeida Oliveira

Conselho Consultivo: Everardo Leonel Hostalácio Renato Cunha Oliveira José Geraldo Vaz Almeida Roberto Antônio P. de M. Carvalho Marcelo Machado Borges Suplentes Conselho Consultivo: Aurora Trefzger Cinato Real Silvío de Castro Cunha Júnior Leonardo Xavier Gonçalves José Ricardo Fiuza Horta Guilherme Marquez de Resende Conselho Deliberativo Técnico Limírio Bizinotto Alisson Lima Leandro Paiva Celso Menezes Daniella Martins Edgar Rodrigues José Renato Chiari José Jacinto Júnior Juscelino Ferreira Marcelli de Oliveira Ronaldo Braga Reis Tiago Ferreira Valério Guimarães Walter Roriz

Conselho de Representantes Estaduais: AL – Domicio José Gregorio A. Silva AL – Marcos Ramos Costa BA – Ângelo Lucciola Neto BA – Luiz Hage Rebouças (Rep) BA – Valdemir Acácio Osório (Rep) CE – Francisco Teógenes Sabino DF – Cézar Mendes DF – Geraldo de Carvalho Borges DF – Rúbio Fernal Ferreira e Souza DF – Walter Alves de Queiroz ES – Elimário Perterle Fiório GO – Itamir Antônio Fernandes Vale GO – Luiz Fernando Della Corte GO – Thiago Araujo Dias da Costa MG – Ângelo André F. Júnior MG – Breno Barbosa Costa MG – Emílio Afonso F. Fontoura MG – Fabiano Rodrigues Lopes MG – Fabrício Siqueira MG – Fernando Peres Nunes MG – Gustavo Frederico Burger Aguiar MG – Horácio Moreira Dias MG – João Machado Prata Júnior MG – Jorge Papazoglu MG – José Afonso Mota Ronzani MG – Luciano Gouveia Filgueiras MG – Luiz Fernando Reis MG – Luiz Paulo Levate MG – Márcio Luiz Mendonça Alvim MG – Maria Cristina Alves Garcia MG – Minoro Hélio Maurício Y. Júnior (in memoriam) MG – Paulo Henrique Machado Porto

MG – Paulo Melo Salomão Gonçalves MG – Paulo Roberto Andrade Cunha MG – Plácido Borges Campos MG – Rodrigo Ribeiro Inácio MS – Adão Paes Sandim MS – Anísio Manoel da Silva MS – Nilo Alves Ferras MT – Aylon Neves (Rep) MT – João Nilson Pinto de Barros MT – Luciano Lacerda Nunes PA – José Luiz Dantas PE – Alexandre Saraiva de Moraes PE – Gustavo Alberto Concentino de Miranda PE – José Adilson da Slva PE – Waldemar de Brito Cavalcanti Filho PR – Ronald Rabbers RJ – Jean Vic Mesabarba RJ – José Gabriel Souza Machado RJ – Roberto Pimentel de Mesquita RS – Carlos Jacob Wallauer SP – Danilo Carvalho Michelin SP – Eduardo Lopes de Freitas (Rep) SP – Fructuoso Roberto de Lima Filho SP – Guilherme Ribeiro Meirelles SP – João Carlos de Andrade Barreto SP – João Eduardo Reis Benini SP – Lauro Teixeira Pena SP – Mateus Ribeiro Abdal SP – Miltom Okano SP – Paulo Yamamoto SP – Virgílio Pittom SP – Waldir Junqueira de Andrade

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BALANÇO DO EXERCÍCIO 2014/DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS - AUDITADO PELA BDO AUDITORES

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Email

Depto. Técnico

Zootecnista - Sup. Técnico do SRGRG Méd. Veterinário - Coord. Operacional do PMGG Técnico Agrícola - Supervisor Técnico da STA Zootecnista - Supervisor Técnico do PMGG Zootecnista - Técnico do SRGRG Zootecnista - Técnico do SRGRG Zootecnista - Técnico do SRGRG Zootecnista - Técnico do SRGRG Zootecnista - Técnico do SRGRG Zootecnista - Técnico do SRGRG Zootecnista - Técnico do SRGRG Eng. Agrônomo - Dep. Exposições e Ranking Médico Veterinário - Pró-Fêmeas PMGG

sup.tecnico@girolando.com.br pmgg@girolando.com.br ejunior@girolando.com.br gugoncalves@girolando.com.br eneto@girolando.com.br fboaventura@girolando.com.br jlopes@girolando.com.br jsilva@girolando.com.br jferreira@girolando.com.br lbizinotto@girolando.com.br rstacanelli@girolando.com.br salmeida@girolando.com.br profemeas@girolando.com.br

Técnicos Prest. de Serviços

Anderson Linares Fujisawa Gilmar Sartori Júnior Guilherme Henrique Pereira Loni Soares de Oliveira Filho Luiz Henrique Vargas Luiz Ricardo de Castro Marcelo Schettini Ranilson Rego Cavalcanti Rubens Assis de Freitas

Médico Veterinário Médico Veterinário Zootecnista Médico Veterinário Engenheiro Agrônomo Zootecnista Médico Veterinário Médico Veterinário Engenheiro Agrônomo

sonalf@bol.com.br gilmar@mamelle.com.br ghpguilherme@gmail.com lonifilho@yahoo.com.br luizh_vargas@hotmail.com lrdecastro@gmail.com marcelovetptu@gmail.com ranilsonrego@yahoo.com.br plantarecolher@uol.com.br

Depto. Financeiro / ADM / MKT

Setor E-mail Assessoria Executiva da Diretoria jmauad@girolando.com.br Secretaria Executiva da Diretoria diretoria@girolando.com.br Marketing marketing@girolando.com.br Secretaria Executiva do Departamento Técnico velias@girolando.com.br Reprodutivo reprodutivo@girolando.com.br DNA dna@girolando.com.br Genealogia genealogia@girolando.com.br Protocolo protocolo@girolando.com.br Bottons bottons@girolando.com.br ADT adt@girolando.com.br Departamento do Colégio de Jurados djrg@girolando.com.br Controle Leiteiro scl@girolando.com.br PMGG / Teste de Progênie pmgg@girolando.com.br Superintendência Administrativa e Financeira sup.administrativo@girolando.com.br Compras compras@girolando.com.br Grife grife@girolando.com.br Contas a pagar contas@girolando.com.br Cobrança cobranca@girolando.com.br Contabilidade contabilidade@girolando.com.br Recursos Humanos rh@girolando.com.br Faturamento faturamento@girolando.com.br Superintendência de Tecnologia da Informação sup.tic@girolando.com.br Web Girolando duvidasweb@girolando.com.br Assessoria de Imprensa imprensa@girolando.com.br

Escritórios Técnicos Regionais (ETRs)

Cargo e/ou Setor

Leandro de Carvalho Paiva Marcello Cembranelli Edivaldo Júnior Gustavo Gonçalves Euclides Prata dos Santos Neto Fernando Boaventura Oliveira Jesus Lopes Júnior José Renes da Silva Juscelino Alves Ferreira Limirio Cezar Bizinotto Raphael Stacanelli Sérgio Esteves Rodolfo Nogueira

Escritórios Técnicos Avançados - ETA´s

Associação Brasileira dos Criadores de Girolando

Nome

Telefone (34) 9998-2928 (34) 8851-2831 (34) 9686-3813 (34) 9651-7836 (34) 9972-3965 (34) 9248-0302 (34) 9679-3871 / 9134-8666 (34) 9972-7882 (34) 9978-2237 (34) 9972-2820 (34) 9969-1517 (34) 9686-3783 (34) 9945-5844 (66) 3534-2171 / 9622-6622 (43) 3275-1811 / 9972-7576 (69) 9981-6745 / 8444-1137 (64) 3631-5667 / 8402-3918 / 9964-3465 (65) 8111-7982 / 8138-0041 (61) 9676-7207 / 9919-8608 / 3486-1120 (38) 3671-5750 / 9962-1517 (79) 3247-3326 / 9971-1335 (64) 3659-1276 / 9244-2320

ETR-BH / Endereço: Av Amazonas, nº 6020 - Pq Gameleira - Belo Horizonte/MG; CEP: 30510-000 - Responsável: Olavo de Resende Barros Júnior. André Nogueira Junqueira Zootecnista - Técnico do SRGRG ajunqueira@girolando.com.br (37) 9964-8872 / (31) 3334-5480 Nilo Adhemar do Vale Zootecnista - Técnico do SRGRG nvalle@girolando.com.br (31) 9954-7789 / (31) 3334-5480 Pétros Camara Medeiros Médico Veterinário - Técnico do SRGRG pmedeiros@girolando.com.br (31) 7512-3456 Gislaine Ribeiro Secretária etrbh@girolando.com.br (31) 3334-5480 / 3313-6555 ETR-MS / Endereço: Rua: Américo Carlos da Costa,nº 320 - Jd América - Campo Grande/MS; CEP: 79080-170 - Responsavel: Ronan Rinaldi de Souza Salgueiro Dagmar A. Rezende Ferreira Medico Veterinário drezende@girolando.com.br (67) 9231-7121 / 3342-9287 Luana Medeiros Secretária etr_campogrande@girolando.com.br (67) 3342-9287 ETR-RJ/ES / Endereço: Av. Presidente Dutra, nº 1099, Cidade Nova - Itaperuna/RJ; CEP: 28300-000 - Responsável: Odilon de Rezende Barbosa Filho Érico Maisano Ribeiro Zootecnista - Técnico do SRGRG eribeiro@girolando.com.br (22) 9839-2451 / 3822-3255 / (32) 9962-5636 Lucas Lopes Facury Zootecnista - Técnico do SRGRG lfacury@girolando.com.br (22) 99862-8480 / 3822-3255 Ariane Fernandes Secretária etrrj@girolando.com.br (22) 3822-3255 ETR-SP / Endereço: Av Nove de Julho, nº 745 - Jd Pereira do Amparo - Jacareí/SP; CEP: 12327-682 - Responsável: Nelson Ariza Samuel Silva Bastos Zootecnista - Técnico do SRGRG sbastos@girolando.com.br (12) 98120-0879 / 3959-7292 / (34) 9106-5052 Márcia Keli Secretária etr_jacarei@girolando.com.br (12) 3959-7292

ETA - MT Maurício Bueno Venâncio Silva

Zootecnista - Técnico Do SRGRG

mvenancio@girolando.com.br

(65) 9920-2004

ETA-NOROESTE PAULISTA Nilton Barcelos Júnior

Médico Veterinário - Técnico do SRGRG

nbarcelos@girolando.com.br

(17) 99656-3380

ETA-LESTE DE MINAS GERAIS Antônio Carlos Alves Brum

Médico Veterinário - Técnico do SRGRG

acarlosbrum@bol.com.br

(33) 9905-6480

ETA-CEARÁ Cléssio José Gomes Moreira

Médico Veterinário - Técnico do SRGRG

clessiomoreira@hotmail.com

(88) 9608-4982

ETA- RO Kleber Nunes Ribeiro

Zootecnista - Técnico do SRGRG

kribeiro@girolando.com.br

(34) 8855-2715

ETA GOIÁS E ETA SUDOESTE GOIANO Bruno Avelar Viana

Zootecnista - Técnico do SRGRG

bviana@girolando.com.br

(62) 8212-2984

ETA-NE Thiago Almeida

Zootecnista - Técnico do SRGRG

talmeida@girolando.com.br

(81) 99456439

ETA-BA Gabriel Khoury

Zootecnista - Técnico do SRGRG

gkhoury@girolando.com.br

(75) 8217-8761

ggp.1@hotmail.com

(63)9255-8219

ETA-PAMAPITO (PARÁ/MARANHÃO/PIAUÍ/TOCANTINS) Geraldo Gomes Médico Veterinário - Técnico do SRGRG

Telefone: (34) 3331-6000 Site: www.girolando.com.br E-mail: girolando@girolando.com.br

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